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PORTUGUÊS 
5 - Pronomes 
 
Os pronomes representam a classe de palavras que substituem ou acompanham os 
substantivos. 
 
De acordo com a função que exercem, eles são classificados em: 
 
• Pronomes Pessoais 
• Pronomes Possessivos 
• Pronomes Demonstrativos 
• Pronomes de Tratamento 
Tipos de Pronomes 
 
Pronomes Pessoais 
 
Os pronomes pessoais são aqueles que indicam a pessoa do discurso e são classificados 
em dois tipos: 
 
• Pronomes Pessoais do Caso Reto: exercem a função de sujeito 
Exemplo: 
- Eu gosto muito da Ana. 
- No domingo ele chegará de viagem. 
- Amanhã eu gostaria de sair. 
- Ela partirá amanhã. 
- Eu estudei o dia todo. 
- Tu vais à escola? 
- Nós brincamos muito. 
- Vós sois meus amigos. 
PORTUGUÊS 
 
• Pronomes Pessoais do Caso Oblíquo: substituem os substantivos e complementam 
os verbos. 
 
Exemplo: 
- Está comigo seu caderno. 
- Você comprou esta blusa para mim? 
- Você sabe que eu gosto de ti. 
- Amanhã vou ao cinema contigo. 
- Eu comprei-o numa loja no centro da cidade. 
- Meu pai não a viu em lugar nenhum. 
- O diretor ligou-lhe, mas ele não atendeu o telefone. 
- A professora não lhes deu mais nenhuma oportunidade 
 
Pessoas Verbais Pronomes do Caso Reto Pronomes do Caso Oblíquo 
1ª pessoa do singular eu me, mim, comigo 
2ª pessoa do singular tu, você te, ti, contigo 
3ª pessoa do singular ele, ela o, a, lhe, se, si, consigo 
1ª pessoa do plural nós nos, conosco 
2ª pessoa do plural vós, vocês vos, convosco 
3ª pessoa do plural eles, elas os, as, lhes, se, si, consigo. 
 
 
Pronomes Pessoais do Caso Reto 
 
Os pronomes pessoais do caso reto são aqueles que têm a função de sujeito ou de 
predicativo do sujeito: eu, tu, ele/ela, nós, vós, eles/elas. 
 
Exemplos: 
• Eu entreguei a requisição hoje. 
• A felizarda é ela. 
PORTUGUÊS 
 
Os pronomes tu e vós também podem ter a função de vocativo: 
 
• Tu, que sabes tudo, vem à frente e explica. 
“Ó vós, que não sabeis do Inferno, olhai, vinde vê-lo...!” (Cecília Meireles) 
 
São os pronomes pessoais retos que, no discurso, indicam: 
 
• Quem fala: primeira pessoa do singular (eu) ou do plural (nós) 
• Com quem se fala: segunda pessoa do singular (tu) ou do plural (vós) 
• De quem se fala: terceira pessoa do singular (ele, ela) ou plural (ele, elas). 
 
Muitas vezes, esses pronomes são omitidos nas orações. Isso porque a desinência verbal 
já dá a indicação da pessoa a que se refere: 
 
(Eu) Falo com todo mundo. 
(Tu) Cantas todo o dia. 
(Ele) Costuma ser crítico. 
(Nós) Vamos ao teatro hoje? 
(Vós) Sabeis o que dizes? 
(Eles) Foram embora? 
 
Pronomes Oblíquos 
 
Os pronomes pessoais do caso oblíquo são os empregados como objeto direto, objeto 
indireto ou complemento nominal. 
Eles também têm a função de agente da passiva e de adjunto adverbial. 
 
Conforme a tabela abaixo, podem ser átonos ou tônicos. 
PORTUGUÊS 
 Pronomes oblíquos átonos 
Pronomes oblíquos 
tônicos 
 singular Plural singular plural 
1.ª pessoa me Nos mim nós 
2.ª pessoa te Vos ti vós 
3.ª pessoa o, a, se, lhe os, as, se, lhes ele, ela, si eles, elas, si 
 
Combinados com os pronomes tônicos, a preposição "com" dá origem às formas 
comigo, contigo, consigo, conosco e convosco. 
 
