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Revisão História - 3º Bimestre - 2º Prova - Brasil Pré-Colonial e Colônia

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Revisão História 3º Bimestre – ENSF
1. O Brasil colonial não nasceu do açúcar, mas do pau-brasil. Foi à famosa madeira, da qual se extrai um corante, que primeiro deu motivos aos portugueses para se estabelecer e explorar a terra a que tinham chegado em 1500. Porém, foram à introdução da cana-de-açúcar e a dos engenhos, com sua tecnologia para a produção de açúcar, as verdadeiras responsáveis por transformar a colônia três décadas depois desse primeiro contato. O açúcar foi à madrasta da colonização, que por quase dois séculos regeu a história econômica, social e política do Brasil. E, em algumas regiões, continua a dominar.
I. A cana-de-açúcar era plantada em latifúndios, estrutura fundiária ainda presente no Brasil.
II. A principal região produtora de açúcar no Brasil é a Sul.
III. A produção de açúcar foi uma das responsáveis pela desigualdade social no Brasil colonial, pois utilizava mão de obra escrava.
IV. Da cana-de-açúcar, além do açúcar, pode-se produzir combustível e aguardente.
Assinale a alternativa CORRETA.
a) Apenas as afirmações I e II são verdadeiras.
b) Apenas as afirmações I e IV são verdadeiras.
c) Apenas as afirmações II, III e IV são verdadeiras.
d) Apenas as afirmações I, III e IV são verdadeiras.
e) Todas as afirmações são verdadeiras.
2. As atividades manufatureiras eram geralmente proibidas no Brasil Colonial. Tal proibição ocorria, porque
a) os produtos consumidos pelos centros urbanos coloniais deveriam ser exclusivamente produzidos na Metrópole.
b) era preciso garantir que a Colônia fosse consumidora dos produtos oferecidos pelos detentores do monopólio comercial.
c) a produção artesanal e industrial no Brasil Colônia poderia competir com os produtos metropolitanos.
d) a produção que atendia ao consumo dos núcleos rurais significava uma ameaça ao monopólio comercial.
3. Apesar da ênfase dada ao açúcar, a economia colonial não se esgotava nas plantações desse produto (…). Havia os pequenos produtores de alimentos que abasteciam os engenhos e as cidades (…). Nunca, desde o início da instalação da agroindústria, houve a diminuição do volume de açúcar produzido nas áreas a eles destinadas. (…)
O texto se relaciona à economia colonial. Nesse contexto, o plantation, utilizado não só na América Portuguesa, mas também nas outras colônias americanas, foi caracterizado basicamente pelos seguintes elementos:
a) Policultura, importação, latifúndio e colonato.
b) Monocultura, balança comercial, parceria e escambo.
c) Monocultura, latifúndio, exportação e trabalho escravo.
d) Policultura, minifúndio, subsistência e trabalho compulsório.
6.  A coroa portuguesa viu-se obrigada a implementar uma política de colonização que assegurasse o domínio sobre a colônia, principalmente após a frustrante tentativa do sistema de Capitanias Hereditárias. A centralização administrativa (governos-gerais) e o sucesso da empresa açucareira contribuíram para assegurar a posse do Brasil, porém não afastaram a constante ameaça aos domínios coloniais portugueses na América. 
A capitania do Rio Grande do Norte foi palco de incursões de franceses e holandeses. Os franceses estabeleceram-se no nosso litoral para contrabandear Pau-Brasil e chegaram a usar o Rio Grande do Norte como base para ataques às capitanias vizinhas. É correto afirmar que os holandeses
a) empreenderam o comércio de pedras preciosas e metais abundantes na região do Rio Grande do Norte.
b) chegaram ao Rio Grande com a intenção de buscar as drogas do sertão, famosas na região e em toda a Europa.
c) dominaram quase todo o Nordeste açucareiro e permaneceram em solo nordestino por, praticamente, duas décadas.
d) foram os responsáveis pela pacificação dos índios e de sua utilização no trabalho das lavouras através da mita e da encomienda.
7. Caracteriza a agricultura colonial no Brasil do final do século XVIII:
a) a importância alcançada pela produção de tabaco em São Paulo e em Minas Gerais, que ocorreu após o Conselho Ultramarino ter permitido esse cultivo, o que favoreceu a sua troca com manufaturas inglesas e francesas.
b) um novo produto, o trigo, foi beneficiado pela estrutura originada da Revolução Industrial, que aprofundou a divisão entre os papéis a serem exercidos pelas nações, isto é, as ricas, produtoras de industrializados e, as pobres, de matérias-primas.
c) o valor especial adquirido pelo extrativismo no Norte do Brasil, com o guaraná, que concorreu com os produtos agrícolas tradicionais, como o açúcar, permitiu um rápido desenvolvimento dessa região e a sua articulação com o restante da colônia.
d) o revigoramento da produção de açúcar e o desenvolvimento do cultivo do algodão decorrentes, principalmente, de alguns fatos internacionais importantes, em especial, a independência das treze colônias inglesas e a Revolução Haitiana.
e) o aparecimento do café na pauta de exportações coloniais, o que revolucionou as relações entre o Estado português e a elite escravista, pois a sustentação econômica da metrópole exigiu o abrandamento das restrições mercantilistas.
