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O Pão Nosso de Cada Dia

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O Pão Nosso de 
Cada Dia – Não se 
Preocupe 
 
 
Título original: Our Daily Bread - Don't Worry! 
 
 
 
Por J. R. Miller (1840-192) 
 
Traduzido, Adaptado e 
Editado por Silvio Dutra 
 
 
 
 
Out/2016 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 M647 
 Miller, J. R. – 1840-1912 
 O pão nosso de cada dia – não se preocupe / J.R. 
 Miller Tradução , adaptação e edição por Silvio Dutra 
 – Rio de Janeiro, 2016. 
 25p.; 14,8 x 21cm 
 Título original: Our Daily Bread - Don't Worry! 
 
 
 1. Teologia. 2. Vida Cristã 2. Graça 3. Fé. 4. Alves, 
 Silvio Dutra I. Título 
 CDD 230 
 
3 
 
 Sumário 
 
 
O Pão Nosso de Cada Dia...................................... 
 
 4 
Não se Preocupe...................................................... 
 
15 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
"O pão nosso de cada dia nos dai hoje." 
(Mateus 6:11) 
Estamos a meio caminho através da Oração do 
Senhor, e chegamos agora à primeira petição de 
algo para nós mesmos. Nós aprendemos que 
Deus deve ser sempre colocado em primeiro 
lugar; a honra do seu nome, que venha o seu 
reino, e se faça a sua vontade devem sempre ser 
pensados e procurados antes de qualquer coisa 
de nosso próprio e particular interesse. 
No entanto, é um grande conforto saber que 
podemos trazer nossas necessidades físicas a 
Deus em oração. Ao longo das Escrituras, somos 
ensinados que nada que diz respeito à nossa 
vida, de alguma forma é muito pequeno para ser 
de interesse para o nosso Pai celestial. Enquanto 
a oração específica aqui, é para o pão, todas as 
nossas necessidades físicas estão incluídas. Em 
uma passagem excelente no mesmo sermão de 
Jesus, somos ensinados que nosso Pai celestial 
cuida das aves provendo para elas, bem como da 
roupagem das flores em sua beleza 
deslumbrante que dura apenas um dia. Em 
seguida, somos ensinados, que o mesmo amor 
que provê, portanto, para os pássaros e os lírios 
vai cuidar muito mais de nós! Nada necessário 
para a nossa vida é muito pequeno ou muito 
terreno para ser posto no coração por uma 
oração. 
5 
 
Esta petição para o pão de cada dia, como todos 
os ditos de Cristo, é cheia de significado 
profundo. Cada palavra tem sugestões ricas. 
"O pão nosso de cada dia nos dai hoje." Pedimos 
a Deus para nos dar o pão. Reconhecemos assim, 
a nossa dependência dele para isso. É difícil 
oferecer esta petição com significado real, 
quando temos abundância em nossas mãos, 
sem temer qualquer necessidade. Podemos 
conceber os muito pobres, sem pão, à beira de 
morrer de fome, proferindo a oração e 
colocando todo o seu coração nisto. O 
sentimento amargo da necessidade faz o clamor 
ser real para eles. Mas, para aqueles que nunca 
sentiram uma pontada de fome real, não é fácil 
perceber o sentido de dependência, que a 
petição implica. Esta é uma das palavras de 
Cristo, cujo pleno significado, somente a 
experiência pode ensinar. 
No entanto, é verdade que qualquer que seja a 
abundância que possamos ter, na verdade, 
dependemos de Deus para o pão de cada dia! A 
história do milagre do maná, nos quarenta anos 
no deserto, não é senão uma parábola de um 
outro milagre incomensuravelmente maior; o 
fornecimento de pão para bilhões de pessoas em 
toda terra, para todos os dias, de todos os 
séculos! 
6 
 
