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Amebíase: Protozoário Patogênico

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SHIRLEY OLIVEIRA/3 PERIODO-MED2021
2
 PROTOZOARIOS-Amebíase
introdução
Do reino protista que contem esses organismos o sub reino protozoa que podem ser patogênicos e relevantes a medicina. 
Uma característica interessante dos protozoários é que são organismo que tem todas suas funções, mas são organismos unicelulares eucariotas.
Não possuem parede celular e distingue-os de outros eucariotas como algas e fungos. 
protozoarios 
Como são constituídos por uma única célula para sobrevier, realizam todas as funções; 
Esses protozoários vão ter organelas para que ele complete todas as funções necessárias para se manter vivo;
Como por exemplo: alimentação, respiração, reprodução, excreção e locomoção 
Duas estruturas de protozoários chamam nossa atenção por ser diferente de uma célula eucariótica humana. 
1. Cinetoplasto: semelhante a uma mitocôndria especializada rica em DNA; produz energia para que o flagelo possa se bater e o protozoário passa a se locomover. 
2. Flagelos, cílios e pseudópodos (falsos pés): locomoção e nutrição
morfologia 
Alguns tipos celulares apresentam uma grande variação, conforme sua fase evolutiva e meio a que estejam adaptados. 
Dependendo da sua atividade fisiológica, algumas espécies possuem fases bem definidas; como:
1. Trofozoíto: é a forma ativa do protozoário. Na qual ele se alimenta e se reproduz por diferentes processos 
2. Cisto e oocisto: são formas de resistência. O protozoário secreta uma parede resistente que o protegera quando estiver em meio improprio ou fase de latência (fora do hospedeiro) 
3. Gameta: forma sexuada, que aparece em espécies do filo apicomplexa; gameta masculino(microgameta) e feminino(macrogameta)
reprodução 
Essa reprodução pode ser de 2 tipos: 
1. Assexuada (não gera gametas, pois a própria célula do protozoário é capaz de se multiplicar)
· Divisão binaria 
· Brotamento 
· Endogenia: formação de duas ou mais células-filhas por brotamento interno;
· Esquizogonia: divisão nucelar seguida de divisão do citoplasma, constituindo vários indivíduos isolados simultaneamente. Existem três tipos:
· Merogonia
· Gametogonia
· Esporogonia 
2. Sexuada 
· Conjugação: união temporário de dois indivíduos, com troca mutua de materiais celulares;
· Fecundação: Uma união de microgameta e macrogameta formando o zigoto
respiração e locomoção 
Respiração:
Temos alguns protozoários que vão depender de oxigênios e outros não. Dependendo do ciclo biológico alguns parasitas podem ser aeróbicos e anaeróbicos. 
· Aeróbicos: so protozoários que vivem em meio rico em oxigênio
· Anaeróbicos: quando vivem em ambientes pobres em oxigênio, como os parasitos do trato digestivo. 
Locomoção: os parasitos podem ter vários métodos de locomoção.
· Pseudópodes: emissão de prolongamento de membrana 
· Flagelos
· Cílios
amebíase 
Uma das mais frequentes parasitoses humanas, seu agente etiológico é a Entamoeba histolytica; constituindo a segunda causa de mortes por parasitoses. 
As amebas que se encontram frequentemente nos exames de fezes humanas são protozoárias da ordem amoebida.
genero 
Não temos apenas essa espécie histolytica para o gênero entamoeba pois possuem alguns tipos que podem se localizar no ser humano.
Características em comum: tem um grande nucelo esférico, cariossomo central, grânulos se reúnem no centro. 
As espécies de Entamoeba podem ser distribuídas em vários grupos, de acordo com o número de núcleos que apresente sua forma cística madura, fato esse que ajuda a orientar o diagnóstico, nos exames parasitológicos.
