Buscar

Abdome

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

LETÍCIA VIEIRA SENGER – AD2025 
 1 
 
CAVIDADE ABDOMINAL 
Os limites são: rebordo costal – margem costal (superior anterior), 12ª costela (superior 
posterior), espinha ilíaca anterossuperior (inferior-anterior), tubérculo púbico (inferior) e 
ligamento inguinal, crista ilíaca (lateral) e vértebras lombares (posterior). O teto é o 
diafragma e o assoalho, diafragma pélvico. 
É dividida em 4 quadrantes: superior direito e esquerdo (até o umbigo), inferior direito e 
esquerdo (até a sínfise púbica). 
Pode ser dividida em 9 regiões: parte inferior limitada pela espinha ilíaca anterossuperior, 
média e superior pelo rebordo costal. A parte medial e lateral é divida pela metade das 
duas clavículas. 
Central: região umbilical (central), flanco direito e flanco esquerdo. 
Superior: região epigástrica (central), hipocôndrio direito e esquerdo. 
Inferior: região hipogástrica (central), fossa ilíaca direita e esquerda. 
 
➢ ESTRATIGRAFIA 
> Fáscia superficial: nervos motores e sensitivos, artéria epigástrica superficial (ramo da artéria femoral), veia 
toracoepigástrica (desemboca na veia axilar). 
> Subcutâneo: duas camadas de gordura (areolar/pelotas – fáscia de Camper – e lamelar – fáscia de Scarpa). 
> Bainha anterior (aponeurose do m. oblíquo externo + interno) 
> M. Reto Abdominal 
> Bainha posterior (aponeurose do m. oblíquo interno + transverso) 
> Pré-peritônio (gordura) 
> Peritônio 
 
➢ PAREDE POSTERIOR 
É composta por estruturas osteomuscular: vértebras lombares (L1-L5) e musculatura (quadrado lombar, psoas maior, 
psoas menor e ilíaco). 
• MÚSCULO PSOAS MENOR 
Acompanha o músculo psoas maior (cordão). 
Inserção proximal: coluna 
Inserção distal: trocânter 
Ação: flexão da coxa. 
Inervação: plexo lombar. 
 
• MÚSCULO PSOAS MAIOR 
Inserção proximal: coluna 
Inserção distal: trocanter. 
Ação: flexão da coxa, flexão da coluna lombar (30°-90°) e inclinação 
homolateral. 
Inervação: ramos do plexo lombar (L1-L3). 
 
• MÚSCULO ILÍACO 
Inserção proximal: 
Inserção distal: 
Ação: flexão do quadril; anteroversão da pelve e flexão da coluna lombar (30°-90°). Flexor da coxa sobre o tronco. 
Inervação: nervo femoral (L2-L3). 
 
• MÚSCULO QUADRADO LOMBAR 
Inserção proximal: 12ª costela e processo transverso de L1-L4. 
Inserção distal: crista ilíaca e ligamento ileolombar. 
Ação: inclinação homolateral do tronco e depressão da 12ª costela (inspiração). 
Inervação: 12º nervo intercostal e L1. 
 
 
 
 
LETÍCIA VIEIRA SENGER – AD2025 
 2 
 
➢ PAREDE ANTEROLATERAL 
É uma parede musculoaponeurótica. Constituída por músculos chatos que formam uma cinta muscular. Exercem um 
efeito estabilizador sobre a coluna vertebral. Drenagem para linfonodos inguinais e linfonodos axilares. 
• ANTERIORES 
▪ RETO ABDOMINAL 
Tem intersecções tendíneas (interrupções) – aumenta a força de contratilidade. 
Linha alba: junção do reto E com o D. 
Inserção proximal: últimas costelas (6ª – 10ª) 
Inserção distal: tubérculo púbico. 
Ação: sustentação das vísceras, movimentação do tronco. 
Inervação: T6 – T11 
 
 
▪ PIRAMIDAL 
Inserção proximal: linha alba. 
Inserção distal: tubérculo púbico. 
Ação: tensiona a linha alba na elevação do tronco. 
Inervação: T12 – nervo subcostal, nervo ílio-hipogástrico - L1. 
 
 
 
• ANTEROLATERAIS 
▪ OBLÍQUO EXTERNO 
Músculo largo e superficial. 1/3 lateral carnoso, 2/3 mediais 
aponeuróticos. Fibras direcionadas de lateral para medial, de cima para 
baixo. Participa da formação da bainha anterior do reto. 
Inserção proximal: 7ª – 12ª costela 
Inserção distal: lábio externo da crista ilíaca. 
Ação: sustentação das vísceras, compressão e movimentação do tronco. 
Inervação: T6 – T11 
 
▪ OBLÍQUO INTERNO 
Músculo largo, profundamente ao oblíquo externo. Fibras de lateral pra medial, de baixo para 
cima. Participa da formação da bainha anterior do reto. Sua borda livre inferior forma o tendão 
conjunto (com o músculo transverso), que vai se inserir na borda lateral do reto abdominal. 
Inserção proximal: 9ª – 12ª costela, 2/3 anteriores da crista ilíaca e 1/3 lateral do ligamento 
inguinal. 
Inserção distal: 
Ação: sustentação das vísceras, compressão e movimentação do tronco. 
Inervação: T10 – T12, nervo ilioinguinal - L1. 
 
