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1. UERN 2015
Apesar da ênfase dada ao açúcar, a economia colonial não
se esgotava nas plantações desse produto (...). Havia os
pequenos produtores de alimentos que abasteciam os
engenhos e as cidades (...). Nunca, desde o inicio da
instalação da agroindústria, houve a diminuição do volume
de açúcar produzido nas areas a eles destinadas. (...) As
mais ricas regiões produtoras de açúcar da Bahia tinham
muitos braços para o trabalho.
(Disponível em:
http://pequenaantropoIoga.blogspotcombr/ZO'I1/07/fichamento-
montagem-da-economiahtml.)
O texto se relaciona à economia colonial. Nesse contexto, o
plantation, utilizado não só na América Portuguesa, mas
também nas outras colônias americanas, foi caracterizado
basicamente pelos seguintes elementos:
a. Policultura, importação, Iatifúndio e colonato.
b. Monocultura, balança comercial, parceria e escambo.
c. Monocultura, Iatifúndio, exportação e trabalho escravo.
d. Policultura, minifúndio, subsistência e trabalho
compulsório.
2. ENEM 2011
O açúcar e suas técnicas de produção foram levados a
Europa pelos árabes no século Vlll, durante a ldade Media,
mas foi principalmente a partir das Cruzadas (séculos Xl e
Xlll) que a sua procura foi aumentando. Nessa época passou
a ser importado do Oriente Médio e produzido em pequena
escala no sul da ltália, mas continuou a ser um produto de
luxo, extremamente caro, chegando a figurar nos dotes de
princesas casadoiras.
CAMPOS, R. Grandeza do Brasil no tempo de Antonil
(1681-1716). São Paulo: Atual, 1996.
Considerando o conceito do Antigo Sistema Colonial, o
açúcar foi o produto escolhido por Portugal para dar início a
colonização brasileira, em virtude de
a. o lucro obtido com o seu comércio ser muito vantajoso.
b. os árabes serem aliados históricos dos portugueses.
c. a mão de obra necessaria para o cultivo ser insuficiente.
d. as feitorias africanas facilitarem a comercialização desse
produto.
e. os nativos da America dominarem uma tecnica de cultivo
semelhante.
3. ENEM 2012
Torna-se claro que quem descobriu a África no Brasil, muito
antes dos europeus, foram os próprios africanos trazidos
como escravos. E esta descoberta não se restringia apenas
ao reino linguístico, estendia-se também a outras áreas
culturais, inclusive à da religião. Há razões para pensar que
os africanos, quando misturados e transportados ao Brasil,
não demoraram em perceber a existência entre si de elos
culturais mais profundos.
SLENES, R. Malungu, ngoma vem! África coberta e
descoberta do Brasil. Revista USP, n. 12, dez./jan./fev.
1991-92 (adaptado).
Com base no texto, ao favorecer o contato de indivíduos de
diferentes partes da África, a experiência da escravidão no
Brasil tornou possível a
a. formação de uma identidade cultural afro-brasileira.
b. superação de aspectos culturais africanos por antigas
tradições europeias.
c. reprodução de conflitos entre grupos étnicos africanos.
d. manutenção das características culturais específicas de
cada etnia.
e. resistência à incorporação de elementos culturais
indígenas.
4. UCS 2014
Relacione as escravidões indígena e de origem africana
presentes no Brasil durante os períodos Colonial e Imperial,
apresentadas na COLUNA A, às características que as
identificam, elencadas na COLUNA B.
Assinale a alternativa que completa correta e
respectivamente os parênteses, de cima para baixo.
a. 1-2-1-2
b. 2-2-1-2
c. 2-1-2-1
d. 2-1-1-2
e. 1-2-1-1
ECONOMIA AÇUCAREIRA
5. FATEC 2003
As colônias eram uma das mais importantes fontes de
riquezas das quais as monarquias nacionais europeias
Iançavam mão para se consolidar como Estados fortes e
centralizados. Sobre o Brasil-Colônia é correto afirmar:
a. na sociedade colonial brasileira, existiram relações feudais
de produção, especialmente na submissão das populações
nativas.
b. entre as atividades voltadas para exportação estava a
pecuária, que abastecia as diferentes regiões brasileiras e a
metrópole.
c. a administração colonial era descentralizada, cabendo às
Câmaras Municipais governar o país.
d. no séc. XVIII, a região das Minas Gerais iria sofrer um
declínio populacional devido às restrições feitas por Portugal,
que temia perder o controle da lavra e da fundição do ouro.
e. com a cana-de-açúcar ocorreu efetivamente o processo
de povoamento e de instalação da estrutura
político-administrativa portuguesa, no Brasil.
