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Murilo Bastos da Cunha
Para saber mais: 
fontes de informação 
em 
ciência e tecnologia
Segunda edição
Murilo Bastos da Cunha
Para saber mais: 
fontes de informação em 
ciência e tecnologia
Segunda edição
2016
Briquet de Lemos / Livros
srts – Quadra 701 – Bloco o – Loja 7
Edifício Centro Multiempresarial
Brasília, df 70340-000
Telefones (61) 3322 9806 / 3323 1725
www.briquetdelemos.com.br
editora@briquetdelemos.com.br
© 2016 Murilo Bastos da Cunha
Todos os direitos reservados. De acordo com a lei no 9 610, de 19/2/1998, nenhuma parte 
deste livro pode ser copiada, gravada, reproduzida ou armazenada num sistema de recupe-
ração de informação ou transmitida sob qualquer forma ou por qualquer meio eletrônico 
ou mecânico sem o prévio consentimento do editor.
Este livro foi editado exclusivamente em formato eletrônico pdf.
Projeto gráfico e revisão: Briquet de Lemos / Livros
Este livro obedece ao Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990
Dados de Catalogação na Publicação (cip)
Cunha, Murilo Bastos da
Para saber mais: fontes de informação em ciência e tecnologia. 2. ed. / Murilo Bastos da 
Cunha. – Brasília: Briquet de Lemos / Livros, 2016.
1. Livros de referência – Bibliografia. 2. Ciência – Bibliografia. 3. Tecnologia – Bibliografia. 
i. Título.
isbn 978-85-85637-62-0
cdd 011.02
v
SUMÁRIO
Introdução, vii
1 Fontes primárias, 1
 Congressos e conferências, 1
 Legislação, 6
 Nomes e marcas comerciais, 7
 Normas técnicas, 9
 Principais fontes de informação, 10
 Instituições brasileiras, 11
 Instituições internacionais, 11
 Instituições de outros países, 30
 Patentes, 15
 Fontes brasileiras, 17
 Fontes de outros países, 18
 Acesso a cópias de patentes, 20
 Periódicos, 21
 Informações sobre periódicos, 24
 Abreviaturas de títulos de periódicos, 26
 Catálogos coletivos de periódicos, 26
 Sumários correntes de periódicos, 27
 Qualidade dos periódicos, 28
 Periódicos eletrônicos, 30
 Fontes de informação sobre periódicos eletrônicos, 31
 Periódicos de acesso livre, 32
 Principais sistemas ou agregadores de periódicos eletrônicos, 32
 Serviços de alerta, 36
 Rich Site Summary (rss), 37
 Principais títulos de periódicos – Títulos gerais, 37
 Títulos de divulgação científica, 39
 Comutação bibliográfica, 41
 Projetos e pesquisas em andamento, 42
 Relatórios técnicos, 44
 Teses e dissertações, 46
 Principais fontes brasileiras, 48
 Principais fontes estrangeiras, 48
 Traduções, 50
PARA SABER MAIS: FONTES DE INFORMAÇÃO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIAvi
2 Fontes secundárias
 Atlas, 52
 Bancos e bases de dados, 52
 Bancos de dados, 52
 Principais bancos de dados, 52
 Bases de dados, 57
 Fontes para encontrar bases de dados, 58
 Principais bases de dados, 59
 Bibliografias, 66
 Bibliografias retrospectivas, 66
 Bibliografias brasileiras especializadas, 67
 Biografias, 68
 Fontes de referência, 68
 Principais fontes biográficas, 69
 Catálogos de bibliotecas, 73
 Catálogos em linha, 73
 Catálogos de bibliotecas de outros países, 73
 Catálogos de bibliotecas brasileiras, 74
 Bibliotecas digitais, 75
 Centros de pesquisa e laboratórios, 76
 Dicionários, 76
 Dicionários bilíngues e multilíngues, 79
 Inglês–alemão/alemão–inglês, 80
 Inglês–árabe/árabe–inglês, 80
 Inglês–espanhol/espanhol–inglês, 81
 Inglês–chinês/chinês–inglês, 81
 Inglês–francês/francês–inglês, 81
 Inglês–japonês/japonês–inglês, 82
 Inglês–russo/russo–inglês, 82
 Português–alemão/alemão–português, 83
 Português–inglês/inglês–português, 83
 Português–italiano/italiano–português, 85
 Português–polonês/polonês–português, 85
 Português–russo/russo–português, 85
 Dicionários multilíngues, 85
 Dicionários eletrônicos, 86
 Enciclopédias, 88
 Feiras e exposições, 91
 Filmes e vídeos, 92
 Fontes históricas, 96
 Principais instituições sobre história da ciência – No exterior, 97