▪ TRANSVERSO 
Músculo largo, profundamente ao oblíquo interno. Fibras de lateral para medial, horizontais. 
Inserção proximal: 2/3 anteriores da crista ilíaca e 1/3 lateral do ligamento inguinal. 
Inserção distal: 
Ação: sustentação das vísceras, compressão e movimentação do tronco. 
Inervação: T6 – T11 
 
> BAINHA DO RETO 
2/3 superiores: lâmina anterior formada pela aponeurose do oblíquo 
externo e oblíquo interno; lâmina posterior formada pela 
aponeurose do oblíquo interno e transverso. 
1/3 inferior: lâmina anterior formada pela aponeurose do OE, OI e T; 
lâmina posterior formada pela fáscia transversal/endotorácica. 
Vascularizada pelos vasos epigástricos inferiores (ramos da artéria 
ilíaca externa) e vasos epigástricos superiores. 
LETÍCIA VIEIRA SENGER – AD2025 
 3 
 
 
• FACE INTERNA 
▪ Prega umbilical mediana: cobre o ligamento umbilical mediano; 
▪ Pregas umbilicais medias: cobrem os ligamentos umbilicais 
mediais; 
▪ Pregas umbilicais laterais: cobrem os ligamentos umbilicais 
laterais (veias epigástricas inferiores). 
▪ Fossas supravesicais: acima da bexiga. 
▪ Fossas inguinais mediais (Triângulo de Hesselbach): maior 
fragilidade da parede abdominal, onde se exteriorizam as 
hérnias inguinais. 
▪ Fossas inguinais laterais 
▪ Ligamento falciforme 
▪ Ligamento redondo do fígado 
 
 
➢ REGIÃO INGUINAL 
Limites: ligamento inguinal – aponeurose do músculo oblíquo externo (inferior e lateral); margem lateral do músculo 
reto (medial) e espinha ilíaca anterossuperior - EIAS (superior). 
• ESTRATIGRAFIA 
> Fáscia superficial 
> Subcutâneo (na fáscia de Camper existem os vasos epigástricos superficiais) 
> M. Oblíquo Externo 
> M. Oblíquo Interno 
> M. Transverso 
> Fáscia transveralis/endotorácica 
> Pré-peritônio 
> Peritônio 
 
• MÚSCULO OBLÍQUO EXTERNO: DEPENDÊNCIAS 
> Ângulo inguinal superficial: dá passagem ao funículo 
espermático (homem) e ligamento redondo do útero 
(mulher). 
> Ligamento inguinal 
> Ligamento iliopectíneo: prende a aponeurose ao 
ramo do púbis. Divide o espaço abaixo do ligamento 
em dois: compartimento vascular (anterior) e 
neuromuscular (lateral). 
> Ligamento lacunar: na sua borda livre é encontrados 
os vasos ilíacos cruzando para o membro inferior. Há 
um linfonodo, veia femoral e artéria femoral. 
> Ligamento pectíneo (Cooper) 
 
• MÚSCULO OBLÍQUO INTERNO 
> Inervação sensitiva: nervo ílio-hipogástrico 
(superior) e ílioinguinal (inferior). 
> Ângulo inguinal profundo: juntamente com as fibras do m. transverso. dá passagem ao funículo espermático 
(homem) e ligamento redondo do útero (mulher). Formação do Trígono de Hesselbach (tendão conjunto, ligamento 
inguinal, vasos epigástricos inferiores). 
 
 
 
 
 
 
 
LETÍCIA VIEIRA SENGER – AD2025 
 4 
 
PERITÔNIO 
É uma membrana serosa (epitélio pavimentoso simples) que recobre a cavidade abdominopélvica e suas vísceras. 
Quando recobre a cavidade é parietal, quando recobre as vísceras é visceral. Evita atrito (fina lâmina de líquido – 50ml), 
cavidade peritoneal (espaço virtual – fechada no homem, já nas mulheres a trompa uterina não permite fechamento 
completo), combate infecções (leucócitos e anticorpos), depósito de gordura. 
 
Existem vísceras intraperitoneais, que são revestidos por peritônio visceral e parietal, com uma comunicação entre eles 
chamada de meso (contem estrutura nobre). Às vezes, existem dois órgãos revestidos pela mesma dobra de peritônio, e 
a comunicação entre eles é chamada de omento (epiploon). 
Existem vísceras extraperitoneais/retroperitoneais, que não são envolvidas por peritônio, mas possuem ligamentos 
parieto-viscerais para mantê-la ligada a parede abdominal. Há também ligamentos inter-viscerais. 
Há também recessos entre vísceras extraperitoneais ou entre a parede abdominal.Importante local de acúmulo de 
líquido. Pode ser chamado de escavação. 
 
➢ OMENTOS 
• OMENTO MENOR/GASTROHEPÁTICO: entre fígado e estômago. 
• OMENTO MAIOR/AVENTAL EPIPLÓICO: entre estômago e 
intestino 
*Forame omental: ponto de comunicação entre a cavidade peritoneal e a 
bolsa omental (recesso da cavidade que fica atrás do estômago, entre o 
pâncreas). 
 
➢ RECESSOS 
• ESCAVAÇÃO RETROVESICAL/DOUGLAS: entre o reto e a bexiga (vísceras retroperitoneais). 
• ESCAVAÇÃO RETROUTERINA/DOUGLAS: entre o útero e o reto. 
• ESCAVAÇÃO VESICOUTERINA: entre o útero e a bexiga. 
• SULCOS PARACÓLICOS: entre o intestino grosso e a parede abdominal (D e E). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
➢ LIGAMENTOS 
• LIGAMENTOS CORONÁRIOS: prendem a parte superior do fígado no 
diafragma. 
• LIGAMENTO FALCIFORME: passa anteriormente ao fígado, é uma 
“abertura” do ligamento coronário. 
• LIGAMENTO REDONDO: remanescente da veia umbilical, que se 
estende da porção interna do umbigo até o fígado. 
• LIGAMENTO GASTROESPLÊNICO: entre o estômago e o baço. 
• LIGAMENTO ESPLENORENAL: entre o baço e o rim. 
 
➢ ÓRGÃOS RETROPERITONEAIS 
• PRIMÁRIO: rins. 
• SECUNDÁRIO: pâncreas, duodeno. 
 
 
 
LETÍCIA VIEIRA SENGER – AD2025 
 5 
 
➢ DIVISÃO DA CAVIDADE PERITONEAL 
• ANDAR SUPRACÓLICO / SUPRAMESOCÓLICO: acima do mesocolo transverso. 
• ANDAR INFRACÓLICO / INFRAMESOCÓLICO: abaixo do mesocolo transverso. 
 
ANDAR SUPRA(MESO)CÓLICO 
Localizado abaixo do mesocolo transverso, na cavidade peritoneal. Superiormente limitado pelo diafragma, 
anteriormente pela parede anterolateral do abdome, posteriormente pelo peritônio parietal (pâncreas retroperitoneal) 
e inferiormente pelo mesocolo transverso. 
As estruturas ali presentes são: esôfago abdominal, estômago, 1ª porção do duodeno, fígado, baço e pâncreas 
(retroperitoneal – não pertence ao andar supracólico). 
 
