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AM – Administração de Material AULA SÍNCRONA 03 Profa Juliana Valença juliana.valenca@upe.br Google Classroom Curso de Administração 4° período Turma da Manhã: Sextas-feiras das 08:00 às 10:00 Turma da Noite: Sextas-feiras das 19:00 às 21:00 1 Cadastramento de Materiais: (1) especificação, (2) agrupamento, (3) codificação, (4) normalização, (5) padronização, (6) análise de valor TRIGUEIRO, 2001, cap 03; VIANA, 2000, cap 03 e 04; DIAS, 2019, cap. 03, págs. 192-195; GONÇALVES, 2020, cap 09, págs. 375-388 GURGEL; FRANCISCHINI, 2013, págs. 129-140 2 3 Permitindo que materiais (já previamente cadastrados) possam ser facilmente identificados. Pense nisso dentro de um almoxarifado com um “100” número de peças de reposição e com um nível de diversificação de produtos. 4 Objetiva registrar o item com todas as suas características em um sistema em banco de dados. Uma vez que os dados de cada item de material são inseridos no sistema, o catálogo vai se formando, e, se o sistema for acessado por todos os usuários, o catálogo também vai estar disponível para consultas pelos interessados. Cadastramento de Materiais: objetivo Esse cadastro envolve, em termos gerais, três operações básicas: 1. a inclusão de um item de material no cadastro de materiais; 2. eventuais alterações quando algum elemento tem algumas de suas características modificadas; e 3. a exclusão, quando um item de material não faz mais parte dos materiais utilizados na empresa. 5 (1) Especificação 6 (1) Especificação: definição É o ato ou efeito de descrever as características dos materiais, sendo relevante uma norma para fixar-se condições exigíveis para aceitação e/ou recebimento de matérias-primas, produtos semi-acabados ou produtos acabados tendo-se a finalidade de identificar e distinguir dos similares. 7 (1) Especificação: definição 8 *NB-0: Elaboração de Normas Técnicas (1) Especificação O sucesso do processo depende necessariamente de: 1. Existência de catalogação de nomes, que deve ser padronizada; 2. Estabelecimento de padrões de descrição; 3. Existência de programa de normalização de materiais 9 (1) Especificação: objetivos principais Propiciar facilidades às atividades de coleta de preços, negociação proposta pelo comprador para com o fornecedor, cautela no transporte, identificação, inspeção, armazenamento e preservação dos materiais, mostrando um conjunto de condições destinando-se fixar requisitos e características exigíveis no processo de fabricação e fornecimento de materiais. 10 Ícones de especificação de um smartphone. (1) Especificação: objetivos a) Diminuir nº de itens no estoque; b) Simplificação dos materiais; c) Permite a compra de lotes maiores; d) Diminui o trabalho de compras; e) Diminui os custos de estocagem; f) Maior rapidez na aquisição; g) Evita diversificação de materiais para a mesma aplicação; h) Obtenção de maior qualidade e uniformidade. 11 (1) Especificação: vantagens a) Eliminação de dúvidas na identificação de um material; b) Reduzir o risco de falta de materiais no estoque; c) Permitir compra em grandes lotes; d) Reduzir a quantidade de itens no estoque. 12 13 (1) Especificação: descrição 14 (1) Especificação: descrição 15 (1) Especificação: descrição 16 (1) Especificação: descrição Exemplo de 1 tipo de medida, dentre algumas existentes: Lineares, Superfície, Volume e Massa. 