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Ética na Saúde APRESENTAÇÃO #CURRÍCULO LATTES# Olá! Sou a Professora Katiane Aparecida Soaigher! ● Tecnóloga em Estética e Cosmética (Unicesumar); ● Especialista em Estética Facial e Corporal (Unicesumar); ● Especialista em Fitoterapia (Instituto Sejana Martins); ● Especialista em Formação em Educação a Distância (Unip) ● Mestra em Promoção da Saúde (Unicesumar) Possuo experiência na docência presencial no curso de Tecnologia em Estética e Cosmética e como professora conteudista para diferentes Instituições de Ensino. Também já atuei como massoterapeuta e terapeuta holística. Para saber mais sobre minha trajetória profissional, deixo o acesso ao meu currículo lattes: http://lattes.cnpq.br/1400995830786985 APRESENTAÇÃO DA APOSTILA Olá, caro (a) estudante! É com prazer que apresento a disciplina Ética em Saúde, que irá abordar diversos temas pertinentes ao desenvolvimento do profissional esteta. A apostila é dividida em quatro unidades, e cada unidade apresentará discussões e temas curiosos e relevantes para as tomadas de decisões éticas durante a execução dos procedimentos estéticos e demais atitudes no ambiente de trabalho. Na unidade I, vamos conhecer os principais conceitos relacionados à ética e como eles se aplicam para a nossa profissão. Os principais conceitos discutidos serão: ética, moral, bioética, deontologia e seus conceitos. Além disso, também discutiremos sobre a conduta ética dos profissionais da saúde e os princípios da bioética, que são a autonomia, beneficiência, não maleficência e justiça. O conhecimento sobre esses termos é importante para a compreensão das tomadas de decisões no ambiente de trabalho, pois quando refletimos sobre nossos pensamentos e atitudes, temos a oportunidade de melhorarmos enquanto cidadãos e profissionais, proporcionando maior segurança aos nossos pacientes e para confiabilidade sobre a execução do nosso trabalho. Na unidade II, você irá saber mais sobre equipes multiprofissionais e como elas podem contribuir para a manutenção de um trabalho ético em clínicas de estética. As equipes multiprofissionais estão cada vez mais presentes nos diversos tipos de profissões, e para os profissionais estetas não é diferente, pois é comum a necessidade de trabalharmos com profissionais de diferentes formações para que possamos obter resultados mais satisfatórios. Você também verá como deve ser estabelecida uma relação ética entre o profissional e seu cliente ou paciente, além da ética nas pesquisas em estética. Na sequência, na unidade III falaremos a respeito do código de deontologia e sobre o órgão de classe e suas implicações para os profissionais da beleza. O estudo sobre as legislações em estética é necessário para que possamos nos resguardar de eventuais problemas judiciais e até mesmo morais. Em nossa unidade IV, vamos finalizar o conteúdo dessa disciplina falando sobre ética e beleza, trazendo o dia a dia da profissão para as reflexões éticas com exemplos clássicos de situações que podem ocorrer no ambiente laboral. Existem diversas situações que podem ocorrer em nosso trabalho e que necessitam de uma reflexão ética para que saibamos como proceder, de modo que a integridade física e moral dos nossos pacientes seja preservada. Aguardo você para essa jornada de conhecimento! Bons estudos! UNIDADE I CONCEITOS DE MORAL E ÉTICA Professora Mestra Katiane Aparecida Soaigher Plano de Estudo: • Conceitos e Definições de ética, moral, bioética; • Princípios da Bioética; • Deontologia e seus conceitos; • Campos de estudo da ética profissional. Objetivos de Aprendizagem: • Conceituar e contextualizar ética, moral, bioética, deontologia e seus conceitos; • Compreender os tipos de condutas que são consideradas éticas para os profissionais da saúde; • Estabelecer a importância da reflexão sobre os princípios da bioética. INTRODUÇÃO Durante os estudos em Estética e Cosmética, é comum pensarmos sobre como deve ser a relação entre o profissional e o paciente, não é mesmo? Até porque nossa profissão está totalmente relacionada ao atendimento a pessoas, por isso é normal que surjam algumas dúvidas sobre como essa relação deve se estabelecer. Para que possamos refletir com maior precisão sobre como deve ocorrer essa relação, é interessante que saibamos alguns importantes conceitos sobre ética, pois a ética nos traz discussões sobre a conduta humana diante de outros seres humanos, é a ética que nos traz para o conhecimento da necessidade de se importar com o outro e saber viver em sociedade. Por isso, nesta unidade, iremos conhecer os principais conceitos relacionados à ética, para que ao longo da disciplina você possa estar apto a compreender a importância de pensar antes de agir, e então irá agir com maior assertividade, pois quem pensa antes de agir, tente a cometer menos erros. Além disso, também iremos conhecer e discutir sobre os princípios da bioética, que são: autonomia, beneficência, não maleficência e justiça. O conhecimento sobre esses princípios é interessante pois nos chama a pensarmos sobre até onde o profissional pode intervir ou não, sobre os limites profissionais e sobre a importância da liberdade de escolha dos nossos pacientes, bem como sobre a nossa liberdade de recusa ou aceite para a realização ou não de procedimentos estéticos, já que nem sempre o que nosso paciente deseja é o que é correto para a manutenção de sua saúde e bem-estar. Todo esse conhecimento nos traz uma oportunidade de nos tornarmos profissionais e cidadãos melhores, pois quando pensamos nas necessidades do outro e quando refletimos sobre nossas condutas, temos então a chance de além de exercer técnicas estéticas eficazes, também trazer conforto e segurança para nossos pacientes, já que estes irão se sentir respeitados e valorizados com atendimentos que preservam sua saúde e sua integridade moral. 1 CONCEITOS E DEFINIÇÕES DE ÉTICA, MORAL E BIOÉTICA https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/cartoon-businessman-balancing-cross-tick- symbol-335677604 Ética é uma palavra comum, que escutamos e falamos rotineiramente, não é mesmo? Ética é um termo comum a ser mencionado no ambiente escolar, profissional e pessoal. É uma palavra que aparece nos debates políticos e que está fortemente associada a tomadas de decisões. Mas talvez grande parte dos indivíduos que pronunciam essa palavra não sabem ao certo qual o seu verdadeiro significado, por isso vale a pena sabermos exatamente do que se trata esse termo para que possamos utilizá- lo corretamente. Ética é uma palavra grega que significa caráter, e está relacionada à tomada de decisões vistas como positivas ou negativas. A ética é o estudo e reflexão do comportamento humano, focando especificamente as regras impostas por uma sociedade (MIZIARA, D.; MIZIARA, G., 2016). Para melhor compreensão desse conceito, citarei alguns exemplos. Imagine que você vive em uma casa na praia, uma praia naturalista em que o nudismo é algo comum e esperado por todos os habitantes do local e também pelos turistas que visitam essa praia. É claro que andar por todo este ambiente e trabalhar neste ambiente sem nenhuma roupa é considerado como algo normal, não é mesmo? Isso porque neste tipo de sociedade andar nu é rotineiro, é uma coisa que acontece todos os dias por todos os habitantes do local, então não é visto como algo imoral. Agora imagine que você mora em uma cidade do Brasil, como por exemplo São Paulo, e você sai na rua para ir trabalhar sem nenhuma roupa, nem mesmo lingerie. O que irá acontecer é que além de estar sujeito (a) a responder judicialmente você também irá ser notado como um indivíduo sem ética, sem moral, sem postura, uma pessoa que não poderá continuar a frequentar essasociedade. Imagine agora, a seguinte situação: uma pessoa próxima a você, como seu cônjuge ou sua mãe, nota que você está ganhando peso de maneira contínua e rápida, e portanto, sugere que você busque ajuda profissional para controle do peso. Mais tarde uma colega sua de muitos anos atrás, da qual não se viam e não possuem intimidade, lhe dá a mesma sugestão. Provavelmente, você irá refletir sobre a opinião das pessoas mais próximas, e irá até mesmo agradecer mais tarde pelo conselho, mas ficará muito irritado (a) com o comentário da colega, pois essa pessoa invadiu sua privacidade, te viu e fez um comentário sobre sua aparência ser ao menos ter sido chamada para tal. Com estes exemplos, quis demonstrar como as reflexões éticas dependem da sociedade em que vivemos e das pessoas com que estamos nos relacionando. Os termos ligados à ética podem sim ser específicos, mas a prática depende do contexto. É claro que existem situações que são vistas como erradas em praticamente todas as civilizações, como por exemplo ferir um indivíduo sem motivo aparente, sem necessidade de legítima defesa. Mas tratando-se da ética nos ambientes laborais (de trabalho) é preciso refletir cada caso. Talvez se colocar no lugar do outro seja a melhor forma de entender o que é uma atitude ética ou não, pois se, ao imaginar que tal atitude possa prejudicar de alguma forma o indivíduo, então provavelmente não se trata de um comportamento ético. Pensando dessa forma é possível dizer que a ética está diretamente ligada à empatia, que é a capacidade de se colocar no lugar do outro. Quando nos colocamos no lugar do outro, quando pensamos em seus anseios e suas dores, conseguimos entender melhor até que ponto podemos ou não chegar, até que ponto é seguro fazer ou não uma pergunta (CHAVES, 2017). Atitudes consideradas como antiéticas também estão ligadas a mal-entendidos, e falsas errôneas, por exemplo. Imagine por exemplo, que você pergunta a um casal quando é que eles vão ter filhos, e