6. FATEC
A escravidão indígena adotada no início da colonização do
Brasil foi progressivamente abandonada e substituída pela
africana entre outros motivos, devido:
a. ao constante empenho do papado na defesa dos índios
contra os colonos.
b. a bem-sucedida campanha dos jesuítas em favor dos
índios.
c. à completa incapacidade dos índios para o trabalho.
d. aos grandes lucros proporcionados pelo tráfico negreiro
aos capitais particulares e à Coroa.
e. ao desejo manifestado pelos negros de emigrarem para o
Brasil em busca de trabalho.
7.
A casa-grande, residência do senhor de engenho, é uma 
vasta e sólida mansão térrea ou em sobrado; distingue-se 
pelo seu estilo arquitetônico sóbrio, mas imponente, que 
ainda hoje empresta majestade ã paisagem rural, nas velhas 
fazendas de açúcar que a preservaram. Constituía o centro 
de irradiação de toda a atividade econômica e social da 
propriedade. A casa-grande completava-se com a capela, 
onde se realizavam os ofícios e as cerimônias religiosas [...].
Próximo se erguia a senzala, habitação dos escravos, os
quais, nos grandes engenhos, podiam alcançar algumas
centenas de 'peças'. Pouco além serpenteava o rio, traçando
através da floresta uma via de comunicação vital. O rio e o
mar se mantiveram, no período colonial, como elementos
constantes de preferência para a escolha da situação da
grande lavoura. Ambos constituíam as artérias vivificantes:
por meio delas o engenho fazia escoar suas safras de
açúcar e, por elas, singravam os barcos que conduziam as
toras de madeira abatidas na floresta, que alimentavam as
fornalhas do engenho, ou a variedade e a multiplicidade de
gêneros e artigos manufaturados que o engenho adquiria
alhures [...]. 
(Alice Canabrava apud Déa Ribeiro Fenelon (org). 50 textos
de história do BrasiI,'I 986.)
Quanto à organização da vida e do trabalho no engenho
colonial, o texto
a. destaca a ausência de quaisquer relações de trabalho e
de amizade dos senhores com os seus escravos.
b. demonstra a distribuição espacial das construções e seu
papel no funcionamento e na lógica do poder dentro do
engenho.
c. enfatiza a predominância do trabalho compulsório e os
lucros obtidos na comercialização de escravos de origem
africana.
d. denuncia o descaso dos senhores de engenho com a
escolha da localização para a instalação do engenho.
e. atesta a irracionalidade do posicionamento das
edificações e os problemas logísticos trazidos pela falta de
planejamento espacial.
8.
Na opinião do historiador Caio Prado Jr., todo povo tem na
sua evolução, vista a distância, um certo sentido. Este se
percebe, não nos pormenores de sua história, mas no
conjunto dos fatos e acontecimentos essenciais...
Assinale a alternativa que corresponde ao "sentido" da
colonização portuguesa no Brasil.
a. A colonização se estabeleceu dentro dos padrões de
povoamento e expansão religiosa.
b. A colonização foi um fato isolado, portanto, uma aventura
que não teve continuidade.
c. A colonização foi o resultado da expansão marítima dos
países da Europa e, desde o início, constituiu-se numa
sociedade de europeus sem nenhuma miscigenação.
d. A colonização se realizou no "sentido" de uma vasta
empresa comercial para fornecer ao mercado internacional
açúcar, tabaco, ouro, diamantes, algodão e outros produtos.
e. A colonização portuguesa teve, desde cedo, o objetivo de
criar um mercado nacional no Brasil.
