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A U L A 1 SEMIOLOGIA VETERINÁRIA É o estudo dos métodos utilizados no exame clínico. Dentro disso, há o estudo de como se faz uma correta pesquisa e interpretação de sintomas. Após a coleta dos dados, existe a construção do diagnóstico a partir de dados coletados. Após a presunção da enfermidade, pode-ser prever a evolução. Definição Recursos utilizados para avaliar o paciente Inspeção até exames complementares, utilizando materiais de auxílio. Reúne e interpreta todos os dados coletados e realizado o raciocínio clínico dentro dos achados. É a explicação do mecanismo que tem aparecimento e desenvolvimento do que foi coletado Semiotécnica Clínica Propedêutica Semiogênese Subdivisão Indício da doença Fenômeno anormal revelado pelo animal Raciocínio feito após observação de determinado sintoma Informação obtidas pelo clínico a partir do exame. Sintoma Sinal Conceitos Estado normal das funções orgânicas, físicas e mentais Evento biológico devido a alterações anatômicas, fisiológica ou bioquímica, ou seja, há uma mudança no padrão homeostático do organismo. Conjunto de sintomas, de múltiplas causas, que afetam diversos sistemas. Ex: síndrome cólica em equinos pode gerar problemas vasculares, de locomoção... Saúde Doença Síndrome Alguns autor es dizem que na veterinária não existe "sintoma ". Anamnese (50%) A U L A 1 SEMIOLOGIA VETERINÁRIA Reconhecimento da doença a partir das suas manifestações clínicas Fases: Elaboração de hipóteses Ocorre no início da avaliação clínica, enquanto há a coleta de anamnese Avaliação das hipóteses Estágios finais do exame clínico, observando se "encaixa" ou não. Presunção da evolução da doença e prováveis consequências Meio utilizado para combater a doença Diagnóstico Progonóstico Resolução Diagnóstico Exame Clínico (35%) Exames Complementares (15%) Não seja demasiadamente sagaz: seja cauteloso Não tenha pressa Não tenha predileções: avalie todas as possibilidades Não diagnostique raridades Não seja demasiadamente seguro de si Não hesite em rever seu diagnóstico, de tempos em tempos, em casos crônicos. Princípios de Hutchinson Comportamento normal da espécie Exterior e raças Exames clínicos normais É preciso saber... Anamnese incompleta ou preenchida erroneamente Exame físico superficial ou feito às pressas Avaliação precipitada ou falsa dos achados clínicos Conhecimento ou domínio insuficiente da semiotécnica Tratamento do paciente antes de se estabelecer diagnóstico Principais Erros Perspectiva de salvar a vida Perspectiva de recuperar a saúde ou de curar o paciente Perspectiva de manter a capacidade funcional dos órgãos acometidos Orientado por 3 aspectos: Prognóstico Favorável (evolução benigna) Desfavorável (impossibilidade de cura sendo óbito ou incurável) Incerto ou reservado Podem ser classificados em: A U L A 1 SEMIOLOGIA VETERINÁRIA Combate à causa da doença Sempre que vamos fazer, também é importante fazer o tratamento sintomático Combate ao sintomas da doença ou abranda o sofrimento Modifica curso da doença no organismo, como quimioterapia e afins, pois modifica o curso. Ex: não terá aumento do tumor, evita-se com quimioterapia Evita complicações que levem ao óbito Causal Sintomático Patogênico Vital Tratamento Inicia antes mesmo da anamnese É preciso ter boa iluminação De preferência, em seu lugar de origem, comparando paciente com outros animais, que não tenha influência do processo estrogênico É interessante ver o animal antes da contenção pois evita-se alteração de comportamento e parâmetros Visão Inspeção Comportamento Postura Marcha Escore corporal Pele e pelame Formato abdominal etc Direta Indireta Otoscópio Laringoscópio Oftalmoscópio Radiografia Microscópio Ultrassonografia É preciso descrever o que é visto, sem interpretar A inspeção pode ser: A U L A 1 SEMIOLOGIA VETERINÁRIA