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Pib Potencial e efetivo

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Disciplina: Economia Empresarial
Aula 7: O crescimento econômico e a produtividade: PIB potencial e efetivo
Apresentação
Vamos estabelecer os conceitos de PIB efetivo e PIB potencial, evidenciando suas diferenças e importância para a
economia de um país, bem como o significado e cálculo do hiato do PIB.
Conceituaremos o desemprego e seus diferentes tipos e o conceito de população economicamente ativa e de taxa
de desemprego.
Mostraremos a importância do crescimento econômico para a economia dos países e apresentaremos os fatores
que o determinam. Outro assunto a ser abordado será o conceito de produtividade e seus determinantes, bem
como exemplos e comparativos da produtividade no Brasil e em outros países.
Por fim, estudaremos as políticas econômicas que podem ser adotadas para aumentar a produtividade e como
podem ser implementadas.
Objetivos
Descrever o conceito e o cálculo do PIB efetivo e potencial de um país e o hiato do PIB;
Reconhecer a importância do crescimento econômico para a economia dos países e seus determinantes;
Avaliar a ligação entre a produtividade e as políticas econômicas adotadas por um país.
Os fatores de produção
De início vamos ampliar o conceito visto de recursos produtivos, ou fatores de produção, utilizados na
produção de produtos e serviços:
Reservas naturais ou terra
Trabalho ou mão de obra 
Capital físico
Capital humano 
Conhecimento tecnológico 
Capacidade empresarial
Trabalho ou mão de obra
Trabalho ou mão de obra corresponde à população que se encontra disponível para o trabalho.
Capital humano
Já o capital humano refere-se aos recursos gastos para transmitir o conhecimento à força de trabalho,
representando o conhecimento e as habilidades que os trabalhadores adquirem por meio de educação,
treinamento e experiência.
Capacidade tecnológica
O conhecimento tecnológico refere-se ao saber que a sociedade possui sobre as melhores maneiras de
produzir bens e serviços.

Comentário
O conhecimento tecnológico se refere ao como produzir. Já o capital humano se refere aos recursos
gastos para transmitir o conhecimento à mão de obra.
Os fatores de produção que acabamos de ver são utilizados e remunerados pelas empresas que produzem
os bens e serviços necessários. Observe no esquema abaixo:
1
2
3
1
2
3
Se compararmos a economia de hoje com a do passado, veremos muitas diferenças resultantes:

