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CORONA VÍRUS, O 
INÍCIO
2
CORONA VÍRUS, O INÍCIO
É possível ou provável que a origem tenha sido contágio direto de animal para humano. O 
novo coronavírus, que causa a infeção COVID-19, surgiu em 2019 na cidade de Wuhan, na China, 
e os primeiros casos da transmissão da infecção parecem ter acontecido de animais para pessoas. 
Isso porque os vírus da família do coronavírus afetam principalmente animais, existindo quase 
40 tipos diferentes desse vírus identificados em animais e apenas sete tipos em humanos. Além 
disso, os primeiros casos de COVID-19 foram confirmados num grupo de pessoas que estiveram 
no mesmo mercado popular da cidade de Wuhan, onde eram vendidos vários tipos de animais 
selvagens vivos, como cobras, morcegos e castores, que poderiam ter estado doentes e passado o 
vírus para as pessoas.
Após esses primeiros casos, foram identificadas outras pessoas que ainda que nunca tinham 
estado no mercado, também estavam apresentando um quadro de sintomas semelhantes, apoiando 
a hipótese de que o vírus tinha se adaptado e estava sendo transmitido entre humanos, possivel-
mente pela inalação de gotículas de saliva ou de secreções respiratórias que ficavam suspensas no 
ar após a pessoa contaminada tossir ou espirrar. Os primeiros casos de COVID-19 foram identificados 
no final de 2019, e inicialmente a situação foi considerada epidemiologicamente como um surto, 
já que verificou-se aumento acima do esperado de casos de uma doença em uma área específica 
em um determinado período.
No entanto, devido ao surgimento de casos fora da área inicial que concentrava a maioria dos 
casos, em janeiro de 2020, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou situação de Emer-
gência em Saúde Pública de Importância Internacional e, posteriormente, epidemia, que pode ser 
caracterizada pelo aumento rápido no número de casos de uma doença, independentemente da 
época do ano.
PESTE BUBÔNICA
“Peste negra” é como ficou conhecida a peste bubônica, doença causada pela bactéria Yersinia 
pestis, que atingiu o continente europeu em meados do século XIV. Os historiadores acreditam que 
a enfermidade surgiu em algum lugar da Ásia Central e foi levada por genoveses para o continente 
europeu.
O resultado foi catastrófico, pois a doença atingiu praticamente todo o continente e resultou 
na morte de milhões de pessoas. As estimativas mais tradicionais falam que cerca de 1/3 da popu-
lação europeia morreu por causa da crise de peste negra, mas algumas estatísticas sugerem que a 
quantidade de mortos possa ter ultrapassado a metade da população europeia.
A bactéria Yersinia pestis é encontrada em pulgas que se alojam em ratos contaminados. 
Quando as pulgas contaminadas têm contato com os seres humanos, a transmissão da doença 
acontece. A partir daí, a peste pode ser transmitida de humano para humano pelas secreções do 
corpo ou pela via respiratória.
Os historiadores acreditam que a peste negra surgiu na Ásia Central. Existem inúmeras teorias 
sobre o lugar específico onde a doença surgiu. A mais aceita sugere que o país de origem seja a 
China e que, durante muito tempo, a peste tenha atuado exclusivamente na Ásia Central. A partir 
do século XIV, ela se espalhou por terra e por mar pelo Oriente. Regiões como a Mongólia, parte da 
China, a Síria, a Mesopotâmia e o Egito teriam sido atingidos, no começo do século XIV, causando 
a morte de cerca de 24 milhões de pessoas nesses locais|. A doença teria atingido os europeus 
por meio de um conflito que aconteceu em Caffa, colônia genovesa localizada na Crimeia (região 
atualmente disputada por Ucrânia e Rússia).
CORONA VÍRUS, O INÍCIO 3
A partir dos portos no litoral mediterrâneo, a peste negra se difundiu pela Europa. Em 1347, 
a doença chegou à Sicília, ilha ao sul da Península Itálica; e no ano seguinte, à Marselha, sul da 
França; em 1349, alcançou Gênova e o norte da Itália e, partir daí, espalhou-se por toda a Europa. 
A difusão desta doença levou a morte por todo o continente europeu, uma vez que ninguém sabia 
o que a causava. Isto, naturalmente, fez surgir todo tipo de especulação a respeito das causas da 
peste. Alguns falavam que era um castigo divino, por exemplo; outros acusavam os judeus de serem 
os responsáveis por sua propagação.
Logo os europeus identificaram que a doença era altamente contagiosa, com várias formas de 
contágio , como as vias respiratórias e até as roupas. A peste negra atuava de maneira fulminante, 
e a pessoa que a contraía falecia em questão de dias. A peste transmitida pela via respiratória é 
conhecida como peste pneumônica. Segundo o historiador Hilário Franco Júnior, a pessoa doente 
falecia em até três dias depois de contraí-la. Já o historiador Jacques Le Goff fala que muitas das 
pessoas que demonstravam os sintomas da peste faleceram 24 horas após manifestar os primeiros 
sintomas.
O primeiro e maior surto de peste negra ocorreu entre 1348 e 1350, mas outros surtos acon-
teceram ao longo de todo o século XIV. A peste foi uma doença que esteve presente na vida dos 
europeus até 1720, quando o último surto foi registrado em Marselha, na França. A atuação da 
doença na Europa ao longo do século XIV contribuiu para uma redução populacional drástica. As 
estimativas tradicionais falam que a enfermidade foi responsável pela redução de 1/3 da população 
do continente europeu, mas alguns historiadores, como Jacques Le Goff, têm trazido novos dados, 
demonstrando que a quantidade de mortos pode ter sido maior que isso. Le Goff fala que entre 
metade e 2/3 da população europeia pode ter morrido por causa da doença e, em alguns países, 
como a Inglaterra, ele sugere que a mortalidade esteve na casa dos 70%.
GRIPE ESPANHOLA
A gripe espanhola foi uma pandemia que aconteceu entre 1918 e 1919, atingindo todos os 
continentes e deixando um saldo de, no mínimo, 50 milhões de mortos. Não se sabe o local de 
sua origem, mas sabe-se que ela se iniciou de uma mutação do vírus Influenza. Os primeiros casos 
foram registrados nos Estados Unidos. A gripe espanhola se espalhou pelo mundo, principalmente 
por conta da movimentação de tropas no período da Primeira Guerra Mundial, atingindo direta-
mente os países que participavam desse conflito. Aqui no Brasil, ela chegou em setembro de 1918, 
espalhando-se por todas as regiões do país e causando a morte de 35 mil brasileiros.
Uma série de estudos foram conduzidos ao longo dos séculos XX e XXI sobre a gripe espanhola, 
e a origem da doença permanece um mistério. Existem duas teorias que sugerem que ela pode ter 
surgido na China ou nos Estados Unidos, mas não há provas que possam confirmar em qual destes 
dois lugares ela surgiu, de fato, pela primeira vez.
O que se sabe é que, provavelmente, a gripe espanhola foi uma mutação do vírus Influenza 
que passou de aves para seres humanos. Além disso, sabemos que os primeiros casos de que se tem 
conhecimento aconteceram nos Estados Unidos e foram registrados no Fort Riley, uma instalação 
militar localizada no Estado do Kansas.
Uma vez estabelecida no continente europeu, a doença foi levada para o restante do mundo 
pelo deslocamento de pessoas por meio de viagens ou do sistema de transporte internacional de 
mercadorias. Aqui no Brasil, por exemplo, ela chegou, em setembro de 1918, por uma embarcação 
que veio da Inglaterra e passou por Lisboa, Recife, Salvador e Rio de Janeiro. Todos os continentes 
habitados foram afetados pela gripe espanhola, e o historiador J. N. Hays alega que pouquíssimos 
locais, como áreas do norte da Islândia, e algumas ilhas da Samoa Americana, não foram afetados. 
Isso significa que somente locais remotos conseguiram escapar da gripe espanhola.
4
A gripe espanhola foi uma das piores pandemias da história da humanidade. Mostrou-se como 
uma doença com grande capacidade de contágio e altamente letal. Os especialistas do assunto 
falam que 25% de toda a população norte-americana foram afetados pela doença, proporção que 
corresponde a 25-30 milhões de pessoas. No caso do Brasil, por exemplo, a cidade deSão Paulo foi 
uma das mais afetadas, e, embora tenham sido notificados 116.777 casos nela (22,32% da popu-
lação), acredita-se que o total de pessoas infectadas pela gripe espanhola tenha sido de 350 mil, o 
que corresponde a cerca de 2/3 de sua população naquele período.
Ao todo, os especialistas do assunto apontam que a quantidade mínima de pessoas que mor-
reram de gripe espanhola, entre 1918 e 1919, tenha sido de 50 milhões, mas algumas estatísticas 
elevam este total para até 100 milhões de pessoas. Um dos locais mais afetados, foi a Índia, que 
registrou, no mínimo, 18 milhões de mortos. Aqui no Brasil foram registrados, oficialmente, 35 mil 
mortos.
REFERÊNCIAS:
HAYS, J. N. Epidemics and pandemics. Their impacts on human history. Austin, Texas, Editora: 
ABC – Clio, 2005.
BARATA, Rita Barradas. Cem anos de endemias e epidemias. São Paulo: Scielo Brasil, 2007.
A IMPORTÂNCIA 
DAS VACINAS
2
A IMPORTÂNCIA DAS VACINAS
PROCESSO DE AVANÇO DA MEDICINA
Fundamentais para o combate a doenças na história da medicina, as vacinas estão também no 
epicentro de debates sobre tratamentos medicinais efetivos e leis compulsórias de imunização. Ao 
longo da história, elas ajudaram a reduzir expressivamente a incidência de pólio, sarampo e tétano, 
entre várias outras doenças. Hoje, são consideradas o tratamento com melhor custo-benefício em 
saúde pública.
As vacinas são substâncias biológicas introduzidas nos corpos das pessoas a fim de protegê-las 
de doenças. Na prática, elas ativam o sistema imunológico, “ensinando” nosso organismo a reco-
nhecer e combater vírus e bactérias em futuras infecções. Para isso, são compostas por agentes 
semelhantes aos microrganismos que causam as doenças, por toxinas e componentes ou pelo 
próprio agente agressor. Nesse último caso, há versões atenuadas (o vírus ou a bactéria enfraque-
cidos) ou inativas (o vírus ou a bactéria mortos). Ao ser introduzida no corpo, a vacina estimula o 
sistema imunológico humano a produzir os anticorpos necessários para evitar o desenvolvimento 
da doença caso a pessoa venha a ter contato com os vírus ou bactérias que são seus causadores.