 Principais instituições sobre história da ciência – No Brasil, 98
 Fontes de referência: bibliografias e bases de dados, 100
SUMÁRIO vii
 Fontes de referência: dicionários, 103
 Fontes de referência: enciclopédias, 103
 Principais periódicos sobre história da ciência e tecnologia, 105
 História da ciência e tecnologia em outros países, 108
 História da ciência e tecnologia no Brasil, 115
 Cronologia da ciência e tecnologia, 125
 Imagens, 127
 Internet, 129
 Tipos de serviços de busca, 131
 Diretórios ou repertórios de assuntos, 131’
 Mecanismo de busca, 131
 Principais serviços de busca, 132
 Metamecanismo de busca, 134
 Principais fontes sobre serviços de busca, 135
 Mídias sociais na internet, 136
 Blogues, 138
 Listas de discussão, 140
 Podcast, 141
 Webinar, 141
 Livros, 142
 Livros novos, 142
 Catálogos coletivos de livros, 144
 Recensões e resenhas de livros, 145
 Reimpressões de livros / Livros esgotados, 146
 Livrarias eletrônicas, 147
 Livrarias eletrônicas de outros países, 148
 Livrarias eletrônicas do Brasil, 148
 Livros eletrônicos, 149
 Fontes de informação sobre livros eletrônicos, 149
 Acesso aos livros eletrônicos, 149
 Manuais, 152
 Bibliografia sobre manuais, 152
 Principais manuais, 152
 Museus, herbários, arquivos e coleções cientificas, 153
 Arquivos e coleções científicas, 155
 Herbários, 155
 Museus, 156
 Bibliografias e fontes históricas sobre museus, 157
 Museus no exterior, 157
 Museus no Brasil, 158
 Prêmios e honrarias, 159
 Prêmios e honrarias de outros países, 159
 Prêmios e honrarias do Brasil, 160
PARA SABER MAIS: FONTES DE INFORMAÇÃO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIAviii
 Redação técnica e metodologia científica, 162
 Aspectos da metodologia científica, 163
 Aspectos técnicos de elaboração de textos científicos, 165
 Aspectos de linguagem, 168 
 Aspectos de normalização e referenciação bibliográfica, 171
 Gerenciadores de bibliografias e bases de dados bibliográficas, 173
 Repositórios de informação, 174
 Fontes de informação sobre os repositórios, 175
 Principais repositórios, 176
 Siglas e abreviaturas, 177
 Tabelas, unidades, medidas e estatística, 179
3 Fontes terciárias, 181
 Bibliografias de bibliografias, 181
 Bibliotecas e centros de informação, 182
 Bibliotecas e centros de informação de outros países, 182
 Bibliotecas e centros de informação do Brasil, 183
 Diretórios, 184
 Bibliografias, 184
 Principais diretórios, 185
 Diretórios de centros e instituições de pesquisa, 185
 Diretórios de equipamentos e instrumentos científicos, 187
 Diretório de fundações e órgãos de fomento à pesquisa, 187
 Diretórios de empresas, 188
 Diretórios de instituições educacionais, 188
 Diretórios de órgãos governamentais, 190
 Ensino de ciência e tecnologia, 191
 Fontes de informação sobre ensino de ciência e tecnologia, 191
 Principais periódicos sobre ensino de ciências, 192
 Ética científica, 195
 Principais fontes de informação, 195
 Principais instituições, 197
 Principais periódicos gerais de bioética, 199
 Financiamento e fomento à pesquisa, 201
 Fontes de informação sobre financiamento e fomento à pesquisa, 201
 Principais instituições brasileiras de fomento à pesquisa, 202
 Guias bibliográficos, 206
 Guias bibliográficos de outros países, 206
 Guias bibliográficos do Brasil, 209
 Política cientifica e tecnológica, 209
 Revisões da literatura, 211
Referências, 214
Índice, 216
ix
INTRODUÇÃO
Por que se deve fazer uso regular de artigos de periódicos, patentes, bases de dados, índices e outras fontes de informação científica e tecnológica (ict)? A premissa básica deste livro, agora numa nova edição aumentada e revisada, é 
que o conhecimento e o uso regulare efetivo das fontes apropriadas, impressas ou 
eletrônicas, são as chaves para se alcançar o sucesso na pesquisa, desenvolvimento 
e inovação, como também em quaisquer atividades ligadas à ciência e tecnologia.