Do uso mais eficiente dos recursos

Das fontes de energia e dos materiais empregados

Da introdução de novos materiais e produtos

Do desenvolvimento de novos processos de produção
Essa relação entre os insumos utilizados na produção e a quantidade de produtos pode ser obtida
utilizando a função de produção, assim expressa:
Y = A F (L, K, H, N)
Y
Quantidade produzida
L
Quantidade de trabalho
K
Quantidade de capital físico
H
Quantidade de capital humano
N
Quantidade de recursos naturais
F
Função que mostra como os insumos são combinados para gerar o produto
A
Variável que representa a tecnologia produtiva disponível, sendo que, à medida que A aumenta quando a
tecnologia é aperfeiçoada, a economia produz mais a partir de qualquer combinação de fatores
PIB real
No Brasil, assim como em outros países, o PIB real tem crescido, observando-se, porém, uma instabilidade
em sua taxa de crescimento.
Ocorrem períodos de expansão econômica, com elevadas taxas de crescimento do PIB, seguidas de
períodos de redução no crescimento econômico.
Tais flutuações nas taxas de crescimento do PIB real são chamadas de
ciclos econômicos, que alteram fases de crescimento e de redução de
crescimento.
Ciclos Econômicos
Quando o PIB real está em fase de crescimento, diz-se que uma economia está em período de boom ou
aquecida.
Na situação oposta, diz-se que a economia inicia um processo de recessão ou contração. Quando uma
recessão se prolonga e ocorre forte redução da atividade econômica, identifica-se uma fase de depressão.
Observe três características importantes:
1
As flutuações econômicas são irregulares e imprevisíveis. Nos períodos de expansão da atividade
econômica, as empresas têm clientes abundantes e os lucros crescentes. Nos períodos em que o PIB real
cai, a atividade econômica se retrai e as empresas registram queda nas vendas e diminuição nos lucros.
Historicamente, recessões podem ocorrer próximas umas das outras ou a economia passar longos períodos
sem recessão.
2
A maior parte das variáveis macroeconômicas flutua conjuntamente. Quando o PIB real cai, durante uma
recessão, também cai a renda pessoal, os lucros das empresas, as despesas de consumo, a produção
industrial, as despesas de investimento, as vendas no comércio varejista, as vendas de imóveis
residenciais etc.
3
Com a queda da produção, o desemprego cresce. As variações na produção de bens e serviços estão
fortemente correlacionadas com o emprego de mão de obra na economia. Isso é de fácil observação, pois,
se as empresas produzem menor quantidade de produtos ou serviços, elas optam por demitir
trabalhadores.
Ofertantes x Demandantes de trabalho
As flutuações no nível do PIB influenciam a demanda e a oferta de trabalho. Entenda que os trabalhadores
são os ofertantes de mão de obra e as empresas são os demandantes de trabalho.
Para medir as condições do emprego, os economistas usam o conceito de população em idade ativa (PIA),
ou seja, quem tem mais de 16 anos de idade.
No Brasil, existem crianças com 10 anos que já participam de atividades de trabalho na área rural, sendo
este o limite inferior considerado.
A PIA pode se dividir em duas categorias:
Taxa de desemprego
É o principal instrumento de medida das condições do mercado de trabalho e calculada da seguinte forma:
 x 100
Existem muitas situações nas quais as pessoas não são contadas como desempregadas, tais como:
Aposentadoria
Invalidez 
ou doença
Trabalho feito em domicílio
Frequentando a escola
Alguns economistas preferem outro indicador — relação emprego/população —, considerado mais objetivo
e com mais conteúdo de informação que a taxa de desemprego. Veja:
 x 100
Tipos de desemprego
Friccional
É causado por mudanças no mercado de trabalho. Este desemprego ocorre pela falta de informação
perfeita entre trabalhadores e empregadores. Assim, essa falta de informação, que tem um custo e
pode ser escassa, dificulta que empregados e empregadores identifiquem as melhores alternativas.
Observe:
Número de pessoas desempregadas
Número de pessoas na força de trabalho
Número de pessoas empregadas com 10 anos ou mais
Total da população com 10 anos ou mais
Por um lado... 
Os empregadores não dispõem de informação perfeita sobre a disponibilidade de trabalhadores com
suas respectivas habilidades e qualificações.
Por outro lado... 
Os trabalhadores não dispõem de informações completas sobre a disponibilidade de empregos
oferecidos pelos empregadores.
Estrutural
Ocorre devido a características estruturais da economia. Dessa forma, para os trabalhadores, é difícil
encontrar os empregos disponíveis e, para os empregadores, não é fácil encontrar os trabalhadores
qualificados para os postos de trabalho ofertados. Embora existam vagas disponíveis para os
trabalhadores, as qualificações requeridas diferem daquelas que os desempregados possuem.
Uma explicação para a ocorrência do desemprego estrutural são as mudanças do mercado e da
tecnologia (introdução de novos produtos e de novas tecnologias). A “revolução dos computadores”
substitui mão de obra e exclui trabalhadores não qualificados para postos que exigem adaptações a
novas tecnologias.
A diferença entre o desemprego friccional e o estrutural é que, no primeiro, os trabalhadores possuem
a qualificação para ocupar os postos de trabalho e, no segundo, não possuem a qualificação exigida
pelos empregosdisponíveis.
Cíclico
Ocorre quando há uma contração da economia de um país. Este passa a produzir menos bens em um
tipo de indústria, e por consequência, os empregadores dispensam os empregados.
Política macroeconômica
Os resultados da política macroeconômica podem ser aferidos por diferentes indicadores de desempenho
como:
As taxas de crescimento do PIB
As taxas de desemprego
Os índices gerais de preço
Muitas vezes, a economia como um todo pode apresentar resultados satisfatórios em alguns indicadores e
menos satisfatórios em outros. Da mesma forma, as taxas de crescimento podem variar bastante conforme
o grau de desenvolvimento dos países.
Se compararmos economias de países desenvolvidos com as de países emergentes, veremos que:
 
Países emergentes 
As taxas de crescimento do PIB podem ser mais altas, pois são submetidas a altas pressões de
crescimento demográfico, e suas atividades produtivas ainda têm potencial a explorar.
 