8. Associe as revoltas coloniais (coluna A) às suas características essenciais (coluna B).
Coluna A
1. Revolta dos Beckman
2. Guerra dos Emboabas
3. Guerra dos Mascates
4. Revolta de Vila Rica
5. Inconfidência Mineira
Coluna B
( ) Transcorrido em Pernambuco, entre 1709 e 1710, o movimento caracterizou-se pela oposição entre os comerciantes de Recife contra os senhores de engenho de Olinda, tendo como base a tentativa dos mercadores recifenses em conseguir maior autonomia política e cobrar as dívidas dos produtores de açúcar olindenses.
( ) Deflagrada no Maranhão, em 1684, a revolta teve como base o descontentamento com a proibição da escravidão indígena, decretada pela Coroa Portuguesa, a pedido da Companhia de Jesus, medida que prejudicou a extração das “drogas do sertão” pelos colonos europeus.
( ) Ocorrido em Minas Gerais, em 1720, sob a liderança de Filipe dos Santos, o levante teve como causa a oposição ao sistema de taxação da Coroa Portuguesa, que resolveu estabelecer 4 Casas de Fundição na região mineradora, como forma de cobrar o quinto (imposto de vinte por cento) sobre o ouro.
( ) Sucedido em Minas Gerais, no ano de 1708, o conflito opôs os paulistas (bandeirantes), primeiros aventureiros a descobrir e ocupar a zona da mineração, contra os “forasteiros”, os seja, os grupos que chegaram depois na região, originários do reino ou de outras capitanias.
A numeração correta na coluna B, de cima para baixo, é
a) 3 – 1 – 4 – 2
b) 1 – 2 – 3 – 5
c) 3 – 4 – 1 – 2
d) 2 – 3 – 4 – 5
e) 3 – 4 – 5 – 2
9. Comercializavam-se alimentos produzidos na região e produtos importados […]. Dentre os produtos produzidos na colônia, destacavam-se a farinha de mandioca, de milho e de trigo, feijão, açúcar, rapadura, aguardente, toucinho, charque e carne fresca […] peixe seco e fresco. Dentre os produtos importados, os de maior procura eram vinagre, azeite, vinho, bacalhau, azeitonas, pimenta-do-reino, especiarias […] e sal.
Assim, aponte a afirmativa correta, quanto à situação brasileira no período colonial.
a) O domínio da grande propriedade rural conviveu com a existência de produção agrícola em pequenos lotes de terras.
b) A estrutura produtiva colonial era exclusivamente voltada para atender a demanda europeia.
c) Devido ao caráter complementar da economia colonial, era inexistente um mercado interno na colônia.
d) O sistema de monopólio reconfigurava a dieta dos colonos, obrigando-os a abandonar os alimentos tradicionais de Portugal.
e) Com a incorporação do Rio Grande do Sul ao Império português, a dieta colonial incluiu maior quantidade de consumo de carne bovina.
10. Eu acredito que é no contexto dessa guerra crônica que nós devemos examinar o fenômeno peculiar da mandioca brava, o único alimento básico do mundo que é venenoso. Sugiro que a adoção dessa planta representou uma estratégia de defesa específica para uma situação de guerra constante do tipo “guerra de saque”.
A incorporação de certos alimentos pelos grupos indígenas americanos, como o citado no texto, representouuma forma de proteção desses grupos, porque o:
a) processo requerido para se tornar comestível é demorado, assegurando que os inimigos de um grupo tenham dificuldade em se prover dos campos de sua vitima.
b) trabalho exigido para a colheita do produto permite a mobilidade dos inimigos, possibilitando combates intensos favorecendo a defesa.
c) consumo desse alimento pelos inimigos é determinante, promovendo a morte de parte deles com a ingestão do produto.
d) esforço realizado para a extração da planta desgasta os invasores, garantindo resultado favorável aos invadidos.
e) caminho percorrido para atravessar os campos é longo, permitindo a organização eficiente dos defensores.
11. Chefes indígenas de povos situados no que hoje corresponde aos litorais sul do Rio de Janeiro e norte de São Paulo promoveram, entre 1554 e 1567, a mobilização que ficou conhecida como Confederação dos Tamoios. Os vários povos tupinambá reuniram-se em torno de seus chefes anciãos (“Tamuya”) e promoveram um levante contra a escravidão e as violências promovidas pelos colonizadores portugueses. O ponto de partida da revolta foi a aliança selada entre portugueses e índios guaianazes para a escravização das populações tupinambá. Esta estratégia de colonização:
a) permitiu a cooptação de lideranças indígenas, inclusive entre os tupinambá, o que impediu a criação da confederação.
b) era ineficiente dada a intervenção de outras potências europeias, como no caso dos franceses, que incentivaram a união dos tupinambá.
c) foi mal sucedida em função da unidade política e territorial dos povos tupinambá, que facilitou a defesa contra as investidas portuguesas.
d) assemelhava-se àquela adotada na África desde o século XV, de promoção de guerras entre os nativos para facilitar a aquisição de escravos.
e) abriu espaço para a criação de alianças políticas entre povos indígenas, resultando na formação de estruturas governamentais unificadas.
12. A descoberta do ouro no interior de Minas deslocou parte da população colonial do litoral para o interior. A região das minas foi ocupada por centenas de novos habitantes que careciam de tudo: alimentos, roupas, gado, cavalos, produtos europeus e muitos escravos para trabalhar nas minas. Atente para o que se diz acerca dessa que ficou conhecida como a “sociedade do ouro”.