Os primeiros vestígios do uso de vacinas, com a introdução de versões atenuadas de vírus 
no corpo das pessoas, estão relacionados ao combate à varíola no século 10, na China. Porém, a 
teoria era aplicada de forma bem diferente: os chineses trituravam cascas de feridas provocadas 
pela doença e assopravam o pó, com o vírus morto, sobre o rosto das pessoas.
Foi em 1798 que o termo “vacina” surgiu pela primeira vez, graças a uma experiência do médico 
e cientista inglês Edward Jenner. Ele ouviu relatos de que trabalhadores da zona rural não pegavam 
varíola, pois já haviam tido a varíola bovina, de menor impacto no corpo humano. Ele introduziu 
os dois vírus em um garoto de oito anos e percebeu que o rumor tinha de fato uma base científica. 
A palavra vacina deriva justamente de Variolae vaccinae, nome científico dado à varíola bovina.
Em 1881, quando o cientista francês Louis Pasteur começou a desenvolver a segunda geração 
de vacinas, voltadas a combater a cólera aviária e o carbúnculo, ele sugeriu o termo para batizar 
sua recém-criada substância, em homenagem à Jenner. A partir de então, as vacinas começaram 
a ser produzidas em massa e se tornaram um dos principais elementos para o combate a doenças 
no mundo.
A vacina é uma importante forma de imunização ativa (quando o próprio corpo produz os 
anticorpos) e baseia-se na introdução do agente causador da doença (atenuado ou inativado) ou 
substâncias que esses agentes produzem no corpo de uma pessoa de modo a estimular a produção 
de anticorpos e células de memória pelo sistema imunológico. Por causa da produção de anticorpos 
e células de memória, a vacina garante que, quando o agente causador da doença infecte o corpo 
dessa pessoa, ela já esteja preparada para responder de maneira rápida, antes mesmo do surgimento 
dos sintomas da doença. A vacina é, portanto, uma importante forma de prevenção contra doenças.
Poliomielite, tétano, coqueluche, sarampo, rubéola, gripe, febreamarela, difteria e hepatite B 
são exemplos de doenças que podem ser prevenidas pela vacinação.
É consenso que a vacinação é um método seguro e eficaz de proteção das pessoas contra 
doenças antes que elas fiquem doentes. Isso acontece a partir do treino do sistema imunológico 
para criar defesas como os anticorpos, segundo definição da Organização Mundial da Saúde (OMS). 
Para isso, as vacinas contêm geralmente formas enfraquecidas ou inativadas de vírus ou bactérias 
que não colocam a saúde em risco. O corpo então identifica esses micróbios, produz defesas contra 
eles e cria uma espécie de memória de combate que servirá contra ataques futuros por anos ou 
A IMPORTÂNCIA DAS VACINAS 3
décadas. Quando uma parte considerável da população está protegida via vacinação, atinge-se o 
patamar de imunidade coletiva.
 
 
 
 
 
 
NOVAS 
TECNOLOGIAS: 
PIX, BLOCKCHAIN, 
BITCOINS, 
IMPRESSORAS 3-D 
 
 
NOVAS TECNOLOGIAS: PIX, BLOCKCHAIN, BITCOINS, 
IMPRESSORAS 3-D 
PIX 
É um novo meio de pagamentos que busca facilitar a transferência de valores entre as pessoas 
e negócios, simplificando o pagamento de contas, recolhimento de impostos e taxas. Além de trans- 
ferências para outras contas, o PIX também permitirá o pagamento de compras em estabelecimentos 
que utilizem a plataforma. O PIX foi inspirado no sistema de open banking da Inglaterra. Apesar 
de servir de inspiração, não há muito como comparar os países porque são realidades diferentes. 
Na Inglaterra, os players que operacionalizam os pagamentos instantâneos lançaram os seus 
próprios meios de pagamento instantâneo. Já aqui no Brasil, será o Banco Central que irá operacio- 
nalizar o sistema e obrigará os bancos a entrarem nele, como aconteceu no México, por exemplo. 
BLOCKCHAIN 
Corrente de blocos. É conhecido como “o livro de registros públicos. Nele ficam armazenadas 
todas as transações efetuadas utilizando aquela rede”. É como se ele fosse um grande “livro con- 
tábil” dessas transações digitais. Porém, vamos facilitar o entendimento para quem ainda não o 
conhece bem. Pode-se dizer que o Blockchain é um grande banco de dados distribuído em vários 
nós e agentes. Ou seja, esse banco de dados não tem um agente centralizador, um controlador. 
Todas as pessoas que possuem acesso àquela base de dados específica estão em pé de igual- 
dade no que diz respeito à validação e visualização das transações realizadas. E como todas as tran- 
sações são validades em intervalos recorrente de tempo (a cada dez minutos no caso do Bitcoin), as 
entradas e saídas são gravadas de maneira transparente e inviolável (devido à criptografia e ao fato 
de os blocos serem encaixados sequencialmente uns aos outros). Sendo que todas as informações 
ficam descentralizadas, ou seja, não ficam registradas em um local único. Os dados podem ficar 
espalhados ao redor de todo o mundo e estão distribuídos de modo que não há a dependência de 
um agente específico para validar as transações. 
Dessa forma, se você possui um ativo digital (criptomoeda), pode transferi-lo para qualquer 
pessoa que faz parte daquela determinada rede. Sendo que essa transação acontece quase que 
instantaneamente, assim que o bloco criado e validado é encaixado na sequência de blocos. Hoje em 
dia o tempo médio para transferir Bitcoins para o exterior é de menos de 30 minutos, por exemplo. 
BITCOIN 
É uma moeda virtual – a primeira criada no mundo – e pode ser usado para a compra de ser- 
viços, produtos e quaisquer outros itens em estabelecimentos que aceitem ser pagos com ele. O 
bitcoin é a primeira moeda descentralizada do mundo. Isso significa que, além de não ser regulado 
por governos, bancos ou empresas, é possível comprar, enviar e receber bitcoins sem nenhum 
intermediário, como bancos ou emissores de cartão de crédito. 
Além disso, é uma moeda limitada. Diferentemente do real, dólar e euro, moedas que podem 
ser emitidas conformeos países sentirem necessidade, o bitcoin e seu código foram criados de forma 
que somente 21 milhões de moedas possam ser emitidas – este é o limite. Até 2019, estima-se que 
18 milhões de bitcoins já haviam sido emitidos. 
2 
NOVAS TECNOLOGIAS: PIX, BLOCKHAIN, BITCOINS, IMPRESSORAS 3-D 
 
 
IMPRESSORAS 3-D 
Chamamos de impressão 3D a tecnologia utilizada para fabricar objetos de maneira automati- 
zada, por meio de um equipamento que se compara ao funcionamento das impressoras tradicionais. 
Aqui, um projeto 3D é “fatiado” em camadas dentro de softwares específicos, conhecidos como 
slicers. A partir daí, o projeto ganha vida na impressão 3D e é construído pela máquina de baixo para 
cima. O processo despeja o insumo sobre a plataforma de impressão na quantidade, velocidade e 
temperatura ideal para que ele endureça rapidamente, tomando a forma do objeto final. A criação 
da impressora 3D remonta à Califórnia do ano de 1984, tendo o já citado engenheiro Chuck Hull 
como responsável. 
Na época, Hull trabalhava com o uso de luzes UV para a solidificação de resinas para peças de 
móveis. Frustrado com a demora da técnica existente, ele desenvolveu a estereolitografia, tecnologia 
precursora do que temos hoje como impressão 3D. 
3 
A INTERNET DAS 
COISAS
2
A INTERNET DAS COISAS
A DINÂMICA DO TRABALHO HOME OFFICE
Esse é um dos termos mais recorrentes dos últimos tempos, mas precisamos admitir que não 
é tão simples assim de entender essa tal de Internet das Coisas, ou no original: Internet of Things 
(IoT). Até pouco tempo atrás, a internet era algo que utilizávamos quando sentávamos na frente 
de um computador, conseguíamos ler notícias, estudar e enviar e-mails. Anos depois, é uma rede 
que está conosco o tempo todo: se tornou parte integral das nossas vidas. A IoT pega essa rede e a 
integra com uma grande variedade de dispositivos, estamos falando aqui de máquinas industriais, 
dispositivos domésticos e até carros. É a computação facilitando a sua vida, enquanto você fica 
livre para fazer outras coisas.
Imagine a seguinte situação: você está saindo do seu trabalho rumo a sua casa. O GPS do seu 
carro, interligado com a central inteligente da sua casa – que por sinal está ligado à sua geladeira, 
faz a leitura da sua atividade, do seu trajeto. A central inteligente faz uma rápida leitura da geladeira 
e já sinaliza: falta leite. Uma mensagem é enviada para o seu telefone, o que faz com que você vá 
até um supermercado comprar o leite.
Outro exemplo: você é o tipo de pessoa que gosta de se exercitar, seja na academia ou ao ar 
livre. Você utiliza uma pulseira que faz a leitura das suas atividades 24h por dia, e ela sabe o horário 
que você mais gosta de correr e quando gosta de correr. Se você fica sem correr por dois dias, ela 
te avisa que a temperatura está boa para uma corrida. Se você teve um dia muito movimentado, 
ela avisa que você precisa descansar.
Conectada a central da sua casa, a pulseira envia um sinal ao termostato avisando que você 
está chegando de uma longa corrida e que será mais agradável abaixar a temperatura um pouco. 
Estamos falando aqui de dispositivos, não apenas computadores e telefones, mas objetos e apa-
relhos do dia a dia, interligados entre si e todos conectados à internet para proporcionar esse tipo 
de experiência.
O termo em si nasceu em 1999, quando Kevin Ashton (MIT) escreveu um artigo chamado 
“As coisas da internet das coisas”. Segundo ele, a falta de tempo das pessoas abre portas para que 
ferramentas sejam criadas para fazer coisas que, de fato, não necessitam ser feitas por pessoas. 
Podem ser substituídas por dispositivos. Dispositivos esses que conversando por diferentes proto-
colos dentro da mesma rede, conseguem nos acompanhar, ler nossas atividades, gerar informação 
e a partir daí nos auxiliar no dia a dia.
