Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
o plano China Somos um grupo de análise de cenários político econômicos. Trabalhando com diversas ferramentas ágeis e muita inovação, buscamos levar informação e o maior número de possibilidades possíveis para que você possa tomar uma decisão mais assertiva. O cálculo é simples. Quantos mais cenários você tiver a sua disposição, melhor será sua capacidade de escolher um caminho ou mesmo fazer um melhor planejamento. A Solomon's Brain é formada por pessoas ligadas à diversas áreas de tecnologia, pensadores, ex-atores político governamentais e meio acadêmico. Este tripé, aliado a inovação das ferramentas e metodologias que utilizamos, faz com que sejamos, para análises de cenários político econômicos, uma das principais referências no país. A análise de cenários, ainda pouco conhecida no país para tomada de decisões, é utilizada largamento nas grandes nações, como ferramenta de planejamento e tomada de decisão. O uso de probabilidades e algoritmos faz com que o cliente e sua equipe se sintam mais seguros com as perspectivas de futuro. Não somos concorrência. Somos complementariedade. Solomon's Brain Guto Ferreira Estrategista-Chefe INTRODUÇÃO Estamos em um novo tempo. O mundo pós COVID 19 antecipa tendências e propõe desafios gigantescos a uma economia que já se acostumava ao sistema multilateral. Porém, foi surpreendida por uma crise sem precedentes, colocando governos e uma geração inteira que chega neste momento ao início de sua fase adulta em cheque. No centro do debate, um país. Um enorme país, acostumado desde sempre ao comércio e às inovações, criadores da bússola magnética, pólvora e sismógrafo por exemplo. Com um sistema político econômico que intriga os melhores analistas em todo o mundo: CHINA. Árabes, judeus e chineses sempre foram considerados exímios comerciantes. A China, muito antes da rota da seda já, junto as culturas persa e mongol sempre teve no sei seio o desejo de dominação. Será que hoje, em plemno século XXI isso mudou? Ou estamos no momento propício, com a tempestade perfeita, para que a China coloque em prática seus planos mais secretos? Longe de termos uma análise conspiratória, é fato que o modelo de dominação global chinês é diferente de seu principal aliado comercial e adversário neste tabuleiro, os Estados Unidos. Nesta análise, tentaremos levar a você um pouco mais sobre um panorama que pode ser sombrio ou maravilhoso. Depende de que lado você (enquanto economia) estará. Boa leitura "Quando a China despertar, o mundo se comeverá" Napoleão Bonaparte O PODER DA ESTRATÉGIA Geralmente se começa uma análise pelo contexto histórico. Porém, ainda que mais a frente tratemos disso, decidimos iniciar por algo que faz mais o estilo chinês atual: a estratégia. O que as pessoas sabem da história chinesa é muito aquém do que realmente é. Estamos acostumados a olhar o lado estético, o lado das inovações recentes, do crescimento econômico e da política pouco transparente (devido ao seu regime político econômico híbrido). Temos a falsa impressão de que estratégia é apenas algo dos feitos gregos, ou das batalhas recentes nas grandes guerras. Mas o passado chinês pode nos ensinar muito. Quando falamos de estratégia, todos estão acostumados aos famos textos de Sun Tzu, em seu livro A Arte da Guerra, comporto de 13 capítulos, e que hoje é considerado o maior livro de estratégias militares em todo o mundo. Porém a China, ao longo de sua história, travou milhares de batalhas e guerras internas para o fortalecimento das dinastias chinesas. Em muitos destes casos, generais que levaram seus reis a vitória foram mortos em momento futuro, uma prova da já conhecida desconfiança chinesa. Interessante observar que outro traço da cultura chinesa se faz muito presente no ambiente militar estratégico: a filosofia. Mais a frente abordaremos isso. Aqui listamos alguns dos principais generais do país vermelho. 1 Sun Wu (535 -? aC), com o nome do estilo de Changqing, mais conhecido como Sun Tzu, foi um antigo famoso general militar chinês, estrategista e filósofo. Ele também é o criador das estratégias do Leste. Nasceu em Le'an (na atual Província Shandong), no Estado de Qi. Sun era um general das tropas do Rei Helv do Estado de Wu. Liderando o exército de Wu, composto de 60.000 soldados, Sun miraculosamente derrotou o Estado de Chu, que possuía 200.000 soldados em cinco guerras e ocupou Ying, a capital de Chu. Seu mais famoso trabalho, "A Arte da Guerra," composta de 13 capítulos, foi incluído no primeiro livro da coleção "Sete Clássicos Militares", tendo um impacto significativo da história e cultura chinesa e da Ásia. Durante o século 19 e 20, seu "A Arte da Guerra" se tornou muito popular e praticado no mundo ocidental. Foi traduzido para diversos idiomas, incluindo inglês, francês, alemão e japonês, e continua a influencia as culturas e políticas asiáticas e ocidentais. SUN TZU Nascido em Zuoshi (na atual Província de Shandong) do Estado de Wei, Wu Qi (440-381 aC) foi um renomado líder militar chinês, político e reformador no começo do Perído dos Estados Combatentes (475-221 aC). Habilidoso no comando do exército e estratégia miliar, Wu serviu aos Estados de Lu e Wei em sucessão. No Estado de Wei, ele comandou em muitas grandes batalhas e se tornou Xihe Shou (Prefeiro do Condado de Xihe). Depois, após estar distante de seu lorde, Wu Qi foi para o Estado de Chu e foi nomeado Primeiro Ministro do Rei Dao de Chu. Suas reformas fizeram de Chu um Estado forte naquele tempo. Estas reformas instituídas enraiveceram a velha aristocracia de Chu, então ele foi assassinado e seguido pela