Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
* * * ENDOCARDITE INFECCIOSA Alexandre Vargas Schwarzbold Serviço de Infectologia Hospital Universitário- UFSM * * * ENDOCARDITE INFECCIOSA Infecção ativa superfície endocárdica; Bacteriana ou fúngica; Protozoários ou vírus * * * Conceitos Infecção microbiana do endocárdio ou endotélio vascular Lesão característica – vegetação A incidência e mortalidade não diminuíram nos últimos 30 anos Espectro amplo de apresentações Diretrizes por consenso de especialistas, pela baixa incidência, ausência de estudos randomizados e poucas meta-análises. * * * * * * Epidemiologia Incidência – 3 a 10/100.000 pessoas/ano 70 a 80 anos – 14.5/100.000 pessoas/ano Homens/mulheres – 2:1 Drogaditos – 11,6 / 100.000 pessoas/ano Próteses – 1,5 a 3%/1º ano – 3 a 6%/5 anos Mudanças no perfil epidemiológico: Antes: jovens com valvopatias reumáticas Hoje: idosos submetidos a procedimentos, próteses, PVM, valvopatias degenerativas e usuários de drogas intravenosas Alta mortalidade hospitalar:15% * * * FISIOPATOLOGIA Dano endocárdio Rotura causa endocardite trombótica não bacteriana, a qual depois sofre colonização Inflamação endotelial libera integrina 1, à qual adere a fibronectina da bactéria Agregação de plaquetas e fibrina → vegetação estéril Bacteremia transitória → semeadura da vegetação Proliferação microbiana Invasão da superfície endocárdica Infecção metastática Aderência bacteriana depende de fatores do hospedeiro e do patógeno * * * FISIOPATOLOGIA Microorganismos patológicos; Fatores cardíacos predisponentes em 75% * * * FORMAÇÃO DAS VEGETAÇÕES Moreillon P, Que YA. Infective endocarditis. The Lancet 2004, Vol. 363, issue 9403:139-49. * * * * * * Risco de Endocardite População geral não-cardiopata – 5/100.000 pts/ano Prótese valvar por EI – 2.160/100.000 pts/ano PVM sem sopro – 4,6/100.000 pts/ano PVM com sopro IM – 52/100.000 pts/ano E. Aórtica congênita – 271/100.000 pts/ano CIV – 145/100.000 pts/ano Cardiopatia reumática – 380-440/100.000 pts/ano Endocardite prévia – 740/100.000 pts/ano * * * Fatores predisponentes * * * Risco Alto de EI ou Desfecho Adverso 1. Próteses valvares 2. Endocardite infecciosa prévia 3. Cardiopatias congênitas: a) Cianóticas não corrigidas, incluindo “shunts” e condutos paliativos b) Com correção completa, com prótese ou dispositivo por cirurgia ou cateterismo, durante 6 meses após, até a endotelização c) Corrigida com defeitos residuais no local ou adjacentes a retalhos ou dispositivos prostéticos (que inibem a endotelização) 4. Receptores de transplante cardíaco com valvopatias (AHA) * * * COMUNICAÇÃO INTERVENTRICULAR * * * PROLAPSO VALVAR MITRAL * * * FEBRE REUMÁTICA * * * PRÓTESES VALVULARES * * * ESCLEROSE VALVAR AÓRTICA * * * CALCIFICAÇÃO VALVAR AÓRTICA * * * VEGETAÇÃO MITRAL (“Endocardite Prévia”) * * * 25% DOS CASOS VÁLVULAS NORMAIS * * * Task Force on Infective Endocarditis of the European Society of Cardiology. Guidelines on Prevention, Diagnosis and Treatment of infective endocarditis European Heart Journal 2004. 