9. ENEM 2012
Em um engenho sois imitadores de Cristo crucificado porque
padeceis em um modo muito semelhante o que o mesmo
Senhor padeceu na sua cruz e em toda a sua paixão. A suacruz foi composta de dois madeiros, e a vossa em um
engenho é de três. Também ali não faltaram as canas,
porque duas vezes entraram na Paixão: uma vez servindo
para o cetro de escárnio, e outra vez para a esponja em que
lhe deram o fel. A Paixão de Cristo parte foi de noite sem
dormir, parte foi de dia sem descansar, e tais são as vossas
noites e os vossos dias. Cristo despido, e vós despidos;
Cristo sem comer, e vós famintos; Cristo em tudo maltratado,
e vós maltratados em tudo. Os ferros, as prisões, os açoites,
as chagas, os nomes afrontosos, de tudo isto se compõe a
vossa imitação, que, se for acompanhada de paciência,
também terá merecimento de martírio.
VIEIRA, A. Sermões. Tomo XI. Porto: Lello & Irmão, 1951
(adaptado).
O trecho do sermão do Padre Antônio Vieira estabelece uma
relação entre a Paixão de Cristo e
a. a atividade dos comerciantes de açúcar nos portos
brasileiros.
b. a função dos mestres de açúcar durante a safra de cana.
c. o sofrimento dos jesuítas na conversão dos ameríndios.
d. o papel dos senhores na administração dos engenhos.
e. o trabalho dos escravos na produção de açúcar.
10. ENEM 2013
Seguiam-se vinte criados custosamente vestidos e montados
em soberbos cavalos; depois destes, marchava o
Embaixador do Rei do Congo magnificamente ornado de
seda azul para anunciar ao Senado que a vinda do Rei
estava destinada para o dia dezesseis. Em resposta obteve
repetidas vivas do povo que concorreu alegre e admirado de
tanta grandeza.
Coroação do Rei do Congo em Santo Amaro, Bahia apud DEL PRIORE,
M. Festas e utopias no Brasil colonial. In: CATELLI JR., R. Um olhar
sobre as festas populares brasileiras. São Paulo: Brasiliense, 1994
(adaptado).
Originária dos tempos coloniais, a festa da Coroação do Rei
do Congo evidencia um processo de
a. exclusão social.
b. imposição religiosa.
c. acomodação política.
d. supressão simbólica.
e. ressignificação cultural.
11. FGV 2014
Dos engenhos, uns se chamam reais, outros inferiores,
vulgarmente engenhocas. Os reais ganharam este apelido
por terem todas as partes de que se compõem e todas as
oficinas, perfeitas, cheias de grande número de escravos,
com muitos canaviais próprios e outros obrigados à moenda;
e principalmente por terem a realeza de moerem com agua,
à diferença de outros, que moem com cavalos e bois e são
menos providos e aparelhados; ou, pelo menos, com menor
perfeição e largueza, das oficinas necessárias e com pouco
número de escravos, para fazerem, como dizem, o engenho
moente e corrente.
ANTONIL, André João. Cultura e opuléncia do Brasil. Belo
Horizonte: Itatiaia; São Paulo: Edusp. 1982, p. 69.
O texto oferece uma descrição dos engenhos no Brasil no
início do século XVIII. A esse respeito é correto afirmar:
a. O engenho de açúcar foi a principal unidade econômica
do sertão nordestino durante o período colonial, permitindo a
ocupação dos territórios situados entre o rio São Francisco e
o rio Parnaíba.
b. A produção de açúcar no nordeste brasileiro colonial, em
larga escala, foi possível graças à implantação do sistema
de fábrica e ao uso do vapor como força motriz nas
moendas.
c. Os engenhos da Bahia utilizavam, sobretudo, mão de obra
escrava africana, enquanto que nos engenhos
pernambucanos predominava o trabalho indígena.
d. Os grandes engenhos desenvolviam todas as etapas de
produção do açúcar, do plantio, passando pela moagem, a
purga, a secagem e até a embalagem.
e. A produção de açúcar no sistema de "plantation" ficou
restrita aos domínios lusitanos das Américas, durante a
época colonial, o que garantiu bons lucros aos produtores
locais e aos comerciantes reinóis.
12. UFF
"Os escravos são as mãos e os pés do senhor de engenho,
porque sem eles não é possível fazer, conservar e aumentar
fazenda, nem ter engenho corrente"
(ANTONIL, 'Cultura e opulência do Brasil'. Belo Horizonte:
Itatiaia, 1982, p. 89.)