o casal demonstra-se sem graça e com irritação. Mais tarde você fica sabendo que o casal está com problemas de infertilidade, e já estão tentando engravidar a alguns anos sem sucesso. É claro que essa é uma atitude antiética, pois é uma atitude que feriu o outro, que ultrapassou os limites da relação, mas em certo ponto não é sua culpa, pois você não sabia da dificuldade do casal, apenas fez essa pergunta de maneira descontraída, para puxar conversa. Por outro lado, se você tivesse intimidade suficiente com o casal, saberia que eles enfrentam esse problema, o que quer dizer que você não é próximo o suficiente para fazer tal pergunta. Com o passar dos anos a tendência é que os indivíduos tornem-se menos antiéticos, seja pela necessidade para se adaptar aos diferentes grupos, seja para buscar uma evolução pessoal. Independente do estímulo, é necessário que a cada dia busquemos tomar atitudes mais ponderadas, mais pensadas, e falar apenas aquilo que nos cabe, aquilo que nos deram a oportunidade, a liberdade para falarmos. Pois assim, evitaremos diversas situações constrangedoras e antiéticas, que caso aconteçam podem prejudicar em muito o nosso desenvolvimento profissional (CHAVES, 2017). Agora que você já sabe o que é hora de compreender o significado de moral. Muitas vezes a moral e a ética são confundidas, até porque são palavras com propósitos bem parecidos. Tanto a ética como a moral tratam da reflexão sobre o que é correto ou não, sobre a tomada de decisões aceitáveis. A principal diferença é que a ética visa a reflexão coletiva, e a moral a reflexão individual. A ética é um conjunto de reflexões sociais, e a moral um conjunto de reflexões individuais. Podemos dizer então que quando você pensa no que é certo dentro da sociedade em que você vive você está tendo uma reflexão ética, e quando você toma uma decisão segundo aquilo que apenas você pensa, segundo o que você crê, então está tendo uma reflexão moral. Por exemplo, do ponto de vista ético roubar é sempre errado, pois é quando você toma algo que não lhe pertence, mas do ponto de vista moral de alguns indivíduos roubar pode parecer uma situação aceitável algumas vezes. Imagine que você vê um milharal repleto de milhos verdes, e acredita que não há problema em pegar alguns milhos, pois não fará grande diferença para o produtor rural. Essa foi uma decisão moral, pois você não levou em conta o outro, pode até pensar que levou, mas não, pois ainda assim se trata de um roubo. Se você tivesse refletido moralmente e eticamente, provavelmente não teria cometido este ato, pois do ponto de vista ético da grande parte das sociedades roubar é sempre errado. Podemos ver então que a moral é mais variável do que a ética, pois a ética varia conforme sociedades ou grupos, e a moral é individual. A moral pode ser influenciada pelo convívio social e por outros fatores, ela é construída ao longo da vida, e é mutável. Outro termo importante a ser estudado é a bioética. A bioética é a reflexão sobre questões éticas em biologia, ou seja, é a tomada de decisões que envolvem aspectos da saúde física e mental dos seres vivos, tanto os seres humanos como os outros animais. Muito têm se falado atualmente sobre os testes em animais e sobre sua real necessidade, mas neste momento vamos focar na bioética voltada para os seres humanos (ROSSETE, 2018). As discussões em bioética são necessárias, pois as pesquisas devem ocorrer de modo a preservar os pesquisados. Uma das formas de preservar a integridade do pesquisado é demonstrar de maneira clara e objetiva o que será estudado antes do início da pesquisa. É preciso detalhar todas as etapas das pesquisas, e mostrar o que será questionado, quais serão os procedimentos, e se os resultados serão divulgados em algum meio. É importante lembrar que o pesquisado pode sair a qualquer momento da pesquisa, por mais que isso prejudique os resultados do estudo. Algumas vezes a pessoa pode mudar de idéia, não querer mais receber tal procedimento ou então pode se sentir desconfortável ao responder algumas perguntas. É preciso sempre se colocar no lugar do outro, neste caso do pesquisado. Para exercer uma atividade profissional levando em conta a bioética, é preciso sempre pensar em liberdade, pensar que aquela pessoa que está sendo investigada é um ser humano livre, que tem todo o direito de decidir por si só. A bioética muitas vezes esbarra em questões religiosas, o que gera algumas vezes perdas ao campo científico. Algumas religiões são mais rigorosas, e não concordam até mesmo com as transfusões sanguíneas, o que impede muitas vezes o salvamento de vidas, e entra em conflito com a obrigatoriedade que os profissionais de saúde têm de realizar esse procedimento. Já outras religiões ou líderes religiosos não concordam com alguns métodos contraceptivos, com o aborto, eutanásia, reprodução assistida e terapias gênicas (COHEN, 2004). No que diz respeito ao profissional esteta, as principais reflexões bioéticas que devem ser feitas são sobre as pesquisas em estética. A pesquisa em estética é extremamente necessária, pois a área da beleza, saúde e bem-estar cresce a cada dia, a cada dia temos um novo método, um novo equipamento, um novo cosmético, e com isso precisamos mostrar a efetividade científica dessas inovações (MOSER, 2019). Essa comprovação se dá por meio da pesquisa científica, que deve ser incentivada e realizada, pois por meio dela os atendimentos estéticos se tornaram cada vez mais eficazes e seguros, pois teremos respaldo para fundamentar tudo aquilo que nós já sabemos na prática. Darei agora, um exemplo sobre uma reflexão bioética em estética. Imagine que você precisa de 100 mulheres para realizar um estudo sobre lipodistrofia localizada flacidez em interno de coxas, e você conhece precisa recrutar mais uma mulher paraessa pesquisa. Ao conversar com uma interessada ela diz que tem pouco tempo e por isso pode ir em apenas duas das 10 sessões propostas para o tratamento. O que você faz neste caso? Se você escolher esta mulher para participar da pesquisa estará cometendo dois erros. O primeiro é que ela provavelmente ficará insatisfeita em gastar seu tempo nesta pesquisa, pois duas sessões não irão melhorar o aspecto da sua afecção estética. O segundo problema é que você estará mentindo na sua pesquisa, pois não estará mostrando resultados reais. Para demonstrar um resultado real esta mulher também deveria participar das dez sessões assim como as outras 99 mulheres. Outra questão bioética em estética é a tomada de decisões visando a biossegurança. Biossegurança é a manutenção de práticas seguras no ambiente laboral visando a prevenção de riscos tanto para o paciente como para o próprio profissional e seus colaboradores. Para manter a biossegurança em clínicas de estética, o profissional deve sempre utilizar os EPIs (equipamentos de proteção individual) e fornecer esses equipamentos para os pacientes, além de se atentar para a segurança da clínica, como o estado do piso e instalações elétricas. Tudo isso deve ser pensado pois a segurança do paciente está em jogo quando ele se encontra em um ambiente não favorável. Na pesquisa e na execução de tratamentos estéticos não há espaço para reflexões unicamente morais, a ética e a bioética devem ser prioridades, pois o outro e a verdade devem ser sempre priorizados para garantia da integridade física e emocional dos pacientes. 2 PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA https://www.shutterstock.com/pt/image-illustration/bioethics-law-representing-medicine- philosophy-medical-1237079734 A bioética possui alguns princípios, alguns pressupostos que iremos estudar para melhor compreensão do nosso dever ético. Esses princípios são: autonomia, beneficência, não maleficência e justiça (MIZIARA, 2016). Princípio de respeito à autonomia: a autonomia , a liberdade de escolhas e de atitudes, desde que não prejudique o outro deve ser priorizada. Devemos respeitar as particularidades e opiniões diversas dos nossos pacientes. Se meu paciente acredita que o fotoprotetor não deve ser utilizado diariamente, eu não devo discutir com ele, mas sim, sabiamente, de forma clara e objetiva falar pra ele o porquê da importância da utilização do fotoprotetor, mas, utilizá-lo, ou não, é uma escolha do paciente, que mesmo nociva à sua pele, é ele quem opta por utilizar ou não. Princípio da beneficência: o paciente deve ser preferencialmente beneficiado, ou seja, se houver uma opção entre beneficiá-lo ou não, este deverá sim ser beneficiado. Se eu puder escolher entre um cosmético mediano, e um cosmético de excelência, o cosmético de excelência deverá ser escolhido para que o resultado do paciente seja o melhor possível. Princípio da não-maleficência: o que for maléfico à saúde ou integridade moral do meu paciente, nunca deverá ser realizado, os meios não justificam os fins quando se trata do bem-estar do nosso paciente. Se eu não me sentir capaz para realizar um procedimento, não deverei realizá-lo, até que eu estude e treine o suficiente para então poder vender o procedimento. Princípio da justiça: que a justiça seja feita para nosso paciente ou para o profissional. Por exemplo, imagine que seu paciente assinou uma ficha de avaliação em que dizia que possui alergia à óleo essenciais, e mesmo assim, por esquecimento, você utilizou um óleo essencial na sessão de massagem, que provocou uma séria alergia em seu paciente. O paciente então, entrou na justiça alegando que lhe avisou sobre essa alergia e que assinou uma ficha de avaliação. Você perdeu a ficha, não guardou, e alega no tribunal que o paciente não te informou sobre a alergia. Isso é correto? Claro que não! A justiça deve ser feita, e nós devemos nos responsabilizar pelos nossos