O que nós chamamos de leis da natureza são 
apenas maneiras comuns de nosso Pai 
trabalhar. A regularidade dessas leis é senão a 
prova da fidelidade divina. Suponha que, para 
um único ano, ou, até mesmo por uma semana 
o milagre do pão provido por Deus cessasse em 
toda a terra; quais seriam as consequências? 
A continuidade ininterrupta da misericórdia de 
Deus em fornecer alimento dificulta a nossa 
apreciação da sua grandeza, e sua necessidade 
para nós. 
"O pão nosso de cada dia nos dai hoje." Esta 
oração implica também, que todo o pão do 
mundo é de Deus! "A terra é do Senhor, e a sua 
plenitude." O pão pertence a ele, e o que 
precisamos pode se tornar nosso, somente 
através de seu dom para nós. Podemos ter isto e 
usá-lo, sem pedir a ele, mas, se assim o fizermos, 
vamos pegar aquilo a que não temos direito. Até 
mesmo o alimento que está na nossa mesa, 
pronto para ser comido ainda não é nosso até 
que o peçamos a Deus, porque, na verdade, 
pertence a ele. 
No entanto, aqueles que não oram, nem sequer 
pensam em Deus parecem estar alimentados, 
tanto quanto o justo, e às vezes, mais 
abundantemente. Deus "faz nascer o seu sol 
sobre maus e bons, e faz chover sobre os justos 
e os injustos". 
7 
 
Mas há uma diferença. Aqueles que pedem a 
Deus o seu pão, o obtêm como seu dom e com a 
sua bênção sobre ele; enquanto que aqueles que 
o tomam sem pedir e sem agradecer por ele, o 
obtêm, e podem ser alimentados, mas perdem 
a bênção de Deus que enriquece e dá valor a 
tudo o que temos. Isto sugere o verdadeiro 
significado e o acerto do costume cristão de 
pedir uma bênção, ou "dar graças" antes de uma 
refeição. 
"O pão nosso de cada dia nos dai hoje." A forma 
da oração ensina a lição da abnegação. Não é 
"Dê-me", mas "Dê-nos." Nós não podemos chegar 
a Deus para nós mesmos. Devemos pedir pão 
para os outros, para todos, até mesmo para os 
nossos inimigos, se temos inimigos. 
Especialmente devemos pensar nos 
necessitados, nos destituídos, pedindo a Deus 
para dar-lhes pão. Se formos sinceros devemos 
estar prontos também, até onde tenhamos 
oportunidade, e tanto quanto somos capazes, 
para ajudar, oferecendo a nossa oração para os 
outros, compartilhando a nossa abundância 
com aqueles que nada têm. "Quem tiver bens do 
mundo, e, vendo o seu irmão em necessidade, e 
fechar o seu coração para ele, como é que o 
amor de Deus pode permanecer nele?" 
Um dos mais belos comentários sobre este 
ensinamento está na forma como o povo da 
Igreja Primitiva vivia tendo tudo em comum. 
8 
 
Após o dia de Pentecostes, no brilho do recém-
nascido amor dos discípulos, aqueles que 
tinham abundância, davam para aqueles que 
eram pobres, de modo que havia igualdade e 
ninguém tinha falta. Só assim pode qualquer 
seguidor de Cristo cumprir o ensinamento do 
Mestre. Devemos estar prontos para partilhar 
nosso pão com nosso irmão que não o tem. 
"O pão nosso de cada dia nos dai hoje." Há uma 
limitação nesta petição. Na outra forma desta 
oração, em Lucas, as palavras variam um pouco, 
"Dá-nos dia a dia o nosso pão de cada dia." Em 
Mateus, é uma oração apenas para um dia sem 
pensar no amanhã. Em Lucas, a oração abrange 
outros dias, mas apenas como eles vêm, um dia 
de cada vez. Em ambas as formas, somos 
ensinados a orar apenas para o pão de um dia. 
Há uma lição profunda neste ensinamento. A 
vida não nos é dada para o ano ou para o mês, 
mas para dias individuais. A noite é o horizonte 
que limita nossa visão; nós não vemos o dia 
seguinte, e confinamos o nosso pensamento e 
preocupação, ao pouco espaço entre o nascer e 
o pôr-do-sol. Isto não proíbe o planejamento, 
pois a Bíblia incentiva o cuidado sábio e bom 
para o futuro. Mas todos nós somos ordenados a 
pedir a Deus para nos dar o que é suficiente para 
os dias atuais. Mesmo à noite, quando a última 
migalha é comida e não há nada na loja para 
amanhã, não precisamos ter medo, nem pensar 
9 
 
