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Alfabetização: por onde começar Direção e Coordenação Geral Luciana Brites Equipe Editorial Ana Clara dos Reis Tomaelli Fabrícia Cristina Florencio Julia Liranço Muniz Roselaine Pontes de Almeida Ilustração, Iconografia e Diagramação Gabriela Naomi Umezu Oliveira Luke Boaro Almeida Machado Brites, Luciana Alfabetização : por onde começar / Luciana Brites . 1. Ed. – Londrina, PR : Editora NeuroSaber, 2021. ISBN nº 978-65-994279-6-1 1. Alfabetização 2. Neurociências 3. Literacia. – Londrina (PR). I. Título. Dados Internacionais de Catálogo na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Copyright © 2021 by Luciana Brites Todos os direitos desta edição são reservados à Editora NeuroSaber. Av. Ayrton Senna da Silva, 600, sala 602. Londrina, PR – 86050-460 Telefone: (43) 3361-6757 E-mail: editoraneurosaber@neurosaber.com.br Este e-book foi preparado com muito carinho pela Equipe NeuroSaber, especialmente para auxiliar você! Por isso, lembre-se de que é vedada a reprodução, total ou parcial, do conteúdo contido neste livro digital, nos termos da Lei nº 9.610/98. Esperamos que você faça bom uso desta obra. Aproveite! Um grande abraço, Equipe NeuroSaber BEM-VINDO A ESTE MATERIAL! 4 Alfabetização: por onde começar Para começar o processo de alfabetização, é preciso, primeiro, entender algumas etapas, compreender como se dá o processo de alfabetização e quais são os processos utilizados para as idades estabelecidas. O processo de alfabetização - Definição O processo de alfabetização se define em capacitar, instrumentalizar o aluno, filho ou paciente, de forma que seja possível trabalhar a correlação letra e som. Trata-se de descobrir o código alfabético e a forma como ele pode estar correlacionado para formar palavras, sílabas, frases e textos. A alfabetização é um processo com começo, meio e fim estruturados. Por isso, é preciso entender a origem dela. História e evolução da linguagem escrita Antigamente, as formas de representação eram os desenhos, a primeira representação que a criança faz são os desenhos, os homens da caverna faziam desenhos... Mas qual é o problema do desenho? Eles não representam verdadeiramente o que se busca comunicar – afinal, a escrita deve ser pensada como uma forma de comunicação. Vendo a dificuldade e tendo surgido a necessidade de melhorar a comunicação, de forma a torná-la mais clara 5 e assertiva, passaram a ser usados sinais, mapearam- se os sons das falas e criaram-se símbolos para os sons, organizando-os por caracteres, a fim de representar o que está sendo falado. Depois disso, o alfabeto grego introduziu as vogais. Quando se descobriu a escrita, a alfabetização foi de encontro à importância de se grafar, de tornar a escrita e a inscrição do pensamento perpétuas. Iniciou-se, então, o processo de pensar e registrar. Com o passar do tempo, os povos antigos começaram a entender que não era possível fazer o registro só com figuras. Foi assim que surgiram os fonemas: os povos antigos começaram a fazer sons, os quais representavam signos gráficos. A combinação dos signos forma palavras. Dessa forma, a primeira coisa que deve ser entendida é que a alfabetização não é natural – ao contrário de falar e andar, por exemplo – mas ler e escrever é uma competência que nós, seres humanos, tivemos que aprender. As letras são signos inventados, por isso, não se trata de um processo natural. Sendo assim, por não ser uma aprendizagem intuitiva, simplesmente expor crianças a textos não é suficiente: é necessário mediação e instrução. Quais são os processos de alfabetização para cada idade? Qual a idade esperada para o processo de alfabetização? É necessário entender todas as questões e etapas do desenvolvimento para realizar a estimulação de forma adequada. As evidências científicas mostram que, a partir 6 dos 6 anos, a criança está preparada para o processo estruturado da alfabetização. Crianças mais novas podem se alfabetizar, pois esse processo depende da maturidade e da motivação. Porém, não se pode forçar o processo de alfabetização, afinal, dentro do cérebro