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Os pensadores - Augusto Comte

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Trabalho/resumo comentado da obra Os Pensadores de Augusto Comte
Augusto Comte nasceu em 1798 e teve uma vida pautada por desafios econômicos indo, entretanto, já na juventude, a estudar na Escola Politécnica de Paris, onde teve contato pela primeira vez com o método científico. Passado algum tempo, Comte deixa o colégio e passa a ser influenciado por ideólogos sendo a obra “Esboço de um Quadro Histórico do Progressos do Espírito Humano” que marca a ideologia de Augusto Comte como veremos nas próximas lições. 
Com o passar dos anos Augusto Comte acaba se distanciando tanto de Saint-Simon, o qual era secretário e influenciou Comte sobre o positivismo, quanto do colégio em que lecionava matemática, após críticas a matemáticos importantes. Ainda, após processos de separação e um novo casamento, ele acabou morrendo na solidão de sua própria companhia. 
Entretanto, ele não só colecionou sucessos, traumas e desesperos, tendo criado esse livro o qual eu resumo nesse momento. Comte, em sua noção de conhecimento, afirmava que o homem precisava passar por um processo de reformulação intelectual tendo três temas necessários: filosofia positiva – para mostrar como se deveria pensar; os fundamentos da filosofia positiva; uma sociologia que culminasse em uma reforma das instituições. 
A partir disso, inicia-se, propriamente dito, o curso de filosofia positiva a qual o livro tem objetivo de tratar. A leitura pode ser um tanto complicada, mas todo devaneio e exemplificação imaginária passa a ser bem-vinda nesse mar de positivismo no qual passo a mergulhar nesse momento. 
O objetivo desta primeira lição é expor nitidamente a finalidade do curso, a saber, determinar exatamente o espírito no qual serão considerados os diversos ramos fundamentais da filosofia natural. (Ou seja, a ideia do livro não é trazer e formar ideias, mas sim um pensamento crítico acerca da filosofia natural e positivista de Comte). 
O ser humano possui uma visão geral e progressista e isso lhe fornece algumas características racionais. Nesse cenário de racionalidade, cada ramo dos nossos conhecimentos passa por três estados históricos, sendo eles o teológico ou fictício, estado metafísico ou abstrato e o estado científico ou positivo. Portanto, o ato de filosofar passa por esses três estágios do pensamento sucessivamente, que representam o ponto de partida da inteligência humana (teológico) até o ponto final do conhecimento no seu estado fixo e real (positivo). 
A. No estado teológico, o espirito humano tenta explicar os fatos que ocorrem no universo a partir da ação direta de agentes sobrenaturais. 
B. No estado metafísico, os agentes sobrenaturais do primeiro são substituídos por entidades abstratas que seriam responsáveis por determinado tipo de coisa (Deus da chuva, senhor da lua) 
C. No estado positivo, o espirito humano passa a buscar por explicações reais quanto a origem dos fenômenos e acontecimentos e renuncia essa ideia do sobrenatural, surgem assim, diferentes vertentes de conhecimento, principalmente, nas ciências exatas. 
Ela é importante para entender o verdadeiro caráter da filosofia positiva, em oposição às duas outras filosofias que dominaram durante um longo tempo, até os últimos séculos. Uma prova histórica da mudança filosófica ao longo dos anos é o desenvolvimento das capacidades de inteligência individual. Certamente, enquanto as pessoas são mais jovens seria complicado identificar esse cenário, porém, já adultas, é notória a passagem de um momento teológico (criança), metafísico (jovem) positivo (adulto). 
Entretanto, além dessa observação direta dessa passagem, tem-se, ainda, algumas considerações teóricas a serem tratas nesse momento. A consideração mais importante enfatiza a necessidade de se desenvolver teorias capazes de ligar os pontos entre as hipóteses acerca do que cada fenômeno poderia representar e no desenvolvimento de uma dúvida ou inquietude a partir da observação desses fenômenos.
 O problema reside em, se toda teoria positiva precisa partir primordialmente de um processo de observação, de onde surgiria um senso crítico ou uma teoria acerca do que se observa. É nesse cenário que surge, felizmente, uma porta natural que reside no desenvolvimento espontâneo de concepções teológicas, um modo simples que explica a necessidade do ser humano de passar por esses dois primeiros processos filosóficos para o desenvolvimento do pensamento positivo. 
No contexto hodierno, os indivíduos já estão maduros e capazes de realizar investigações científicas capazes de reconhecer e explicar fatos sem precisar recorrer pra explicações imaginárias e mirabolantes como propunham astrólogos e alquimistas. Entretanto, a capacidade intelectual e o arcabouço do conhecimento só conseguiram se preencher a partir dessas ideias mirabolantes, dessas explicações estranhas, partindo de uma teoria teológica, uma teoria metafísica para, em seguida, criar indagações acerca do que realmente era possível de ser explicado e compreendido pelo homem. 
