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LICENCIATURA EM LETRAS PORTUGUÊS / INGLÊS
 PRÁTICA DE ENSINO: INTEGRAÇÃO ESCOLA X COMUNIDADE (PE:IEC) 
POSTAGEM 2: ATIVIDADE 2 
 PROJETO DE INTEGRAÇÃO ENTRE A ESCOLA E A COMUNIDADE 
Tatiane de Souza Lélis Martins Siqueira 
RA:0581282
Mogi das Cruzes - SP
2021
Tatiane De Souza Lélis Martins Siqueira
RA: 0581282
POSTAGEM 2: ATIVIDADE 2 
PROJETO DE INTEGRAÇÃO ENTRE A ESCOLA E A COMUNIDADE
 Projeto apresentado à Universidade Paulista – UNIP do curso de Licenciatura em Letras português/ Inglês, como um dos requisitos para a obtenção da nota na disciplina Prática de Ensino: Integração Escola x Comunidade, ministrado pela Prof.ª Raquel Bokums
Mogi das Cruzes - SP
2021
SUMÁRIO
1- Introdução...................................................3
2- Objetivos.....................................................4
2.1-Objetivos gerais....................................4
2.2-Objetivos específicos............................4
3- Justificativa..................................................5 
4-Desenvolvimento...........................................6
5-Referencial Teórico.......................................7
6-Métodologia...................................................8
 7-Resultados Esperados..................................9
8-Considerações Finais.....................................9
9-Referências Bibliográficas............................10
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1. INTRODUÇÃO
 A integração da comunidade na escola é de suma importância, para a formação do crescimento educacional, pois promove um ambiente favorável ao aprendizado e contribui para o desenvolvimento do raciocínio lógico, da criatividade, dando estímulos para que aconteçam descobertas, alegria no aprender. Favorece a ação do professor, que possui a missão de ensinar, e estimular o senso crítico e a curiosidade em seus alunos. 
 Sabe-se que, a juventude é um período marcado por mudanças e muitas curiosidades sobre o mundo que existe além do âmbito familiar. Esse é um período em que o jovem desenvolve opiniões mais claras a respeito de si e dos outros, além de desenvolver a capacidade de formar e manter relacionamentos. Por esse motivo os adolescentes são mais afetados nesse momento de pandemia, quando eles se tornam mais suscetíveis a desenvolver ansiedade. Isso ocorre principalmente pelo distanciamento social, de adolescentes e jovens dos vínculos sociais e escolares. 
Todas essas mudanças sociais, na vida de um adolescente, geram conflito interno, pois, ele vive uma fase em que deseja maior autonomia. Mudanças geram incertezas que favorecem o surgimento de crises de ansiedade. O Ministério da Saúde (BRASIL, 2017) estabelece que a fase do crescimento do indivíduo que condiz com essa transição para o ensino médio, a adolescência, se inicia aos 10 e se estende até os 19 anos de idade. No Art. 2º do Estatuto da Criança e do Adolescente (BRASIL, 1990), ela é considerada no intervalo dos 12 aos 18 anos, período marcado por várias mudanças físicas, cognitivas e psicossociais.
 Os projetos são atividades específicas realizadas por alunos sob a orientação de professores, visando a construção de conhecimento, formação de habilidades e competências. Proporcionam uma ampla aprendizagem e propiciam o entendimento pessoal auxiliando o desempenho tanto na vida escolar quanto na vida pessoal. Com isso, contribuem para construção da autonomia, nos momentos de tomada de decisão e dão clareza quanto aos problemas sociais.
 Dentro do contexto avaliatório desta proposta foi utilizado o “estudo de caso” que constitui em uma estratégia de pesquisa qualitativa que permite o entendimento de “como”? e o “porque”? que foca na realidade e em casos atuais. De acordo com Robert K. Yin em seu livro Estudo de casos e Métodos, para melhor desempenho desse estudo requer (certa) disciplina e obediência a algumas normas– planejamento e método. Como instrumentos de pesquisa foram utilizados: observação das aulas on-line, aplicação de questionário aos estudantes, familiares e realização de entrevista semiestruturada com os professores. Os dados construídos foram interpretados mediante Análise de Conteúdo.