Uso dos pronomes oblíquos átonos 
 
- os pronomes me, te, nos, vos e se são empregados como objetos direto ou indireto: 
Exemplos: 
• Eles me respeitam. (respeitar alguém - objeto direto) 
• Entregaram-te o documento ontem. (entregar a alguém - objeto indireto) 
 
- os pronomes o, a, os e as são empregados como objetos diretos. 
Exemplo: 
• Fechou-a e saiu. (fechou algo - objeto direto) 
 
- os pronomes lhe e lhes são empregados como objetos indiretos. 
Exemplo: 
• Devolverei se estas coisas pertencerem-lhes. (pertencer a alguém - objeto indireto) 
 
Quando seguidos de verbos que terminam em –z, -s ou –r, os pronomes o, a, os, as 
assumem as formas lo, la, los, las. Neste caso, a terminação verbal é retirada. 
 
Exemplos: 
 
• faz + o = fá-lo 
PORTUGUÊS 
• comes + os = comê-los 
• estudar + a = estudá-la 
 
Mas, quando seguidos de verbos que terminam em som nasal, os pronomes assumem 
as formas no, na, nos, nas: 
 
Exemplos: 
 
• leram + o = leram-no 
• retém + a = retém-na 
• põe + os = põe-nos 
• ouvem + as = ouvem-nas 
 
Uso dos pronomes oblíquos tônicos 
 
Os pronomes oblíquos tônicos são sempre seguidos de preposições e podem ter as 
seguintes funções: 
 
• Complemento nominal: Muitos doces fazem mal a mim. 
• Objeto indireto: Não contaria o segredo para ti. 
• Objeto direto: Esqueceu os livros e a si na cidade. 
• Agente da passiva: Os biscoitos foram feitos por ela. 
• Adjunto adverbial: Fará os trabalhos conosco. 
 
Pronomes Possessivos 
 
Os pronomes possessivos são aqueles que transmitem a ideia de posse, por exemplo: 
Essa caneta é sua? 
 
Pessoas Verbais Pronomes Possessivos 
PORTUGUÊS 
1ª pessoa do singular (eu) meu, minha (singular); meus, minhas (plural) 
2ª pessoa do singular (tu, você) teu, tua (singular); teus, tuas (plural) 
3ª pessoa do singular (ele/ela) seu, sua (singular); seus, suas (plural) 
1ª pessoa do plural (nós) nosso, nossa (singular); nossos, nossas (plural) 
2ª pessoa do plural (vós, vocês) vosso, vossa (singular); vossos, vossas (plural) 
3ª pessoa do plural (eles/elas) seu, sua (singular); seus, suas (plural) 
 
 
Observações 
 
1) O pronome deve concordar com o substantivo mais próximo. 
Exemplo: 
• Ainda tenho de tratar dos nossos bilhetes e bagagem. 
 
2) Quando a palavra “seu” antecede o nome de alguém, a sua função não é a de 
pronome, neste caso se trata de uma forma reduzida de “senhor”. 
Exemplo: 
• O seu João está em casa? 
 
Vosso ou Sua em Pronomes de Tratamento 
 
Quando estamos falando com a pessoa que recebe o pronome de tratamento utilizamos 
"vossa", no entanto, ao falar com outra pessoa acerca da pessoa que recebe o pronome 
de tratamento, devemos utilizar "sua". 
Exemplo: 
• “O carro que levará Vossa Excelência está pronto”, informou a secretária ao 
Presidente da República. 
• “O carro que levará Sua Excelência está pronto”, informou o motorista à secretária. 
 
Outros Empregos 
Nem sempre os pronomes possessivos indicam posse. Por vezes, sua utilização pode 
indicar: 
 
PORTUGUÊS 
Aproximação numérica, afetividade ou ofensa. 
Exemplos: 
 
• Ai os meus dezoito anos … 
• Há quanto tempo não o vejo, meu amigo. 
• Volte aqui, seu grande charlatão! 
 
