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Livro 7 - Correntes voltadas à EPT Site: Ambiente Virtual de Aprendizagem do Ifes Curso: Educação de Jovens e Adultos e Teorias de Aprendizagem para a Educação Profissional e Tecnológica Livro: Livro 7 - Correntes voltadas à EPT Impresso por: Vera Lúcia Sales Pereira Riccio Data: quinta, 25 Mar 2021, 10:28 https://ava.cefor.ifes.edu.br/ Sumário 1 Princípios comuns às correntes voltadas à EPT 2 Quatro pilares da aprendizagem para as neurociências 3 Referências 1 Princípios comuns às correntes voltadas à EPT Como já devem ter imaginado, há várias diferenças nas abordagens apresentadas acima. Porém, nota-se o compartilhamento de importantes princípios de aprendizagem, que vamos apenas elencar aqui (poderão encontrar mais sentidos de tais princípios nos próximos livros didáticos). Assim, ainda que por caminhos diferentes, acreditam que: “Aprender é começar errando (como dizia Bachelard) e é principalmente ser capaz de retificar os erros. E é nas aprendizagens profissionais iniciais, aquelas que envolvem os estudantes, que este processo é o mais manifesto” (Pierre Pastré, 2011, p. 245); Além de assimilação de saberes, a aprendizagem pode ser pensada como transformação (Vergnaud, Wenger, Rabardel): transformação identitária, emocional, corporal, cultural etc.; Agir e pensar, fazer e aprender, não são atividades separadas, e a aprendizagem é parte da atividade humana (e da atividade laboral). “A atividade humana é duplamente constituída por sua dimensão 'produtiva' (pela sua atividade, o indivíduo transforma o mundo) e sua dimensão 'construtiva' (pela sua atividade, o indivíduo se transforma e aprende). Estas duas dimensões são consubstanciais da atividade e interdependentes: não há aprendizagem sem produção e vice- versa” (Bourgeois, Durand, 2012, p. 11); Aprender é se adaptar. A atividade que precisamos desenvolver em determinadas situações nos obriga a nos adaptar e a transformar nossas estruturas mentais, nossas formas de relacionamento, de comunicação, de comportamento… Precisamos realizar tarefas desafiadoras, resolver problemas, antecipar problemas, entre outras coisas (Piaget, Pastré, Vergnaud...); A aprendizagem é situada e pressupõe atividade. A situacionalidade da aprendizagem não significa que não generalizamos saberes aprendidos em situações específicas e que não transferimos os saberes de uma situação para outras situações. Muito pelo contrário: a possibilidade de transferir para outros contextos um saber é fundamental e nos leva à necessidade de escolher e construir muito bem as situações de aprendizagem. Mas, mesmo considerando que, quando estamos em situações específicas, trazemos generalizações anteriores, a possibilidade de aprender e aprender novos saberes passa a ser colocada em situação, na qual precisamos, como dito antes, nos adaptar, agir, conceituar, transformar… Assim, o par situação-atividade como campo e vetor da aprendizagem; A aprendizagem pressupõe interação, aprender com os outros e com o meio, com parceiros mais capazes (Vigotski), em comunidades de prática (Wenger), coletivos de trabalho (Clot) etc.; A aprendizagem como invenção: o processo subjetivo de apropriação dos saberes exige “ao mesmo tempo inventividade e reconhecimento identitário” (Delacour, ref). O aprendiz precisa atribuir sentido aos saberes e reconhecer a si mesmo na apropriação dos saberes; A apropriação dos saberes implica também disposição para aprender e adesão a ideias, projetos, atitudes propostas (Mayen, 2013). 2 Quatro pilares da aprendizagem para as neurociências Em qualquer situação de aprendizagem, existem alguns pilares da aprendizagem (Stanislas Dehaene, ref.), como: A importância da atenção do aprendiz na aprendizagem - e que a atenção aumenta quando há motivação, ludicidade, curiosidade e sentido na realização da atividade; A importância do engajamento ativo na atividade de aprendizagem, mas também de o aprendiz poder avaliar e perceber sua aprendizagem, sua capacidade; A importância do feedback, do retorno de informações (fornecer sinais de erro, acerto, motivação, mudança); A consolidação da aprendizagem (a automatização citada acima, quando se transfere da consciência para a não consciência, e ficam liberados recursos mentais para tratar uma situação). Percebemos, portanto, a importância do espaço educativo, do papel do professor e do protagonismo do aluno. Que sejamos, portanto, professores aprendizes! 3 Referências BOURGEOIS, E.; DURAND, M. Apprendre au travail. (Aprender no trabalho) Paris: Presses Universitaires de France, 2012. DELACOUR, Gérard. Apprendre comme inventer. (Aprender como inventar). Tese de doutorado. Conservatoire National des Arts et Métiers, 2010. Dir. Pierre Pastré. Disponível em: https://www.theses.fr/2010CNAM0713.pdf MAYEN, Patrick. Apprendre à produire autrement: quelques conséquences pour former à produire autrement, Pour, vol. 219, no. 3, 2013, pp. 247-270. Disponível em: https://www.cairn.info/revue- pour-2013-3-page-247.htm PASTRÉ, Pierre. La didactique professionnelle. Approche anthropologique du développement chez les adultes. Paris: PUF, 2014 https://www.theses.fr/2010CNAM0713.pdf
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