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Teoria geral do direito
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Teoria Geral do Direito)
A Teoria Geral do Direito (em outros países: théorie générale du droit, teoria generale del diritto, teoría
general del derecho, general theory of law, algemeine Rechtslehre ou allgemeine Rechstheorie. ) é uma
disciplina que dedica-se à “análise dos conceitos jurídicos fundamentais que são comuns aos diferentes sistemas
jurídicos ou ramos do direito” . Isto é, ela busca estudar o ordenamento jurídico em sua totalidade, a partir da
observação dos vários sistemas jurídicos, definindo, assim, os grandes eixos de construção e aplicação do
direito.
Índice
1 Desenvolvimento
1.1 Na Europa continental
1.2 Nos países de língua inglesa
1.3 O termo “geral”
2 Objeto
3 Características
3.1 Disciplina Intermediária
3.2 Disciplina comparativa e generalizante
3.3 Caráter multidisciplinar
3.4 Pluralidade teórica
3.5 Estudos de formas e substâncias
3.6 A questão da crítica
4 Referências
5 Bibliografia
Desenvolvimento
As análises da Teoria Geral do Direito resultaram de uma cisão teórica no âmbito da Filosofia do Direito,
realizada por autores que buscavam se distanciar da problemática jusfilosófica do século XIX, que era
considerada metafísica (jusnaturalismo) .
Na Europa continental
A Teoria Geral do Direito teve um forte desenvolvimento na Alemanha a partir da segunda metade do século
XIX. Autores como Ernst Rudolf Bierling e Felix Somló tinham como objetivo estudar conceitos comuns entre
todos os ramos do direito, visando indicar a unidade do sistema jurídico. A teoria era geral porque
apresentava-se como parte geral do estudo do fenômeno jurídico como um todo. Assim, a Teoria Geral do
Direito definiu como objeto de estudo o direito positivo, deixando de lado questões clássicas da filosofia do
direito, como relação do direito com a justiça, a moral, os valores, a verdade e etc. Deste modo, a Teoria
Geral do Direito apresenta-se como teoria das normas jurídicas e a filosofia do direito, como teoria dos valores
do direito.
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Nos países de língua inglesa
O termo mais usado na língua inglesa para designar a Teoria Geral do Direito é jurisprudence, ainda que alguns
autores utilizem a expressão legal theory ou, raramente, general theory of law. O filósofo Jeremy Bentham,
que figura-se como ponto de referência para a reflexão jusfilosófica, publicou em 1789 uma obra (An
introduction to the principles of morals and legislation) na qual propõe uma distinção conceitual entre a
local jurisprudence e a universal jurisprudence. A primeira estudaria o conteúdo da legislação de
determinados países e a segunda, os elementos comuns a todas as legislações do mundo, o que faria dela
bastante restrita, limitando-se aos poucos conceitos jurídicos que são utilizados em todas as nações. Um
ponto de vista semelhante encontra-se na obra de John Austin, considerado fundador da Teoria Geral do
Direito na Inglaterra. O autor distingue entre particular jurisprudence e general jurisprudence, sendo essa
última a ciência que estuda os princípios e conceitos comuns aos ordenamentos jurídicos das nações civilizadas,
pois são mais aperfeiçoados e apresentam fortes semelhanças. Há ainda uma tendência de se abandonar o
termo general, referindo-se à Teoria Geral do Direito apenas como jurisprudence, que se verifica principalmente
nos recentes manuais da disciplina em inglês . A jurisprudence é definida como a disciplina que “estuda
questões teóricas, que dizem respeito à natureza das leis e dos sistemas jurídicos, à relação do direito com a
justiça e a moralidade e à natureza social do direito” , do que se pode concluir que, nos países anglo-saxões,
ela mantém estreita relação com a sociologia e filosofia do direito.
O termo “geral”
No século XX observa-se uma tendência, em vários países europeus, de suprimir o adjetivo “geral”, utilizando-
se apenas “Teoria do Direito”. Só faria sentido o uso do termo “geral” se houvesse uma teoria especial do
direito. A ideia de uma teoria geral surgiu para se contrapor às teorias específicas de cada ramo do direito,
mas a partir do momento em que a Teoria do Direito ampliou seu campo de pesquisa, “envolvendo questões
fundamentais de definição e de estrutura do direito, deixou de ser simplesmente a parte geral e propedêutica da
dogmática jurídica e constituiu-se em uma teoria explicativa do fenômeno jurídico” . Ainda assim, há autores
que insistem numa divisão entre a Teoria do Direito e a Teoria Geral do Direito. Adrian Sgarbi , por
exemplo, indica que se trata de uma relação de gênero e espécie. A Teoria Geral do Direito compreenderia a
Teoria do Direito e também outras disciplinas como a lógica jurídica, a filosofia do direito, a sociologia do
direito e etc.
