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AULA 8 DOENÇAS DO SISTEMA IMUNOLÓGICO nathalia.victo@fmu.br Objetivos de Aprendizagem: 1. Relembrar os conceitos de tolerância central e periférica. 2. Compreender o que são doenças autoimunes. 3. Compreender o processo de diagnóstico e tratamento de uma doença autoimune Tópicos abordados Tolerância Central e Periférica Autoimunidade A tolerância imunológica é definida como a não responsividade a um antígeno, induzida pela exposição prévia a este antígeno Tolerância ao Próprio Mecanismos de tolerância: Tolerância Central Deleção ou anergia dos clones auto- reativos nos órgãos linfóides primários como timo e medula óssea. Tolerância Periférica Deleção ou anergia das células que reconhecem antígenos na ausência de sinais co-estimulatórios. Tolerância Central de células T Amadurecimento no timo Seleção positiva (linfócitos TCD4+ e TCD8+) -Reconhecimento com afinidade ao MHC Seleção negativa (linfócitos TCD4+ e TCD8+) - Não responsividade a antígenos próprios. Fatores de indução da seleção negativa (antígeno próprio) - Presença deste antígeno no timo (AIRE) - Afinidade dos receptores de células T (TCR) Células T reguladoras Tolerância Periférica de células T http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&docid=eX8sZPnbKf2EPM&tbnid=0L2fMPrTLCuYdM:&ved=0CAUQjRw&url=http://loja.bioaulas.com.br/index.php?cPath=1&ei=1XCFU_ihPOjlsAS_oIKgDw&psig=AFQjCNEj3L43NSWTk5b4CQe5KnkL-uzdyg&ust=1401340357912237 Tolerância Periférica Anergia Supressão por células Treg Deleção Células T efetoras e memória Não responsividade funcional Bloqueio da ativação Apoptose (Morte induzida por ativação Resposta normal de células T Treg Anergia das células T Reconhecimento do antígeno Resposta célula T Sinais ativadores Resposta normal Anergia Cel. T Reconhecimento antígeno + co-estímulo Proliferação célula T Reconhecimento antígeno próprio Engajamento de receptores inibitórios não responsividade Nat Rev Immunol. Author manuscript; available in PMC Feb 1, 2010. Supressão por Treg Inativação APC Citólise Consumo de citocinas Supressão http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3490202/figure/F1/ Timo linfonodo Deleção das células T Tolerância Central de células B Tolerância Central Os linfócitos B imaturos que reconhecem os antígenos próprios com alta afinidade na medula óssea são eliminados ou mudam a sua especificidade. Tolerância Periférica Os linfócitos B maduros que reconhecem os antígenos próprios nos tecidos periféricos na ausência de células T auxiliares específicas podem se tornar funcionalmente irresponsivos ou morrer por apoptose. Tolerância Induzida por Antígenos Proteicos Estranhos Os antígenos estranhos podem ser administrados de modo que induzam preferencialmente tolerância em vez de respostas imunológicas. Como??? Administração subcutânea ou intradérmica com adjuvantes favorece a IMUNIDADE Administração sistêmica sem adjuvantes favorece a TOLERÂNCIA. Mas o que são adjuvantes? Substâncias diferentes do antígeno que aumentam a ativação de células B e T promovendo o acúmulo e a ativação de APCs no local da exposição ao antígeno. hidróxido de alumínio Administração oral Antígenos proteicos que são ingeridos levam a uma tolerância imune adaptativa sistêmica a esses antígenos. É a chamada: TOLERÂNCIA ORAL Vacina oral A administração oral de antígeno pode levar a respostas imunes adaptativas produtivas, como na