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Hiperprolactinemia: Causas, Sintomas e Tratamento

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1 
5º SEMESTRE 2021.2 – UNIFTC SAÚDE DA MULHER 
JULIANA OLIVEIRA 
 
PROLACTINA 
É um hormônio polipeptídio produzido pela adenohipófise 
que tem como objetivo promover a produção láctea. 
Durante a gravidez, os níveis crescentes de estrogênio e 
progesterona ocasionam a elevação da prolactina, no 
entanto, ainda que a produção do leite seja feita durante a 
gestação sua expulsão só ocorre com a queda do 
estrogênio e da progesterona, ou seja, após o nascimento 
do bebê. 
A hiperprolactinemia interfere na liberação de GnRH, 
diminuindo-a, de modo que se tem uma alteração no FSH e 
no LH, desencadeando uma amenorreia. 
FISIOLOGIA 
A prolactina é produzida pela adenohipófise e é controlada 
pelo fator inibidor da prolactina (PIF) ou dopamina, de 
modo que se houver qualquer situação onde esse PIF seja 
inibido, tem-se uma liberação ainda maior de prolactina. 
A prolactina, diferente dos outros hormônios, é controlada 
pelo seu fator inibidor, contudo, quando se tem uma maior 
liberação de TRH tem-se também uma maior liberação de 
prolactina, visto que o TRH atua como um fator liberador, 
logo, é importante investigar hipotireoidismo em casos 
de hiperprolactinemia (maior liberação de TRH → fator 
liberador de prolactina). 
O QUE É HIPERPROLACTINEMIA? 
➔ Definição: 
Aumento das concentrações séricas de prolactina (PRL) 
acima dos valores de referência do laboratório. 
 
➔ Prevalência: 
População geral: 0,2 % 
Amenorreia secundária: 20% a 30% 
Galactorreia: 25% 
Combinação de amenorreia e galactorreia: 75% 
Mulheres inférteis: 9 a 17% 
 
➔ Manifestações clínicas: 
▪ Irregularidade menstrual; 
▪ Amenorreia; 
▪ Sintomas de hipogonadismo/hipoestrogenismo e 
diminuição do desejo sexual. 
▪ Dispareunia. 
▪ Redução da massa óssea. 
▪ Galactorreia. 
▪ Infertilidade. 
▪ Sintomas de compressão tumoral: Cefaleia e perda de 
campo visual. 
É importante que a paciente esteja calma quando for fazer 
dosagem de prolactina, pois, situações de estresse e 
agitação podem modificar esses níveis. 
➔ Causas: 
▪ Fisiológicas: 
- Gravidez; 
▪ Medicamentosa: 
- Antipsicóticos 
- Antidepressivos 
- Algumas medicações procinéticas comodomperidona 
e metoclopramida. 
▪ Patológica: 
- Tumores produtores de PRL sendo chamados de 
hiperprolactinomas (20 a 30%) 
- Microprolactinomas (tumores menores que 10 mm) 
- Macroprolactinomas (maiores que ou iguais a 10 mm) 
▪ Doenças sistêmicas: 
- Cirrose hepática. 
- Insuficiência renal 
- Hipotireoidismo 
- Doenças autoimunes 
▪ Idiopática 
 
Atenção! 
Em algumas situações de aumento é importante repetir o 
exame, solicitando a macroprolactina, a qual é a forma 
inativa da prolactina, ou seja, as vezes a paciente tem um 
aumento da prolactina, mas a custa da macroprolactina. 
Uma outra estratégia é pedir para que a paciente repita a 
prolactina em duas dosagens no mesmo dia. 
 
Os pequenos aumentos da prolactina durante o dia não 
devem ser tão valorizados assim, a não ser em casos que 
essa situação seja persistente e significante. 
 
➔ Diagnóstico: 
Anamnese + exame físico. 
Anamnese: 
▪ Galactorreia. 
▪ Sangramento menstrual irregular. 
▪ Amenorreia. 
▪ Infertilidade. 
▪ Diminuição do desejo sexual. 
▪ Dispareunia. 
▪ Redução da massa óssea/osteoporose. 
▪ Acne/hirsutismo. 
▪ Alterações neuro-oftalmológicas (rinorreia, cefaleia, 
diminuição da visão, perda da visão periférica, 
oftalmoplegia, hipertensão intracraniana ou 
hidrocefalia). 
 
Exame físico: 
▪ Galactorreia 
▪ Bócio 
▪ Sinais de hiperandrogenismo como acne e hirsutismo. 
 
 
2 
5º SEMESTRE 2021.2 – UNIFTC SAÚDE DA MULHER 
JULIANA OLIVEIRA 
 Exames laboratoriais: 
▪ Dosagem da PRL sérica. 
▪ Rastreamento da macroprolactina. 
▪ Dosagem TSH. 
 
Exame de imagem: 
▪ Ressonância magnética (RM) de sela túrcica e do 
crânio. 
 
➔ Tratamento: 
▪ O primeiro tratamento é clínico. 
▪ Os medicamentos são: 
- Cabergolina: Comprimido 0,5mg, VO. 
Dose inicial: 0,25mg, 1-2x/semana. 
Dose máxima: 1,5mg 2-3x/semana. 
Efeitos adversos: Náusea, cefaleia, tontura, fadiga, 
doença valvar cardíaca com dose superior a 
2mg/semana. 
 
- Bromocriptina: Comprimido 2,5mg, VO ou vaginal. 
Dose inicial: 1,25mg ao deitar. 
Dose máxima: 15mg/dia. 
Efeitos adversos: Náuseas e vômitos, tontura, 
hipotensão postural. Os menos frequentes são 
congestão nasal, fenômeno de Raynaud, depressão e 
reação psicótica. 
▪ Tratamento cirúrgico: 
- Cirurgia transesfenoidal.

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