I. A base da sociedade mineira eram os africanos escravizados, que constituíam boa parcela dessa sociedade. E, embora não representasse a maioria da população, seu trabalho era fundamental.
II. A atividade mineradora também deu origem a uma camada da sociedade que era extremamente pobre e que tinha sido atraída pela ilusão do ouro; era formada por escravos libertos e brancos pobres.
III. Havia uma camada média, composta principalmente de brancos, que incluía pequenos comerciantes, tropeiros e pequenos produtores de gêneros agrícolas.
Está correto o que se afirma em
a) I, II e III.
b) I e II apenas.
c) II e III apenas.
d) I e III apenas.
13. A expulsão da Companhia de Jesus de todos os territórios portugueses, em 1759, foi uma das medidas mais polêmicas tomadas por Pombal. Em geral, as justificativas para esse ato são a total incompatibilidade entre o controle das práticas pedagógicas adotadas pelos jesuítas e o projeto educacional iluminista pombalino. Todavia, é importante assinalar que tal expulsão também está relacionada
a) aos embates entre o Despotismo Esclarecido e as convicções dogmáticas da Igreja, que persistiram no governo de Pombal e de D. Maria I.
b) à imposição do catolicismo como religião oficial da colônia, fruto da subordinação da coroa portuguesa às decisões do papa.
c) ao controle do comércio de escravos africanos pelos jesuítas na região norte, impedindo lucros para a coroa portuguesa.
d) à influência da burguesia huguenote na corte de D. José I, exigindo o direito de educar os filhos dos colonos, até então monopólio dos jesuítas.
e) ao interesse em estabelecer o controle sobre as fronteiras da América portuguesa e sobre os recursos econômicos produzidos nessas regiões.
14.  seca que, entre 1777 e 1779, devastou o Ceará trouxe uma nova realidade para a cidade de Fortaleza, alterando sua paisagem urbana e populacional. Analise as proposições abaixo e assinale aquela que NÃO corresponde ao contexto enunciado.
a) Os abarracamentos eram chefiados pelos próprios retirantes que se organizavam em vários grupos e dividiam-se para distribuir comida, medicação, roupas e até auxílio funeral para os que morriam em consequência da varíola ou de outra doença qualquer.
b) Durante a citada seca, a população de Fortaleza teria triplicado, em virtude da grande onda de indivíduos que foram obrigados a abandonar o interior do Estado em busca de sobrevivência na capital.
c) A solução encontrada pelo Presidente da Província para abrigar os retirantes foi a criação dos abarracamentos, que se constituíram numa solução emergencial para a demanda populacional do momento.
d) A presença dos retirantes na cidade era o retrato vivo da miséria, e chocava os olhos da elite e dos moradores da cidade de Fortaleza, de modo geral; os poderes instituídos viam–nos como uma gente perigosa que necessitava ser vigiada.
15. A partir de 1750-60, a produção mineradora começou a declinar. Tal mudança, articulada a outros elementos, determinou uma revisão da política mercantilista durante a administração do Marquês de Pombal, secretário de Estado de D. José I.
A crise econômica da segunda metade do século XVIII abriu caminho para as reformas pombalinas, vistas como inevitáveis para a recuperação econômica do reino de Portugal e que se caracterizavam, entre outras medidas,
a) pelo estreitamento das relações comerciais com a Inglaterra, país que era visto como mercado seguro dos produtos primários das colônias portuguesas.
b) pelo estreitamento das relações com a Igreja, com o aumento da presença dos jesuítas, vistos como agentes importantes da modernização educacional.
c) pelo incentivo à produção manufatureira na colônia, com o objetivo de diminuir a dependência econômica em relação aos produtos primários.
d) pelo surgimento dos primeiros projetos de abolição de escravos, com o objetivo de formar um mercado consumidor para as indústrias da colônia.
16. O maior período classificado na história do Brasil é o colonial, também conhecido como América Portuguesa, oficialmente entre 1500 e 1822. Sobre a economia desse período, é CORRETO afirmar que:
a) A escravidão indígena foi utilizada apenas na extração de minérios, pois já tinham conhecimento dos locais onde existiam ouro e diamantes, assim como o melhor processo de extração.
b) A extração de pau-brasil foi a primeira economia em território brasileiro, de extrema importância para a colonização portuguesa durando todo o período colonial através da plantação e extração.
c) Divisões de classe eram destacadas diretamente pela economia do período, existindo apenas escravos e senhores, que eram donos de engenho ou de minas.
d) A cana-de-açúcar foi uma das principais economias desse período. As construções de engenhos foram muito importantes para o desenvolvimento do Brasil.
e) Os escravos africanos foram utilizados apenas nos engenhos de cana-de-açúcar. Percebe-se isso com o fim da escravidão, quando essa economia foi se enfraquecendo, em 1888.
17. Atente para as afirmações abaixo acerca da utilização da mão de obra indígena nos engenhos de açúcar no período colonial brasileiro.
I. Os indígenas aceitaram mais facilmente o trabalho escravo e se acostumaram à vida com seus senhores, ao contrário dos africanos que sempre resistiram.
II. Os jesuítas empreenderam uma intensa campanha contra a escravização dos indígenas, razão pela qual vieram para o Brasil no início da colonização.
III. As dificuldades de escravização dos indígenas e os lucros do tráfico negreiro levaram os portugueses a optar pela mão de obra africana.
Está correto o que se afirma somente em
a) I e II.
b) II.
c) II e III.
d) III.
