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E-book 4 Andréa Martins SISTEMAS OPERACIONAIS Neste E-Book: INTRODUÇÃO ���������������������������������������������� 3 ARQUIVOS ����������������������������������������������������4 Promovendo a organização de Arquivos ������������ 11 MODOS DE ACESSO AOS DADOS������� 14 Operação de entrada e saída �������������������������������15 Atributos ���������������������������������������������������������������17 DIRETÓRIOS �����������������������������������������������20 Estrutura dos Diretórios ���������������������������������������21 ALOCAÇÃO DE ESPAÇO EM DISCO ���� 25 CONSIDERAÇÕES FINAIS ���������������������� 32 SÍNTESE ������������������������������������������������������� 33 2 INTRODUÇÃO Nosso último módulo de estudos traz assuntos muito pertinentes, que abrem ainda mais nossos horizontes sobre os sistemas operacionais� Vamos aprender um pouco mais sobre o gerenciamento de arquivos, as formas mais eficientes de fazer esse gerenciamento, e os desdobramentos dos arquivos� Estudaremos, ainda, sobre os diretórios e entender como funciona o processo que organiza arquivos e diretórios. Por fim, vamos descobrir um pouco mais sobre o universo das técnicas de alocação mais usa- das, para que consigamos gerenciar de forma efetiva os arquivos e diretórios do sistema operacional� Vamos começar? 3 ARQUIVOS Quando falamos sobre sistemas operacionais, lembramos, na hora, de arquivos, não é? O sistema operacional da sua máquina, não importa qual seja, vem repleto de arquivos, de pastas que organizam a inteligência do computador� O gerenciamento dos ar- quivos é executado pelo sistema operacional e isso facilita muito a utilização dos arquivos por partes dos usuários� Uma parcela do sistema operacional presente na máquina tem a função de gerenciar os arquivos e essa é, provavelmente, a parte com maior visibilidade dentro de um S�O� Isso se dá pelo fato de que os usuários, frequentemente, mexem nos arquivos presentes no sistema operacional� Para que essa gerência de arquivos seja realmente otimiza- da, foram desenvolvidas metodologias de acesso e também técnicas eficazes para a alocação. Quando nos referimos aos arquivos presentes em um computador, estamos, na verdade, fazendo alu- são a uma série de informações que estão logica- mente armazenadas em vários dispositivos� E essas informações podem estar alocadas no banco de dados do computador ou em programas que estejam instalados na máquina� De forma geral, um arquivo possui informações que conseguem ser compreendidas pelo processador (executável) ou pode ainda ter dados que podem ser editados e manipulados pelos usuários� A esses arquivos damos o nome de arquivos de dados� Os 4 arquivos podem, também, conter outros tipos de informações, com variados tipos de arquivos e de extensões� SAIBA MAIS: Vamos entender um pouco mais sobre as fun- cionalidades do banco de dados SQL? Acesse o vídeo abaixo para obter mais informações� h t t p s : / / w w w . y o u t u b e . c o m / watch?v=Ofktsne-utM Podemos armazenar os arquivos nos dispositivos mais variados existentes hoje no mercado� Já co- mentamos sobre alguns desses drivers anteriormen- te, você se lembra? Caso negativo, vamos relembrar alguns dos lugares em que os arquivos podem estar alocados: ● Discos rígidos ● Discos externos ● Discos ópticos ● Pendrives ● CDs e DVDs Contudo, o mais importante não é exatamente onde os arquivos estejam armazenados, mas o que o sis- tema operacional faz depois que os arquivos são armazenados: o S�O� isola cada um dos arquivos com a finalidade de que todos mantenham a inte- gridade e para que eles sejam independentes entre 5 https://www.youtube.com/watch?v=Ofktsne-utM https://www.youtube.com/watch?v=Ofktsne-utM si, criando um ambiente onde vários arquivos po- dem estar alocados, sem que um interfira no outro. Vamos imaginar que o sistema da sua máquina seja o Windows, que, como dissemos anteriormente, é o mais popular