morte do Rei Dao de Chu.Wu era uma pessoa de controvérsa. Foi acusado de não retornar para casa por causa do luto de sua mãe após ela ter morrido, e foi acusado de assassinar sua própria esposa (que era a filha de um nobre do rival Estado de Qi) para manter a confiança do governador do Estado de Lu. É incerto se estas acusações eram verdadeiras ou foram criadas por seus inimigos políticos para difamar ele. Seu trabalho militar, "Wuzi" foi incluído na coleção "Sete Clássicos Militares." Ele e Sun Wu são considerados os maiores estrategistas militares da história da China. WU QI Sun Bin (? - 316 BC), um descendente de Sun Tzu, também conhecido como Sun Boling, era um estrategista militar que viveu no Estado de Qi durante o Período dos Estados Combatentes na história chinesa. Sun foi tutelado em estratégia militar com outro estudante, Pang Juan, pelo heremita Guiguzi quando mais novo. Eles se tornaram bons amigos, mas Pang tinha uma inveja secreta de Sun, por ter percebido que Sun Bin era mais talentoso e aprendia mais sobre estratégia militar seu seu professor do que ele.Depois de Pang se tornar um general militar do Estado de Wei, ele pretendia convidar Sun para trabalhar com ele, e depois matá-lo. Bin conseguiu escapar de Wei e ascendeu em notoriedade no Estado de Qi, servindo como estrategista militar e comandante. Ele liderou as tropas de Qi a derrotar Wei nas batalhas de Guiling e Maling.É de autoria de Sun o tratado militar "Arte da Guerra de Sun Bin," que se perdeu por quase 2.000 anos, mas suas tiras de bambu com mais de 11.000 palavras foram descobertas em excavações arqueológicas em Linyi, Província de Shandong, em 1972. SUN BIN Xiang Yu (232–202 aC), nasceu em Xiaxiang (hoje na Província Jiangsu) era um proeminente comandante militar e político durante o período tardio da Dinastia Qin. Como o líder da famosa Rebelião Huiji contra o Império Qin, ele é a epítome de bravura na história militar chinesa. Seguindo seu tio Xiang Liang, Xiang Yu começou a Rebelião Kuaiji para lutar contra Qin. Ele liderou as forças rebeldes de Chu para destruir as forças principais dos exércitos de Qin na Batalha de Julu em 207 aC. Depois da queda da Dinastia Qin, Xiang Yu se proclamou o "Rei do Chu Ocidental" e governou uma vasta área que cobria os condados de Liang e Chu, junto com áreas ao sul do Rio Amarelo e RioYangtze, que estavam localizados nas atuais Shanxi, Henan, Hubei, Hunan e Jiangsu, com Pengcheng (hoje Xuzhou, Província Jiangsu) como sua capital. Xiang Yu depois se engajou nas guerras conhecidas como período de contenção de Chu-Han, por poder com Liu Bang, fundador da Dinastia Han. Ele foi derrotado por Liu e se suicidou nas margens do Rio Wujiang (hoje na Província Anhui) em 202 aC. XIANG YU Nascido em Huanyin (hoje Huai'an, Província Jiangsu), Han Xin (ce. 231-196 aC) era um excelente general militar, estrategista e mestre da teoria militar. Ele serviu a Liu Bang (Imperador Gaozu dos Han) durante o período de contenção Chu-Han e teve grande contribuição na fundação da Dinastia Han. Han era conhecido como um dos "Três Heróis da tardia Dinastia Han", junto com Zhang Liang e Xiao He. Han é melhor lembrado como um brilhante comandante militar por suas estratégias e táticas empregadas em batalhas, algumas as quais se tornaram a origem de certos idiomas chineses. Em reconhecimento às contribuições de Han, Liu conferiu a ele os títulos de "Rei de Qi" e "Rei de Chu." No entanto, Liu reduziu gradualmente o poder militar de Han com o tempo, por causa da inveja de suas extraordinárias habilidades, rebaixando ele para "Marquês de Huaniyin". Finalmente, Han foi acusado de participar em uma rebelião, sendo morto em 196 aC. HAN XIN Guo Ziyi (697-781), nascido em Huazhou (hoje Shaanxi), foi um famoso general militar durante a Dinastia Tang. Ele colocou abaixo a Rebelião An Shi e se tornou o Principe Zhongwu de Fenyang. Guo participou de expedições contra Hui Hu e Tub. Ele era alto e muito corajoso. Por causa de suas grandes conquistas, tem como reputação ser um dos maiores generais da história chinesa e foi considerado como o melhor general da Ásia Oriental durante sua vida. Ele continuou a comandar seus exércitos e lutar em batalhas até seus 84 anos de idade. Por causa de seu talento militar, o Império Tang manteve a paz por mais de duas décadas. O Imperador Dezong de Tang ficou muito triste com o falecimento de Guo em 9 de julho de 781, e fez um decreto para lamentar seu general e estimar suas façanhas. Como uma figura histórica de grande prestígio e reputação, Guo foi respeitado por toda a nação. GUO ZIYI Yue Fei (1103-1142), também conhecido como Pengju, foi um famoso general militar na história chinesas que lutou pela Dinastia Song do Sul contra os exércitos de Nvzhen do Impérion Kin. Nasceu em Xiangzhou (na atual província de Henan) durante a Dinastia Song do Norte. Ele foi o primeiro dos "Quatro Generais de Zhongxing" - Yue Fei, Han Shizhong, Zhang Jun e Liu Guangshi - na Dinastia Song do Sul. Seu extraordinário talento militar valeu a ele o titulo de "mais ilustre general militar" durante o perído Song, Liao, Kin e Xixia. Aos 30 anos, Yue Fei supostamente escreveu seu mais famoso poema "Man Jiang Hong", que foi um grande enconrajador para seus exércitos e ainda inspira as pessoas até hoje. O exército que liderou era chamado de "Exército Yue" e existiu um ditado popular entre as pessoas: "É fácil sacudir uma montanha, mas não é fácil sacudir o Exército Yue". Este era o mais alto elogio para o exército liderado por Yue. Em 27 de janeiro de 1142, Yue foi envenenado e morreu na prisão em Hangzhou pelo Chanceler Qin Hui depois de ser acusado