humano, há etapas de desenvolvimento e formas de aprendizagem. Quais são as etapas? • De 0 a 3 anos: desenvolver vocabulário, contar histórias e conversar com as crianças. • A partir dos 4 anos: mostrar letras – que podem ser de papel, EVA, madeira – de forma divertida e criativa, utilizar brincadeiras e canções, trabalhar com sons das letras e com suas grafias. Nesse momento, não adianta mostrar nomes das letras, afinal, a criança junta os sons das letras para formar palavras e não os nomes. • A partir dos 5 primeiros anos, se for bem estimulada, a criança pode se alfabetizar muito rapidamente, em 2 a 3 meses, se entender adequadamente o processo de junção de fonemas, junção de letras e se compreender primeiramente as sílabas, para depois partir para palavras. O que todo alfabetizador precisa saber na hora de iniciar o ensino da leitura e escrita Por onde eu começo na hora de alfabetizar? A alfabetização é o processo da aprendizagem dos 7 códigos e de toda a estrutura da leitura e da escrita. Alfabetizar é aprender a ler – e ler para aprender –, é utilizar da leitura e da escrita para ressignificar a aprendizagem. Primeiro, é necessário ensinar a criança a ler e a escrever, para que essa apropriação empodere-a para se tornar um leitor. Não é possível desenvolver a leitura se a criança não souber como ler. O papel do alfabetizador é adaptar a competência que a criança tem que desenvolver para uma prática lúdica, mas respeitando a neurociência, o processamento cognitivo e as etapas do desenvolvimento da criança. Leitura e escrita Leitura e escrita não são coisas simples, exigem habilidades de áreas cognitivas e habilidades linguísticas específicas, estando correlacionadas a etapas do desenvolvimento e passando por práticas educacionais. No processo de leitura e escrita fazemos o uso de duas rotas: a fonológica e a lexical. Pontos de partida para começar a alfabetizar Princípio alfabético O que é conhecimento alfabético? É o conhecimento de como o alfabeto funciona. Para se ensinar o alfabeto, 8 deve-se mostrar o nome da letra e o som dela, pois isso faz toda diferença – ainda mais levando-se em conta que um dos maiores problemas da alfabetização é a junção e formação de sílabas. Consciência fonológica Consciência fonológica é a intencionalidade cognitiva de se pensar nos sons e nas formas de rima que devem ser desenvolvidas com a criança, para que ela preste atenção nos sons das palavras, vendo a divisão por sílabas e a igualdade entre as palavras. Quando falamos da estimulação dos fonemas, não estamos falando de BA-BE-BI-BO-BU, mas da junção de sons das sílabas. Trabalhar com consciência fonológica envolve 5 habilidades: rima, aliteração, consciência de frases e palavras, consciência silábica e consciência fonêmica. Nomeação automática rápida: dos 0 aos 6 anos Nos 3 primeiros anos da criança, costuma-se contar histórias, mostrar objetos e estabelecer vínculos de linguagem. A partir disso, deve-se fazer com que a criança nomeie rápida e automaticamente objetos e cores. Escrita do nome A escrita do nome deve acontecer durante a Educação Infantil, pois a criança que consegue escrever o nome quando chega ao primeiro ano apresenta maior rapidez na alfabetização. É necessário entender que a família deve mostrar livros e estimular o universo da leitura e escrita. 9 Memória fonológica É a memória dos sons: tudo que ouvimos fica armazenado na nossa memória. Com a memória dos sons e organização, é possível formar as palavras e saber seus significados. Teorias integrativas do Desenvolvimento da Alfabetização O desenvolvimento da ortografia e da leitura levam ao aumento da proficiência em cada habilidade. A ortografia e a leitura avançam em três estágios: logográfico,alfabético e ortográfico (FRITH, 1990). 10 REFERÊNCIAS FRITH, Uta. Beneath the surface of developmental dyslexia. In: PATTERSON, Karalyn; MARSHALL, John C.; COLTHEART, Max (Eds.). Surface dyslexia: Neuropsychological and cognitive studies of phonological reading. Routledge: Londres, 2017. MUITO OBRIGADO! ABRAÇOS, EQUIPE NEUROSABER! 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