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Princípio da igualdade – Wikipédia a enciclopédia livre

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Princípio da igualdade
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O princípio da igualdade ou da isonomia provavelmente tenha sido utilizado em Atenas, na Grécia antiga,
cerca de 508 A.C. por Clístenes, o pai da democracia Ateniense. No entanto, sua concepção mais próxima do
modelo atual data de 1.199 D.C., quando o Rei João sem Terra (John Lackland) assina a Magna Carta
Britânica, considerado o início da Monarquia Constitucional, de onde origina-se o princípio da legalidade, com
o intuito de resguardar os direitos dos burgos, os quais o apoiaram na tomada do trono do então Rei Ricardo
Coração de Leão.
Trata-se de um princípio jurídico disposto nas constituições de vários países que afirma que "todos são iguais
perante a lei" , independentemente da riqueza ou prestígio destes. O princípio informa a todos os ramos do
direito. No Direito Tributário, entende-se que o órgão a definir e recolher tributos deve tratar com igualdade de
condições aqueles que tem condições iguais, por exemplo.
Tal princípio deve ser considerado em dois aspectos: o da igualdade na lei, a qual é destinada ao legislador,
ou ao próprio Executivo, que, na elaboração das leis, atos normativos, e medidas provisórias, não poderão
fazer nenhuma discriminação. E o da igualdade perante a lei, que se traduz na exigência de que os Poderes
Executivo e Judiciário, na aplicação da lei, não façam qualquer discriminação.
Este princípio, como todos os outros, nem sempre será aplicado, podendo ser relativizado de acordo com o
caso concreto. Doutrina e jurisprudência já assentam o princípio de que a igualdade jurídica consiste em
assegurar às pessoas de situações iguais os mesmos direitos, prerrogativas e vantagens, com as obrigações
correspondentes, o que significa "tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais na medida em que eles
se desigualam" , visando sempre o equilibrio entre todos.
Referência
1. ↑ CELSO RIBEIRO BASTOS, Curso de Direito Constitucional, São Paulo, Saraiva, 1978, p.225.
2. ↑ Esta definição de igualdade que predomina em toda doutrina nacional, decorre de discurso escrito por
Rui Barbosa para paraninfar os formandos da turma de 1920 da Faculdade de Direito do Largo de São
Francisco, em São Paulo. Intitulado Oração aos Moços, onde se lê: "A regra da igualdade não consiste
senão em quinhoar desigualmente aos desiguais, na medida em que se desigualam. Nesta desigualdade
social, proporcionada à desigualdade natural, é que se acha a verdadeira lei da igualdade. O mais são
desvarios da inveja, do orgulho, ou da loucura. Tratar com desigualdade a iguais, ou a desiguais com
igualdade, seria desigualdade flagrante, e não igualdade real".
Ver também
Igualdade
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Categoria: Princípios do direito
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