1- Cistos de até 8 nucelos: E.coli; não é parasita é um comensal. Não causa amebíase, não é agressiva 
2- Cistos com ate 4 nucelos: E. histolytica, E. díspar e E. hartmanni
3- Cistis de 1 nucelo: E polecki (parasito do porco e eventualmente do homem)
4- Sem cistos: E.gingivalis (cavidade bucal)
Algumas formas da entamoeba histolytica 
Tendo suas fases: trofozoíto, cisto, pré-cisto e metacisto.
trofozoito 
· Célula monucleada bem visível e destacado; geralmente esférico,
· cariossomo central,
· células com emissão contínua e rápida de pseudópodes, para se alimentar e locomover.
· Às vezes, o cariossomo apresenta-se formado por pequenos grânulos centrais, dando uma configuração, com a cromatina, de "roda de carroça".
· Esse trofozoíto, pode ter uma variação de tamanho 
pre-cisto e meta-cisto 
Entre o cisto e o trofozoíto temos essas duas formas:
O pre-cisto: é uma fase intermediaria; 
Quando o trofozoíto começa a achar que o ambiente está hostil, ambiente mais desidratado, e começa a se transformar na sua forma de latência(cisto), emite uma segunda membrana(parede-cística), e começa a ter também uma mudança de estrutura. 
No citoplasma podem ser vistos corpos cromatóides, em forma de bastonetes, com pontas arredondadas
Meta-cisto:
É uma forma multinucleada que emerge do cisto no intestino delgado, onde sofre divisões, dando origem aos trofozoítos. 
cisto 
· É uma estrutura de proteção, bem esféricas ou ovais. 
· Os nucelos corados são bem visíveis e variam de um a quatro nucelos 
· Os corpos cromatóides, quando presentes nos cistos, têm a forma de bastonetes ou de charutos, com pontas arredondadas. 
*A tendencia é que eles desapareçam quando o cisto esta amadurecido. 
 
CICLO BIOLOGICO- E. HISTOLYTICA
O ciclo biológico, é monóxeno, não tem participação de um outro organismo. a entrada da ameba no ser humano se dá pela boca, justamente pela ingestão de cistos maduros.
Quando passa pelo estômago, chegando no intestino grosso vai ter o processo de desencistamento; com a saída do metacisto, através de uma pequena fenda na parede cística. Em seguida, o metacisto sofre sucessivas divisões nucleares e citoplasmáticas, dando origem a quatro e depois oito trofozoítos, chamados trofozoítos metacísticos. quando há liberação desse trofozoítos, que tem o metabolismo ativo, pode acontecer dois ciclos: 
1- Os trofozoítos que permanecem na luz intestinal se alimentando e se multiplicando, vão descer chegando no intestino grosso que ai se tem o processo de dessecação material fecal. (absorção de água) o trofozoíto percebe essa desidratação, e começa o mecanismo de encestamento, transformando-se em pré-cistos até virar cisto que através de divisões nucleares sucessivas, se transformam em cistos tetranucleados, que são eliminados com as fezes normais ou formadas 
É uma doença de mão suja; falta de higiene. Quando se tem a presença do material fecal com cisto que pode contaminar o ambiente, as mãos, pode se facilmente acabar ingerido esse cisto e começar o ciclo biológico. 
* Geralmente não são encontrados em fezes liquefeitas ou disenténcas
2- Forma parasita; vai ter o parasita invadindo a parede intestinal (começa a colonizar) e pode inclusive através do sangue acabar chegado a outras localidades do corpo, (ficado, pulmão, cérebro...)
Os trofozoítos de E. histolytica, tendo como ambiente normal o intestino grosso, são essencialmente anaeróbios (até tolera o oxigênio) não possuem mitocôndrias, citocromos e ciclo do ácido cítrico. 
*Em geral eles ficam aderidos a mucosa do intestino, vivendo como um comensal, alimentando-se de detritos e de bactérias.
*a única forma de você iniciar o ciclo, é com o cisto maduro
ciclo patogenico 
O equilíbrio parasito-hospedeiro pode ser rompido(imunossupressão) e os trofozoítos invadem a submucosa intestinal, multiplicando-se ativamente no interior das úlceras e podem, através da circulação porta, atingir outros órgãos, como o fígado e, posteriormente, pulmão, rim, cérebro ou pele, causando amebíase extra-intestinal. 