que Deus se esqueceu de nós. Quando o amanhã 
chegar, podemos pedir a Deus o nosso pão de 
cada dia e saber que Deus vai nos ouvir e 
responder a nossa oração do modo certo. 
Aqui, novamente, nos é ensinada a lição 
maravilhosa de viver um dia de cada vez; uma 
lição que percorre toda a Bíblia. Isto nos 
libertaria de uma imensa quantidade de 
preocupação e ansiedade se pudéssemos 
realmente aprenderesta lição. 
Tentar levar a carga de amanhã, juntamente 
com os fardos de hoje coloca as pessoas para 
baixo! Qualquer um pode fazer tarefas de um dia 
em um único dia, ou suportar a luta de um dia; 
mas isso é o suficiente para qualquer um! Isso é 
tudo que Deus pretende para qualquer um 
carregar: apenas a carga de um dia. 
"O pão nosso de cada dia nos dai hoje." Há uma 
sugestão especial na palavra NOSSO. “Dê-nos o 
nosso pão.” 
Primeiro, ele se torna nosso somente através de 
um dom de Deus para nós. Mas, há algo mais 
também implicado; o pão deve ser conquistado 
por nós antes que seja adequadamente nosso. É 
evidente que é ensinado nas Escrituras que 
todos devem trabalhar para o seu próprio pão. 
Esta foi a lei do estado não caído no Jardim do 
Éden, e não é menos lei no reino da redenção. 
10 
 
Claro que isto não se aplica à crianças que são 
demasiado jovens para o trabalho; ou para os 
velhos que são demasiado fracos; ou para os 
doentes que estão incapacitados para o 
trabalho; todos esses estão sob o cuidado 
especial de Deus e não serão esquecidos. Mas 
todos os que são capazes de trabalhar devem 
fazê-lo, ou o pão que eles comem não é 
legitimamente seu. "Se alguém não trabalhar", 
diz o apóstolo Paulo, "também não coma!" 
O pão deve ser obtido também, de forma que 
tenham a aprovação divina. Se um homem 
rouba seu pão de cada dia, este não é seu, ele 
tem roubado a Deus e a seu semelhante, e há 
uma maldição sobre o que ele come! O dinheiro 
obtido nas transações fraudulentas, ou por 
quaisquer meios desonestos, não foi justamente 
merecido, e a bênção de Deus não pode ser 
invocada sobre ele por qualquer forma de 
oração. 
Imagine o preguiçoso, por exemplo, vivendo 
com os frutos do seu pecado, pedindo a Deus 
para dar-lhe, como uma bênção, o pão na sua 
mesa! Imagine um dono de bar, que ganhou seu 
pão com a venda de bebida forte, trazendo ruína 
sobre vidas e casas, pedindo a Deus para 
abençoar o seu pão de cada dia! O pão de Deus 
pode se tornar nosso com uma bênção, somente 
quando é ganho de forma honesta. Enquanto 
11 
 