utilização de vacinas virais orais. Exaustão clonal Infecções sistêmicas que iniciam uma resposta imunológica, mas esta resposta é diminuída antes que o patógeno seja removido, resultando em um estado de infecção persistente. Exaustão clonal Essa exaustão é, portanto, um mecanismo de evasão imunológica usada por alguns patógenos. • Paul Ehrlich (1854-1915); • Imunologista e bacteriologista alemão; • Considerado o pai da quimioterapia, é o autor do conceito de “magic bullets”; dando origem ao conceito de "receptores específicos" em Biologia. • Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina em 1908. • Em 1900............ O Sistema imune distingue o “próprio" do "não-próprio", impedindo que o próprio sistema ataque e destrua o tecido saudável. Durante uma reação autoimune, esse reconhecimento do “próprio” é prejudicado, resultando em uma resposta imune aumentada. Autoimunidade: reações contra células e/ou tecidos do próprio organismo, causadas por uma falha nos mecanismos normais de tolerância imunológica (autotolerância). Dependendo do local afetado as autoimunidades podem ser: - órgão-específico - sistêmicas A tolerância imunológica é definida como a não responsividade a um antígeno, induzida pela exposição prévia a este antígeno Autoimunidade – Características Gerais Fatores genéticos x ambientais → quebra da tolerância; Patogênese: diferentes mecanismos efetores; Influência hormonal: diferenças entre os sexos; Abordagem terapêutica. Fatores Genéticos da Autoimunidade Gene Doença Mecanismo de Tolerância afetado AIRE Síndrome poliendócrina autoimune (APS) Falha da Tolerância Central C4 LES Remoção defeituosa de complexos imunes CTLA-4 - Falha da anergia dos linfócitos TCD4+ FAS/FASL Síndrome linfoproliferativa autoimune (ALPS) Falha do processo de deleção FOXP3 IPEX Deficiência das células T reguladoras Fatores Ambientais da Autoimunidade Fonte: Abbas, Lichtman & Pober - Elsevier Autoimunidade em homens e mulheres Baixa testosterona Alta testosterona Linfócitos T e B Linfócitos T e B Microbiota Microbiota Fonte: http://www.fat-new-world.com/2013/05/diferencas-entre-sexos-na-flora.html SUSCEPTIBILIDADE Esclerose Múltipla Diabetes Mellitus Lúpus Fonte: Janeway, Murphy - Artmed Transferência de autoanticorpos de mãe para filho Anticorpos atravessam a placenta, mas linfócitos não; Autoimunidade perdura enquanto houver estoque de anticorpo; Autoanticorpos podem causar danos; Possível realização de plasmaférese. Transferência de células Fonte: http://s3.amazonaws.com/magoo/ABAAABvLYAG-46.png Representação do modelo murino de Esclerose Múltipla: EAE – Encefalomielite Autoimune Experimental; Transferência de células autorreativas induz autoimunidade. Grupo 1 Lúpus Eritematoso Sistêmico - Etiologia, Fisiopatologia, Manifestações Clínicas Nome RA Ana Paula de Moraes 5644064 Carlos Eduardo Pereira 3918460 Danilo Saviolli Paiva 5216420 Ingrid Barros Ramalho 3947984 Maria do Socorro Lucena 3921671 Nuria Soares Custodio 3991415 Osmar Omena da Silva 3977048 Pedro Dantas Costa Filho 3970525 Grupo 2 Lúpus Eritematoso Sistêmico - Sinais e Sintomas, Diagnóstico, Tratamento Nome RA Ana Elen Barbosa de Souza 3914728 Ana Paula da Silva 5919613 Angelica Machado dos Santos 3290561 Claudia Aparecida Antonio Pereira 1949151 Francisca Juliana Oliveira Matias 7626328 Luiz Guilherme Martins da Silva 5444394 Maria Silvania Alves da Silva 3379261 Caroline Otaviana Trindade da Silva 