O trofozoíto presente nestas úlceras é denominado forma invasiva ou virulenta. 
*Na intimidade tissular, não forma cistos, são hematófagos e muito ativos
Resumindo: Esse trofozoíto(magna) pode então, começar a utilizar de mecanismo para a invasão do nosso tecido, ele cresce e adentra a mucosa, e começa a se alimentar das células do tecido na mucosa intestinal se multiplicar, podendo acabar voltando ou adentrando mais e chegar em um vaso sanguíneo e se dispersando pelo nosso organismo.
transmissão 
O mecanismode transmissão ocorre através de ingestão de cistos maduros, com alimentos (sólidos ou líquidos). 
· O uso de água sem tratamento, contaminada por dejetos humanos, é um modo frequente de contaminação; 
· ingestão de alimentos contaminados (verduras cruas - alface, agrião; frutas - morango) é importante veículo de cistos
· Alimentos também podem ser contaminados por cistos veiculados nas patas de baratas e moscas (essas também são capazes de regurgitar cistos anteriormente ingeridos). 
· Além disso, falta de higiene domiciliar pode facilitar a disseminação de cistos dentro da família. 
· Os "portadores assintomáticos” que manipulam alimentos são os principais disseminadores dessa protozoose.
patogenia e virulencia 
Alguns fatores determinam a virulência do parasito, o que faz mudá-lo de um tipo comensal para um agressivo, invasor. Destaca-se a flora bacteriana associada e cepa. 
São inúmeros os fatores ligados ao hospedeiro: localização geográfica, raça, sexo, idade, resposta imune, estado nutricional, dieta, alcoolismo, clima e hábitos sexuais.
Quando prevalecem condições favoráveis à patogenicidade das amebas, estas começam a atacar os tecidos do hospedeiro prontamente, encontrando-se lesões decorridas apenas 24 a 90 horas da contaminação. 
Com relação ao parasito, sabe-se que a evolução da patogenia ocorre através da invasão dos tecidos pelos trofozoítos invasivos e virulentos. Tudo indica que a E. histolytica tem um efeito letal direto sobre a célula.
Uma vez vencida a barreira epitelial, os movimentos amebóides e a liberação de enzimas (hialuronidase, protease e mucopolissacaridases) favorecem a progressão e destruição dos tecidos, tendo entrada a partir do intestino
As amebas podem penetrar nos vasos sanguíneos e, através da circulação porta, atingir primeiramente o fígado, que é o principal órgão com acometimento extra-intestinal, formando abscessos.
patologia intestinal 
Quando os parasitas estão nos tecidos extra intestinais, temos a destruição das células formando uma necrose amebiana com formação de pequenas ulceras superficiais. E sendo uma característica da E. histolytica. 
Com a agressão e ulceras, podem induzir uma reação inflamatória proliferativa com formação de uma massa, chamada de amebona; semelhantes a tumores.
patologia hepatica, pulmonar e cerebral
Hepática: formam-se inicialmente lesões muito pequenas e múltiplas, Depois as lesões tendem a unir-se, dando lugar à constituição de focos de necrose extensos: os abscessos amebianos.
Pulmonar: é necrose de tecido, tem origem supostamente hematogênica, e por via linfática. 
Cerebral: é geralmente uma complicação das formas hepáticas ou pulmonares. 
amebíase cutânea, ainda que relativamente rara, constitui a quarta localização extraintestinal, por sua frequência. Normalmente associada a úlceras cutâneas nos órgãos genitais.
manifestaçoes clinicas 
1. Formas assintomáticas.
2. Formas sintomáticas.
Amebíase intestinal: disentérica; colites não-disentéricas; amebomas;apendicite amebiana. 
 Amebíase extra-intestinal.
· Amebíase hepática: Complicações do abscesso hepático: ruptura, infecção bacteriana e propagação pata outros órgãos.
· Amebíase em outros órgãos: pulmão, cérebro, baço, rim etc.