falsamente. No entanto, 21 anos depois, o Imperador Xiaozong de Song ascendou ao trono e ordenou a reabilitação da reputação do General Yue. O Imperador decretou que a tumba de Yue fosse construída perto do Lago Oriental em Hangzhou. YUE FEI 2 Não estamos acostumados a estudar muito a China no nosso sistema de ensino. Nos países do Ocidente, por força da colonização e da própria dificuldade em termos números mais exatos e conhecimento sobre o 'dragão oriental", aprendemos as grandes conquistas dos países do chamado continente velho e a antiguidade de Egito e Grécia. Geralmente é uma surpresa grande quando entendemos que desde o nascimento de Cristo, a China teve a maior geração de riqueza do mundo até o século XIX, fato este que só foi alterado em 1839 por conta da guerra do ópio. Foi esta guerra que fez a China ceder algumas regiões portuárias, entre elas Hong Kong, para a Inglaterra. A China ainda se envolveu em batalhas que terminaram em derrota contra o Japão. O período de 1835 a 1950 ficou conhecido como os anos de humilhação chinesa, levando a população a miséria extrema. Até a década de 90, a China era uma das populações mais pobres do mundo inteiro, comparada ao patamar dos países mais pobres africanos que ainda hoje persistem na miséria. Interessante observar que a revolução industrial chegou muito tardiamente à China, o que fez com que este cenário de miséria por falta de produtividade na produção de alimentos para uma população cada vez maior, crescesse muito. As mudanças neste cenário começam em 1978, com a ascensão política de Deng Xiaoping, substituindo Mao Zedong. Deng começa a colocar em prática o maior plano de abertura comercial da história chinesa. O primeiro passo foi abrir a economia socialista para investimentos em plantas fabris e terceirização de fabricações diversas, uma vez que a China tinha uma mão de obra muito mais barata em relação ao resto do mundo. A China passou a ser responsável por 10% de toda a produção global, aumentando gradativamente seu PIB e melhorando a renda da população. Da década de 80 ao começo de 2010 a China ficou conhecida pela mão de obra barata (na versão chinesa) e quase escrava (na versão ocidental). Porém, a velocidade de mudanças no sistema produtivo e na exportação de produtos de alto valor agregado passou a chamar a atenção do presidente Xi Jinping, que entendeu que o país precisava investir em tecnologia para se tornar uma nação competitiva para o futuro. Lembramos que os chineses sempre foram um povo visionário e ligado ao comércio. Com uma abertura mais sólida da economia, este era o caminho quase natural para o país. Ainda que a idéia de país produtor de produtos falsificados ou de de baixa qualidade permaneça naquele momento, começa um ambicioso plano para uma mudança real de imagem. Começaram a combater a pirataria – centros comerciais foram fechados pela polícia – e a corrupção, com milhares de pessoas que não eram presas, mas sim desapareciam. O próximo passo era escolher áreas que pudessem dar a China uma nova liderança mundial econômica, ou mesmo de controle social. Decidiram apoiar alguns setores que iriam viabilizar essa mudança no país, entre eles a Inteligência Artificial. Até 2030 a China espera ser a líder neste setor. O que poderia vir antes, talvez venha mais tardiamente, após o fenômeno COVID 19. 3 DE FÁBRICA A CENTRO DE INOVAÇÃO Neste momento surgem os campeões nacionais da China. E,presas que já vinham tendo certo reconhecimento internacional e que agora seriam alçadas ao olimpo do apoio governamental: Baidu, Tencent e Alibaba. Essas empresas têm todo o apoio necessário do governo e o compromisso de manter a sua tecnologia aberta a outras empresas chinesas, assim criando um ecossistema diferenciado e valioso no país. Interessante observar um ponto fora da curva no tema tecnologia na China. Enquanto no ocidente a discussão sobre Leis Gerais de Proteção de Dados avançam, com multas bilionárias para empresas que têm utilizado inteligência artificial com os dados de seus usuários, as empresas na China possuem praticamente todos os dados de seus usuários e nenhuma regra para seguir. Existem mais de 400 milhões de câmeras espalhadas pelo país e, com tecnologia de reconhecimento facial, é possível identificar cada pessoa na rua. Como todas as empresas compartilham seus dados com o Governo, o estado consegue controlar a vida da população, garantindo que sigam as regras do país. Há o benefício da segurança pública, com milhares de criminosos sendo pegos por essas câmeras e, claro, uma ordem maior, com o trânsito também controlado por meio delas. Se você, como pedestre, atravessar o sinal fechado narua, uma foto sua é retirada e, em breve, você receberá uma multa na sua casa. Porém, com isso, perde-se o conceito que conhecemos como privacidade. Os chineses vivem num grande big brother. Isso facilita também o controle do Partido do Estado que, com todas as informações em mãos, consegue conter qualquer iniciativa contra o seu poder. Outro ponto interessante na questão tecnológica foi o salto do uso de dinheiro para as transações direto pelo celular. Seja em uma feira ou em um shopping, as transações são quase em sua totalidade digitais. Reforçando ainda mais os pontos que citamos acima de controle do estado e eficiência econômica. É difícil, mesmo para os maiores estudiosos do mundo em sistema político, explicarem a China. Nos últimos 50 anos a China saiu de um modelo político econômico completamente fechado para um modelo que permanece políticamente fechado, porém economicamente muito mais aberto para a economia mundial. Neste cenário, o papel do Governo na China