➢ ESÔFAGO ABDOMINAL 
Recoberto por serosa. Se inicia no hiato esofágico e termina no cardia. É vascularizada por ramos que se originam 
diretamente do tronco celíaco ou ramos da artéria gástrica esquerda (artérias esofágicas inferiores). É drenado pelas 
veias esofágicas inferiores, que vão para a veia gástrica esquerda, para a veia porta e para a veia cava inferior. 
*Quando existe alguma patologia que compromete a função do fígado, o fluxo de sangue na veia gástrica esquerda 
pode se inverter e drenar para veias esofágicas médias e superiores, devido ao alto número de anastomoses. 
Anastomose porto-cava. 
 
➢ ESTÔMAGO 
É limitado superiormente pelo esôfago e inferiormente pelo duodeno, 
apresentando dois orifícios (entrada e saída). Apresenta duas faces (anterior e 
posterior), e duas bordas (medial/pequena curvatura e lateral/grande curvatura). 
É dividido em 4 partes: cárdia (ao redor do óstio cárdico), fundo, corpo e região 
pilórica (dividida em antro pilórico e canal pilórico, próximo ao esfíncter pilórico). 
Entre o cárdia e o fundo, há uma incisura cárdica. Entre o corpo e a região pilórica 
há a incisura angular. 
• ESTRATIGRAFIA 
> Serosa 
> Camada muscular: circular interna cobre as faces anterior e posterior, camada longitudinal cobre a pequena e 
grande curvatura, e uma camada de fibras oblíquas bem interna, que cobre a incisura cárdica e fundo gástrico em 
direção as faces anterior e posterior (ajuda o alimento não voltar ao esôfago). 
> Submucosa 
> Mucosa 
 
• JUNÇÃO ESÔFAGO-GÁSTRICA 
Há uma válvula funcional para evitar o refluxo gastresofágico (conjunto de estruturas que trabalham em conjunto): hiato 
esofágico (constituído por musculatura), ligamento frenicoesofágico (se prendem no diafragma e no esôfago) e válvula 
de Von Gubaroff (camada muscular oblíqua que comprime o fundo em direção ao cardia). 
Linha Z/Transição escamo-colunar: ponto de transição do epitélio escamoso (esôfago) para o epitélio colunar (estomago), 
ao nível de T11. 
 
• ESFÍNCTER PILÓRICO 
É um espessamento da camada muscular interna (lâmina circular) e controla a saída de conteúdo gástrico para o duodeno. 
 
➢ BOLSA OMENTAL 
É um compartimento da cavidade peritoneal e se comunica com o restante da cavidade pelo 
forame omental/hiato de Winslow (se localiza posteriormente ao ligamento 
hepatoduodenal/pedículo hepático). 
Limite anterior é o pedículo hepático, posterior a veia cava inferior, superior o fígado e inferior 
a 1ª porção do duodeno. 
 
 
 
 
 
LETÍCIA VIEIRA SENGER – AD2025 
 6 
 
➢ TRONCO CELÍACO 
• AORTA LOMBAR/ABDOMINAL 
A ramescência da aorta dá origem a 3 planos vasculares: linha mediana anterior, lateral e posterolaterais. Se estende 
desde o hiato aórtico (T12) até o nível de L4, onde se divide as artérias ilíacas comum direita e esquerda. 
> Linha mediana anterior: viscerais ímpares 
Tronco celíaco (vasculariza o andar supracólico), artéria mesentérica superior (andar infracólico) e artéria mesentérica 
inferior (colo descendente, sigmoide e reto). 
> Lateral: viscerais pares 
Artérias suprarrenais direita e esquerda, artérias renais direita e esquerda e artérias gonadais (testicular ou ovárica) 
direita e esquerda. 
> Posterolaterais: parietais pares 
Artérias subcostais, artérias frênicas inferiores, artérias lombares e artéria sacral (ímpar!). 
 
• RAMOS DO TRONCO CELÍACO 
Podem ser vistos apenas ao retirar o omento menor. 
> Artéria gástrica esquerda: se dirige superiormente à pequena curvatura, origina as artérias esofágicas inferiores e 
segue pela pequena curvatura, dando ramos que vascularizam a face anterior do estômago. 
> Artéria esplênica: artéria calibrosa e tortuosa e vasculariza o baço (à esquerda), passa junto a borda superior do 
pâncreas (praticamente retroperitoneal), dá origem a artéria gastro-omental esquerda. Além disso, dá origem as 
artérias gástricas curtas que vão vascularizar a parte superior do estômago (fundo). 
> Artéria hepática comum: vasculariza a região de transição do estômago e duodeno; origina a artéria gastroduodenal 
(que dá origem a artéria gastro-omental direita e que desce posteriormente ao duodeno) e origina a artéria hepática 
própria (vasculariza o fígado), que dará origem a artéria gástrica direita. 
*Arco vascular da pequena curvatura: artéria gástrica esquerda (ramo da aorta abdominal) e artéria gástrica direita 
(ramo da hepática própria, que é ramo da hepática comum). 
*Arco vascular da grande curvatura: artéria gastro-omental esquerda (ramo da artéria esplênica) e artéria gastro-
omental direita (ramo da artéria gastroduodenal, que é ramo da artéria hepática comum). 
 
*Ulcerações do duodeno podem ulcerar a artéria gastroduodenal, causando importantes sangramentos. 
 