2983257 Autoimunidades Sistêmicas Lúpus Eritematoso Sistêmico O Lúpus, uma doença que é cercada de mitos, mas que atualmente acomete mais de cinco milhões de pessoas em todo o mundo, sendo 200 mil no Brasil. A doença não tem cura e os cientistas acreditam que as causas estão relacionadas a fatores genéticos, hormonais e externos. Selena Gomez Lady Gaga Fonte: http://slideplayer.com.br/slide/375904/ Fonte: Abbas, Lichtman & Pober - Elsevier Mediado por imunocomplexos; Hipersensibilidade do tipo III; Antígeno envolvido: DNA, nucleoproteínas, outros; Defeito genético associado ao HLA; Ativação do sistema complemento; Acomete mais as mulheres. Grupo 1 Esclerose Múltipla - Etiologia,Fisiopatologia, Manifestações Clínicas Nome RA Aline Gonçalves de Oliveira 7109203 Lilian Cristina Silva Yoshida 3993936 Mariana Sena dos Santos Barbado 1571067 Maristela Cerqueira Souza 2243390 Maycon Henrique da Silva 1668433 Nádia Sena Soares 2123111 Nicolas Felicioni 1487180 Regina Farias Lima 3994750 Rúbia Maria Rodrigues Lisa 1577380 Thayany da Silva Hora 3966717 Grupo 2 Esclerose Múltipla - Sinais e Sintomas, Diagnóstico, Tratamento Nome RA Andressa Aparecida Figueiredo Lima 3447500 Bianca Paixão Gonçalves 1300426 Carolina Borges Turina 5743220 Daiane Leite Sengling Perchak 5422265 Francisca Oliveira de jesus 3939182 Karina Vieira Oliveira 2211051 Laila da Silva Ferreira 3833239 Larissa Sillis de Moraes 3344481 Manoel Sampaio Mesquita 3360971 Esclerose Múltipla A esclerose múltipla se caracteriza pela presença de sintomas recorrentes ou progressivos, desmielinização no SNC e disseminação de lesões no espaço e no tempo. Cláudia Rodrigues Ana Beatriz Nogueira Autoimunidades Órgão-Específicas As lesões surgem da destruição da mielina mediada pelo sistema imunológico em um processo autoimune, onde as células de defesas(linfócitos T) desconhecem os lípideos da bainha de mielina como próprios do individuo e passam ataca-las(destruição). Grupo 1 Doença Celíaca - Etiologia, Fisiopatologia, Manifestações Clínicas Nome RA Alana Xavier Cabral 8527295 Antonio Wilson Santos Carvalho 7858703 Fernanda Maria José da Silva 5847523 Jeniffer Mayara Borges Messias dos Santos 1578631 Lindomar Bruno de Jesus 3991463 Patrícia dos Santos Jesus 732080 Raissa Correa Mendes 3502263 Silvio Cesar Nunes 3988360 Thaís Oliveira Gonçalves 3508113 Vanessa da Silva Costa 7499494 Grupo 2 Doença Celíaca - Sinais e Sintomas, Diagnóstico, Tratamento Nome RA Giselle Ignácio Ribeiro 3985853 Joice Ferreira Santos 2166158 Lisandra Alves de Assis 2925095 Paula Santos Nunes Lima 1735327 Thiago de Jesus Neves da Silva 3955729 Yuri Tisano 5763990 Kevin Antonio Oliveira Marques 2242883 Doença Celíaca A doença celíaca é uma condição autoimune causada pela intolerância ao glúten - proteína encontrada no trigo, aveia, cevada, centeio e seus derivados. Distúrbio crônico que afeta o intestino delgado de adultos e crianças geneticamente predispostos. A doença causa atrofia da mucosa do intestino, levando à má absorção dos nutrientes, sais minerais e água. Tiago Leifert Ivete Sangalo Em um indivíduo geneticamente predisposto, células T sensíveis ao glúten são ativadas quando peptídeos epitopos derivados do glúten são apresentados. A resposta inflamatória provoca a característica atrofia dos vilos da mucosa do intestino delgado. Grupo 1 Diabetes Mellitus Tipo I - Etiologia, Fisiopatologia, Manifestações Clínicas Nome RA Claudia Silveira