Ainda, existe uma importância muito grande nessa transição da filosofia pautada na filosofia metafísica. É notório que as teorias teológica e positiva estão tão diametralmente opostas uma a outra, que seria praticamente impossível, no cenário do desenvolvimento intelectual, partir diretamente de uma para a outra. É nesse contexto que a metafísica tem papel muito importante na união dessas diferentes vertentes de conhecimento teórico.
O caráter fundamental da filosofia positiva é tomar todos os fenômenos como sujeitos de leis naturais invariáveis. Grosso modo, é entender como esses fenômenos acontecem e estabelecer vias de comunicações entre as circunstâncias as quais eles ocorrem e sua relação de similaridade e sucessão comparado a outros eventos também analisados. 
Além disso, não é de natureza da filosofia positiva explicar ou tentar conhecer as causas para o surgimento de determinado fenômenos. A ideia reside em explica-lo e compreende-lo de maneira a satisfazer a necessidade de entendimento acerca do fenômeno, sem extrapolar as limitações de investigação. Assim, é um caráter inteiramente positivo lançar mão dos problemas inalcançáveis e restringir-se a investigações palpáveis e possíveis. 
É complicado entender a origem, de fato, da filosofia positiva, entretanto, sabe-se que para chegar a ela foi necessário passar pelos momentos teológico e metafísico, não necessariamente por um mesmo período de tempo. Cada uma dessas passagens filosóficas se manifeste em períodos sucessivos, porém, de mesma duração. 
Se fosse necessário estabelecer um marco histórico onde a filosófica positiva se desenvincilha das amarras da filosofia metafísica de uma maneira mais evidente, enfatiza-se a época a partir dos trabalhos de Aristóteles e da escola de Alexandria. Entretanto, para impedir devaneias, convém estabelecer um período específico, e cabe a Bacon, Descartes e Galileu, nos séculos XVI e XVII, estabelecer esse marco. 
Desde essa grande época, onde exaltou-se as características positivas da filosofia por esses pensadores, em especial, as demais vertentes entram em crise em favor da observação e explicação dos fenômenos e acontecimentos. Entretanto, é possível que hoje a filosofia positiva consiga abraçar todas as explicações do universo? Não, e nesse cenário algumas correntes filosóficas teológicas e metafísicas persistem na existência social humana. 
O que colabora para isso são que, mesmo tendo explicações e entendimentos profundos voltados para os quatro principais fenômenos naturais (astronômicos, químicos, físicos e fisiológicos), existe uma substancial lacuna quanto aos fenômenos sociais, que são processos mais profundos de aprendizado e que demandam mais tempo para se alcançar esse entendimento. Nesse cenário, se já foi de a capacidade humana fundar e explicar a física celeste, física terrestre, a mecânica, a química, o que nos resta nesse momento par romper completamente as vertentes lacrar a filosofia positivista seria uma física social, que, talvez seja, um dos primeiros objetivos desse livro. 
Passamospara o segundo objetivo geral desse livro. Sabendo-se que a fundação de uma física social completaria o sistema das ciências naturais, é necessário resumir os conhecimentos adquiridos que podem ou não ter atingido um estado de conhecimento fixo e homogêneo. 
No estado cru de nossos conhecimentos, não existe uma forma de dividi-los de maneira regular, desse modo todas as ciências passam a ser cultivadas e entendidas de maneira simultânea no nosso intelectual. Esse é um dos pontos chave da filosofia positiva, com o amadurecimento desse conhecimento positivo, o trabalho intelectual vai se dividindo e fragmentando para a criação de grupos específicos que foram chamados de fenômenos naturais. 
Entretanto, tal capacidade de separar e distanciar esses fenômenos gerou um cenário atual de desmembramento do todo filosófico. Cada vez mais o ser humano se especializa na realização do estudo de coisas muito pontuais e perdem o foco da obra como um todo, característica oposta aos pensadores fundadores dessa filosofia positiva. 
Nesse cenário, para tentar diminuir esse desfoque do todo no desenvolvimento dos estudos, não seria necessário retroceder ao modo como pensavam os intelectuais dos séculos passados, mas sim, desenvolver um outro grande grupo do conhecimento como generalidades científicas. Assim, esses intelectuais de generalidades científicas seriam os encarregados em descobrir e resumir as relações entre as diversas áreas dos fenômenos naturais, enquanto esses intelectuais que buscam por conhecimento pontuais e específicos de cada vertente alimentam o arcabouço de conhecimento necessário para a união desses grandes fenômenos naturais, prevenindo, assim, a dispersão das concepções humanas. 
