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Método socrático

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Método socrático: ironia e maiêutica
O uso da ironia como método consistia em perguntar sobre algo que seria objeto do debate, negando os pré-conceitos e concepções acerca do assunto em questão. Aliás, ironia vem da palavra eirein. Em uma tradução livre seria algo como perguntar, ou o ato de perguntar fingindo não saber. 
A ironia, enquanto método se dá pela elaboração de diversas perguntas feitas ao interlocutor visando expor que seu ponto de vista é apenas uma opinião e não uma verdade absoluta e universal. Assim, quando Sócrates começava os seus diálogos, o fazia sempre indagando sobre algo que seu interlocutor tinha como certo para demonstrar que aquilo era somente uma visão parcial do assunto. 
Dando sequência ao debate, Sócrates continuava fazendo perguntas. Todavia, a finalidade agora era outra. Ao invés de livrar o interlocutor dos preconceitos e opiniões infames, Sócrates queria que o interlocutor conseguisse definir algum conceito a respeito de algo.  
Essas novas perguntas tinham por objetivo conduzir o debate até que alguma nova perspectiva se formasse. Chamamos isso de maiêutica. O termo faz referência à mãe de Sócrates, que era parteira. Por conta disso, a Maiêutica é entendida como a arte auxiliar a dar à luz as ideias. 
Você deve ter reparado que foi dito que a maiêutica auxilia no nascimento das ideias e não que ela gera as ideias, certo? Isso porque Sócrates pensava que nós já possuímos as ideias em nosso espírito. Ele pressupunha que as pessoas tinham uma espécie de alma imortal, sendo necessário apenas encontrar o caminho para que essa ideia viesse ao mundo. 
O julgamento de Sócrates
Amar a sabedoria
Na visão socrática é dever do filósofo opor-se ao misticismo, pois ele obscurece o conhecimento. O misticismo lança suas sombras sobre o mundo e impede as pessoas de desvendarem os mistérios do cosmo. Em outras palavras, filósofo é aquele que se opõe ao mito, buscando de maneira aguerrida a verdade para libertar o mundo das correntes da tirania e do misticismo.
Conhecimento x opinião
É justamente na ideia de deter o conhecimento que Sócrates fazia sua maçante filosofia. Segundo o filósofo, é descabido pensar que algo possa ser conhecido de maneira absoluta. Logo, tudo aquilo que constituísse uma definição absoluta das coisas era uma doxa, ou seja, uma reles opinião acerca de algo.
Vamos deliberar aqui, então, que quando você não tem certeza absoluta de algo, chamaremos isso de doxa. Isto é, uma visão de mundo sua que mais parece uma crença do que uma teoria, pois não possui uma comprovação ou uma investigação séria acerca do assunto.
A condenação da democracia
Nessa jornada em busca da episteme, Sócrates acabou irritando bastante gente, principalmente por conta das “tretas” que acabaram por envolver a organização política da pólis. Liga-se no contexto da coisa: Sócrates vivia em Atenas, local onde se teve origem o regime político denominado democracia.

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