O uso efetivo da ict ajuda a evitar a duplicação de trabalhos previamente rea-
lizados. Essa ação pode redundar na economia de tempo e de recursos materiais, 
humanos e financeiros. Além disso, e talvez o mais importante, pode servir de ma-
nancial de ideias ou para o desenvolvimento de uma ideia. A ict, portanto, pode 
funcionar como uma valiosa fonte de inspiração e serendipidade para o aluno, pro-
fessor, profissional ou pesquisador.
As fontes impressas e eletrônicas nem sempre são as primeiras escolhas quando 
se busca determinado dado. Às vezes é mais fácil indagar a um colega, valendo-se 
assim do denominado ‘colégio invisível’. Entretanto, o praticante de ciência e tec-
nologia que souber utilizar as fontes de ict, e que tenha a necessária paciência, 
energia e perspicácia, terá uma vantagem sobre aqueles que não possuam as habi-
lidades necessárias ou que sejam preguiçosos para utilizá-las. Portanto, apesar de o 
uso da ict não ser fácil, ela geralmente fornece benefícios palpáveis para quem se 
esforça por utilizá-la em sua plenitude.
Entre os fatores que distinguem os países desenvolvidos dos emergentes está 
o acesso à informação. Realmente, os países desenvolvidos possuem acesso mais 
rápido à ict, ampliando, cada vez mais, o que Jean-Jacques Servan- Schreiber de-
nominou ‘fosso tecnológico’. Pode-se afirmar, então, que existe uma relação entre 
o crescimento do produto interno bruto (o famoso pib) e a quantidade de ict pro-
duzida por uma nação.
Os países desenvolvidos continuam a incrementar os investimentos na pesqui-
sa científica e tecnológica. Entretanto, aqui caberia uma indagação a respeito da 
paternidade dos descobrimentos, tendo em vista, por exemplo, que muitas revis-
tas técnicas russas são traduzidas pelos norte-americanos e vice-versa. É possível 
dizer que o patrimônio do saber constitui um dos recursos mais importantes da 
humanidade e que, por extensão, o progresso da ciência pode ser uma reflexão 
fundada em uma memória coletiva, que está baseada, cada vez mais intensamente, 
na transferência internacional da ict. Portanto, todo pesquisador deveria possuir 
PARA SABER MAIS: FONTES DE INFORMAÇÃO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIAx
essa memória coletiva, isto é, conhecer os descobrimentos de seus colegas para 
poder, eventualmente, explorá-los e aperfeiçoá-los, e, principalmente, evitar a du-
plicidade de esforços.
As fontes de ict possuem características comuns. As principais são:
a) formatos: aparecem em diferentes formatos, incluindo periódicos, relatórios 
técnicos, manuais e patentes. Alguns, como as patentes, são mais comuns nas áreas 
tecnológicas. Como as novas tecnologias de informação continuam a se desenvol-
ver, a literatura de ict também será arquivada e disseminada nos novos formatos;
b) universalidade: cientistas e engenheiros, dispersos pelas várias regiões do 
globo, utilizam em seus trabalhos as mesmas fórmulas, tabelas e medidas. Essa 
característica faz com que a metodologia e os resultados de determinada pesquisa 
sejam compreendidos por especialistas de todos os países;
c) acumulação dos conhecimentos: diferentemente de outras disciplinas, a 
ciência e a tecnologia são construídas com informações coletadas ao longo do 
tempo; assim, o cientista e o engenheiro não precisam reinventar uma informação 
básica que já se encontra disponível nas diversas fontes de informação.
Como o conceito de fonte de informação ou documento é muito amplo, pois 
pode abranger manuscritos e publicações impressas ou eletrônicas, além de obje-
tos, como amostra mineral, obras de arte ou peças museológicas, esta obra restrin-
ge-se à análise das fontes que confirmem qualquer conhecimento e que permitam 
ser incluídas numa determinada compilação bibliográfica. As fontes selecionadas 
foram limitadas às formais e semiformais. Note-se, porém, que as informais, de-
correntes, entre outros, de contatos pessoais, cartas, comunicações orais e men-
sagens eletrônicas, que precederam historicamente as fontes formais, ainda são 
muito importantes. Estima-se que o colégio invisível dos cientistas e pesquisadores 
continua a ter papel predominante e que cerca de 50 a 80% das informações forne-
cem deste tipo de fonte.