trabalhamos para ganhar o pão, devemos nos 
guardar da corrupção do mundo. 
"O pão nosso de cada dia nos dai hoje." Existe 
ainda uma outra limitação na petição, na 
palavra “diariamente”, que significa 
“procurado para o dia - a provisão diária”. 
Não é, portanto uma oração para uma grande 
oferta. Nós não somos autorizados a pedir luxos. 
Não precisamos inferir que é errado para nós 
termos mais do que nossa real necessidade que 
o dia requer, mas o "pão de cada dia" é tudo o que 
é prometido. 
Paulo diz: "O meu Deus, deve satisfazer todas as 
vossas necessidades, segundo as suas riquezas 
na glória." Isto nos assegura uma disposição 
muito abundante. Nosso Pai faz tudo 
generosamente. Ele nunca é mesquinho em 
cuidar de seus filhos. Com frequência ele 
fornece suas provisões mais abundantemente, 
dando-lhes muito mais do que precisam. Mas, 
nós somos ensinados a pedir apenas o "pão de 
cada dia", o suficiente; e não podemos 
reivindicar a promessa de mais. 
(Nota do tradutor: Com esta oração pelo pão 
diário somos ensinados a não sermos cobiçosos, 
vivendo com a ganância e avareza em nosso 
coração. Portanto, a oração diária é um 
lembrete de que devemos estar satisfeitos com 
12 
 
o que tivermos, seja pouco ou muito, pois a 
nossa satisfação não deve depender do quanto 
possuímos de bens deste mundo, mas da nossa 
comunhão real com Deus.) 
Esta oração parece proibir a extravagância. O 
pão de Deus nunca deve ser desperdiçado! Há 
uma história de Carlyle, que um dia foi visto 
indo para o meio da rua pegar um pedaço de pão 
que viu no chão. Pegando-o com sua mão 
suavemente, como se fosse algo muito valioso, 
ele limpou a sujeira e, em seguida, levou-o até o 
meio-fio e colocou-o sobre ele, dizendo: "Eu fui 
ensinado por minha mãe a nunca desperdiçar 
nada, muito menos pão, o mais precioso de 
todos os dons de Deus. Este pedaço de pão pode 
alimentar um cão com fome ou um pequeno 
pardal." 
Nosso Senhor ensinou a mesma lição, quando, 
depois de operar seu grande milagre dos pães, 
alimentando milhares, ele ordenou que todas as 
migalhas fossem ajuntadas, para que nada fosse 
desperdiçado. O pão que temos como dom de 
Deus é sagrado e não deve ser desperdiçado, 
seja de forma imprudente ou em extravagância 
inútil! 
Somos ensinados a limitar nossos desejos, e 
pedir com confiança para todos que possam 
necessitar a cada dia. Os dias diferem; alguns 
trazem suas cargas pesadas, suas grandes 
13 
 
necessidades, sua tristeza aguda, suas cruzes; 
outros dias têm menos necessidades. Deus 
conhece os nossos dias, e ele é mais capaz do 
que somos, para medir nossas necessidades 
reais para cada dia. Por isso, podemos pedir 
quotidianamente o pão, com segurança, e deixá-
lo escolher o que deve nos dar. Ele nunca vai dar 
muito pouco! 
É certamente, um grande conforto saber que 
neste mundo cada cristão é pensado e cuidado 
por nosso Pai Celestial, que nos ama com um 
amor infinito e eterno! Ele não pensa de nós 
apenas como uma vasta família de indivíduos, 
mas como indivíduos. Ele sabe e alimenta todas 
as aves e nenhuma delas pode cair no chão sem 
a permissão da sua vontade. 
Mais seguramente e com maior pensamento de 
amor, ele conhece seus próprios filhos! Ele 
conhece os nossos nomes. Cada um de nós é 
pessoalmente caro para ele. Os cabelos da nossa 
cabeça estão todos contados. Nenhum de nós é 
esquecido por Deus, por um só momento. Não 
podemos estar em quaisquer condições ou 
circunstâncias que não sejam bem conhecidas 
por Deus. "O vosso Pai sabe o que você precisa, 
antes de pedir a ele." 
Este ensinamento faz com que a lei da vida seja 
muito simples. Não estamos vivendo para obter 
comida, mas vivemos para Deus. Não temos 
14 
 
