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Unidade 1 Capitalização Simples e Composta Rafaela Rodrigues Oliveira Amaro Matemática Financeira Diretor Executivo DAVID LIRA STEPHEN BARROS Diretora Editorial ANDRÉA CÉSAR PEDROSA Projeto Gráfico MANUELA CÉSAR ARRUDA Autora RAFAELA RODRIGUES OLIVEIRA AMARO Desenvolvedor CAIO BENTO GOMES DOS SANTOS Rafaela Rodrigues Oliveira Amaro Olá. Meu nome é Rafaela Rodrigues Oliveira Amaro. Licenciada em Matemática e Especialista em Metodologia do Ensino de Matemática com ampla experiência docente nas esferas do ensino fundamental, médio e superior. Sou apaixonada pelo que faço, pela matemática e adoro lecionar e transmitir sobre essa disciplina fascinante. Por isso fui convidada pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de autores independentes. Estou muito feliz em poder ajudar você nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte comigo! A AUTORA Olá. Meu nome é Manuela César de Arruda. Sou a responsável pelo projeto gráfico de seu material. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez que: ICONOGRÁFICOS INTRODUÇÃO: para o início do desenvolvimento de uma nova com- petência; DEFINIÇÃO: houver necessidade de se apresentar um novo conceito; NOTA: quando forem necessários obser- vações ou comple- mentações para o seu conhecimento; IMPORTANTE: as observações escritas tiveram que ser priorizadas para você; EXPLICANDO MELHOR: algo precisa ser melhor explicado ou detalhado; VOCÊ SABIA? curiosidades e indagações lúdicas sobre o tema em estudo, se forem necessárias; SAIBA MAIS: textos, referências bibliográficas e links para aprofundamen- to do seu conheci- mento; REFLITA: se houver a neces- sidade de chamar a atenção sobre algo a ser refletido ou discutido sobre; ACESSE: se for preciso aces- sar um ou mais sites para fazer download, assistir vídeos, ler textos, ouvir podcast; RESUMINDO: quando for preciso se fazer um resumo acumulativo das últimas abordagens; ATIVIDADES: quando alguma atividade de au- toaprendizagem for aplicada; TESTANDO: quando o desen- volvimento de uma competência for concluído e questões forem explicadas; SUMÁRIO Capitalização Simples ............................................................................ 11 Juros e Montante Simples ................................................................................................... 11 Juros exatos, ordinários e bancários. ........................................................................... 22 Capitalização Composta ....................................................................... 24 Juros e Montante Composto ............................................................................................. 24 Diferença entre os Regimes de Capitalização ...................................................... 31 Homogeneidade entre taxa e tempo .......................................................................... 34 Taxas .............................................................................................................. 37 Taxa Proporcional e Equivalente ..................................................................................... 37 Taxa Nominal e Efetiva ........................................................................................................... 44 Fluxo de Caixa e Equivalência Financeira ..................................... 55 Fluxo de Caixa ..............................................................................................................................55 Equivalência Financeira .........................................................................................................56 Matemática Financeira8 UNIDADE 01 CAPITALIZAÇÃO SIMPLES E COMPOSTA Matemática Financeira 9 Caro(a) aluno(a) se imagine em uma reunião empresarial, aonde serão discutidos diversos assuntos pertinentes a realidade empresarial. Por isso, deve-se adotar uma linguagem financeira especifica para tal situação. Bem, neste cenário, torna-se necessário a sua efetiva compreensão acerca dos diversos termos e conceitos que são triviais no universo empresarial, como juros, taxa de juros, capitalização simples e composta, fluxo de caixa, são alguns termos que necessitam de um claro entendimento e interpretação no contexto empresarial. E a partir desta necessidade, essa primeira unidade se apresenta como uma base sólida para compreender o mundo em que se situa a matemática financeira. Os principais fundamentos da matemática financeira, que subsidiarão o desenvolvimento de conceitos mais complexos, serão abordados nessa unidade inicial de modo a facilitar e viabilizar o desenvolvimento deste curso de Matemática Financeira. Bons Estudos! INTRODUÇÃO Matemática Financeira10 Olá. Seja muito bem-vindo à Capitalização Simples e Composta. Nosso propósito é auxiliar você no desenvolvimento das seguintes objetivos de aprendizagem até o término desta etapa de estudos: 1. Compreender o regime de capitalização simples e os elementos que o constitui; 2. Definir o regime de capitalização composto e os itens que o elabora, diferenciando-o da capitalização simples; 3. Entender e diferenciar os tipos de taxas mais utilizadas no mercado financeiro; 4. Definir equivalência financeira e fluxo de caixa apresentando suas aplicações. Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao conhecimento? Ao trabalho! OBJETIVOS Matemática Financeira 11 Capitalização Simples INTRODUÇÃO: Ao término deste estudo, você será capaz de compreender os conceitos relacionados a capitalização simples e aos seus componentes: capital, montante, taxa de juros e período; além disso seremos apresentados às definições de juros exatos, ordinários e bancários. Então vamos lá. Avante! Juros e Montante Simples Com certeza em algum momento de vida acadêmica ou social já se deparou com notícias do tipo: “Adquira seu carro com pequena entrada e parcele o restante de sua compra sem juros” “Juros menor possibilita aumento na compra de imóveis.” “Juros fecham em queda, com alívio do cambio e melhora na percepção geopolítica.” “Juros do cartão de crédito e cheque especial sobem no mês de novembro.” “Cheque especial agora com juros limitados.” Provavelmente sua resposta será sim! Mais comum que imaginamos, reconhecemos que as situações relacionadas a juros estão intimamente conectadas às diversas situações que permeiam a dinâmica de nosso cotidiano, uma vez que essa representação matemática é muito recorrente para indicar diferentes operações financeiras. Para iniciarmos nossa jornada definiremos juro, que conforme Castanheira e Macedo (2013) pode ser descrito como: Matemática Financeira12 Juro é a remuneração do capital. O conceito de juro mais trivial é o descrito anteriormente, mas, ainda conforme os mesmos autores, outras proposições mais populares também caracterizam juros: • quantia paga pelo uso do dinheiro emprestado, isto é, custo do capital de terceiros colocados a nossa disposição; • recompensa do capital agregado em atividades produtivas; • remuneração paga pelas instituições financeiras a partir do capital nelas aplicado; e • remuneração do capital emprestado, ou seja, aluguel pago pela utilização do dinheiro. VOCÊ SABIA? A ideia de juros é antiga em nossa sociedade, os primeiros registros são identificados quando os juros eram remunerados por sementes entre os agricultores e pagos após a colheita; era comum essa prática de remunerar por emprestar determinados produtos e/ou serviços entre suas transações comerciais. A maneira na qual os juros são incorporados permitem sua categorização, desta maneira, ele pode ser classificado como simples ou composto. O juro simples caracteriza-se como uma modalidade na qual os juros incidem sobre o capital inicial. Mas e a capitalização simples? O que é? Onde este conceito se atrela ao de juros? Essencialmente, capitalizar associa-se à ideiade juntar, agregar, acumular e na matemática financeira, essa concepção se mantém agregada a outros conceitos da matemática financeira, assim a capitalização simples é definida por Castanheira e Macedo (2013) como: Regime de capitalização em que se utilizam os juros simples. Matemática Financeira 13 Logo, na capitalização simples, para cada período temos a mesma taxa de juros calculada sob o mesmo capital, desta maneira é possível ter uma previsão de seu total multiplicando o total de juros por intervalo pelo total de intervalos. Destaca-se que na determinação dos juros simples, a curva do capital é linear, ou seja, é gerado uma função linear na qual cada adicional de juros é associada diretamente ao valor que inicialmente é investido. Ainda, Castanheira e Macedo (2013) enfatizam que o juro é sempre obtido intermediado por uma taxa de juros que é incidida sobre o capital. Essa medida se relaciona a uma unidade de tempo, que pode ser diária, mensal, semestral ou anual. As taxas mais comuns no universo financeiro são: • a.d. = ao dia • a.m. = ao mês • a.b = ao bimestre • a.t. = ao trimestre • a.q. = ao quadrimestre • a.s = ao semestre • a.n. = ao ano Como exemplo de utilização dessas taxas, admita uma taxa de 134% a.s., na prática qual seu significado? Ora, basicamente essa taxa produzirá juros de 134% a cada semestre, isto é, seis meses. E uma taxa de 0,14% a.d.? Essa indica que a remuneração do capital emprestado é diária, por isso os juros são obtidos diariamente gerenciados por uma taxa de 0,14%. Os juros são regidos por taxas em porcentagem, que geralmente são prefixados por índices determinados pelo governo ou interligados a políticas financeiras; tais operações permitem o reajuste de preços de diversos produtos