17 (1) Especificação: descrição 18 (1) Especificação: descrição 19 (1) Especificação: descrição 20 (1) Especificação: descrição Viana (2000, págs. 75-77) complementa a explicação anterior apresentando a seguinte estrutura e formação da especificação: A) NOME BÁSICO: trata-se do primeiro termo da especificação EX: a) Lâmpada b) Sabão B) NOME MODIFICADOR: trata-se do termo complementar EX: a) Lâmpada incandescente b) Lâmpada fluorescente c) Sabão em pó d) Sabão líquido C) CARACTERÍSTICAS FÍSICAS: Trata-se de informações detalhadas e referentes às propriedades físicas e químicas dos materiais, tais como densidade, peso específico, granulometria, viscosidade, dureza, resistência etc. 21 D) UNIDADE METROLÓGICA: unidade de controle; E) MEDIDAS: capacidade, potência (HP), frequência (HZ) etc; F) CARACTERÍSTICAS DE FABRICAÇÃO: processo de fabricação, detalhes da construção etc; G) CARACTERÍSTICAS DE OPERAÇÃO: garantias exigidas, testes de aceitação etc; H) CUIDADOS COM RELAÇÃO AO MANUSEIO E ARMAZENAGEM: precauções I) EMBALAGEM: finalidade do material. Tipos...(cont.) (1) Especificação: descrição Elementos Auxiliares: 22 I) EMBALAGEM: finalidade do material. Tipos: i1) caixas de papelão ondulado - baixo custo, leve; i2) tambores metálicos - fácil manipulação e armazenagem, resistência, proteção absoluta, capacidade para reutilização etc; i3) fardos - para grandes volumes, quando o custo final se torna proibitivo para outros tipos de embalagem; i4) recipientes plásticos – utilizados para líquidos e pós, inquebráveis, resistentes à corrosão etc; i5) caixas de madeira – resistentes, baixo custo, boa proteção etc. (1) Especificação: descrição (2) Agrupamento 23 (2) Agrupamento (de sua Classificação) A classificação de materiais é um processo que tem como objetivo agrupar todos os materiais com características comuns. Segundo Fernandes (1981, p.141) classificação pode ser dividida em quatro categorias: 1. IDENTIFICAÇÃO (agrupamento em grupos e subgrupos), 2. CODIFICAÇÃO (alfabética, numérica, alfanúmerica, decimal simplificada ou universal) 3. CADASTRAMENTO e 4. CATALOGAÇÃO. 24 http://pt.wikipedia.org/wiki/Processo (2) Agrupamento (de sua Classificação) Objetivos: • Definir uma catalogação • Simplificação – reduzir a diversidade de um item empregado para o mesmo fim; • Especificação – descrição minuciosa e possibilita melhor entendimento entre o consumidor e fornecedor; • Normalização – ocupa-se da maneira pela qual devem ser utilizados os materiais em suas diversas finalidades; • Padronização – usar a mesma terminologia no peso, medida e formato, e 25DIAS (2009, pág. 169-170) (2) Agrupamento (de sua Classificação) Codificação: Definição É a representação por meio de um conjunto de símbolos alfanuméricos ou simplesmente números que traduzem as características dos materiais, de maneira racional, metódica e clara, para se transformar em linguagem universal de materiais na empresa. 26 Consiste em ordenar os materiais da empresa segundo um plano metódico e sistemático, dando a cada um deles determinado conjunto de caracteres. Da combinação da Codificação e Especificação obtém-se o Catálogo de Materiais da empresa (2) Agrupamento (de sua Classificação) Codificação: Objetivos a) Facilitar a comunicação interna na empresa no que se refere a materiais e compras; b) Evitar a duplicidade de itens no estoque; c) Permitir as atividades de gestão de estoques e compras; d) Facilitar a padronização de materiais; e) Facilitar o controle contábil dos estoques. 27 (2) Agrupamento (de sua Classificação) • Codificação – representar todas as informações necessária, suficientes e desejadas por meio de nº e⁄ou letras com base em toda a classificação obtida do material. • Controla Estoques, • Procedimentos De Armazenagem e • Operacionalização Do Almoxarifado. 