atos. 3 DEONTOLOGIA E SEUS CONCEITOS https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/make-decision-which-way-go-walking-1348018796 Deontologia pode ser dita como a ciência dos deveres, pois a origem dessa palavra literalmente significa obrigação e dever. Por isso, a deontologia relata reflexões sobre as obrigações que temos enquanto cidadãos. Ou pelo menos, daquilo que as outras pessoas acreditam que seja a nossa obrigação (MEZZOMO, 2018). Tratando-se de deontologia na profissão, aí sim fica evidente que realmente temos obrigações bem definidas, pois ao exercemos uma profissão estamos certificando aos nossos clientes/ pacientes que estamos aptos a exercê-la. Por isso, ao escolhermos exercer a profissão de estetas e cosmetólogos, devemos nos preparar tecnicamente e cientificamente para garantir que nosso trabalho seja realizado de maneira segura. Ao finalizarmos a graduação, realizamos um juramento dizendo que nos comprometemos a exercer a profissão de maneira digna e correta, e recebemos a certificação de que possuímos habilidades técnicas para a realização dos procedimentos estéticos, por isso é nossa obrigação judicial e como cidadãos fazer aquilo que realmente sabemos, e estudarmos e praticarmos constantemente para aperfeiçoar nossas técnicas. Isso não quer dizer que o profissional que trabalha com beleza e não é graduado também não está sujeito a responder judicialmente pelos seus atos. A deontologia não exclui nenhum indivíduo de suas reflexões. É dever de todo cidadão que se propõe a fazer algo, fazê-lo corretamente, evitando ao máximo danos a terceiros. Em estética isso também se encaixa na escolha dos produtos que serão utilizados. É nosso dever optar por cosméticos que trazem resultados verdadeiros para nossos pacientes, pois eles estão pagando por isso. Muitos cosméticos não possuem efeito imediato, a grande parte previne e trata os sinais do envelhecimento e de outras afecções ao longo do tempo, por isso alguns indivíduos sem respeito acabam por optar por cosméticos mais baratos, com concentrações baixas de princípios ativos que não trazem resultados satisfatórios nem mesmo a longo prazo, e continuam a cobrar um valor exacerbado por essa aplicação. REFLITA Algumas pessoas se esforçam muito para pagar um procedimento estético, tanto para essas como para aquelas que têm muito dinheiro, o tratamento deve ser realizado excepcionalmente, garantindo segurança e buscando o maior grau de satisfação. Fonte: a autora. #REFLITA # Esta é uma atitude antiética inaceitável, pois vai contra tudo aquilo que juramos ao nos formarmos. A deontologia mostra que é nosso dever fazer aquilo que é certo dentro da nossa profissão, pois somos cidadãos que possuem direitos, mas para desfrutá-los também precisamos refletir sobre nossos deveres. 4 CAMPOS DE ESTUDO DA ÉTICA PROFISSIONAL https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/close-business-people-shaking-hands-finishing- 734792920 A ética assim como as demais grandes áreas de estudo antigas e atuais podem ser subdivididas para que os estudos sejam facilitados. Todos os campos de estudo da ética podem ser discutidos também no âmbito profissional, pois em clínicas de estética e demais espaços de embelezamento e de relaxamento diversas situações distintas podem ocorrer, exigindo percepções e análises diferentes. Os principais campos de estudo da ética são: ética aplicada, ética normativa, ética descritiva, metaética, ética das virtudes e ética moral (CHAVES, 2017). Na ética aplicada o estudo se volta para a aplicação da moral em diferentes situações, sobre como a moral que é própria de cada indivíduo pode influenciar na tomada de decisões. Na ética normativa as reflexões estão voltadas para os meios práticos que determinam as ações morais, ou seja, o que leva um indivíduo a achar que determinada ação é correta ou não. Na éticadescritiva as reflexões estão voltadas para os meios práticos que determinam as ações morais, nas crenças que podem influenciar a mudança de moral no indivíduo. SAIBA MAIS O estudo da ética descritiva é interessante pois por meio dele é possível buscarmos a compreensão sobre mudanças de comportamento não esperadas. Às vezes as pessoas se tornam frias e rígidas, ou mais amorosas e compreensivas por sofrerem estímulos externos que as influenciaram a mudar. As pessoas podem se tornar melhores ou piores dependendo dos estímulos do ambiente e das pessoas que convivem (FIGUEIREDO, 2008). #SAIBA MAIS# Na metaética se discute a fundamentação dos julgamentos. Na ética das virtudes são estudadas as virtudes da mente, como a empatia e a bondade. E na ética moral são feitas reflexões sobre o impacto que as ações geram no indivíduo. CONSIDERAÇÕES FINAIS Durante a leitura desta unidade foi possível observar o quão importante são as reflexões sobre ética, moral e bioética no âmbito profissional, pois por meio delas é possível que os profissionais estetas e demais profissionais da saúde possam cometer menos erros éticos e morais, o que propicia melhora de sua relação com seus pacientes e melhor desenvolvimento do trabalho. O conhecimento sobre a bioética e seus princípios nos traz a oportunidade de sabermos pontuar o que é ou não errado na hora de realizar pesquisas em saúde, bem como quais são as melhores decisões para preservar a liberdade do pesquisado ou do paciente. Por meio do estudo da autonomia foi possível observar a importância da opinião e escolha do outro, que pode inclusive se sobressair à vontade daqueles com formação intelectual superior. A beneficência mostra que é o bem, a melhora para o paciente deverá sempre ser levada em conta. Independente de sua classe social, do quanto pode ou não pode pagar por um procedimento ou do que essa pessoa anseia, o bem para a manutenção de sua saúde deve ser sempre levado em conta. A não maleficência fala sobre a necessidade de não prejudicar o paciente em hipótese alguma, os procedimentos devem ser feitos para melhorar seu estado de saúde e auto-estima, e não para prejudicá- lo. Vimos ainda a importância da justiça para que tanto o paciente como o profissional tenha o direito de lutar por aquilo que é justo, por aquilo que é verdadeiro. Falamos ainda sobre as diferenças entre ética e moral, e como a moral também é importante e necessária para tomadas de decisões importantes. A ética nos norteia principalmente em sociedade, nos dá um direcionamento para não prejudicar o outro, e a moral nos dá o direcionamento para tomadas de decisões individuais, que dependem daquilo que nós acreditamos ser correto. LEITURA COMPLEMENTAR No artigo a seguir é possível observar importantes reflexões sobre a ética para os profissionais da saúde. Leia o trecho a seguir e clique no link para a leitura completa: “Acreditamos que é de vital importância que os profissionais do futuro estejam aptos a dar soluções aos novos desafios que se apresentam na atenção à saúde da população. Quando se fala em ética, se está vislumbrando uma sociedade mais justa, onde a dignidade de todos seja respeitada. Nos mais diversos espaços de atendimento à saúde, a observância dos princípios éticos na prática diária dos profissionais propõe que sejam respeitados os valores morais e culturais dos indivíduos. Para alcançar a responsabilidade estratégica é evidente que há necessidade de acolher a colaboração dos especialistas nas mais diversas áreas, respeitando a multidisciplinaridade, promovendo a educação permanente, cujo produto final seja a humanização da prática médica.” https://revistabioetica.cfm.org.br/index.php/revista_bioetica/article/view/79/83 LIVRO • Título: Ética Profissional. • Autor: SROUR, Robert. • Editora: Elsevier. • Sinopse: A ética nas empresas é discutida neste livro visando reflexões sobre aquilo que é correto não apenas para o desenvolvimento da empresa, mas também para os indivíduos que nela trabalham e que recebem seus produtos ou serviços. O livro traz importantes informações sobre as principais atitudes éticas esperadas de um (a) empresário (a). FILME/VÍDEO • Título: Fome de Poder. • Ano: 2017. • Sinopse: O filme Fome de Poder mostra como um homem roubou a ideia de dois irmãos e acabou vendendo essa ideia em forma de franquias para o mundo todo. O filme mostra que nem sempre o indivíduo mais ético é aquele que consegue alcançar o sucesso, mas que se você unir a ética a boas idéias e inovação, poderá enriquecer sem prejudicar ninguém. REFERÊNCIAS CHAVES, Amanda Pires; GOERGEN, Pedro Laudinor. Ética e estética na formação humana. Revista Exitus, Santarém, PA, v. 7, n. 2, p. 331-349, Maio/Ago 2017. COHEN, Claudio; GOBBETTI, Gisele. Bioética da vida cotidiana. Ciência e cultura, v. 56, n. 4, p. 47-49, 2004. FIGUEIREDO, Antônio Macena. Ética: origens e distinção da moral. Saúde, ética & justiça, v. 13, n. 1, p. 1-9, 2008. MEZZOMO, Lisiane Cervieri; MONTEIRO, Daniel Urach. Deontologia e legislação [recurso eletrônico]. Porto Alegre: SAGAH, 2018. MIZIARA, Ivan Dieb; MIZIARA, Carmen Silvia Molleis Galego. Guia de Bolso de Ética e Bioética e Deontologia. Rio de Janeiro: Atheneu, 2016. MOSER, Alvino et al. Ética, estética e educação. Curitiba: InterSaberes, 2019. ROSSETE, Celso Augusto (Org.). Bioética e Biossegurança. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2018. UNIDADE II ÉTICA E SUAS RELAÇÕES Professora Mestra Katiane Aparecida Soaigher Plano de Estudo: • Conceitos e Definições de Equipes Multiprofissionais; • A Relação entre Profissional/Paciente/Cliente; • Ética na Pesquisa. Objetivos de Aprendizagem: • Conceituar e contextualizar as equipes multiprofissionais; • Compreender os tipos de relações entre os profissionais e os clientes que são aceitáveis; • Estabelecer a importância da ética nas pesquisas. INTRODUÇÃO Para nos tornarmos profissionais cada vez mais éticos e responsáveis existem diversos temas que devem ser discutidos e refletidos. Um destes é a necessidade de saber trabalhar em equipe e de saber se tornar um bom líder. Tanto as pequenas empresas como as grandes corporações necessitam de profissionais que saibam quando falar e quando ouvir, que sabem se importar com as necessidades da equipe e que sabem interagir de maneira clara, objetiva e com respeito. Muitas vezes queremos nos isolar e fazer tudo sozinhos para evitar conflitos, mas nos dias atuais isto já não é mais possível, pois até mesmo os trabalhos remotos necessitam de uma participação multidisciplinar e interdisciplinar para resolução dos problemas com posicionamentos éticos. Além do trabalho em equipe é preciso saber se posicionar enquanto líder, pois todos os níveis hierárquicos exigem um posicionamento de liderança. Não há mais espaço no mercado para aqueles que não querem pensar, hoje, é necessário pensar e agir para a melhor obtenção de resultados. Além do desenvolvimento profissional, é necessária a reflexão sobre o relacionamento entre o profissional e seus clientes ou pacientes. As pessoas possuem necessidades e anseios, e também possuem limites, por isso, ao exercer nossa profissão precisamos pensar em como realizar os procedimentos sem ferir a integridade alheia, mantendo o respeito e comprometimento com aqueles que acreditaram no nosso trabalho. A ética durante a pesquisa também deve ser mantida. Quando um indivíduo se propõe a participar de um experimento, ele dá um voto de confiança para a equipe de pesquisa, e além disso também busca algum benefício, por isso as pesquisas em saúde devem buscar manter a saúde e beneficiar na medida do possível aqueles quesão pesquisados. Durante a leitura desse material veremos tudo isso, para que possamos refletir cada vez mais sobre quais são as melhores decisões para execução da nossa profissão levando em conta a ética profissional. 1 EQUIPE MULTIPROFISSIONAL https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/portrait-successful-creative-business-team- looking-653340904 Equipes multiprofissionais são equipes compostas por indivíduos com formações acadêmicas diferentes, ou sem determinada formação acadêmica mas que dominam assuntos e técnicas distintas. A cada dia torna-se mais comum a presença de equipes multiprofissionais nos diversos espaços, pois por meio delas é possível a melhor resolução de problemas, já que são diferentes cabeças pensando para resolver um problema. E então você pode se perguntar: Mas dois profissionais da saúde, com a mesma formação, não poderiam pensar juntos para resolver um problema? Já que são diferentes “cabeças” pensando juntas… A resposta é: depende! Geralmente quando áreas distintas se cruzam, os problemas com maior complexidade são desdobrados mais facilmente. Vamos imaginar a seguinte situação: Um homem chega até a clínica de estética relatando insatisfação com o estado da sua pele, pois apresenta rugas e melasma. Neste caso, um (a) único (a) profissional poderá solucionar os problemas, ou dois (as) profissionais estetas. Agora, vamos imaginar outra situação. Uma adolescente chega até a clínica de estética relatando insatisfação com sua aparência corporal, solicitando procedimentos de emagrecimento (SEVERO, 2010). Ao realizar a avaliação a profissional esteta verifica que não há nem mesmo presença de gordura localizada, e que na verdade a paciente apresenta magreza extrema e sinais de bulimia. Neste caso, a profissional esteta poderá auxiliar a paciente com técnicas complementares como reiki, constelação familiar e outras para autoconhecimento, alívio do estresse e ansiedade, e outras raízes de seu problema, mas também irá necessitar de apoio de outros profissionais, como um nutricionista, um psicólogo ou psicoterapeuta, e um fisioterapeuta para tratar das lesões musculares causadas pela desnutrição. Ao exercer nossa profissão precisamos ter a humildade de saber quando não podemos resolver um problema por completo. Isso não é motivo de vergonha, é simplesmente uma escolha adequada para o benefício do paciente. Ao realizarmos seja qual for a graduação, necessitamos de outros profissionais, com visões e habilidades diferentes. Muitas vezes os médicos são vistos como profissionais capazes de solucionar qualquer problema em saúde, mas nem sempre é assim, eles também precisam de auxílio. Se um indivíduo chega até o hospital com ferimentos na pele, provavelmente o enfermeiro terá maior habilidade para cuidar disso do que o médico. Se o paciente necessita de fisioterapia para se recuperar das sequelas do ferimento, o fisioterapeuta terá maior habilidade e conhecimento para lidar com isso. Se o paciente necessita de um tratamento estético para solucionar os problemas estéticos decorrentes das queimaduras, então o esteta é quem saberá lidar com isso. REFLITA Cada profissão e cada profissional têm importante valor na sociedade. Atue de maneira que seus pacientes sejam beneficiados e sua profissão seja valorizada! Fonte: a autora. #REFLITA # Depois de realizadas estas reflexões sobre a importância de trabalhar em equipe, é hora de entendermos a diferença entre equipes multidisciplinares e interdisciplinares, pois são termos comuns quando falamos em equipes multiprofissionais. Uma equipe multidisciplinar, é uma equipe que possui profissionais com formações diferentes mas na mesma área do conhecimento. Por exemplo, a saúde, é uma das grandes áreas do conhecimento. Uma equipe composta por nutricionista, estetas, fisioterapeutas, médicos, enfermeiros e terapeutas ocupacionais, é uma equipe multidisciplinar, pois possui indivíduos com formações diferentes mas na mesma grande área do conhecimento, a saúde (SILVA, 2017). Já as equipes interdisciplinares, são aquelas compostas por profissionais com formações diferentes em uma das grandes áreas. Por exemplo, uma equipe composta por um engenheiro mecatrônico (engenharias), um fisioterapeuta e um médico (saúde) e um biólogo (ciências biológicas) que trabalham em conjunto para desenvolvimento de um equipamento que facilite a recuperação de pacientes que recebem próteses ortopédicas (CAMPOS, 2007). Para que o trabalho em equipe, seja ele multidisciplinar ou interdisciplinar seja bem sucedido, são necessários alguns atributos básicos, como a própria capacidade de saber trabalhar em equipe, e a capacidade de liderança. Saber trabalhar em equipe é um dos temas mais abordados nos dias atuais quando falamos em capacidades e habilidades profissionais. É comum escutarmos nas entrevistas de emprego que o cargo exige capacidade de trabalho em equipe, e somos questionados e testados quanto a isso, pois já não é mais possível trabalhar sem depender ou sem ter que ajudar o outro. Os problemas atuais tornam-se cada vez mais complexos, e exigem pontos de vista diferentes para que todos os indivíduos, de diferentes crenças e culturas possam ser atendidos. Aqui, alguns pontos que podem servir de reflexão para um adequado trabalho em equipe: . Dividir conhecimento; . Dar e saber receber feedbacks; . Valorizar o outro; . Saber ouvir; . Saber quando falar; . Se posicionar de maneira clara e objetiva; . Respeitar os posicionamentos e levá-los em conta; . Fazer a sua parte sem reclamar; . Não desdenhar do trabalho alheio; . Reconhecer quando errou e pedir desculpas; . Estar sempre disposto (a) a aprender (PEDUZZI, 2009). SAIBA MAIS Feedback é o retorno que os colegas de trabalho podem dar um ao outro para saberem quais os pontos negativos ou positivos ele está apresentando. O feedback é importante em todos os níveis profissionais, pois tanto os indivíduos menos experientes como os mais experientes podem cometer erros que prejudicam o desenvolvimento do trabalho e da equipe. Para saber mais acesse: https://administradores.com.br/artigos/os- benef%C3%ADcios-do-trabalho-em-equipe-administrar-conflitos-e-a- import%C3%A2ncia-do-feedback-nas-organiza%C3%A7%C3%B5es #SAIBA MAIS# Outra característica necessária aos profissionais atuais é a capacidade de liderança. A liderança possui diferentes significados, e possui conceitos diferentes ao longo do tempo. A alguns anos, ao ouvirmos que alguém seria o nosso líder, provavelmente imaginaríamos uma pessoa superior, que sabe mais do que todos na empresa e que tem a oportunidade de mandar em quem quiser e como quiser. Parece algo estranho nos dias atuais, não é mesmo? E é. Hoje para ser um líder, o indivíduo não apresentará necessariamente formação escolar superior a de seus colegas de trabalho, mas deverá sim apresentar habilidades que o capacitem para uma boa gestão de equipe. Para ser um líder nos dias atuais não basta mandar e esperar que alguém faça como solicitado, pelo contrário. Um bom líder deve trabalhar em conjunto com sua equipe para a resolução dos problemas. O papel de um líder é saber ouvir e saber mediar os conflitos presentes em uma equipe (MAXWELL, 2014). Alguns autores, em especial os mais antigos, defendiam a liderança como algo inato, acreditando que o indivíduo já nasceu com essa característica. Hoje sabemos que isso já não é mais verdade, pois a liderança é algo que pode ser aprendido, desenvolvido. Sem dúvidas vale a pena buscar o desenvolvimento dessa habilidade, pois liderar é necessário em todas as áreas do conhecimento. Até mesmo aquele funcionário que possui o cargo de menor hierarquia na empresa precisa desenvolver seu potencial de https://administradores.com.br/artigos/os-benef%C3%ADcios-do-trabalho-em-equipe-administrar-conflitos-e-a-import%C3%A2ncia-do-feedback-nas-organiza%C3%A7%C3%B5eshttps://administradores.com.br/artigos/os-benef%C3%ADcios-do-trabalho-em-equipe-administrar-conflitos-e-a-import%C3%A2ncia-do-feedback-nas-organiza%C3%A7%C3%B5es https://administradores.com.br/artigos/os-benef%C3%ADcios-do-trabalho-em-equipe-administrar-conflitos-e-a-import%C3%A2ncia-do-feedback-nas-organiza%C3%A7%C3%B5es liderança, para que saiba mediar os conflitos dentro do seu trabalho e para que demonstre a capacidade de ocupar outros cargos caso deseje. Liderar no ramo da estética talvez seja uma das habilidades mais necessárias, pois esta profissão exige o desenvolvimento do empreendedorismo, seja qual for o seguimento. Se você sonha em abrir sua própria clínica de estética, vai precisar saber liderar sua equipe. Se você sonha em fazer parte de uma rede de beleza como colaborador (a), deverá saber trabalhar em equipe e liderar dentro do seu cargo. Se você sonha com a docência superior em estética e cosmética ou com a ministração de cursos, deverá saber como liderar e se posicionar com seus alunos e com a equipe pedagógica. Por isso, sempre vale a pena investir tempo para o aperfeiçoamento sobre liderança e trabalho em equipe. Quando trabalhamos em equipe e sabemos como ser bons líderes, o comportamento ético será valorizado, pois um bom líder que sabe trabalhar em equipe é um indivíduo que leva em conta aquilo que é melhor para todos, pois sabe que o sucesso de sua equipe, é o seu sucesso. 