Assinale a alternativa correta:
a. A escravização dos negros africanos permitiu que os
índios deixassem de ser escravizados durante o período
colonial.
b. O trabalho manual era visto como degradante pelos
senhores brancos, e a escravidão, uma forma de lhes
garantir uma vida honrada no continente americano.
c. Apesar dos vultosos lucros obtidos com o trafico, a
adoção da escravidão de africanos explica-se pela melhor
adequação dos negros a rotina do trabalho colonial.
d. Extremamente difundida na Região Nordeste, a
escravidão teve um papel secundário e marginal na
exploração das minas de metais e pedras preciosas no
interior do Brasil.
e. Diante das condições de vida dos escravos, os jesuítas
criticaram duramente a escravidão dos negros africanos, o
que provocou diversos conflitos no período colonial.
13. ENEM 2012
Próximo da Igreja dedicada a São Gonçalo nos deparamos
com uma impressionante multidão que dançava ao som de
suas violas. Tão logo viram o Vice-Rei, cercaram-no e o
obrigaram a dançar e pular, exercício violento e pouco
apropriado tanto para sua idade quanto posição. Tivemos
nós mesmos que entrar na dança, por bem ou por mal, e não
deixou de ser interessante ver numa igreja padres, mulheres,
frades, cavalheiros e escravos a dançar e pular misturados,
e a gritar a plenos pulmões “Viva São Gonçalo do
Amarante”.
Barbinais, Le Gentil. Noveau Voyage autour du monde.
Apud: TINHORÃO, J. R. As festas no Brasil Colonial. São
Paulo: Ed. 34, 2000 (adaptado).
O viajante francês, ao descrever suas impressões sobre uma 
festa ocorrida em Salvador, em 1717, demonstra dificuldade
em entendê-la, porque, como outras manifestações
religiosas do período colonial, ela
a. seguia os preceitos advindos da hierarquia católica
romana.
b. demarcava a submissão do povo à autoridade constituída.
c. definia o pertencimento dos padres às camadas
populares.
d. afirmava um sentido comunitário de partilha da devoção.
e. harmonizava as relações sociais entre escravos e
senhores.
14. ENEM 2016
As convicções religiosas dos escravos eram entretanto
colocadas a duras provas quando de sua chegada ao Novo
Mundo, onde eram batizados obrigatoriamente “para a
salvação de sua alma” e deviam curvar-se às doutrinas
religiosas de seus mestres. lemanjá, mãe de numerosos
outros orixás, foi sincretizada com Nossa Senhora da
Conceição, e Nanã Buruku, a mais idosa das divindades das
águas, foi comparada a Sant’Ana, mãe da Virgem Maria.
VERGER, P. Orixás: deuses iorubás na África e no Novo
Mundo. São Paulo: Corrupio, 1981.
O sincretismo religioso no Brasil colônia foi uma estratégia
utilizada pelos negros escravizados para
a. compreender o papel do sagrado para a cultura europeia.
b. garantir a aceitação pelas comunidades dos convertidos.
c. preservar as crenças e a sua relação com o sagrado.
d. integrar as distintas culturas no Novo Mundo.
e. possibilitar a adoração de santos católicos.
15. UPE 2011
Desde o século XVI, a escravidão foi uma instituição
presente no processo de colonização portuguesa na
América. A mão de obra escrava se constituiu como base da
produção econômica da América Portuguesa, sendo
utilizada em diversas atividades lucrativas. Sobre a relação
da escravidão com a sociedade colonial brasileira, é
CORRETO afirmar que
a. a escravidão negra africana só ganhou impulso em
relação à sua utilização na economia brasileira, a partir do
século XVIII, com a exploração aurífera.
b. a mão de obra escrava que predominava na produção de
açúcar no nordeste colonial era a indígena, em especial a
dos povos tupi.
c. o tráfico de escravos africanos era uma das principais
atividades rentáveis da coroa portuguesa desde o século
XVI.
d. a escravidão indígena não foi utilizada em algumas
regiões da colônia, como no caso da Capitania de São
Vicente.
e. não há evidências da utilização de escravos africanos na
produção pecuária, no sertão colonial.
16. FUVEST 2014
Não há trabalho, nem gênero de vida no mundo mais
parecido à cruz e à paixão de Cristo, que o vosso em um
destes engenhos [...]. A paixão de Cristoparte foi de noite
sem dormir, parte foi de dia sem descansar, e tais são as
vossas noites e os vossos dias. Cristo despido, e vós
despidos; Cristo sem comer, e vós famintos; Cristo em
tudo maltratado, e vós maltratados em tudo. Os ferros, as
prisões, os açoites, as chagas, os nomes afrontosos, de
tudo isto se compõe a vossa imitação, que, se for
acompanhada de paciência, também terá merecimento e
martírio[...]. De todos os mistérios da vida, morte e
ressurreição de Cristo, os que pertencem por condição aos
pretos, e como por herança, são os mais dolorosos.