Ambiguidade 
 
Os pronomes possessivos seu(s) e sua(s) geram, muitas vezes, ambiguidade. Para afastar 
qualquer dúvida que possa surgir, utilizamos dele(s) e dela(s). 
 
Exemplos: 
• A professora informou ao aluno que a sua resposta estava errada e logo fez a correção. 
(A resposta da professora ou do aluno?) 
• A professora informou ao aluno que a resposta dele estava errada e logo fez a 
correção. (A resposta do aluno) 
• A professora informou ao aluno que a resposta dela estava errada e logo fez a 
correção. (A resposta da professora) 
• João já falou com seu supervisor. (Supervisor do João ou da pessoa com quem estamos 
falando?) 
• João já falou com o supervisor dele. (Supervisor do João) 
 
Pronomes Demonstrativos 
 
Os pronomes demonstrativos indicam o lugar, a posição ou a identidade dos seres em 
relação às três pessoas do discurso, podendo situá-los no espaço, no tempo ou no 
próprio texto. Por exemplo, na frase “Você deveria ler este livro”, o pronome 
demonstrativo “este” é empregado para referir-se ao livro, localizando-o próximo à 
pessoa que fala. 
 
Os pronomes demonstrativos 
PORTUGUÊS 
 
Na língua portuguesa, os pronomes demonstrativos são divididos em: 
 
Pessoas Variáveis Invariáveis 
Masculino Feminino 
 Singular Plural Singular Plural 
1ª Este Estes Esta Estas Isto 
2ª Esse Esses Essa Essas Isso 
3ª Aquele Aqueles Aquela Aquelas Aquilo 
 
É importante observar que os pronomes demonstrativos podem ser variáveis ouinvariáveis. Confira a seguir: 
 
- Variáveis: este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s), aquela(s). 
- Invariáveis: isto, isso, aquilo. 
 
Exemplos: 
• Compro este celular (aqui). 
- Na frase acima, o pronome demonstrativo “este” indica que o celular está perto da 
pessoa que fala. 
 
• Compro esse celular. (aí) 
- Na frase acima, o pronome “esse” indica que o celular está perto da pessoa com quem 
falo ou afastado da pessoa que fala. 
 
• Compro aquele celular (lá). 
- Na frase acima, o pronome demonstrativo “aquele” diz que o celular está afastado da 
pessoa que fala e daquela com quem falo. 
 
Em sua “Novíssima Gramática da Língua Portuguesa”, o gramático Domingos Paschoal 
Cegalla afirma que os pronomes demonstrativos são os seguintes: este(s), esta(s), 
esse(s), essa(s), aquele(s), aquela(s), aqueloutro(s), aqueloutra(s), mesmo(s), mesma(s), 
próprio(s), própria(s), tal, tais, semelhante(s). 
 
PORTUGUÊS 
- O, a, os, as são pronomes demonstrativos quando equivalem a isto, aquilo, aquele, 
aquela, aqueles, aquelas. Exemplo: Leve o (=aquilo) que lhe pertence. 
- Mesmo e próprio são pronomes demonstrativos quando reforçam pronomes 
pessoais ou fazem referência a algo já expresso. 
 
Exemplos: 
• Eu mesmo vi o filme duas vezes. 
• Os próprios estudantes foram até o diretor. 
 
- Tal e semelhante quando equivalem a esse, essa, aquela. 
 
Exemplo: 
• Em tal situação é preciso cuidado. 
 
Emprego dos pronomes demonstrativos 
 
Os pronomes demonstrativos podem ser empregados em relação ao tempo, espaço e 
usados como referente. Confira a seguir: 
 
Em relação ao espaço 
 
- Este(s), esta(s) e isto indicam algo que está próximo da pessoa que fala. 
Exemplo: 
• Compro este celular. 
 
- Esse(s), essa(s) e isso indicam algo que está perto da pessoa com quem se fala. 
Exemplo: 
• Pegue essa caneca, por favor. 
 