A nova dinâmica de trabalhar de casa já existe há algumas décadas mas, foi com o início da 
pandemia do novo corona vírus que essa prática ganhou uma proporção ainda maior. Existem várias 
nuances e vertentes sobre benefícios ou malefícios de se trabalhar em casa. Um estudo da Univer-
sidade de Stanford, realizado pelo professor de economia Nicholas Bloom, defende que trabalhar 
em casa deveria ser o modelo padrão.
Essa conclusão foi alcançada depois de um teste controlado com funcionários da agência de 
viagens chinesa Ctrip. O objetivo era analisar os efeitos do trabalho remoto, e os resultados indi-
caram que os profissionais que trabalhavam em casa aumentaram a produtividade em 13%. Mais 
satisfeitos, eles faziam menos pausas e ficavam menos doentes.
Um estudo conduzido pela TinyPulse, uma empresa de engajamento de funcionários, analisou 
se o trabalho remoto realmente beneficiava as empresas. Uma das conclusões foi que 91% das 
pessoas que trabalham remotamente são mais produtivas enquanto desempenham suas tarefas 
fora do escritório.
A INTERNET DAS COISAS 3
Outra vantagem para construir equipes mais produtivas está relacionada à forma de admissão. 
Em vez de ter que recrutar apenas trabalhadores da sua região, os empregadores agora têm acesso 
a um mercado global de profissionais qualificados online.
Além disso, oferecer alternativas de trabalho remoto é um diferencial para empresas para a 
atração dos melhores talentos num mercado com cada vez mais profissionais da geração Y. Também 
conhecidos como Millennials, esses colaboradores são nativos da era digital e trazem consigo novos 
perfis de trabalho. Segundo pesquisa da PwC, 65% dos profissionais nascidos na virada do século 
20 desejam trabalhar em casa ou ter um horário de trabalho flexível.
CONFLITOS 
POLÍTICOS ENTRE 
BRASIL E CHINA
2
CONFLITOS POLÍTICOS ENTRE BRASIL E CHINA
CRESCIMENTO COMERCIAL DA CHINA
A crise de saúde mundial por causa da Covid-19, doença causada pelo vírus, colocou em evi-
dência a tensa rivalidade entre as duas superpotências mundiais, EUA e China. E essa atmosfera 
de animosidade entre as superpotências resplandeceu também no Brasil por meio de “trocas” de 
farpas políticas. O conflito se deu em meio da circulação de teorias de conspiração sem provas e 
declarações polêmicas, como as falas do ex-presidente norte-americano, Donald Trump, classificando 
o coronavírus como “vírus chinês”. Um morde e assopra que, segundo advertem os especialistas, 
é perigoso para todos.
Ao comentário, o representante do Ministério das Relações Exteriores da China anexou um 
vídeo do diretor do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC), Robert R. Redfield, 
reconhecendo no Congresso que algumas das mortes por influenza no país podem ter sido causados 
pelo novo coronavírus, sem especificar datas.
“Quando o paciente zero foi registrado nos Estados Unidos? Quantas pessoas estão infectadas? 
Quais são os nomes dos hospitais? Pode ter sido o Exército dos EUA que trouxe a epidemia para 
Wuhan. Seja transparente! Torne a data pública! Os Estados Unidos nos devem uma explicação”, 
escreveu Lijian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, no Twitter.
O comentário, conforme noticiado por veículos de imprensa como o jornal de Hong Kong The 
South China Morning Post (SCMP), parece se referir aos Jogos Militares Mundiais, realizados em 
Wuhan em outubro, com a participação de mais de 100 países pouco antes de a cidade se tornar 
ponto zero da pandemia.
As insinuações geraram reações e críticas nos Estados Unidos.
“As pessoas não culpam o governo chinês pelo fato de o coronavírus ter aparecido na China, 
eles culpam o governo por encobrir a epidemia e agora estar tentando disfarçar a responsabilidade 
pela forma como lidou com ela desde o início”, diz Zhao à BBC. Em fevereiro de 2020, os líderes 
chineses enfrentaram uma onda de críticas sem precedentes por causa da maneira como lidaram 
com a crise, especialmente quando o caso do médico Li Wenliang, 33 anos, veio a público.
Wenliang, um dos profissionais da linha de frente da epidemia, tentou alertar seus colegas sobre 
a existência desse novo vírus, mas foi silenciadopela polícia, que o acusou de espalhar informações 
falsas. O jovem médico acabou morrendo em decorrência da doença, o que despertou uma onda 
gigantesca de indignação nas redes sociais chinesas.
Um tuíte em que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), um dos filhos do presi-
dente brasileiro, criticou a China por sua postura diante da eclosão do novo coronavírus renovou 
as tensões entre o governo Bolsonaro e os chineses. A atitude de Eduardo também reverberou na 
política brasileira: de um lado, políticos aliados do presidente e ativistas de direita saíram em defesa 
do deputado, e alguns copiaram Trump ao empregar a expressão “vírus chinês” para se referir ao 
novo coronavírus.
Do outro, vários partidos e políticos críticos ao governo lamentaram a atitude de Eduardo e 
exaltaram a importância da China para o Brasil.
Essa onda de críticas se dá pelo fato de a China ser a principal parceira comercial do Brasil 
e também alvo principal de medidas comerciais. A China tem crescido comercialmente de forma 
exponencial desde o anos 1980, pois, ao longo das décadas subsequentes, adotou quatro grandes 
eixos na sua política. O primeiro eixo seria a substituição do modelo de crescimento extensivo, 
presente até então, por um modelo de desenvolvimento econômico intensivo. O segundo eixo era 
CONFLITOS POLÍTICOS ENTRE BRASIL E CHINA 3
o aumento do poder de compra e melhores padrões de vida, que deveriam ser alcançados a partir 
do aumento da produção de mercadorias e a adoção do princípio de deliver the goods. O terceiro 
eixo que pautou a política chinesa foi a determinação de que a China deveria seguir as regras do 
Partido Comunista Chinês. O quarto e último eixo definia a política exterior chinesa. A partir de 
1980, a China adotaria uma postura pragmática no sistema internacional, optando pela diplomacia 
da paz e pela inserção internacional pacífica.
A China alcançou, em pouco mais de 30 anos, o patamar de segunda maior economia do 
mundo e principal parceiro comercial do Brasil. O crescimento econômico chinês e sua aproxima-
ção com o Brasil trouxe ganhos positivos para o país e a relação entres estes países tornou-se de 
fundamental importância para a manutenção da economia brasileira, tornando abas as economias 
interdependentes em diversos de seus setores. Para entender os impactos da aproximação entre 
estes países, faz-se necessário analisar os fatores que levaram ambos a enxergarem um ao outro 
como parceiro estratégico.
A influência da China se mostra no Brasil nas compras dos commodites agrícolas, por exemplo, 
mais especificamente na compra de carnes. E O Brasil também se vê em uma oferta imprescindível 
com a China quando se trata da inserção da tecnologia 5G no país, sendo que a China ainda é único 
país a desenvolvê-la. Essa “fragilidade” diplomática continua no Brasil e as páginas dessa história 
ainda estão sendo escritas.
Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-51966296
OS PARÂMETROS DA 
CIÊNCIA
2
OS PARÂMETROS DA CIÊNCIA
PROCESSO HISTÓRICO DA MEDICINA
O tempo e a História comprovam que doenças contagiosas são difíceis de serem controladas, 
o que pode gerar pânico coletivo. Por esse e outros fatores, ainda em pleno século XXI, surgem 
pontualmente descrença sobre os parâmetros da medicina por parte da população. O estudo de 
epidemias e de sua influência no destino de povos e nações é um assunto fascinante e contempla 
as sociedades orientais e ocidentais há séculos.
Durante o século XIV, a Europa teve um terço da sua população dizimada pela Peste Negra. A 
obra A ‘Grande Mortandade’, de John Kelly, por exemplo, apresenta uma pesquisa aprofundada sobre 
o desfecho da doença no passado, desde a sua origem até a sua radicalização. Rico em detalhes e 
dados, este livro é um importante documento histórico, que permite compreender a sociedade atual.
 » Não é de hoje que desinformações são divulgadas como verdades, mas foi com o 
advento das redes sociais que esse tipo de publicação popularizou-se. Desinformar 
é dar margem para que algum objetivo seja atingido. Na Atualidade, a medicina e 
vacinação estão sendo atacadas e mitigadas devido à maciça campanha de desinfor-
mação. Grupos negacionistas viabilizam refutar a eficácia da vacinação por questões 
ideológicas e até mesmo políticas.
ͫ	 A Revolta da Vacina, por exemplo, foi um evento popular que se iniciou no Rio de Janeiro, 
em 10 de novembro de 1904. Tratava-se de uma insatisfação popular em razão de uma 
campanha de vacinação obrigatória contra a varíola conduzida pelo sanitarista Oswaldo 
Cruz. Nesse caso, a informação que deveria ter sido levada à população para o entendi-
mento do advento das vacinas, não foi realizada. A revolta causou a morte de 30 pessoas 
e grande destruição material na então capital do Brasil. Esse fato histórico também com-
provava o grau da descrença que o não conhecimento medicinal causa na população.
Alguns historiadores sugerem que a violência e o autoritarismo com que foram conduzidas as 
reformas na cidade serviram de motivação para a revolta em 1904, mas existem historiadores que 
sugerem que a Revolta da Vacina está diretamente ligada com a campanha de vacinação e a forma 
como ela foi conduzida. Em junho de 1904, Rodrigues Alves propôs que fosse formulada uma lei 
para tornar a vacinação obrigatória em toda a cidade do Rio de Janeiro. A vacinação tinha como 
alvo a varíola, uma das doenças que mais castigavam a capital. Durante sua gestão, Oswaldo Cruz 
também se comprometeu a combater a febre amarela e a peste bubônica.
 » Na contemporaneidade, vivemos uma espécie de revolta contra a sabedoria da 
medicina infelizmente endossada por diversos tipos de “campanhas”. Seja pelo 
boca a boca, seja pelas fake news pulverizadas pelos aplicativos de comunicação. A 
cultura da vacinação, que desde os anos 60 existiu no Brasil, vem sendo mitigada por 
esses novos comportamentos. Cabe a nós fazermos um balanço conclusivo desse 
panorama e criarmos senso crítico acerca dos fatos sociais.