18. a aldeia é um espaço escolhido e organizado pelo próprio índio, e ‘o aldeamento é resultado de uma políticafeita por vontade dos europeus para concentrar comunidades indígenas’.” (Aldeias que não estão no mapa. Entrevista com a Profa. Dra. Nanci Vieira de Oliveira por Maria Alice Cruz. Jornal da Unicamp. 197, novembro de 2002, p.5.).
A afirmação acima se refere aos aldeamentos missionários e às transformações que eles trouxeram à vida dos indígenas no período colonial da América portuguesa. Os objetivos das missões jesuíticas eram
a) a catequese e a escravidão dos indígenas como mão de obra para a monocultura, o que implicou para os índios a mestiçagem com os escravos negros e a modificação de sistema de trabalho e organização social.
b) a aculturação, a conversão religiosa e a escravização dos indígenas para extração do pau-brasil, o que implicou para os índios a mestiçagem com os brancos europeus e a modificação da sua organização social.
c) a catequese, o isolamento político e cultural dos jesuítas e o controle das áreas de fronteiras com as colônias espanholas, o que implicou para os índios uma grande mortalidade por conta dos confrontos com os espanhóis.
d) a aculturação e a proteção dos indígenas perante os bandeirantes, o que implicou para os índios a conversão religiosa e a formação de clérigos e de noviças para a Companhia de Jesus.
e) a catequese, a proteção dos indígenas e a assimilação dos nativos ao sistema colonial, o que implicou para os índios a modificação de hábitos, crenças religiosas, sistema de trabalho e organização habitacional.
19.  O Período Colonial da história brasileira teve início em 1500, com a oficialização da posse do território pela coroa portuguesa e encerrou-se em 1822, com a independência política do Brasil.
Sobre esse Período, é correto afirmar que
a) a atividade econômica de 1500 a 1530 era nula e ficou conhecida como Pré-Colonial, pois o território impunha muitas dificuldades, e os portugueses davam enorme atenção ao Oriente.
b) a primeira forma da administração colonial foi o Governo Geral, cujo governador era indicado diretamente pelo rei de Portugal que escolhia entre a nobreza da corte a pessoa mais indicada para assumir tão importante posto.
c) a exploração econômica preferida pelos portugueses foi a produção manufatureira, em função da abundância de matérias-primas, que viabilizavam a produção em grande escala e a baixo custo.
d) algumas características básicas se complementaram na exploração colonial do Brasil, entre elas: latifúndio, monocultura, escravidão, economia voltada para o comércio externo e monopólio comercial português.
e) as principais cidades foram construídas no litoral brasileiro, pois a estrutura econômica agroexportadora inviabilizou qualquer tipo de ocupação fora dessa área. Assim, o interior do território brasileiro ficou abandonado durante todo o Período Colonial.
20. Tendo em vista a história do início da colonização do estado do Rio Grande do Norte, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) Houve uma tentativa de colonização inicial da região, onde é hoje o Rio Grande do Norte, frustrada por conta da resistência indígena.
( ) Graças à presença holandesa na região, a colonização foi logo concretizada e os índios potiguares exterminados ou escravizados.
( ) O Rio Grande do Norte, por sua posição geográfica pronunciada no oceano Atlântico, seria um dos principais pontos para o reabastecimento das expedições portuguesas.
( ) Ao desembarcar nas praias de ondas muito fortes do Rio Grande do Norte, os portugueses não viram ninguém. As tribos indígenas já haviam fugido para o interior, na região amazônica.
A sequência está correta em
a) V, F, V, F.
b) V, V, V, F.
c) F, V, F, V.
d) F, F, V, V.
21. A interrupção desse fluxo comercial levaria os negociantes e financistas da República a fundarem a Companhia das Índias Ocidentais (1621). (…)
O historiador Charles Boxer considera que esse conflito, por produtos e mercados, entre o Império Habsburgo e as Províncias Unidas, foi tão generalizado que pode ser considerado, de fato, a Primeira Guerra Mundial, pois atingiu os quatros cantos do mundo.
Acerca do fragmento, que aborda o conflito entre o Império Espanhol e as Repúblicas das Províncias Unidas, nas primeiras décadas do século XVII, é correto afirmar que
a) os fundamentos da presença holandesa em todos os domínios coloniais portugueses devem ser associados à conjuntura de guerra religiosa dominante na Europa, cabendo aos representantes batavos, prioritariamente, impor o calvinismo nas regiões recém-conquistadas, caso de Angola.
b) as práticas holandesas de desrespeito aos domínios coloniais das outras potências europeias, especialmente Portugal e França, determinaram uma onda permanente de guerras entre essas potências, gerando o isolamento estratégico das companhias de comércio de capital holandês.
c) a presença holandesa no Nordeste brasileiro, visando o comando da produção açucareira, fez parte de um processo mais amplo, porque esteve associada ao domínio de espaços fornecedores de escravos na África, além de outros domínios no Oriente, até então sob o domínio português.
d) o maior interesse da companhia de comércio holandesa era a exploração mineral na América portuguesa e, para atingir esse objetivo, optou pela entrada no Brasil por meio do Nordeste açucareiro, porque era uma região menos protegida militarmente e mais aberta à influência estrangeira.
e) a disputa por espaços coloniais no Caribe e na região oeste da América do Norte gerou uma guerra europeia de grandes proporções, envolvendo as principais monarquias do continente e obrigando a Espanha a se aliar à França e à Inglaterra, com o intuito de se defender da marinha de guerra holandesa
22. O principal interesse da metrópole portuguesa em relação ao Brasil, no período Colonial, era:
a) produzir alimentos para alimentar a população de Portugal.
b) fazer o comércio e escravidão de índios e negros.
c) vender os produtos manufaturados de Portugal e Espanha.
d) extrair produtos e matérias-primas rentáveis no mercado mundial da época.
e) criar gado para atender ao mercado europeu.