Países desenvolvidos 
O crescimento demográfico é baixo e o PIB per capita e outros índices de bem-estar já estão consolidados,
sofrendo as taxas de crescimento do PIB acréscimos menores.
PIB atual x PIB potencial
A política macroeconômica também sofre influências do PIB atual e do PIB potencial. Veja:
PIB atual ou efetivo
É o PIB realmente observado, isto é, o que resulta do emprego corrente dos fatores de produção.
PIB potencial
É atingido quando os fatores de produção estão plenamente empregados. Quando o PIB efetivo se
iguala ao PIB potencial, define-se uma situação típica de pleno emprego dos fatores de produção.
O PIB potencial pode aumentar por duas razões:
Aumento da quantidade utilizada de cada fator de produção;
Aumento da produtividade dos fatores de produção.
A variação do PIB potencial depende dos seguintes itens:
Disponibilidade dos fatores de produção (terra, recursos naturais, trabalho, capital), que definem
o potencial de produção de uma economia em dado momento;
Qualificação dos fatores de produção, notadamente do trabalho, que melhora a produção de uma
economia;
Relação entre os fatores de produção, ou seja, o crescimento do fator de produção do capital em
referência aos demais fatores define os padrões de produtividade, podendo variar o potencial de
produção de uma economia;
Alterações de ordem tecnológica e na eficiência do processo produtivo das economias, à medida
que inovações e melhorias tecnológicas influem positivamente no potencial de produção de uma
economia.
A variação no PIB efetivo depende dos seguintes aspectos:
Objetivos definidos pelos gestores das políticas macroeconômica — tais como a estabilização da
economia —, contraindo ou expandindo a demanda total e o emprego, o que aumenta a
produção;
Políticas econômicas para alcançar os objetivos citados: cortes ou expansão das despesas,
consumo e investimento do governo, expansão ou redução da carga tributária (cobrança de
impostos), restrição ou liberação do crédito, abertura ou proteção das importações, restrição ou
liberação dos capitais de risco externos e contenção ou aumento dos salários;
Clima dos negócios realizados na economia e da confiança na política econômica adotada e das
expectativas dos consumidores e empresários na evolução geral da economia;
Desempenho econômico do resto do mundo, o que pode afetar a economia de um país.
Atividade
1. Marque V nas verdadeiras e F nas falsas alternativas que influenciam a variação do PIB potencial:
a) Relação entre os fatores de produção
b) Alterações de ordem tecnológica e eficiência do processo produtivo de economias
c) Qualificação dos fatores de produção
d) Clima dos negócios realizados na economia
e) Desempenho econômico do resto do mundo
f) Disponibilidade dos fatores de produção
Hiato do PIB
É um indicador-síntese do desempenho macroeconômico, que mede a distância entre o PIB potencial e o
PIB efetivo. Ele é expresso pela relação a seguir, evidenciando a ocorrência de desemprego e ociosidade da
economia:
Hiato do PIB = x 100
Veja, a seguir, um exemplo de como o Hiato do PIB é calculado:
Ano Em R$ bilhões 
PIB 
potencial
PIB efetivo PIB potencial 
- 
PIB efetivo
% 
Hiato do PIB
2009 180 170 10 5,5
PIB potencial − PIB efetivo
PIB pontencial
2010 190 175 15 7,9
2011 210 190 20 9,5
A relação entre o PIB potencial e o efetivo
A relação entre o PIB potencial e o efetivo reflete os ciclos econômicos.
Nas fases de boom ou expansão econômica, o PIB efetivo se expande e pode exceder o PIB potencial de
longo prazo, enquanto que nas recessões o PIB efetivo é sempre inferior ao potencial.
Quando o hiato do PIB aumenta, a ociosidade da economia eleva-se, ou
seja, a economia não está produzindo a totalidade do que poderia.
Havendo igualdade (PIB efetivo = PIB potencial), significa que a economia está em uma situação de pleno
emprego dos fatores produtivos.
Crescimento econômico
Pode-se dizer que o PIB potencial indica a capacidade de crescimento da economia no longo prazo,
enquanto que o PIB efetivo mostra as oscilações do PIB no curto prazo.
Dessa forma, o crescimento econômico refere-se não aos aumentos e às diminuições das taxas de
crescimento no curto prazo, mas ao crescimento do PIB potencial ou produto de pleno emprego mensurado
em períodos mais longos.
O crescimento econômico depende dos aumentos na quantidade e qualidade dos dois insumos básicos no
processo de produção — capital e trabalho — e da melhoria do modo como esses insumos são combinados.
Veja, a seguir, os fatores determinantes para o crescimento do PIB:
Aumento no tamanho da força de trabalho;
Aumento na qualidade da força de trabalho;
Aumento no tamanho do estoque de capital físico (instalações produtivas, equipamentos etc.);
Aumento na qualidade do estoque de capital físico (instalações produtivas, equipamentos etc.);
Melhorias na forma pela qual o capital e o trabalho são combinados para a produção.