· Amebíase cutânea
formas clinicas e sintomas
Período de incubação
Muito variável: de sete dias até quatro meses, esse período depende da quantidade de material infectante ingerida pelo paciente e das condições de seu aparelho digestivo.
Amebiase intestinal: 
a maior parte dos infectados são assintomáticos ou com poucos sintomas constituem a grande maioria dos casos de amebíase. 
 amebíase intestinal invasiva evidencia-se por:
· sintomas e sinais da doença;
· presença de trofozoítos hematófagos, (podem ter hemácias) nas evacuações;
· presença de anticorpos específicos no soro. 
Amebíase não-invasiva mostra, pelo contrário, além de uma evolução assintomática, ausência de anticorpos no sangue.
amebiase intetsinal invasiva 
Este quadro clínico é conhecido também como disenteria amebiana. 
Os sintomas constumam instalar-se subitamente.a característica mais comum é a diarreia , febre, dor abdominal e evacuações frequentes.
Nas fezes liquidas, observa-se trofozoítos, e pode ver também sangue e muco. 
Em geral, os sintomas mais graves se atenuam após 4 ou 5 dias e a amebíase passa para a fase crônica ou assume um curso subagudo
Nas formas sub-agudas as fezes diarreicas, podem chegar a um número bastante grande (10 a 20 por dia).
As evacuações contêm matérias fecais, muco e sangue. O quadro mantém-se por uma a quatro semanas, quando não é tratado, podendo causar emagrecimento, fraqueza, nervosismo e abatimento. Nos casos benignos, nota-se anorexia, fadiga, desconforto abdominal, acompanhados de evacuações diárias de fezes moles. 
amebiase intestinal crônica 
Uma das modalidades clinicas mais frequentes. 
Os sintomas tendem a dar uma amenizada, mas essa pessoa continua tendo efeitos gastro intestinais. 
Manifesta-se por evacuações de tipo diarreico ou não, várias vezes ao dia (cinco ou seis, talvez), flatulência, desconforto abdominal ou ligeira dor.
Mantendo seu estado de fadiga, emagrecimento...
complicações da amebiase intestinal: 
· Perfuração de peritônio 
· Hemorragia
· Apendicite e tiflite amebianas. (apresenta os mesmos sinais e sintomas que a apendicite bacteriana, distinguindo-se pela presença de sangue em evacuações diarreicas)
· Ameboma: inflamação crônica na parede intestinal. 
amebiase hepatica 
A princípio destruição de células hepáticas, pelos trofozoítos, gerando aqueles focos necróticos no fígado. 
O fígado serve para processar a bilirrubina, então quando se tem uma diminuição da função hepática por um processo inflamatório, que vai destruindo o parênquima hepático a icterícia pode aparecer pois o processamento da bilirrubina vai diminuindo-a se acumula e tendo assim uma característica amarelada da pele.
amebiase pumonar 
Vai ter uma infecção pulmonar, dificuldade de respiraçãoa E. histolytica pode ser encontrada no escarro de muitos deles e o tratamento específico é eficaz.
amebiase cerebral
Sintomas podem ser completamente inespecíficas, não recebendo diagnóstico adequado, a menos que seja este sugerido pelos antecedentes amebianos, sobretudo hepáticos ou pulmonares.
*Em casos de morte, a autópsia demostra lesões hepáticas em todos os casos.
diagnostico da amebiase 
O quadro clinico inclui-se síndrome do colón irritável ou colite mucosa.
reside uma das principais dificuldades do diagnóstico etiológico, razão pela qual são necessárias quatro conciliações para o diagnóstico seguro de amebíase:
1- Quadro clinico compatível (número elevado de evacuações, diarreico...)
2- Presença demostrada de entamoeba histolytica
3- Teste sorológico positivo, indicando que houve penetração do parasito nos tecidos do hospedeiro.
4- Resposta favorável a terapêutica antiamebiana. 
FORMA AGUDA: O diagnóstico deve basear-se nos exames parasitológicos ou, quando isso não for possível, nas provas indiretas e outros recursos laboratoriais.