O volume de ict aumentou de tal modo que se fala em crise ou explosão da 
informação, fenômeno particularmente sensível no campo dos periódicos primá-
rios, cujo número que era de 10 no fim do século xviii e de 100 por volta de 1800, 
chegou a 10 mil em 1900 e em torno de 100 mil em 1970. Deve-se esse aumento 
quase exponencial, principalmente, a fatores como:
a) o acúmulo de novos conhecimentos, principalmente a partir da Segunda 
Guerra Mundial;
b) a diversificação de áreas de conhecimento;
c) as mitoses nos ramos da ciência, provocando o surgimento de novas disci-
plinas científicas;
d) o aumento do número de usuários e a diversificação dos seus interesses;
e) os fenômenos da duplicação e da repetição das pesquisas;
f) interesses extracientíficos, tais como a necessidade profissional de publicar (a 
famosa síndrome de publish or perish, publique ou desapareça).
xi
Com o advento da internet, esse fenômeno ficou mais visível. Constata-se a 
existência, segundo o sítio Wordwidewebssize, em 18 de janeiro de 2016, de 4.84 
bilhões de páginas web. É um número impressionante e deve-se ressaltar que nem 
todas elas são inteiramente indexadas pelos buscadores ou mecanismos de busca. 
Ressalta-se aqui que nos últimos anos tem crescido o uso da internet como o prin-
cipal manancial para a busca da informação. Em decorrência desta nova postura 
por parte dos engenheiros e cientistas é vital que se analise esse novo contexto 
onde o usuário da ict enfrenta o excesso de informação e a pobreza do design, da 
indexação e da usabilidade dos sítios e de outros instrumentos da internet. Esses 
aspectos, portanto, justificam, plenamente, a existência de obras similares à nossa, 
ajudando na difícil tarefa de separar para o leitor, o joio do trigo informacional!
De acordo com Grogan (p. 14-15, 1970), os documentos ou fontes de informa-
ção podem ser divididos em três categorias:
a) documentos primários: contêm, principalmente, novas informações ou no-
vas interpretações de ideias e/ou fatos acontecidos; alguns podem ter o aspecto de 
registros de observações (como, por exemplo, os relatórios de expedições científi-
cas) ou podem ser descritivos (como a literatura comercial);
b) documentos secundários: contêm informações sobre documentos primários 
e são arranjados segundo um plano definitivo; são, na verdade, os organizadores 
dos documentos primários e guiam o leitor para eles;
c) documentos terciários: têm como função principal ajudar o leitor na pesqui-
sa de fontes primárias e secundárias, sendo que, na maioria, não trazem nenhum 
conhecimento ou assunto como um todo, isto é, são sinalizadores de localização ou 
indicadores sobre os documentos primários ou secundários, além de informação 
factual; este livro é um exemplo de documento terciário.
Esta obra adota o arranjo da tipologia proposta por Grogan. Seu objetivo prin-
cipal é servir de guia para estudantes universitários, professores e pesquisadores 
das diversas áreas da ciência e tecnologia, para se orientarem na vasta literatura 
especializada. As ciências biomédicas não foram incluídas. Procurou-se incluir, de 
forma seletiva, as principais fontes — sejam documentos impressos, documentos 
eletrônicos, instituições e sítios da internet. Por conseguinte, não houve intenção 
de fazer um estudo exaustivo. O escopo foi o de analisar aquelas fontes gerais que 
pudessem ser úteis para um mais amplo espectro de usuários brasileiros. Não se 
incluíram fontes muito específicas ou de interesse restrito a uma área de conheci-
mento. A análise das fontes terminou em janeiro de 2016, e o objetivo foi incluir, 
tantoquanto possível, o máximo de documentos relevantes surgidos até essa data. 
Fontes mais antigas foram incluídas quando consideradas clássicas e úteis para o 
usuário brasileiro.