é fundamental para a evolução do país. Nos últimos 30 anos, presenciamos a maior ascensão social da humanidade. Foram mais de 700 milhões de pessoas saindo da zona da miséria, definida pela ONU como renda de 1,90 dólares por dia. Difícil explicar um resultado destes apenas usando as escolas de Hayek ou Keynes. Vejamos o caso de siderurgia por exemplo. O governo chinês criou um parque industrial para as maiores siderúrgicas do país operarem arcando com todo o custo de energia elétrica, um dos maiores custos do setor. Esse incentivo possibilita um preço imbatível na competição global. A maior empresa do país, Alibaba, começou com um apoio crucial do Governo. Jack Ma, o homem mais rico – e muitos dizem que mais admirado até do que o atual presidente – trabalhou no ministério de comércio exterior da China antes de fundar a empresa. Um ser genial, sem dúvidas, ao ver a internet nos EUA, começou em 1995 a desenvolver sites para que companhias locais conseguissem vender produtos online para o exterior. Fator decisivo para mudar a história da sua vida, da empresa e do país. 4 MAS E O GOVERNO? Quando o Yahoo, maior empresa de tecnologia na época, no começo dos anos 2000 quis entrar na China, o governo exigiu que, para terem operação no país, precisavam escolher uma empresa chinesa e investir 1 bilhão de dólares para um valuation de US$ 5 bilhões. Alibaba foi a escolhida e, hoje, é a maior empresa do país, valendo mais de US$ 400 bilhões na bolsa de Nova York e entregando produtos chineses e de outros países asiáticos em todo o mundo. É um mercado que as pessoas têm como prioridade máxima o trabalho, com o famoso regime 9-9-6 (trabalho de 9 da manhã às 9 da noite, 6 dias por semana, de segunda a sábado). A grande maioria da população ativa chinesa atual precisa trabalhar insanamente, pois sustentam a sua família e de seus pais. Com a política do filho único que durou por cerca de trinta anos no país, o padrão da sociedade é os jovens se casarem e levarem os pais, tanto do homem quanto da mulher, para morarem todos juntos. Isso quando conseguem se casar, uma vez que existem quarenta milhões mais homens do que mulheres – legado também do período de filho único, quando os casais privilegiavam o nascimento dos meninos que tinham mais força para o trabalho rural, provavelmente sacrificando as meninas. Assim, atualmente o casal precisa sustentar seus filhos, a si mesmos e aos avós da casa. A responsabilidade de criação das crianças da casa é dos avós, enquanto os pais passam mais de 70 horas por semana no trabalho. Outro tema que é prioridade para o Governo atualmente é o Blockchain. Percebe-se que mesmo as práticas globais sendo mais seguidas atualmente, o papel do governo permanece sendo fundamental para o modelo chinês, ainda que escolham quem serão os campeões da nação ou qual o formato de negócio para um estrangeiro acessar o mercado chinês. Ainda que tenhamos esta intervenção do governo chinês no modo de produção e negócios, é interessante observar que não há toda esta força para coibir a pirataria. Mesmo com os avanços neste tema, sobretudo por pressão de outras potências mundiais e de organismos como OMC (Organização Mundial do Comércio), o governo chinês sabe que a redor do mundo, as colônias chinesas ainda se beneficiam muito deste tipo de ilegalidade. Claramente o período em que Deng Xioping abriu o país para fábricas estrangeiras produzirem seus produtos no país, a um custo menor e tendo margens maiores na outra ponta, foi fundamental para o povo chinês aprender o modelo de produção de americanos e europeus. Neste período, não raro, produtos chineses eram lançados mundo a fora exatamente iguais aos originais de outras marcas. Por que? Porque existir uma prática de espelhamento de moldes e peças. Em pouco tempo, os chineses passaram a fazer com a sua marca (considerada pirataria muitas vezes) o que produziam para as marcas de EUA e Europa sobretudo. Não há dúvidas que a “muralha virtual” foi crucial para o desenvolvimento dos gigantes chineses de tecnologia. Eles foram aperfeiçoando seu modelo de cópia, em qualquer área em que a tecnologia possa alcançar e hoje eles exportam de automóveis a aviões. De máscaras de cirurgia a equipamentos de camping. Tudo está na mira da antiga fábrica de cópias chinesa. Agora, com muito mais tecnologia. E lógico, apoio do governo. Sempre ele. Ainda que tenhamos esta intervenção do governo chinês no modo de produção e negócios, é interessante observar que não há toda esta força para coibir a pirataria. Mesmo com os avanços neste tema, sobretudo por pressão de outras potências mundiais e de organismos como OMC (Organização Mundial do Comércio), o governo chinês sabe que a redor do mundo, as colônias chinesas ainda se beneficiam muito deste tipo de ilegalidade. Claramente o período em que Deng Xioping abriu o país para fábricas estrangeiras produzirem seus produtos no país, a um custo menor e tendo margens maiores na outra ponta, foi fundamental para o povo chinês aprender o modelo de produção de americanos e europeus. Neste período, não raro, produtos chineses eram lançados mundo a fora exatamente iguais aos originais de outras marcas. Por que? Porque existir uma prática de espelhamento de moldes e peças. Em pouco tempo, os chineses passaram a fazer com a sua marca (considerada pirataria muitas vezes) o que produziam para as marcas de EUA e Europa sobretudo. Não há dúvidas que o "espelhamento virtual” foi crucial para o desenvolvimento dos gigantes chineses de tecnologia. Eles foram aperfeiçoando seu modelo de cópia em qualquer área em que a tecnologia pudesse alcançar e hoje eles exportam de automóveis