00:1-37. CLASSIFICAÇÃO * * * Classificação Atual das Endocardites EVN – Endocardite de Valva Nativa EDA – Endocardite em Drogaditos EPP – Endocardite Precoce em Prótese Valvar (até 1 ano) ETP – Endocardite Tardia em Prótese Valvar (após 1 ano) * * * MICROBIOLOGIA Predomínio de Gram positivos: Estreptococo e Estafilococo (Enterococo) Bartonella, Coxiella, Brucella, Legionella Outros Gram negativos Fungos HACEK * * * MICROBIOLOGIA Grupo HACEK (5%) Haemophilus sp Actinobacillus actinomycetemcomitans Cardiobacterium hominis Eikenella sp Kingella sp * * * Etiologia (%) AGENTE EVN EDA EPP ETP Estreptococo 65 15-20 5 35 S. viridans 35 5-10 <5 25 S. bovis 15 <5 <5 25 S. faecalis 10 8 <5 <5 Outros <5 <5 <5 <5 * * * Etiologia (%) AGENTE EVN EDA EPP ETP Estafilococo 25 50 50 30 P.C. + 23 50 20 10 P.C. - <5 <5 30 20 Fungos <5 5 10 5 Polimicrobiana <1 1-5 5 5 Outras <5 5 5 <5 Cultura negativa 5-10 <5 <5 <5 * * * ENDOCARDITE DE PRÓTESE VALVULAR Mauri et al. Infective endocarditis. Current Problems in Cardiology 2001, Vol. 26 num 9 * * * ENDOCARDITE EM USUÁRIOS DE DROGAS Mauri et al. Infective endocarditis. Current Problems in Cardiology 2001, Vol. 26 num 9 * * * CAUSAS DE HEMOCULTURAS NEGATIVAS Antibioticoterapia prévia; Germes de crescimento lento: HACEK, Bartonella, Streptococcus Abiotrophia, Legionella, Listeria... Fungos Parasitas intracelulares obrigatórios – Coxiella, Chlamydiae * * * CAUSAS DE “HEMOCULTURAS NEGATIVAS” NÃO É ENDOCARDITE INFECCIOSA! Febre reumática aguda Endocardite de Libman-Sacks Endocardite trombótica não-bacteriana (“marantica”) Coagulação intravascular disseminada. * * * Localização da Vegetação (%) LOCALIZAÇÃO SUB-AGUDA AGUDA DROGADITO Esquerda 85 65 40 Aórtica 15-26 18-25 15-20 Mitral 38-45 30-35 15-20 Ambas 23-30 15-20 13-20 Direita 5 20 50-70 Tricúspide 1-5 15 45-65 Pulmonar 1 Rara 2 Ambas Rara Rara 3 Direita + Esquerda Rara 5-10 5-10 Outras 10 5 5 * * * Quadro Clínico A maioria das manifestações e dos achados de exame físico é inespecífica Originam-se de 3 aspectos: 1. Infecção sistêmica (citocinas) 2. Lesão estrutural cardíaca ou vascular 3. Manifestações imunológicas Podem se originar predominantemente das complicações * * * Quadro Clínico EVN, EVP, EDA compartilham sintomas, sinais e achados laboratoriais Curso cínico depende do agente infeccioso Aguda – estreptococos -hemolíticos, St. aureus, pneumococos Sub-aguda – St.viridans, enterococos,HACEK, estafilococos coagulase negativos Indolentes – Bartonella, Tropheryma whipplei * * * Apresentação Clínica Apresentação e curso variável e imprevisível; Sinais clássicos: febre, sopro e sinais periféricos; Sintomas inespecíficos * * * Quadro Clínico - Sintomas (%) Febre – 80-85 AVC – 13-20 Calafrios – 42-75 Cefaléia – 15-40 Sudorese – 25 Náusea/vômito - 15-20 Anorexia – 25-55 Mialgia/artralgia - 15-30 Emagrecimento - 30 Dor torácica (EDA) 8-35 Mal-estar – 25-40 Dor abdominal – 5-15 Dispnéia – 25 Dor em dorso – 7-10 Confusão – 10-20 * * * Quadro Clínico - Sinais (%) Febre – 80-90 Baqueteamento – 10-20 Sopro – 80-85 N. Osler - 7-10 Sopro novo / 10-40 H. sub-ungueais - 5-15 Alt.Neurológicas 30-40 Petéquias – 10-40 Embolizações – 20-40 L. Janeway – 6-10 Esplenomegalia – 15-50 M. Roth – 4-10 * * * * * * NÓDULOS DE OSLER * * * MANCHAS DE ROTH * * * * * * FENÔMENOS VASCULARES MANCHAS DE JANEWAY * * * * * * * * * AVALIAÇÃO LABORATORIAL HEMOCULTURAS HEMOGRAMA VELOCIDADE DE HEMOSSEDIMENTAÇÃO PROTEÍNA C REATIVA EXAME QUALITATIVO DE URINA FATOR REUMATÓIDE OUTROS * * * Quando suspeitar de EI ? Sopro regurgitante novo Eventos embólicos de origem desconhecida Sepse de origem desconhecida Febre associada a prótese, EI prévia, cardiopatia congênita, imunodepressão, uso de droga IV, procedimento invasivo recente, fenômenos vasculares, sinais neurológicos focais, TEP, abscessos periféricos de causa desconhecida, HC + para germe compatível. * * * ECOCARDIOGRAMA TRANSTORÁCICO X TRANSESOFÁGICO * * * Ecocardiograma na EI Fazer ETT ante a suspeita Se ETT normal, fazer ETE Se ETE normal, com suspeita clínica