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resumo semiologia da pele

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1 
 
 Resumo – semiologia da pele 
 
pele 
• Barreira anatômica e fisiológica entre 
o organismo e o meio ambiente 
• “espelho do organismo” 
• Funções: 
Proteção contra perdas, contra lesões 
externas, químicas, físicas ou 
microbiológicas 
Produção de estruturas queratinizadas 
(pelos, unhas e a camada córnea) 
Flexibilidade 
Termorregulação 
Imunorregulação 
Pigmentação 
Secreção 
Produção de vit-D 
Identificação 
Percepção 
 
ANATOMOFISIOLOGIA 
Epiderme 
• Múltiplas camadas celulares de queratinócitos em diferentes estágios de diferenciação 
• Queratinócitos (85%), melanócitos (5%), céls de Langerhans (3-8%) e céls de Merkel (2%) 
• Camadas da derme para o meio externo: 
- Camada basal: 
Céls basais e melanócitos 
Germinativa, origina as demais camadas por meio de diferenciação celular 
Junção dermoepidérmica – zona da membrana basal – relacionadas à patologias como 
epidermólise bolhosa, penfigoide bolhoso e lúpus eritematoso sistêmico 
- Camada espinhosa: 
Malpighiana 
Céls filhas da camada basal 
- Camada granulosa: 
Grande quantidade de grânulos nas céls 
- Camada lúcida: 
Fina, completamente queratinizada, composta por céls anucleares e mortas 
Entre a camada granulosa e a camada córnea 
Homogênea e suas céls contêm substancia semifluida (eleidina) 
Coxins palmoplantares e planos nasais 
- Camada córnea: 
Mais externa; queratinócitos em fase final de desenvolvimento 
Corneócitos constantemente perdidos pela descamação, sendo mantido pela velocidade 
de reprodução da camada basal 
 
 
2 
 
Contém 6x mais lipídios que as céls da camada basal, o que sugere que os lipídios da 
superfície de animais são de origem epidérmica. 
• Melanócitos: unidades epidermomelânicas da pele; promovem a coloração responsável 
pela proteção e atração sexual; protegem contra radiações, participam nos processos 
inflamatórios 
• Céls de Langerhans: desprovidas de tirosina, não aumentam de tamanho por estimulação 
pelo UV; atuam no processamento primário de antígenos exógenos; originam-se na 
medula óssea; capazes de reconhecer antígenos, processá-los e apresenta-los aos 
linfócitos T, iniciando sua ativação. 
 
Derme 
• Gel rico em mucopolissacarídeos, fibras colágenas e elásticas, além de diferentes tipos 
celulares 
• colágeno e elastina 
• gl. Sudoríparas, folículos de pelos, gl. Sebáceas e m. eretor do pênis, vasos sang, linf e 
estruturas nervosas 
• superficial e profunda 
• fibras colágenas, reticulares e elásticas 
• colágenas: 90% das fibras da derme; estruturação 
 
pelos e folículos 
• estruturas filiformes constituídas por células queratinizadas produzidas pelos folículos 
pilosos 
• parte livre – haste e parte intradérmica – raíz 
• anexam-se ao folículo piloso: gl. Sebácea e m. eretor do pênis 
• os pelos são importantes na termorregulação e percepção sensorial, além de proteção e 
preservação do organismo contra os raios solares 
 
ciclo do pelo 
• não crescem continuamente, havendo alternância entre fases de crescimento e repouso 
• anágena – fase de crescimento – intensa atividade mitótica da matriz 
• catágena – os folículos regridem 1/3 de suas dimensões anteriores, interrompem-se a 
melanogênese na matriz e a proliferação celular, até cessar; as céls da porção superior do 
bulbo continuam sua diferenciação à haste do pelo, constituída somente por córtex e 
membrana radicular interna até que o bulbo se reduza a uma coluna desorganizada de 
células. 
• Telógena – a extremidade do pelo assume a forma de clava ainda aderido ao saco folicular 
por retalhos de queratina; prestes a se desprender 
 
 
 
3 
 
 
Glândulas anexas 
• Sebáceas: presentes em toda a pele, exceto nos coxins e plano nasal; desembocam 
sempre no folículo piloso; apresentam se em maior número nas junções mucocutâneas, 
espaço interdigital, regiões cervical dorsal, mentoniana e dorsal da cauda dos carnívoros; 
secreção holócrina – sebum – que mantém a camada córnea hidratada; sofre influência 
nutricional e hormonal (os andrógenos causam hipertrofia e hiperplasia e os estrógenos e 
glicocorticoides causam involução) 
• Sudoríparas: epitriquiais – presentes na pele recoberta por pelame, localizadas abaixo das 
sebáceas e a abertura do seu ducto é acima da abertura dessas gl.; são maiores e mais 
numerosas próximo às junções mucocutâneas, espaço interdigital e região cervical dorsal; 
não são inervadas; presentes em caninos, felinos, suínos, caprinos, ovinos, equinos e 
bovinos. e atriquiais – coxins palmoplantares, na derme profunda ou tecido subcutâneo; 
fortemente inervadas; presentes nos carnívoros domésticos. 
 