23. Analise as afirmativas abaixo que apresentam acontecimentos referidos à política da Corte portuguesa durante sua permanência no Brasil entre 1808 e 1821.
I. Como expressão da relação de poder assimétrica entre os soberanos britânico e português, os tratados de 1810 impunham ao governo de D. João no Rio de Janeiro, entre outras decisões, a limitação do tráfico negreiro intercontinental às colônias de Portugal na África e o compromisso de abolir gradualmente o trabalho escravo na América portuguesa.
II. A criação do primeiro Banco do Brasil, da Impressão Régia, da Escola de Medicina, das Academias Militar e de Marinha, do Real Horto, da Real Biblioteca e inúmeras outras medidas, assim como a conquista da Guiana Francesa e a ocupação da Banda Oriental, revelavam o projeto político da Corte joanina de “criar um novo império” na América, tendo como sede a cidade do Rio de Janeiro.
III. Ao revogar o alvará de 1785 que proibia qualquer atividade manufatureira na colônia americana, com exceção da fabricação de panos grossos para a vestimenta dos escravos, o Príncipe-Regente D. João propiciou o surgimento de inúmeros estabelecimentos fabris em diferentes pontos do Reino do Brasil, deflagrando o primeiro grande surto industrial do país, apesar da permanência do trabalho escravo.
IV. A Revolução Pernambucana de 1817 teve como uma de suas motivações a reação aos privilégios concedidos por D. João aos comerciantes, burocratas e proprietários de escravos e terras do Rio de Janeiro e áreas próximas, o que lhes possibilitara prosperar, acumular poder e ganhar prestígio. Para os revolucionários de 1817, o Rio de Janeiro se transformara em uma “nova Lisboa”, dominada por “portugueses” que oprimiam os “brasileiros” de outras partes do Reino do Brasil.
Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
c) se somente as afirmativas I e IV estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas II, III e IV estiverem corretas.
e) se somenteas afirmativas I, II e IV estiverem corretas.
24.  “Em 1759, os jesuítas foram expulsos de Portugal e do Brasil pelo marquês de Pom¬bal. Nas reformas pombalinas, a expulsão dos jesuítas foi capítulo dos mais dramáti¬cos, ousados e radicais, demonstrando até que ponto se reafirmava a soberania do Es¬tado português na colônia.”
Os problemas em questão têm por origem o seguinte:
a) Pombal acusava a Companhia de Jesus de formar um verdadeiro Estado dentro do Estado e resistir ao poder do rei;
b) Pombal condenava o monopólio do co¬mércio de escravos africanos pela Com¬panhia de Jesus;
c) Pombal se ressentiu da recusa por parte da Companhia de Jesus de participar da coloni¬zação do Estado do Grão-Pará e Maranhão;
d) Pombal rompeu com os jesuítas após a Companhia de Jesus apresentar uma de¬cidida condenação ao tráfico negreiro praticado pelo governo português;
e) Os jesuítas apoiavam as pretensões espa¬nholas nas negociações dos tratados de limites ocorridos no século XVIII.
25. A escravização era uma prática conhecida de longa data no continente africano antes da chegada dos comerciantes portugueses, no século XV, ávidos por adquirir ouro e trabalhadores escravos em troca de produtos como armas, tecidos e contas de vidro. No entanto, o comércio de cativos instituído pelos europeus diferia de práticas preexistentes no continente africano. Esta diferença deve ser identificada com a prática da escravidão:
a) interna dos Reinos Africanos, pela qual o contingente de servos do estado se dedicava à produção agrícola.
b) resultante de guerras, que contrapôs os reinos africanos antigos às incursões militares estrangeiras.
c) mercantilista, motivada pelo interesse dos europeus em adquirir escravos e ouro ao longo da costa africana.
d) doméstica, praticada por povos tribais e a de infiéis, promovida quando da expansão muçulmana na África no século VIII a.C.
e) religiosa, promovida pelas autoridades cristãs europeias interessadas em converter os pagãos.
26. A primeira metade do século XVII em Pernambuco foi marcada pela invasão holandesa à capitania. A presença holandesa em Pernambuco durou 24 anos, de 1630 a 1654. A invasão foi motivada por vários fatores, dos quais podemos destacar
a) o sucesso da colonização holandesa no sul da América, especialmente nas possessões espanholas, e a vontade da Holanda em expandir seus domínios no Novo Mundo.
b) a necessidade do algodão, produto amplamente produzido na capitania de Pernambuco, desde o século XVI, por parte das indústrias têxteis holandesas.
c) o bloqueio do acesso holandês pela Coroa Espanhola ao comércio do açúcar produzido em Pernambuco, durante a União Ibérica.
d) a presença maciça de tropas holandesas na Bahia, desde 1625.
e) os interesses dos comerciantes e senhores de engenho locais em comercializar com os holandeses, em detrimento dos portugueses.