a aviões. De máscaras de cirurgia a equipamentos de camping. Tudo está na mira da antiga fábrica de cópias chinesa. Agora, com muito mais tecnologia. E lógico, com apoio do governo. Sempre ele. O avanço do COVID 19 e as dúvidas que envolvem a China nisso podem fazer com que o governo tenha que ajustar seu discurso e práticas a uma pressão sem precedentes do mundo externo. Neste jogo de xadrez, a China estará pronta para uma resposta? Será pega de surpresa? ou todos já foram mapeados pela estratégia do dragão asiático? Se estivéssemos na década de 2000 a resposta seria não. Produtos chineses não eram bem vistos em nenhum lugar do mundo fora da China. A qualidade era questionada, não existia um modelo de atendimento adequado aos mercados mais exigentes. Vemos o caso do mercado automotivo. No Brasil, em 2012, a chinesa Lifan Motors monta sua fábrica e começa suas operações vendendo o modelo Lifan 320. Um carro barato que prometia qualidade e tecnologia. Mas havia um porém. Claramente uma tentativa de cópia do carro mini cooper, marca controlada pela BMW, o Lifan 320 enfrentou muita desconfiança no mercado brasileiro pelo simples fato de ser....chinês. Ainda que a marca ao longo dos anos fosse evoluindo, o consumidor brasileiro e sua conhecida exigência, fez com que, mesmo com o apoio do governo chinês, a empresa fracassasseno Brasil, quase encerrando suas atividades no final de 2019. Em contrapartida, outra gigante chinesa entrou na América do Sul com força e cresce a cada dia. A BYD é hoje uma das maiores empresas produtoras de veículos elétricos do mundo. No Brasil, não entrou pela mesma porta de veículos como a Lifan. Optou pelo segmento de transporte coletivo. E tem avançado solidamente. Mas a onde a china tem mesmo se destacado são nos setores onde você não vê. Minério e energia elétrica ou renováveis têm sido um grande mercado para os chineses, com forte destaque para a empresa State Grid, a maior do mundo no seu segmento. 5 AS EMPRESAS CHINESAS VÃO DOMINAR O MUNDO? Fundada em 2002 e com faturamento de US$ 363 bilhões de dólares, a maior empresa de energia da China já está no Brasil, onde comprou a CPFL. Como dissemos, algumas áreas de domínio chinês você sequer sabe que está acontecendo. Outra área que podemos citar como particularmente importante para a China em seu processo de domínio global é a de transações de serviços e venda de itens. Baidu e Alibaba competem diretamente com a Amazon por exemplo, tendo relativo sucesso em vendas na America do Sul. Estes fatores se tornam importantes quando analisamos que, diferentemente dos EUA, a China não busca um domínio global pelas vias políticas e militares. Seu plano maior é por domínio econômico e criação de dependência daqueles que com ela negociam. E em matéria de negociação e estratégia, como já dissemos, eles têm um arsenal gigantesco, usando a paciência milenar de sua cultura com a agressividade de um jogo que aprenderam muito bem a jogar: o do capitalismo. No final, neste item, por ora podemos afirmar que as empresas chinesas estão longe, em quantidade, e se comparadas aos EUA, de dominar o mundo. Mas os chineses encontraram uma forma mais eficiente de fazer isso sem colocar a cara. Compram seus concorrentes com o apelo de seu mercado interno e deixam para 5 ou 10 empresas o papel de mostrar globalmente o poder das marcas chinesas, caso da Tencent, AliBaba, We Chat, Baidu, BYD entre outros 6 ENTÃO OS CHINESES VENCERÃO PELA ESCALA? É comum as pessoas acharem que pelo fato da China ter mais de 1 bilhão e 300 milhões de habitantes este seja o principal fator da superioridade do país a médio prazo em relação ao resto do mundo. Não é 100% verdade. Existe um ponto fundamental que ainda carece de uma forte análise mundial sobre os chineses: a educação - que abordaremos ao final deste item. Ter toda esta população faz com que obviamente a China seja um mercado consumidor desejado por qualquer país exportador ou empresário do mundo. Da mesma forma, o governo precisa ser engenhoso para manter um crescimento da economia e ainda sim não perder o foco no processo de expansão fora do território chinês. É verdade que só é possível criar esses impérios (empresas chinesas citadas) atendendo apenas ao mercado doméstico dado o tamanho da população do país. Muitas vezes, achamos que tudo na China se justifica pelos 1,3 bilhões de habitantes. Quando analisamos os números mais de perto, vemos que talvez não seja bem assim.A população da China é por volta de 7x maior que a do Brasil. Atualmente, forma- se por volta de 4,7 milhões de profissionais de tecnologia (na verdade, os chamados STEM: Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática). É o maior de todo o mundo, conforme gráfico no final deste texto. Se o Brasil fosse seguir a proporção dos tamanhos da população, deveríamos ter quase 700 mil alunos formando nesses cursos todo ano. Na prática, segundo a BRASSCOM e a Softex, o Brasil pode chegar em 2020 com um déficit de 750 mil profissionais qualificados para atuar na área de tecnologia. E segundo dados do próprio setor, não temos nem 50 mil formados nesta área. Para todo número que vemos da China, é necessário aplicar a regra de três para ter a real noção de seu tamanho. Como exemplo, o número de unicórnios – empresas privadas com valuation acima de um bilhão de dólares. A China tem pouco mais de 200 unicórnios. Logo, o Brasil deveria ter por volta de 30, porém, ainda não chegamos a 10. Algo diferente está acontecendo ali. Não é apenas a escala, mas sim a velocidade que impressiona. Nos EUA, se demora em média sete anos para uma empresa virar unicórnio, enquanto na China está