FORMA CRÔNICA: o diagnóstico pode ser prejudicado pela atitude do paciente e suas deficiências de comunicação, por aceitar que é normal. 
PESQUISA
Em fezes liquidas: Procurar trofozoíto, tendo características marcantes suas estruturas. 
Nos casos de disenteria amebiana aparecem nas fezes as formas grandes contendo muitas vezes hemácias fagocitadas em seu citoplasma.
Fezes formadas: predominando aqui as formas císticas.
Diagnostico imunológico: importantes nos casos de amebíase extraintestinais, fazendo normalmente o exame soro fisiológico. 
tratamento 
Nos casos de disenteria grave: permanecera em reuposo, com dieta e receber líquidos em abundancia. 
Os medicamentos:
amebicidas da luz intestinal: Drogas não absorvidas, tratam todos os trofozoítos na luz intestinal e não agem no cisto. Ex; furamida, cefalemida.
amebicida teciduais: são medicamentos absorvidos pelo intestino e agem eficazmente sobre as amebas que se encontram nos tecidos. Ex: metronidazol 
epidemiologia 
Distribuição geográfica: é frequente em todo o mundo.A amebíase infecção incide no Novo Mundo com taxas muito elevadas, não raro superiores a 20 ou 30%.
Nas regiões frias ou temperadas do mundo, a amebíase-doença é rara ou inexistente
transmissão
Mecanismos de transmissão direta: 
- Falta de higiene, mãos sujas. Contaminada com matéria fecal durante a higiene anal, depois das evacuações, as mãos podem reter cistos de amebas, sobretudo sob as unhas. 
- Propagação por relações sexuais. 
Mecanismos de transmissão indireta: contaminação de alimentos pelas mãos poluídas de um eliminador de cistos;
contaminação de alimentos com fezes humanas 
veiculação dos cistos pela água poluída com dejetos humanos; os cistos mantem-se viáveis de 10 dias e em temperatura de refrigerador ate 6 ou 7 semanas.
transporte mecânico por insetos, como moscas e baratas.
controle da amebiase
- Identificando pessoas assintomáticas e tratando-as
- Educação sanitária e saneamento ambiental
 Giárdia lamblia e Trichomonas vaginalis
INTRODUÇÃO
Esses protozoários possuem flagelos estrutura para locomoção e vão parasitar preferencialmente órgãos cavitários humanos tanto de homem como mulher. 
Giardia intestinalis ou lamblia vão parasitar o intestino 
Na vagina da mulher, assim como na uretra e na próstata do homem, habita outro flagelado: Trichomonas vaginalis.
A característica mais marcante desses parasitos é a presença dos flagelos, a trichonomas por exemplo temos 4 flagelos, que podem variar dentro dessa família de 3 a 6 flagelos. E temos também uma estrutura dentro da célula que dá sustentação e formato a célula que é o axóstilo 
trichomonas vaginalis; 
morfologia
formato piriforme, Não existem estruturas de sustentação sob a membrana celular, que lhe confiram rigidez, essa forma varia muito e permite mesmo a emissão de pseudópodes.
Vai ter 4 flagelos livres, e um quinto flagelo que vai ficar aderido ao corpo do trichomonas e ele e preso por uma membrana ondulante. Seu nucelo é relativamente grande. 
O axóstilo, em forma de fita, constituído pela justaposição de microtúbulos que percorrem toda a extensão do corpo celular e fazem saliência no polo posterior
fisiologia
· vive habitualmente sobre a mucosa vaginal, podendo ser observado em outros lugares do aparelho geniturinário.
· No homem, já foi encontrado no prepúcio, na uretra e na próstata
· Anaeróbico, se alimenta e vai se reproduzir binariamente, sem formação de cisto, apenas trofozoíto. 
· Sobrevive várias horas em uma gota de secreção vaginal e, na água, resiste 2 horas a 40 °C.
infectividade
· Propagação sexual é a forma mais frequente.