Oliveira da Silva 5649303 Elivaldo Ramos Barra 6851417 Jailda Barreto dos Santos 5813459 Jonathan Marciano dos Santos 5674734 Milena Anne Silva Coelho 8524470 Grupo 2 Diabetes Mellitus Tipo I - Sinais e Sintomas, Diagnóstico, Tratamento Nome RA Ana Claudia Souza Lima 2582877 Bruna Ferreira Rici 3864676 Caroline Mendes Coelho 3995312 Jairo de Santana Xavier Santos 3992529 Lucineia Ferreira Monteiro 1311263 Nicole Meira dos Santos 3274878 Rafael Antônio Oliveira Souza de Andrade 3872961 Samara Pedroso 3901833 Diabetes Mellitus Ana Carolina José Loreto O diabetes melito tipo 1 é uma doença metabólica crônica caracterizada por uma deficiência de insulina, a qual é determinada pela destruição das células produtoras de insulina do pâncreas. Alguns mecanismos podem contribuir para destruição das células β, incluindo inflamação mediada por células TH1 CD4+ reativas com antígenos das ilhotas (incluindo insulina), lise de células das ilhotas mediada por CTL, produção local de citocinas (TNF e IL-1) que danificam células das ilhotas e autoanticorpos contra as células das ilhotas. Autoimunidades Mediadas por Anticorpos A causa mais comum de hipertireoidismo é a doença de Graves, hiperplasia difusa da tireoide. Grupo Especial Doença de Graves Nome RA Suzelia de Souza Rocha 1637945 Doença de Graves Sia Missy Elliot Síntese de anticorpos - imunoglobulinas estimuladoras da tireoide (TSI). mimetizam a ação do TSH por se ligarem aos receptores de TSH na glândula tireoide e os ativarem. resultado é a formação de bócio, hipersecreção de T3 e T4 e sintoma do excesso desses hormônios. retroalimentação negativa exercida pelos altos níveis de T3 e T4 diminui os níveis de secreção de TRH e TSH, mas não possui ação sobre a atividade semelhante ao TSH exercida pelas TSI na glândula tireoide Grupo 1 Tireoidite de Hashimoto - Etiologia, Fisiopatologia, Manifestações Clínicas Nome RA Alice Aparecida da Silva Mauricio 3797367 Danielle Nunes da Conceição 3330068 Erlânia Ferreira Lima 3299330 Fernanda Santiago Perez 3353850 Guilherme Dias Faustino 3299131 Pamela Pereira da Silva 3404375 Phamella Vitória Bottoni Andrade 2483966 Rayssa Silva Cruz 1148801 Sheila Cristina Cardoso Ramos 3392158 Grupo 2 Tireoidite de Hashimoto - Sinais e Sintomas, Diagnóstico, Tratamento Nome RA Acsa de Souza Inocencio 1405829 Alline Ribeiro Farias das Chagas 3873785 Irene Ferreira de Melo 6330443 Isabella Muzilo Damoia 7383453 Janaina Costa de Carvalho 1650919 Kátia Cristina Arias Barbosa 5728043 Luykson Alves Brito Pereira 3948121 Michaela Jesus de Carvalho 3884526 Thiago Fagner Alves de Sousa 1815781 A tireoidite de Hashimoto é a causa mais comum de hipotireoidismo em áreas do mundo onde os níveis de iodo são suficientes. Tireoidite de Hashimoto Cléo Pires Claudia Raia caracterizada por falência gradual da tireoide devido à destruição autoimune da glândula tireoide. distúrbio mais prevalente entre 45 e 65 anos de idade e é mais comum em mulheres do que em homens, com a predominância feminina de 10:1 a 20:1. ocorrer em crianças e é a maior causa de bócio não endêmico na população pediátrica. Anti-inflamatórios (em especial, corticosteróides); Neutralizador de TNF → Artrite Reumatóide e Doença de Crohn; Bloqueador de B7 → Artrite Reumatóide e Psoríase; Drogas imunossupressoras (ex.: ciclosporina) e antiproliferativas (metotrexato); Plasmaférese. Abordagem Terapêutica
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