Dentre as principais vantagens da filosofia positiva, uma delas é o resultado racional para fornecer verdades, por meio de evidências e observações, quanto aos fenômenos naturais. Esse caminho até a chegada do resultado racional pode ser feito a partir de diferentes óticas de estudo, sendo duas importantes e fundamentais a estática e a dinâmica, sendo ambas complementares para a formação do intelecto humano, porém de diferentes pontos de vista. Entretanto, o que volta à tona novamente, é constante ideia de observação como o início do processo de aprendizagem para a formação do conhecimento lógico. 
Quando se fala em emoções, a observação revoga a si mesmo a ação de observador e autor, e nesse caso seria incompatível para um observador externo entender os fenômenos intelectuais que estão acontecendo. Entretanto, o que resta a esse observador seria a análise do exercício de manifestar emoções do outro, o que é passível de ser visto. Nesse cenário que surge a psicologia e as análises subjetivas do ser. 
Muitos embates caracterizaram o período de formação desses métodos de conhecimento, sendo os cientistas voltados aso estudos positivos, apreensivos e afastados desse cenário psicológico, até mesmo com um certo desprezo. Entretanto, eles cobravam desses estudiosos uma só análise, uma descoberta concreta, um achado se quer sem que eles tenham feito observações efetivos para chegar a uma conclusão lógica, e desse modo, rechaçavam a subjetividade intrínseca a psicologia. 
Dessa maneira, não se trata simplesmente de entender o que foi o estudo do positivismo, mas sim conseguir estudar as diversas aplicações dele efetuadas pelo espírito humano. Os dois principais resultados disso são o conhecimento preciso das regras necessárias para seguir gerando investigações verídicas da maneira correta, além de estabelecer a filosofia positiva nos sistemas de educação, sendo a segunda posta como de uma urgência maior.
Como crítica aos métodos de educação ainda europeios, essencialmente teológicos, metafísicos e literários, estes deveriam ser substituídos pela educação positiva, porém adaptada às necessidades da civilização moderna. Os métodos educativos são pautados no estudo isolado de diferentes acontecimentos e fenômenos, mesmo que abarcando todos os quatro fenômenos naturais, existe uma quebra quanto a diferentes assuntos pela separação e fragmentação desses conhecimentos naturais, e isso se torna um problema para a educação positivista. Para se tornar efetiva, todo esse conhecimento deveria se unir em um tronco fonte, estabelecendo seus métodos principais e seus resultados. 
Ainda, não basta somente estudar as generalidades cientificas para melhorar os processos educativos, mas sim é preciso contribuir para o progresso das técnicas positivas. Essa constitui basicamente a terceira propriedade fundamental do capítulo. 
Por fim, a quarta propriedade fundamental é uma das mais importantes atualmente para a prática. O que o autor pontua é que somente a filosofia positiva seria capaz de construir uma base para a reorganização social e assim sair do estado de crise a qual vive as civilizações modernas. Sabe-se que as grandes crises política e moral das sociedades provêm da anarquia intelectual, assim, enquanto as inteligências individuais não aderirem a um consenso, quanto a certo número de ideias e, assim, formar uma doutrina social comum, o estado das nações permanecerá nesse contexto revolucionário comportando apenas instituições provisórias. 
Noutra lição, Augusto Comte afirma que é preciso estabelecer uma classificação racional entre as ciências fundamentais e positivas. Entretanto, é complicado realiza-la, pois ainda não existe um arcabouço enciclopédico que abarque de maneira satisfatória a filosofia positiva, sendo todos infectados por algum conhecimento teológico ou metafísico, o que acaba dificultando que as concepções principais se tornem positivas. 
Ainda, Comte considera que todos os trabalhos humanos são especulações ou são ações. Sendo assim, eles podem ser entendidos como teóricos ou práticos, sendo que as especulações ou trabalhos teóricos devem ser realizados junto a observação da natureza para se chegar a um fim esperado positivo. 
O autor considera que, para explicar e satisfazer as necessidades fundamentais de explicação natural, as ciências precisariam ser organizadas de uma maneira fácil, para que não se perdessem em uma nebulosa de teologia e metafísica. Depois de ter realizado o estudo da natureza, o espirito humano deve proceder as pesquisas teóricas, sabendo que mão é mais preciso identificar a utilidade imediata das coisas. 
Desse modo, a ciência humana compõe-se dos conhecimentos especulativos e dos conhecimentos de aplicação dos mesmos, além dos conhecimentos teóricos serem, ainda, divididos em ciências gerais e ciências particulares. Sendo assim, a questão da enciclopédia positiva, a classificação racional e satisfatória dessas ciências fundamentais.
Noutro ponto, Augusto Comte descreve que toda ciência tem dois caminhos diferentes para serem expostas. O primeiro deles, o caminho histórico, basicamente como o nome diz, expõe os conhecimentos de uma forma cronológica, tendo como didática estudar essa ordem de acordo com os acontecimentos. O segundo caminho é o caminho dogmático. Nesse segundo caso, o caminho representa uma lógica natural dos acontecimentos. 