Exemplo
A melhora no relacionamento entre patrões e empregados, maior grau de especialização, migração de
trabalhadores de áreas de baixa produtividade para áreas de mais elevada produtividade, dentre
outras.
Um conceito associado ao crescimento econômico é o aumento do padrão de vida da população
determinado pela produtividade da economia, geralmente medida como produção por hora de trabalho.
O aumento da produtividade resulta de:
Aumentos no 
capital físico
Melhorias na qualidade 
do trabalho
Capital
Aperfeiçoamento na maneira como o capital e o trabalho são
combinados
O papel de cada um dos fatores de aumento da produtividade, pode ser afetado pelas características
institucionais da economia, como:
Cultura da ética nas relações de trabalho
Iniciativa 
empresarial
Habilidade da população em se ajustar às mudanças
Crescimento econômico e produtividade
Podemos verificar que os países apresentam grandes variações em seus padrões de vida.
Em países mais ricos como
os Estados Unidos, a Suécia
e a Alemanha, seus
habitantes usufruem de
melhor nutrição e moradias
mais seguras.
Também contam com melhor
atendimento de saúde e
possuem maior expectativa
de vida do que os habitantes
dos países mais pobres,
como o Haiti, a Somália, a
Guiné Equatorial e o Congo,
por exemplo.
Até dentro de um mesmo
país existem também
grandes disparidades de
padrão de vida, nas
diferentes regiões que o
integram, como ocorre no
Brasil.
Países como Taiwan,
Cingapura e Coreia do Sul
apresentaram altas taxas de
crescimento e, no espaço de
uma geração, alteraram a
sua posição de país pobre
para rico.
Poderíamos nos perguntar quais fatores explicariam tais diferenças.
Vimos ainda que o PIB mede tanto a renda total auferida na economia como a despesa total gasta em bens
e serviços na mesma economia. O crescimento do PIB real é uma medida de progresso econômico.
A taxa de crescimento de um paísmede a velocidade com a qual o PIB real per capita cresceu em um ano.
Quando o PIB de um país cresce mais rápido do que a sua população, o PIB per capita (PIB por habitante)
também cresce.
O crescimento do PIB per capita significa que haverá mais bens e serviços por pessoa.