de maneira geral e/ou aplicações financeiras (NETO,2012). Daí a tamanha importância destes índices. Matemática Financeira14 REFLITA: Constantemente associamos juros a uma ideia pejorativa, mas por quê? Existem duas facetas deste conceito, afinal os juros podem agregar ou depreciar nossa vida financeira, uma vez que essa operação pode acelerar o crescimento de uma renda ou bem, assim como atrapalhar, a partir do momento em que se adquire. Mas porque a prática de juros? Qual a necessidade da admissão deste quantitativo nas operações financeiras? Basicamente, de acordo com Neto (2012), as taxas de juros são eficientes de maneira a remunerar: • o risco inerente a operação (empréstimo ou aplicação), indicado pela incerteza em relação ao futuro; • diminuição de compra do capital impulsionada pela inflação, uma vez que este fator corrói o capital, diminuindo a capacidade de compra de posse do mesmo montante; • o capital aplicado e/ou emprestado, os juros devem agregar lucro ao proprietário do capital de maneira a compensar a privação do uso capital emprestado durante certo período de tempo. SAIBA MAIS: Existe uma legislação que orienta a utilização dos juros em operações financeiras, a Lei n. 8.078 de 1990 do Código de Defesa do Consumidor. Esta institui a maneira na qual a aplicação dos juros deve ser definida em um contrato entre as partes envolvidas. Matemática Financeira 15 Para aprofundarmos nos cálculos e relações neste contexto de matemática financeira definiremos alguns termos comumente utilizados, vamos lá?! O capital é indicado por C e possui outros significados, como: valor presente ou valor atual e conforme Castanheira e Macedo (2013) pode ser descrito como: • Capital se refere a qualquer valor expresso na moeda corrente de uma nação e disponível para operações financeiras. Este quantitativo é muito importante no contexto financeiro, uma vez que fundamentado nele a proporção de lucro ou prejuízo será calculado. Outro componente importante nos cálculos financeiros é o montante que é caracterizado por: • Montante é o resultado entre o somatório entre o capital e o juros, correspondendo a um quantitativo capitalizado após determinado período de tempo. Como já aprendemos os juros são calculados por taxas que são descritas conforme a seguir. • Taxa de Juros é um percentual que se aplica sobre o capital durante certo período. Outro fator importante na relação com o dinheiro é o tempo, pois é baseado nele que é possível estabelecer relações financeiras, basicamente ele é definido como: • Período é o tempo que o quantitativo financeiro estará submetido a determinada taxa de juros. A partir de agora, embasados em todos esses conceitos, será possível determinar uma relação que permite o cálculo dos juros simples; que basicamente depende de três fatores, como apresentado na Figura 1 seguir: Matemática Financeira16 Figura 1 –Composição dos Juros. Figura 1 –Composição dos Juros. Assim, a fórmula que possibilita o cálculo dos juros simples é dada por: Ainda neste contexto de juros simples, existem relações específicas para a determinação do montante e do capital envolvido em diversas operações financeiras. Perceba que as fórmulas são equações polinomiais do 1º grau, que graficamente, são representadas por retas que possuem como característica a permanência do mesmo coeficiente angular ou a inclinação da reta tangente; este fato demonstra que a cada período, os juros são os mesmos e sempre acrescentados ao capital inicial aplicado a certo investimento. É de suma importância enfatizar que todas as fórmulas apresentadas anteriormente podem ser reescritas substituindo o capital pelo termo Valor presente (PV = present value) e o montante por Valor Futuro (FV = future value), estes termos são muito utilizados na linguagem financeira e suas abreviações PV e FV representam teclas contidas na calculadora financeira HP – 12C. Então as fórmulas serão reescritas da seguinte forma: Matemática Financeira 17 Grande parte dos cálculos inerentes ao mercado financeiro podem ser feitos auxiliados por uma calculadora financeira; a mais utilizada é a HP – 12C, na qual o valor futuro é representado pela tecla FV (future value), pois representam as iniciais das expressões em inglês. É necessário enfatizar que a dinâmica de entrada de valores na calculadora HP -12C é diferente das calculadoras tradicionais, por isso sugiro a você aluno (a) a leitura de alguns manuais para facilitar seu uso. ACESSE: No site da fabricante HP há disponível um manual de utilização da calculadora HP- 12C que pode ser acessado pelo link: https://bit.ly/2DmXbX7 . Vamos agora exercitar estas relações que embasam os cálculos dos juros simples? Lembrando que as fórmulas se diferenciam devido aos elementos que a compõe, logo a escolha de utilização dependerá do contexto do problema a ser solucionado. Em toda resolução será apresentado à versão algébrica e outra com base na calculadora HP-12C. Vamos lá! EXEMPLO: Patrícia emprestou durante um semestre a quantia de R$10.000, a uma taxa de 2,5% a.m. (ao mês). De quanto serão os juros obtidos neste período? Sempre iniciaremos a resolução de um exercício destacando as informações contidas no enunciado, logo: Matemática Financeira18 Observe que o período foi definido como seis em referência a um semestre, porque a taxa de juros é mensal. A taxa de juros sempre deve ser transformada para sua forma decimal, isto é, deve-se encontrar seu número decimal correspondente e para isso basta dividir o valor informado por 100. Como foi solicitado o cálculo dos juros neste período, basta substituirmos as informações recolhidas anteriormente e aplicá-las na relação: Solução na Calculadora HP-12C 10000 CHS PV 2,5 i 6 n FV Matemática Financeira 19 Assim, o valor acumulado após seis meses equivale a R$11.500,00; agora, deste basta retirar o capital inicial, ou seja, o PV, logo será R$11.500,00 – R$10.000,00 = R$1.500,00 Para elucidar com mais propriedade a resolução deste exercício, é possível elaborar uma planilha eletrônica ou tabelapara a determinação deste juro mensal até a conclusão de seu total semestral. Observe a tabela 1 com os valores respectivos a este exercício. Tabela 1: Capitalização Simples Fonte: A autora Período Capital Juros Total Parcial Montante 1 10.000 10.000 10.250 2 10.000 10.250 10.500 3 10.000 10.500 10.750 4 10.000 10.750 11.000 5 10.000 11.000 11.250 6 10.000 11.250 11.500 Observe que o total parcial se refere ao início do período, enquanto o total é obtido ao final do período e atente-se ao fato de que o valor encontrado de juros, nessa modalidade é sempre o mesmo, pois a base de referência para o cálculo não se modifica no decorrer do tempo. Observe essa característica na representação gráfica (veja o Gráfico 1) indicada a seguir correspondendo a mesma situação problema. Matemática Financeira20 Gráfico 1: Capitalização Simples. Fonte: a autora. VOCÊ SABIA? Na matemática financeira existe o ano cível e o ano comercial, que se diferenciam quanto à quantidade de dias contabilizados; o ano cível é constituído por 365 dias ou 366 dias e o ano comercial é formado por 360 dias. EXEMPLO: A quantia de R$12.000,00 foi gerada a partir de um capital de R$ 3.000,00 aplicado a juros simples de 5% ao mês. Qual foi o período desta operação financeira? Informações do problema: Matemática Financeira 21 EXEMPLO: Uma empresa aplicou R$10.000 e recebeu após 7 anos um montante de R$28.500,00. Qual foi a taxa de juros simples incidida nessa transação? Informações do problema: Matemática Financeira22 Assim, a taxa anual aplicada nesta operação corresponde a 21,43% a.a. Solução na Calculadora HP-12C 10000 CHS PV 28500 FV 7 n i Juros exatos, ordinários e bancários. Os Juros, como já aprendemos correspondem, resumidamente, a um “aluguel” pago pela utilização de certa quantia. Esse valor pode ser adicionado ou retirado da quantidade inicial, variando conforme a modalidade adotada. No entanto, a base de cálculo referente ao período estabelecido o diferencia, pois se calculado em 40 dias será obtido um valor, já alterado para 41 dias será outro. Em decorrência dessa diferenciação, assim conheceremos com mais detalhes sobre os juros exatos, ordinários e bancários. Conforme destaca Assaf Neto (2012), os juros exatos são descritos por: • Modalidade de juros em que se adota a quantidade exata de dias que compõe um ano civil, pode variar entre 365 dias e 366 dias, caso O ano seja bissexto. Matemática Financeira 23 Castanheira e Macedo (2013) caracterizam juros ordinários como: • é o juro que utiliza como referência o ano comercial, isto é, considera que todos os meses são compostos por 30 dias e por consequência, o ano que é constituído por doze destes, possua 360 dias. Já os juros bancários como elucida Assaf Neto (2012): • juros que utiliza como referência a quantidade exata que compõe cada mês, ou seja, 28,29, 30 ou 31 dias; assim o ano possui 360 assim como o comercial. VOCÊ SABIA? Que o comitê de Política Monetária (COPOM) órgão coordenado por diretores e presidente do Banco Central determinam o valor da taxa Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custodia), este indicativo é que possibilita analisar a inflação, uma vez que quanto maior for a taxa Selic, menor é a inflação, em contra partida se ela diminuir, a inflação sobe. RESUMINDO: E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido sobre o regime de capitalização simples, que utiliza os juros simples e recebe o nome de capitalização simples. Nesta dinâmica, é necessário estabelecer uma taxa de juros, um período, assim como o capital e o montante que também podem ser