nada a ver diretamente com a provisão de 
nossas próprias necessidades, porque isto é 
assunto de Deus, e não nosso. Há apenas duas 
coisas com que precisamos nos preocupar; em 
primeiro lugar, devemos fazer nosso dever - a 
vontade de Deus, como é dada a conhecer a nós 
dia após dia. Então, devemos confiar em Deus 
para a provisão do nosso corpo e das nossas 
necessidades temporais. 
Aqueles que aprenderam a viver assim, têm 
encontrado o caminho da paz. A preocupação é 
pecado. Ela desonra a Deus, pois é criada a partir 
de duvidarmos de sua sabedoria e bondade para 
com seus filhos! Causa dor à nossa própria vida, 
impedindo nosso crescimento espiritual, 
estraga a beleza de nosso caráter, e embaça 
nosso testemunho de Deus aos outros. Se 
fielmente fizermos a vontade de Deus, como 
revelada a nós, e então confiarmos em Deus 
perfeitamente, a paz de Deus guardará nossos 
corações e pensamentos em Cristo Jesus! 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
Não se preocupe! 
Quando você está inclinado a se preocupar; 
não o faça! Essa é a primeira coisa. Não importa 
quanta razão pareça haver para se preocupar, 
ainda há a regra. Não a quebre, não se preocupe! 
O problema pode ser muito confuso, tão 
confuso que você não conegue ver como ele 
pode ser endireitado; ainda assim, não se 
preocupe! 
Os problemas podem ser muito reais e muito 
dolorosos, e pode não aparecer uma fenda nas 
nuvens; no entanto, não se preocupe! 
Você diz que a regra é demasiado elevada para 
ser observada, que o ser humano mortal não 
pode cumpri-la, ou que deve haver algumas 
exceções à mesma, pois que há circunstâncias 
peculiares em que não podemos deixar de nos 
preocupar. Mas espere um momento. O que o 
Mestre ensina? "Eu digo a você, não se preocupe 
com a sua vida, quanto ao que comer ou beber; 
ou sobre o seu corpo, quanto ao que vestir." Ele 
disse isto sem exceções. 
O que Paulo ensinou? "Não se preocupe com 
nada!" Ele não disse uma palavra sobre exceções 
à regra, mas entregou-a sem reservas e 
absoluta. 
16 
 
Um pouco de boa prática sábia e caseira, e bom 
senso, dizem que existem duas classes de coisas 
com asquais não devemos nos preocupar: 
coisas que podemos resolver, e coisas que não 
podemos resolver. 
Males que podemos resolver; devemos resolver. 
Se o telhado vazou, devemos consertá-lo; se o 
aquecedor não está funcionando e o quarto está 
frio, devemos colocar mais combustível; se a 
cerca está caindo e o gado do nosso vizinho pode 
entrar em nosso campo de trigo, é melhor 
consertar a cerca do que sentar-se e preocupar-
se com os problemas que as vacas possam 
causar; se temos dispepsia que nos faz sentir 
mal, é melhor cuidar da nossa dieta. Ou seja, 
somos muito tolos em nos preocupar com 
coisas que podem ser resolvidas. Resolva-as! 
Essa é a sabedoria celestial para esse tipo de 
males ou cuidados, que é o caminho para se 
lançar esse tipo de fardo sobre o Senhor. 
Mas há coisas que não podemos resolver. 
"Algum de vocês pode acrescentar um só côvado 
à sua altura por se preocupar?" 
Que loucura, então, que um homem se 
preocupe porque não é alto, ou qualquer um que 
se preocupe por causa de qualquer 
peculiaridade física que ele possa ter. 
Estes são os tipos de um grande número de 
coisas na vida das pessoas, que nenhum poder 
17 
 