ͫ	 De forma geral na História, a Medicina foi atribuída ao grego Hipócrates, (que se dedicou 
anos a estudar sintomas de doenças contagiosas e a evolução delas), com o objetivo de 
ter bases teóricas para investigar as doenças relacionadas a problemas físicos na Grécia 
Antiga. Hipócrates ficou conhecido como o maior crítico da Medicina, pois contestava 
as correntes filosóficas, que tinham como base uma hipótese: apenas os deuses eram 
determinantes para todas as causas das doenças.
OS PARÂMETROS DA CIÊNCIA 3
 » Contudo, foi na civilização egípcia, momento anterior ao de Hipócrates, que a Medi-
cina teve outros grandes avanços, graças à possibilidade da mumificação de faraós. 
Essa técnica de preservação dos corpos tornou possível que importantes avanços 
na pesquisa do corpo humano fossem conhecidas, e estudos realizados com mais 
afinco, tendo como finalidade desvendar o funcionamento da anatomia humana.
No século XIX, os avanços na ciência e da medicina ficaram ainda maiores a partir da invenção 
do microscópio acromático. Com ele, foi possível fazer a identificação das bactérias como causado-
ras de alguns tipos de doenças. Com o passar dos anos, as ciências médicas estão se consolidando 
como fundamentais para o cotidiano dos seres humanos. Ela se dividiu em variados departamentos 
de atuação e encontrou novas maneiras para tentar elevar o bem-estar e a qualidade de vida das 
pessoas.
Nos séculos XX e XXI, a evolução da ciência no mundo ficou ainda mais nítida com o desenvolvi-
mento e as mudanças proporcionadas pelo avanço tecnológico. O século XX, apresenta a evolução a 
medicina de forma fantástica. A expectativa de vida populacional nunca cresceu, houve a descoberta 
dos antibióticos, os exames diagnósticos evoluíram, transplantes de órgãos são uma opção para 
salvar vidas, sem mencionar as campanhas de vacinação. A medicina está em constante evolução 
como a própria história comprova. Não há espaço tampouco tempo para a descrença nessa ciência 
milenar. Confrontara medicina como se fosse algo místico não cabe mais a nossa atual conjuntura. 
Quando esbarrarmos com aspectos e opiniões que injetam descrença na própria ciência, temos por 
dever, elaborar e desenvolver o senso crítico.
ERA DOS DADOS, 
FAKE NEWS E 
INTERNET DAS 
COISAS
2
ERA DOS DADOS, FAKE NEWS E INTERNET DAS 
COISAS
ERA DOS DADOS
ͫ	 O que é ‘dado’? Dados na tecnologia, são elementos que constituem a matéria-prima 
da informação na era da tecnologia. Podemos defini-los, também, como conhecimento 
bruto, ainda não devidamente tratado para prover insights para uma organização. Assim, 
os dados representam um ou mais significados que, de forma isolada, não conseguem 
ainda transmitir uma mensagem clara.
Uma empresa que esteja realizando uma pesquisa de mercado pode solicitar o trabalho de 
cientistas de dados e profissionais de Business Intelligence para delinear suas estratégias. Esses 
profissionais realizarão a coleta por meio do histórico digital da companhia contratante e pelo 
monitoramento dos consumidores nas redes sociais, por exemplo.
Esse trabalho não se resume às estratégias comerciais. O Big Data e as ferramentas de Machine 
Learning são utilizados até mesmo em investigações policiais, por meio da coleta de depoimen-
tos, análise de pistas e qualquer outro tipo de dado que possa ser útil. Contudo, esses elementos 
precisam ser devidamente tratados para produzir conhecimento que possa ser utilizado de forma 
prática. Podemos dizer que os dados têm mais a ver com a linguagem dos computadores: de forma 
isolada, não conseguem prover informações relevantes para qualquer pessoa.
FAKE NEWS
ͫ	 A internet possibilita que as notícias se espalhem em uma velocidade cada vez mais rápida. 
E as redes sociais aceleraram ainda mais esse processo. Entretanto, o espaço também 
é propício para que as notícias falsas também sejam facilmente divulgadas. Além disso, 
outro fator importante é que as pessoas perderam o costume de verificar as fontes de um 
dado. Quando algo é publicado, automaticamente há centenas de compartilhamentos 
sem nem ao menos chegar de onde partiu aquela notícia.
Períodos de eleições, por exemplo, tem levantado o debate sobre o perigo das fake news. 
Criou-se uma espécie de guerra entre os envolvidos no processo eleitoral para derrubar os candi-
datos adversários com a divulgação de notícias falas na internet. Escândalos de criação de depar-
tamentos especializados na criação e propagação de informações inverídicas ganhou as manchetes 
em todo o mundo.
INTERNET DAS COISAS
ͫ	 A Internet das Coisas (IoT) refere-se a uma revolução tecnológica que tem como objetivo 
conectar os itens usados do dia a dia à rede mundial de computadores. Cada vez mais 
surgem eletrodomésticos, meios de transporte e até mesmo tênis, roupas e maçanetas 
conectadas à internet e a outros dispositivos, como computadores e smartphones. A ideia 
de conectar objetos é discutida desde 1991, quando a conexão TCP/IP e a internet que 
conhecemos hoje começou a se popularizar. Bill Joy, cofundador da Sun Microsystems, 
pensou sobre a conexão de Device para Device (D2D), tipo de ligação que faz parte de 
ERA DOS DADOS, FAKE NEWS E INTERNET DAS COISAS 3
um conceito maior, o de “várias webs”. Em 1999, Kevin Ashton do MIT propôs o termo 
“Internet das Coisas” e dez anos depois escreveu o artigo “A Coisa da Internet das Coisas” 
para o RFID Journal. De acordo com o especialista, a rede oferecia, na época, 50 Pentabytes 
de dados acumulados em gravações, registros e reprodução de imagens.
A limitação de tempo e da rotina fará com que as pessoas se conectem à Internet de outras 
maneiras. Segundo Ashton, assim, será possível acumular dados do movimento de nossos corpos 
com uma precisão muito maior do que as informações de hoje. Com esses registros, se conseguirá 
reduzir, otimizar e economizar recursos naturais e energéticos, por exemplo. Para o especialista, essa 
revolução será maior do que o próprio desenvolvimento do mundo online que conhecemos hoje.
PERSPECTIVAS 
SOCIAIS, 
ECONÔMICAS E 
POLÍTICAS GOVERNO 
DE JOE BIDEN
2
PERSPECTIVAS SOCIAIS, ECONÔMICAS E POLÍTICAS 
GOVERNO DE JOE BIDEN
CENÁRIO SOCIOECONÔMICO
Joe Biden assumiu os Estados Unidos em meio à crise causada pela pandemia do novo coro-
navírus, no dia 20 de janeiro de 2020. Nesses primeiros meses de mandato, o democrata já emitiu 
mais decretos presidenciais que os seus três últimos antecessores, e além de esforços no combate à 
Covid-19, o presidente americano também trouxe debates a respeito da importância das mudanças 
climáticas ao realizar a Cúpula do Clima, realizada em 22 e 23 de abril.
“O tema mais observado e a política mais importante da administração Biden serão as mudan-
ças climáticas”, destaca Jon Lieber, Diretor Estados Unidos do Eurasia Group. Nesse sentido, já foi 
possível ver ações importantes como a volta dos Estados Unidos ao acordo climático de Paris e o 
comprometimento em reduzir as emissões de gases de efeito estufa do país até 2030.
Uma de suas principais pautas é elevar a taxação para empresas, de 21% para 28%, revertendo 
uma medida de Trump, que cortou as taxas no início de seu governo. Ainda assim, o percentual 
seria inferior aos 35% praticados no governo de Barack Obama.
Iniciativas em saúde e meio ambiente também estão entre as prioridades. O candidato tem um 
plano de investimentos verdes de US$ 2 trilhões ao longo de quatro anos, voltado principalmente 
para o incentivo à produção de energias renováveis. Biden ainda quer retomar o programa de saúde 
pública, conhecido como Obamacare, com um custo que ainda não foi divulgado.
Para a consultoria Capital Economics, a proposta de “opção pública” de tratamento feita por 
Biden provavelmente terá um impacto modesto sobre o consumo de cuidados médicos e inflação. 
Mesmo assim, a consultoria alerta para um risco de isso ser um “trampolim para um programa 
mais radical”, no estilo “cuidados de saúde para todos”, sob um futuro presidente democrata. 
Neste sentido, porém, as atenções se voltam para a eleição no Congresso, que segue aberta. Caso 
os republicanos consigam manter a maioria no Senado, a expectativa é de que as pautas um pouco 
mais radicais sejam brecadas, amenizando a tensão do mercado financeiro sobre novas medidas.
O Membro da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Darin LaHood, afirma que o 
foco no clima é uma prioridade da administração Biden, diferente da administração de Trump, e 
que os Estados Unidos trabalharão com seus aliados ao redor do mundo focando nesse problema. 
A princípio, o presidente Biden tem evidenciado assuntos como sustentabilidade e clima, em suas 
relações e políticas externas, e esse tema pode direcionar qual será o caminho da relação bilateral 
Brasil-EUA.
Especialistas políticos afirmam que o presidente Biden conhece e reconhece a importância do 
Brasil na América Latina e no mundo, incluindo sua relevância geopolítica e econômica na região. 
Brasil e Estados Unidos são as duas maiores economias do Ocidente, são grandes potências do 
agronegócio e compartilham princípios e interesses em comum, o que tem proporcionado força e 
durabilidade a essa parceria histórica.
“Eu acho que a relação do Brasil com os Estados Unidos é boa, sempre foi boa. Porque nós 
compartilhamos valores comuns” avalia o ex-Embaixador do Brasil para os Estados Unidos, Sérgio 
Amaral.
“Era consenso entre comentaristas que teríamos problemas, mas não é isso que está aconte-
cendo. Os contatos de relacionamento entre os governos têm sido construtivos, não só no diálogo 
PERSPECTIVAS SOCIAIS, ECONÔMICAS E POLÍTICAS GOVERNO DE JOE BIDEN 3
ambiental, mas na série de pontos que continuam avançando”, comenta Christopher Garman, 
Diretor Latin America, Brazil do Eurasia Group.
Embora as opiniões sobre o futuro da relação bilateral Brasil e Estados Unidos sejam positivas 
e otimistas, devemos lembrar que ainda é muito cedo para falar com convicção sobre qual será a 
direção dessa relação, a qual, segundo o Representante AmericanoLaHood, “Não está no topo da 
lista da administração americana. Em termos de política de avanço e como os EUA abordarão o 
Brasil, eu não sei se temos uma resposta formada sobre essa direção, mas acho que será formada 
em breve”.