· As mães infectadas podem contaminar suas filhas durante o parto. 
· Em moças virgens a propagação da parasitose ocorra muitas vezes pela água ou por fômites (roupa íntima ou de cama, artigos de toalete e banho etc.) quando molhados ou incompletamente secos.
resistencia ao parasita
A vagina saudável naturalmente é resistente as infecções e a implantação do T.vaginalis estaria associada a certas modificações do meio vaginal.
Dentre as alterações que favoreceriam o desenvolvimento do flagelado estariam: 
1. modificações da flora bacteriana vaginal;
2. diminuição da acidez local; (Ph é mais ácido e começa a ficar mais alcalino)
3. diminuição do glicogênio, nas células do epitélio; 
4. acentuada descamação epitelial. 
Na base dessas modificações poderiam estar fatores hormonais, ou outros processos de natureza inflamatória ou irritativa
Pode ser encontrado normalmente em mulheres com pH vaginal entre 4 e 8, porem incide com maior frequência entre pH 6 e 6,5
Quando as meninas entram em puberdade que há um aumento na produção de hormônio como o estrogênio, ele promove uma produção maior de glicogênio pelas células epiteliais da vagina. Então quando tem essas células os bacilos são fermentativos, temos uma fermentação desse glicogênio em ácido láctico e mantem essa acidez alta e pH baixo. Quando se tem uma troca dessa flora de bacilos de doderlein por uma flora qualquer os microrganismos não vão fermentar esse glicogênio, e o pH começa a aumentar facilitando a entrada do Trichomonas. 
patogenia 
Como o T. vaginalis na vagina inicia com o aumento do pH, já que o pH normal da vagina é ácido (3,8-4,5) e o organismo cresce em pH maior que 5.
Temos uma redução dos bacilos protetores, o parasita agora nesse ambiente começa a se aderir nessas células e destruir elas. A aderência e a citotoxicidade exercidas pelo parasito sobre as células do hospedeiro podem ser ditadas pelos fatores de virulência, como adesinas, cisteína-proteinases, integrinas, cell-detaching factor (CDF) e glicosidases 
patologia e sintomatologia- tricomoníase
A infecção humana por T.vaginalis é silenciosa, em muitos casos. Assintomática, propicia o espalhamento dessa doença, vamos depender de detectar em exames de rotina, uma pessoa parasitada, para poder trata-la e os potenciais parceiros que tiveram contato com essa pessoa. 
O exame ginecológico das pacientes que não apresentam queixa alguma pode demonstrar a existência de lesões discretas.
Manifestações objetivas: 
 A mais frequente é a leucorréia, que, em mulheres adultas, consiste na produção de um corrimento abundante, geralmente esbranquiçado, sem sangue, podendo ter origem na vulva, na vagina ou na cérvix uterina.
 O corrimento vai ter modificações da cor amarelo-esverdeada, a viscosidade, o cheiro fétido e o aspecto (espumoso ou bolhoso, se há fermentação com muita produção de gás).
 Nas formas agudas, a vulva, o períneo e as áreas cutâneas vizinhas podem estar avermelhados e edemaciados
 As pacientes, à parte o corrimento, queixam-se de prurido, por vezes intenso; de ardor e de sensação de queimação, que se agravam à noite e são exacerbados pelo ato sexual além de dor ao urinar (disúria) e frequência miccional (poliúria).
 Na infecção masculina, normalmente é assintomática. Porem pode haver uretrites e próstato-vesiculites. 
diagnostico
Clinico: alteração de corrimento, cor, cheiro na região vaginal e perinal. Mesmo que Trichomonas vaginalis seja uma das principais causas de leucorreia, outros agentes podem estar envolvidos
Pesquisa: A demonstração do parasito é essencial para um diagnóstico seguro. 
A técnica empregada consiste na coleta de um pouco de secreção vaginal, para buscar os tricomonas vivos e em movimento.
Se os parasitos forem pouco abundantes e o exame a fresco negativo, deve-se semear o material no meio de cultura
Nos homens, a pesquisa é feita no sedimento urinário, na secreção uretral ou prostática. 