27. A colonização, apesar de toda violência e disrupção, não excluiu processos de reconstrução e recriação cultural conduzidos pelos povos indígenas. É um erro comum crer que a história da conquista representa, para os índios, uma sucessão linear de perdas em vidas, terras e distintividade cultural. A cultura xinguana – que aparecerá para a nação brasileira nos anos 1940 como símbolo de uma tradição estática, original e intocada – é, ao inverso, o resultado de uma história de contatos e mudanças, que tem início no século X d.C. e continua até hoje. Com base no trecho acima, é correto afirmar que
a) o processo colonizador europeu não foi violento como se costuma afirmar, já que ele preservou e até mesmo valorizou várias culturas indígenas.
b) várias culturas indígenas resistiram e sobreviveram, mesmo com alterações, ao processo colonizador europeu, como a xinguana.
c) a cultura indígena, extinta graças ao processo colonizador europeu, foi recriada de modo mitológico no Brasil dos anos 1940.
d) a cultura xinguana, ao contrário de outras culturas indígenas, não foi afetada pelo processo colonizador europeu.
e) não há relação direta entre, de um lado, o processo colonizador europeu e, de outro, a mortalidade indígena e a perda de sua identidade cultural.
28. Em 20 de março de 1570, foi promulgada em Portugal uma lei proibindo o cativeiro dos índios no Brasil, com exceção dos que fossem tomados em justa guerra. No século XVIII, o Marquês de
Pombal, mais uma vez proibiu a escravidão indígena. Ao longo do período colonial, foram decretadas várias leis neste sentido. Essa sucessão de leis proibindo a escravidão indígena revela o (a):
a) interesse do Estado português, desde o início da colonização, em utilizar a mão de obra africana.
b) desejo da Igreja Católica, em função das reformas religiosas, em catequizar os índios.
c) vontade dos colonos, necessitados de mão de obra, em explorar a mão de obra negra.
d) conflito de interesses, manifestado durante este período, entre os sujeitos envolvidos no processo.
e) jogo político, representado pelo Estado metropolitano, favorável a escravidão dos “negros da terra”.
29. Assinale a opção que apresenta corretamente ações atribuídas ao Marquês de Pombal na Colônia Brasileira.
a) Extinção do sistema de capitanias hereditárias e transferência da sede do governo colonial de Salvador para o Rio de Janeiro.
b) Criação das Companhias Comerciais do Grão Pará e do Maranhão, e a organização da Universidade de Coimbra.
c) Extinção da Mesa de Inspeção dos Portos e da cobrança do quinto na região das minas.
d) Expulsão dos Jesuítas do Brasil e incentivo à criação das indústrias de manufaturas.
30. “Meu avô foi buscar prata,
mas a prata virou índios.
Meu avô foi buscar índio,
mas o índio virou ouro.
Meu avô foi buscar ouro,
mas o ouro virou terra.
Meu avô foi buscar terras
e a terra virou fronteira.
Meu avô, ainda intrigado,
foi modelar a fronteira:
E o Brasil tomou a forma de harpa.”
O autor, no seu poema Metamorfoses se refere às várias transformações verificadas no território brasileiro. Tais “metamorfoses” presentes acima se referem
a) à importância do indígena brasileiro na composição étnica e cultural do povo brasileiro.
b) às dimensões continentais adquiridas pela nação brasileira e sua semelhança com um instrumento musical.
c) ao processo histórico de penetração e ocupação do território nacional e a delimitação das nossas fronteiras.
d) à conquista do território nacional, realizada pelos nossos indígenas, graças à navegação dos nossos rios.
e) à enorme diversidade de ecossistemas e paisagens naturais presentes no nosso vasto território.
31. Seiscentas peças barganhei
– Que pechincha – no Senegal
A carne é rija, os músculos de aço,
Boa liga do melhor metal.
Em troca dei só aguardente,
Contas, latão – um peso morto!
Eu ganho oitocentos por cento
Se a metade chegar ao porto.
Assinale a alternativa CORRETA.
a) Com o verso “Boa liga do melhor metal”, o autor está elogiando a qualidade dos metais preciosos encontrados no Senegal, colônia que Portugal estava explorando.
b) Os versos do poeta referem-se a uma atividade do tempo do Brasil colônia, relacionada à origem da mão de obra utilizada na produção de açúcar nos engenhos ali instalados.
c) Do trecho do poema se conclui que o tráfico negreiro era uma atividade que não recompensava economicamente aos traficantes, pois só a metade da carga chegava em condições ao porto de destino.
d) O poema não se refere à colonização portuguesa no Brasil, porque a mão de obra escravizada foi só do índio, portanto, não havia transporte de longa distância em navios.
e) O Estado português e a Igreja Católica foram radicalmente contra a escravização dos africanos, combatendo o tráfico de pessoas em qualquer parte do mundo.
32. Sobre a sociedade brasileira do período colonial, pode-se afirmar corretamente que
a) buscava afirmar valores nativistas contestando a exploração colonial.
b) era alicerçada em relações sociais que primavam por igualdade e fraternidade.
c) baseava-se em relações sociais de cunho escravista e patriarcal.
d) procurou imprimir uma nova dinâmica social que em nada lembrava a metrópole colonizadora.