2. OBJETIVOS 
2.1- Objetivo geral: 
Verificar as mudanças ocorridas no trabalho de professores da escola em questão no contexto de pandemia causado pelo COVID-19 e sua relação com a saúde mental de seus alunos, demonstrando estratégias e soluções garantindo a equidade de acesso a todos os alunos. 
 
2.2- Objetivos específico 
Estabelecer uma conexão entre a Escola Estadual José Carlos Prestes e a comunidade residente no Bairro Vista Alegre; 
Promover a participação ativa da comunidade na educação dos futuros cidadãos que serão formados por meio da escola, principalmente dentro do contexto atual em que se vive; 
 Criar um plano norteador, com atividades que possam ser desenvolvidas na unidade educacional. 
Incorporar particularidades da comunidade em que se insere através de uma ação de conscientização sobre a manutenção da saúde psicológica durante o período de pandemia. 
3. JUSTIFICATIVA
 A emergência causada pela pandemia da Corona vírus é a maior de todos os tempos. Causou uma enorme preocupação com a saúde física das pessoas, mas trouxe, também uma série de sofrimentos psicológicos para as pessoas confinadas em suas casas. Essa sobrecarga emocional afeta ainda mais o desenvolvimento estudantil, que deixou de ter aulas presenciais, passou a ter aulas remotas, não tem mais a mediação constante do professor e o convívio de amigos e colegas. A pandemia que, inicialmente, foi julgada como um fenômeno de saúde que duraria pouco tempo, se estendeu por um ano (2020) e continua a causar vítimas em 2021. 
Com os alunos em casa, torna-se importante criar um projeto que, proposto junto à comunidade, contribua para melhorar a imunidade psicológica dos jovens, com ações preventivas que protejam pensamentos, emoções e sentimentos. A investigação buscou respaldo teórico metodológico em pesquisas e estudos usados para avaliar a consequência emocional causada pela pandemia.
 Em conteúdo divulgado na Revista Veja Saúde, a psicóloga Ana Luiza Novis explica que procurar ajuda e compartilhar o sofrimento é fundamental para aliviar os sintomas associados ao confinamento. Assim, o presente projeto se direciona à comunidade trazendo o olhar dos pais para mais perto dos filhos. Convida a analisar as mudanças de comportamentos que indicam se eles estão mais fechados ou melancólicos. Esse estado de espírito solicita a presença e o apoio da escola na comunidade, que é imprescindível nesse momento. 
O Projeto é intitulado como “Estudo de caso da Educação em Quarentena: Mediando ideias e ações transformadoras”. Essa é a primeira versão aplicada na escola, está ainda em desenvolvimento, considerando os dias atuais. Para melhorar a compreensão deste tema foram propostos os seguintes tópicos:
· Conhecer e analisar os níveis de ansiedade dos alunos;
· Investigar pontos diferentes de escolaridade, idade e sexo;
· Verificar a relação do desempenho escolar antes e durante o isolamento social;
· Correlacionar os fatores do isolamento, convívio familiar com comportamentos causadores da ansiedade;
· Apresentar os resultados obtidos e propor a comunidade envolvida uma discussão produtiva dos resultados. 
  4. DESENVOLVIMENTO
 Os reflexos da pandemia na educação são imensuráveis. Os estudos indicam que, desde o início do ano de 2020 (março de 2020) as escolas buscam meios de aplicar as atividades propostas para aulas e dar continuidade ao ensino, de uma forma não presencial. No início deste projeto constatou-se que, com ao longo do ano de 2020, 66% dos alunos matriculados na escola apresentaram mudanças de humor. Eles se mostraram desmotivados, ansiosos e com dificuldade para manter a rotina de estudos, conforme pesquisa realizada com pais e responsáveis. Essa pesquisa foi aplicada no período de março e abril de 2020, com três turmas da unidade escolar, de 1º a 3º ano do ensino médio, da escola em questão, na apuração verifica-se umo aumento da desmotivação, que inicialmente era de 43% em março, para 52% em abril, atingindo 66%, como o índice de estudantes desmotivados, com os estudos durante a pandemia no ano passado. 
 A investigação realizou também um retrato amplo sobre aspectos socioeconômicos, perguntando como a crise financeira e a sobrecarga vivida pelas famílias de muitos alunos estava afetando a vida do aluno. Constatou-se que, o fechamento das escolas fez com que um número grande de alunos ficasse sem as refeições mais importantes, o que agravou, ainda mais a situação de vulnerabilidade das famílias.