do mundo. Os arquivos ficariam divi- didos mais ou menos como mostra a figura abaixo: Sistema Operacional Sistema de Arquivos Arquivos Figura 1: Sistema de armazenamento de arquivos Windows. Fonte: Adaptado de TechTudo. Podemos realizar a identificação de arquivos por meio de um nome e de uma extensão� O nome tem a finalidade de identificar os arquivos, enquanto a extensão o classifica de acordo com o conteúdo que tem dentro dele� Saberemos, por exemplo, se um arquivo é uma imagem pela extensão – que, pro- vavelmente, será jpg� Vamos conhecer as principais categorias de arquivos? Observe o quadro abaixo: Podcast 1 6 https://www.techtudo.com.br/dicas-e-tutoriais/noticia/2016/02/entenda-o-que-e-sistema-de-arquivos-e-sua-utilidade-no-pc-e-no-celular.html https://famonline.instructure.com/files/411974/download?download_frd=1 CATEGORIA EXTENSÃO DESCRIÇÃO Executável �exe Quando um arquivo tem essa extensão, significa que ele é, na verdade, um programa� Esse tipo de arquivo tem privilégios dentro do S�O�, ou seja, no mo- mento em que percebe um �exe, o S�O� faz a sua alocação na memória� Um �exe pode instalar programas na sua máquina e pode ser um vírus também� Outras extensões executáveis bastante comuns são �bat e �com� Áudio �wav Essa sigla significa que o arquivo de áudio é digital e não possui compactação� Áudio �mp3 Essa é a extensão mais popular e isso acontece porque ela tem a capacidade de fazer a compressão de um arquivo de áudio, como o �wav, diminuindo seu tamanho em até 90% e isso acontece porque o �mp3 elimina do arquivo frequências inaudí- veis aos ouvidos humanos� Áudio �vma Essa é uma extensão bastan- te parecida com a �mp3, e foi desenvolvida pela Microsoft� Ela ganhou fama porque é compa- tível com o sistema Windows Media Player, que é o leitor de áudio do Windows, o mais popular do mundo� Dá para per- ceber o motivo que fez com que essa extensão ficasse popular não é? 7 CATEGORIA EXTENSÃO DESCRIÇÃO Áudio �aac Essa extensão foi desenvolvida pela Apple com a intenção de competir com o �vma desenvol- vido pela Microsoft� Ele realiza a compressão de arquivos por meio de um codec de vídeo DivX� Vídeo �avi AVI é a sigla de Audio e Video Interleave, essa extensão também foi desenvolvida pela Microsoft e faz a combinação de áudio e vídeo, sendo ampla- mente reproduzido pelos apa- relhos de mídia e também pelos aparelhos e DVD� Assim como a extensão de áudio da Apple, essa também usa o codec DivX, que tem alto poder de compri- mir arquivos� Vídeo �mpg Essa extensão foi desenvolvida pelo Moving PictureExperts Group, que é, na verdade, a sigla da extensão� Trata-se de um tipo de padrão de compressão e possui alta qualidade� Vídeo �mov Esse é o formato criado pela Apple e executado pelo player QuickTime� Imagem �bpm Esse é um dos formatos mais populares entre as extensões de imagens, o mapa de bits ou bitmap. Apresenta a imagem sem perdas e também ausência de compressão; a desvantagem desse formato, claro, fica por conta do tamanho das imagens que, sem compressão, não apresentam perdas, mas ficam muito grandes em termos de espaço� 8 CATEGORIA EXTENSÃO DESCRIÇÃO Imagem �gif Gif é a abreviação de Graphics Interchange Format, possui similaridades com a extensão �bpm e é bastante usada na internet� Esse tipo de extensão é muito utilizado em sites� O grande ponto de destaque dos �gifs é que permite animações e também permitem a utilização de fundos transparentes� Imagem �jpeg ou �jpg Essa sigla significa Join Photographic Experts Group, e essa extensão tem como destaque a alta compressão de dados� Ele compacta imagens em blocos de 8x8, deixando o arquivo muito mais leve que um �bmp� Imagem �png Essa extensão surgiu porque os algoritmos usados pelos GIFs tinham patentes e isso tornava seu uso mais caro� Compactadores �zip Essa é uma extensão bastante popular e pertence ao compac- tador de arquivos Winzip� Compactadores �rar Bastante popular, ocupa o segundo lugarno ranking dos arquivos de