humano pode mudar. Por que se preocupar com 
isso? Preocupar-se produz alguma coisa boa? 
Não! 
Então, chegamos ao mesmo resultado aplicando 
esta regra de senso comum. Coisas que 
podemos fazer melhor, devemos fazer melhor, e 
não nos preocuparmos com elas! Coisas que não 
podemos resolver ou mudar, deveríamos 
aceitar como a vontade de Deus para nós, e não 
fazer qualquer reclamação sobre elas. Este 
princípio muito simples, fielmente aplicado, 
eliminaria toda a preocupação de nossas vidas! 
Como filhos de nosso Pai Celestial, podemos ir 
um passo mais longe. Se este mundo fosse 
governado pelo acaso, nenhuma quantidade, 
quer de filosofia ou de senso comum poderia 
nos impedir de nos preocupar, mas sabemos 
que nosso Pai está cuidando de nós! Nenhuma 
criança pequena na melhor e mais carinhosa 
casa, jamais foi assistida com tanto cuidado ou 
segurança no amor dos pais terrenos, como é o 
menor dos pequeninos de Deus, no coração do 
Pai celestial! 
"Portanto, não se preocupem, dizendo: Que 
vamos comer? Ou que vamos beber? Ou que 
vamos vestir? Pois os pagãos é que correm atrás 
dessas coisas; mas o Pai celestial sabe que vocês 
precisam delas!" Mateus 6: 31-32. 
18 
 
As coisas que não podemos resolver ou mudar 
estão na Sua mão divina, e pertencem a "todas as 
coisas" que, temos a certeza, que "trabalham em 
conjunto para o bem daqueles que amam a 
Deus." 
 
No meio de toda a grande corrida de eventos e 
circunstâncias, em que podemos não ver 
qualquer ordem ou desígnio, faríamos bem em 
saber que cada crente em Cristo está tão seguro, 
como qualquer criança pequena nos braços da 
mãe mais amorosa! 
Não é a mera fé cega que nós tentamos nutrir 
em nossos corações, à medida que procuramos 
aprender a nos aquietarmos e a confiarmos em 
meio de todas as provas e desilusões da vida: 
esta é uma fé que repousa sobre o caráter e a 
bondade infinita de Deus, a fé de uma criança 
pequena, em um Pai cujo nome é "Amor", e cujo 
poder se estende a todas as partes do seu 
universo. Então, aqui encontramos a rocha 
sólida sobre a qual se apoiar, e uma boa razão 
para a nossa lição de que nunca devemos nos 
preocupar. Nosso Pai está cuidando de nós! 
Mas, se nunca devemos nos preocupar; o que 
devemos fazer com as coisas que nos inclinam 
para a preocupação? 
19 
 
Há muitas coisas na vida, mesmo dos mais 
confortavelmente abrigados. Há decepções que 
deixam as mãos vazias, depois de dias e anos de 
esperança e trabalho. Há frustrações 
irresistíveis de planos e propósitos feitos com 
carinho. Há lutos que parecem varrer toda a 
alegria terrena. Há perplexidades através das 
quais nenhuma sabedoria humana pode se 
manter de pé. Há experiências em cada vida, 
cujo efeito natural é a de inquietar o espírito e 
produzir ansiedade profunda e dolorosa. 
Se nunca devemos nos preocupar, o que 
devemos fazer com essas coisas que 
naturalmente tendem a causar a preocupação? 
A resposta é fácil; devemos colocar todas essas 
coisas perturbadoras nas mãos do nosso Pai! 
Claro que se continuarmos a carregá-las, não 
podemos deixar de nos preocupar com elas! 
Mas não devemos carregá-las; pois não 
poderemos se o fizermos! É na medida de nossa 
sabedoria e capacidade que devemos calcular 
nossas vidas, e moldar nossas circunstâncias. O 
que as pessoas, às vezes chamam de confiança, 
na verdade é indolência; temos que enfrentar a 
vida heroicamente. 
Não podemos deter a onda que o mar atira em 
cima da praia; não podemos controlar os ventos 
e as nuvens, e as outras forças da natureza; não 
podemos manter-nos longe das geadas que 
20 
 