em apenas quatro anos. Até 2008, a única linha de trem bala na China era um pequeno pedaço que ligava Beijing a um dos locais das olimpíadas daquele ano. Hoje, ela tem mais que o dobro quilômetros de trilho do que todo o resto do mundo junto. É verdade que a velocidade de crescimento do PIB da China vem diminuindo. Os 6,1% de 2019 foram menores do que os dois dígitos da década passada. Ainda assim, é um ritmo muito acelerado para uma economia que já representa 15% da economia global. Para se ter uma noção, estima-se que a China vai representar 35% de todo crescimento global dos últimos três anos. Toda essa velocidade e escala comprovam como a China é o melhor país do mundo para fazer a jornada de um a cem, ou seja, pegar algo que já existe e crescer exponencialmente. Porém, algo que podemos destacar também é que não são muitos os casos de sucesso de inovação do zero, ou seja, do zero mesmo a um não seria a expertise deles (e aqui temos os EUA bombando). É preciso lembrar que tem apenas sete anos que o novo presidente assumiu e priorizou a diretriz de tecnologia. Em número de patentes, a China já é o país campeão mundial com 928 mil, enquanto EUA têm 578 mil. Com todo o investimento em inteligência artificial das empresas chinesas, apoio do governo e excesso de recursos humanos e de capital, a China deve virar o berço da inovação tecnológica do mundo. Um indício disso é o polêmico caso da Huawei que, supostamente, desenvolveu a melhor tecnologia de internet 5G, que vai nos possibilitar inúmeras outras coisas dado a sua velocidade e qualidade extremamente superiores. Este é um caso emblemático e que vai suscitar discussões acaloradas no Brasil, sobretudo de segurança de dados e envolvendo o maior concorrente chinês, os EUA. Tema este que passará mais perto de discussão de domínio geopolítico do que propriamente tecnologia. É claro que analisando o crescimento chinês ao longo das décadas é possível observar uma demanda reprimida por muito tempo no país e, com o aumento recente da renda média da população, as oportunidades são potencializadas. Em alguns setores, a China está pulando etapas e passou na frente de todo o mundo, como no mercado financeiro (conforme citamos mais acima). A adoção absurda de pagamentos via QR Code pelo celular – já com penetração em 97% dos jovens e 47% dos idosos do país – é fruto desse salto do retrocesso para o futuro. Há poucos anos, o serviço bancário na China era quase inexistente, o que impossibilitava a expansão dos cartões de crédito. Assim, quando a opção de pagamento via celular apareceu, se espalhou muito rápido, enquanto nos países do ocidente, o mercado encontra a barreira das grandes bandeiras de cartão mantendo o seu mercado. Com ainda 40% da população em área rural e renda per capita 6x menor do que os EUA, o mercado interno chinês ainda tem muito para crescer. Importante citar que, como os próprios especialistas dizem, os números na China não são precisos. A falta de transparência das autoridades e volume de pessoas fazem com que nos deparemos com alguns números diferentes. No entanto, aqui, mais importante do que os dados em si é analisar o conceito por trás deles, sobretudo o decisório do país em seguir esta linha de digitalização completa, o que certamente leva em consideração ter um controle ainda maior sobre os cidadãos e seus movimentos. Por fim, ainda neste tema vale a pena citar um dos pontos mais relevantes em toda a estratégia chinesa: a EDUCAÇÃO. Depois do êxito dos Tigres Asiáticos, nas décadas de 70 a 90, a China passou a entender que só poderia colocar seu plano de dominação global (e ele existe) se conhecesse seus adversários. Percebendo que países menores estavam na sua frente(caso dos que compunham os tigres asiáticos), mais o Japão, que na década de 90 dominava a robótica, a China passou a enviar jovens para estudar no exterior, mesmo período em que outro gigante populacional começou a fazer o mesmo, a Índia. Uma geração inteira pode compreender os pensamentos e mentalidades comerciais e de desenvolvimento tecnológicos do ocidente. Quando retornaram ao seu país, a China não tinha outro caminho a não ser avançar em seu modelo de desenvolvimento político econômico híbrido. Esta mudança foi tão profunda que foi a base do que hoje é o sistema educacional chinês, sobretudo nas universidades e agora um movimento ao contrário ocorre. Estudantes de todo o mundo buscam estudar na China para compreender a possível nova líder da economia mundial, muitas vezes com todos os custos sendo pagos pelo governo vermelho. Você pode se perguntar se a China não estará sendo traída por si mesma nesta estratégia de abrir o país, cada vez mais, a estudantes estrangeiros. A resposta é não. Esta abertura faz do país não só mais amigável aos olhos estrangeiros mas dão oportunidade da China coconstruir novas soluções para seus problemas locais também. Além de plantar a semente de comercio global em estudantes de todos os países do mundo, que futuramente determinarão as negociações da economia mundial. Algo muito semelhante ao que os EUA fizeram na decada de 90. Uma prova de que a China já se assume como a próxima líder econômica global. 