• DRENAGEM VENOSA 
Toda a drenagem venosa do 1/3 inferior do esôfago 
até 1/3 superior do reto é feita para sistema porta 
(direcionada para o fígado). As veias vão acompanhar 
as artérias e receberão o mesmo nome, mas drenarão 
para a veia porta e não para a veia porta. 
Veia gástrica esquerda e veia gástrica direita → Veia 
porta 
Veias gástricas curtas + Veia gastro-omental 
esquerda → Veia esplênica + Veia mesentérica 
inferior → Tronco + Veia mesentérica superior → 
Veia porta 
LETÍCIA VIEIRA SENGER – AD2025 
 7 
 
• DRENAGEM LINFÁTICA 
Os vasos linfáticos acompanham as artérias ao longo da pequena e grande curvatura, e drenam a linfa das superfícies 
anterior e posterior, indo em direção as curvaturas onde estão os linfonodos gástricos e gastromentais. 
São divididos em 6 grupos: suprapilóricos (1), subpilóricos (2), gastromentais (3), gástricos (6), anel cárdico (4) e 
esplênicos (5). Todos drenam para linfonodos no tronco celíaco. 
Zona 1 (pequena curvatura + parte anterior do fundo + região cárdica) → Linfodonos gástricos e anel cárdico 
Zona 2 (parte lateral do fundo + parte superior da grande curvatura) → Linfonodos esplênicos e pancreático-esplênicos 
Zona 3 (parte inferior da grande curvatura) → Linfonodos gastromentais direitos 
Zona 4 (região pilórica) → Linfonodos pilóricos e pancreaticoduodenais 
 
• INERVAÇÃO 
Parassimpática: nervo vago – motilidadegástrica e secreção de HCl e Pepsina. 
Nervo vago → Tronco vagal anterior → Ramo principal anterior (de Latarjet) 
Nervo vago → Tronco vagal posterior → Ramo principal posterior 
 
Simpática: cadeia laterovertebral do simpático (T5) – nervos esplâncnicos maior e menor, plexo celíaco e plexos ao 
redor dos vasos gástricos e gastromentais. 
Diminuição dos peristaltismos e fechamento dos esfíncteres. 
 
➢ BAÇO 
Órgão maciço abdominal mais vulnerável, pois é uma massa vascular mole. Localiza-se 
na parte posterior, abaixo da cúpula diafragmática, difícil de ser apalpável. Pertence 
ao sistema linfático, sendo o maior órgão linfático (proliferação de linfócitos), 
remoção de hemácias antigas e plaquetas fragmentadas, reservatório de sangue. Não 
é um órgão vital. 
Acompanha o trajeto da 10ª costela (11ª costela está o ápice do rim, que é posterior 
ao baço). Está localizado entre a 9ª e a 10ª costela. 
Se liga ao rim através do ligamento esplenorenal, e ao estômago através do ligamento 
gastroesplênico (são omentos – possui estruturas nobres). 
 
Na face diafragmática (superior), não tem nenhuma ligação com o diafragma. Já na face visceral (inferior), localiza-se o 
hilo, onde estão as estruturas que compõem o pedículo renal (artéria esplênica e veia esplênica). A margem superior se 
chama superfície gástrica, a margem inferior de superfície renal e a parte anterior de superfície cólica. 
 
• VASCULARIZAÇÃO 
Se dá a partir da artéria esplênica (ramo do tronco celíaco – passa superior ao pâncreas), que origina as artérias 
retas/curtas gástricos. 
 
• DRENAGEM VENOSA 
Se dá por veias que possuem o mesmo nome e trajeto das artérias. Veia esplênica (mais inferior à artéria, passando na 
borda posterior e inferior ao pâncreas), se une com a veia mesentérica inferior, formando um tronco que se unirá com a 
veia mesentérica superior e que dão origem ao sistema porta. 
 
• DRENAGEM LINFÁTICA 
Drenam principalmente para linfonodos pancreáticos e esplênicos e posteriormente para linfonodos celíacos. 
 
➢ FÍGADO 
É uma víscera maciça, que possui uma cápsula (cápsula de Glisson), um pedículo (pedículo hepático) e um hilo (porta 
hepática ou porta do fígado). Forma de pirâmide triangular, com o ápice voltado para cima (quase em contato com o 
diafragma – face diafragmática) e com uma base visceral (face visceral). Possui duas margens: anterior-superior e 
posterior-inferior. Origem mesogástrio ventral. 
A parte superior se comunica com o diafragma, já a parte inferior tem comunicação com a metade superior do rim direito, 
com a glândula suprarrenal direita, com o ângulo hepático do colo, faz o limite entre a 1ª e 2ª porção do duodeno, com a 
veia cava inferior, com o esôfago abdominal e o estômago. Posteriormente, se relaciona com a veia cava inferior (porção 
retro-hepática), com o polo superior do rim direito e com a glândula suprarrenal direita. 
LETÍCIA VIEIRA SENGER – AD2025 
 8 
 
Se estende, no plano sagital: do hipocôndrio direito à região epigástrica; no 
plano frontal: do rebordo costal direito à parede posterior abaixo do diafragma; 
no plano transversal: 4º espaço intercostal anterior até o 8º-9º espaço 
intercostal posterior. 
Produção e excreção de bile (emulsificador de gordura, composto por sais do 
Ácido Taurocólico e Desoxocólico), metabolismo dos carboidratos, das 
proteínas e lipídeos. 
 
• PERITÔNIO (LIGAMENTOS) 
> Redondo: artéria umbilical obliterada. 
> Falciforme: prende o fígado na parede anterior e o divide em 2 lobos. 
> Coronários: prende o fígado no diafragma (são superiores) 
> Triangulares: união do folheto anterior do ligamento coronário com o folheto posterior (D e E). Formam bicos. 
• OMENTO GASTRO-HEPÁTICO (MENOR) 
Na face visceral (inferior), existe o omento menor que une o fígado ao estômago. 
Possui vasos no seu interior. Na sua borda livre, os elementos do pedículo 
hepático. 
• PEDÍCULO HEPÁTICO 
Ramo da artéria hepática própria (carrega 25% do fluxo sanguíneo hepático e 
50% de O2), ramo da veia porta (formada pela união da veia mesentérica 
inferior com a veia lienal, que vem do baço – carrega 75% do fluxo sanguíneo 
hepático e 50% de O2) e canal biliar. 
• VEIA CAVA INFERIOR E VEIAS HEPÁTICAS 
É o principal meio de sustentação do fígado. As veias hepáticas (ramos da veia 
cava inferior) estão difundidas por todo o parênquima hepático. 
 