forte, repetir após 1 semana Repetir ETT e ETE ante a suspeita de complicação estrutural ou para monitorar o tamanho da vegetação Repetir ETT ao final do tratamento * * * * * * * * * VEGETAÇÕES < 2 mm MITRAL * * * INDICAÇÕES DE ECOCARDIOGRAMA TRANSESOFÁGICO Pacientes de alto risco Próteses - Cardiopatia congênita EI prévia - S aureus Avaliação de complicações Planejamento cirúrgico Imagem inadequada no eco transtorácico * * * DIAGNÓSTICO BASEADO EM CRITÉRIOS PREDETERMINADOS PATOLÓGICOS CLÍNICOS * * * CRITÉRIOS CLÍNICOS DE DUKE Durack DT et al. Am J Med 1994; 96:200-9. ENDOCARDITE INFECCIOSA 2 CRITÉRIOS MAIORES 6 CRITÉRIOS MENORES * * * Critérios de Duke Modificados - Maiores Hemoculturas positivas (1 dos abaixo) (Colher 3 amostras venosas de 10 ml) Microorganismo típico em 2 separadas Duas positivas com intervalo > 12 horas, Três em 3 com intervalo > 1 hora, ou a maioria de pelo menos 4 em > 1 hora Ecocardiograma (1 dos abaixo) Massa oscilante na valva, fluxo ou prótese, Discinesia parcial nova de prótese, ou Regurgitação valvar nova * * * Critérios de Duke Modificados - Menores Predisposição: cardiopatia / drogadição Febre >/= 38C Vasculares: Embolia em artéria calibrosa Infarto pulmonar séptico Aneurisma micótico AVC hemorrágico Hemorragia conjuntival Lesões de Janeway * * * Critérios de Duke Modificados - Menores Imunológicos: Glomerulonefrite Nódulos de Osler Manchas de Roth Fator reumatóide positivo Microbiológicos: Hemocultura com uma amostra positiva Sorologia de infecção ativa por germe compatível com EI * * * Diagnóstico Definido Critérios patológicos: Microorganismo em cultura ou histologia de material cirúrgico ou de necrópsia Critérios clínicos: Dois critérios maiores, um maior e três menores ou cinco menores Sensibilidade 80 a 100% VPN = 92% * * * ENDOCARDITE POSSÍVEL Não preenche critérios definitivos mas não podemos rejeitar o diagnóstico.... * * * Diagnóstico Possível: 1 critério maior e 1 menor ou 3 menores Afastado: Diagnóstico alternativo consistente Resolução com antibiótico em até 4 dias Nenhuma evidência patológica em peça cirúrgica ou necrópsia, após antibiótico por até 4 dias Critérios insuficientes para EI possível VPN ↑ (92%) * * * COMPLICAÇÕES - MECANISMOS CARDÍACAS EXTRACARDÍACAS NEUROLÓGICAS RENAIS VASCULARES PERIFÉRICAS Extensão direta da infecção; Disseminação hematogênica da infecção para órgãos distantes; Depósito de imunocomplexos; Eventos embólicos * * * Extensão direta da infecção DESTRUIÇÃO E INSUFICIÊNCIA VALVULAR: Insuficiência cardíaca aguda – edema agudo de pulmão; crônica Deiscência da prótese. FORMAÇÃO DE ABSCESSOS, ANEURISMAS E FÍSTULAS; * * * DEPÓSITO DE IMUNOCOMPLEXOS Glomerulonefrite; Artrite; Nódulos de Osler; Manchas de Roth; Vasculite leucocitoclástica * * * VASCULITE LEUCOCITOCLÁSTICA purpura fulminans * * * EMBOLIZAÇÃO (até 50%) 65% - Cerebral AVC - ABSCESSOS Coronárias IAM Pele; Rins; Baço ABSCESSOS; PULMÕES... * * * ECOCARDIOGRAMA PREDITOR DE EMBOLIZAÇÃO Mauri et al. Infective endocarditis. Current Problems in Cardiology 2001, Vol. 26 num 9 * * * ANEURISMAS MICÓTICOS * * * ANEURISMAS MICÓTICOS 1 a 5% dos casos 60% mortalidade 80% ruptura * * * MANIFESTAÇÕES NEUROLÓGICAS * * * MANIFESTAÇÕES NEUROLÓGICAS * * * MANIFESTAÇÕES NEUROLÓGICAS * * * Princípios de Tratamento Objetivos: Erradicar o microorganismo Indicação cirúrgica adequada Tratar as eventuais complicações Princípios: Antibiótico bactericida / parenteral Tempo de tratamento prolongado Combinações sinérgicas (organismos atípicos) * * * ANTIBIOTICOTERAPIA Hospitalar