P. Antônio Vieira, Sermão décimo quarto. In: I. Inácio & T. Lucca
(orgs.).Documentos do Brasil colonial. São Paulo: Ática, 1993, p.73-75.
A partir da leitura do texto acima, escrito pelo padre jesuíta
Antônio Vieira em 1633, pode-se afirmar, corretamente,
que, nas terras portuguesas da América,
a. a Igreja Católica defendia os escravos dos excessos
cometidos pelos seus senhores e os incitava a se revoltar.
b. as formas de escravidão nos engenhos eram mais
brandas do que em outros setores econômicos, pois ali
vigorava uma ética religiosa inspirada na Bíblia.
c. a Igreja Católica apoiava, com a maioria de seus
membros, a escravidão dos africanos, tratando, portanto, de
justificá-la com base na Bíblia.
d. clérigos, como P. Vieira, se mostravam indecisos quanto
às atitudes que deveriam tomar em relação à escravidão
negra, pois a própria Igreja se mantinha neutra na questão.
e. havia formas de discriminação religiosa que se
sobrepunham às formas de discriminação racial, sendo
estas, assim, pouco significativas.
17. FUVEST 2012
Os indígenas foram também utilizados em determinados
momentos, e sobretudo na fase inicial [da colonização do
Brasil]; nem se podia colocar problema nenhum de maior ou
melhor “aptidão” ao trabalho escravo (...). O que talvez tenha
importado é a rarefação demográfica dos aborígines, e as
dificuldades de seu apresamento, transporte, etc. Mas na
“preferência” pelo africano revela-se, mais uma vez, a
engrenagem do sistema mercantilista de colonização; esta
se processa num sistema de relações tendentes a promover
a acumulação primitiva de capitais na metrópole; ora, o
tráfico negreiro, isto é, o abastecimento das colônias com
escravos, abria um novo e importante setor do comércio
colonial, enquanto o apresamento dos indígenas era um
negócio interno da colônia. Assim, os ganhos comerciais
resultantes da preação dos aborígines mantinham-se na
colônia, com os colonos empenhados nesse “gênero de
vida”; a acumulação gerada no comércio de africanos,
entretanto, fluía para a metrópole; realizavam-na os
mercadores metropolitanos, engajados no abastecimento
dessa “mercadoria”. Esse talvez seja o segredo da melhor
“adaptação” do negro à lavoura ... escravista.
Paradoxalmente, é a partir do tráfico negreiro que se pode
entender a escravidão africana colonial, e não o contrário.
Fernando A. Novais. Portugal e Brasil na crise do Antigo Sistema Colonial.
São Paulo: Hucitec, 1979, p. 105. Adaptado.
Nesse trecho, o autor afirma que, na América portuguesa,
a. os escravos indígenas eram de mais fácil obtenção do que
os de origem africana, e por isso a metrópole optou pelo uso
dos primeiros, já que eram mais produtivos e mais rentáveis.
b. os escravos africanos aceitavam melhor o trabalho duro
dos canaviais do que os indígenas, o que justificava o
empenho de comerciantes metropolitanos em gastar mais
para a obtenção, na África, daqueles trabalhadores.
c. o comércio negreiro só pôde prosperar porque alguns
mercadores metropolitanos preocupavam-se com as
condições de vida dos trabalhadores africanos, enquanto
que outros os consideravam uma “mercadoria”.
d. a rentabilidade propiciada pelo emprego da mão de obra
indígena contribuiu decisivamente para que, a partir de certo
momento, também escravos africanos fossem empregados
na lavoura, o que resultou em um lucrativo comércio de
pessoas.
e. o principal motivo da adoção da mão de obra de origem
africana era o fato de que esta precisava ser transportada de
outro continente, o que implicava a abertura de um rentável
comércio para a metrópole, que se articulava perfeitamente
às estruturas do sistema de colonização.