compactação� Documentos �txt É um arquivo de texto simples, caracterizam-se pela leveza e por sua capacidade de serem visualizados em todos os siste- mas operacionais� Documentos �doc ou �docx Essa extensão pertence ao editor de textos da Microsoft, o MS Word� Documentos �xls ou �xlsx Também pertence à Microsoft e faz parte do editor de planilhas da marca, o MS Excel� 9 CATEGORIA EXTENSÃO DESCRIÇÃO Documentos �ppt ou �pptx Também de propriedade da Microsoft, essa extensão faz parte dos arquivos em slides do MS Power Point� Documentos �pdf Essa extensão foi criada pela Adobe e dá segurança aos documentos, pois não permite edições� Pode ser lida por dife- rentes padrões de programas� Documentos �rtf Essa sigla se refere ao RichText Format (em português, formato de texto rico), que foi desenvol- vido pela Microsoft e permite que o documento viaje por dife- rentes aplicativos, mantendo a formatação e integridade� Documentos �odf A sigla que significa Open Document Format for Office Applications é um tipo de arquivo que tem como função promover o armazenamento e também o intercâmbio de do- cumentos em empresas, como textos, planilhas, base de dados, desenhos, entre outros� Tabela 1: Principais categorias de arquivos. A imagem a seguir nos permite a visualização das extensões que acabamos de estudar: 10 JPG XLS DOC ZIP RAR PNG EPS HLP GIF WAV HTML MOV PDF AVI MP3 </> Figura 2: Visualização das extensões. Fonte: Aprenda Informática Fácil. Promovendo a organização de Arquivos Quando falamos de organizar arquivos dentro de um sistema operacional, estamos nos referindo à forma como esse sistema irá realizar o armazenamento dos dados internamente, ou seja, como os dados ficarão alocados dentro do banco de dados. Quando criamos um arquivo ou mesmo quando esse arquivo é gerado pelo computador, pode-se definir, além da extensão (no caso do arquivo ser de nossa autoria), como esse arquivo será alocado no sistema� Isso pode ser realizado por meio de uma base que consegue ter suporte no sistema operacional ou que 11 https://www.aprendainformaticafacil.com.br/2013/06/extensao-de-arquivos-identificar-e.html https://www.aprendainformaticafacil.com.br/2013/06/extensao-de-arquivos-identificar-e.html terá seu destino de armazenamento definido através da aplicação ou do uso que representa� Uma forma bastante simples e comum de organi- zar os arquivos e promover seu armazenamento é fazendo uma sequência desestruturada de bytes, dessa maneira, não haverá estrutura lógica para os dados e, por isso, quem definirá a forma como esses arquivos serão organizados será a própria aplicação. A figura abaixo nos mostra a visualização de como seria esse arquivamento dentro do siste- ma operacional� Podemos destacar três modelos: byte sequence (representado pela letra A), o record sequence (representado pela letra B), e o tree (re- presentado pela letra C): (a) (b) 1 Byte 1 Record Ant Fox Pig Hen Ibis Lamb Cat Cow Dog Pony Rat WormGoat Lion Owl Figura 3: Modelo de organização de arquivos. 12 Sistemas operacionais diferentes podem promover diferentes modos de organização de arquivos, pois cada um seguirá o que está programado no próprio código� As mais comuns e utilizadas pelas empresas são: sequencial, relativa e indexada� SAIBA MAIS Vamos aprender um pouco mais sobre a estru- tura de arquivamento? Acesse o vídeo abaixo e aumente ainda mais seus conhecimentos: Link do vídeo� 13 https://slideplayer.com.br/slide/42708 https://slideplayer.com.br/slide/42708. MODOS DE ACESSO AOS DADOS Quando criamos modos de realizar o acesso aos dados, precisamos considerar a maneira como esses arquivos foram organizados dentro do sistema ope- racional� Depois que reconhecermos a metodologia de acesso, poderemos saber quais ferramentas o sistema operacional possui para realizar a recupe- ração de arquivos� A seguir, demonstramos algumas dessas formas: ● Acesso sequencial: quando surgiram os primeiros sistemas operacionais, o arquivamento era