Avalia: Espessura Textura Consistência Sensibilidade Temperatura Volume Palpação transretal "Olhos nas pontas dos dedos" Detecta: Frêmitos Flutuações (piparote, que dá para ouvir a reverberação) Elasticidade Edamiciação (Godet) Pode ser direta Pode ser indireta Pinça de casco Prova de barra Avalia Ruídos laringotraqueais Ruídos respiratórios Bulhas cardíacas Borborigmos Pode ser direta (desaconselhável) Indireta Estetoscópio Fonendoscópio (pega melhor sons de altas frequências, ou seja, ruídos agudos e pega a maioria dos ruídos) Tato Audição Percussão Avalia Ressonância Estruturas a 7cm de profundidade Lesões com 5cm ou mais Sons obtidos: Claro: órgãos contendo ar Timpânico: órgãos ocos, com grandes cavidades, repletas de ar ou gás com paredes semidistendidas Maciço ou mate: regiões compactas, desprovidas de ar. Avalia o ar expirado Hálito Odor das fezes Odor da urina Odor da pele Odor da orelha Etc Olfato A U L A 1 SEMIOLOGIA VETERINÁRIA Diagnóstico e Prognóstico Marcha do Exame Clínico Exame Complementar Objetivo (paciente) Subjetivo (Cliente resposável) Exame Físico Geral Exame Físico Específico Identificação Anamnese Espécie Sexo (Castrado?) Raça Idade (Jovem? Idoso?) Utilização (Esporte? Lazer? Matriz? Etc) Manejo (Intensivo? Extensivo?) Identificação Fonte Proprietário Tratador Queixa principal Responsável pelo animal irá dizer "o animal está amoado e sem comer" Pode NÃO estar relacionada ao diagnóstico definitivo Anamnese Questionário Utilizar termos técnicos História médica recente (como estava nos últimos dias) Comportamento dos sistemas (defecação, alimentação e micção) História médica pregressa (já passou por cirurgia ou teve algum tumor?) Ambiente e manejo (onde o animal vive, o que come...?) Plantel Linhagens (os pais são conhecidos?) Anamnese dirigida Importância em Medicina Veterinária Nossos pacientes NÃO FALAM! Queixa principal pode não estar relacionado ao sistema acometido! Avaliação sistemática do paciente Avaliação de outros sistemas Exame Físico A U L A 1 SEMIOLOGIA VETERINÁRIA Caracterís tica e intensidad e dos sinai s clínicos sã o muito am plos, até mesmo em uma enfermida de, de mod o que muitos sint omas dific ultam a obtençã o de diagnóstic o. Deve ser realizado crânio-caudalmente e próximo-distal. Coleta de dados importantes à saúde do animal Antecede o exame físico específico Eventualmente precisa-se alterar o cronograma Frequência cardíaca Frequência respiratória Temperatura corporal Turgor de pele (hidratação) Refil capilar (TPC) Motilidade ruminal/intestinal Dor (é um estímulo nociceptivo, então se tem uma dor muito forte, é um grande problema) Normal: alerta Diminuído: deprimido (SNC), apático (dor) Aumentado: excitado (SNC, dor, estresse) Normal ou anormal Repouso Deambulação (como é o andar?) Estado Nutricional Escalas para cada espécie A adoção de sequência torna-se hábito, diminuindo possibilidade de erro! Parâmetros vitais: Nível de consciência: Postura/locomoção ECC Exame Físico Limpa Brilhante Eriçados Ectoparasitas Ausência de pelame Etc Oculopalpebral Palpebral superior e inferior Membrana nictante Conjuntiva bulbar Nasal Oral Vulvar e/ou Prepucial Anal Achados Inflamações Edema Tumores Secreções Avaliação geral da pele e pelame Avaliação das Mucosas Aparentes A U L A 1 SEMIOLOGIA VETERINÁRIA Normocorada CIanótica Ictérica Hipocorada Pálida Congesta (muito mais vemelho) Halo Toxêmico Coloração Halo roxeado com uma mucosa congesta ao entorno deste halo. Avaliação Subjetiva Grau de hidratação Faixa etária interfere (idosos são mais pelancudinhos porque tem alteração no colágeno). O ideal, em animais idosos, é utilizar: Gatos e cão: entre orelhas Cavalos e bovinos: perto da escalpo- umeral TPC Normal: 1 - 2'' Desidratados: 2 - 4 '' Severamente desidratados: > 5 '' Turgor de Pele
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