7 A CHINA DOMINARÁ O MUNDO? Com exceção do século XX, comercialmente eles sempre estiveram ali, no topo da cadeia alimentar. As previsões são de que até 2030 a China passe o PIB dos EUA, se tornando a maior economia do mundo. Mesmo com uma década para evitar isso, e usando sanções comerciais para isso, será realmente muito difícil segurar os chineses. A questão neste caso é o que vem no pós domínio econômico. Diversos documentários sobre as principais lideranças chinesas deixam claro que há, de fato, uma mágoa do país em relação ao ocidente e a alguns vizinhos asiáticos, casos da Coreia do Sul e sobretudo Japão, ainda que hoje todos tenham relações comerciais. Mas e se este domínio econômico evoluir para um político e até mesmo militar? Um dos pontos a ser estudade é o fato de que o domínio econômico de certa forma também impõe um domínio cultural, ou abre portas para este, mudando hábitos e deixando marcas. Basta ver as imigrações no Brasil para entender que nosso povo carrega diversos traços de cultura européia, como a portuguesa, alemã e italiana por exemplo. Ainda temos imigrações centenárias que nos ensinaram muito também, como a japonesa. Em quase todos os grandes países do mundo você já encontra uma "chinatown", símbolo de uma povoação chinesa naquele local. Todos com pórticos de entrada e a manutenção de hábitos tipicamente chineses. Para se entender o impacto deste tipo de negociação, só que em território chinês, basta olhar para Hollywood. Até os filmes americanos começarão a sofrer essa influência. Atualmente, alguns filmes geram mais receita na China do que no resto do mundo. O Governo chinês permite apenas 36 filmes entrarem em seu país por ano, os quais devem passar por sua análise crítica. Vemos também o crescimento de investimentos de empresas chinesas ao redor do mundo. A compra da Skyscanner pela Ctrip (maior empresa de turismo do mundo) por mais de um bilhão de dólares surpreendeu o mundo. Marcas estrangeiras consagradas também passaram para as mãos dos chineses, como a sueca Volvo e a italiana fabricante de pneus Pirelli. O Brasil não está fora. A Tencent investiu no Nubank, de olho nos milhões de usuários do banco digital. Um assunto que está em alta é a rota da seda, projeto do governo chinês que vai financiar infraestrutura para conectar o mundo, investindo em portos e ferrovias de diversas nações, conseguindo vantagens em troca, mas que pode ser fortemente afetado pela crise do COVID 19. Por fim, se a Huawei conseguir ganhar a guerra da internet 5G, imagina o mundo inteiro usando uma internet que o Governo chinês tem acesso e utiliza os dados indiscriminadamente? Um ponto que pode atrapalhar este plano é justamente cada vez mais o país asiático se parecer com os do ocidente. Veja, o partido que controla a China está no poder desde 1949. Em uma nação onde ainda hoje, a prioridade da maioria da população é sobreviver a fome, discussões como segurança da informação e privacidade são secundárias. Mas com o crescente poder de compra e renda do chinês, alguns debates podem se fazer necessário. Estaria o Partido disposto a flexibilizar ainda mais sua política para superar o Ocidente? Em Macau por exemplo, temos uma quase Las Vegas construída. Seria o desejo chinês de ser maior que as economias ocidentais um Cavalo e Tróia? 8 O FUTURO CHINÊS PÓS COVID 19 O cenário de domínio econômico chinês perante o mundo estava mais favorável que nunca. Mas aí, mais um vírus nascido em território chinês coloca toda a estratégia à prova, sobretudo porque o país mais atingido é justamente seu maior adversário, porém parceiro comercial: os EUA. O mundo se pergunta hoje o quanto se pode confiar na China. Por mais que o discurso do presidente do país seja de tentativa de dizer ao planeta que a China é uma aliada no enfrentamento do vírus, teorias da conspiração (ou não) tomam conta, cada vez mais, dos noticiários. Em parte isso se deve a falta de informações verificáveis dos casos na China, que após três meses do início da crise, reviu em abril o dado de mortes para 40% acima do divulgado oficialmente. Difícil acreditar que um país tão tecnológico e no caminho de se tornar a maior potência econômica do mundo cometesse um erro de medição tão gigantesco como este. Aliado a desconfiança global (tudo o que os EUA queriam para questionar, com razão diga-se), somam-se as críticas ao hábitos sanitários e alimentares chineses. A primeira versão expôs categoricamente o peculiar, porém centenário, talvez milenar hábitos dos chineses em consumir animais exóticos em mercados a céu aberto, sem nenhuma norma de higiene que os regre. Outro ponto, mais recentemente discutido pela comunidade internacional é o fato de que a China poderia ter criado o vírus em laboratório. Aí a tese se desmembra em duas teorias. A primeira, de que um laboratório em Wuhan, que tem por especialidade estudar o tipo CORONA, teria perdido o controle e ele teria sido acidentalmente exposto a alguém. O segundo cenário é mais complexo. A China teria testado o COVID 19 como arma biológica, com a finalidade de preparar seu domínio global em diversas frentes possíveis. O presidente Barak Obama (em discurso) e Bill Gates (em palestra) já tinham cenários que previam que os próximos eventos de desastre globais poderiam acontecer mais por meio de questão biológica do que por uma guerra tradicional. Evidentemente que os EUA usarão a questão para negociar, sem perder o foco em uma profunda investigação em todas estas hipóteses e em órgãos onde a China mantém crescente influência, como a OMS. Mas a desconfiança foi plantada e está sendo bem regada. Não será fácil para a China se explicar, uma vez que os dados que apresenta não são confiáveis. Certamente uma mudança de hábitos sanitários e alimentares será exigida pela comunidade internacional, sob pena de dificultar ou proibir a entrada de chineses em seus países. Porém, caso uma das hipóteses dolosas seja comprovada, estaremos diante de um cenário muito pior que a Guerra Fria. Com EUA e China liderando eixos econômicos com fins opostos. No tabuleiro da geopolítica, o Brasil precisará fazer duras