chamados de valor presente e valor futuro, respectivamente. É necessário destacar que o cálculo da taxa, na modalidade simples é um valor constante, por isso não se altera no período estabelecido. Também aprendemos sobre juros que podem ser exatos, ordinários, ou bancários, sendo o período que compõem um ano, 360 ou 365, a diferença básica entre cada categoria. Matemática Financeira24 Capitalização Composta INTRODUÇÃO: Ao término deste capítulo, você será capaz de conhecer sobre a capitalização composta, identificando a maneira na qual os juros são capitalizados e, por fim, será possível diferenciar o regime de capitalização composta do regime de capitalização simples. Juros e Montante Composto Uma vez que o regime de capitalização não é simples, ele se torna composto e sua característica mais marcante está no fato da reincidência de juros sob o capital, assim, quando determinado valor já está interligado a uma parcela de juros é incidindo mais uma vez essa taxa de juros, porém, agora sobre esse total acumulado. Assaf Neto (2012) define que: Capitalização composta é um regime que adota a taxa de juros composta, isto é, o juro produzido em determinado tempo será acrescido ao valor produzido pelo capital, passando ambos, juro e capital a render juro no próximo período. Nesta dinâmica financeira, a cada intervalo em que o juro é agregado ao valor que o gerou é chamado de período de capitalização. Ao realizar um empréstimo, uma compra a prazo, financiamento de imóvel ou automóvel em certa instituição financeira, sempre estamos pagando por juros, e na grande maioria das vezes esse juro é composto. Na capitalização composta os juros detêm da mesma concepção que na capitalização simples, o que basicamente diferencia os juros simples é o capital, que a cada período é alterado, pois a cada término de Matemática Financeira 25 Vale lembrar que, como destacado na figura 2, na linguagem financeira utilizamos as seguintes denominações: Figura 2 -Termos utilizados na matemática financeira. Fonte: a autora. Ter conhecimento desta linguagem facilita manipular calculadoras financeiras, assim como interpretar os resultados obtidos. Vamos praticar? Resolveremos juntos alguns exercícios e será apresentada a resolução algebricamente intermediada por cálculos matemáticos e na linguagem para utilizar a calculadora HP-12C. EXEMPLO: Qual o montante produzido por um capital de R$10.000, a uma taxa de 2,5% a.m. durante seis meses? Retirando as informações do enunciado: um período de capitalização é obtido um montante ou valor futuro (FV) parcial, assim, as relações que permitem a utilização do juros simples são dadas por: Matemática Financeira26 Assim substituindo as informações nas relações apresentadas, encontramos: Solução na Calculadora HP-12C 10000 CHS PV 2,5 i 6 n FV = 11.596,93 Para você, caro(a) aluno(a), compreender melhor a dinâmica da capitalização composta foi elaborada a Tabela 2, de maneira a acompanhar como os juros compostos funcionam. Matemática Financeira 27 Tabela 2: Capitalização Composta Fonte: A autora. Período Capital Juros Montante 1 10.000 10.250 2 10.250 10.506,25 3 10.506,25 10.768,91 4 10.768,91 11.038,13 5 11.038,13 11.314,08 6 11.314,08 11.596,93 Chamo sua atenção aluno (a) para observar que o capital no qual incide a taxa de juros a cada período é sempre alterado, por isso essa modalidade é reconhecida como “juros sob juros”. EXPLICANDO MELHOR: Utilizaremos em nossos cálculos sempre duas casas decimais nos cálculos necessários em virtude do Sistema Monetário Brasileiro, assim é necessário relembrar as regras de arredondamento que instituem que para arredondar a segunda casa após a virgula é necessário observar o número que ocupa a terceira casa decimal, se este valor for igual ou menor que cinco, este último algarismo será mantido, caso contrário, acrescenta-se uma unidade ao algarismo que ocupa a segunda casa após a virgula. Matemática Financeira28 Gráfico 2: Capitalização Composta. Fonte: a autora EXEMPLO: Uma poupança foi criada com a entrada de R$ 21.000,00 e ficou capitalizandoem um período de 12 anos. Após esse tempo, foi comunicado ao cliente detentor dessa conta que o valor presente era de R$32.000,00. Logo, qual a taxa de juros compostos aplicado a esse capital? As informações do enunciado são: Matemática Financeira 29 Assim, substituindo as informações nas relações apresentadas, encontramos: Solução na Calculadora HP-12C 21000 CHS PV 32000 FV 12 n i EXEMPLO: Uma poupança foi aberta com um saldo de R$23.400,00 e após determinado período sob uma taxa de juros composto de R$ 1,2% ao mês foi obtido um montante de R$29.150,00. Determine o período. As informações do enunciado são: Matemática Financeira30 Assim, alterando as informações nas fórmulas apresentadas, encontramos: Matemática Financeira 31 Solução na Calculadora HP-12C 23400 CHS PV 28150 FV 1,2 i n Compare que o cálculo realizado na calculadora financeira HP – 12C é bem mais rápido e não demanda de manipulações algébricas como no cálculo tradicional, no entanto é necessário conhecimento prévio de sua dinâmica de funcionamento. Diferença entre os Regimes de Capitalização A capitalização é o espaço de tempo em que a aplicação gera os juros contratados. Desta maneira, um período de três anos e os juros capitalizados semestralmente, produz seis períodos de capitalização, no entanto, a maneira na qual o valor presente é determinado, adicionado ao juros obtido ou não, é que permite categorizá-lo em simples ou composto (NETO,2012). O regime de capitalização simples e o composto se diferenciam quanto a modalidade que cada um adota ao capitalizar os juros, assim a capitalização simples se enquadra em um modelo linear, pois a cada período acrescenta a mesma parcela de juros,enquanto a capitalização composta obedece a um estereótipo exponencial, caracterizado por acrescentar sempre ao valor presente uma parcela corrigida a partir do montante anterior. Graficamente a distinção entre essas duas modalidades de capitalização pode ser observada através do Gráfico 3 a seguir, que apresenta ambos em um mesmo plano cartesiano. Matemática Financeira32 Gráfico 3: Comportamento da capitalização Simples e Composta Fonte: Adaptado pelo autor Observe no Gráfico que a inclinação da curva da capitalização composta é bem mais inclinada em relação à capitalização simples; essa diferença reflete diretamente no juro obtido nas relações financeiras. EXEMPLO: Suponha que você tenha R$ 100.000,00 e o aplique em determinado investimento regido por uma taxa de juros de 0,75% a.m. durante um ano, qual o montante gerado conforme: As informações do problema são: Matemática Financeira 33 a. Capitalização simples: Solução na Calculadora HP-12C 100000 CHS PV 12 n 0,75 i FV = 109.000,00 A calculadora HP-12C calcula juros simples com base em um período que pode ser de 360 ou 365 dias. Além disso, com o juro acumulado no visor, a quantia total pode ser calculada (principal somado ao juro acumulado) pressionando +. Assim, para calcular os juros em um período de 360 ou 365 dias é necessário: • Digite ou calcule o número de dias e pressione n. • Digite a taxa de juros anual e pressione i. • Digite a quantia do principal e pressione CHS PV Pressione: • f INT para calcular e exibir o juro acumulado em 360 dias. • f INT para calcular e exibir o juro acumulado em 365 dias. Matemática Financeira34 Pressione + para calcular o total do principal e o juro acumulado agora no visor. Lembrando que os valores de n, i e PV podem ser inseridos em qualquer ordem. b. Capitalização composta: Solução na Calculadora HP-12C 100000 CHS PV 12 n 0,75 i FV = 109.938,69 Se atente ao fato de que no período de um ano houve uma diferença de= R$938,69 (R$109.938,69 – R$109.000,00 = R$938,69), muita, não é mesmo?! Agora imagine esse incremento em transações realizadas em 10, 20, 30 anos? Aumenta ainda mais, não é mesmo? Por isso, o juro composto é muito utilizado nas transações mais comuns no mercado financeiro. Homogeneidade entre taxa e tempo Em transações financeiras, sempre o período (n) deve estar condizente com a unidade de tempo (dias, meses e anos) em que foi estabelecida a taxa de juros. Lembrando que: Matemática Financeira 35 • O ano civil equivale a 365 dias; • O ano comercial é igual a 360 dias; • O mês comercial compreende 30 dias. É comum estar incidido em um empréstimo, por exemplo, uma taxa de juros capitalizada anualmente, mas um cliente quer contratá-lo em um período de meses, por isso a importância de realizar a transformação de uma taxa para outra. Vamos lá? Entender na prática como ocorre esse processo de transformação? Avante caro aluno(a)! EXEMPLO: Determine a equivalência de uma taxa de juros de 16% anual para: a. Taxa diária; b. Taxa mensal; c. Taxa bimestral; d. Taxa semestral. Para obter tais transformações, basta realizar a divisão da taxa anual indicada pelo período em que se almeja a transformação, logo: a. Taxa diária = b. Taxa bimestral = c. Taxa semestral = d. Taxa mensal = Matemática Financeira36 RESUMINDO: E então? Gostou do que lhe foi apresentado nesta unidade? Aprendeu mesmo tudo sobre este conteúdo? Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos! Vamos lá? Você conheceu com mais propriedade sobre a dinâmica da capitalização composta, isto é, sobre os juros compostos, modalidade na qual a taxa de juros é calculada sobre o montante obtido anteriormente; observe que em ambas as modalidades de capitalização é necessário estabelecer uma taxa de juros, um período, assim como o capital e o montante. A principal diferença entre o juro simples e composto consiste no valor no qual se incide o cálculo da taxa, na modalidade simples esse valor é constante, já na modalidade composta esse número sempre aumenta e é variável. Também aprendemos que em várias transações financeiras é necessário que o período seja igual à unidade de tempo (dias, meses e anos) em que se é capitalizada a taxa de juros, representando a homogeneidade entre taxa e tempo. Matemática Financeira 37 Taxas INTRODUÇÃO: Ao término deste capítulo é esperado que você, estimado(a) aluno(a) compreenda sobre taxas de juros e as operações possíveis de serem executadas com a mesma, identificando o tipo de manipulação mais condizente com o regime de capitalização estabelecido.Já estudamos o conceito e aplicação as taxas neste contexto financeiro, agora será necessário conhecer um pouco mais sobre esse índice assim como diferenciá-las, assim iniciaremos este conteúdo apresentando as técnicas para conversão de taxas quanto ao seu período de capitalização: taxa proporcional e taxa equivalente. Taxa Proporcional e Equivalente Taxa proporcional e equivalente possuem a mesma função que basicamente consiste em transformar uma taxa que capitaliza os juros perante certo período para outro, a grande diferença entre ambas consiste na categoria de juros; assim, a taxa proporcional é aplicada aos juros simples, enquanto a taxa equivalente se relaciona aos juros compostos. Veja na figura 3 a seguir essa distinção. Figura 4– Organograma sobre a classificação de taxas conforme o tipo de juros. Fonte: a autora Matemática Financeira38 Denominam-se as duas taxas como proporcionais quando promovem a igualdade dos montantes de um mesmo capital ao término de determinado período, isto é, a razão entre elas é igual a razão entre os respectivos períodos (ASSAF NETO, 2012). Matematicamente isso corresponde à definição que será apresentada a seguir. Através da propriedade fundamental da proporção, o produto dos meios é igual ao produto dos extremos, ou seja: Uma vez considerando: EXEMPLO: Admitindo uma taxa anual igual a 45%, determine esse índice proporcional a: a. Mensal; b. Quadrimestral;c. Semestral; d. Diária. Para solucionar esse exercício, inicialmente basta substituir as informações na relação apresentada anteriormente: a. Mensal: Como a taxa de juros de 45% informada é anual e este período é constituído por 12 meses, logo: Matemática Financeira 39 b. Trimestral: Como a taxa de juros de 45% informada é anual e este período é constituído por 4 trimestres, logo: c. Semestral: Como a taxa de juros de 45% informada é anual e este período é constituído por 2 semestres, logo: Matemática Financeira40 Agora de volta ao contexto da capitalização composta, conheceremos mais sobre as taxas equivalentes assim como as técnicas admissíveis de serem utilizadas. Vamos lá?! Netto (2012) declara que as taxas equivalentes são descritas conforme a seguir. Duas taxas são denominadas equivalentes se quando aplicadas a juros compostos e considerando um mesmo capital produzem um mesmo valor de montante (NETO,2012). Existe uma relação matemática especifica que possibilita determinar essa equivalência, dada por: Onde:’ Mas em quais situações devo utilizar de tais relações? É o que veremos na prática nos exemplos a seguir! EXEMPLO: Qual a taxa bimestral, semestral e anual equivalente a taxa mensal de 3%? Para solucionar tal situação utilizaremos como referência um bimestre como 2 meses ou 60 dias, um semestre com 6 meses ou 180 dias e um ano como 12 meses ou 360 dias. Matemática Financeira 41 • Bimestral: Logo, uma taxa de juros compostos de 3% mensal, equivale a uma taxa bimestral de 6,1%. Matemática Financeira42 c. Semestral: Logo, uma taxa de juros compostos de 3% mensal, equivale a uma taxa bimestral de 6,1%. Matemática Financeira 43 d. Anual: Logo, uma taxa de juros compostos de 3% mensal, equivale a uma taxa anual de 43,58%. Basicamente as fórmulas que permitem realizar as conversões mais comuns são apresentadas na tabela a seguir, na qual: Matemática Financeira44 Tabela 3 - Fórmulas para equivalência entre taxas. Fonte: A autora Período Relação Anual para diário (a.a. para a.d.) Mensal para diário (a.a. para a.d.) Anual para mensal (a.a. para a.d.) Diário para anual (a.a. para a.d.) Diário para mensal (a.a. para a.d.) Mensal para anual (a.a. para a.d.) Taxa Nominal e Efetiva Ao realizar um empréstimo, é comum questionarmos sobre o valor referente à taxa incidida na operação e como resposta somos informados que a taxa anual praticada é de 38%; porém, o prazo referente à constituição do juro, assim como sua agregação ao capital que o gera costumeiramente é mensal. Matemática Financeira 45 Na maioria das vezes, o mercado financeiro institui para uma mesma operação, expressões distintas de juros para sua forma de capitalização; um exemplo prático é ser comum nos juros do cheque especial utilizar tanto a taxa efetiva, quanto a taxa nominal. Assim, para comparar o custo para se realizar tal transação é essencial conhecer a fundamentação teórica de cada modalidade de taxa. A partir de situações como esta surge à necessidade de identificar, assim como diferenciar, a taxa nominal da efetiva e posteriormente efetuar a transformação entre ambas. Castanheira e Macedo (2013) reiteram que a taxa nominal: Uma taxa é chamada de nominal quando o intervalo de tempo ao qual se refere a taxa não se equipara com o período de capitalização. Tendo como exemplo uma taxa de 16% semestral, a capitalização trimestral é tida como uma taxa nominal, pois a taxa se refere ao semestre, no entanto a capitalização dos juros ocorre trimestralmente,isto é,existem quatro períodos de capitalização em um ano. Vamos, portanto, caro aluno(a), considerar, para tornar mais claro essa definição, a resolução do exemplo a seguir. EXEMPLO: Determine o valor futuro de um capital de R$7.000,00 aplicado a taxa nominal de 32% ao ano, durante dois anos sob regime de capitalização: a. Bimestral; b. Semestral; Chamo sua atenção aluno(a), para o fato de que o período variará conforme a modalidade de capitalização. Logo, será necessário mudar o número correspondente ao tempo percorrido, lembrando que sempre será considerado nessas operações o juro composto, caso seja os juros simples, será especificado no comando da questão. a. Bimestral: como um bimestre compreende dois meses, para determinar o período basta calcular a razão: Matemática Financeira46 assim como a taxa deve também ser modificada para assim como a taxa deve também ser modificada para b. Semestral: como um semestre compreende seis meses, para determinar o período basta calcular a razão: Solução pela calculadora HP-12C 7000 CHS PV 5 i 6 n FV Matemática Financeira 47 Tabela 4: Transformação de taxa com período maior ao período de capitalização. Solução pela calculadora HP-12C 7000 CHS PV 16 i 2 n FV É comum surgirem dúvidas quanto à maneira de converter períodos, conforme a periodicidade de conversão. Assim, para facilitar sua compreensão, basta identificar na tabela a seguir a alteração necessária a ser realizada no exercício proposto. Quando o período da taxa é maior que o período de capitalização, a transformação ocorre dividindo valores. Observe a Tabela 4, a seguir: Capitalização Operação semestral ÷ 2 trimestral ÷4 bimestral ÷6 mensal ÷12 diária ÷360 Taxas Anual Matemática Financeira48 trimestral ÷2 bimestral ÷ 3 mensal ÷6 diária ÷180 bimestra ÷1,5 mensal ÷ 3 diária ÷90 mensal ÷2 diária ÷ 60 Mensal ÷30 Semestral Trimestral Bimestral Mensal Fonte: A autora Em contrapartida, quando o período da taxa é menor que o período de capitalização, a transformação ocorre multiplicando valores; agora observe a próxima tabela. Matemática Financeira 49 anual x12 semestral x6 trimestral x3 bimestral x2 anual x6 semestral x3 trimestral x2,5 Mensal Bimestral Tabela 5: Transformação de taxa com período menor ao período de capitalização. Capitalização Operação anual x360 semestral x180 trimestral x90 bimestral x60 mensal x30 Taxas Diária Matemática Financeira50 anual x4 semestral x2 anual x2 Trimestral Semestral Fonte: A autora Fonte: A autora Figura 6: Comparação entre taxa nominal e efetiva. Agora que finalizamos as definições relacionadas à taxa nominal, conheceremos outra modalidade de taxa, a efetiva, que de acordo com Castanheira e Macedo (2013) é: • quando o prazo referente a uma taxa coincide com o período de formação e incorporação do juro ao capital que o produziu existe uma taxa efetiva. Na dinâmica taxa efetiva não importa o prazo no qual o capital será acrescentado de juros, pois o resultado, isto é, o montante será sempre o mesmo, porque o juro é capitalizado uma única vez no período correspondente a taxa (ASSAF NETO, 2012). Inicialmente podem parecer confusas as definições da taxa nominal e da taxa efetiva, no entanto a maneira mais fácil de entender essas definições é a partir das distinções entre ambas; mas como? Observe atentamente as informações a seguir e compreenderá esse comando. Matemática Financeira 51 É importante destacar que a taxa nominal não é usada nos cálculos financeiros e sim a taxa efetiva e por convenção a transformação da taxa nominal para a taxa efetiva é realizada proporcionalmente. Agora vamos praticar? EXEMPLO: Determine o montante e a taxa efetiva incidido sobre um empréstimo de R$5.000,00 a ser pago em parcela única em um ano? Considere uma taxa nominal de 11% anual com capitalização mensal. Retirando as informações do exercício, encontramos: é necessário realizar a conversão para taxa nominal, logo proporcionalmente uma taxa anual para mensal: Agora substituindo na fórmula de juros compostos: Solução pela calculadora HP-12C 5000 CHS PV Matemática Financeira52 16 i 0,92 n FV = 5.580.81 Logo, o montante é igual a R$5.580,81; já para determinar a taxa efetiva pertencente a essa operação é necessário retornarmos com os valoresdo montante encontrado e do capital; em contra partida o período será modificado para um, pois encontraremos a taxa efetiva anual. Veja: Solução pela calculadora HP-12C 1 n i Outra maneira de se determinar a taxa efetiva é através da relação: Em que: taxa efetiva; número de períodos de capitalização de juros; Matemática Financeira 53 Assim resolvendo o exemplo anterior já direto na fórmula, encontramos: EXEMPLO: Uma instituição financeira possui dentre sua cartela de produtos uma aplicação financeira que paga 40% ao ano; um cliente, após um mês de prazo, solicitou a rentabilidade efetiva considerando os juros de 40% a.a. como: a. Taxa Efetiva; b. Taxa Nominal. Hora de praticar caro(a) aluno(a)! Vamos lá? a. Taxa Efetiva: a rentabilidade mensal corresponde a taxa equivalente composta de 40% a.a.; logo: Matemática Financeira54 b. Taxa Nominal: a rentabilidade mensal de 40%a.a. é encontrada pela taxa proporcional, assim: RESUMINDO: E então? Gostou do que lhe mostramos neste capítulo? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos nesta terceira unidade. Você deve ter aprendido sobre a classificação das taxas de juros e suas respectivas peculiaridades; inicialmente estas podem ser calculadas proporcionalmente quando manejando os juros da modalidade simples e encontradas equivalentemente no trabalho com os juros compostos; também você deve ter conhecido sobre as taxas efetivas e nominais; estas se diferenciam e se classificam quanto ao período que ocorre a capitalização e o período de incidência e cálculo da taxa de juros, basicamente quando estes indicativos são iguais, estas taxas recebem a denominação de taxas efetivas e se o período de capitalização e o período de cálculo da taxa são distintos, ou seja, diferentes no período, então estas são chamadas de taxas nominais. Matemática Financeira 55 Fluxo de Caixa e Equivalência Financeira INTRODUÇÃO: Ao término deste capítulo é esperado que você, estimado(a) aluno(a), compreenda sobre um dispositivo gráfico muito útil na administração, denominado fluxo de caixa, assim como, entenda sobre o conceito de equivalência financeira que relaciona a igualdade de capitais, conforme determinado período. Fluxo de Caixa Fluxo de caixa e equivalência financeira são conceitos imprescindíveis em uma administração consciente dos recursos financeiros de uma empresa e devido a tal importância, detalharemos a seguir sobre os mesmos. A matemática financeira estuda a relação do dinheiro conforme o tempo e o fluxo de caixa e é muito importante nas operações de matemática financeira, uma vez que possibilita a visualização da variação do capital. Assaf Neto (2012) define fluxo de caixa como: Representação gráfica de um conjunto de entradas e saídas em uma linha do tempo. O fluxo de caixa não será o mesmo sempre, pois os valores e quantidade de entradas e saídas variarão, no entanto, há um estereótipo definido para essa representação que é identificado pela figura 5, a seguir. Matemática Financeira56 Figura 7: Fluxo de Caixa. Fonte: Adaptado pelo autor Para construir essa representação é necessário seguir algumas regras, são elas: • A linha horizontal indica uma escala de tempo, isto é, o horizonte financeiro da operação; • O ponto zero indica o período inicial e os demais pontos às datas com registro financeiro; • Setas acima da linha do tempo indicam recebimentos ou entradas; • Setas para abaixo da linha do tempo sinalizam aplicações ou saídas de dinheiro. • PV ou valor presente simboliza o capital no momento atual. • FV ou valor futuro que simboliza o montante obtido após o investimento de certo capital em determinado período. • PMT indica o valor de uma parcela que pode ser adicionada ou subtraída do montante a cada período. Equivalência Financeira Imagine a seguinte situação, na qual você vai ao banco e um atendente te afirma que R$ 1000,00 reais hoje equivale a R$1200,00 daqui a um ano. E essa situação te intriga, afinal, será verdadeira tal afirmação? Sim, é! No âmbito da matemática financeira um valor hoje, pode sim, Matemática Financeira 57 ser equivalente a outro, em determinado futuro, pois ambos capitais produzem, numa determinada data e submetido à determinada taxa, resultados semelhantes. A equivalência financeira se refere diretamente a equivalência entre capitais, esse conceito é muito útil em ocasiões em que se desejam postergar ou antecipar o vencimento de diferentes títulos. Teoricamente, Assaf Neto (2012) descreve equivalência financeira como: Dois ou mais capitais são ditos equivalentes quando, a um a certa taxa de juros produz resultados iguais numa data em comum e a data para o qual os capitais são transferidos recebe o nome de data focal. Quando relacionados ao fluxo de caixa, estes são equivalentes se seus valores presentes quando submetidos a mesma taxa de juros forem idênticos. É importante enfatizar que para a capitalização simples a equivalência entre capitais depende da escolha da data focal escolhida e por isso, na prática não é muito utilizada. Já na capitalização composta, a data focal pode ser qualquer uma, porque se dois ou mais capitais são equivalentes em determinada data, logo, o serão em qualquer data. Assim, considerando que os capitais com vencimentos para datas são equivalentes, se mantém a seguinte proporção: Matemática Financeira58 Mas na prática? Como algebricamente conseguimos comprovar a equivalência entre dois ou mais capitais? Existem diferentes relações para quando os vencimentos são anteriores a data focal ou posteriores a ela; assim como o regime de capitalização simples ou composta também altera as relações. Vamos lá! Resolver mais um exemplo? Avante!!! EXEMPLO: Considere dois títulos nos valores de R$12.453,89 e R$ 14,768,98 com vencimentos de 3 e 7 meses, respectivamente e submetidos a uma taxa de 1,4% ao mês. Verifique a equivalência destes capitais. Para identificar a equivalência ou não destes capitais, inicialmente retiraremos as informações do enunciado, que é: Agora, basta substituir estes valores na relação apresentada anteriormente e verificar se obtemos valores coincidentes. Matemática Financeira 59 Logo, é possível concluir que os capitais são equivalentes. Solução pela calculadora HP-12C 15208,18 CHS PV 4 i 3 n FV E depois conferir com o outro cálculo: 17107,13 CHS PV 4 i 3 n FV RESUMINDO: E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido sobre um dispositivo gráfico que apresenta diversas operações financeiras pertinentes a uma empresa e que recebe o nome de fluxo de caixa, e, através desta representação, é possível visualizar as movimentações com o caixa da empresa, conforme o período. Por fim, conhecemos o conceito de equivalência financeira, que simplesmente se refere à igualdade entre os mesmos valores de capitais quando regidos nas diferentes técnicas de capitalização: simples ou composta. Este conceito é muito utilizado em instituições financeiras na pratica de liquidação de débitos, assim, é possível identificar o valor a ser pago por uma antecipação de saldos. Matemática Financeira60 REFERÊNCIAS ASSAF NETO, Alexandre Assaf. Matemática Financeira e suas Aplicações. 12ª. ed. São Paulo: Atlas, 2012. BAUER, Udibert Reinoldo. Matemática financeira fundamental. São Paulo: Atlas, 2003. CASTANHEIRA, Nelson Pereira; MACEDO, Luiz Roberto Dias de. Matemática Financeira Aplicada. Curitiba: Intersaberes, 2013. 275 p. LAPPONI, Juan Carlos. Matemática Financeira - Uma Abordagem Moderna. 2ª.ed. Rio de Janeiro:Ltc LTC,1994. MATHIAS, Washington Franco; GOMES, José Maria. Matemática Financeira.São Paulo: Editora Atlas, 1996. Matemática Financeira 61 Rafaela Rodrigues Oliveira Amaro Matemática Financeira Unidade 2 Descontos e Séries de Pagamentos Rafaela Rodrigues Oliveira Amaro Matemática Financeira Diretor Executivo DAVID LIRA STEPHEN BARROS Diretora Editorial ANDRÉA CÉSAR PEDROSA Projeto Gráfico MANUELA CÉSAR ARRUDA Autora RAFAELA RODRIGUES OLIVEIRA AMARO Desenvolvedor CAIO BENTO GOMES DOS SANTOS Rafaela Rodrigues Oliveira Amaro Olá. Meu nome é Rafaela Rodrigues Oliveira Amaro. Licenciada em Matemática e Especialista em Metodologia do Ensino de Matemática; com ampla experiência docente nas esferas do ensino fundamental, médio e superior. Sou apaixonada pelo que faço e pela matemática e adoro lecionar e transmitir sobre essa disciplina fascinante. Por isso fui convidada pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de autores independentes. Estou muito feliz em poder ajudar você nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte comigo! A AUTORA Olá. Meu nome é Manuela César de Arruda. Sou a responsável pelo projeto gráfico de seu material. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez que: ICONOGRÁFICOS INTRODUÇÃO: para o início do desenvolvimento de uma nova com- petência; DEFINIÇÃO: houver necessidade de se apresentar um novo conceito; NOTA: quando forem necessários obser- vações ou comple- mentações para o seu conhecimento; IMPORTANTE: as observações escritas tiveram que ser priorizadas para você; EXPLICANDO MELHOR: algo precisa ser melhor explicado ou detalhado; VOCÊ SABIA? curiosidades e indagações lúdicas sobre o tema em estudo, se forem necessárias; SAIBA MAIS: textos, referências bibliográficas e links para aprofundamen- to do seu conheci- mento; REFLITA: se houver a neces- sidade de chamar a atenção sobre algo a ser refletido ou discutido sobre; ACESSE: se for preciso aces- sar um ou mais sites para fazer download, assistir vídeos, ler textos, ouvir podcast; RESUMINDO: quando for preciso se fazer um resumo acumulativo das últimas abordagens; ATIVIDADES: quando alguma atividade de au- toaprendizagem for aplicada; TESTANDO: quando o desen- volvimento de uma competência for concluído e questões forem explicadas; SUMÁRIO Conhecendo o Desconto Simples ....................................................... 