28 Agrupamento (de sua Classificação) Os materiais devem ser agrupados (identificados) obedecendo a relação dos grupos e subgrupos previamente definidos (ver apêndice 03 de Trigueiro, que o elaborou de forma didática) Ex: 1 – Grupo – Matérias-primas Subgrupos – Diversos (específicos por empresa) 2 – Grupo – Materiais Diretos de Processo Subgrupos – Diversos (específicos por empresa) 3 – Grupo – Materiais Indiretos do Processo Subgrupos – Diversos (específicos por empresa) 4 – Grupo – Materiais de Embalagem Subgrupos – Adesivos Fitas de aço, grampos e selos Madeiras Papel e papelão Polietilenoe similares Outros materiais de embalagem 5 – Grupo – Ferramentas 6 - Grupo – Materiais Elétricos-Eletrônicos...até 29 – Grupo – Materiais de pintura 29 30 31Trigueiro agrupou os materiais em 29 grupos diferentes. (3) Codificação 32 33 A Adm. De Materiais desenvolveu um sistema de codificação, baseado no Federal Supply Classification – FSC (durante a Segunda Guerra Mundial), permitindo que os materiais pudessem ser facilmente identificados. A Codificação FSC tem ampla divulgação, amplitude universal e estrutura simples. A finalidade é a identificação de “1” entre vários materiais existentes no almoxarifado pela execução de um número, uma letra ou uma combinação de números e letras. TRIGUEIRO (200, pág. 28) Codificação Pela codificação, este material ficará perfeitamente identificado, jamais podendo ser confundido com outro similar. 34 Codificação: objetivos Objetivando: 1. Facilitar a comunicação interna; 2. Evitar a duplicidade de itens no estoque; 3. Permitir as atividades de gestão de estoques e compras; 4. Facilitar a padronização de materiais; 5. Facilitar o controle contábil dos estoques. 6. Permitindo o pleno controle do estoque, de compras em andamento e de recebimento. A codificação alicerça-se em bases técnicas, a partir dos materiais da empresa, e tem por objetivo (1) facilitar a solicitação de materiais por seus códigos, (2) possibilitar a utilização de sistemas automatizados de controle. E permitir o (3) pleno controle do estoque, de (4) compras em andamento e de (5) recebimento. VIANA (2000, pág. 94) 35 Codificação: objetivos 36 Podem ser: Sistema arbitrário: Os itens de materiais recebem seu respectivo código seguindo uma sequência numérica, ou alfa numérica, crescente à medida que são cadastrados, sem qualquer associação de padrão entre o código e o item de material. Codificação: sistemas Sistema simbólico: Os códigos seguem um padrão lógico de acordo com o tipo de material de maneira que através do código é possível identificar alguns aspectos básicos do item como, por exemplo, o grupo ou o subgrupo a que pertencem. Este tipo de codificação facilita a memorização dos usuários do sistema. 37 Um mesmo item de material pode ter vários nomes dependendo do fabricante ou fornecedor deste material. O nome também pode variar de acordo com a região ou idioma do país onde a planta da organização está localizada. Pelo mesmo motivo, itens de materiais similares podem ter nomes diferentes um do outro. Codificação: descrição do material Por isto é importante que o setor de cadastramento de materiais da empresa utilize um mesmo critério de padrão na criação de da descrição do material, inclusive para as abreviaturas utilizadas nesta descrição. 38 A descrição de um material deve apresentar, de forma padronizada, todas as características individuais e particulares do item que o identifiquem dentro da empresa, independente das variações externas de referências comerciais do mercado ou do fornecedor que possam existir. Codificação: descrição do material Não existe, naturalmente, nenhum padrão obrigatório para a elaboração de descrições de itens. Apesar desta não obrigatoriedade, a figura do próximo slide, ilustra um padrão usualmente adotado pelas organizações industriais e frequentemente referenciado nas literaturas técnicas consiste na seguinte composição de nome: 39 Codificação: descrição do material Modelo referência para descrição de material 40 Codificação: descrição do material Descrição padronizada: Deve conter o maior grau de padronização possível dentro da organização. É composta do nome básico “primeiro