ameaçam destruir nossas frutas de verão; não 
podemos manter fora das nossas portas a 
doença que traz dor e sofrimento, ou a tristeza 
que deixa a sua angústia pungente! 
Nós não podemos impedir a infelicidade que 
vem através de outros, ou através de calamidade 
pública. Na presença de toda essa classe de 
males somos totalmente impotentes; eles são 
irremediáveis para qualquer sabedoria ou força 
nossa! Por que, então, devemos nos esforçar 
para carregá-los, apenas para nos maltratarmos 
em vão com eles? 
Além disso, não há nenhuma razão pela qual 
devemos sequer tentar carregá-los! Seria uma 
criança pequena muito tola, numa casa de 
abundância e amor, se preocupar com a sua 
comida e roupa, ou sobre os negócios de seu pai, 
e ficar ao mesmo tempo, num estado de 
ansiedade e angústia sobre a sua própria 
segurança e conforto. A criança não tem nada a 
ver com estas questões! Seu pai e sua mãe estão 
cuidando delas. 
Ou imagine um grande navio no oceano e o filho 
do capitão do navio a bordo. A criança fica 
ansiosa no navio a respeito de cada movimento, 
e preocupada com que algo possa dar errado; 
que os motores possam falhar ou que os 
marinheiros não façam o seu dever. O que tem o 
21 
 
filho do capitão a ver com qualquer uma dessas 
coisas? 
O pai da criança deve cuidar delas! Nós somos 
filhos de Deus, vivendo no mundo de nosso Pai, 
e não temos nada mais a ver com os assuntos do 
mundo, como o filho do comandante não tem a 
ver com a gestão e os cuidados do grande navio 
no meio do oceano. 
Temos apenas que permanecer em nosso lugar, 
e atender aos nossos pequenos deveres 
pessoais, sem ter qualquer sombra de ansiedade 
sobre qualquer outra coisa! Isso é o que 
devemos fazer, em vez de nos preocupar quando 
encontrarmos coisas que naturalmente nos 
deixam perplexos. Devemos apenas colocá-las 
nas mãos de Deus, a quem elas pertencem, para 
que ele possa cuidar delas, enquanto nós 
permanecemos em paz, tranquilos, 
continuando com nossas pequenas tarefas 
diárias. 
Temos uma alta autoridade bíblica para isso. É o 
que Paulo ensina em sua carta da prisão, 
quando diz: "Não se preocupe com nada, mas em 
tudo, pela oração e súplica com ações de graças, 
sejam as vossas petições conhecidas diante de 
Deus. E a paz de Deus, que excede todo o 
entendimento, guardará os vossos corações e as 
vossas mentes em Cristo Jesus!" Os pontos aqui 
brilham de forma muito clara. Não devemos nos 
preocupar com coisa alguma! Em nenhuma 
circunstância possível, devemos nos preocupar! 
Em vez de nos preocupar, devemos levar tudo a 
22 
 