11 Desconto Simples .........................................................................................................................11 Desconto Simples Comercial ...............................................................................................12 Desconto Simples Racional ...................................................................................................15 Aplicando o Desconto Composto ........................................................ 18 Desconto Simples .........................................................................................................................18 Desconto Composto Comercial ou Bancário ...........................................................19 Desconto Composto Racional .............................................................................................22 Compreendendo sobre as Séries de Pagamentos (1ªparte) .... 26 Séries de Pagamentos .............................................................................................................26 Classificação ....................................................................................................................................27 Séries Postecipadas ....................................................................................................................29 Compreendendo sobre as Series de Pagamentos (2ªparte) ... 40 Pagamentos antecipados .......................................................................................................40 Séries Diferidas ...............................................................................................................................45 Matemática Financeira8 UNIDADE 02 DESCONTOS E SÉRIES DE PAGAMENTOS Matemática Financeira 9 Caro (a) aluno(a), você sabia que a ideia de desconto se associa ao abatimento de dado valor monetário, pois bem, quem nunca pediu um desconto? Ou foi direcionado a conceder desconto de acordo com certa situação? Com certeza sua é resposta é sim, para um ou os dois questionamentos. Na matemática financeira seremos apresentados aos descontos simples, que é interligado a metodologia da capitalização simples e o desconto composto que é inerente a capitalização composta. Dando sequência aos nossos estudos, seremos apresentados aos conceitos relacionados às series de pagamentos, como sua definição, classificação, séries potenciadas, séries antecipadas e diferidas, assim como seu modelo geral e seus modelos variáveis. Ao longo deste estudo, vamos mergulhar juntos neste universo! INTRODUÇÃO Matemática Financeira10 Olá. Seja muito bem-vindo à Descontos e Séries de Pagamentos. Nosso objetivo é auxiliar você no atingimento dos seguintes objetivos de aprendizagem até o término desta etapa de estudos: 1. Definir e solucionar problemas relacionados ao Desconto Simples; 2. Conceituar e resolver situações problemas de Desconto Composto; 3. Compreender sobre as Séries de Pagamentos Postecipados; e 4. Compreender sobre as Séries de Pagamentos Antecipados e Diferidos. Então? Preparado para adquirir conhecimento sobre um assunto fascinante e inovador como esse? Vamos lá OBJETIVOS Matemática Financeira 11 Conhecendo o Desconto Simples INTRODUÇÃO: Ao término deste capítulo você será capaz de entender como funciona a dinâmica do desconto simples. Aprenderá sobre os diferentes tipos de desconto simples, assim como aprenderá a identificá-los e diferenciá-los. E então? Motivado para desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante! Desconto Simples A prática de aplicar desconto é um ato inerente as relações comerciais. Costumeiramente solicitamos desconto ou somos atraídos por propagandas que ofertem algum tipo de desconto. De regra, a prática de desconto é realizada quando temos ciência do montante ou valor nominal de um título de crédito e se almeja encontrar o valor atual desse título. VOCÊ SABIA? Existem dois tipos de título de crédito: a nota promissória e a duplicata. A primeira se caracteriza por ser um comprovante de aplicação de um capital com vencimento predeterminado; já a segunda se caracteriza por ser um título criado por uma pessoa jurídica contra o seu cliente, que pode ser uma pessoa física ou jurídica. Matematicamente Castanheira e Macedo (2013, p.39) discorrem que: • “Desconto é o abatimento concedido sobre um título de crédito em virtude de seu resgate antecipado”. Para calcular o desconto, é necessário conhecer a taxa de desconto, assim como o período, que corresponde ao tempo faltante para o vencimento do título ou dívida, uma vez que representa a retirada do juro calculado pelo banco nas operações de capitalização simples, Matemática Financeira12 proporcionalmente ao prazo antecipado de pagamento. (CASTANHEIRA; MACEDO, 2013). Na modalidade de desconto simples aprenderemos juntos as duas categorias pertinentes a essa modalidade, observe a apresentação destas na Figura 1 a seguir. Figura 1 - Classificação de Desconto Simples. Fonte: A autora Agora vamos juntos desvendar cada categoria desta de desconto simples, conhecendo sua definição e resolvendo vários exercícios relacionados a este assunto. Vamos lá? Desconto Simples Comercial O desconto simples comercial ou desconto “por fora”, que será representado Dc Dc e utilizado a partir da incidência de uma taxa de desconto da dívida no dia do seu vencimento; a relação matemática que permite esse cálculo é dado por: Onde: Dc = Desconto comercial simples i = taxa de juros n = tempo que falta para vencer a dívida Se determinado o desconto,é possível calcularmos o valor atual (Vc) (Vc)para a data de resgate do título, pois o valor atual é o resultado da diferença entre o montante e o desconto simples, isto é: Matemática Financeira 13 Assim, a fórmula que possibilita a determinação do valor atual é: Chamo sua atenção, estimado (a) aluno(a), para o fato que nestas relações não há ocorrência de uma taxa administrativa bancária, que é uma prática comum no mercado financeiro; e neste contexto surge o desconto comercial bancário, que será indicado por (Db) (Db) e pode ser calculado pela fórmula: Onde h, representa a taxa de despesa administrativa. Para compreendermos como funciona a aplicação destes conceitos vamos resolver alguns exemplos, acompanhe a resolução detalhada a seguir! EXEMPLO: Determinado título de R$ 8.600,00 foi descontado dois meses antes de seu vencimento. Sabe-se que a taxa corrente em desconto comercial é de 23% ao ano. Determine o desconto comercial e o valor que o dono do título recebeu. Retirando as informações do enunciado, obtemos: Matemática Financeira14 Assim, o desconto comercial é encontrado da seguinte forma: Já para determinar o valor do título recebido, basta substituir na fórmula de valor atual: Logo, o desconto comercial foi de R$329,67 e o valor recebido pelo dono do título foi de R$ 8.270,33. Cálculo pela calculadora HP-12C 8600 CHS PV 23 i (taxa ao ano) 2 ENTER 30 x n (perdido em dias) f INT (desconto comercial = 329,67) RCL PV + (valor atual = 8.270,33) Matemática Financeira 15 Desconto Simples Racional O desconto racional simples, indicado por é encontrado a partir da aplicação da taxa de desconto sobre o valor atual do título de crédito, determinado por: Onde n representa o tempo faltante para o vencimento da dívida. Já o valor atual (Vr) (Vr) pode ser encontrado por duas relações: Simples, não é mesmo? Vamos partir para a prática agora caro (a) aluno(a). Avante! EXEMPLO: Encontre o valor do desconto racional simples e o valor a ser resgatado de um título R$ 25.700,00, vencível em 3 meses e 10 dias, descontado a uma taxa de juros de 27% ao ano. Retirando as informações do enunciado, obtemos: Matemática Financeira16 Para descobrir o desconto racional é necessário determinar inicialmente o valor racional, que será determinado da seguinte forma: Já para determinar o valor do título recebido, basta substituir na fórmula de valor atual: Cálculo pela calculadora HP-12C 25700 CHS PV 27 i (taxa ao ano) 2 ENTER 30 x n f INT RCL PV + Matemática Financeira 17 RESUMINDO: Prezado (a) aluno(a) gostou do conteúdo desta nossa unidade? Aprendeu tudinho? Para refrescar sua memória vamos relembrar juntos sobre os principais pontos essenciais para seu sucesso neste conteúdo. Nesta unidade, aprendemos sobre um conceito muito utilizado no nosso dia a dia, o desconto, mas agora sob uma concepção mais formal, fundamentado em fórmulas matemáticas adequadas. Aprendemos que o desconto comercial simples é calculado sob o valor total da dívida no dia do seu vencimento, já o desconto racional simples é incidido sobre o valor atual do título de crédito; essa é a diferença fundamental entre essas duas modalidades de desconto simples. Matemática Financeira18 Aplicando o Desconto Composto INTRODUÇÃO: Ao término deste capítulo objetivamos que você, estimado (a) aluno (a), seja capaz de conhecer sobre a prática de desconto simples, compreendendo sua definição, assim como as relações que fundamental essa dinâmica. Através de exemplos resolvidos passo a passo você conseguirá entender essa nova definição. Desconto Simples Para reafirmar a definição de desconto, Castanheira e Macedo (2008, p.65) afirmam que desconto consiste num abatimento concedido