Vascularização da pele 
• Plexo profundo, subdérmico ou subcutâneo 
• Plexo intermediário ou cutâneo 
• Plexo superficial ou subpapilar 
Hipoderme 
• Panículo adiposo; constituída principalmente de adipócitos 
• Camada mais profunda e mais fina 
• Depósito nutritivo de reserva, isolamento térmico, proteção mecânica, facilita o 
deslizamento da pele em relação às estruturas subjacentes 
 
Exame da pele 
- IDENTIFICAÇÃO: 
• Espécie – algumas doenças são características como o sarcoide em equinos, o complexo 
granuloma eosinofílico em felinos e as piodermites em caninos 
• Idade – demodiciose dos cães mais frequente em animais jovens; dermatofitose, celulite 
juvenil, papilomatose dos bezerros e impetigo canino também afetam animais jovens 
refletindo o estado imunológico frágil dos filhotes. 
quadros alérgicos e doenças de queratinização atingem mais animais adultos 
quadros hormonais acometem principalmente animais entre 6 e 10 anos 
neoplasias e doenças autoimunes acometem idosos na sua maioria. 
 
 
4 
 
• Sexo – fístulas perianais acometem quase exclusivamente os machos caninos; abscessos 
de felinos são mais frequentes em machos; escabiose mais comum em cães machos 
Identificação sexual importante para analisar o status sexual (castrado ou não), 
principalmente as fêmeas, pois pode haver quadros que se relacionam com o cio ou não 
• Raça – predisposição a tipos de dermatopatias 
• Coloração do pelame – doença do mutante de cor em cães de pelo azulado, carcinoma 
espinocelular em felinos brancos, fotossensibilização em gado claro ou branco e maior 
incidência de melanoma em equinos tordilhos. 
 
 
- Anamnese 
• Queixa principal 
• Antecedentes 
• Início do quadro e tempo de evolução 
• Tratamentos já efetuados e suas 
consequências 
• Periodicidade 
• Ambiente, manejo e hábitos 
• Contactantes 
• Ectoparasitas 
 
- Prurido 
• Manifestação desagradável que manifesta no paciente o desejo de se coçar 
• Avaliação da presença do prurido - É patológico ou fisiológico? 
• Intensidade – leve, moderado ou grave? De 1 a 10? 
• Manifestação do prurido 
• Localização do prurido 
• Sintomas relacionados com outros órgãos 
 
Exame físico 
- palpação 
• Determinar aspectos de sensibilidade das lesões, volume, espessura, elasticidade, 
temperatura, consistência e características como umidade e untuosidade da pele 
• Aferir a temperatura da pele com o dorso das mãos e deve ter a mesma temperatura do 
corpo do animal 
• Ao identificar aumento de volume, deve-se avaliar a consistência dando especial atenção 
ao edema e ao enfisema 
Edema (aumento de liquido no interstício) generalizado (doença sistêmica) ou localizado 
(quadro dermatológico) 
Enfisema – avaliar se trata de um quadro aspirado ou autóctone 
 
 
5 
 
• Diferenciar eritema de púrpura por digitopressão. O eritema volta a coloração normal da 
pele depois da pressão e a púrpura não cede a essa compressão, permanecendo com 
coloração avermelhada. 
• Pode friccionar a borda do pavilhão auricular ou com os dedos coçar uma região do animal 
que se quer investigar, se o quadro for pruriginoso o animal responderá com os membros 
com uma mímica de prurido. 
 
- Olfação 
Inspeção direta 
• Ambiente bem iluminado por luz branca ou natural 
• Primeiro contato visual a 1,5 a 2m de distancia para quese verifique além da distribuição, 
a gravidade do quadro e as regiões anatômicas acometidas 
• Verificar presença ou não de prurido 
• A ausência de prurido no momento do atendimento não significa que o quadro não seja 
pruriginoso 
• É indispensável que o veterinário conheça as características particulares de cada raça e 
espécie para não cometer erros de interpretação do exame físico com consequente erro de 
diagnóstico 
• Coloração da pele: 
Cianose, icterícia, palidez e hiperemia podem oferecer informações importantes 
Fisiologicamente a pele tem coloração rósea 
Presença de sudorese – pode estar aumentada (hiperidrose) ou diminuída (hipoidrose) ou 
ausente (anidrose) 
- classificação das lesões cutâneas 
• Quanto a distribuição: 
Localizada: de 1 a 5 lesões cutâneas 
individualizadas 
Disseminada: mais de 5 lesões 
cutâneas individualizadas 
Generalizada: acometimento difuso de 
mais de 60% do corpo 
Universal: comprometimento total 
• Quanto à topografia 
Simétricas ou assimétricas 
Quadros hormonais – geralmente 
lesões simétricas 
• Quanto à profundidade 
• Quanto à configuração 
• Quanto à morfologia/lesões 
elementares cutâneas 
 