Imunológico: podendo complementar o parasitológico
Os métodos imunológicos têm significado maior naqueles casos de pacientes assintomáticos
tratamento 
O tratamento da tricomoníase deve ser administrado tanto aos pacientes como a seus parceiros sexuais. Caso contrário, a reinfecção é a regra. O medicamento usado é derivado de nitroimidazolicos. E sendo contraindicados durante a gravidez. 
epidemiologia
As estatísticas mundiais e as do Brasil registram taxas entre 20% e 40% das pacientes 
Entre as que apresentam leucorreia pode chegar a 70% do caso. 
Nos homens pode chegar entre 15-20% entre maridos de mulheres infectados.
Sendo transmitida principalmente por relações sexuais, sendo assim, considerada uma doença sexualmente transmissível. Ocorrendo no grupo etário de 16 a 35 anos.
a propagação em outras circunstâncias deve ocorrer muitas vezes, quando a promiscuidade e a falta de higiene asseguram a transferência do parasito através da água do banho, das instalações sanitárias (bidês, banheiras, privadas etc.), de objetos de toalete e de roupa íntima ou de cama.
profilaxia 
O controle da tricomoníase Ele deve basear-se na educação sanitária, no diagnóstico precoce, no tratamento intensivo dos casos (sempre que possível, por casais ou famílias) e na recomendação de medidas higiênicas. 
A intensa propaganda para o uso de preservativos contribui em certa medida para seu controle.
giardia lamblia 
Giardia intestinalis (sinonímia: Giardia duodenalis, G. lamblia e Lamblia intestinalis) é um pequeno protozoário flagelado, que parasitao homem e vários animais domésticos ou silvestres. 
parasito intestinal mais frequente do homem, estimando-se que a incidência mundial seja da ordem de 500.000 casos por ano. 
Durante seu ciclo vital apresenta duas formas: trofozoíto e cisto.
morfologia 
A forma trofozoítica tem simetria bilateral(mesma organela que acontece de um lado acontece do outro) e contorno piriforme, vai ter flagelos. Na superfície ventral há uma área achatada, simétrica, que constitui um disco adesivo ou disco suctorial
Cisto: membrana cística, e 4 núcleos. 
Nas preparações coradas pela hematoxilina aparecem duas formações paralelas, semelhantes a vírgulas: são os corpos parabasais, que correspondem efetivamente ao aparelho de Golgi.
Não há mitocôndrias.
biologia
Os trofozoítos vivem no duodeno e primeiras porções do jejuno
Eles aderem em grande número à superfície da mucosa graças ao disco suctorial que possuem. Ele se fixa nessa parede, e se múltipla e se montam um ´´revestimento´´ de giárdia 
Os parasitos chegam a formar um revestimento extenso a tal ponto que, segundo alguns autores, seria capaz de interferir na absorção de gorduras e vitaminas lipossolúveis, especialmente a vitamina A.
A reprodução realiza-se assexuadamente, por divisão binária longitudinal, sendo o processo bastante complexo.
Os trofozoítos são formas ativas, e o cisto como forma de resistência. 
Nas evacuações líquidas (diarreicas) os trofozoítos aparecem em grande número, porém em fezes formadas predominam os cistos. 
Os cistos são elipsoides ou ovoides e têm uma membrana externa fina e bem destacada do citoplasma. As estruturas internas estão duplicadas em relação às do trofozoíto, isto é, 4 núcleos pequenos, cariossomo central; 4 grupos de axonemas e de corpos para basais.
ciclo biologico 
É muito semelhante ao da entamoeba histolytica , Ciclo monóxeno.
Infecção pelo cisto maduro, que vai ser ingerido, que quando passa pelo estômago vai ter todos os estímulos para alteração de pH. Para o desencistamento no duodeno tendo a saída dos trofozoítos da giárdia, que vão se alimentar inseridos na mucosa intestinal. O ciclo se completa pelo encistamento do parasito e sua eliminação para o meio exterior.