A capacidade diplomática será ainda mais exigida, principalmente nos países que não estão 
nos centros mais dinâmicos do capitalismo. Saber barganhar e evitar alinhamentos pessoais ou 
ideológicos será ainda mais vital para Estados periféricos que almejem alavancar sua inserção no 
comércio internacional. A America latina e o Brasil, em especial, não precisam necessariamente 
escolher um lado, visto que o acirramento das tensões tende a abrir janelas de oportunidade em 
várias frentes. Saber capitaneá-las será o grande desafio.
O DESENVOLVIMENTO 
DA CHINA
2
O DESENVOLVIMENTO DA CHINA
COMPREENDENDO SUA HISTÓRIA
Antes de estudar a China como Estado Moderno, é importante entender que ela é uma das 
civilizações mais antigas do mundo. Sua história remonta a mais de quatro mil anos. Alguns histo-
riadores até defendem que os primeiros sinais dessa civilização emergiram há 5800 anos. Porém, 
para melhor didática do assunto abordado pela Geografia, esse estudo sobre as dinastias imperiais 
chinesas não será privilegiado. Assim, o que nos interessa é o estudo da China Moderna.
REPÚBLICA DA CHINA (1912-1949)
Na época moderna, por mais de dois séculos, a China foi governada pela dinastia Manchu ou 
Qing (1644-1911). A partir do século XIX, passou a ser alvo da ação imperialista ocidental. Os ingle-
ses foram os principais a conquistarem territórios e impor tratados. A Guerra do Ópio, em 1838, é 
um exemplo disso. A derrota para os ingleses em dois conflitos resultou na imposição de diversos 
tratados, como o Tratado de Tianjin, que forçava a abertura de seus portos para os europeus, e o 
Tratado de Nanquim, que entregou o conjunto de ilhas de Hong Kong para a Inglaterra. Em 1911, a 
última dinastia é derrubada por meio da Revolução Nacionalista. Sun Yat-sen, por meio do partido 
Kuomintang, funda a República da China.
Influenciado pelo crescente debate comunista no mundo, é criado também o Partido Comunista 
Chinês (PCC), em 1921. Com a morte de Sun Yat-sen, seu sucessor, Chiang Kai-shek, assume o poder 
em 1925. Ele passou a adotar uma postura muito mais repressiva, que se traduziu em uma guerra 
civil, com dois grupos políticos rivais e ideologicamente antagônicos: o Kuomintang, ou Partido 
Nacionalista, liderado por Chiang Kai-shek, e o Partido Comunista Chinês, liderado por Mao Tsé-tung.
 » A Segunda Guerra Sino-Japonesa (1937-1945)
 » Observando a disputa pelo poder entre os dois principais grupos do país, o Japão 
aproveitou o momento e invadiu a China, embora já ocupasse alguns territórios do 
país, como a ilha de Formosa. A ocupação japonesa ocorreu a partir de um massacre 
de Xangai a Pequim, com o intuito de mostrar a força dos invasores. Toda a ação, mais 
prolongada que o esperado, forçou uma aliança temporária entre os dois partidos, 
para, pelo menos, atrasar a invasão japonesa. Dominado durante a Segunda Guerra 
Mundial, a ocupação do país só acabou com a derrota dos japoneses em 1945.
DUAS CHINAS
Após o fim do domínio japonês, as tropas de Mao Tsé-tung e as de Chiang Kai-shek voltaram 
a se enfrentar, até que os comunistas venceram, em 1º de outubro de 1949, fundando a República 
Popular da China, que compreende todo o território continental chinês. Apoiado pelos Estados 
Unidos, o general Chiang Kai-shek e seus seguidores fugiram para a ilha de Formosa, onde funda-
ram a China Nacionalista (República da China), ou Taiwan. Desde então, os dois representantes, 
da China continental e da China insular, contestam o título de legítimo governo da China. Após a 
vitória dos comunistas chineses, foi realizado um tratado de amizade e cooperação com a antiga 
União Soviética. Com a morte de Stalin, em 1953, a relação entre os dois países foi abalada e eles 
começaram a se distanciar. Mesmo assim, o PCC continuou com a adoção de políticas econômicas, 
com o objetivo de planificação da economia, seguindo basicamente uma cartilha soviética. Primeiro 
Plano Quinquenal (1953-1958) entre as características desse plano, destacam-se:
O DESENVOLVIMENTO DA CHINA 3
 » Estatização dos meios de produção (terra, água, agricultura, indústria, mineração, 
transportes);
 » Desenvolvimento industrial (prioridade para a indústria de base);
 » Planejamento econômico, político e social centralizado. Esse plano não se desen-
volveu conforme o esperado, e o país enfrentou algumas dificuldades. Em 1958, 
no auge da crise sino-soviética, foi elaborado um segundo plano econômico, de 3 
anos, para tentar transformar definitivamente a China em uma grande potência.
Grande salto para frente (1958-1961): O principal objetivo desse plano era gerar um grande 
crescimento industrial, concentrando todos os esforços nesse setor, diminuindo a dependência 
chinesa do comércio exterior. O plano não funcionou. A questão agrária não foi bem resolvida pelo 
primeiro plano e, com a concentração de investimentos no setor industrial, a produção agrícola 
chinesa caía ano após ano. Em pouco tempo, a China não tinha alimentos para abastecer sua já 
enorme população. Estima-se que entre 15 e 55 milhões de chineses morreram nesse período, 
denominando a Grande Fome Chinesa. Revolução Cultural Chinesa (1966-1976) Após esses fra-
cassos, o poder de Mao Tsé-tung dentro do PCC foi minado. Tentando retomar o controle sobre 
o partido, Mao Tsé-tung promoveu um movimento denominado Revolução Cultural. Seu objetivo 
era revitalizar a Revolução Chinesa contra os privilégios de classes e o modo de vida burguês. Não 
demorou muito para o movimento assumir sua verdadeira feição autoritária, mobilizando a Guarda 
Vermelha (jovens estudantes) contra os inimigos políticos de Mao.
MODERNIZAÇÃO
Com as reformas econômicas propostas por Deng Xiaoping, revertendo, inclusive, as reformas 
iniciadas por Mao Tsé-tung, observou-se maior liberalização da economia chinesa, adotando-se, 
inclusive, o modelo de desenvolvimento industrial japonês e dos Tigres Asiáticos. Esse modelo, 
denominado plataforma de exportação, é caracterizado pela produção industrial de bens de con-
sumo duráveis. Sua produção busca atender à exportação, e não às necessidades do mercado 
interno, aproveitando-se da oferta de mão de obra barata dos chineses. Todavia tal concepção foi 
implantada em determinadas partes do território chinês, em zonas específicas. Assim, foram criadas 
as Zonas Econômicas Especiais (ZEEs). Geralmente, estão localizadas em cidades litorâneas, cujo 
regime econômico foi adaptado para a abertura de mercado ao capital estrangeiro. A produção 
industrial voltada para a exportação é isenta de impostos, e essas cidades são destinos de grandes 
investimentos nas áreas portuárias e urbanas, buscando-se facilitar a circulação de mercadorias e 
capital. Devido ao sucesso dessa política, ela também foi ampliada e adaptada para outras áreas, 
como exemplo temos a criação das cidades abertas, cuja circulação de capital e investimentos 
também é facilitada.
Em um primeiro momento, essas ZEEs se caracterizavam pela formação de joint ventures: 
uma empresa estrangeira se aliava a uma empresa chinesa, controlada pelo Estado, para produzir. 
Corresponde ao famoso período “Made in China”, caracterizado por produtos baratos e de baixa 
qualidade. Com os investimentos em desenvolvimento tecnológico e educação, essas zonas passaram 
a sofrer uma transformação, iniciando-se um segundo momento. A China, hoje, consegue produzir 
novas tecnologias e inovar o processo produtivo a partir de uma mão de obra qualificada, cada 
vez menos barata. Assim, as cidades se tornam mais tecnológicas e o país consegue se introduzir 
de forma mais competitiva na economia. Recentemente, observa-se uma mudança na direção de 
sua economia, que antes era voltada para atender às demandas externas e hoje busca atender ao 
mercado interno, criado com o desenvolvimentoeconômico e tecnológico. Muitos países também 
criaram essas zonas especiais para atrair empresas. No Brasil, essas zonas são denominadas Zonas 
de Processamento de Exportação (ZPEs) e contam com isenção de impostos e maior facilidade para 
trocas cambiais, desde que a produção seja voltada para a exportação.
4
Todos esses processos explicam as razões da China ser, hoje em dia, uma das economias mais 
pujantes do mundo. A expectativa é de crescimento vertiginoso e uma maior competitividade com 
os EUA.
FIM DO BREXIT NO 
REINO UNIDO
2
FIM DO BREXIT NO REINO UNIDO
NOVAS PERSPECTIVAS SOCIOECONÔMICAS
Após três anos e meio e muitas idas e vindas, o Brexit, a saída do Reino Unido da União Euro-
peia, foi finalmente oficializado no dia 31 de janeiro. É a primeira vez que um país deixa a UE desde 
sua criação.
O QUE É BREXIT?
Brexit é uma abreviação para “British exit” (“saída britânica”, na tradução literal para o portu-
guês). Esse é o termo mais comumente usado quando se fala sobre a decisão do Reino Unido de 
deixar a UE.
O QUE É UNIÃO EUROPEIA?
É um grupo formado por 28 países europeus que praticam livre comércio entre si e facilitam 
o trânsito de sua população para trabalhar e morar em qualquer parte do território. O Reino Unido 
se tornou parte da UE – na época chamada de Comunidade Econômica Europeia – em 1973.
POR QUE O REINO UNIDO DEIXOU A UNIÃO EUROPEIA?
O primeiro ponto a entender é que o Reino Unido não é composto apenas pela Inglaterra. Ele 
é um bloco formado pela Inglaterra, pelo País de Gales e também pela Irlanda do Norte e a Escócia. 
O que significa que a decisão implicaria na saída de todos esses países da União Europeia. Segundo 
opiniões de especialistas, para todo o processo, que levou mais de dois anos para ser efetivado, o 
tempo mínimo necessário para arrumar todas as leis e acordos comerciais, para se completar na 
legislação europeia pode levar até quatro anos.