Para análise das obras impressas, foram consultados os acervos das bibliotecas 
da Universidade de Brasília, do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e 
Tecnologia (ibict), do Information Resource Center de Brasília, da Universidade 
INTRODUÇÃO
PARA SABER MAIS: FONTES DE INFORMAÇÃO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIAxii
de São Paulo, da Universidade Estadual de Campinas, da Universidade Federal de 
Minas Gerais e da University of Michigan (Ann Arbor, mi),
Tanto quanto possível, foram incluídos os endereços eletrônicos na internet, 
que foram conferidos antes de a obra ir para o prelo. Entretanto, tendo em vista a 
volatilidade desses endereços, é provável que alguns não estejam funcionando e/
ou hajam sido transferidos para outros sítios. Em razão disso, o autor, de forma 
antecipada, solicita a colaboração dos leitores para a correção das mudanças que 
forem detectadas.
 Murilo Bastos da Cunha
 Faculdade de Ciência da Informação
 Universidade de Brasília
1
1
FONTES PRIMÁRIAS
CONGRESSOS E CONFERÊNCIAS
 De forma regular e crescente, são realizadas centenas de eventos científicos 
(sob diversas denominações: conferências, congressos, encontros, seminários, pai-
néis, workshops, etc.) locais, estaduais, regionais, nacionais ou internacionais. Eles 
podem variar de tamanho, podendo reunir uns poucos participantes a até milhares 
como no caso de alguns eventos internacionais.
Muitos são organizados pelas sociedades científicas e neles são apresentados 
os resultados originais das pesquisas realizadas por seus associados. Este ponto já 
tinha sido observado em 1970, por Garvey, Lin e Nelson. Esses autores afirmavam 
que os resultados das pesquisas eram mais frequentemente divulgados em eventos 
nacionais do que em outros tipos de eventos. Em outro trabalho, publicado em 
1972, Garvey e colaboradores, foi enfatizado o papel desempenhado pelos encon-
tros nacionais no processo de comunicação científica.
 A apresentação de trabalhos em eventos científicos tem sido um dos mais im-
portantes meios de disseminação de ict. As informações podem ser comunica-
das mais rapidamente por meio desses trabalhos do que em artigos de periódicos 
que, muitas vezes, demoram meses para serem publicados. Outras vantagens que a 
apresentação de trabalhos em eventos oferece são:
 a) em geral, a avaliação prévia do trabalho por parte da comissão respectiva é 
menos rígida; é necessário, porém, que o autor tenha algo de novo ou importante 
que possa despertar a atenção dos participantes;
 b) possibilidade de receber rápida retroalimentação por parte dos participan-
tes, bem como comentários e críticas após a apresentação do trabalho;
 c) possibilidade de estreitar a comunicação informal, facilitando o ingresso no 
colégio invisível a partir de contatos com especialistas que estão trabalhando com 
o mesmo assunto.
 
 Mas, o que são os trabalhos de congressos e anais de congressos? Os trabalhos 
de congressos são os resultados de uma pesquisa mostrados num evento científico 
por indivíduos ou por um grupo de indivíduos, neste caso, geralmente apresentado 
por um dos autores. Os pesquisadores tradicionalmente utilizam os eventos pro-
fissionais para apresentarem os resultados de suas pesquisas para os seus colegas. 
PARA SABER MAIS: FONTES DE INFORMAÇÃO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA2
Quando todos os trabalhos de um evento estão disponíveis este conjunto de do-
cumentos é referido como os anais de um evento particular. Os anais podem ser o 
resultado de reuniões ou simpósios de uma organização profissional, cientifica ou 
acadêmica.
Para que se deve consultar um trabalho apresentado num evento? Geralmente 
este tipo de documento serve para:
a) encontrar a pesquisa mais recente sobre um determinado tópico;
b) conhecer as explanações do próprio autor sobre a sua pesquisa;
c) encontrar as fontes de informações relacionadas com este tipo de pesquisa, 
isto é, os especialistas naquele assunto, os nomes dos componentes dos grupos de 
pesquisa;
d) identificar as melhores práticas ou inovações numa área em particular;
e) identificar em quais instituições e laboratórios estão buscando soluções para 
determinados problemas ou assuntos.
O âmbito geográfico dos congressos e conferências é dos mais variados. Podem 
ser internacionais, regionais, nacionais, estaduais, locais ou mesmo de uma insti-
tuição específica. O número de eventos tem crescido bastante e existem inúmeras 
instituições especializadas em sua organização.