 
• DIVISÃO ANATÔMICA DO FÍGADO 
Na face visceral, é notório alguns acidentes: fissura do ligamento redondo (anterior), 
fissura do ligamento venoso (existia na vida embrionária – posterior), sulco da veia 
cava inferior (posterior no lobo direito), fossa da vesícula biliar (anterior no lobo 
direito) e hilo hepático. A união de todas essas estruturas forma um H, deixando em 
evidencia o lobo quadrado do fígado (anterior) e o lobo caudado (posterior). Além 
do lobo direto e lobo esquerdo (menor). 
 
• DIVISÃO FUNCIONAL DO FÍGADO 
É feita a partir da bifurcação da veia porta, que se divide ao nível do sulco da veia cava inferior – fossa da vesícula biliar, 
formando dois lobos: direito e esquerdo (que inclui o lobo quadrado e o caudado, da divisão anatômica). 
 
• SEGMENTAÇÃO HEPÁTICA 
Lobo direito: posterior e anterior → anterossuperior; anteroinferior; posterosuperior e 
posteroinferior. 
Lobo esquerdo: medial e lateral → medial-superior; medial-inferior; lateral-superior e 
lateral-inferior. 
Lobo caudado. 
 
➢ VIAS BILIARES EXTRA-HEPÁTICAS 
• PRINCIPAL 
> Ducto hepático direito 
> Ducto hepático esquerdo 
> Ducto hepático comum: união do ducto hepático direito e esquerdo 
> Ducto colédoco: após o ducto cístico se juntar ao ducto hepático comum, 
ele se torna ducto colédoco. Passa por trás do duodeno e por dentro do 
pâncreas, desembocando na parte descendente do duodeno. 
É divido em 4 partes: supraduodenal, retroduodenal, 
retropancreática/intrapancreática e intramural. 
LETÍCIA VIEIRA SENGER – AD2025 
 9 
 
*Esfíncter hepato-pancreático (de Oddi): penetração do ducto colédoco com o ducto pancreático principal na parede do 
duodeno, formando a carúncula/papila maior. 
 
• ACESSÓRIA 
> Vesícula biliar: dividia em fundo, corpo e colo. Tem comunicação com o ducto colédoco pelo ducto cístico. É 
vascularizada pela artéria cística (ramo da artéria hepática direita → hepática própria → hepática comum) 
> Ducto cístico: canal entre a vesícula e o ducto colédoco. Mucosa com relevo, que constitui a prega espiral 
da vesícula (válvula de Heister). 
 
➢ ESPAÇOS SUBFRÊNICOS 
• SUPRA-HEPÁTICO 
Acima do fígado, sendo que o direito se divide. 
Direito: supra-hepático anterior e posterior. 
Esquerdo: supra-hepático. 
 
 
• SUBEPÁTICO 
Abaixo do fígado, sendo que o esquerdo se divide. 
Direito: subepático 
Esquerdo: subepático anterior e posterior (bolsa ometal). 
 
➢ DUODENO 
É “cortado” pelo mesocolo transverso (2ª porção) e pelo mesentério (3ª porção). 
• PORÇÕES DO DUODENO 
> 1ª porção – superior: nível de L1. É chamada de ampola/bulbo duodenal: liso e intraperitoneal (restante é 
retroperitoneal – secundário). Relaciona-se com o fígado e a vesícula biliar (porção anterior). Relaciona-se com o 
ducto colédoco, a veia porta e o pâncreas (porção posterior). 
> 2ª porção – descendente: níveis de L1-L3. Está à direita da veia cava inferior, contorna a cabeça do pâncreas e é 
onde desemboca as papilas maiores e menores. Possui pregas circulares (de Kerckring) – mucosa pregueada. Área 
de transição da vascularização (anastomoses). Relaciona-se com o fígado, a vesícula biliar, o colo transverso e o 
intestino delgado (porção anterior). Relaciona-se com os vasos renais e o rim direito (porção posterior). 
> 3ª porção – horizontal: nível de L3. Passa pela pinça aortomesentérica. Relaciona-se com os vasos mesentéricos 
superior e raiz do mesentério (porção anterior). Relaciona-se com o psoas maior direito, veia cava inferior, aorta e 
psoas maior esquerdo (porção posterior). 
> 4ª porção – ascendente: entre L2-L3. Faz a junção/flexura duodenojejunal (sustentada pelo ligamento de Treitz ou 
músculosuspensor do duodeno). Relaciona-se com o início da raiz do mesentério e alças jejunais (porção anterior). 
Relaciona-se com o psoas maior esquerdo e aorta (porção posterior). 
 
• PAPILAS 
Controlam a passagem de bile e suco pancreático através do esfíncter do ducto pancreático, do esfíncter do ducto 
colédoco e do esfíncter da ampola hepatopancreática. 
> Maior: ducto pancreático principal + ducto colédoco. Forma a ampola hepatopancreática. 
> Menor: ducto pancreático acessório/de Santorini. 
 
• PINÇA AORTOMESENTÉRICA 
A terceira porção do duodeno é abraçada pela artéria mesentérica superior, que é 
ramo da artéria aorta (passa posteriormente ao duodeno), formando uma “pinça”. 
Essa pinça “abraça” estruturas importantes, como: 3ª porção do duodeno, processo 
uncinado do pâncreas e veia renas esquerda. 
 
• MÚSCULO SUSPENSOR DO DUODENO 
O pilar direito (que forma o hiato esofágico) forma um ligamento que segura o 
duodeno para que exista uma curvatura que distingue a 4ª porção do duodeno e o 
início do jejuno. 
 
 
LETÍCIA VIEIRA SENGER – AD2025 
 10 
 
➢ PÂNCREAS 
É um órgão retroperitoneal secundário. Sua margem anterior está na raiz do mesocolo transverso. Anteriormente se 
relaciona com o estômago. 
 