Comentário
De um modo geral, o crescimento do PIB per capita promove um padrão de vida melhor para a maior
parte das pessoas, aumentando a expectativa de vida, a escolaridade e a saúde da população em
geral. A taxa de crescimento de um país mede a velocidade com a qual o PIB real per capita cresceu
em um ano.
crescimento econômico 
X 
desenvolvimento econômico
O crescimento econômico é o crescimento contínuo da renda per capita ao longo do tempo.
O desenvolvimento econômico é mais qualitativo. Inclui as alterações da composição do produto e a
sua alocação pelos diferentes setores da economia, de forma a melhorar os indicadores do bem-estar
econômico e social.
Isso mostraria a diminuição da pobreza, desigualdade e desemprego,
como também a melhoria nas condições de saúde, nutrição, educação e
moradia.
Produtividade
Podemos definir como a quantidade de bens e serviços produzidos por trabalhador.
Podemos dizer também que a produtividade é o determinante principal do padrão de vida e que o
crescimento da produtividade é o determinante principal do crescimento dos padrões de vida.
O uso mais eficiente dos fatores de produção é o que permite o aumento da produtividade:
Por aperfeiçoamento do capital físico, aumentando a tecnologia
embutida
Pelo aprimoramento do capital humano por meio da educação
Pelo uso mais racional e intensivo dos recursos naturais
Comparando a produtividade no mundo
Vamos estabelecer um comparativo entre a produtividade de um trabalhador do Brasil e os de alguns
outros países.
O quadro abaixo mostra a evolução da produtividade da mão de obra em seis países selecionados, em um
período de aproximadamente 30 anos.
Produção por trabalhador (em US$1.000) – 1980 – 2008
1980 2008 Var. %
Argentina 21,2 24,8 17%
Chile 15,1 27,5 82%
China 1,2 10,9 778%
India 2,8 7,8 181%
Coréia 14 50 256%
Brasil 21 17,8 -15%
(Fonte: economia.estadao.com.br)
Chama a atenção o fato de que, em 1980, os trabalhadores da Argentina e do Brasil tinham apresentado
produtividades semelhantes, no nível de 21%, maior que as dos demais, sendo que nenhum deles era
considerado um país de primeiro mundo.
A comparação do Brasil com os outros dois países da América do Sul revela dados constrangedores na
evolução das produtividades de seus trabalhadores.
Enquanto a Argentina conseguiu aumento de 17% nos dez anos subsequentes e o Chile o significativo
aumento de 82%, o Brasil apresentou piora em suas estatísticas, com a diminuição de 15%. Os outros
países apresentaram aumentos admiráveis: Índia, 181%, Coreia, 256% e China, 778%.
Maior produtividade = Maior qualidade de vida?
É evidente que, em países com possibilidade de contar com trabalhadores mais produtivos, os que
produzem mais por hora trabalhada serão capazes de atingir níveis de produção mais elevados.
Se considerarmos que a maior produção significa mais bem-estar para a população, pois as pessoas vão
poder ter mais produtos ao seu dispor e ainda, que maior produção gera mais renda para a sociedade,
torna-se fácil entender que o crescimento da produtividade deve ser a meta de qualquer país que vise
melhorar a condição de vida do seu povo.
O que fazer para reverter este cenário de má
produtividade no Brasil?
Para aumentar a produtividade do trabalhador brasileiro, são necessárias diversas ações e com certeza os
governantes sabem o que fazer. Todavia, é um trabalho demorado e levaria, aproximadamente, 20 anos
para ser resolvido.
Um projeto assim pode não ser interessante para determinadas classes políticas, pois junto com o aumento
na produtividade vem a instrução e o ensino, o que, consequentemente, aumenta a cobrança por serviços
de qualidade, já que a população adquire mais senso crítico.
O investimento em processos, programas de qualidade e capacitação é um passo essencial para reverter
esse cenário. Bons exemplos de um programa similar são a Coreia do Sul e a China. A primeira é
referência em educação e indústrias, tendo a LG e Samsung como duas excelentes representantes.
O aumento de produtividade e geração de riqueza para o país propicia
um cenário rico para a inovação.
Com produtividade e inovação, consegue-se produzir mais com menos pessoas. Apenas para efeito de
comparação, enquanto a China solicitou 13.337 patentes no ano de 2010, o Brasil solicitou apenas 442, de
acordo com a consultoria norte-americana Conference Board (vide Explore +).
Enfim, é preciso reverter esse cenário e tornar o Brasil um país
competitivo e com alta produtividade.
Crescimento econômico e políticas públicas
Até aqui, verificamos que o padrão de vida de uma sociedade depende de sua capacidade de produzir bens
e serviços e que a sua produtividade depende do capital físico, do capital humano, dos recursos naturais e
do conhecimento tecnológico.
Mas surge uma questão relacionada às medidas que a política governamental pode colocar em prática para
aumentar a produtividade e o padrão de vida da população.
As políticas de governo podem influenciar a taxa de crescimento da economia de muitas maneiras:
Incentivando a poupança e o investimento
Defendendo a livre concorrência
Estimulando o investimento estrangeiro
Promovendo a educação e a saúde
Mantendo os direitos de propriedade e a estabilidade política
Promovendo pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias

Comentário
Por tudo o que vimos, fica claro que é fundamental o papel das políticas do governo para influenciar
as taxas de crescimento econômico.
Atividade
2. Analise as afirmativas abaixo e assinale a opção correta:
 a) O capital humano representa o conhecimento e as habilidades que os trabalhadores adquirem
por meio de educação, treinamento e experiência.
 b) Os recursos naturais correspondem, apenas, aos que são renováveis.
 c) A capacidade tecnológica diz respeito aos recursos gastos para transmitir conhecimento à força
de trabalho.
 d) O capital físico corresponde à população disponível para o trabalho.
3. Você já sabe que as flutuações nas taxas de crescimento do PIB real são chamadas de ciclos
econômicos. Sobre isto, analise as afirmativas abaixo e assinale a opção incorreta:
 a) Nos períodos em que o PIB real cai, a atividade econômica se retrai e as empresas registram
queda nas vendas e diminuição nos lucros.
 b) As flutuações econômicas são regulares e previsíveis, ou seja, nos períodos de expansão da
atividade econômica, as empresas têm clientes abundantes e os lucros são crescentes.
 c) O PIB real é a variável mais usada para monitorar as alterações de curto prazo na economia, por
ser abrangente e medir o valor de todos os bens e serviços produzidos em um período de tempo.
 d) As variações na produção de bens e serviços estão fortemente correlacionadas com o emprego
de mão de obra na economia.
4. Analise as opções abaixo e marque a que apresenta a fórmula de cálculo do hiato do PIB:
 a) PIB potencial - PIB efetivo
 b) (PIB potencial - PIB efetivo) x 100
 c) PIB efetivo - PIB potencial/ PIB potencial
 d) (PIB potencial - PIB efetivo/ PIB potencial) x 100
Notas
INSERIR TÍTULO AQUI1
INSERIR TEXTO AQUI
Referências
CARVALHO José L. et al. Fundamentos de economia: macroeconomia. v. 1. São Paulo: Cengage Learning, 2009.
KENNEDY, Peter E. Macroeconomia em contexto: uma abordagem real e aplicada do mundo econômico. São
Paulo: Saraiva, 2011.
MANKIW, N Gregory. Princípios da macroeconomia. São Paulo: Cengage Learning, 2009, cap. 15.
ROSSETTI, João Paschoal. Introdução à economia. São Paulo: Atlas, 1997, cap. 17.
VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval. Economia micro e macro. São Paulo: Atlas, 2002,cap. 5.
Próximos Passos
As diferenças entre os liberais, os marxistas e os keynesianos;
O papel do governo em cada uma das três escolas de pensamento;
A importância da globalização e papel das organizações internacionais no desenvolvimento do comércio.
Explore mais
No site do IBGE, há diversas informações sobre indicadores e desempenho econômicos
<https://ww2.ibge.gov.br/home/mapa_site/mapa_site.php#economia> . Acesso em: 25 jul. 2018.
A Conference Board <https://www.conference-board.org/> é uma associação internacional de pesquisa
voltada para o interesse público (conteúdo em inglês). Acesso em: 25 jul. 2018.
Interessante artigo sobre produtividade: 
PRATES, Marco. Baixa produtividade do Brasil não é culpa da educação
<https://exame.abril.com.br/economia/baixa-produtividade-do-brasil-nao-e-culpa-da-educacao/> .
Acesso em: 25 jul. 2018.

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