Objeto
Podem ser identificados cinco grandes temas de interesse da Teoria do Direito : 1. “análise dos conceitos
gerais do direito (definição do direito, teoria da norma, fontes, direito subjetivo, relação jurídica); 2.
metodologia da legislação (legística); 3. metodologia da aplicação do direito (interpretação); 4. epistemologia
do direito; 5. análise das ideologias jurídicas.
Características
A metodologia utilizada pela Teoria do Direito pode ser explicada a partir de seis características :
Disciplina Intermediária
A Teoria do Direito é exterior em relação à dogmática jurídica, pois seu objetivo não é interpretar determinado
direito positivo. Porém, ao mesmo tempo, ela não é completamente exterior, como seriam a sociologia ou
psicologia jurídica, por exemplo, que desvinculam-se do direito positivo. Essa determinação topológica, no
entanto, não é plenamente consensual e existe bastante controvérsia, principalmente no que diz respeito à
distinção entre Filosofia do Direito e Teoria do Direito.
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Disciplina comparativa e generalizante
É a partir da comparação entre os ramos do direito e entre os ordenamentos que a Teoria do Direito constrói
seu conhecimento. E a comparação é o que permite a sistematização e generalização.
Caráter multidisciplinar
Devido à sua posição intermediária, a Teoria do Direito tem muitas vezes de recorrer a saberes externos como
Teoria do Estado, sociologia, ciência política e etc.
Pluralidade teórica
Não existe apenas uma abordagem teórica, mas sim uma pluralidade de métodos de estudo e concepções da
disciplina
Estudos de formas e substâncias
Apesar de se situar numa posição intermediária e não se interessar pelo exato conteúdo de cada norma vigente,
a Teoria do Direito não deve ser entendida como dedicada exclusivamente à forma, afinal é impossível separar
forma de conteúdo. Mesmo ao analisar elementos estruturais, o estudioso não pode ignorar questões
substanciais.
A questão da crítica
O interesse dos teóricos do direito é intrinsecamente crítico. Ainda assim, ele deve se preocupar em não
confundir os níveis de análise, equiparando a análise da estrutura e conteúdo dos sistemas jurídicos com a
avaliação crítica. É importante ressaltar que no âmbito dessa questão da Teoria Geral do Direito, devemos
observar a necessidade de uma análise e interpretação adequada á cada sistema em que se é evidenciado para
dirimir entendimento no quesito de resolução às aplicações terminológicas no espectro peticional.
Referências
1. ↑ DIMOULIS, 2006.
2. ↑ ATIENZA, 2003, p. 239 apud DIMOULIS, 2006
3. ↑ BERGEL, 2001 apud DIMOULIS, 2006.
4. ↑ DIMOULIS, 2006.
5. ↑ DIMOULIS, 2006.
6. ↑ DIMOULIS, 2006.
7. ↑ DREIER, 1981, p. 20 apud DIMOULIS, 2006.
8. ↑ DIMOULIS, 2006.
9. ↑ BENTHAM, 1948, p. 425 apud DIMOULIS, 2006.
10. ↑ AUSTIN, 1954 apud DIMOULIS, Dimitri, 2006.
11. ↑ DIMOULIS, 2006.
12. ↑ LLOYD OF HAMPSTEAD; FREEMAN, 1985, p. 5 apud DIMOULIS, 2006.
13. ↑ DIMOULIS, 2006.
14. ↑ DIMOULIS, 2006.
15. ↑ DIMOULIS, 2006, p. 23.
16. ↑ SGARBI, 2007
17. ↑ VAN HOECKE; OST, 1999 apud DIMOULIS, 2006.
18. ↑ DIMOULIS, 2006.
19. ↑ DIMOULIS, 2006.
Bibliografia
ALEXY, Robert. Conceito e validade dodireito. São Paulo: Martins Fontes, 2009.
AMARAL, Luiz Otavio de Oliveira. Teoria Geral do Direito,São Paulo: Saraiva,3ª ed., 2010.
DIMOULIS, Dimitri. Positivismo jurídico. Sao Paulo: Método, 2006.
DWORKIN, Ronald. O império do direito. Trad. Jefferson Luiz Camargo - 2ªed – São Paulo: Martins Fontes,
2007.
KELSEN, H. Teoria geral do direito e do estado. Tradução de Luís Carlos Borges. São Paulo: Martins
Fontes, 2000
KELSEN, Hans. Teoria Pura do Direito. Trad. João Baptista Machado – 7ª ed. São Paulo: Martins Fontes,
2006.
MARKBY, William. Elements of law considered with reference to principles of general jurisprudence. Oxford:
Clarendon, 1886.
SGARBI, Adrian. Teoria do direito. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2007.
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Categoria: Doutrina jurídica
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