2 RELAÇÃO PROFISSIONAL/CLIENTE/PACIENTE https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/woman-patient-visiting-female-doctor- clinic-1720976266 Antes de falarmos sobre o relacionamento entre o profissional e seus pacientes ou clientes, é importante sabermos o significado da palavra profissão. Profissão é o meio de trabalho que um indivíduo tem para seu sustento. É um conjunto de habilidades que a pessoa desenvolve ao longo da vida e aplica por meio do trabalho (OLIVEIRA, 2021). Para ser considerado como um profissional em uma área, nem sempre é necessária uma formação acadêmica específica, mas um conjunto de habilidades sempre será necessário para que um bom trabalho seja feito. Por exemplo, para a construção de uma casa, é necessário o trabalho de um bom pedreiro, que desenvolveu habilidades que o capacitaram para a construção de uma casa, e o pedreiro não necessita de um diploma de graduação. No entanto, caso a casa necessite de especificações por estar em um terreno com declínio, então um profissional com formação em engenharia civil será necessário para realização dos cálculos. Na área da saúde dificilmente encontraremos profissionais sem titulação acadêmica, pois a área da saúde exige o estudo teórico sobre o corpo humano e as reações fisiológicas. Na área do bem-estar e beleza, que é uma subárea da saúde, encontramos algumas vezes profissionais sem uma graduação e que exercem um bom trabalho, e que devem ser respeitados e valorizados como qualquer outro profissional. Porém, vale ressaltar que nos dias atuais torna-se cada vez mais notável desenvolvimento intelectual seja qual for a área do conhecimento, pois a prática aliada a teoria proporciona maior segurança para os nossos pacientes. Agora que já sabemos o que é uma profissão, vamos falar sobre a diferença entre os termos paciente e cliente, para que possamos relacionar o profissional com estes indivíduos. Utilizamos o termo paciente, quando a pessoa recebe um atendimento que envolve a manipulação de seu corpo, e usamos o termo cliente quando não há esse envolvimento. Por exemplo, um homem chega até a clínica de estética solicitando consultoria para a compra de cosméticos. Esse homem é um cliente, pois não receberá nenhuma intervenção em seu organismo, apenas uma informação de compra. Em outro exemplo, uma mulher chega até o setor de embelezamento solicitando a realização de uma maquiagem. A maquiagem é um serviço estético que não causará alterações orgânicas, por isso essa mulher é uma cliente. Agora, uma adolescente chega até a clínica solicitando um tratamento para acne. Essa adolescente é uma paciente, pois procedimentos para diminuição da acne podem acarretar em alterações fisiológicas no sistema tegumentar (pele e seus anexos). A maioria dos procedimentos estéticos envolvem a possibilidade de alterações orgânicas e manipulação de tecidos, por isso tratamos as pessoas atendidas como pacientes. Os procedimentos de embelezamento como maquiagem, manicure e pedicure e embelezamento dos fios capilares se encaixam em procedimentos para clientes. Agora que vocês já sabem o que é profissão, e qual a diferença entre um paciente e um cliente, podemos falar sobre a relação entre o profissional esteta e seus pacientes ou clientes, e o modo como deve ocorrer essa relação para manutenção da ética profissional. Tratando-se do profissional esteta, existem diversos assuntos que podem ser destacados, como a manutenção da integridade e segurança dos pacientes, a relação entre a participação dos pacientes em estudos científicos e a conduta de maneira geral do profissional enquanto exerce sua profissão e até mesmo fora do ambiente de trabalho, onde o respeito pela profissão também deve ser mantido. Para a manutenção do bem- estar entre o paciente e o profissional, o profissional deverá se preparar antes de cada sessão, verificando se sua imagem pessoal condiz com a postura de um profissional ético e que demonstra capacidade para exercer adequadamente seu trabalho, além de garantir a biossegurança de cada paciente, para tal, alguns pontos podem ser mencionados: · Vestimenta: optar por peças que proporcionem movimento e que não sejam apertadas demais. Roupas curtas e com decote não devem ser utilizadas; · Utilizar sempre o jaleco; · Unhas curtas para evitar atritos na pele do paciente e manter a higiene; · Retirar anéis e quaisquer outros acessórios que possam gerar atrito na pele, bem como acessórios grandes que possam tocar na pele do paciente como brincos; · O cabelo deve estar sempre preso para evitar que toque no paciente, evitando assim contaminações e contato desnecessário; · É necessário lavar sempre bem as mãos antes e após cada sessão para evitar infecções, além é claro do uso de luvas; · O calçado deve ser baixo para evitar acidentes e ruídos ao andar; · Caso o profissional utilize perfume é importante que passe pouco, pois o cheiro pode ser desagradável à algum paciente. A ética profissional consiste em um conjunto de normas e condutas aceitáveis que todos os membros de uma profissão devem seguir para desenvolver uma profissão de forma honrada e estável preservando a integridade da profissão. Para tal, é necessário possuir: · Responsabilidade; · Coleguismo; · Pontualidade; · Honestidade (ser claro e verdadeiro); · Sigilo (resguardo das informações); · Ética e publicidade (postar nas redes sociais apenas aquilo que possui permissão do paciente com sua assinatura). A imagem de um profissional respeitável e de boa reputação é influenciada pela conduta adequada. A conduta do terapeuta inclui os dados visuais, auditivos e olfativos (odores corporais) que são projetados, por isso é necessário sempre atentar-se para a higiene pessoal. REFLITA Nós seres humanos possuímos pré-conceitos que são estabelecidos por regras da sociedade. Por isso, independente do estilo adotado, é importante manter a higiene e o mínimo de cuidado pessoal no ambiente de trabalho. Fonte: a autora. #REFLITA# Toda relação, seja pessoal ou profissional, é caracterizada por limites físicos e conceituais. Os limites físicos definem o conforto do indivíduo, que é até onde eu posso tocar, e os limites conceituais estão ligados a comportamentos e atitudes que afetam o nível de conforto desse indivíduo. Respeitando esses limites, é possível criar um espaço seguro para os clientes, permitindoo desenvolvimento de uma relação profissional saudável. Alguns procedimentos, principalmente os corporais como as massagens, por exemplo, envolve um contato direto com a pele exposta do paciente, o que gera a necessidade de reflexão sobre os limites de contato. Esses procedimentos podem adquirir uma conotação sexual com um simples comentário inadequado. Um cliente que está tentando dar uma conotação sexual à sessão pode transformar um toque seguro, ético e terapêutico em algo de natureza íntima, e deve ser responsabilidade do terapeuta frear esse comportamento e conduzir uma sessão com respeito, ou então, pedir ao cliente que se retire. Tratando-se de pesquisas realizadas com pacientes, é necessário que estes estejam de acordo com o estudo proposto e assinem um termo de consentimento livre e esclarecido, demonstrando total liberdade e vontade de realmente participar do projeto. Além disso, o indivíduo pode sair do estudo assim que quiser, e deve ter seus dados pessoais preservados caso opte por não mais participar. Como foi possível observar, para manter uma atitude ética no ambiente de trabalho, basta seguir regras básicas de convívio social também dentro do ambiente de trabalho, e sempre respeitar nossos pacientes. É comum que pequenos conflitos ocorram em qualquer lugar, inclusive no ambiente de trabalho em estética, onde muitas vezes nossos clientes possuem vontades exacerbadas e não compreendem que alguns resultados não são possíveis, mas com uma boa conversa e com a devida demonstração do que pode ser realizado por meio da ciência, é possível atingir bons resultados preservando sempre a saúde e segurança de todos envolvidos. 