reali- zado por meio de fitas magnéticas; dessa forma, o acesso era totalmente restrito à forma de leitura, obedecendo à sequência em que foram gravados� ● Acesso direto: a evolução substituiu as fitas mag- néticas pelos discos magnéticos, que trouxeram consigo formas de acesso mais eficientes. Uma dessas maneiras é o acesso direto, que permite a leitura ou gravação de um registro único ou espe- cífico em sua posição, e tudo isso por meio de um número de registro� Outra vantagem desse modo é que permite aos arquivos serem gravados e lidos sem qualquer restrição� ● Acesso por chave ou indexado: esse método pode ser considerado um dos melhores, é bem pensado e projetado, e sua base se caracteriza pelo acesso direto� O arquivo precisa ter uma área de índice em que possam existir ponteiros para outros registros 14 também� A partir desse modelo, podemos fazer o acesso direto aos dados� Operação de entrada e saída Podemos considerar que as operações de entrada e saída são de grande importância quando estamos falando de processos de comunicação entre dispo- sitivos e programas� Vamos entender como esse processo funciona? Imagine que temos um sistema de arquivos (que já estudamos anteriormente, lembra-se?), e que esse conjunto de arquivos possui uma série de chama- das do sistema, que são conhecidas pelo nome de system calls; essas chamadas possibilitam que as operações do computador realizem tarefas de en- trada e saída de dados, por exemplo, transformação de nomes em endereços, gravação e leitura de qual- quer dado, possibilidade de criar novos arquivos e também de deletá-los, etc� Dessa forma, a system calls tem como principal tarefa a criação de uma interface de fácil acesso, intuitiva e que possui uniformidade entre as aplica- ções que estão sendo executadas e os dispositivos que existem no computador� Vamos analisar como isso funciona dentro do sistema operacional? A fi- gura abaixo nos mostra o fluxo que os dados per- correm dentro de um sistema operacional; é possível 15 acompanhar todo o processo até os dispositivos de entrada e saída: Dispositivo s de E/S Dispositivos de Armazenamento RAID Interrupções HardwareMemória Sistema Operacional Drivers Outros Dispositivos é composto por vários gerencia realiza trata é um interage abstraem transfere dados são são tipos de Figura 4: Rota da informação nos dispositivos de E/S. Fonte: Wikibooks. FIQUE ATENTO Para aprender um pouco mais sobre o assunto, clique no link abaixo: Link do vídeo� 16 https://pt.wikibooks.org/wiki/Sistemas_operacionais/Ger%C3%AAncia_de_dispositivos_de_entrada_e_sa%C3%ADda https://www.youtube.com/watch?v=fxoD0h4lj88 Atributos Podemos considerar que atributos são informações que controlam o sistema e suas atividades dentro do sistema operacional sobre variações, pois eles dependem do sistema operacional que está sendo executado na máquina� Alguns desses atributos possuem, quase sempre, formato padronizado de tamanho, criação, data, entre outros itens� Quando um atributo é gerado por meio da criação de um arquivo dentro do sistema operacional, não conseguiremos realizar nenhuma modificação; ou- tros atributos, no entanto, podem ser alterados, mas somente pelo sistema operacional� De forma ampla, podemos dizer que os atributos são campos de informações que estão dentro de um ar- quivo, sem necessariamente fazer parte dele; dessa forma, os atributos não contribuem para aumentar o tamanho do arquivo� Imagine que você está pre- enchendo um cadastro de clientes e esse cadastro possui vários campos, como: nome, endereço, e- -mail, etc� Cada um desses campos é um atributo do arquivo, mas não pertence a ele, pois, quando gerarmos o cadastro, esses campos não estarão nele, apesar de pertencerem a ele� Dessa maneira, podemos sempre mudar os dados dentro do arquivo para realizar o cadastro de um novo cliente, mas não poderemos alteraros campos, deletá-los, ou incluir novos, porque esses atributos foram designados pelo programador no momento