A saída do Reino Unido do bloco econômico é uma espécie de vitória da direita dentro dos 
países. Isso porque a campanha para o Brexit foi liderada por uma série de políticos conservadores. 
Os motivos por trás do desejo de saída da União Europeia é o desejo de ser mais seletivo com os 
imigrantes que entram no país, inclusive os imigrantes vindos dos próprios países da Europa, além 
do desejo de ter uma política econômica que seja independente das decisões que são tomadas 
pelo bloco econômico europeu.
As implicações que o Brexit têm trazido para a economia não só dos países que votaram 
pela exclusão, mas também dos países integrantes do restante do bloco, já são notadas. Embora 
tenham evitado uma saída turbulenta, a assinatura do documento restringiu algumas liberdades 
dos europeus e britânicos que transitavam entre os países. Alguns exemplos disso são: o fim da livre 
circulação, a limitação de alguns serviços e a imposição de controles aduaneiros. As novas regras do 
Brexit estão em um documento de mais de mil páginas, no qual são tratados outros temas, como: 
segurança, cooperação climática e transporte.
ALGUMAS DELAS SÃO
Muito provavelmente a vida dos imigrantes que moram por lá vai se tornar bastante compli-
cada. Além disso, a União Europeia se tornará menos atraente para investimentos e negócios na 
visão do resto do mundo, afinal de contas, a economia do Reino Unido é uma das maiores econo-
mias do mundo.
FIM DO BREXIT NO REINO UNIDO 3
Os cidadãos europeus que pretendem trabalhar no Reino Unido precisam ficar atentos às 
novas regras do Brexit. A partir de agora, os interessados devem solicitar o visto on-line e preencher 
alguns requisitos, tais como:
ͫ	 Apresentar o contrato de trabalho;
ͫ	 Ser fluente em inglês;
ͫ	 Ter um salário anual de no mínimo £25.600.
Esses critérios compõem um sistema de pontos utilizado para avaliar a aptidão dos solicitantes. 
Por outro lado, os cidadãos britânicos que desejam trabalhar em outro país europeu precisam soli-
citar um visto do país onde pretendem permanecer. No entanto essas novas regras não se aplicam 
aos cidadãos que trabalhavam no Reino Unido ou União Europeia antes de 2020. Nesse caso, eles 
possuem os mesmos direitos, mas precisam formalizar o pedido como residente no país.
ACESSO AO SERVIÇO DE SAÚDE
Em visitas de curta estadia, os europeus podem receber cuidados de saúde no Reino Unido 
e os britânicos em solo europeu utilizando o cartão de saúde. Nesses casos, o acerto de contas 
será realizado entre os sistemas de segurança social dos países. Por outro lado, quem pretende 
trabalhar ou morar no Reino Unido deverá ficar atento às novas regras nacionais britânicas de 
segurança social. Essa é considerada uma área que pode avançar mais adiante, com a criação de 
acordos para cada situação.
De acordo com Charles Michel, presidente do Conselho Europeu, a expectativa é que haja uma 
cooperação entre as duas partes desse acordo. Especialmente no enfrentamento da pandemia de 
Covid-19.
Fontes: https://www.remessaonline.com.br/blog/brexit-impactos-da-saida-do-reino-unido-
-da-ue
https://www.bbc.com/portuguese/internacional
PRECARIZAÇÃO DO 
TRABALHO 
2
PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO 
O QUE É PRECARIZAÇÃO NO ÂMBITO DO TRABA-
LHO?
Refere-se ao surgimento de novas formas de trabalho a partir de um processo de mudan-
ças estruturais no capitalismo, que procura garantir competitividade às empresas por meio 
da flexibilização das relações de trabalho. Nesse processo, novas bases institucionais para o 
desenvolvimento do capitalismo apareceram. O sistema econômico, antes centrado no capital 
industrial, passou a se basear em modelos flexíveis de produção, com destaque ao capital 
financeiro.
Sob essa nova égide do capitalismo, as empresas iniciaram um processo de reestruturação 
com ênfase em uma nova revolução tecnológica de base microeletrônica. Esse momento ficou 
marcado pela difusão de um novo padrão tecnológico, que possibilitou a passagem da fase de 
mecanização e automação rígida (característica do modelo fordista/taylorista de produção) 
para a fase de automação flexível – especialização flexível, para Piore e Sabel (1984), própria 
do modelo pós-fordista.
De acordo com Mészáros (2002), estamos diante de um ataque à classe dos trabalhadores 
em todo o mundo que se revela, de um lado, no desemprego crônico em todos os campos de 
atividade, disfarçados como práticas trabalhistas flexíveis (eufemismo para a política de preca-
rização da força de trabalho) e para a máxima exploração administrável do trabalho em tempo 
parcial, e, de outro, numa redução significativa do padrão de vida até mesmo dos trabalhadores 
em ocupações de tempo integral.
Acreditamos que a precarização pode ser observada também a partir do que os econo-
mistas chamam de mismatch – a incompatibilidade entre a escolaridade dos trabalhadores 
e a educação requerida para o exercício das funções ou ocupações nas quais estes estejam 
empregados. É importante observar que, em paralelo à precarização de postos de trabalho, o 
Brasil tem vivenciado a expansão do nível superior. 
A precarização do trabalho no Brasil tem sido analisada, buscando destacar as alterações 
no mercado de trabalho – crescimento da informalidade, de formas flexíveis de contratação, e 
do desemprego em determinados setores e ocupações – e suas implicações para o indivíduo. 
Pochmann (2001), por exemplo, acredita que a terceirização e a flexibilização da economia vêm 
causando fortes impactos no mercado de trabalho em todo o Brasil. Segundo o autor, o que se 
tem observado no Brasil é a presença simultânea e combinada do desemprego aberto em larga 
escala, do desassalariamento e da geração de postos de trabalho precários.
 Convém lembrar que, além da redução dos postos de trabalho e do aumento do desem-
prego, as possibilidades de absorção pelo mercado de trabalho, por meio de empregos assala-
riados regulamentados diminuem e aumentam as possibilidades de inserções em posições mais 
precárias. Para Cardoso, Comin e Guimarães (2001), o emprego com registro em carteira, que 
predominavana indústria, é, na maior parte das vezes, substituído por ocupações autônomas 
ou temporárias caracterizadas por maior instabilidade.
Fonte: ALVES, G. Dimensões da reestruturação produtiva. Londrina: Práxis, 2007.
ANTUNES, R. Adeus ao trabalho? Ensaio sobre as metamorfoses e a centralidade do mundo do trabalho. São Paulo: Cor-
tez, 1995.
A IMPORTÂNCIA DA 
SAÚDE MENTAL
2
A IMPORTÂNCIA DA SAÚDE MENTAL
A SAÚDE MENTAL NOS TEMPOS
Inicialmente, na história das grandes civilizações, aquilo que se sabe a respeito da saúde mental 
dos nossos mais antigos antepassados seria que suas hipóteses sobre questões mentais estariam 
frequentemente caracterizadas como o resultado de crenças de que causas sobrenaturais como 
possessões demoníacas, maldições, feitiçaria e até mesmo deuses vingativos, estariam por trás dos 
incomuns sintomas. Uma crença padrão em muitas dessas culturas antigas, mas especialmente 
dentro da cultura grega, era a de que a dificuldade mental seria vista como algo de origem divina, 
geralmente como resultado de uma deusa ou deus raivoso.
Na tentativa de atribuir isso a uma causa compreensível, as pessoas daquelas civilizações 
acreditavam que uma vítima ou um grupo de pessoas havia, de alguma forma, transgredido contra 
sua divindade e estariam sendo punidas como consequência disso. Teria sido necessária a influên-
cia dos primeiros filósofos europeus para levar adiante as ideias de “doença” e saúde mental em 
detrimento da hipótese dos deuses.
Em algum lugar entre o V e III séculos a.C. , o médico grego Hipócrates rejeitou a ideia de 
que a instabilidade mental era o resultado da ira sobrenatural. Sobretudo, impressionantemente, 
ele teria escrito que os desequilíbrios no pensamento e no comportamento seriam elementos de 
“ocorrência natural do corpo”, em particular, vindos do cérebro.
Durante a Idade Média, ter uma pessoa mentalmente considerada debilitada na família suge-
riria um defeito hereditário e desqualificador na linhagem, de maneira a lançar dúvidas quanto à 
posição social e a viabilidade de toda a família, tamanho era o estigma. A prisão perpétua não estava 
fora de questão. Durante a Idade Média na Europa, pessoas com dificuldades mentais poderiam 
ser sujeitas a punições físicas, geralmente espancamentos, como uma forma de represália por 
seu comportamento antissocial e indesejado. Algumas vezes, até como tentativa de literalmente 
expulsar seus males.
Já no início da Idade Moderna, fim do século XV e início do século XVI, outras opções de tra-
tamento além das limitações do cuidado familiar (ou custódia) se fariam presentes, como as casas 
de trabalho – que nada mais seriam que paróquias vinculadas à igreja oferecendo alojamento, 
cuidados e alimentação básica aos mais pobres e mentalmente enfermos em troca de trabalho.
O clero nas respectivas igrejas desempenhou um papel fundamental no tratamento recebido 
pelas pessoas em dificuldades mentais da época, uma vez que práticas médicas eram consideradas 
como uma extrapolação lógica do dever dos sacerdotes, entendido que estes deveriam fazer o que 
pudessem para tratar dos males de seu povo. Se uma família pudesse pagar por cuidados especiais, 
eles poderiam enviar a pessoa amada para uma casa particular, de propriedade e operada por 
membros do clero que se esforçariam para oferecer algum tratamento e conforto.
As mudanças das concepções equivocadas sobre a saúde mental, começaram em Paris, no ano 
de 1792, sob os estudos do Dr. Philippe Pinel quando desenvolveu a tese de que pessoas psicologi-
camente enfermas precisariam de cuidados gentis para melhorar suas condições de saúde mental 
ao contrário da recorrente violência. Ele ordenaria que as instalações sob seus comandos fossem 
limpas, que os pacientes fossem desencadeados e colocados em quartos com luz solar, autorizados 
a se exercitarem livremente dentro do hospital e que sua qualidade de cuidado fosse melhorada.