Entretanto, o autor coloca que o caminho dogmático, mesmo que necessário para se descobrir conhecimentos anteriores de um ponto de vista mais direto, é um tanto perigoso ao passo que as vezes não desconsideras formas porque se formaram o conhecimento. Todos os documentos sobre as mais diversas áreas devem ser tomados apenas como materiais de análise e não como conhecimento propriamente dito, se não poderia estar se baseando de maneira errônea sobre conhecimento formulados de maneiras desconsideradas pela filosofia positiva. 
Comte adotou como critério enciclopédico o grau de simplicidade, generalidade, complexidade e especificidade dos estudos dos fenômenos. Dessa maneira, essa organização levou ele a dividir as naturalidades em fenômenos de corpos brutos e fenômenos de corpos organizados, sendo o último mais complicado pela necessidade de se entender os fenômenos fisiológicos desses corpos. O objetivo não é estabelecer critérios para dissocia-los, mas simentender que existe uma diferença marcante e essencial entre eles sendo a procedência do estudo da física dependente do estabelecimento de leis gerais da física inorgânica. 
Essas leis gerais da física inorgânica, por sua vez, devem ser divididas em fenômenos gerais do universo, ou fenômenos astronômicos, que são mais gerais e de difícil entendimento, e as leis da física terrestre, que são mais palpáveis e começam seus estudos com o efeito da gravitação universal. Ainda, as leis terrestres são dividias em químicas e físicas, sendo que as leis químicas só caminham após as físicas, visto que as leis físicas possuem influência direta na química. Importante que o autor salienta que é necessária essa divisão didática mais para facilitar o estudo. 
Noutro cenário de análise, Comte analisa que o ser humano como estrutura, dividindo-o em duas ordens de fenômenos. O primeiro é o fenômeno relativo ao indivíduo, que são mais fáceis de serem analisados. O segundo, e mais complicado, são os fenômenos relativos a espécie, que são mais particulares e mais complicados de serem analisados. Dessas categorias, surgem duas seções da física orgânica que Comte considera importantes: a fisiologia e a física social. 
Além, disso, voltando uma casa nas análises relativas e ampliando o escopo de estudo o autor divide a grande filosofia em cinco ciências fundamentais: a astronomia, que são fenômenos gerais que se encontram afastados da realidade da humanidade, a física, a química, a fisiologia e a física social, que é a ciência mais próxima da realidade das pessoas.
Finalizando os tópicos, Comte pontua a importância de separar a matemática em dois grandes grupos sendo uma abstrata e diferenciada do cálculo. A parte concreta da matemática, sendo a geometria e a mecânica se escoram na matemática abstrata e isso forma a base de toda a filosofia natural que considera possível todos os fenômenos do universo como geométricos ou mecânicos. Além disso, a matemática abstrata passa a ser formada a parti de dedução e inferências, não precisando, como a concreta, passar pelos processos de observação que o qual preconiza o conhecimento positivo.
Da maneira como o autor aponta a matemática como uma ciência que fundamente a filosofia positiva, nota-se a sequencialidade e interdependência sucessiva para o desenvolvimento das demais ciências em detrimento dessa primeira. Desse modo, é perceptível que o autor afirma a necessidade de, para ter uma educação racional e positiva, que as pessoas partam de um conhecimento matemático por essa ser a ciência base e mais geral do que as outras. Essa acaba sendo a forma enciclopédica que Augusto Comte toma como ideal, partindo da matemática para o desmembramento das demais ciências - a astronomia, a física, a química, a fisiologia e a física social. 
Portanto, Augusto Comte, ao longo do curso de filosofia positiva, apontou o que seria necessário para desenvolver e iniciar o desenvolvimento de um pensamento positivo, partindo da filosofia teológica, passando pela metafísica, até chegar na filosofia positiva, a qual seria ideal, racional e essencial para o progresso do conhecimento humano. Além disso, divide a filosofia metafísica dentre as diferentes áreas e explica a necessidade na realização de determinados passos comprobatórios na busca do conhecimento para que ele seja de fato um conhecimento positivo. 
Além disso, o Autor, ao longo da obra, enfatiza que a dificuldade no desenvolvimento do conhecimento positivo reside na falta de disposição enciclopédica adequada para que os conhecimentos positivos consigam se organizar, sendo muitos dos documentos só necessários como uso de análise e não de conhecimento propriamente dito, pois muito não possuíam critérios positivos na formulação dos conhecimentos. O que eu, como aluno, noto, é que Comte na verdade estava tentando pensar em uma maneira de firmar o conhecimento como real e racional, e a partir da concretização de uma base forte desses conhecimentos e leis gerais elevar os níveis de conhecimento a partir dessa sólida fundação de conhecimentos irrevogáveis.

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