da concepção do 17 arquivo e, por isso, o usuário consegue editar as informações, mas não consegue editar os campos� O sistema operacional utilizará os atributos para realizar algumas tarefas, como saber qual o tama- nho do arquivo, tipo de arquivo, em qual data ele foi gerado, etc� Vamos visualizar esses atributos na figura abaixo. Repare que os campos não podem ser alterados, mas podemos editar as informações que estão dentro deles� Figura 5: Atributos de arquivos. Fonte: Haiku-OS. Existem algumas classes de atributos que conse- guem ser editados pelos usuários, entre eles des- tacamos: tamanho, senha, forma de proteção, entre outros, A tabela a seguir nos mostra alguns atribu- tos fundamentais no sistema de arquivos existente dentro do sistema operacional: Podcast 2 18 https://www.haiku-os.org/docs/userguide/pt_BR/attributes.html https://famonline.instructure.com/files/411977/download?download_frd=1 ATRIBUTOS DE ARQUIVOS ATRIBUTOS DESCRIÇÃO Tamanho Mostra que tamanho o arquivo possui Proteção Especifica qual o código de proteção Dono Mostra quem criou o arquivo Criação Especifica o momento em que o arquivo foi gerado Backup Identifica hora do último backup Organização Registro lógico de arquivos Senha Identifica se o arquivo possui senha para acesso Tabela 2: Atributos de arquivos. Elaboração própria. 19 DIRETÓRIOS Para conseguir organizar todos os arquivos que es- tão presentes em um sistema, o S�O� cria diretórios, que são a forma mais prática de manter todos os arquivos presentes no disco rígido da máquina, or- ganizados e prontos para serem acessados quando o usuário quiser� Dessa maneira, podemos entender um diretório como uma estrutura composta por dados, e que esses arquivos sempre contêm uma entrada que está diretamente associado a ele; por exemplo, nome do arquivo, extensão do arquivo, onde ele está lo- calizado, data da criação do arquivo, entre outras informações� Quando o usuário clica em um arquivo para abri-lo, o sistema operacional imediatamente busca a entrada desse arquivo na sua estrutura básica de diretórios, onde se encontram armazenadas as informações relativas ao arquivo, essas informações ficam guar- dadas em uma tabela, que o sistema mantém em sua memória principal� A estrutura de um diretório dentro de um sistema operacional Windows tem o design da figura abaixo (lembrando que detalhes podem mudar, de acordo com a versão que está instalada na máquina do usuário). A figura demonstra como o Windows organiza seus diretórios, desde o diretório raiz, passando pelos diretórios criados pelo sistema operacional e terminando nos diretórios criados para organizar os arquivos dos usuários� Como podemos 20 observar, todos os diretórios estão dentro do disco rígido do computador, onde ficam armazenados: Figura 6: Diretório Windows. Fonte: IF-Sul. Estrutura dos Diretórios Como estudamos anteriormente, quando falamos da evolução dos sistemas operacionais, a capaci- dade de armazenamento dos sistemas operacionais modernos é bastante grande, o que faz com que os computadores atuais tenham centenas de arquivos enormes, armazenados nos terabytes que o disco rígido possui e, claro, uma estrutura desse tamanho e com essa complexidade precisa ser gerenciada de forma precisa. Se não fosse o gerenciamento eficaz dos sistemas operacionais, poderíamos demorar 21 http://uab.ifsul.edu.br/tsiad/conteudo/modulo1/sop/ub/at5/01.html horas para conseguir acessar um arquivo� Esse ge- renciamento se organiza da seguinte forma: ● Primeiramente, o sistema se subdivide em parti- ções (ou volumes), ou seja, em partes menores, que podem ser gerenciados mais facilmente� A maioria dos discos presentes nos sistemas operacionais possui, pelo menos, uma partição ou volume� Essa partição é uma espécie de estrutura de baixo nível, em que o sistema armazena os arquivos, dados e diretórios� ● As partições existem para fornecer diversas áreas de armazenamento em um único disco rígido, mas o sistema consegue