No século XX, historiadores e médicos contemporâneos argumentariam que o método moral 
simplesmente não era funcional como parecia ser. Após este período, a conversa sobre tratamentos 
e saúde mental estava pronta para dar um grande passo adiante. Surgia a figura de Sigmund Freud 
inovando os aspectos acerca das doenças mentais.
a importância da saúde mental 3
Fonte:https://blog.cenatcursos.com.br/a-historia-da-saude-mental-do-antigo-ao-contempo-
raneo/
casos de depressÃo e sUicÍdio
O suicídio não é um fenômeno recente, mas os números têm impactado tão fortemente os 
órgãos internacionais de saúde que não há dúvidas: estamos diante de um grave problema de saúde 
pública. No Brasil, cerca de 12 mil pessoas tiram a própria vida por ano, quase 6% da população. 
No mundo, são cerca de 800 mil de suicídios anuais. O Brasil só perde para os EUA. Não existe um 
motivo único que leve à depressão, independentemente da idade do paciente. A genética é um dos 
fatores de risco e pode determinar se uma pessoa tem ou não tendência a desenvolver a doença, 
mas outros fatores funcionam como gatilhos, como a pressão da vida moderna e as expectativas 
colocadas nos jovens pela sociedade e pela família.
No mundo, as notificações apontam para um suicídio a cada 40 segundos. No Brasil, a cada 46 
minutos uma pessoa tira a própria vida. Uma realidade devastadora quando se identifica o perfil 
das vítimas brasileiras: a maioria é homem, negro, com idade entre 10 e 29 anos, segundo dados do 
Ministério da Saúde avaliados nos últimos quatro anos e divulgados numa pesquisa no ano passado.
Segundo o psiquiatra Rodrigo de Almeida Ramos, os índices apontam que em mais de 90% dos 
pacientes que se suicidaram havia uma doença mental relacionada. “Na grande maioria dos casos, 
o diagnóstico associado era de depressão”, ressalta o médico. Principalmente entre os jovens, cerca 
de 96,8% dos casos de suicídio estavam relacionados a transtornos mentais. Em primeiro lugar está 
a depressão, seguida do transtorno bipolar e abuso de drogas. Também são fatores de risco para o 
suicídio situações como desemprego, sensações de vergonha, desonra, desilusões amorosas, além 
de antecedentes de doenças mentais. Mas a notícia mais impactante é: a OMS também afirma que 
o suicídio tem prevenção em 90% dos casos.
POLARIZAÇÃO 
POLÍTICA NO BRASIL 
CONTEMPORÂNEO
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POLARIZAÇÃO POLÍTICA NO BRASIL 
CONTEMPORÂNEO
COMO ESSA POLARIZAÇÃO AFETA AS RELAÇÕES SOCIAIS
Quando se fala da política contemporânea, é muito comum ouvirmos falar também de pola-
rização. Mas, afinal, o que é polarização e por que ela é tão abordada? Na política, o significado 
estrito de polarização é simplesmente a divisão de uma sociedade em dois polos a respeito de um 
determinado tema. Porém, essa palavra tem sido usada de um modo mais negativo: polarização 
é como chamamos a disputa entre dois grupos que não dialogam entre si, que se fecham em suas 
convicções e não estão dispostos ao diálogo.
Nosso cérebro foi programado para encontrar conviver, se adaptar e fazer dos grupos sociais 
parte de nossa identidade e manter-se fiel ao máximo possível a eles. Dessa forma, sentimos prazer 
ao agir desse modo, enquanto mudar de ideia e se opor ao grupo com o qual nos identificamos é 
altamente desconfortável.
Ao longo dos séculos, a humanidade refinou sua organização, entendeu como sociedades 
funcionam e criou sistemas para organizar o poder de forma mais justa. Uma das inovações foi a 
democracia. Por meio da democracia, não seria necessário usar a força para chegar ao poder: a 
disputa não aconteceria por meio da violência, mas pela discussão de ideias e apresentação de 
propostas para melhorar a vida de todos. Quem convencesse mais cidadãos e conseguisse mais 
votos chegaria aos postos de comando.
Não é à toa que a democracia vai muito além do voto. Como apontam Steven Levitsky e 
Daniel Ziblatt no best-seller “Como as democracias morrem”, ela requer respeito a regras comuns, 
reconhecimento da legitimidade dos adversários (ou seja, tratá-los como competidores legítimos 
dentro de uma disputa igualitária),tolerância e diálogo.
O excesso de polarização compromete todos esses quesitos. Em uma sociedade concentrada 
em dois lados radicalizados, adversários são vistos como inimigos, o diálogo não é incentivado – ou 
mesmo é condenado – e transgredir as regras parece justificável.
Quem procura se manter fora desses dois grupos, apresentando outras visões e ideias, ou 
mesmo quem defende que ambos os lados têm suas falhas e virtudes, é tratado como �isentão�. 
As alternativas que fogem às duas apresentadas acabam sendo invalidadas.
DAS REDES SOCIAIS ÀS GUERRAS CULTURAIS
Se a tendência à polarização existe no próprio cérebro humano e nos acompanha há tanto 
tempo, por que esse fenômeno tem ganhado tanto destaque atualmente? Uma possível resposta é 
que o ambiente criado nas últimas décadas favorece essa tendência. É possível reunir alguns fatores 
para explicar o crescimento da polarização no mundo.
ͫ	 Redes sociais:
O primeiro fator que podemos citar são as redes sociais. Com tanta informação disponível 
dentro de cada uma delas, são usados códigos para determinar quais conteúdos chegarão até nós. 
Esses códigos, chamados de algoritmos, favorecem os conteúdos e informações que se encaixam 
com a nossa visão de mundo, pois estes nos dão prazer e têm maior chance de serem consumidos.
O problema é que esse processo resulta na criação de bolhas. Cada indivíduo acaba tendo 
contato apenas com opiniões, notícias, artigos, vídeos e imagens que reforçam suas crenças. Pontos 
POLARIZAÇÃO POLÍTICA NO BRASIL CONTEMPORÂNEO 3
de vista diferentes, por outro lado, têm chance mínima de furar essa bolha e nos atingir. O resultado: 
cada pessoa consolida e reforça as ideias que já tem e passa a ter mais certeza de que está certa 
em seus julgamentos. As visões discordantes se tornam cada vez mais estranhas, absurdas e, no 
ponto máximo, inaceitáveis.
ͫ	 Políticos e lideranças:
A polarização crescente é promovida por aqueles que se favorecem dela. Políticos, partidos 
e grupos mais extremistas se alimentam do descontentamento e da intolerância para ganhar mais 
apoio a suas ideias. Afinal, medidas extremas têm maior chance de aceitação quando se vê o outro 
grupo como um inimigo perigoso que é preciso eliminar, ao invés de um concorrente no debate.
Além disso, quanto pior o “inimigo” parece, mais soa justificável quebrar regras. Não à toa, 
um estudo mostrou que a polarização favorece a ascensão de líderes populistas “iliberais”, ou seja, 
que têm pouco apreço às normas democráticas e às limitações de poder.
ͫ	 Guerra cultural
Esse termo se refere a uma mudança no debate político ocorrido nos Estados Unidos a partir 
da década de 1990, e posteriormente no Brasil. O foco da disputa deixou a economia e as políticas 
públicas e passou para questões relacionadas a cultura, costumes e comportamento.
Por exemplo: os dois lados dão menor importância a propostas concretas, como um plano de 
política econômica, e colocam no centro da discussão questões de cunho moral, como a descri-
minalização do aborto e a educação sexual em escolas. O professor e pesquisador Eduardo Wolf, 
autor do livro “Guerra cultural: ideólogos, conspiradores e novos cruzados”, define a guerra cultural 
como “uma luta pela alma da nação”.
Dois grupos, geralmente conservadores e progressistas, discordam a respeitoda identidade de 
seu país ou sociedade e veem o antagonista como um inimigo que precisa ser silenciado. Ou seja, a 
tensão e a polarização se tornam maiores. Para entender melhor as consequências da polarização, 
é útil analisar como ela afeta as sociedades e seus indivíduos.
No nível individual, a ciência já descobriu que, em muitos casos, uma opinião formada sobre 
determinado assunto importa mais do que os fatos relacionados a ele. Isto é, evidências têm pouco 
poder para mudar a visão de mundo de uma pessoa. Isso acontece por meio do “raciocínio moti-
vado”. O termo se refere ao modo como tendemos a dar mais valor a fatos e informações que 
reforçam nossas opiniões e menos valor àqueles que as contrariam.
Um ambiente polarizado, sem tolerância e respeito a opiniões discordantes, reforça esse com-
portamento. O ambiente é criado pela propensão a sermos fiéis a grupos e, por sua vez, reforça essa 
propensão, como num ciclo. Nesse sentido, é possível entender por que fake news se espalham com 
facilidade: elas se aproveitam da nossa vontade de acreditar em notícias que corroboram nossas 
ideias, independentemente da sua veracidade. A fidelidade a um grupo, principalmente quando o 
assunto é política, também está relacionada à identidade que assumimos. Por conta disso, é mais 
difícil mudar de opinião a respeito de temas políticos do que aqueles relacionados a outros campos, 
como a ciência. Porém, quando uma discussão científica se aproxima da política, ela também acaba 
sendo envolvida na polarização.
No Brasil, os pesquisadores Pablo Ortellado e Márcio Moretto Ribeiro identificaram uma 
mudança no comportamento de usuários do Facebook. Quando o assunto era política, havia, até 
2013, seis principais comunidades, divididas por suas preferências e prioridades. A partir das mani-
festações de junho daquele ano e das eleições presidenciais de 2014, essas comunidades se dividiram 
em apenas dois grupos mais afastados e polarizados: progressistas e conservadores. Em relação à 
política institucional, o processo decisório corre o risco de travar quando dois lados não conseguem 
formar acordos mínimos. Essa consequência é mais clara nos Estados Unidos, onde apenas dois par-
tidos disputam o poder e, cada vez mais distantes, chegam a parar o país em votações fundamentais.
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Fonte: politize.com.br
O FUNCIONAMENTO 
DA COREIA DO 
NORTE E COREIA DO 
SUL
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O FUNCIONAMENTO DA COREIA DO NORTE E COREIA 
DO SUL
UM DOS PAÍSES MAIS FECHADOS DO MUNDO
CONTEXTO HISTÓRICO E SOCIAL
Oficialmente conhecida como República Democrática Popular da Coreia, o país socialista tem 
cerca de 25 milhões de habitantes. Os norte-coreanos quase não têm contato com o mundo externo, 
não têm acesso à internet e estão em constante vigilância. Os estrangeiros também têm visitas 
restritas ao país. O turismo só pode ser realizado com o acompanhamento de agências de viagens 
e não é possível interagir livremente com a população local. Os cidadãos devem adoração ao líder 
e qualquer manifestação contrária ao governo é considerada crime. Os presos políticos do país 
são enviados para campos de trabalho, onde passam fome, são torturado e forçados a trabalhar.