18. UFMG 1997
... Não castigar os excessos que eles [os escravos]
cometem seria culpa não leve, porém estes [senhores] hão
de averiguar antes, para não castigar inocentes, e se hão de
ouvir os delatados e, convencidos, castigar-se-ão com
açoites moderados ou com os meterem em uma corrente de
ferro por algum tempo ou tronco. Castigar com ímpeto, com
ânimo vingativo, por mão própria e com instrumentos
terríveis e chegar talvez aos pobres com fogo ou lacre
ardente, ou marcá-los na cara, não seria para se sofrer
entre os bárbaros, muito menos entre os cristãos católicos.
ANTONIL, André João. Cultura e Opulência do Brasil.1711.
O texto acima, escrito por um padre jesuíta em 1711, pode
ser relacionado à
a. associação entre a escravidão e a moral cristã.
b. condenação dos castigos aplicados aos escravos.
c. oposição do clero católico à escravidão.
d. regulamentação das relações entre senhores e escravos.
e. defesa dos clérigos da colônia pelo fim da escravidão.
19. UNCISAL 2009
No Brasil colonial dos séculos XVI-XVII, a estrutura
econômica apoiava-se no(a)
a. extrativismo, trabalho livre e pequenas propriedades.
b. monocultura açucareira, escravidão e latifúndio.
c. cafeicultura, trabalho imigrante e latifúndio.
d. mineração, escravidão e médias propriedades.
e. pecuária, trabalho livre e grandes propriedades.
20. UECE 2015
Sobre a sociedade brasileira do período colonial, pode-se
afirmar corretamente que 
a. buscava afirmar valores nativistas contestando a
exploração colonial.
b. era alicerçada em relações sociais que primavam por
igualdade e fraternidade
c. baseava-se em relações sociais de cunho escravista e
patriarcal.
d. procurou imprimir uma nova dinâmica social que em nada
lembrava a metrópole colonizadora.
21. MILTON CAMPOS 2013
Leia o texto abaixo, que retrata o tráfico de escravos.
"O espaço fechado e o calor do clima, a juntar ao número de
pessoas que iam no barco, tão cheio que cada um de nós
mal tinha espaço para se virar, quase nos sufocavam. Essa
situação fazia-nos transpirar muito, e pouco depois o ar
ficava impróprio para respirar, com uma série de cheiros
repugnantes, e atingia os escravos como uma doença, da
qual muitos morriam."
(Relato do escravo Olaudah Equiano. Apud ILIFFE, J. Os africanos. História
dum continente. Lisboa: Terramar, 1999. p.179.)
Pode-se afirmar que, durante a Idade Moderna, o tráfico de
escravos
a. foi praticado apenas pelos países ibéricos, que, após a
obtenção do direito de asiento, passaram a fornecer mão de
obra às plantações tropicais e às minas das Américas
espanhola e anglo-saxã.
b. se tornou uma atividade extraordinariamente lucrativa, o
que possibilitou o processo de acumulação primitiva de
capitais em países europeus.
c. ficou enfraquecido pela ação dos holandeses à época de
sua instalação em Pernambuco, o que provocou a revolta da
população luso-brasileira, em meados do século XVII.
d. se tornou alvo de disputas entre as várias congregações
religiosas, que ora aceitavam o tráfico, ora proibiam a
escravidão de africanos na América.
22. FCMS-JF 2011
A introdução da lavoura canavieira no nordeste brasileiro,
remonta ao início do século XVI,visando formalizar o
chamado Antigo Sistema Colonial, que foi marcado por:
a. Utilização de mão-de-obra livre, como predominante,
ampliando inclusive o mercado consumidor para a metrópole
européia.
b. Presença de uma sociedade com ampla mobilidade
social, permitindo a formação de uma ampla classe média
urbana.
c. Introdução de escravos africanos, através do tráfico
negreiro, que formavam a camada social responsável pela
maioria da produção agrária no sistema.
d. Monopólio português intenso, desde a produção,
distribuição e refino do açúcar.
23. UEG 2003
Ofim do tráfico negreiro no Brasil, em 1850, representou
uma profunda mudança na economia brasileira, uma vez que
impedia o desenvolvimento de um negócio que movimentava
uma enorme soma de capitais.