gerenciar cada uma dessas partes de forma separada� ● Podemos enxergar o diretório como uma tabela com símbolos, que ligam os nomes de arquivos a entradas de diretórios� Diretórios são estruturas muito importantes dentro do sistema operacional e, para que possamos com- preender ainda mais essa estrutura, vamos conhecer agora as principais implementações estruturais dos diretórios: ● Nível único: O single level directory é tido como uma implementação bastante simples, talvez seja o mais simples dentro do sistema operacional� Como o próprio nome diz, temos apenas um diretório, que é responsável pelo gerenciamento correto de todos os arquivos que estão dentro do sistema operacional� Apesar de sua aparente simplicidade e facilidade de acesso, o nível único tem grandes limitações e, entre 22 outras coisas, não permite que nenhum usuário crie arquivos com nomes iguais, pois isso geraria um conflito entre os arquivos de mesmo nome. A figura abaixo nos mostra a visualização desse processo: Diretórios Identificação Proteção Organização Localização Atributos Arquivos Figura 7: Estrutura do diretório Único. ● Diretórios de Arquivos de usuários: O user file directory – UFD é uma estrutura que possibilita ao sistema criar um diretório único para cada usuário� Dentro desse diretório próprio do usuário é pos- sível ao usuário criar arquivos e nomeá-los como quiser, característica bastante diferente do modelo anterior� Para que o usuário consiga acessar dados dentro desse sistema operacional é imprescindível a criação de um nível adicional que possibilite o controle direto dos diretórios individuais dos usu- ários� A esse comando damos o nome de Master 23 File Directory (MFD); esse arquivo é tem link direto com os dados de acesso do usuário e, portanto, só pode ser acessado por ele� Podemos entender essa estrutura como parecida com a estrutura de uma árvore, sendo o MDF a raiz dessa árvore e a UFD, os galhos ou as folhas� Dessa maneira, quando faze- mos referência a um arquivo, precisamos designar um nome e o diretório onde ele ficará armazenado. A esse caminho damos o nome de path. Dentro do sistema operacional Linux, a estrutura dos diretó- rios terá o design da figura a seguir: Usuário 1 Usuário 2 Usuário 3 Usuário n Arquivo 1 Arquivo 2 Arquivo 3 Arquivo 1 Arquivo 2 Arquivo 3 User File Directory (UFD) Arquivos Master File Directory (MFD) Arquivo 1 Figura 8: Estrutura de diretórios de dois níveis. Fonte: Doc Player. 24 https://docplayer.com.br/15062450-Sistema-de-arquivos-sistemas-de-arquivos.html ALOCAÇÃO DE ESPAÇO EM DISCO Quando pensamos na criação de arquivos, imedia- tamente somos remetidos à ideia de espaço em dis- co, pois, sem ele é impossível armazenar qualquer arquivo� Para que a o processo de criar arquivos seja viável para o sistema operacional, esse sistema precisa ter garantia de controle de quais áreas do disco estarão livres, pois somente assim conseguirá armazenar� Esse tipo de controle é viabilizado por uma estrutura de dados que é gerada pelo sistema operacional, independentemente de qual seja ele� E essa estrutura geralmente vem em formato de lista ou de tabela� Essa tabela precisa estar sempre com as informações atualizadas, pois somente assim é possível gerenciar o espaço livre� Vamos conhecer as principais técnicas de gerencia de espaço em disco? ● Alocação contígua: A técnica de alocação contí- gua tem como meta realizar a organização de um arquivo em forma de blocos, que ficam alocados de maneira vertical e sequencial dentro do disco rígido� A localização dos arquivos nesse tipo de alocação é bastante simples: o sistema consegue saber a exata localização de um determinado arquivo pelo seu endereço, que fica gravado no primeiro bloco e, também, ao longo de toda sua extensão� Sua prin- cipal característicaé o acesso bastante simples; mas possui também itens que tiram sua atrativi- 25 dade, como o fato de fazer a alocação de arquivos novos apenas em espaços livres� Isso faz