PORTUGUÊS 
- Aquele(s), aquela(s) e aquilo são usados para indicar algo que está distante da pessoa 
que fala e da pessoa que ouve. 
Exemplo: 
• Comprarei aquele carro. 
 
Em relação ao tempo 
 
- O pronome pode se referir ao ano presente. 
Exemplo: 
• Este ano está sendo incrível para mim. 
 
- O pronome esse refere-se a um passado próximo. 
Exemplo: 
• Esse ano que passou foi bom. 
 
- O pronome aquele se refere a um passado já distante. 
Exemplo: 
• Aquele ano foi agradável para todos. 
 
Como referência 
 
- Este(s), esta(s) e isto referem-se a algo que ainda vai ser falado. 
Exemplo: 
• Eu só quero falar isto: tenha cautela. 
 
- Esse(s), essa(s) e isso são usados para fazer referência a algo citado anteriormente. 
Exemplo: 
• Sua participação na peça teatral, isso é o que os estudantes desejam. 
 
PORTUGUÊS 
Pronomes de Tratamento 
 
A chamada segunda pessoa indireta se manifesta quando utilizamos pronomes que, 
apesar de indicarem nosso interlocutor (portanto, a segunda pessoa), utilizam o verbo 
na terceira pessoa. 
É o caso dos chamados pronomes de tratamento, que podem ser observados no quadro 
seguinte: 
Pronome Abreviaturas Utilização 
 Singular Plural 
Senhor(es) e 
Senhora(s) 
sr. e sra. srs. e sras. 
Tratamento 
formal. 
Você(s) v. v. 
Tratamento 
informal. 
Vossa(s) Alteza(s) V.A. VV. AA. 
Príncipes e 
princesas, duques 
e duquesas. 
Vossa(s) Eminência(s) 
V. Ema., V. Em.a 
ou V. Em.a 
V. Emas., V. Em.as 
ou V. Em.as 
Cardeais. 
Vossa(s) 
Excelência(s) 
V. Ex.a ou V. Ex.a V. Ex.as ou V. Ex.as 
Altas autoridades: 
Presidente da 
República, 
ministros, 
deputados, 
embaixadores. 
Vossa Excelentíssima 
Reverendíssima 
V. Ex.a Rev.ma V. Ex.as Rev.mas 
Bispos e 
arcebispos. 
Vossa(s) 
Magnificência(s) 
V. Mag.a. ou V. 
Mag.a 
V. Mag.as ou V. 
Mag.as 
Reitores de 
universidades. 
Vossa(s)Majestade(s) V. M. VV. MM. 
Reis e rainhas, 
imperadores e 
imperatrizes. 
Vossa Reverência V. Rev.a V. Rev.as 
Sacerdotes e 
outras autoridades 
religiosas do 
mesmo nível. 
Vossa(s) 
Reverendíssima(s) 
V. Revma., V. 
Rev.ma ou V. 
Rev.ma 
V. Revma., V. 
Rev.mas ou 
Rev.mas 
Sacerdotes e 
outras autoridades 
religiosas do 
mesmo nível. 
Vossa Santidade V. S. - Papa. 
Vossa(s) Senhoria(s) V. S.a ou V.S.a V. S.as ou V.S.as 
Oficiais, 
funcionários 
graduados e 
PORTUGUÊS 
tratamento 
comercial. 
 
Também são pronomes de tratamento o senhor, a senhora e você, vocês. "O senhor" e 
"a senhora" são empregados no tratamento cerimonioso; "você" e "vocês", no 
tratamento familiar. Você e vocês são largamente empregados no português do Brasil; 
em algumas regiões, a forma tu é de uso frequente, em outras, é muito pouco 
empregada. Já a forma vós tem uso restrito à linguagem litúrgica, ultraformal ou 
literária. 
 