• DIVISÃO DO PÂNCREAS 
> Cabeça: está envolta pelo duodeno. Possui o processo uncinado (projeção 
inferior da cabeça) na pinça aortomesentérica. Posteriormente, 
relaciona-se com a veia cava inferior, aorta, vasos renais direitos e 
gonadais direito e rim direito. 
> Colo: formação da veia porta (posteriormente), veia mesentérica superior 
e veia esplênica. Posteriormente, relaciona-se com a veia mesentérica 
superior e porta. 
> Corpo: Posteriormente, relaciona-se com o diafragma, a glândula 
suprarrenal esquerda, rim esquerdo, vasos renas e vasos esplênicos. 
> Cauda: Posteriormente, relaciona-se com a veia esplênica e o ligamento 
esplenorenal. 
 
• VASCULARIZAÇÃO DO DUODENO E PÂNCREAS 
> Via Artéria Lienal/Esplênica 
Ao longo de seu trajeto para o baço, dá diversos ramos pancreáticos. 
A artéria pancreática magna é a principal. 
> Via Artéria Gastroduodenal 
Se ramifica através da artéria hepática comum (ramo do tronco celíaco) e dá ramos para o duodeno, estômago (artéria 
gástrica direita) e se bifurca em artéria pancreato-duodenal superior anterior e posterior. 
> Via Artéria Mesentérica Superior 
É um dos planos da artéria aorta. Dá origem ao ramo pancreato-duodenal inferior, que se bifurca em ramo anterior e 
posterior e forma um arco com a artéria pancreato-duodenal superior, ao redor da cabeça do pâncreas e duodeno. 
 
• DRENAGEM VENOSA DO DUODENO E PÂNCREAS 
É feita principalmente pela veia mesentérica superior, que desemboca na veia porta. 
 
• LINFONODOS 
Linfonodos pancreáticos superiores (superior ao corpo do pâncreas, ao redor da artéria lienal), linfonodos lienal (no 
contato do pâncreas com o baço), linfonodos mesentéricos superiores (na parte inferior do pâncreas, junto a veia 
mesentérica superior), linfonodos pancreáticos duodenais (na cabeça do pâncreas) e linfonodos pilóricos (cabeça do 
pâncreas, na primeira porção do duodeno). Todos eles drenam para os linfonodos celíacos (parte inferior do fígado). 
 
• INERVAÇÃO DO DUODENO E PÂNCREAS 
São inervados pelo plexo celíaco (simpático) que acompanham os vasos celíacos e pancreáticos e pelo plexo mesentérico 
superior. 
A parte parassimpática é inervada pelo nervo vago. 
 
ANDAR INFRA(MESO)CÓLICO 
Limites: parede ântero-lateral do abdome (anterior); mesocolo transverso (superior); parede posterior do abdome 
(posterior), e abertura superior da pelve (inferior). 
 
➢ INTESTINO DELGADO: JEJUNO E ÍLEO 
Jejuno e íleo são intraperitoneais. Tem como limites: flexura duodenojejunal e a válvula ileocecal. Possuem de 6-7 
metros. Maior parte do jejuno se localiza no quadrante superior esquerdo, enquanto o íleo no quadrante inferior 
direito. Não há distinção anatômica muito clara. 
 
• RAIZ DO MESENTÉRIO 
O mesentério é uma prega de peritônio em forma de leque, que fixa o jejuno e o íleo na 
parede abdominal posterior. Tem cerca de 15cm, com direção oblíqua da esquerda para 
a direita, se estendendo desde a flexura duodenojejunal (a esquerda de L2) até a junção 
íleocólica (articulação sacro-ilíaca direita). 
LETÍCIA VIEIRA SENGER – AD2025 
 11 
 
• DISTINÇÃO ENTRE JEJUNO E ÍLEO 
 
 JEJUNO ÍLEO 
COR Vermelho-vivo Rosa claro 
CALIBRE 2-4cm 2-3cm 
PAREDE Espessa/Pesada Fina/Leve 
VASCULARIZAÇÃO Maior Menor 
GORDURA NO MESENTÉRIO Menor Maior 
PREGAS CIRCULARES Grandes, altas e próximas Espaças e ausentes na porção terminal 
FOLÍCULOS LINFÁTICOS Solitário Agregados – Placa de Peyer 
ALÇAS ARTERIAIS Longas e em menor número Curtas e em maior número 
 
• CONTEÚDO DO MESENTÉRIO 
A alça intestinal é envolvida pelo mesentério. A borda mesentérica é relacionada a 
raiz do mesentério, enquanto a borda antimesentérica é a oposta. 
Seu conteúdo é constituído por vasos arteriais e venosos. 
> Artéria Mesentérica Superior 
Se origina na porção abdominal da aorta, na vértebra L1, 
aproximadamente 1cm inferiormente ao tronco celíaco. Envia 
entre 15-18 ramos jejuno-ileais para vascularização do jejuno e 
íleo. 
> Veia Mesentérica Superior 
Transita dentro do mesentério, associada a artéria mesentérica superior, com trajeto anterior e à direita. 
Drena o jejuno e o íleo, e termina posteriormente ao colo do pâncreas, onde se junta a veia esplênica e 
formam a veia porta. 
 
• DRENAGEM LINFÁTICA 
São especializados para a absorção da gordura, sendo chamados de vasos linfáticos lactíferos/quilíferos. Drenam o 
conteúdo leitoso/gorduroso dos plexos linfáticos, nas paredes do jejuno e do íleo, para 3 grupos de linfonodos no 
mesentério. 
1º) Justaintestinais: localizados próximos à parede intestinal; 
2º) Mesentéricos: entre os arcos arteriais; 
3º) Centrais superiores: ao longo da artéria mesentérica superior. 
Todos esses drenam para linfonodos mesentéricos superiores. No íleo terminal, localizam-se linfonodos íleocólicos. 
 
• INERVAÇÃO 
Se faz através do gânglio celíaco e dos plexos ao redor da artéria mesentérica superior. 
O nervo vago situa-se no tronco posterior e faz a inervação parassimpática. 
Já os nervos esplâncnicos (do tronco simpático torácico e abdominal) fazem a inervação simpática. 
 
➢ INTESTINO GROSSO: CÓLONS 
Tem aproximadamente 1,5-1,8m e é constituído pelo ceco, apêndice vermiforme, colo 
ascendente, colo transverso, colo descendente, sigmoide, reto e canal anal. 
Existem duas flexuras: flexura hepática (direita – nível 9ª-10ª costelas; superposta pela 
porção inferior do fígado) e flexura esplênica (esquerda – mais alta e mais aguda que 
a flexão hepática). 
O colo ascendente e o colo descendente são retroperitoneais secundários. 
 