por 1 a 2 semanas; “internação domiciliar” após ... Associação de 2 ou 3 drogas; Prolongada (4, 6 ou 8 semanas); Idealmente orientada por hemocultura e antibiograma; Manter altas concentrações séricas das drogas; * * * EVN por Estreptococos Pen.G Cristalina ou Ceftriaxona x 4 semanas Pen.G Cristalina ou Ceftriaxona 2 semanas + Gentamicina x 2 semanas Resposta rápida e sem complicações: PGC 2-4 semanas, possível alta após 7 dias Pts > 65 a, e/ou Cr, lesão de 8º par craniano ou alérgicos: Ceftriaxona x 4 sem. Pts alérgicos: Vancomicina x 4 sem. Resistentes: Vancomicina + Gentamicina x 6 semanas * * * EVN por Estafilococos MSSA em pts não alérgicos à penicilina Oxacilina x 6 semanas + Gentamicina x 3-5 dias iniciais do tratamento MSSA em pts alérgicos à penicilina Cefazolina x 6 semanas + gentamicina x 3-5 dias iniciais. MRSA – Vancomicina x 6 semanas * * * EVP por Estafilococos MSSA – Oxacilina + Rifampicina x 6-8 semanas + Gentamicina x 2 semanas MRSA – Vancomicina + Rifampicina x 6-8 semanas + Gentamicina x 2 semanas * * * EI pelo Grupo HACEK* Ceftriaxona x 4 semanas ou Ampicilina 12 g/d IV x 4 semanas em infusão contínua ou dividida em doses cada 4 horas associada a Gentamicina x 4 semanas. * Haemophilus / Actinobacillus / Cardiobacterium / Eikenella / Kingella * * * EI com Hemoculturas Negativas ou com Etiologia não Identificada EVN e EVP > 1 ano Ampicilina + Gentamicina, ambos x 4-6 semanas Alérgicos: Vancomicina + Gentamicina + Ciprofloxacino, todos 4-6 semanas EVP até 1 ano Vancomicina x 6 s + Rifampicina x 6 s + Gentamicina x 2 s + Cefepime x 6 semanas Suspeita de Bartonella Ceftriaxona x 6 s. + Gentamicina x 2 s. + Doxiciclina x 6 semanas * * * Doses dos Antibióticos na EI PGC – 12-20 Milhões U/d (estreptococo sensível) 20-24 Milhões U/d (estr. Interm/resistente) Gentamicina – 3 mg/Kg/d em 3 doses Ceftriaxona – 2 g/d em dose única Vancomicina – 30 mg/Kg/d em 2 doses Oxacilina – 8-12 g/d IV em 4 doses Rifampicina – 900 mg/d em 3 doses IV/VO Ciprofloxacino – 800 mg/d em 2 doses Cefepime – 6 g/d em 3 doses Doxiciclina – 200 mg/Kg/d em 2 doses IV/VO * * * Anticoagulação Evitar exceto indicações urgentes (TEP) Interromper cumarínicos se for possível Prótese mecânica manter RNI 2,5 a 3,5 Evitar antibióticos IM se o paciente estiver anticoagulado * * * Indicações de Cirurgia I.C. por regurgitação mitral / aórtica aguda Infecção não controlada após 8 dias de tto. Infecção não controlada localmente Vegetações > 10 mm ou aumentando “Kissing vegetations” na valva mitral Agentes muito destrutivos ou pouco responsivos ao tratamento EPP (< 12 meses da cirurgia) EPT com escape, obstrução, perturbações da condução, abscessos, hemoculturas positivas persistentes * * * CURVA DE SOBREVIDA ENDOCARDITE + INSUF. CARDÍACA * * * COMO EVITAR ? * * * Bacteremia Provável Procedimentos dentários c/ risco de sangrar Broncoscopia rígida Cistoscopia com infecção urinária Biópsia de trato urinário e próstata Amigdalectomia e adenoidectomia Dilatação esofágica e escleroterapia Instrumentação de vias biliares obstruídas Prostatectomia transuretral Litotripsia Procedimentos ginecológicos com infecção * * * Piercing Penetração com jóias em orifícios feitos nas sobrancelhas, helix da orelha, lábios, língua, nariz, umbigo, mamilos e genitais Crescente na cultura ocidental contemporânea 2002 – Universitários em New York – Homens – 42% Mulheres – 60% EUA/França – 10-20% têm infecção local por Staphylococcus aureus, estreptococos do grupo A, Pseudomonas sp. * * * Piercing x Endocardite 1991 a 1999 – 3 casos 2001 a 2003 - 5 casos Todos – Cardiopatia com sopro sistólico Língua > Orelha > Nariz > Mamilo/umbigo Média de idade – 20 anos Sintomas 1 mês após o procedimento St. Aureus PC (-) e epidermidis – 62% Outros – Neisseria, Haemophilus, Streptococcus * * * Casos Publicados Sexo – Idade – Local – Intervalo – Lesão – Agente F 14 Nariz 3 Semanas Sem St. Aureus F 30 Ouvido Semanas SS ejetivo St. Epid. M 24 Mamilo 1 Mês V.Ao.Bic.