Acerca dessa conjuntura política e econômica, é CORRETO
afirmar que
a. o fim do tráfico está diretamente relacionado com o
pouco rendimento do trabalho escravo nas lavouras de café,
em contraposição ao trabalho do imigrante europeu que
gradualmente era experimentado nas lavouras.
b. o fim do tráfico respondia a um imperativo ético
assumido pelas elites brasileiras, pois a criação do Estado
Nacional exigiu um amplo apoio popular, baseado na
perspectiva de que o movimento de independência seria
portador de uma liberdade extensiva aos escravos.
c. o fim do tráfico de escravos era um objetivo primordial da
política externa inglesa e foi imposto como condição para
que se desse o reconhecimento da independência do Brasil
pela principal potência da época, a Inglaterra. As pressões
inglesas alcançaram êxito em 1850 com a Lei Eusébio de
Queirós.
d. os capitais aplicados no tráfico de escravos foram
dirigidos para o mercado africano e asiático, enquanto o
Brasil sofreu um processo de estagnação e de crise
econômica.
e. ao fim do tráfico seguiu-se a imediata diminuição da
importância do escravo. A crise econômica impulsionou a
concessão de alforrias aos escravos pelos proprietários, uma
vez que o custo dessa mão-de-obra tornou-se
excessivamente oneroso.
24. PUC-RS 2012
A escravidão foi um dos grandes empecilhos para o
desenvolvimento dos direitos civis no Brasil, pois negava a
condição de humanidade para as pessoas consideradas
escravas. Em 1888, finalmente, a escravidão foi abolida no
país.
É correto afirmar que a abolição da escravidão está
associada
a. à oposição da Inglaterra às leis de miscigenação no Brasil.
b. à extinção do latifúndio no país.
c. ao apogeu da economia do ouro em Minas Gerais.
d. à proibição do tráfico negreiro, com a Lei Eusébio de
Queirós.
e. à abundância de mão-de-obra assalariada no Brasil.
25. UNICENTRO 2005
Sobre a sociedade colonial brasileira, é correto afirmar:
a. A distinção jurídica entre escravos e livres foi meramente
formal, pois assegurou aos trabalhadores escravos
os direitos de pessoa e propriedade.
b. Os senhores de engenhos formaram um grupo
homogêneo, que desconheceu hierarquias e diferenças
de riqueza e status no seu interior.
c. Apesar de existirem outros grupos e atividades
econômicas na América Portuguesa, o engenho e o
escravismo
desempenharam papel relevante na definição e conformação
da sociedade colonial.
d. A Igreja e os colonos partilharam de uma mesma atitude
em relação ao indígena, isto é, escravizar para dominar.
e. Imobilidade, concentração e estabilidade das populações
são características que configuraram a sociedade colonial
brasileira.
26. UFG 2009
A partir de 1850, houve um decréscimo significativo na
importação de escravos no Brasil. Essa situação está
relacionada
a. à permanência do tratado de 1810, renovado em 1826,
reafirmando o compromisso do Brasil em abolir o tráfico
negreiro.
b. ao início das campanhas abolicionistas, pressionando
pela promulgação de leis que libertassem os escravos
menores de 18 anos.
c. às sanções políticas da Inglaterra contrárias ao tráfico de
escravos, obrigando à promulgação da Lei Eusébio de
Queiroz.
d. à decretação da tarifa Alves Branco, que aumentava as
taxas entre 30% e 60%, ocasionando dificuldades para
importação.
e. aos desdobramentos da Guerra do Paraguai, que
trouxeram desgastes políticos à Monarquia, abalando a
manutenção da ordem escravista.
27. UNB 2014
Estima-se que, entre 1701 e 1800, desembarcaram nas
Américas 6.400.000 escravos africanos, dos quais 35%
foram para as terras lusas. O dinamismo da economia
escravista mercantil, capaz de unir, pelo Atlântico, áreas tão
distantes como o sertão de Cuiabá (Mato Grosso, Brasil) e
Massangano (Angola), de viabilizar a mobilidade social que
transformava comerciantes reinóis em negociantes de
grosso trato e pretos cabindas em forros pardos, ocorreu no
âmbito do Antigo Regime católico. Nessa economia
escravista, a produção estava voltada para o mercado
(açúcar, metais preciosos etc.) e parte de seus insumos era
composta por mercadorias, a começar pela própria mão de
obra nos portos da Guiné e de Angola, entre outros da costa
africana.
João Fragoso e Roberto Guedes. Apresentação. In: João Fragoso e Maria de
Fátima Gouvêa (Orgs.). O Brasil colonial (v. 3). Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 2014, p. 9-10 (com adaptações).