 
 
5. REFERENCIAL TEÓRICO
No ambiente escolar, a ansiedade é um fator importante que deve ser considerado, porque acarreta prejuízos à aprendizagem. Os níveis de ansiedade têm efeitos negativos sobre o desempenho acadêmico, provocam distração, diminuem a atenção e a capacidade do processamento da informação. Essa situação pode tanto se manifestar a nível cognitivo, quando surgem pensamentos recorrentes de incapacidade, como agravante ao fracasso. Acontece dos adolescentes e jovens, por causa da somatização, apresentarem dores de barriga ou de cabeça, crises de angústia e agressividade. Algumas crianças se tornam ansiosas, devido à pressão dos pais, dos colegas ou de si mesmas em busca de um ótimo desempenho. Se houver repetição do fracasso na escola, a ansiedade pode aumentar, ampliando, como consequência o baixo desempenho, principalmente em situações avaliativas, pois pode haver a diminuição do nível de concentração (OLIVEIRA; SISTO, 2002; OLIVEIRA, 2012).
Mantendo essa linha de raciocínio, indica-se que a ansiedade traz influências negativas para o aprendizado. O excesso desse transtorno pode prejudicar o desempenho dos alunos na escola, acentua os conflitos com a família, conduz ao isolamento da criança ou adolescente (BRITO, 2011; KARINO, 2010; ROSÁRIO; SOARES, 2003; SERPA; SOARES; SILVA, 2015).
 (Sá e Queiroz, 2009), apresenta o uso do método estudo de casos e que serve de referência para a construção e utilização do mesmo no ensino médio. Com o método de estudo de casos, corretamente aplicado, o processo transforma-se em uma poderosa ferramenta no processo de ensino e aprendizado, e assim, portanto, restará ao professor a responsabilidade de orientar as pesquisas e as propostas apresentadas até a resolução do caso apresentado. O projeto Educação em quarentena pode contribuir para essa contextualização visto que "um bom estudo de caso é o veículo por meio do qual uma parte da realidade é trazida para a sala de aula" (LAWRENCE, 1953, GRAHAM 2010, p. 37).
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 6. METODOLOGIA
A metodologia empregada é quali-quantitativa, pois se assenta em uma pesquisa realizada pela gestão e professores da EE “José Carlos Prestes”, em Biritiba Mirim, sobre o nível de desestímulo dos alunos do Ensino Médio, e suas causas, em decorrência das aulas remotas e da pandemia causada pela COVID-19. Como destacam Bogdan e Biklen (1994), consiste em um processo descritivo, no qual o caminho é mais relevante que o produto.
 Após a seleção das turmas, os professores responsáveis produziram um cronograma de aplicação do projeto e construíram casos investigativos para serem adotados. As discussões apresentadas no decorrer deste estudo foram distribuídas diante dos seguintes eixos temáticos: A pandemia de COVID-19 e a Saúde Mental; Isolamento Social e suas consequências na Saúde Mental. 
 É fundamental que os educadores vivenciem, como um todo, o processo de aplicação da atividade. Diante do detalhamento dessa proposta para a construção do corpus de análise foi utilizado três instrumentos de pesquisa: a observação, o questionário e a entrevista semiestruturada. 
 O questionário enviado aos pais foi respondido por 63 alunos. Para esta análise, contudo, foram considerados as respostas da turma do segundo ano do ensino médio respondido por 24 estudantes. Justifica-se a escolha dessa turma por apresentar um número maior de questionários respondidos. Além do questionário foi disponibilizado um número de acesso exclusivo para receber chamadas da comunidade e dos alunos denominado “Escuta acolhedora”, trata-se de dar apoio a toda comunidade oferecendo informações, apoio e escuta acerca do tema da saúde mental. É um canal gratuito entre escola e comunidade, onde o jovem liga e é acolhido e em caso de necessidade a escola faz uma triagem com a junta de psicopedagogos, onde é encaminhado para a equipe especializada do ambulatório de saúde mental da cidade no qual recebe todo apoio e atendimento necessário.