sobre um título de crédito em virtude de seu resgate antecipado. Mas qual a distinção existente na modalidade de desconto? Basicamente o desconto composto se assemelha muito ao desconto simples, a diferença pontual consiste na modalidade em que se incide a taxa de desconto, que neste caso é a capitalização composta. O desconto composto também se subdivide em duas categorias: o desconto composto comercial, popularmente chamado de desconto bancário e o desconto composto racional, como apresenta a seguir a ilustração da Figura 2. Figura 2 -Classificação de Desconto Composto. Fonte: A autora Matemática Financeira 19 A partir de agora vamos desvendar juntos cada categoria relacionada aos descontos compostos. Vamos lá? Desconto Composto Comercial ou Bancário Conforme Castanheira e Macedo (2013, p.80) elucidam, que “o desconto composto comercial é calculado sobre o valor da dívida no dia do seu vencimento”. Denotaremos novamente por Dc Dc a denotação pelo desconto comercial, este será encontrado mediante a aplicação de uma taxa de desconto sobre o valor nominal (M) do título de crédito. A relação matemática que possibilita o cálculo do Dc Dc é encontrada a partir da associação de desconto relacionada à capitalização composta e é dado por: Onde o valor comercial (Vc Vc) é encontrado pela igualdade: Unindo a fórmula direcionada ao desconto comercial e o valor comercial é possível encontrar uma relação que orienta o cálculo do desconto comercial a partir do montante (M), da taxa de juros (i) e do período (n), que é obtida por: EXEMPLO: Encontre o valor do desconto composto comercial de um título de R$ 14.000,00, descontado seis meses antes do vencimento, submetido a uma taxa de desconto de 1,5% a.m.? Identificando as informações do enunciado, obtemos: Matemática Financeira20 Já sabemos que o desconto comercial é encontrado pela relação: Para determinar o valor do título recebido, basta substituir na fórmula de valor atual: Assim, concluímos que o desconto composto comercial foi de R$1213,68 e o valor recebido foi de R$ 12.786,32. Cálculo pela calculadora HP-12C 14000 CHS PV 1,5 CHS i (taxa de desconto) 6 n Matemática Financeira 21 Sabemos que a fórmula para o cálculo do valor a ser recebido é: FV (valor de resgate do título) RCL PV (recupera o valor de PV) + Exemplo]] Determine a taxa de desconto composto comercial concedida a um título de R$ 32.674,00 descontado nove meses antes do vencimento, uma vez que o valor líquido recebido foi de R$ 28.434,00. Identificando as informações do enunciado, obtemos: Matemática Financeira22 Logo, a taxa de desconto equivale a 1,54%. Cálculo pela calculadora HP-12C 32674 CHS PV 28434 FV 9 n i Desconto Composto Racional Semelhante ao desconto simples racional, o desconto composto racional é calculado sobre o valor do título (Vr), dependendo do montante em questão e sua relação algébrica é descrita por: Uma vez que o valor atual do título é encontrado por: Onde: Dr= Dr= Desconto composto racional i=i Taxa de juros n= n= Tempo que falta para vencer a dívida M= M= valor nominal do título De maneira a facilitar e agilizar nossos cálculos, vamos unir a fórmula relacionada ao desconto racional com o do valor do título atual, assim obtemos a seguinte relação: Matemática Financeira 23 Vamos partir para a prática? Avante caro(a) aluno(a)!!! Para encontrar o desconto racional, partiremos da determinação do valor atual do título, assim: De posse deste valor, encontramos o desconto composto racional: Logo, o desconto composto racional será de R$ 5.239,16 e valor a ser pago é de R$ 39.869,34. Cálculo pela calculadora HP-12C 45108,5 CHS FV 5 n Matemática Financeira24 2,5 i PV (valor recebido = 39.869,34) RCL FV + (desconto racional com sinal negativo = -5.239,16) CHS (trocar o sinal) EXEMPLO: Um título de R$ 10.000,00 foi resgatado antes de seu vencimento, sob umataxa de desconto composto racional de 2,03% ao mês. Uma vez que o resgate foi efetuado por R$8.678,65, determine quanto tempo antes do vencimento esse título foi pago. Identificando as informações do enunciado, obtemos: Para encontrar o tempo decorrido, utilizamos a relação: Matemática Financeira 25 Logo, o título foi quitado 21 meses antes do previsto. Cálculo pela calculadora HP-12C 10.000 CHS PV 8.678,65 FV 2,03 i n RESUMINDO: Estimado aluno(a), gostou dessa nossa segunda unidade? Interessou-se por essa temática? Para instigar mais seu interesse, vamos juntos revisar o que aprendemos neste conteúdo de matemática financeira. O desconto composto não utiliza das mesmas fórmulas do desconto simples pelo fato da taxa de juro ser calculada ao modo “juros sob juros”, isto é, sob capitalização composta. Neste contexto, somos apresentados às modalidades de desconto composto: o comercial e o racional. O desconto composto comercial se caracteriza por também poder ser chamado de desconto bancário e é determinado sobre o valor da dívida no seu dia de vencimento; já o desconto composto racional é calculado sobre o valor atual do título; diferença esta que pode parecer inicialmente como irrelevante ou simples, mas que altera e muito nos resultados obtidos, após aplicação das taxas de juros compostos. Matemática Financeira26 Compreendendo sobre as Séries de Pagamentos (1ªparte) INTRODUÇÃO: Objetivamos com o estudo deste tópico, que você caro (a) aluno (a), compreenda a definição referente a series de pagamentos, suas possíveis classificações, assim como conhecer sobre a modalidade de séries postecipadas. Séries de Pagamentos É bem provável que você, estimado (a) aluno (a), já tenha se deparado com alguma situação referente às operações financeiras que envolvam pagamentos ou recebimentos parcelados, não é mesmo? Com toda certeza sua resposta a este questionamento deve ter sido SIM! Neste contexto, iniciamos este tópico com a definição de Séries de Pagamentos, que conforme Assaf Neto (2012, p.198) é: • “Uma série de pagamentos ou anuidades representam as operações financeiras em um dado período, sobre um investimento ou dívida”. Geralmente as séries de pagamentos estão sujeitas a uma taxa de juros, previamente especificada e fixada; ressalta-se que pode haver mudança na taxa de juros, conforme a série. Situações como aquisição de bens e empréstimos são situações que exemplificam bem as séries de pagamentos. A representação gráfica referente a uma série de pagamentos é exibida por intermédio da Figura 3, a seguir: Matemática Financeira 27 Figura 3 - Representação de uma série de pagamentos. Figura 4-Classificação das Series de Pagamentos. Fonte: a autora Fonte: Adaptado pela autora Classificação As séries de pagamentos podem ser classificadas mediante cinco critérios, que estabelecem diferenças entre vários aspectos de uma série de pagamentos e estes são apresentados na Figura 4 a seguir. Matemática Financeira28 Dando continuidade ao estudo desta temática, agora com mais detalhes sobre a classificação das séries de pagamentos, vamos discutir cada critério separadamente. Com relação ao tempo, que remete a característica da quantidade de pagamentos existem duas categorias: • Temporária: quando existe um número limitado de pagamentos; • Infinita: quando a quantidade de pagamentos é ilimitada. Quanto à periodicidade, característica que indica a frequência dos pagamentos há duas divisões: • Periódicos: pagamentos ocorrem em intervalos de tempo iguais; • Não–periódicos: pagamentos ocorrem em intervalos de tempo variáveis. Em relação ao valor dos pagamentos, que são descritos pelo valor de cada parcela, os subgrupos são: • Fixos ou uniformes: os valores dos pagamentos são iguais; • Variáveis: os valores dos pagamentos são diferentes. Em relação ao vencimento da primeira prestação, também existem duas possibilidades: • Imediata: o pagamento ocorre no primeiro período da série; • Diferida: o pagamento ocorre em períodos subsequentes ao primeiro. E por fim, quanto ao momento dos pagamentos, existem duas divisões: Antecipada: o primeiro pagamento ocorre no “ato” do negócio; Postecipada: o primeiro pagamento ocorre um período após o “ato” do negócio. Matemática Financeira 29 Séries Postecipadas Caro(a) aluno(a), uma série recebe o nome de postecipada quando os pagamentos ou recebimentos são realizados ao final de cada intervalo de tempo a que se refere a taxa de juros considerada. Abaixo, o fluxo de caixa desse tipo de operação está representado pela figura 5. O valor presente , isto é, o PV dessa série, é calculado um periodo antes do primeiro termo e submetido a uma determinada taxa de juros compostos i, é dado por: Onde consideraremos: Matemática Financeira30 SAIBA MAIS: PMT origina da abreviação da expressão inglesa “Periodic Payment Amount” e se refere a pagamentos de um mesmo valor. Na calculadora financeira HP-12 c encontramos uma sigla já referente a esta operação com a simbologia PMT. Estudaremos juntos o exemplo a seguir: EXEMPLO: Determine o valor referente a um capital que se aplicado a um determinado investimento para a retirada de R$ 1.000,00 ao final de cada mês, durante os próximos nove meses com uma taxa de juros mensal de 3%. Reconhecendo as informações do enunciado, encontramos: Substituindo estes dados na relação obtida anteriormente: Matemática Financeira 31 Onde será adotado Assim, de modo a realizar retiradas no valor de R$1.000,00, é necessário um valor presente de R$7.786,11. Cálculo pela calculadora financeira HP-12C g BEG 9 n 3 i 1000 CHS PMT PV Aninda no contexto das séries postecipadas, há uma fórmula específica também para o valor futuro, ou seja, o VF, calculado na data do último termo é dada por: Matemática Financeira32 VOCÊ SABIA? Existem