escolhas. Será difícil manter a postura de país que trabalha bem com todas as nações. E isso ocorre em um momento institucional complicado no Brasil, onde o presidente Bolsonaro tem mostrado frequente desequilíbrio emocional e uma não capacidade e credibilidade em comandar a nação. Podemos afirmar que todas as questões que envlvem investimentos chineses no Brasil deveriamser observadas do prisma de segurança nacional a partir de agora e não apenas econômico. Dito isso, seguem nossas apostas, baseadas no estudo de diversos cenários analisados pela equipe Solomon's Brain. O segundo cenário é mais complexo. A China teria testado o COVID 19 como arma biológica, com a finalidade de preparar seu domínio global em diversas frentes possíveis. O presidente Barak Obama (em discurso) e Bill Gates (em palestra) já tinham cenários que previam que os próximos eventos de desastre globais poderiam acontecer mais por meio de questão biológica do que por uma guerra tradicional. Evidente que os EUA usarão a questão para negociar, sem perder o foco em uma profunda investigação em todas estas hipóteses e em órgãos onde a China mantém crescente influência, como a OMS. Mas a desconfiança foi plantada e está sendo bem regada. Não será fácil para a China se explicar, uma vez que os dados que apresenta não são confiáveis. Certamente uma mudança de hábitos sanitários e alimentares será exigida pela comunidade internacional, sob pena de dificultar ou proibir a entrada de chineses em seus países. Porém, caso uma das hipóteses dolosas seja comprovada, estaremos diante de um cenário muito pior que a Guerra Fria. Com EUA e China liderando eixos econômicos com fins opostos. No tabuleiro da geopolítica, o Brasil precisará fazer duras escolhas. Será difícil manter a postura de país que trabalha bem com todas as nações. E isso ocorre em um momento institucional complicado no Brasil, onde o presidente Bolsonaro tem mostrado frequente desequilíbrio emocional e uma não capacidade e credibilidade em comandar a nação. Podemos afirmar que todas as questões que envlvem investimentos chineses no Brasil deveriam ser observadas do prisma de segurança nacional a partir de agora e não apenas econômico. Dito isso, seguem nossas apostas, baseadas no estudo de diversos cenários analisados pela equipe Solomon's Brain. APOSTAS Nos próximos 03 anos o protecionismo aumentará sensivelmente, puxado pelos EUA prejudicando relações bilaterais e acordos de blocos P R O T E C I O N I S M O 01 Numero de ataques virtuais crescerá exponencialmente C I B E R A T A Q U E S 04 Em todo o mundo, cidadãos chineses serão discriminados, sobretudo em aeroportos D I S C R I M I N A Ç Ã O 02 Interesse chinês em ter uma cripto moeda global em susbtituição ao dólar, assim como dólar substituiu o ouro no Plano Marshall como padrão de liquidez mundial C R I P T O M O E D A S 05 O mundo passará a ter dois eixos claros em economia e alinhamento político. São eles: Eixo 1: EUA, UE, UK, Coréia do Sul, Japão, Índia, Arábia Saudita e Israel (recomendação para que o Brasil escolha claramente estar aqui) Eixo 2: China, Russia, Coreia do Norte, Venezuela e países africanos E I X O S E C O N Ô M I C O S 03 O Brasil será fortemente pressionado por ceder aos interesses chineses no 5G em troca de manter a venda de commodities em alta (nossa recomendação é a de enfrentar a pressão com fortalecimento da industria nacional e fazer uma transição gradual, porém rápida, para a produção de bens duráveis e de alto valor agregado, diminuindo assim a dependência chinesa P R E S S Ã O N O B R A S I L 06 APOSTAS Correntes de comércio e serviço mudarão drasticamente. Países que não criarem novas economias estarão fadados ao fracasso N O V A E C O N O M I A 07 números chineses serão desconstruídos pela comunidade internacional. imposssível estarem no patamar atual N Ú M E R O S O F I C I A I S 10 Bolhas serão estouradas já durante a crise, uma vez que muitos setores atuavam "alvancados" M E R C A D O F I N A N C E I R O08 Os EUA acreditam em uma "culpa"maior do governo chinês na crise e certamente vao endurecer muito o jogo para a China e para quem tiver comércio com o país asiático R E S P O S T A C O M E R C I A L 11 Deve caminhar para a geladeira, sobretudo em países como a França, onde os pequenos agricultores deverão ter subsídio do governo para sobreviver. A C O R D O U E / M E R C O S U L 09 Trump obrigará empresas americanas a saíres de território chinês e a produzirem nos EUA, ainda que tenha que ceder em pesados subsídios. China pode retaliar. Acreditamos em uma forte desvalorização do dólar R E T O R N O D E I N D Ú S T R I A S12 RECOMENDAÇÕES Imperativo mapear todos os negócios chineses em solo brasileiro, que possam ser considerados de interesse nacional, como minério e energia S E G U R A N Ç A N A C I O N A L 01 Pelos próximos ano e meio (no mínimo), a política econômica deve ser mais Keynes do que Hayek E C O N O M I A 04 Aumentar sensivelmente os investimentos na área comandada pelo Exércio Brasileiro C I B E R S E G U R A N Ç A 02 Imperioso migrar de apenas commodities para agro com agregação de valor A G R O N E G Ó C I O 05 Os países que vão se recuperar da COVID 19 serão aqueles que apostarem fortemente em uma retomada pela indústria, fortalecendo o desenvolvimento das cadeias produtivas e incentivando a criação de novas. I N D U S T R I A 03 Sem dúvida existe um plano de domínio cultural por meio da economia em andamento. O Brasil deve estar aliado com países que tenham os mesmos propósitos. Comercializar com quem quer que seja faz parte do jogo. Ser fazenda de um país não. P L A N O M A I O R 06
Compartilhar