nome” e do nome modificador “sobrenome” Descrição técnica: Um complemento da descrição padronizada que informa dados relativos aos aspectos físicos, químicos, elétricos e de construção do item de material. Descrição auxiliar: É comum incluir algumas informações auxiliares no final da própria descrição do item, para facilitar algum tipo de verificação ou controle. Exs: tipos de embalagem, unidade de fornecimento (dúzia, litro), código do fornecedor etc Sistema de abreviaturas: Geralmente o campo de impressão de relatórios e documentos é limitado a determinado número de caracteres, obrigando a utilização de abreviaturas. Exs: todos os parafusos terão como descrição sempre a forma abreviada “PF”, então não existirão descrições com a abreviatura “Paraf”, por exemplo. 41 Codificação: descrição do material Exemplos de formação de descrições de materiais 5-42 Alfabética Numérica Alfanumérica Decimal simplificada Codificação: tipos 5-43 Codificação: tipos Os atuais sistemas de informação de gestão de empresas denominados por ERP – Enterprise Resource Planning - utilizam-se exclusivamente do sistema numérico de codificação devido, principalmente a sua facilidade de digitação em teclados numéricos e elaboração de listas por ordem de código de materiais. Convém ressaltar que o número de dígitos utilizados em um sistema de codificação sempre dever ser o mesmo, por exemplo: se um sistema de codificação foi criado com oito caracteres, isto significa que todos os códigos de materiais sempre serão compostos por oito caracteres. Tanto para o sistema arbitrário como para o sistema simbólico, cada código é associado a um arquivo, onde todas as informações e detalhes do material são descritos. 44 Codificação: tipos TRIGUEIRO (2001, pág. 29) 45 Codificação: tipos Existem infinitas maneiras de estabelecer um código para os materiais, desde a numeração arbitrária dos itens à medida que dão entrada no almoxarifado até aqueles que catalogam os materiais segundo uma sequência lógica. E uma codificação é boa quando a simples visualização do código por aqueles que o manuseiam permite identificar, de modo geral, o material, faltando apenas os detalhes para a identificação total, o que será somente obtido consultando-se os catálogos de materiais. 46 Codificação: tipos VIANA (2000, pág. 94; TRIGUEIRO, 2001, pág. 30 e 31) Então, observa-se que da combinação Codificação e Especificação obtém-se o Catálogo de Materiais da empresa, ferramenta fundamental para o exercício das atividades dos funcionários envolvidos nos procedimentos de gestão de estoque, compras e armazenagem. 47 Codificação: tipos Em geral, os Planos de Codificação seguem o mesmo princípio, dividindo os materiais em grupos e classes: 1) AGLUTINADOR ou GRUPOS ou CONJUNTOS GENÊRICOS: designa a família, o agrupamento de materiais, com numeração de 01 a 99; 2) INDIVIDUALIZADORA ou SUBGRUPOS ou CLASSE: identifica os materiais pertencentes à família do subgrupo, numerando-os de 01 a 99; 3) DESCRITIVA ou NÚMERO IDENTIFICADOR, ou MATERIAIS: qualquer que seja o sistema, há necessidade de individualizar o material, o que é feito a partir da faixa de 001 a 999, reservada para a numeração correspondente de identificação; 4) DÍGITO DE CONTROLE ou VERIFICADOR: para os sistemas mecanizados, é necessária a criação de um dígito de controle para assegurar confiabilidade de identificação pelo programa. VIANA (2000, pág. 94; TRIGUEIRO, 2001, pág. 30 e 31) 48 O Sistema de Codificação selecionado deve possuir as seguintes características: 1. Expansivo: o sistema deve possuir espaço para inserção de novos itens e para a ampliação de determinada classificação. 