Assinale a opção correta a respeito do quadro econômico
colonial brasileiro.
a. A economia colonial brasileira estava organizada para o
mercado externo, razão pela qual praticamente inexistia
consumo interno.
b. A extração do pau-brasil deu início efetivo à colonização,
ao fixar os portugueses em terras americanas.
c. A agroindústria açucareira, especialmente concentrada na
Zona da Mata nordestina, desenvolveu-se em uma
sociedade permeável e relativamente democrática.
d. O escravo africano, cujo trabalho foi essencial na
colonização do Brasil, gerava lucros também como
mercadoria, desde a negociação na África.
28. UNIMONTES 2012
A Lei Euzébio de Queiroz (1850) contribuiu para um surto
industrial, ainda que incipiciente, no Brasil, porque
a. os capitais antes destinados à compra de mão de obra
africana foram redirecionados para aplicações no setor
industrial.
b. os capitais destinados ao setor agrícola foram desviados
para setor de serviços e atividades científicas.
c. as economias auríferas, provenientes da exploração de
minérios, foram aplicadas na aquisição de mão de obra.
d. os investidores no setor cafeeiro optaram por empregar
seus capitais em atividades extrativistas.
29. UFU 1999
Ao longo da segunda metade do século XIX, o Brasil passou
por profundas transformações que afetaram, de forma geral,
a economia e a organização social e política do país.
Sobre esse período, é correto afirmar que
a. o fluxo de imigrantes para o Brasil, sobretudo de italianos,
contribuiu para retardar o início das atividades industriais, já
que eram trabalhadores rurais que não formavam um
mercado consumidor.
b. a partir de 1850, com o fim do tráfico negreiro, o problema
da falta de mão-de-obra para as lavouras cafeeiras foi
solucionado provisoriamente com o tráfico interno de
escravos e a vinda de imigrantes estrangeiros.
c. o desenvolvimento econômico, iniciado nas regiões
produtoras de café, impulsionou a recuperação econômica
do Nordeste, através de investimentos na indústria
açucareira.
d. o êxito do sistema de parceria, adotado a partir de 1847,
estimulou a imigração européia para o Brasil. Com esse
sistema, o imigrante podia se tornar, rapidamente, um
pequeno proprietário.
e. a adoção do trabalho assalariado, estimulada pela
imigração, ficou restrita às atividades urbanas. A relação de
trabalho no âmbito rural continuou servil, até a abolição da
escravidão.
30. UNCISAL 2015
Durante mais de três séculos, o tráfico negreiro constituiu
uma das molas fundamentais do capitalismo mercantil,
fornecendo a mão de obra necessária às plantações do
Novo Mundo e representando em si uma forma importante
de acumulação de capital. A fazer fé em estimativas
recentes, de 1500 a 1800 foram exportados de África para
as Américas cerca de 8,3 milhões de escravos. O ponto mais
alto deste comércio corresponde ao século XVIII, com quase
três quartos do total (6,1 milhões). Portugal foi um dos
maiores beneficiados e por sua vez mais resistente ao fim
desse comércio.
ALEXANDRE, Valentim. Portugal e a abolição do tráfico de escravos
(1834-51). Análise Social, Lisboa, v. XXVI, n.2, p. 293-333, 1991. (adaptado)
A resistência de Portugal em acabar com o tráfico de
africanos para escravizar se apoiava no fato de que
a. essa atividade rendia mais lucro que a exploração de
algumas riquezas naturais em suas colônias.
b. seufim representaria um impacto muito grande nas
exportações brasileiras de mão de obra.
c. a sua marinha não possuía nenhuma autoridade sobre as
embarcações que faziam o tráfico.
d. qualquer atitude nesse sentido iria contrariar os interesses
do seu maior aliado, a Inglaterra.
e. sua economia dependia das relações com países que
defendiam o tráfico negreiro.
GABARITO: 1) c, 2) a, 3) a, 4) a, 5) e, 6) d, 7) b, 8) d, 9) e,
10) e, 11) d, 12) b, 13) d, 14) c, 15) c, 16) c, 17) e, 18) a, 19)
b, 20) c, 21) b, 22) c, 23) c, 24) d, 25) c, 26) c, 27) d, 28) a,
29) b, 30) a,

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