No início do século XX, a península coreana foi invadida e dominada pelo Japão. O Japão passava 
por uma fase de expansão imperialista e avançava sobre a ásia continental para conquistar novos 
territórios. Na Europa, a Alemanha de Hitler e a Itália de Benito Mussolini também empreendiam 
ações para conquistar novos territórios. A partir do ano de 1936, essas três nações tornaram-se 
aliadas e formaram o grupo do Eixo, que seria derrotado na Segunda Guerra Mundial. Ao final desse 
conflito, as nações que pertenciam ao grupo dos Aliados expulsaram o Japão da península coreana 
e a dividiram entre as duas maiores potências naquele momento: União das Repúblicas Socialistas 
Soviéticas (URSS) e Estados Unidos. A parte do norte ficou sob controle da URSS e o sul, dos Estados 
Unidos. A linha que dividia os dois territórios é conhecida como paralelo 38.
Em 1948, soviéticos e americanos saem da península e dois governos são formados. A Coreia 
do Norte passa a ser governada por Kim Il-Sung, que permanece 46 anos no poder, até a sua morte. 
Em 1950, Kim Il-Sung envia tropas para o sul e assim se inicia a Guerra da Coreia, que durou 3 anos 
e deixou cerca de 2,5 milhões de mortos e feridos. Em 1953 foi assinado um cessar fogo entre os 
dois governantes, porém um acordo de paz nunca foi assinado. Isso significa que as duas coreias, 
oficialmente, permanecem em guerra até os dias atuais.
A Coreia do Norte dependia economicamente da União Soviética, mas quando esta chegou ao 
seu fim, em 1991, o país sofreu umduro golpe econômico. Com o fim do apoio da URSS, somado à 
ocorrência de fenômenos climáticos intensos, a Coreia do Norte enfrenta uma grande fome entre 
os anos 1994 e 1998. Acredita-se que o número de mortos possa ter passado de 3 milhões nesse 
período. Kim Il-Sung morre em 1994 e seu filho, Kim Jong-Il assume a liderança do país em 1997, 
posição que ocupa até 2011, ano de sua morte. Nesse ano, Kim Jong-Un assume a chefia do Estado.
SISTEMA BÉLICO ATUAL
A Coreia do Norte tem hoje, além de ogivas nucleares, um míssil balístico intercontinental e 
é considerada uma das maiores ameaças atômicas do mundo. Por esse motivo, desde 2006, o país 
vem sofrendo embargos e sanções da comunidade internacional, o que faz crescer o isolamento 
do país. Em 2018, os líderes da Coreia do Norte e Coreia do Sul se encontraram na fronteira. Foi a 
primeira vez, desde 1953, que os chefes das duas coreias cruzaram a fronteira.
Em 2019, Kim Jong-Un se encontra com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O 
objetivo era chegar a um acordo sobre a desnuclearização da península coreana, porém um acordo 
não foi feito e a desconfiança e apreensão sobre os avanços nucleares da Coreia do Norte continuam.
O fUNCIONAMENTO dA COREIA dO NORTE E COREIA dO SUL 3
A COREIA DO SUL
A Coreia do Sul é instituída em 1948, sob um regime democrático, após um conflito entre as 
duas Coreias, que foi encerrado com um cessar-fogo incômodo. Após a Segunda Grande Guerra os 
russos se instalaram no norte da Coréia, enquanto o sul ficou sob o domínio dos Estados Unidos, 
o que posicionou as duas regiões em uma guerra que praticamente destruiu o país. A República 
Coreana atravessou uma era marcada pela ditadura militar, quando sua economia teve um impor-
tante desenvolvimento, convertendo-se em uma das mais importantes do Planeta, e finalmente o 
país se converteu em uma democracia integral, adotando a república baseada no poder do presi-
dente. Seus habitantes detêm um alto poder aquisitivo e a vida econômica está focada especialmente 
nas exportações de produtos eletrônicos, automóveis, navios, e na robótica.
Os coreanos seguem principalmente o budismo tradicional, laço em comum com a China. Há, 
porém, um amplo panorama de religiões cristãs, particularmente de católicos e protestantes, esti-
muladas pela herança recebida de uma prática religiosa ancestral da Península, o confucionismo. 
Até mesmo a produção artística da Coréia do Sul tem sido marcada pela presença de elementos 
budistas; várias obras arquitetônicas são encontradas em templos e jazigos que exercitam o budismo. 
Destaca-se igualmente a cerâmica elaborada neste país, legada de geração para geração.
COREIA dO SUL ATUAL
A capital da Coreia do Sul, Seul, é considerada a maior metrópole do mundo, além de ser uma 
das cidades mais importantes do Planeta. É uma região que engloba, aproximadamente, 48 milhões 
de habitantes o que torna o país com uma das maiores densidades demográficas do mundo. Em razão 
do grande desenvolvimento econômico e industrial realizado na Coreia do Sul a partir da década 
de 1970, o país tornou-se um dos “Tigres Asiáticos”. A economia nacional cresceu, em média, 9,1% 
ao ano entre 1980 e 1993, uma das taxas mais altas do mundo. O país aderiu à Industrialização 
Orientada para a Exportação (IOE), com destaque para os produtos eletrônicos e automóveis. Entre 
as principais empresas sul-coreanas estão a Hyundai, Daewoo, Samsung e Lucky Gold Star.
Localizada no sudeste da Ásia, a República da Coreia, mais conhecida por Coreia do Sul, é um 
país originado da divisão do território da antiga Coreia que, após a Segunda Guerra Mundial (1945), 
foi fragmentada em duas porções, dando origem à Coreia do Norte (comunista) e à Coreia do Sul 
(capitalista). Essa divisão teve como critério a passagem do paralelo 38° norte. Esses dois novos 
países nunca atingiram estabilidade nas relações políticas, e o programa nuclear da Coreia do Norte 
tem aumentado as tensões entre as duas nações, que tecnicamente estão em guerra desde 1950. 
Em comparação com a Coreia do Norte, a Coreia do Sul está muito à frente no quesito desenvolvi-
mento. Um dos exemplos que comprovam é o IDH do país no valor de 0,877. Por conta disso, o país 
ocupa da 12 posição no ranking dos país do mundo. Além disso, os sul-coreanos possuem uma das 
menores taxas de mortalidade infantil do mundo com 4 óbitos a cada mil crianças que nascem vivas.
A Coreia do Sul apresenta excelentes indicadores sociais, diferentemente da vizinha Coreia do 
Norte. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) sul-coreano é considerado muito alto: 0,877, 
ocupando o 12° lugar no ranking mundial. A taxa de mortalidade infantil é uma das menores do 
planeta: 4 óbitos a cada mil nascidos vivos. Outros aspectos positivos são a eficácia do sistema 
educacional, os serviços de saneamento ambiental e o sistema de saúde.
Fonte: conhecimentocientifico.com.br
O PODER DO VOTO E 
DA DEMOCRACIA
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O PODER DO VOTO E DA DEMOCRACIA
COMPREENDENDO A DEMOCRACIA
Palavra de difícil definição, a democracia abriu espaço para a participação política popular em 
diferentes sociedades e épocas, além de possuir tipos diversos.
O termo democracia tem origem grega, podendo ser etimologicamente dividido da seguinte 
maneira: demos (povo), kratos (poder). Em geral, democracia é a prática política de dissolução, de 
alguma maneira, do poder e das decisões políticas em meio aos cidadãos.
ORIGEM:
A democracia ocidental tem origem em Atenas, na Grécia Clássica. Os gregos antigos criaram a 
ideia de cidadania, que se estendia àquele que é considerado cidadão e poderia, portanto, exercer 
o seu poder de participar da política da cidade.
A democracia grega era restrita e essa ideia começou a mudar a partir da Revolução Francesa 
e do Iluminismo moderno, que, por meio do republicanismo, passaram a advogar por uma parti-
cipação política de todas as classes sociais. Ainda na Modernidade, apesar de avanços políticos e 
de uma ampliação do conceito de democracia, as mulheres não tinham acesso a qualquer tipo de 
participação democrática ativa nos países republicanos, fato que somente começou a ser revisto 
com a explosão do movimento feminista das sufragistas, que culminou na liberação, pela primeira 
vez na história, do voto feminino, na Nova Zelândia, em 1893.
Apesar de conhecermos de perto a democracia, o conceito que designa a palavra é amplo e 
pode ser dividido e representado de diferentes maneiras. Não existindo apenas um tipo de regime 
político democrático, a democracia divide-se, basicamente, em: direta, participativa e representativa.
ͫ	 Tipos de democracia
As democracias podem ser classificadas quanto aos tipos diferentes, com base no modo como 
se organizam, e também podem apresentar diferentes estágios de desenvolvimento. Por isso, o 
termo é amplo e de difícil definição, pois o simples ato de dizer que “a democracia é o poder do 
povo” ou de associar democracia à prática de eleições não define o conceito em sua totalidade.
PODEMOS ESTABELECER TRÊS TIPOS BÁSICOS DE DEMOCRACIA:
ͫ	 Democracia direta
É a forma clássica de democracia exercida pelos atenienses. Não havia eleições de representan-
tes. Havia um corpo de cidadãos que legislava. Os cidadãos reuniam-se na ágora, um local público 
que abrigava as chamadas assembleias legislativas, onde eram criadas, debatidas e alteradas as 
leis atenienses. Cada cidadão podia participar diretamente emitindo as suas propostas legislativas 
e votando nas propostas de leis dos outros cidadãos.
Os cidadãos atenienses tinham muito apreço por sua política e reconheciam-se como privile-
giados por poderem participar daquele corpo tão importante para a cidade, por isso eles levavam a 
sério a política. Os cidadãos preparavam-se, mediante o estudo da Retórica, do Direito e da Política, 
para as assembleias. Eram considerados cidadãos apenas homens, em sua maioridade, nativos de 
Atenas ou filhos de atenienses e livres. As decisões, então, eram tomadas por todos, o que era viável 
devido ao

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