funções financeiras do Excel, como a função financeira PGTO, para o cálculo do valor da prestação. É necessário escolher o Tipo:“0” (ou não especificado) para o valor presente PV da série, um período anterior ao primeiro termo e o valor futuro FV na data do último termo;e “1” para o valor presente PV da série na data do primeiro termo e o valor futuro FV um período em seguida ao último termo. Iremos ver na prática a utilização deste conceito, intermediado pelo exemplo a seguir: EXEMPLO: Camila almeja criar uma reserva para possíveis imprevistos financeiros e estipulou que no presente momento pode guardar a quantia de R$ 250,00 mensalmente pelo período de um ano. Neste contexto, determine o total arrecadado por Camila após este período. Reconhecendo as informações do enunciado, encontramos: Substituindo estes dados na relação obtida anteriormente: Matemática Financeira 33 Assim, ao final de um ano Camila acumularia um total de R$3.400,55. Cálculo pela calculadora financeira HP-12C g BEG 12 n 2,25 i 250 CHS PMT FV Ainda nas seríes postecipadas, utilizaremos de relações específicas para a determinação do valor exato das prestações, ou seja, o PMT; elas se diferenciam quanto a informação que for disponibilizada no exercício, isto é, há uma fórmula para quando é informado o valor do valor presente (PV) e outra para quando conhecemos o valor futuro (FV); observe: Matemática Financeira34 Onde será adotado Vamos lá? Partiremos para dois exemplos, que juntos resolveremos. O primeiro será informado o valor presente no enunciado, já no segundo exemplo a informação se destinará ao valor futuro. EXEMPLO: Na venda de seu automóvel usado, Arthur recebeu R$8.100,00; este valor será utilizado para a compra de outro, cujo valor à vista equivale a R$ 20.100,00. O saldo faltante para a compra do veículo será quitado em 15 prestações mensais, postecipadas. Considerando uma taxa de juros compostos de 2,3% ao mês, determine o valor referente a cada prestação. Identificando as informaçõesdo enunciado, encontramos: Matemática Financeira 35 Substituindo estes dados na relação obtida anteriormente: Logo, o valor referente as prestações será de R$954,99. Calculo pela calculadora financeira HP-12C g END 15 n 2,3 i PMT EXEMPLO :Uma família sairá de férias e deseja se planejar financeiramente por alguns meses; o total da viagem equivale a R$10.000,00. Qual o valor a ser economizado mensalmente, uma vez que o dinheiro será aplicado a uma taxa de 0,45% ao mês nos próximos oito meses? Reconhecendo as informações do enunciado, encontramos Matemática Financeira36 Substituindo estes dados na relação obtida anteriormente: Logo para alcançar um total de R$10.000,00 ao final de oito meses serão necessários parcelas correspondentes a R$1230,45. Cálculo pela calculadora financeira HP-12C 10000 CHS FV 8 n 0,45 i PMT Matemática Financeira 37 Ainda é possível encontrar uma taxa aproximada de juros referente a um contrato que parcelas em sua composição; basta conhecermos o valor de cada prestação, o valor presente e a quantidade de parcelas; essa determinação é encontrada através da seguinte fórmula. EXEMPLO: Determine a taxa de juros mensal efetiva, considerando a obtenção de um empréstimo no valor de R$50.000,00, que será parcelado em 24 prestações mensais de R$2.900,00, considerando prestações postecipadas. Identificando as informações do enunciado, encontramos: Matemática Financeira38 Substituindo estes dados na relação adequada: Assim, é possível afirmar que a taxa de juros acometida nesta operação foi de 2,81%. Cálculo pela calculadora financeira HP-12C 50.000 CHS PV 2900 PMT 24 n i EXPLICANDO MELHOR: Na calculadora HP - 12C ao ativar a função azul END (g END), o valor presente PV da série está localizado um período antes do primeiro termo e o valor futuro FV na data do último termo; já acionando a função azul BEG (g BEG), o valor presente PV da série está localizado na data do primeiro termo e o valor futuro FV um período após o último termo. Matemática Financeira 39 RESUMINDO: E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido que as séries de pagamentos ou anuidades indicam operações financeiras em um dado período, sobre um investimento ou dívida; estas estão sujeitas a uma pré-fixada taxa de juros. Também vimos que as séries de pagamentos podem ser classificadas mediante cinco critérios: o tempo, a periodicidade, o momento em que se realizam os pagamentos, a data de vencimento da primeira parcela e quanto ao valor direcionado aos pagamentos. Por fim, aprofundando mais o conteúdo de séries de pagamentos, conhecemos mais sobre as séries postecipadas, que são descritas pelo fato de o primeiro pagamento ocorrer um período após o “ato” do negócio, isto é, não é imediato. Matemática Financeira40 Compreendendo sobre as Series de Pagamentos (2ªparte) INTRODUÇÃO: Ao término deste capítulo, dando continuidade ao anterior, agora você será capaz de compreender as séries antecipadas, outra categoria pertencente as séries de pagamentos. Também compreenderá a definição de séries diferidas, assim como seu modelo geral e as variáveis. Pagamentos antecipados Os pagamentos antecipados as parcelas são pagas no início de cada período, isto é, no ato do contrato, já se deve quitar a primeira parcela, imediatamente. Assim como nas séries de pagamentos postecipados, existem relações específicas para a determinação do valor presente, valor futuro e do valor referido a parcela. Encontrar o valor presente a ser arrecadado dado um valor específico de prestação, um período pré-estabelecido e a identificação de uma taxa de juros são determinados por: Matemática Financeira 41 Vamos agora resolver juntos o exercício a seguir: EXEMPLO: Determine qual o capital deve ser aplicado com objetivo de realizar retiradas de R$ 750,00 mensalmente pelos próximos doze meses, sob uma taxa de juros de 1,65%. Reconhecendo as informações do enunciado, encontramos: Substituindo estes dados na relação obtida anteriormente: Matemática Financeira42 Com o objetivo de realizar retiradas no valor de R$750,00,durante um ano é necessário um valor presente de R$8.898,46. Cálculo pela calculadora financeira HP-12C g END 12 n 1,75 i 750 CHS PMT PV Encontrar um valor futuro (VF) de uma série de pagamentos antecipda é viabilizada a partir da seguinte relação; EXEMPLO: Um fundo de reserva deseja ser criado guardando a quantia mensal de R$ 650,00, num período de quatorze meses, seguindo uma série de pagamentos antecipados sob uma taxa de juros mensal de 1,83%. Determine o total arrecadado. Reconhecendo as informações do enunciado, encontramos: Matemática Financeira 43 O total acumulado é de R$10.453,68. Cálculo pela calculadora financeira HP-12C g END 14 n 1,83 i 650 CHS PMT FV Para a determinação do valor da parcela de uma série de pagamentos antecipados, existem na matemática financeira, duas fórmulas; em que uma depende do valor presente (PV) e a outra do valor futuro (FV). Seguindo nossa metodologia, a seguir apresentaremos exemplos para ilustrarem a aplicação das igualdades acima. EXEMPLO: um imóvel de R$ 400.000,00 será obtido após uma entrada imediata de R$ 50.000,00; o restante será financiado sob uma taxa de juros de 3,74% em 60 parcelas. Determine o valor de cada parcela, sabendo que a séries de pagamentos é antecipada. Identificando as informações do enunciado, encontramos: Matemática Financeira44 Substituindo estes dados na relação obtida anteriormente: Assim, a prestação será equivalente a R$12.670,43. Cálculo pela calculadora financeira HP-12C g END 350000 CHS PV 60 n 3,74 i PMT EXEMPLO: Com o objetivo de poupar um valor equivalente a R$100.00,00, Paulo quer guardar durante dez meses certa quantia; sabendo que a taxa de juros equivale a 0,5%, qual o valor a ser arrecadado mediante uma série de pagamentos antecipados. Identificando as informações do enunciado, encontramos Matemática Financeira 45 Substituindo estes dados na relação obtida anteriormente: Assim para alcançar um total de R$ 100.00,00 ao final de dez meses, serão necessários parcelas de aproximadamente R$9.728,41. Cálculo pela calculadora financeira HP-12C 10000 CHS FV 10 n 0,5 i PMT Séries Diferidas Caro (a) aluno(a), você já deve ter visto a palavra diferimento, não é mesmo? Pois bem, o significado dessa palavra se refere a ação de diferir, ou seja, adiar, transferir para um outro momento ou data. Na matemática financeira, especificadamente no conteúdo de séries de pagamentos o Matemática Financeira46 diferimento se refere a um período de carência, ou seja, o período que separa o começo da operação até o início do pagamento da primeira parcela. As séries diferidas são caracterizadas pelo fato de o período de carência ser formado por um prazo em que separa o início da operação do período de pagamento da primeira parcela. Basicamente esta categoria de séries se diferencia das demais pela integração de um período de carência previamente estabelecido. Neste tipo de série existe uma sequência de capitais de valores que são iguais e uniformes, com exceção do primeiro, que recebe o nome de carência. Estas características são apresentadas na Figura 5 a seguir. Figura 5 - Composição de séries diferidas. Fonte: a autora. A fórmula que possibilita trazer para o presente um valor mediante determinada carência é dado por: Matemática Financeira 47 Vamos juntos, estimado (a) aluno (a), partir para a prática deste novo conceito. Avante! EXEMPLO: Um automóvel no valor de R$ 25.000,00 foi financiado em vinte prestações mensais iguais, sendo a primeira prestação paga após dois meses, sob
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