+Co.Ao St. Epid. F 20 Língua 1 Mês Insufic. Mitral N. mucosa M 25 Língua 2 Meses Valvoplast. Ao H.aphroph. F 13 Umbigo 1 Mês SS ++/6 St.aureus M 15 Ouvido ? CIV St.Grupo A 47% dos pais de crianças com cardiopatias congênitas não conheciam endocardite infecciosa 29% tinham orientação de profilaxia de endocardite * * * Endocardite por Haemophilus aphrophilus www.cdc.gov/ncidod/EID/vol8no8/01-0458-G.htm. Agosto/2002 * * * Tatuagem Pigmentos industriais orgânicos com alta carga de impurezas e microorganismos Infecções virais: hepatites B,C,D, HIV, Papilomavirus, Vaccinia Bactérias: St. aureus, St. Pyogenes, Pseudomonas sp., Clostridium tetani, Haemophilus ducreyi, Treponema pallidum, Mycobacterium tuberculosis, Mycobacterium leprae Fungos: esporotricose e zygomicose * * * Tatuagem Há um caso relatado de EI após tatuagens repetidas em um induvíduo com valvopatia conhecida.* 63 amostras de tinta destinadas a tatuagens e maquiagens permanentes foram semeadas antes do uso: 18% positivas para bactérias e fungos 7 amostras acima de 100.000 bact/ml 10% positivas para pseudomonas 5% positivas para pseudomonas aeruginosa.** * Satchithananda DK et al – Heart2001 Jan:85(1):11-2 ** Reus HR et al – ND COS 012, November 2001 * * * * * * Piercing é Alto Risco para EI ? O procedimento é altamente invasivo A flora local é compatível com EI O tempo de cicatrização é longo: língua 6 semanas e umbigo até 1 ano Profissionais não qualificados e higiene precária Jóia com contaminação microbiana Higiene deficiente depois (língua, umbigo) * * * EQUIPE CIRÚRGICA * * * CENTRO CIRÚRGICO * * * Piercing e Tatuagem “A educação de pacientes em risco de EI é fundamental, e os procedimentos de piercing e tatuagem devem ser desencorajados. Se realizados, devem ser feitos em condições estritamente estéreis, apesar de não se usar profilaxia.” European Society of Cardiology Guidelines, Sept. 2009 * * * * * * Bacteremia em Procedimentos Dentários Extração - 10-100% Cir. Periodontal - 36-88% Proc. Endodônticos - até 20% Limpeza dental - até 40% Matriz p/ elásticos - 9-32% Escovação - 20-68% Uso de palitos - 20-40% Jato de água - 7-50% Mastigação de alimentos - 7-51% * * * Porém... Parece não haver diferença clinicamente significante na freqüência, natureza, magnitude e duração da bacteremia associada aos procedimentos dentários comparados às atividades rotineiras diárias. Em pacientes com má higiene oral, a incidência de bacteremia antes de extração dentária pode ser semelhante à de bacteremia após a extração. Não há evidência de que sangramento visível em procedimentos seja um bom preditor de bacteremia. * * * Dúvidas Qual procedimento dentário requer profilaxia para endocardite ? Os procedimentos têm mais risco de bacteremia que as rotinas diárias ( mastigação, bochechos, escovação ) ? Duas escovações diárias em 1 ano têm 154.000 vezes mais risco de bacteremia que uma extração. Rotinas diárias durante 1 ano têm 5,6 milhões de vezes mais risco de bacteremia que uma extração. Não existe um estudo prospectivo, randomizado, controlado por placebo para profilaxia de EI. * * * Estimativa de Risco