• RECESSOS PERITONEAIS 
> Espaço infracólico direito: metade medial direita até o cólon ascendente. Vai até o ceco. 
> Espaço infracólico esquerdo: metade medial esquerda até o cólon descendente. Vai até o reto ânus. 
> Goteira paracólica direita: parte lateral direita ao cólon ascendente. 
> Goteira paracólica esquerda: parte lateral esquerda ao cólon descendente. 
 
 
 
LETÍCIA VIEIRA SENGER – AD2025 
 12 
 
• HISTIOTOPIA 
> Mucosa 
> Submucosa 
> Muscular circular 
> Muscular longitudinal: tênias – começam na base do apêndice vermiforme e se dividem em 3 faixas. Seguem ao 
longo de todo o intestino grosso. Fusão no reto-sigmoide. Contração das tênias encurtam a parede do intestino 
grosso, formando uma saculação/haustrações. 
> Serosa 
 
• CECO 
1ª parte do intestino grosso. É uma bolsa intestinal, de aproximadamente 7,5cm, situando-se na fossa 
ilíaca direita. Podem ter pregas cecais, que prendem o ceco na parede lateral do abdome, e é quase 
totalmente recoberto por peritônio. Tem posicionamento variável/móvel. 
> Óstio ileal / Válvula íleo-cecal: constituído por lábios íleocólicos superiormente e ileocecal 
inferiormente. Formam frênulos. 
> Apêndice vermiforme: é um divertículo intestinal cego, tem origem inferiorao óstio ileal, na confluência das tênias 
e tem posicionamento variável/móvel (64% posição retrocecal). Pode causar apendicite (processo inflamatório), e 
se houver ruptura, causa peritonite cecal. Apalpação no ponto de McBurney (cicatriz umbilical → EIAS; dividir em 3 
partes, junção da parte medial com lateral). 
 
• COLO 
> Colo ascendente 
> Colo transverso 
> Colo descendente 
> Sigmoide 
 
• RAIZ DO MESOCOLO TRANSVERSO 
Situa-se ao longo da margem inferior do pâncreas e continua como peritônio parietal posteriormente. É uma estrutura 
móvel e se estende ao nível do umbigo (L3). 
 
• DRENAGEM LINFÁTICA 
Linfonodos epicólicos (margem inferior do colo transverso) → Linfonodos paracólicos (margem medial do colo 
ascendente e descendente) → Linfonodos cólicos (ao longo das artérias) → Linfonodos mesentéricos superior ou 
inferiores (ao longo da AMS e AMI) → Cisterna do quilo 
 
• INERVAÇÃO 
> Plexo mesentérico superior: nervo esplâncnicos (tronco simpático tóraco-abdominais) 
> Plexo mesentérico inferior: nervo esplâncnicos (tronco simpático tóraco-abdominais) 
> Plexo hipogástrico: parassimpático 
 
➢ VASOS MESENTÉRICOS 
• ARTÉRIA MESENTÉRICA SUPERIOR: vascularização da 
metade direita. É ramo da artéria aorta. Dá origem: 
> Artéria cólica média (colo transverso até a flexura esplênica); 
> Artéria cólica direita (colo ascendente); 
> Artéria íleocólica (ramo terminal – íleo, ceco e porção inicial do 
colo ascendente). Dá origem a artéria apendicular, que 
vasculariza o apêndice. 
• ARTÉRIA MESENTÉRICA INFERIOR: vascularização da 
metade esquerda. É ramo da artéria aorta. Dá origem: 
> Artéria cólica esquerda (colo descendente); 
> 3-4 artérias sigmoideas (porção terminal do colo descendente 
e sigmoide); 
> Artéria retal superior (ramo terminal – porção proximal do 
reto). 
 
LETÍCIA VIEIRA SENGER – AD2025 
 13 
 
Existe uma ampla rede de anastomoses entre essas artérias. 
A artéria cólica média se anastomosa com a artéria cólica esquerda, ao nível do arco justacólico/artéria marginal/arco 
de Riolan. 
 
➢ SISTEMA PORTA 
É a drenagem venosa do terço inferior do esôfago até o terço superior do reto. É formado a partir da anastomose entre 
a Veia Mesentérica Inferior + Veia Esplênica com a Veia Mesentérica Superior, que ocorre posteriormente ao pâncreas. 
Tem trajeto de cerca de 8cm e se relaciona com o ligamento hepatoduodenal. O sangue proveniente da veia esplênica e 
da veia mesentérica inferior tendem a se dirigir ao lado esquerdo do fígado, enquanto o sangue da veia mesentérica 
superior ao lado direito. 
• ANASTOMOSES PORTO-CAVA/PORTO-SISTÊMICAS: 
> Esofagiana: veias gástricas → veia cava superior 
> Para-umbilical: veia subcutâneas 
> Retal: artéria mesentérica superior → veia cava inferior 
> Retroperitoneal (áreas nuas e de vísceras retroperitoneais secundárias): veias retroperitoneais → veia cava e ázigos 
 
 
 
 
 
RETROPERITÔNIO 
Tem relação direta com a parede posterior do abdome e o diafragma. Estruturas importantes se encontram no 
retroperitônio: rim, loja renal e pedículo renal; glândula suprarrenal; cadeia laterovertebral; ureter e veia cava inferior. 
 