Observações: 
 
Vossa Excelência X Sua Excelência: os pronomes de tratamento que possuem "Vossa 
(s)" são empregados em relação à pessoa com quem falamos. 
Por exemplo: 
• Espero que V. Ex.ª, Senhor Ministro, compareça a este encontro. 
- Emprega-se "Sua (s)" quando se fala a respeito da pessoa. Por exemplo: 
• Todos os membros da C.P.I. afirmaram que Sua Excelência, o Senhor Presidente 
da República, agiu com propriedade. 
- Os pronomes de tratamento representam uma forma indireta de nos dirigirmos aos 
nossos interlocutores. Ao tratarmos um deputado por Vossa Excelência, por exemplo, 
estamos nos endereçando à excelência que esse deputado supostamente tem para 
poder ocupar o cargo que ocupa. 
 
3ª pessoa: embora os pronomes de tratamento se dirijam à 2ª pessoa, toda a 
concordância deve ser feita com a 3ª pessoa. Assim, os verbos, os pronomes possessivos 
e os pronomes oblíquos empregados em relação a eles devem ficar na 3ª pessoa. 
Por exemplo: 
• Basta que V. Ex.ª cumpra a terça parte das suas promessas, para que seus 
eleitores lhe fiquem reconhecidos. 
 
Uniformidade de Tratamento: quando escrevemos ou nos dirigimos a alguém, não é 
permitido mudar, ao longo do texto, a pessoa do tratamento escolhida inicialmente. 
Assim, por exemplo, se começamos a chamar alguém de "você", não poderemos usar 
"te" ou "teu". O uso correto exigirá, ainda, verbo na terceira pessoa. 
PORTUGUÊS 
Por exemplo: 
• Quando você vier, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos teus cabelos. (errado) 
• Quando você vier, eu a abraçarei e enrolar-me-ei nos seus cabelos. (correto) 
• Quando tu vieres, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos teus cabelos. (correto) 
 
Linguagem Formal e Informal 
 
A linguagem formal e informal são duas variantes linguísticas que possuem o intuito de 
comunicar. No entanto, elas são utilizadas em contextos distintos. 
Sendo assim, é muito importante saber diferenciar essas duas variantes para 
compreender seus usos em determinadas situações. 
Quando falamos com amigos e familiares utilizamos a linguagem informal. Entretanto, 
se estamos numa reunião na empresa, numa entrevista de emprego ou escrevendo um 
texto, devemos utilizar a linguagem formal. 
 
Exemplo: 
• Falo fluentemente inglês, espanhol, francês, russo, italiano e alemão! 
• E o português? 
• Aí varêia!!! 
 
A linguagem formal, também chamada de "culta" está pautada no uso correto das 
normas gramaticais bem como na boa pronúncia das palavras. 
 
Já a linguagem informal ou coloquial representa a linguagem cotidiana, ou seja, trata-se 
de uma linguagem espontânea, regionalista e despreocupada com as normas 
gramaticais. 
No âmbito da linguagem escrita, podemos cometer erros graves entre as linguagens 
formal e informal. 
Dessa forma, quando os estudantes produzem um texto, pode haver dificuldade de se 
distanciar da linguagem mais espontânea e coloquial. Isso acontece por descuido ou 
mesmo por não dominarem as regras gramaticais. 
Assim, para que isso não aconteça, é muito importante estar atento à essas variações, 
para não cometer erros. 
PORTUGUÊS 
Duas dicas muito importantes para evitar escrever um texto repleto de erros e 
expressões coloquiais são: 
- Conhecer as regras gramaticais; 
- Possuir o hábito da leitura, queauxilia na compreensão e produção dos textos, uma 
vez que amplia o vocabulário do leitor. 
 
Exemplos: 
Para melhor entender essas duas modalidades linguísticas, vejamos os exemplos abaixo: 
 
Exemplo 1 
Doutor Armando seguiu até a esquina para encontrar o filho que chegava da escola, 
enquanto Maria, sua esposa, preparava o almoço. 
Quando chegaram em casa, Armando e seu filho encontraram Dona Maria na cozinha 
preparando uma das receitas de família, o famoso bolo de fubá cremoso, a qual 
aprendera com sua avó Carmela. 
 