Risco de EI para 1 procedimento dentário: População geral – 1:14.000.000 Prolapso de valva mitral – 1:1.100.000 Cardiopatia congênita – 1:475.000 Endocardite prévia: 1:95.000 Cardiopatia reumática: 1:142.000 Prótese: 1:114.000 Mesmo que a eficácia dos antibióticos profiláticos fosse 100%, o número de EI prevenidas seria muito baixo. * * * * * * ACC/AHA 2008 Guideline Update on Valvular Heart Disease: Focused Update on Infective Endocarditis Circulation 2008:118:000-000 - August 19, 2008. “Os clínicos devem estar disponíveis para discutir as razões para estas novas mudanças com seus pacientes, incluindo a falta de evidência científica para demonstrar um benefício provado na profilaxia da endocardite infecciosa.” “ Com o tempo e a educação continuada,o Comitê prevê aceitação crescente das novas diretrizes entre médicos e pacientes.” * * * Guidelines on the Prevention, Diagnosis and Treatment of Infective Endocarditis European Society of Cardiology – Sept. 2009 “Após revisão informada e discussão com o paciente, muitos médicos podem decidir continuar com a profilaxia, e esta visão deve ser respeitada.” * * * Indicações de Profilaxia para EI Classe IIa - Evidência C 1. Próteses valvares ou reparos com material prostético 2. Endocardite infecciosa prévia 3. Cardiopatias congênitas: a) Cianóticas não corrigidas, incluindo “shunts” e condutos paliativos b) Com correção completa, com prótese ou dispositivo por cirurgia ou cateterismo, durante 6 meses após, até a endotelização c) Corrigidas com defeitos residuais no local ou adjacentes a retalhos ou dispositivos prostéticos (que inibem a endotelização) 4. Receptores de transplante cardíaco com regurgitações valvares por alterações estruturais (AHA) * * * Profilaxia para EI Não indicada Estenose aórtica Estenose mitral Prolapso da valva mitral, sintomático ou assintomático Valvopatias nativas em adolescentes e adultos jovens Estenose pulmonar com valvotomia por balão * * * Indicações de Profilaxia para EI Procedimentos dentários com: 1. Manipulação de gengivas 2. Manipulação periapical dos dentes 3. Perfuração das mucosas Não é indicada em anestesia em tecido não infectado, colocação, ajuste ou retirada de próteses e dispositivos ortodônticos, perda da 1ª dentição ou trauma aos lábios e mucosa oral. * * * Profilaxia - Procedimentos Dentários Amoxicilina 2 g VO ½ a 1 hora antes do procedimento dentário (crianças 50 mg/Kg) Alérgicos e/ou incapazes de deglutir: Clindamicina 600 mg (crianças 20 mg/Kg) VO, IM ou IV * * * Prevention of Infective Endocarditis Guidelines from the American Heart Association Circulation 2007:116:1736-54 - May 8, 2007. “...A manutenção de boa higiene oral e o acesso a cuidados dentários de rotina provavelmente são mais importantes na redução do risco de endocardite por toda a vida que a administração de profilaxia antibiótica para um procedimento dentário.” * * * * * * * * * * * * ALEXANDRE V. SCHWARZBOLD Serviço de Infectologia Hospital Universitário / UFSM alexvspoa@hotmail.com OBRIGADO * * * BACK-UP * * * Etiologia da Endocardite por Prótese * * * * * * * * * Trato respiratório Recomendação: Classe IIA,LOE C Fatores predisponentes com: Incisão e biópsia da mucosa respiratória: adenoidectomia, etc. * * * Trato Gastrointestinal e urinário Enterococcus ? Condições predisponentes com: Infecção determinada do TGI ou com uso empírico em sepsis: INCLUIR agente anti-Enterococcus. (Classe IIB LOE B) Colonização/infecção com Enterococcus e manipulação do TU: profilaxia (Classe IIB LOE B) * * * * * *
Compartilhar