2. Preciso: o sistema deve permitir somente um código para cada material; 3. Conciso: o sistema deve possuir o mínimo possível de dígitos para definição dos códigos; 4. Conveniente: o sistema deve ser facilmente compreendido e de fácil aplicação; 5. Simples: o sistema deve ser de fácil utilização. Codificação: tipos VIANA (2000, pág. 95) 49 Sistema de Codificação Alfabética Consiste em utilizar letras ou combinações de letras para identificação simbólica dos materiais: RM – Régua de Madeira RM⁄A – Régua de Madeira de 30 cm Pode ser adotado de acordo com oporte e característica da empresa. É pouco usado por ser difícil de memorizar e possuir pouca possibilidade de, com o crescimento do número de itens, continuar a ser aplicado. TRIGUEIRO (2001, pág. 29) 50 Sistema de Codificação Numérica É aquele que, utiliza numeral arábico para a identificação de cada elemento de classificação. Ex: o material de código 670.001 que corresponde a “régua de madeira de 50 cm” Sua aplicação é um pouco mais utilizada que a alfabética, por sua facilidade de concepção, bem como ao grande nº de materiais que poderão ser codificados. TRIGUEIRO (2001, pág. 29) 51 Sistema de Codificação Alfanumérica POZO (2001, pág. 184) O sistema caracteriza-se pela combinação de letra com algarismos. As letras antecipam-se aos números, podendo indicar grupos de materiais da mesma característica ou mesmo a letra inicial da denominação do material codificado pelo número. Contudo, “esse método é de difícil memorização e correspondência de seu código com o materiais, sendo pouco usado” Ex: RM/620 RM – Régua de Madeira RM/620 – Régua de Madeira 30 cm Muito utilizado em nosso país, principalmente para codificação de veículos 52 Sistema de Codificação Numérica O Sistema Numérico, ou Decimal, como também é chamado, é o mais utilizado e o melhor método de codificar os materiais e bens patrimoniais, em razão da sua simplicidade e de sua infinita possibilidade de informações POZO (2001, pág. 184) 12 DÍGITOS 53 Sistema de Codificação Numérica POZO (2001, pág. 184) 54 Sistema de Codificação Numérica POZO (2001, pág. 184) 55 O Sistema de Codificação Numérico ou Decimal Esse tipo de codificação divide o universo dos materiais em grandes grupos, de acordo com o campo de emprego, numerando-os de 01 a 99. Os grupos são divididos em subclasses (por tipo de equipamento ou tipo de material) numerando-os de 001 a 999. A última sequência de três dígitos (001 a 999) para identificar o item em sua subclasse VIANA (2000, pág. 95) O Sistema de Codificação Numérico ou Decimal • Ex: • Rolamento SKF 6303 – 2Z, de 17 x 47 x 14 mm (001) (194) • Classe do rolamento = 59 • Subclasse para rolamento fixo de uma carreira de esferas = 001 • Nº identificador desse rolamento na subclasse = 194 • Código do rolamento = 59.001.194 (xx – xxx – xxx) 56 VIANA (2000, pág. 95) 57 O Sistema de Codificação Decimal Simplificada •Mais utilizado, procura identificar os seus: ❑ conjuntos genéricos (grupos) e os ❑subconjuntos dos conjuntos genéricos (subgrupos), ❑bem como seus respectivos elementos (materiais), por sequências numéricas individuais. •Assim a Codificação Decimal Simplificada compõe-se de três chaves principais: 8 DÍGITOS TRIGUEIRO (2001, pág. 30) 58 O Sistema de Codificação Decimal Simplificada Assim a CDS compõe-se de três chaves principais: PRIMEIRA CHAVE: (aglutinadora) é por vezes denominada de “chaves dos grupos”. Exs: matérias-primas, material secundário, materiais de embalagem, material de expediente, material de manutenção etc. TRIGUEIRO (2001, pág. 30) SEGUNDA CHAVE: (individualizadora) identifica quais são os materiais que estão contidos no grupo. Exs: Grupo de matéria prima: madeira, aço, tecido Grupo material secundário: prego, tinta, linha Grupo material expediente: lápis, papel TERCEIRA CHAVE: (descritiva) serve para identificar o material codificado, dado as características específicas, assim é a chave que individualiza e descreve o material tornando-o inconfundível. DÍGITO VERIFICADOR ou INDICADOR – exprime o campo de emprego do material identificado pelos oito dígitos ou algarismos anteriores. 