Exemplo 2 
O Doutor Armando foi até a esquina esperá o filho que chegava da escola. Nisso, a Maria 
ficou em casa preparando o almoço. 
Quando eles chegarão em casa a Maria tava na cozinha preparando a famosa receita da 
família boa pra caramba o bolo de fubá cremoso. 
Aquele que ela aprendeu cum a senhora Carmela anos antes da gente se casâ. 
 
- De acordo com os exemplos acima fica claro distinguir o texto formal (exemplo 1) do 
texto informal (exemplo 2). 
- Observe que o primeiro exemplo segue as regras gramaticais de concordância e 
pontuação. 
- Já o segundo, não segue as normas da língua culta, ou seja, apresenta erros 
gramaticais, ortográficos e falta de pontuação. 
 
Linguagem Coloquial 
 
PORTUGUÊS 
Entender o que é linguagem coloquial é muito importante, já que a utilizamos em 
situações informais de interlocução, isto é, em eventos de fala do nosso cotidiano. 
 
A linguagem coloquial é uma variação de linguagem popular utilizada em situações 
cotidianas mais informais. A coloquialidade encontra fluidez na oralidade (fala) e, assim, 
não requer adequação às normas da gramática tradicional (norma culta/padrão da 
língua portuguesa). É na linguagem coloquial que encontramos as gírias, 
estrangeirismos, neologismos, abreviações, isto é, palavras e expressões que não se 
relacionam à norma culta da língua portuguesa. 
 
É importante destacar que todos os estilos de linguagem têm sua relevância para os 
falantes da língua e podem e devem ser eleitos dependendo do contexto em que ocorre 
a situação comunicativa. A linguagem coloquial é empregada em situações informais, 
entre amigos, familiares e em ambientes e/ou situações em que o uso da norma culta 
da língua possa ser dispensado. 
 
O fato de não seguir as regras gramaticais não faz a linguagem coloquial ser menos 
importante/relevante do que a linguagem culta. Isso porque, se considerarmos a 
frequência de uso de ambos os estilos de linguagem, é possível observar que a 
linguagem coloquial é mais frequentemente utilizada pelos falantes do que a culta. 
 
Outra questão importante a ser destacada é que o estilo de linguagem coloquial não 
deve ser confundido com a diversidade de dialetos existentes no português do Brasil. Os 
dialetos estão muito mais relacionados à língua, sociedade e cultura do que ao estilo e 
escolha de registro. 
 
Exemplo I 
• Ela nem se tocou que o garoto tava babando nela. 
- “Se tocar” é uma expressão muito utilizada na linguagem coloquial que indica 
“perceber”. 
- Na frase, também há o uso abreviado do verbo “estava” e a expressão no sentido 
figurado (denotativo) de “babando”, que aponta para a admiração excessiva da pessoa. 
 
Exemplo II 
• Pô cara, demorô cum isso. 
PORTUGUÊS 
- “Pô” corresponde a uma interjeição de alerta ou mesmo uma abreviação do palavrão 
“porra”. 
- A palavra “cara” é muito utilizada na linguagem informal para indicar “rapaz, homem”. 
Ou seja, na frase, a palavra está no sentido denotativo, visto que não expressa o 
significado real do termo que seria “rosto”. 
- O verbo demorar é expresso de abreviado “demorô” no lugar de “demorou”. E por fim, 
a preposição “com”, que indica “companhia”, é falada com troca de vogal “cum”. 
 
Exemplo III 
• A mina foi sem noção na festa. 
- Na frase, é utilizada a abreviação de menina “mina”, além de indicar uma expressão 
coloquial “sem noção” que significa a falta de discernimento da pessoa. 
 
Exemplo IV 
• Demos um rolê pela city essa tarde. 
- O termo “rolê” é muito utilizado pelos adolescentes para indicar passeio, caminhada. 
Além disso, nota-se o uso do estrangeirismo, nesse caso, “city”, termo em inglês que 
significa cidade.

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