33. “Um conhecido deputado brasileiro,durante uma reunião pública, fez comentários profundamente ofensivos contra os índios brasileiros e outras minorias. Outro deputado pediu a expulsão de povos indígenas que tentam reocupar suas terras ancestrais. Nixiwaka Yawanawá, um índio da Amazônia, disse: ‘Por mais de 500 anos, os índios do Brasil têm sofrido racismo, preconceito e violência nas mãos de pessoas que querem ver a nossa extinção. Mas ainda estamos aqui, nós somos os protetores da floresta e exigimos respeito. Me deixa triste e com raiva quando ouço os comentários de ódio e racismo desses políticos’.”
I. Os índios eram vadios e preguiçosos e por essa razão não serviram para o trabalho nas grandes propriedades.
II. A catástrofe demográfica, isto é, a liquidação de milhares de índios vítimas de epidemias decorrentes do contato com os brancos – os quais, entre 1562 e 1563, mataram mais de 60 mil índios –, foi um dos fatores que inviabilizou a escravização desses grupos.
III. A escravização do indígena era um negócio interno da colônia, ao passo que o tráfico de escravos negros era muito mais rentável ao mercantilismo da época, uma vez que mobilizava poderosos grupos externos e configurava uma das pontas do chamado comércio triangular.
IV. As ordens religiosas, principalmente a dos jesuítas, também tentaram sujeitar os índios, embora o tenham feito sob argumentos missionários. Tentaram converter os índios em “bons cristãos”, reunindo-os em pequenos povoados ou aldeias, o que acabava facilitando a criação de um grupo de cultivadores indígenas flexível às necessidades da Colônia.
É verdadeiro apenas o que se afirma em:
a) I e II.
b) I, II e III.
c) II.
d) II, III e IV.
e) IV.
34. “Os primeiros trinta anos da História do Brasil são conhecidos como período Pré-Colonial. Nesse período, a coroa portuguesa iniciou a dominação das terras brasileiras, sem, no entanto, traçar um plano de ocupação efetiva. […] A atenção da burguesia metropolitana e do governo português estavam voltados para o comércio com o Oriente, que desde a viagem de Vasco da Gama, no final do século XV, havia sido monopolizado pelo Estado português. […] O desinteresse português em relação ao Brasil estava em conformidade com os interesses mercantilistas da época, como observou o navegante Américo Vespúcio, após a exploração do litoral brasileiro, pode-se dizer que não encontramos nada de proveito”.Sobre o período retratado no texto, pode-se afirmar que o(a)
a) desinteresse português pelo Brasil nos primeiros anos de colonização, deu-se em decorrência dos tratados comerciais assinados com a Espanha, que tinha prioridade pela exploração de terras situadas a oeste de Greenwich.
b) maior distância marítima era a maior desvantagem brasileira em relação ao comércio com as Índias.
c) desinteresse português pode ser melhor explicado pela resistência oferecida pelos indígenas que dificultavam o desembarque e o reconhecimento das novas terras.
d) abertura de um novo mercado na América do Sul, ampliava as possibilidades de lucro da burguesia metropolitana portuguesa.
e) relativo descaso português pelo Brasil, nos primeiros trinta anos de História, explica-se pela aparente inexistência de artigos (ou produtos) que atendiam aos interesses daqueles que patrocinavam as expedições.
35. Leia com atenção o fragmento retirado da Carta de Pero Vaz de Caminha.
“E quando veio ao Evangelho, que nos erguemos todos em pé, com as mãos levantadas, eles [os índios] se levantaram conosco e alçaram as mãos, ficando assim, até ser acabado; e então tornaram-se a assentar como nós. E quando levantaram a Deus, que nos pusemos de joelhos, eles se puseram assim todos, como nós estávamos com as mãos levantadas, e em tal maneira sossegados, que, certifico a Vossa Alteza, nos fez muita devoção.”
Em relação à Carta de Caminha para o Rei de Portugal, pode-se dizer que é:
a) Uma narrativa que projeta sobre as populações nativas uma visão de mundo cristão, como se o Brasil fosse uma espécie de paraíso edênico.
b) Um relato imparcial sobre as populações indígenas, porque o autor narra exatamente o que viu e viveu no Brasil.
c) Uma narrativa capaz de identificar a verdadeira essência das populações indígenas brasileiras que já conheciam o cristianismo, e traziam no seu íntimo um conhecimento prévio dos ensinamentos pregados por Cristo a seus discípulos.
d) Um relato que expressa total ignorância e despreparo do cronista sobre o caráter dissimulado e estratégico das populações indígenas, que desejavam tão somente ganhar a confiança dos viajantes europeus para obter lucros e fazer alianças políticas para derrotar seus inimigos.
e) Um relato sem valor histórico, pois está marcado por uma perspectiva eurocêntrica e preconceituosa sobre os habitantes nativos do Brasil.
36. Com o processo de expansão marítima, empreendido nos séculos XV e XVI, Portugal constituiu-se como um império ultramarino, espalhado em diversas regiões do globo.
Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmações abaixo, sobre a história do Império português e da colonização no Brasil.
( ) A organização das instituições eclesiásticas nas colônias lusitanas foi estabelecida a partir da subordinação do Estado português à Igreja católica, prevista no chamado padroado régio.
( ) O Estado português valeu-se, pela primeira vez no Brasil, do trabalho escravo de africanos, posteriormente estendendo o mesmo procedimento ao conjunto das suas colônias.
( ) A estrutura política do Império português foi marcada por redes de poder locais que permitiam aos colonos um considerável grau de autonomia política e econômica, tornando, muitas vezes, conflitivas as relações entre metrópole e colônias.