59 O Sistema de Codificação Decimal Simplificada TRIGUEIRO (2001, pág. 31) Assim, para requisitarmos ou identificarmos Borracha para máquina, bastaria usar o código: XX.XX.XXX – X => 18.00.004.4 Sobre o Dígito Verificador: Por exemplo, o número 1 indica que o material é padrão para toda a organização da empresa. O número 6 que o material não é padrão e o seu estoque não deverá ser renovado, sendo a sua finalidade preenchida por um material padrão. O número 9 que o material é padrão apenas para determinada unidade da empresa. 60 Material: Chave estrela, 1 boca, 30 mm Código: 6.13.31.0030 Sendo: 6 – Ferramentas em geral 13 – Chaves estrela 31 – 1 boca 30 – 30 mm Esses sistemas de codificação têm diversas formas de codificar, como foi visto ao longo desta aula. 61 Como já mencionado, o número de algarismos que compõem o código pode variar de empresa para empresa e de sistema para sistema. Pode haver tantos subgrupos quantos forem necessários e definidos pela empresa. Geralmente os códigos simbólicos em no máximo um grupo e um ou dois no máximo de subgrupos. O número sequencial pode apresentar uma só sequência independente do grupo e subgrupo do item ou iniciar uma nova sequência a partir do zero para cada conjunto de grupo e subgrupo. 62 Cálculo do dígito verificador O digito verificador é um número gerado automaticamente através de um algoritmo pré-estabelecido no sistema. O dígito verificador gerado é então incorporado ao código do item de material, geralmente no final. O digito verificador tem por função reduzir ao máximo possíveis erros de digitação, pois se o conjunto de números digitados não coincidir com o digito verificador, o sistema alerta o usuário. São vários os algoritmos para cálculo do dígito verificador. 63 Primeiro modelo de cálculo do dígito verificador 1. Atribuir o valor nove para o último dígito do código 2. Decrescer o valor nove até o primeiro dígito do código 3. Multiplicar cada dígito pelo valor decrescente correspondente 4. Somar os valores obtidos pela multiplicação 5. Dividir o valor da soma por onze 6. O dígito verificador será o segundo número do resto da divisão Exemplo: Calcular o dígito verificador do código: 570202 64 Exemplo de plano de codificação Uma empresa do ramo metalúrgico criou o seguinte plano de codificação simbólica de materiais, utilizando nove algarismos no total. Grupo: Cada grupo possui dois algarismos permitindo a criação de até 100 grupos (de 00 a 99) Subgrupos: também foram destinados dois algarismos para os subgrupos, desta forma cada grupo de material poderá ter até 100 subgrupos. Número sequencial: foram destinados quatro dígitos para cadastro dos itens de cada subgrupo, a cada subgrupo a numeração inicia novamente do zero, desta foram pode-se cadastrar até 9999 itens em cada subgrupo de material. 65 Montagem de um Plano de Codificação Em face do entendimento dos produtos existentes, selecionamos (VIANA, 2000, pág. 103) uma empresa do ramos de farmácia, adotando um sistema de codificação composto por três grupamentos de dígitos, a saber: ✓1º grupamento: grupo; ✓2º grupamento: classe; ✓3º grupamento: descrição efetiva do material. Definidas as preliminares, seguem-se as três etapas de elaboração. ❑1º etapa: identificar os grupos de materiais da empresa; ❑2º etapa: identificar as classes de materiais pertinentes aos grupos já identificados; ❑3º etapa: identificar por sequência numérica grupos e classes. 