➢ RINS 
Possuem formato oval e tem relação com o metabolismo hídrico e participação na eliminação de resíduos de 
metabolismo proteico. Estão localizados no retroperitônio, sobre a parede abdominal posterior. Costumam ocupar o 
espaço entre a T12 e L3. Possuem mobilidade durante o movimento de inspiração e expiração. O rim direito é mais 
baixo que o rim esquerdo (relação com o fígado). 
É uma víscera maciça, revestida por uma cápsula fibrosa (de Gerota). Tem 
duas partes: cortical e medular, que são unidas por colunas renais. Na 
medula, a drenagem é feita a partir das pirâmides renais para as papilas 
renais, dentro dos cálices: cálices menores, que se reúnem para formar os 
cálices maiores, que vão se dirigir para a pelve renal, e posteriormente, aos 
ureteres. 
Possui duas faces: anterior (possui o polo superior e inferior, a borda lateral 
e medial e o pedículo renal) e posterior (possui o polo superior e inferior, a 
borda medial e lateral e o pedículo). 
O hilo renal é a cavidade que abriga as estruturas do pedículo renal. O hilo 
renal esquerdo é próximo ao plano transpilórico, aproximadamente a 5cm 
lateral a linha média. 
O rim é envolto pela fáscia renal, que matem conexões com a parede abdominal posterior através de feixes colágenos. 
Existe também uma gordura dentro da fáscia, gordura perirrenal, e uma gordura fora da fáscia, gordura pararrenal, no 
espaço posterior. 
> Relações posteriores 
Medialmente com o músculo psoas maior, lateralmente com músculo quadrado lombar e músculo transverso do 
abdome. Repousam sobre o nervo subcostal (polo superior) e nervo hipogástrico ílioinguinal (polo inferior). 
> Relações anteriores 
Rim direito: fígado, duodeno e colo ascendente (anteriores); 
Rim esquerdo: baço, colo descendente, estômago, pâncreas, jejuno-hepático e intestino delgado (anteriores); 
 
• PEDÍCULO RENAL 
Sintopia anteroposterior: veia, artéria e pelve renal. 
Sentido craniocaudal: artéria, veia e pelve. 
 
 
Quando a circulação porta é comprometida, o fluxo é invertido devido ao aumento da pressão do sistema porta. Ao 
invés de se dirigir ao fígado, vai, através das anastomoses, para a circulação sistêmica. Há um engorgitamento dessas 
veias, causando sintomas como varizes esofágicas, cabeça de medusa (engorgitamento das veias para-umbilicais). 
LETÍCIA VIEIRA SENGER – AD2025 
 14 
 
• VASCULARIZAÇÃO 
A veia cava inferior é localizada à direita da artéria aorta, sendo 
assim, a artéria renal direita é mais longa que a artéria renal 
esquerda. Com as veias é ao contrário: a veia renal esquerda 
(passa por cima da aorta abdominal) é mais longa que a veia renal 
direita. 
 
A artéria renal, ao se aproximar do hilo renal, origina ramos 
(artérias segmentares): 
◦ Artéria segmentar superior; 
◦ Artéria segmentar anterior superior; 
◦ Artéria segmentar anterior inferior; 
◦ Artéria segmentar posterior; 
◦ Artéria segmentar inferior. 
 
• DRENAGEM LINFÁTICA 
A linfa tende a drenar para os linfonodos lombares, localizados em torno da veia cava e da aorta abdominal. 
 
• INERVAÇÃO 
Feita pelo plexo renal, que possui tanto fibras simpáticas quanto parassimpáticas. 
 
 
➢ GLÂNDULAS SUPRARRENAIS 
Possuem cor amarelada e estão localizadas entre o diafragma e o polo superior do 
rim. São circundadas pelo tecido adiposo contido na fáscia renal. São fixadas no 
diafragma e são separadas dos rins por septos da fáscia renal. A suprarrenal direita 
tem formato piramidal e a suprarrenal esquerda tem formato de semilua. São 
separadas por 5cm. 
Possui uma parte cortical, que secreta corticoide e androgênio, e uma parte medular 
(tecido nervoso), que produz adrenalina e noradrenalina. 
Sintopia direita-esquerda: veia cava inferior, pilar direito do diafragma, tronco celíaco, artéria mesentérica superior e 
pilar esquerdo do diafragma. 
 
• VASCULARIZAÇÃO 
Ocorre através de hilo, localizado no meio dessas glândulas, onde as veias suprarrenais e os vasos linfáticos drenam. As 
artérias suprarrenais entram por pontos distintos em torno da glândula. 
• INERVAÇÃO 
Feita pelo plexo celíaco, na região do gânglio celíaco (chegada dos nervos esplâncnicos abdominais e pélvicos – fibras 
simpáticas pré-ganglionares). 
 
➢ URETER 
Possuem direção craniocaudal. É divida em porções: abdominal, ilíaca, pélvica e intramural. Existem 
3 estreitamentos: junção pielo-uretral, vasos ilíacos e intramural. 
> Relações de sintopia (anterior) 
Ureter direito: 2ª porção do duodeno, vasos gonadais, vasos cólicos D, artéria íleocólica e raiz do 
mesentério. 
Ureter esquerdo: vasos gonadais, ramos da artéria mesentérica inferior, artérias sigmoideas, raiz do 
mesocolo e sigmoide. 
 
• VASCULARIZAÇÃO 
Ramos das artérias renais, gonadais, ilíacas, vesicais e uterinas. 
 
• CRUZAMENTOS 
Na porção abdominal, o ureter cruza posteriormente os vasos gonadais. Na porção ilíaca, cruza anteriormenteaos vasos 
ilíacos. Na porção pélvica, cruza anteriormente o canal deferente (homens) ou a artéria uterina (mulheres). 
 
LETÍCIA VIEIRA SENGER – AD2025 
 15 
 
➢ BEXIGA 
É uma viscera oca, constituída por várias camadas musculares. É um reservatório de urina. Localiza-se acima da sínfise 
púbica, pré-peritoneal. É fixada pelo colo da bexiga aos ligamentos laterais e vesicais. 
Musculatura composta pelo músculo detrusor da bexiga, uma camada externa longitudinal, camada média circular e 
camada interna longitudinal e reticular. 
É dividida em porções: ápice (posterior à sínfise pubiana), corpo, fundo (oposta ao ápice), colo e óstio uretral interno. 
Trígono vesical: composta pelos óstios ureterais e o óstio ureteral interno. 
 
➢ PLEXO LOMBAR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
➢ CADEIA LATERAL DO SIMPÁTICO 
 
➢ MÚSCULOS DA PAREDE POSTERIOR DO ABDOME 
• PSOAS MAIOR 
• PSOAS MENOR 
• QUADRADO LOMBAR 
• ILÍACO

Continue navegando