Deus em oração. O resultado será a paz: "E a paz 
de Deus, que excede todo entendimento, 
guardará os vossos corações e as vossas mentes 
em Cristo Jesus." 
O conselho de Pedro é semelhante, embora 
mais condensado. "Lançando sobre ele toda a 
vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de 
vós!" 1 Pedro 5: 7. 
Na versão revisada seu significado é mais claro: 
"Lançando toda a vossa ansiedade sobre ele, 
porque ele cuida de vós!" Deus está cuidando de 
você; não se concentre na menor coisa que você 
tenha, mas lance todas as suas preocupaçõese 
ansiedades sobre ele e, em seguida, esteja em 
paz. Ele está tentando levar nossas 
preocupações, que produzem ansiedade! 
Nosso dever é lançá-las todas em Cristo, 
cabendo-nos apenas pensar sobre o nosso 
dever. Este é o segredo de uma vida pacífica. 
Há uma sugestão prática que pode ser útil para 
aprender esta lição. O coração pressionado de 
cuidados ou dor, não pode assim, permanecer 
em quietude, pois estará partido. Seu impulso 
natural é dar expressão à sua emoção, em gritos 
de dor ou irritações, e murmúrios descontentes. 
Será um grande alívio para o coração 
sobrecarregado, se no momento de dor ou 
provação, possa ser dado algum refrigério para 
os sentimentos reprimidos, do que expressões 
de preocupação ou ansiedade. É mais sugestivo, 
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portanto, que nas palavras de Paulo, já citadas, 
quando ele diz que devemos levar todas as 
nossas ansiedades a Deus em oração, ele 
acrescenta "com ações de graças." 
As canções de agradecimento devem carregar 
consigo a dor reprimida do coração e dar-lhe 
alívio. É melhor sempre colocar a dor em 
melodia do que em lamentos. É melhor para o 
próprio coração, pois isto é um alívio mais doce. 
Não há asas como as da música e louvor para 
afastar os fardos da vida! 
É também melhor para os outros, que possamos 
começar a cantar uma canção do que soltar um 
grito de angústia. 
Lembramo-nos de nosso Senhor Jesus Cristo, 
quando foi pregado na cruz, onde seus 
sofrimentos devem ter sido insuportáveis; em 
vez de um grito de angústia, ele transformou a 
aflição do seu coração em uma oração de 
intercessão por seus assassinos! 
Paulo, também em sua prisão, de costas 
rasgadas pelo flagelo e seus pés no tronco, não 
proferiu qualquer palavra de reclamação e 
nenhum grito de dor, mas deu vazão ao seu 
grande sofrimento nos hinos de louvor da meia-
noite que ecoaram por toda a prisão. 
Estas ilustrações sugerem um segredo 
maravilhoso do coração; paz no tempo de 
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angústia, de qualquer causa. Temos de 
encontrar alguma saída para nossas emoções 
reprimidas; o silêncio é insuportável. Nós não 
podemos reclamar nem dar expressão a 
sentimentos de ansiedade, mas podemos virar 
as ondas de destruição para os canais de louvor 
e oração! 
Podemos também encontrar alívio, no serviço 
de amor para com os outros. Na verdade, não há 
segredo mais maravilhoso de resistência alegre 
da provação, do que este! Se o coração pode 
colocar a sua dor ou o medo em ajudar e 
confortar aqueles que estão em necessidade e 
apuros, logo se esquece de seu próprio cuidado! 
Se toda a história interior de vidas fosse 
conhecida, seria descoberto que muitos 
daqueles que têm feito o máximo para confortar 
a tristeza do mundo, atar suas feridas, e ajudá-lo 
em sua necessidade, têm sido homens e 
mulheres cujos corações encontraram a saída 
para suas dores, cuidados ou tristezas nos 
serviços para os outros em nome de Cristo. 
Assim, eles encontraram bênção para si 
mesmos na paz que governou suas vidas, e se 
tornaram bênçãos para o mundo, dando-lhe 
canções, em vez de lágrimas, e um serviço útil, 
em vez de uma carga de descontentamento e 
reclamação! 
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Se um pássaro tem que estar em uma gaiola, é 
melhor ocupar seu lugar de prisão com uma 
canção feliz, do que sentar gemendo dentro das 
paredes de arame, em tristeza inconsolável. 
Se nós temos que ter cuidados e provas, é 
melhor que fôssemos cristãos se regozijando, 
iluminando a própria escuridão do nosso meio 
ambiente com a luz brilhante da fé cristã, do que 
sucumbirmos aos nossos problemas e nada 
ganharmos, senão nos preocuparmos com 
nossa vida, e não dar nada para o mundo, senão 
murmurações e a memória do nosso miserável 
descontentamento!

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