66 Montagem de um Plano de Codificação (4) Normalização 67 68 Normalização: vantagens Em termos de empresa, destacam-se: simplificação, intercambialidade, comunicação, adoção racional de símbolos e códigos, economia geral, segurança, defesa do consumidor etc. E as vantagens técnicas: a) Menor tempo utilizado no planejamento b) Maior segurança e menor possibilidade de diferenciações pelo uso de produtos normalizados c) Menor possibilidade de falhas técnicas na seleção d) Economia de tempo para o processo técnico de produção e) Etc. 69 Normalização: definição É a classe de norma técnica que constitui um conjunto metódico e preciso de preceitos destinados a estabelecer regras para execução de cálculos, projetos, fabricação, obras, serviços ou instalações, prescrever condições mínimas de segurança na execução ouutilização de obras, máquinas ou instalações, recomendar regras para elaboração de outras normas e demais documentos. (ABNT) As normas diferem quanto à forma e ao tipo. Os tipos: 1. Procedimento ou norma propriamente dita; 2. Especificação; 3. Padronização; 4. Método de ensaio; 5. Terminologia; 6. Simbologia; 7. Classificação. 70 Normalização: níveis e princípios Níveis de elaboração ou aplicação: a) individual; b) de empresa; c) de associação; d) nacional; e) regional f) internacional Princípios: I. É essencialmente um ato de simplificação; II. É uma atividade social, bem como econômica, e sua promoção deve ser fruto de cooperação mútua de todos os interessados; III. A simples publicação de uma norma tem pouco valor, ao menos que seja aplicada; logo, a aplicação pode acarretar sacrifícios de poucos para o benefícios de muitos. (5) Padronização 71 72 Padronização: definição Definição: “É a classe de norma técnica que constitui um conjunto metódico e preciso de condições a serem satisfeitas, com o objetivo de uniformizar formatos, dimensões, peso ou outros elementos de construção, materiais, aparelhos, objetos, produtos industriais acabados, ou ainda, de desenhos e projetos” (ABNT) Logo, na área de materiais, pode-se entender padronização como sinônimo de simplificação. 73 Padronização: objetivos Objetivos: a) Diminuir o numero de itens no estoque; b) Simplificação dos materiais: eliminar os tipos ineficientes; c) Permitir a compra em grandes lotes: redução do numero de itens; d) Diminuir o trabalho de compras; e) Diminuir os custos de estocagem; f) Reduzir a quantidade de itens estocados: redução do número de variedades; g) Adquiri materiais com maior rapidez; h) Evitar a diversificação de materiais de mesma aplicação; i) Obter maior qualidade e uniformidade. 74 Padronização: vantagens I. Reduzir o risco de falta de materiais no estoque; II. Permitir compras em grandes lotes; III. Reduzir a quantidade de itens no estoque. (6) Análise de Valor 75 76 Análise de Valor: definição Recursos sistemático para conseguir redução de custos mediante a utilização de certas técnicas básicas e de um trabalho planejado para desenvolver novos meios de obtenção da mesma função por menores gastos. A atividade consiste na análise preliminar da especificação e/ou desenho do material que se deseja comprar, utilizando o conhecimento da tecnologia de fabricação e providenciando a alteração da especificação ou revisão do projeto, com o objetivo de obter maior desempenho do material, menor custo de fabricação ou preço final da compra, adequação ao mercado fornecedor ou , ainda, nacionalização 77 Análise de Valor: vantagens Beneficio Não Quantificáveis: Engenharia de produtos Engenharia industrial Engenharia de ferramentas Manufatura Programação Compras Assistência técnica Controle da qualidade Beneficio Não Quantificáveis: a. Quanto ao material; b. Quanto ao processo; c. Peças normalizadas para itens especiais; d. Número de componentes; e. Peso; f. Custo de documentação; g. Ferramental; h. Tempo total entre emissão da compra e entrega do material; i. Economia final.
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