Alterações na cor: manchas ou 
máculas 
- manchas vasculossanguíneas 
1.Eritema: avermelhado, decorrente 
de vasodilatação, volta a coloração 
normal após digitopressão. Em geral 
ocorre em dermatopatias 
inflamatórias, estando frequentemente 
associado a quadros pruriginosos. 
Classificações do eritema: 
Cianose 
Enantema: eritema de mucosa 
Exantema: eritema disseminado 
Eritrodermia: eritema crônico 
Mancha lívida 
Mancha anêmica 
 
 
6 
 
2.Púrpura: avermelhada, na evolução 
adquire cor arroxeada e verde-
amarelada; não volta a coloração 
normal após digitopressão 
Petéquias: púrpura de até 1 cm de 
diâmetro 
Equimose: maior que 1 cm 
Víbice: púrpura linear 
3.Telangiectasia: evidenciação dos 
vasos cutâneos através da pele, 
decorrente do seu adelgaçamento; 
revelam-se sinuoso; atrofia cutânea; 
hiperadrenocorticismo e cicatrização 
atrófica 
- manchas pigmentares/discrômicas 
1.Hipopigmentação/hipocromia 
2.Acromia/leucodermia 
3.Hiperpigmentação/hipercromia 
 
Formações sólidas 
Resultam de processo inflamatório, 
infeccioso ou neoplásico 
1.Pápula 
2.Placa 
3.Nódulo 
4.Tubérculo – pápula ou nódulo que 
evolui deixando cicatriz 
5.Tumor/nodosidade 
6.Goma 
 
Coleções líquidas 
1.Vesícula 
2.Bolha 
3.Pústula: contém pus 
4.Cisto 
5.Abscesso: há calor, dor e flutuação, 
indica infecção por perfuração ou via 
hematógena 
6.Flegmão 
7.Hematoma 
 
Alterações de espessura 
1.Hiperqueratose ou queratose: 
espessamento decorrente do aumento 
da camada córnea 
2.Liquenificação ou lignificação: 
espessamento decorrente do aumento 
da camada malpighiana 
3.Edema: extravasamento de plasma 
na derme ou hipoderme 
4.Esclerose: aumento da consistência 
da pele 
5.Cicatriz 
 
Perdas teciduais e reparações 
1.Escama: placas de céls da camada 
córnea que se desprendem da 
superfície cutânea 
2.Escoriação 
3.Erosão ou exulceração: perda 
superficial da epiderme ou de 
camadas da epiderme 
4.Ulceração: perda circunscrita da 
epiderme e derme, podendo atingir a 
hipoderme e os tecidos subjacentes 
5.Úlcera 
6.Afta: pequena ulceração em mucosa 
7.Colarinho epidérmico: fragmento de 
epiderme circular que resta aderido à 
pele após a ruptura de vesículas, 
bolhas ou pústulas 
8.Fissura 
9.Crosta 
10.Escara: indica morte tecidual por 
reação a injeção, crioterapia ou 
decúbito prolongado 
11.Fístulas: elimina pus ou sangue, 
indica existência de foco infeccioso ou 
corpo estranho em tecidos 
subjacentes 
 
Lesões associadas: as lesões 
elementares podem ocorrer 
associadas ou isoladas. 
 
Lesões particulares: especiais ou 
sinais específicos 
1.Celulite: inflamação da derme ou 
tecido subcutâneo 
2.Comedão 
3.Corno: grau máximo de 
hiperqueratose 
4.Milium 
 
Sinais específicos na dermatologia 
1.Sinal de Nikolsky 
 
 
7 
 
2.Sinal de Godet 
3.Sinal de Auspitz 
4.Sinal de Larsson 
 
INSPEÇÃO INDIRETA 
- DIASCOPIA OU VITROPRESSÃO – Indicada para diferenciar eritema e púrpura 
- luz de wood – nos casos de dermatofitose por M. canis provoca fluorescência verde brilhante 
- teste da fita adesiva – busca de ectoparasitas e seus ovos 
- tricograma – avalia o ciclo biológico do pelo em determinado momento, assim como suas 
alterações fisiológicas e anatômicas. Exame detalhado do bulbo, da haste e extremidade dos 
pelos. 
- parasitológico de raspado cutâneo – identificação de parasitas dos gêneros Demodex, 
Sarcoptes, Psoroptes, Notoedris, Cheyletiella. 
- exame micológico – importância fundamental na determinação do diagnostico e terapia de 
diferentes quadros provocados por fungos, como dermatofitose, malassezíose, esporotricose e 
criptococose. 
- citologia 
- biopsia e exame histopatológico

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