com que o sistema tenha que gerar uma grande quantidade de espaços livres; e esse tamanho precisa ser igual ou até mesmo maior que o tamanho necessário que o arquivo precisa para ser armazenado� Observe na imagem abaixo a exemplificação desses blocos; note que existem blocos que já estão preenchidos e, por isso, o sistema busca a criação de novo blocos para armazenar o conteúdo. Na imagem fica clara a desvantagem que o sistema apresenta, pois o disco apresenta grande quantidade de espaços livres entre os blocos, o que se torna um problema: 26 diretório contador correio lista 4 8 12 arquivo contador tr correio lista f início 0 14 19 28 6 tamanho 2 3 6 4 2 5 9 13 25 2 10 18 26 3 11 19 27 0 1 6 7 16 17 14 15 20 21 22 23 24 28 29 30 31 Figura 9: Alocação contígua. Ainda falando da alocação contígua, uma situação bastante corriqueira nesse tipo de armazenamento é que o sistema pode mostrar vários espaços que se encontram livres e, por isso, têm a possibilidade de serem ocupados� E, para que o sistema seja capaz de usar o máximo possível desses espaços, foram desenvolvidas estratégias baseadas em algoritmos que melhoram a performance da alocação contígua� Entre as estratégias existentes, destacam-se três: ● First Fit: o sistema escolhe sempre o primeiro es- paço livre que está disponível para ser utilizado� 27 ● Best Fit: Essa estratégia faz um caminho diferente, o sistema escolhe o menor espaço possível que con- tenha espaço suficiente para armazenar o arquivo. Para conseguir achar esse espaço, o sistema faz uma busca em todo disco rígido, com a finalidade de encontrar o menor espaço livre que seja capaz de armazenar o arquivo� ● Worst Fit: essa estratégia tem como meta en- contrar o maior espaço livre dentro do disco e esse espaço é selecionado para alocar o arquivo� Assim como observamos na técnica anterior, nessa estra- tégia o sistema também precisa fazer uma busca pelo disco para saber qual é o maior espaço livre disponível� A figura abaixo nos mostra a diferença entre essas três técnicas: first-fitbest-fit worst-fit A C S.O 30 k 40 k 20 k A C S.O A C S.O A C S.O 30 k 40 k 20 k 30 k 40 k 20 k 30 k 40 k 20 k (10K) Figura 10: Algorítmos para alocação de partições variáveis. 28 O maior desafio, quando falamos de alocação con- tígua simples (não importando qual das estraté- gias seja definida), é a fragmentação dos espaços livres – que na figura acima está representada pelos espaços em branco – e esse problema se agrava, se o disco rígido possuir uma grande quantidade de espaços livres para armazenamento, mas ne- nhum desses espaços tiver espaço contíguo capaz de alocar o arquivo� Para resolver esse problema é imprescindível fazer a desfragmentação do disco� O processo de desfragmentação do disco consegue fazer o agrupamento dos arquivos de um lado e do outro dos espaços livres� O problema dessa técnica é o excesso de tempo que leva para ser executado e, pior, o efeito da desfragmentação é temporário, ou seja, o usuário tem de executar essa técnica constantemente� ● Alocação Encadeada: A alocação encadeada pres- supõe que os arquivos terão sua organização exe- cutada por meio da ligação de blocos que estarão ligados ao disco rígido� Cada um desses blocos necessita ter um ponteiro apontado para o bloco que está na frente dele dentro do disco rígido, formando, dessa forma, uma corrente que sempre procurará a próxima parte do arquivo em que será alocada� Nesse método, ocorre também grande fragmentação, ou extents, e isso eleva consideravelmente o tempo que o sistema necessita para acessar os arquivos� Isso acontece porque os arquivos não estão aloca- dos de forma contígua e sim espalhados por todo o 29 disco. A figura abaixo exemplifica esse processo e mostra a fragmentação causada por essa técnica: 3 6 9 4 7 10 2 8 14 0 1 5 12 13 11 Início Arquivo Bloco A. TXT 6 ... ... ... ... ... ... ... ... Figura 11: Alocação encadeada. ● Alocação Indexada: A alocação indexada surgiu como uma estratégia para