3 ÉTICA NAS PESQUISAS https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/male-microbiologist-working-labolatory-examining- labgrown-1919496368 As reflexões, o estudo sobre a bioética, sobre os princípios éticos relativos à vida especialmente no âmbito profissional, começaram a se intensificar partir de 1720, e tiveram influência de vários filósofos, em especial do Imanuel Kant que citava que: "Age de tal forma que uses a humanidade, tanto na tua pessoa, como na pessoa de qualquer outro, sempre e ao mesmo tempo como fim e nunca simplesmente como meio". Ou seja, o ser humano, não deve ser utilizado apenas como um meio de estudo, como um meio para chegar a um fim, mas como o próprio fim, ele deve ser beneficiado pela ciência, e não apenas utilizado por ela (DURAND, 2003). Porque uma das principais questões da bioética desde o início de seu estudo até os dias atuais, é a reflexão de que o ser humano não pode ser visto como uma cobaia de um experimento, mesmo que ele concorde em participar desse experimento! Por exemplo, nós vamos fazer um projeto de ensino, em que vocês vão avaliar se a radiofreqüência melhora a flacidez tissular de um grupo de mulheres, e essas mulheres concordaram em participar do projeto, elas assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido, porém, não é porque elas vão participar dessa pesquisa de livre e espontânea vontade, sem custo algum, que elas querem receber o tratamento sem visualizar nenhum resultado. Não é porque o atendimento é gratuito, que nós não devemos nos preocupar em calibrar o equipamento de radiofreqüência, em utilizar bons cosméticos, em realizar a técnica adequadamente, enfim, se elas estão ali como voluntárias, elas devem ser tratadas com o mesmo respeito que um cliente da nossa clínica. A ética em pesquisa também traz outros temas importantes, que não são discutidos rotineiramente no ambiente estético, mas que podem vir a ocorrer, por isso é importante sabermos nos posicionar frente a essas discussões. Um dos temas envolvidos na pesquisa em saúde é a utilização de animais para testes. Hoje, grande parte das empresas de cosméticos buscam por alternativas de pesquisa que excluam a utilização de animais, devido aos danos envolvidos à vida em questão. Como é um tema abordado atualmente pela mídia, nossos clientes poderão questionar se utilizarmos cosméticos e maquiagens para realização dos procedimentos que são de empresas que não utilizam animais para seus testes. Por isso, é importante nos atentarmos para a valorização dessas empresas, pois além de uma questão pessoal sobre o benefício à vida animal, há a questão da valorização da opinião dos nossos clientes. Até mesmo porque hoje existem diversas linhas profissionais e de uso pessoal que possuem grande efetividade e não testam em animais. Há ainda as linhas veganas, que além de não realizarem testes em animais também não utilizam nenhum tipo de substância extraída de seres vivos, apenas substâncias provenientes de plantas e substância industrializadas (GUIMARÃES, 2016). Além dessa questão, existem outros temas que podem surgir durante a conversa com o paciente, como temas mais polêmicos que envolvem crenças e religiosidade. O aborto e a reprodução assistida por exemplo, são temas da bioética que podem sim ser discutidos por qualquer indivíduo, mas que envolvem estas crenças e em grande parte das vezes posicionamentos religiosos. Por isso, ao ser questionado (a) no ambiente de trabalho sobre seu posicionamento frente a esses temas, talvez seja mais viável manter- se neutro (a) e evitar discussões desnecessárias, pois um cliente/paciente contrariado, pode se sentir menosprezado, o que não é o que esperamos durante a execução da nossa profissão. CONSIDERAÇÕES FINAIS Como podemos observar durante a leitura do material, para nos tornarmos profissionais éticos são necessárias diversas reflexões, não apenas reflexões próprias do campo de estudo ético, mas também reflexões sobre profissão, sobre quem queremos ser enquanto profissional e sobre como podemos desenvolver isso. O mercado de trabalho anda cada vez mais competitivo, pois felizmente um maior número de pessoas tem a oportunidade de ingressar e concluir uma graduação e se especializar em determinada área do conhecimento. Por isso, já não basta apenas ser bom no que se faz, é preciso buscar ser cada vez melhor, não melhor do que o outro, mas a sua melhor versão. Além de habilidades técnicas precisamos saber como agir, saber o que falar e até mesmo se é necessário falar, para que não ocorram conflitos desnecessários e que possam colocar em risco o desenvolvimento profissional da equipe ou que coloque em uma situação de constrangimento ou revolta os nossos pacientes. Para isso faz-se necessária a investigação sobre técnicas de liderança e de trabalho em equipes multidisciplinares e interdisciplinares, pois ao estudar a formação e integração dessas equipes podemos refletir com maior clareza sobre como tratar o outro com respeito e com ética, seja qual for seu posicionamento. Também é possível concluir que a pesquisa é necessária em todos os campos da saúde e de outras áreas, pois é por meio dela que conseguimos resultados concretos daquilo que exercemos e ainda queremos exercer. Por isso, o incentivo à pesquisa é necessário, e a realização de pesquisas éticas são imprescindíveis. Pois só por meio da pesquisa científica com ética é possível obter resultados fidedignos e realizar testes que mantenham a integridade física, moral, mental e emocional dos colaboradores. Manter a ética no trabalho e na pesquisa pode não ser uma tarefa fácil, mas é uma tarefa que todos os profissionais devem aprender, pois não é uma escolha, é um posicionamento necessário. LEITURA COMPLEMENTAR Como podemos observar é cada vez mais real a necessidade de saber trabalhar em equipe, muitas vezes em equipes multiprofissionais. O artigo a seguir mostra como ocorre esse processo para os profissionais da saúde: “A proposta do trabalho em equipe tem sido veiculada como estratégia para enfrentar o intenso processo de especialização na área da saúde. Esse processo tende a aprofundarverticalmente o conhecimento e a intervenção em aspectos individualizados das necessidades de saúde, sem contemplar simultaneamente a articulação das ações e dos saberes. Quanto à divisão técnica do trabalho, deve-se assinalar que, por um lado, introduz o fracionamento de um mesmo processo de trabalho originário do qual outros trabalhos parcelares derivam. Por outro lado, introduz os aspectos de complementaridade e de interdependência entre os trabalhos especializados atinentes a uma mesma área de produção. Há que se considerar, simultaneamente, as dimensões técnica e social da divisão do trabalho, uma vez que toda divisão técnica reproduz em seu interior as relações políticas e ideológicas referentes às desiguais inserções sociais dos sujeitos.” Para saber mais leia: PEDUZZI, Marina. Equipe multiprofissional de saúde: conceito e tipologia. Revista de saúde pública, v. 35, n. 1, p. 103 - 109, 2001. “Há, hoje em dia, um crescente empenho dos profissionais e instituições da área da saúde em aperfeiçoar a qualidade dos serviços médicos prestados aos usuários. Gradativamente houve a incorporação, no campo da assistência à saúde, de noções vinculadas à cidadania, aos direitos do consumidor e à responsabilidade ética dos profissionais. A qualidade de um serviço assistencial está diretamente associada à qualidade da relação interpessoal que ocorre entre os pacientes e os profissionais encarregados da assistência. Este trabalho, ao analisar os aspectos psicológicos envolvidos nessa relação, visa contribuir para o aprimoramento da assistência à saúde, apresentando aos profissionais da área alguns elementos para reflexão sobre a natureza da relação profissional- paciente, bem como indicando a importância da incorporação desses elementos no treinamento de estudantes das profissões de saúde (medicina, enfermagem, fonoaudiologia, serviço social, terapia ocupacional, nutrição, ortóptica e outros).” Para saber mais acesse: RELAÇÃO PROFISSIONAL-PACIENTE: SUBSÍDIOS PARA PROFISSIONAIS DA SAÚDE. Psychiatry Online, São Paulo, 23 Ago. 2000. Disponível em: https://www.priory.com/psych/cezira.htm. Acesso em: 25 Maio 2021. “O tema da ética em pesquisa nas Ciências Humanas foi intensamente discutido na década de 1980 nos Estados Unidos. Esse era um momento de efervescência das pesquisas urbanas com grupos alternativos aos estudos clássicos de Sociologia ou Antropologia, tais como usuários de drogas, traficantes, presos e adolescentes, e de surgimento de novas questões de pesquisa, como a violência e a sexualidade. Além disso, foi nesse período que as primeiras regulamentações nacionais de ética em pesquisa com seres humanos surgiram internacionalmente, provocando uma controvérsia sobre sua legitimidade para campos que não as Ciências Biomédicas ou mesmo sobre sua pertinência para as metodologias qualitativas.” Para saber mais acesse: https://www.scielosp.org/article/csc/2008.v13n2/417-426/pt/ https://www.priory.com/psych/cezira.htm LIVRO • Título: O que é ética em pesquisa. • Autor: Dirce Guilhem; Debora Diniz. • Editora: Brasiliense. • Sinopse: A ética em pesquisa é um novo campo do conhecimento na interface de diferentes saberes. O objetivo é aproximar ciência e ética, garantindo que erros do passado não mais se repitam. Logo após a Segunda Guerra Mundial, a ética em pesquisa foi considerada uma questão exclusiva de estudos médicos, mas hoje é uma afirmação da cultura dos direitos humanos na prática da pesquisa científica em todas as áreas do conhecimento. No Brasil, o sistema de revisão ética já tem mais de dez anos de existência e conta com quase seiscentos comitês de ética em pesquisa. Este livro apresenta o debate internacional e descreve as características do modelo brasileiro de revisão ética. FILME/VÍDEO • Título: Patch Adams - O amor é contagioso. • Ano: 1998. • Sinopse: Em 1969, após tentar se suicidar, Hunter Adams (Robin Williams) voluntariamente se interna em um sanatório. Ao ajudar outros internos, descobre que deseja ser médico, para poder ajudar as pessoas. Deste