Esta proposta se assenta também na pesquisa bibliográfica de autores que indicam que o estresse, a angústia e a somatização causam no nível intelectual e de aprendizagem dos alunos. Para isso, se buscou sites confiáveis na Internet e livros de autores que abordam o assunto, para respaldar este estudo. 
7. RESULTADOS ESPERADOS 
1. Contribuir com indício científico consistente para a tomada de decisão em relação à saúde das crianças e dos adolescentes durante a pandemia da COVID-19 e durante a retomada da rotina.
2. Promover o conhecimento do corpo docente para prevenir transtorno de ansiedade com foco no fortalecimento socioemocional e engajamento dos alunos. 
3. Aumentar a participação dos alunos nas atividades escolares, melhorando o aproveitamento pedagógico.
4. Divulgar os resultados da pesquisa diante ao órgão público da cidade e ajudar na divulgação da pesquisa em todas as escolas da cidade para ampliar a ajuda a toda comunidade.
8. Considerações Finais
 No presente estudo, foram sistematizados conhecimentos sobre as consequências do isolamento social na saúde mental da comunidade escolar e estratégias de enfrentamento diante da pandemia.
 Observa-se que os sintomas psicológicos mais comuns destacados por este estudo foram principalmente, o estresse, medo, ansiedade e tristeza que geram sofrimento psíquico e podem acarretar o surgimento de transtornos de pânico e transtornos de ansiedade, por esse motivo os indivíduos devem receber atenção especial o quanto antes pois encontram-se em situação de vulnerabilidade, onde os sintomas e transtornos podem ser aumentados ou estabelecidos através do isolamento social. Destaca-se, a partir dos resultados, que é essencial o estímulo da saúde mental dos adolescentes, sendo a escola um ambiente propício para essa função mesmo que de uma forma não presencial.
 Sugere-se a continuidade desse projeto para sistematizar mais profundamente e abranger um número maior de alunos. Vale ressaltar que apesar de o isolamento social imponha maiores desafios aos profissionais da educação, ela também pode contribuir com a inovação na maneira de ensinar
9- REFERÊNCIAS
BRASIL, EDUCAÇÃO, Ministério da. PANDEMIA: cne. CNE. 2020. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/pec-g/33371-cne-conselho-nacional-de-educacao/90771-co 
BRASIL. Ministério da Saúde. Proteger e cuidar da saúde de adolescentes na atenção básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2017. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/proteger_cuidar_adolescentes_atencao_basica.pdf. Acesso em: 22 abr. 2021.
KIN. Estudo de caso: Robert k. yin. Robert K. yin. 2001. Disponível em: https://books.google.com.br/books/about/Estudo_de_caso.html?id=bQXKAAAACAAJ&source=kp_book_description&redir_esc=y. Acesso em: 24 abr. 2021.vid-19. Acesso em: 24 abr. YIN, R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 4. ed.: Bookman
NOVIS, Ana Luiza. Ansiedade sintomas: como lidar. como lidar. 2020. Disponível em: https://saude.abril.com.br/blog/saude-e-pop/acolhimento-online-durante-a-pandemia/. Acesso em: 02 maio. 2021
OLIVEIRA, S. M. S. S.; SISTO, F. F. Estudo para uma escala de ansiedade escolar para crianças. Psicologia Escolar e Educacional, 6, 2002. p. 57-66. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/pee/v6n1/v6n1a07.pdf. Acesso em: 28 abr. 2021.
 OLIVEIRA, S. M. S. O modelo de Rasch para avaliar o Inventário de Ansiedade na Escola. Tese (Doutoradoem Psicologia) – Universidade São Francisco, Itatiba, 2012. Disponível em: https://dsv.usf.edu.br/galeria/getImage/427/604207176923293.pdf. Acesso em: 28 abr. 2021.
SÁ, L. P.; QUEIROZ, S. L. Estudo de caso no ensino. 2. ed. São Paulo; 2010. Acesso em 28 abr.2021.
GRAHAM, A. Como escrever e usar estudos de caso para o ensino e aprendizagem no setor público. Brasília: ENAP, 2010. >. Acesso em: 06 maio 2021.
BOGDAN, R. C.; BIKLEN, S. K. Investigação qualitativa em educação: uma introdução à teoria e aos métodos. Porto: Porto Editora, 1994.

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