driblar um problema que é causado pela alocação encadeada, conforme obser- vamos acima, e sua proposta é não deixar o acesso direto aos blocos ser realizado� A estratégia usa uma estrutura que é chamada de bloco índice, na qual o sistema tem a capacidade de armazenar os ponteiros dos arquivos; assim, o sistema consegue realizar o acesso aos blocos de forma direta� A figura abaixo exibe a estratégia criada pela alo- cação indexada� O sistema busca uma forma de 30 https://slideplayer.com.br/slide/4119057. otimizar o armazenamento de arquivos de modo a diminuir a fragmentação do disco: 5 10 15 6 11 16 2 12 22 0 1 7 20 21 17 File Name Index Block File B 24 ... ... 3 13 23 8 18 4 14 24 9 19 25 26 3230 31 27 33 28 34 29 1 3 8 14 28 ... ... Figura 12: Alocação indexada. 31 CONSIDERAÇÕES FINAIS Neste último módulo, observamos aspectos bas- tante importantes sobre a organização de arquivos dentro do nosso sistema operacional� Estudamos formas de armazenamento, quais as vantagens e desvantagens de cada uma dessas for- mas, além de aspectos bastante importantes sobre diretórios e a forma que o sistema operacional usa para criar diretórios e fazer o gerenciamento da for- ma mais eficiente possível. Ficamos por aqui� Espero que você tenha tido um bom aproveitamento dos conteúdos expostos nessa disciplina! 32 SÍNTESE Sabemos como funciona a alocação de espaço em disco Conhecemos a função de um diretório e suas estruturas Conhecemos a função de um diretório e suas estruturas Atributos dentro de um sistema operacional Falamos sobre system calls Abordamos operações de entrada e saída Conhecemos modos de acesso de dados Entendemos a forma mais eficiente de organizar arquivos Conhecemos as principais extensões de arquivos Abordamos como diferentes sistemas operacionais realizam arquivamentos de arquivos de forma diferente Entendemos as formas de arquivar um documento Entendemos o que são arquivos, como eles se formam e como podemos gerenciá-los Nesse quarto e último e-book falamos sobre algo muito importante dentro dos sistemas operacionais: o gerenciamento de arquivos, aprendemos técnicas para realizar esse gerenciamento e conhecemos a importância de um bom gerenciamento de arquivos SISTEMAS OPERACIONAIS Referências Bibliográficas & Consultadas BITTENCOURT, P. H. M. Ambientes operacionais. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014� [Minha Biblioteca] CÓRDOVA JUNIOR, R. S.; LEDUR, C. L.; MORAIS, I. S�; Sistemas operacionais. Porto Alegre: SAGAH, 2018� [Minha Biblioteca COULOURIS, G.; DOLLIMORE, J.; KINDBERG, T.; BLAIR, G.; Sistemas distribuídos conceitos e pro- jetos� 5� ed� Porto Alegre: Bookman, 2013� [Minha Biblioteca] MACHADO, F. B.; MAIA, L. P. Arquitetura de siste- mas operacionais. 5. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2017. [Minha Biblioteca] MACHADO, F. B.; MAIA, L. P. Fundamentos de sistemas operacionais. Rio de Janeiro: LTC, 2011. [Minha Biblioteca] MACHADO, F. B.; MAIA, L. P. Introdução à arqui- tetura de sistemas operacionais� São Paulo: LTC, 1992� MAIA, L� P� Introdução à arquitetura de sistemas operacionais� São Paulo: LTC, 2007� OLIVEIRA, R. S.; CARISSIMI, A. da S.; TOSCANI, S� S� Sistemas operacionais� 4� ed� Porto Alegre: Bookman: Instituto de Informática da UFRGS, 2010� [Minha Biblioteca] SILBERSCHATZ, A.; GALVIN, P. B.; GAGNE, G. Fundamentos de sistemas operacionais: princí- pios básicos. Rio de Janeiro: LTC, 2013. [Minha Biblioteca] TANEMBAUM, A. S.; BOS, H. Sistemas Operacionais Modernos� 4� ed� São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2016� [Biblioteca Virtual VELLOSO, F� C� Informática: conceitos básicos� 8� ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011. _GoBack IntroduçãoArquivos Promovendo a organização de Arquivos Modos de acesso aos dados Operação de entrada e saída Atributos Diretórios Estrutura dos Diretórios Alocação de espaço em disco Considerações finais Síntese
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