modo, sai da instituição e entra na faculdade de medicina. Seus métodos pouco convencionais causam inicialmente espanto, mas aos poucos vai conquistando todos, com exceção do reitor, que quer arrumar um motivo para expulsá-lo, apesar dele ser o primeiro da turma. Comentário: é um filme interessante para refletirmos sobre o limite profissional, e sobre como podemos nos aproximar de nossos pacientes em situações que exigem isso. WEB A estética e a beleza são temas cada vez mais comentados, pois a cada dia vemos um maior número de pessoas que se preocupam com o estado de sua aparência física, o que pode inclusive influenciar em suas condutas éticas ou antiéticas. Para saber mais a respeito,acesse:https://www.conteudojuridico.com.br/consulta/Artigos/40125/a-etica- pela-estetica-ou-um-ideal-de-vida-eticamente-bela REFERÊNCIAS CAMPOS, Gastão Wagner de Sousa; DOMITTI, Ana Carla. Apoio matricial e equipe de referência: uma metodologia para gestão do trabalho interdisciplinar em saúde. Cadernos de saúde pública, v. 23, n. 2, p. 399-407, 2007. DURAND, Guy. Introdução geral à bioética. Edições Loyola, 2003. GUIMARÃES, Mariana Vasconcelos; FREIRE, José Ednésio da Cruz; MENEZES, Lea Maria Bezerra de. Utilização de animais em pesquisas: breve revisão da legislação no Brasil. Revista bioética, v. 24, n. 2, p. 217-224, 2016. MAXWELL, John C. O livro de ouro da liderança. Thomas Nelson Brasil, 2014. OLIVEIRA, Sidnei. Profissões do futuro: você está no jogo?. São Paulo: Integrare, 2021. PEDUZZI, Marina; CIAMPONE, Maria Helena Trench. Trabalho em equipe. Lima JCF, Pereira IB, coordenadores. Dicionário de educação profissional em saúde. Rio de Janeiro: Fiocruz, Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, 2009. SEVERO, Silvani Botlender; SEMINOTTI, Nedio. Integralidade e transdisciplinaridade em equipes multiprofissionais na saúde coletiva. Ciência & Saúde Coletiva, v. 15, p. 1685-1698, 2010. SILVA, Marcos Valério Santos da; MIRANDA, Gilza Brena Nonato; ANDRADE, Marcieni Ataíde de. Sentidos atribuídos à integralidade: entre o que é preconizado e vivido na equipe multidisciplinar. Interface-Comunicação, Saúde, Educação, v. 21, p. 589-599, 2017. UNIDADE III LEIS E ÓRGÃO DE CLASSE Professora Mestra Katiane Aparecida Soaigher Plano de Estudo: • Código de Deontologia; • Órgão de Classe; • As regras para os espaços de beleza. Objetivos de Aprendizagem: • Conceituar e contextualizar o código de deontologia; • Compreender os tipos de regras em no espaço estético para manutenção da saúde; • Estabelecer a importância do órgão de classe. INTRODUÇÃO Olá, caro(a) estudante! Damos início ao estudo dessa unidade com diversas reflexões pertinentes para a execução de boas práticas em saúde, com destaque para as práticas pertinentes aos espaços de beleza. Para sermos profissionais qualificados tecnicamente, precisamos nos empenhar nos estudos teóricos em estética e cosmética e praticarmos constantemente as técnicas não é mesmo? E para sermos profissionais éticos? Precisamos do que? Para exercer nossa profissão adequadamente, é necessário que saibamos quais são os nossos deveres e também nossos direitos, pois assim iremos valorizar a ética e a moral no ambiente de trabalho. Uma das formas de refletirmos sobre a moral, sobre nossos desejos e atitudes enquanto indivíduos únicos, é estudando a deontologia. Por isso, nesta unidade, veremos como a deontologia pode nos ajudar a compreender o porquê de não agirmos sempre da melhor maneira possível, da maneira mais esperada socialmente. É possível verificar que por mais que sejamos indivíduos com necessidades físicas e biológicas, também somos seres humanos que vivem em sociedade e por isso possuímos deveres.Viver em sociedade pode parecer difícil às vezes, mas temos que nos lembrar que além de termos que ajudar alguém todos os dias, também precisamos de ajuda todos os dias. Além de estudarmos essas questões morais, também iremos estudar sobre como age um órgão de classe e qual sua importância, especialmente para os profissionais estetas. Também veremos quais são as normas que devem ser seguidas para um ambiente seguro, que garanta a integridade física dos nossos pacientes. Quando refletimos sobre nossas condutas, nos preocupamos com o futuro da nossa profissão e com o bem-estar e qualidade de vida dos nossos pacientes, estamos caminhando cada vez mais para um atendimento de excelência. 1 CÓDIGO DE DEONTOLOGIA https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/hand-doctor-reassuring-her-female-patient- 526529605 A deontologia é uma corrente de pensamento que questiona os princípios éticos, que coloca em teste as reflexões éticas que priorizam o outro, a sociedade, o bem sobre as outras pessoas. A ética busca fazer aquilo que é correto conforme regras e normas estabelecidas pela sociedade, e a deontologia questiona esse tipo de conduta. O código de deontologia pode ser dito como uma parte da ética que valoriza o estudo dos princípios morais, ou seja, daquilo que é correto segundo o pensamento individual (CHANTER, 2009). As reflexões da deontologia por vezes podem parecer egoístas, especialmente se pensarmos em nossas obrigações enquanto profissionais, mas elas são tão importantes quanto as reflexões da ética em si, pois nos traz para uma visão de que cada ser é único, e que aquilo que é bom para um, pode não ser bom para o outro. Talvez a deontologia seja a subárea mais democrática da ética (MEDINA, 2016). https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/hand-doctor-reassuring-her-female-patient-526529605 https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/hand-doctor-reassuring-her-female-patient-526529605 São consideradas como pessoas morais, todos os seres humanos que possuem a capacidade de raciocinar e problematizar, ou seja, todos aqueles que estão com suas faculdades mentais em dia. As crianças e as pessoas com problemas mentais que impedem a racionalização não são considerados indivíduos morais. A partir do momento que as crianças possuem a capacidade de refletir sobre aquilo que consideram como certo ou errado, serão então consideradas como indivíduos morais (CHANTER, 2009). Um dos principais princípios da deontologia, é que o ser humano busca ignorar a dor e valorizar o prazer. Isso por diversos fatores, mas principalmente porque é algo mais simples, é até mesmo biológico. Precisamos levar em conta que os seres humanos possuem um lado irracional, um lado animal, que busca apenas sobreviver e se reproduzir para garantia da existência da espécie. Esse lado animal não quer refletir sobre aquilo que é melhor para a sociedade, mas sim sobre aquilo que é melhor para si, aquilo que lhe causa prazer imediato e que evita a dor. Esse tipo de comportamento não é aceitável na maioria dos grupos e sociedades atuais, pois a busca desenfreada pelo prazer, pode ocasionar dor ao outro, e a negação constante da dor geralmente leva ao fracasso. Imagine que todos os dias ao acordar você dê preferência para o prazer ao invés da dor. Neste caso, ficar em casa na cama, tomando um café tranquilamente é algo mais atrativo do que levantar rapidamente para ir trabalhar e estudar não é mesmo? Além disso, sair de casa pode gerar dor, pois você pode sofrer estresse durante o deslocamento para o trabalho ou durante a aceitação do compromisso de estudar. Com este exemplo, fica claro que é impossível viver preconizando o prazer e negando a dor, pois dessa forma não conseguiremos lutar pelos nossos objetivos. Até mesmo o homem pré-histórico se negasse a dor e buscasse unicamente o prazer não sobreviveria, pois certamente ficar na caverna segura e quente era algo mais atrativo do que sair para caçar. Mas então a deontologia é inválida? É algo que não vale a pena levar em conta? Não, na verdade não! A questão é que precisamos saber viver em equilíbrio, saber ponderar os princípios da deontologia e da ética, para que possamos levar em conta os anseios e desejos humanos e nossas obrigações enquanto cidadãos e profissionais. A deontologia também mostra que apesar dos nossos interesses próprios, podemos beneficiar o outro sem deixar de lado aquilo que queremos. É possível buscar nossa própria felicidade mantendo um caráter ético. Por exemplo, você, profissional esteta, sonha em ser um(a) profissional bem sucedido(a), mas quer ao mesmo tempo contribuir para a sociedade. Você pode gerenciar uma clínica de estética que possui um projeto social, que duas vezes por semana atende gratuitamente com sessão de reiki para pessoas que sofreram abuso físico. Ou então, pode reservar todos os meses parte do seu rendimento para instituições de caridade. Até mesmo sem contribuir financeiramente ou com o trabalho direto de maneira gratuita, é possível agir de maneira ética e benéfica para a sociedade. A partir do momento que você escolhe ser um(a) profissional de excelência, e atende seus pacientes com carinho e dedicação, você já estará beneficiando-os. A valorização da beleza de maneira consciente e a preservação da autoestima são questões de extrema importância para manutenção do bem-estar em muitas vidas. 