( ) Os colonos e os mercadores estabelecidos no Brasil não mantinham relações comerciais com as colônias africanas, pois todo o sistema mercantil português estava centrado na metrópole, por onde necessariamente passavam os produtos comercializados.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
a) V – V – V- F.
b) V – V – F – V.
c) F – F – V – F.
d) F – V – V – F.
e) F – F – F – V.
37 – 38. TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:
O Brasil colonial foi organizado como uma empresa comercial resultante de uma aliança entre a burguesia mercantil, a Coroa e a nobreza. Essa aliança refletiu-se numa política de terras que incorporou concepções rurais tanto feudais como mercantis.
37. (Unesp 2015) A afirmação de que “O Brasil colonial foi organizado como uma empresa comercial resultante de uma aliança entre a burguesia mercantil, a Coroa e a nobreza” indica que a colonização portuguesa do Brasil
a) desenvolveu-se de forma semelhante às colonizações espanhola e britânica nas Américas, ao evitar a exploração sistemática das novas terras e privilegiar os esforços de ocupação e povoamento.
b) implicou um conjunto de articulações políticas e sociais, que derivavam, entre outros fatores, do exercício do domínio político pela metrópole e de uma política de concessões de privilégios e vantagens comerciais.
c) alijou, do processo colonizador, os setores populares, que foram impedidos de se transferir para a colônia e não puderam, por isso, aproveitar as novas oportunidades de emprego que se abriam.
d) incorporou as diversas classes sociais existentes em Portugal, que mantiveram, nas terras coloniais, os mesmos direitos políticos e trabalhistas de que desfrutavam na metrópole.
e) alterou as relações políticas dentro de Portugal, pois provocou o aumento da participação dos burgueses nos assuntos nacionais e eliminou a influência da aristocracia palaciana sobre o Rei.
38. A constatação de que “Essa aliança refletiu-se numa política de terras que incorporou concepções rurais tanto feudais como mercantis” justifica-se, pois a política de terras desenvolvida por Portugal durante a colonização brasileira
a) permitiu tanto o surgimento de uma ampla camada de pequenos proprietários, cuja produção se voltava para o mercado interno, quanto a implementação de sólidas parcerias comerciais com o restante da América.
b) determinou tanto uma rigorosa hierarquia nobiliárquicanas terras coloniais, quanto o confisco total e imediato das terras comunais cultivadas por grupos indígenas ao longo do litoral brasileiro.
c) envolveu tanto a cessão vitalícia do usufruto de terras que continuavam a ser propriedades da Coroa, quanto a orientação principal do uso da terra para a monocultura exportadora.
d) garantiu tanto a prevalência da agricultura de subsistência, quanto a difusão, na região amazônica e nas áreas centrais da colônia, das práticas da pecuária e da agricultura de exportação.
e) assegurou tanto o predomínio do minifúndio no Nordeste brasileiro, quanto uma regular distribuição de terras entre camponeses no Centro-Sul, com o objetivo de estimular a agricultura de exportação.
39 -40. TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:
Leia o texto para responder à(s) questão(ões).
A casa-grande, residência do senhor de engenho, é uma vasta e sólida mansão térrea ou em sobrado; distingue-se pelo seu estilo arquitetônico sóbrio, mas imponente, que ainda hoje empresta majestade à paisagem rural, nas velhas fazendas de açúcar que a preservaram. Constituía o centro de irradiação de toda a atividade econômica e social da propriedade. A casa-grande completava-se com a capela, onde se realizavam os ofícios e as cerimônias religiosas […]. Próximo se erguia a senzala, habitação dos escravos, os quais, nos grandes engenhos, podiam alcançar algumas centenas de “peças”. Pouco além serpenteava o rio, traçando através da floresta uma via de comunicação vital. O rio e o mar se mantiveram, no período colonial, como elementos constantes de preferência para a escolha da situação da grande lavoura. Ambos constituíam as artérias vivificantes: por meio delas o engenho fazia escoar suas safras de açúcar e, por elas, singravam os barcos que conduziam as toras de madeira abatidas na floresta, que alimentavam as fornalhas do engenho, ou a variedade e a multiplicidade de gêneros e artigos manufaturados que o engenho adquiria alhures […].
39. Quanto à relação do engenho colonial com as áreas externas a ele, o texto
a) revela o papel decisivo que a Igreja Católica desempenhou no impedimento da escravização das populações indígenas.
b) defende a ideia de que a colonização portuguesa no Brasil, no lugar de explorar as riquezas naturais, privilegiou a ocupação do território.
c) caracteriza sua preocupação ambiental, demonstrando o respeito dos administradores às matas e aos rios que compunham a paisagem rural.
d) identifica articulações entre as atividades internas e a dinâmica de circulação de mercadorias dentro e fora dos limites da colônia.
e) sustenta sua autonomia e autossuficiência, mostrando-o como desvinculado do restante da empresa colonial.
40. Quanto à organização da vida e do trabalho no engenho colonial, o texto
a) destaca a ausência de quaisquer relações de trabalho e de amizade dos senhores com os seus escravos.
b) demonstra a distribuição espacial das construções e seu papel no funcionamento e na lógica do poder dentro do engenho.
c) enfatiza a predominância do trabalho compulsório e os lucros obtidos na comercialização de escravos de origem africana.
d) denuncia o descaso dos senhores de engenho com a escolha da localização para a instalação do engenho.
e) atesta a irracionalidade do posicionamento das edificações e os problemas logísticos trazidos pela falta de planejamento espacial.

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