* Quando o trânsito intestinal está acelerado, é possível encontrar trofozoítos nas fezes.
Algumas hipóteses para ele se soltar, tem-se a influência do pH intestinal, o estimulo de sais biliares e o destacamento do trofozoíto da mucosa. Este último parece ser o gatilho que provocaria tal mudança e tem sido sugerido que a resposta imune local seja responsável pelo destacamento do trofozoíto e seu conseqüente encistamento.
patologia 
Giárdia lamblia é em geral assintomática, mas também relacionado com quadros clínicos de diarreia aguda ou com formas crônicas de diarreia e má absorção intestinal (por causa do revestimento que a giárdia faz que bloqueia essa absorção de nutrientes)
Agravamento em pacientes com AIDS. 
 O parasitismo permanecia quase sempre assintomático, curando-se espontaneamente em muitos casos.
 Fatores imunológicos em combate crianças com menos de 5 anos tendem a desenvolver quadros assintomáticos do que adolescentes e adultos, tendo haver com o amadurecimento do sistema imunológico. 
 As lesões anatomopatológicas atribuídas ao parasito têm sido principalmente atrofia das vilosidades e dos microvilos, reduzindo a área de absorção da mucosa intestinal, infiltração por linfócitos e outros elementos inflamatórios, e aumento da secreção de muco.
 Há indícios sugerindo a produção de uma toxina pelas giárdias.
 interferência na absorção de gorduras pela mucosa intestinal, quando o número de parasitos forrando as superfícies duodenal e jejunal fosse muito grande. 
 O elevado teor de gorduras que permanece na luz intestinal causaria então uma síndrome diarreica persistente. 
 uma reação anafilática local (reação de hipersensibilidade), que provoca edema da mucosa e contração de seus músculos lisos, levando a um aumento da motilidade do intestino,
 quando se rem um aumento da taxa de renovação das células da superfície de intestino ficando com células imaturas, com deficiência de enzimas, agravando o processo de absorção. 
sintomologia 
Principais casos sintomáticos:
1- evacuação liquidas ou pastosas (diarreia)
uma característica diarreico da giardíase pode haver esteatorreia (gordura nas fezes), por não haver uma boa absorção. 
2- número elevado de evacuações 
3- cólicas abdominais
4- fraqueza 
5- perda de peso
o período de incubação costuma ser de uma a três semanas, podendo prolongar-se ate seis. 
Em crianças: síndrome com diarreia crônica, dor abdominal, e abdome distendido, anorexia, perda de peso e crescimento retardado. 
diagnostico 
Clinico: em crianças de oito meses a 10-12 anos, a sintomalogia indicativa de giardíase é a diarreia com esteatorreia. 
Pesquisa: nos casos de fezes formadas, a busca de cistos de Giardia; 
-nas evacuações diarreicas, a pesquisa de trofozoítos ou de cistos. 
Quando negativos, os exames devem ser repetidos várias vezes, com técnicas de concentração.
Pesquisa de parasito: amostra fresca, que pega o parasita vivo.
No caso do cisto vemos a presença da membrana cística e a duplicação. 
- Pesquisa de conteúdo duodenal, com sondas.
imunologico 
Imunofluorescência indireta e ELISA. 
Faz parte mais de um levantamento do que pra indicar se a pessoa esta ou não com esse parasita.
tratamento
Derivados de nitroimidazolicos mais recomendados para a cura da giárdia. 
epidemiologia 
Giardia lamblia é encontrada em todo o mundo, mas parece incidir mais em regiões de clima temperado do que em zonas tropicais.
A incidência aumenta, nas crianças, até a puberdade e cai depois para taxas muito menores, não se sabendo se devido à imunidade ou a outras condições fisiológicas. 
Os homens, animais domésticos (como cães e gatos) e diversos animais silvestres são reservatórios dos parasitos
profilaxia 
Os portadores assintomáticos (eliminadores de cistos) parecem mais importantes na transmissão que os doentes, Educação sanitária, no diagnóstico precoce, tratamento da água, higienização das mãos.

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