2 ÓRGÃO DE CLASSE https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/young-pretty-woman-came-beauty-salon- 1389715157 A valorização da estética, da beleza atualmente é algo evidente, pois a cada dia a indústria cosmética e de procedimentos estéticos cresce mais. A mídia nos mostra a cada instante corpos perfeitos e peles jovens, e nos diz que ser jovem é ser belo. Por mais que algumas marcas estejam buscando a valorização dos diferentes biotipos, gêneros, etnias e culturas, ainda é visível a valorização de determinados padrões de beleza. Cuidar da aparência não é um problema, pelo contrário, é um ato de amor próprio e que demonstra que você se importa com o modo como as pessoas te vêem. O que quero dizer, não é que a opinião alheia sobre sua imagem é importante, mas sim, que um profissional que cuida de si mesmo demonstra estar pronto e interessado a cuidar do outro. O problema, é quando a valorização estética se sobrepões a fatores éticos, e isso pode acontecer nas clínicas de estética quando os pacientes são atendidos por profissionais que não levam em conta os valores éticos. https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/young-pretty-woman-came-beauty-salon-1389715157 https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/young-pretty-woman-came-beauty-salon-1389715157 Nem sempre podemos realizar tudo aquilo que os nossos pacientes solicitam, pois algumas vezes suas vontades extrapolam o limite de segurança para sua saúde. Há também os casos onde nossos pacientes apresentam problemas de distorção de imagem, e se vêem de maneira completamente diferente de como realmente são, exigindo tratamentos que possam acabar deformando sua verdadeira imagem. Frente a estes casos precisamos agir com empatia, tentar entender o outro e buscar auxílio de uma equipe multiprofissional para amenização dos problemas desse indivíduo. É necessário primeiro tratar das questões de saúde mental para depois realizarmos os atendimentos estéticos. Isso não quer dizer que o paciente não poderá ser atendido de imediato, pois poderemos utilizar técnicas como massoterapia e escalda pés para alívio do estresse e ansiedade. REFLITA “O autoconhecimento e a capacidade de discernir entre as emoções que são próprias e as dos outros, de permanecer atento aos efeitos das próprias palavras e às reações nos outros também representam aspectos importantes para a adoção de atitudes empáticas”. (TEREZAM; REIS-QUEIROZ; HOGA, 2017). #REFLITA# Hátambém que se levar em conta as legislações vigentes em estética no âmbito nacional e as resoluções emanadas dos órgãos de classe para o desempenho da profissão com consciência, decoro e responsabilidade, junto ao cliente, colegas, profissionais, comunidade e na sociedade. Com o estudo dessas questões poderemos agir adequadamente durante a execução dos procedimentos, saber quais cosméticos podemos usar, quais os equipamentos permitidos para nossa profissão, etc. Atualmente, não existe um órgão de classe no âmbito federal (nacional) para os profissionais estetas, pois a regulamentação da profissão ainda está em processo de andamento. O que existe é um grupo, uma federação de discussões, a FEBRAPE, que é um grupo que discute os interesses estéticos, e possui sim grande relevância, por isso associar-se a este grupo é válido. Ainda há muito o que se discutir no planalto, e passamos por um processo de votações para que seja determinado quais procedimentos os profissionais estetas podem ou não realizar. Portanto, para saber o que podemos realizar ou não é necessário se unir a um conselho de classe estadual, ou ao conselho de classe de biomedicina (CFBM). Os conselhos de estaduais atuam de maneira a preservar os direitos dos profissionais de estética, pois muitas vezes os outros órgãos de classe, de outras profissões da área da saúde, buscam retirar alguns procedimentos estéticos da nossa profissão, para que apenas estes profissionais tenham o direito de exercê-los. É preciso mencionar aqui, que trabalhar de modo a prejudicar o outro, incluindo os profissionais de outras formações, não é uma atitude ética. Cada profissional tem o direito de exercer determinados procedimentos, e uma atitude ética visa em primeiro lugar o benefício e segurança aos nossos pacientes, e não o ganho de dinheiro por meio da exclusão de outras profissões. Ao se filiar ao conselho de classe do seu estado, você pagará uma taxa anual para manutenção das reuniões e outros encargos, e deverá ter o direito de receber extratos mostrando como essa verba é utilizada. É importante que você participe das reuniões e esteja sempre atento (a) às mudanças na legislação da profissão. Um dos conselhos de classe em estética mais fortes (atuantes) atualmente é o SINDESTÉTICA, de São Paulo. Caso você note que o órgão estadual em que você atua não está comprometido suficientemente com a profissão, você pode estudar e se candidatar a uma vaga de liderança no conselho, visando sempre a melhora da profissão e de todos os filiados. Para aqueles que querem se juntar a um órgão nacional, é possível associar-se ao Conselho de Biomedicina, que aceitou a inserção de profissionais estetas neste conselho. O conselho luta pelos direitos dos profissionais biomédicos e pelos direitos dos profissionais estetas ali filiados, além é claro, de ressaltar os deveres de cada um. Portanto, para saber quais são as mudanças nas legislações estéticas, é recomendável a associação a um conselho de classe, o acesso contínuo ao site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) que mostra quais produtos podemos utilizar, e a leitura dos manuais dos equipamentos eletroestéticos, para sabermos a maneira adequada de utilizá-los. Para finalizar, deixo aqui o juramento dos profissionais estetas ou esteticistas, que é o juramento de Hipócrates que foi adaptado para nossa profissão. Vale a penas sempre lermos este juramento que geralmente é utilizado no dia da colação de grau, para que possamos refletir sobre nossos deveres enquanto profissionais: “Eu, solenemente, juro consagrar minha vida a serviço da Estética e da Beleza. Darei como reconhecimento a meus mestres, o meu respeito e minha gratidão. Praticarei minha função com consciência, ética e dignidade. A qualidade dos serviços aliada ao contentamento pessoal dos meus clientes será a primeira de minhas preocupações. Respeitarei todos segredos a mim confiados. Manterei, a todo custo, a honra e a tradição de minha profissão. Aos meus colegas dispensarei respeito e consideração. Jamais usarei meus conhecimentos estéticos, contrariamente aos princípios e leis soberanas que regem a Carta Magna brasileira. Prometo trabalhar em prol do desenvolvimento científico, tecnológico e humanístico de minha profissão, devidamente alicerçado nos fundamentos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, com paz e justiça. Que sejam assim iluminados os caminhos trilhados, tanto por mim como por meus colegas de profissão.” Fonte: JURAMENTO DOS ESTETICISTAS-FORMATURA. Tudo sobre o mundo da estética, São Paulo, 8 Jun. 2014. Disponível em: http://tudosobreomundodaestetica.blogspot.com/2014/06/juramento-dos- esteticistas-formatura.html. Acesso em: 29, Maio 2021. http://tudosobreomundodaestetica.blogspot.com/2014/06/juramento-dos-esteticistas-formatura.html http://tudosobreomundodaestetica.blogspot.com/2014/06/juramento-dos-esteticistas-formatura.html 3 REGRAS PARA OS ESPAÇOS DE BELEZA https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/beautician-cosmetology-office-cosmetologist- doctor-dermatologist-1891499650 É importante discutirmos sobre as normas de segurança nas clínicas de estética, pois toda medida que visa a manutenção da segurança e bem-estar dos nossos pacientes caracteriza uma medida de reflexão ética, pois leva em conta o outro. O primeiro e mais importante passo para seguir as normas de segurança no ambiente de trabalho é verificar sempre a legislação vigente para cada parte da clínica, bem como para os equipamentos e cosméticos utilizados. Para isso, basta acessar o site da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). SAIBA MAIS https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/beautician-cosmetology-office-cosmetologist-doctor-dermatologist-1891499650 https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/beautician-cosmetology-office-cosmetologist-doctor-dermatologist-1891499650 No site oficial da ANVISA, em “consultas”, é possível verificar se os cosméticos e demais produtos estão devidamente regularizados. Ao clicar em “cosméticos”, é possível inserir o nome do produto, o CNPJ da empresa responsável e o número de registro do produto, dessa forma antes de comprar o produto é possível saber se ele foi inspecionado e aceito. Para saber mais, basta acessar o link: https://consultas.anvisa.gov.br/#/. #SAIBA MAIS# A Fim de evitar danos à saúde de nossos pacientes, vamos apontar algumas regras que devem ser seguidas em cada ambiente de tratamento: - ESPAÇO DE EMBELEZAMENTO PESSOAL: · Os biombos devem estar sempre alinhados ao lado da maca para fácil acesso do profissional ou posicionado nos pés da maca, nunca no meio da sala para evitar acidentes; · As banquetas disponíveis devem possuir pés fixos, pois pés com rodinhas geram maiores riscos de acidentes; · Os espelhos, armários e demais superfícies devem ser limpos primeiro com um pano úmido para retirada do pó, e, logo após, um outro pano úmido com álcool 70%; · Aparelhos para depilação devem ser higienizados frequentemente com álcool 70%, e ceras de depilação nunca devem ser compartilhadas. Caso sobre cera da panela de cera esta deve ser descartada e a panela higienizada por dentro com álcool 70% após esfriar. Caso sobre cera nos rolos de cera utilizados em equipamentos manuais que aquecem (demonstrado na imagem abaixo), é preciso descartar totalmente o rolo, pois este estará contaminado. Um rolo só pode ser utilizado em uma única pessoa; · O ar-condicionado deve ser limpo com frequência por empresas responsáveis; https://consultas.anvisa.gov.br/#/ · As escadinhas para que o cliente suba na maca devem ser de ferro e com borracha nos pés para evitar acidentes; · Utensílios de pedicure e manicure devem ser esterilizados, ou, preferencialmente, de uso pessoal; · Utensílios utilizados para escalda-pés devem ser lavados com água e sabão, e,
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