Independentemente de seus formatos, essas reuniões geram grande número de 
documentos dos mais diversos tipos, a saber:
 a) antes do evento: são feitos anúncios, solicitação de trabalhos, divulgação de 
programas preliminares em revistas gerais ou específicas, bem como na internet, 
onde são cada vez mais comuns páginas de eventos científicos;
 b) durante o evento: distribuem-se resumos e pré-publicações (preprints) dos 
trabalhos aos participantes e, em reuniões mais bem organizadas, nessa ocasião, os 
respectivos anais (proceedings). Os anais podem ser publicados na forma impressa 
ou em meio eletrônico. Também costumam serem vendidas as gravações (sonoras 
e visuais) dos debates e sessões;
 c) após o evento: os trabalhos apresentados, debates, perguntas e respostas, 
muitas vezes são publicados como anais, monografias ou mesmo em fascículos 
especiais de periódicos científicos.
 Os eventos científicos ou profissionais são particularmente importantes para 
a interação entre os pesquisadores, engenheiros e técnicos, bem como os repre-
sentantes de empresas ou instituições que divulgam seus produtos/atividades nos 
estandes. Apesar de que a apresentação formal dos trabalhos é a atividade cen-
tral desses eventos, outras coisas que também são relevantes para os participantes 
ocorrem fora das apresentações. Novas informações, novas ideias e novos enfoques 
diretamente relacionados com uma pesquisa individual podem ser obtidos de co-
3
legas. Esses diálogos frequentemente podem ser mais valiosos do que a informação 
contida nos trabalhos apresentados. Portanto, a riqueza permitida por esse canal 
informal de comunicação não pode ser negligenciada.
 Há empresas que cuidam da organização de congressos, conferências e outros 
eventos. Poucas, porém, se preocupam com a correta organização dos trabalhos 
discutidos nesses eventos, por isso, documentos importantes não têm a divulgação 
que merecem. Essa ação, de forma contínua e sistemática, trará enormes benefícios 
uma vez que, devido a problemas financeiros e de tempo, cientistas e engenheiros 
não podem comparecer à maioria dessas reuniões. É importante mencionar que 
o colégio invisível atinge somente os profissionais com maior experiência, e que, 
geralmente, os mais jovens sentem dificuldades em acompanhar a evolução da lite-
ratura específica divulgada em congressos.
 Com o advento da internet inúmeros eventos profissionais estão utilizando essa 
rede para o marketing de suas programações. É comum que o interessado possa 
fazer a sua inscrição, enviar o seu trabalho, verificar a programação e obter outros 
dados sobre os eventos. Além disso, é possível, após o término do evento, ter acesso 
a parte ou à totalidade dos trabalhos apresentados. Muitos mecanismos de busca 
passaram a indexar esses eventos e os trabalhos apresentados, facilitando assim 
para a divulgação e acesso a esse tipo de informação; também é possível localizar 
os slides em PowerPoint utilizados pelos conferencistas mais famosos.
 Onde posso encontrar os trabalhos apresentados em eventos científicos?
 a) muitas pessoas publicam seus trabalhos apresentados em eventos nas suas 
páginas pessoais ou nos sítios web de suas instituições de pesquisa;
 b) as bibliotecas também guardam cópias impressas dos anais de congressos ou 
indexam esses trabalhos, muitas vezes disponibilizados nos seus catálogos e/ouem 
listagens especiais;
 c) várias bases de dados bibliográficos indexam esses trabalhos (p. ex.: o Engi-
neering Index (compendex) a partir de 1969; no Biological Abstracts (biosis) usan-
do a opção ‘document type’ e selecionando ‘meeting papers’);
 d) alguns periódicos editam números especiais que incluem esses trabalhos;
 e) os anais de eventos também podem ser publicados individualmente como 
monografias;
 f) algumas sociedades científicas também publicam esses trabalhos em suas 
revistas;
 g) os próprios autores podem publicar seus trabalhos de forma completa em 
outros periódicos, geralmente contendo algumas mudanças e/ou atualizações nos 
conteúdos dos artigos;
 h) os autores podem inserir seus trabalhos nos repositórios institucionais das 
organizações onde trabalham. A partir daí esses trabalhos são indexados pelos me-
canismos de busca e podem ser facilmente identificados e copiados.
CONGRESSOS E CONFERÊNCIAS
PARA SABER MAIS: FONTES DE INFORMAÇÃO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA4
E se os anais não forem formalmente publicados? Se isso acontecer pode acar-
retar mais tempo para a localização desses trabalhos. É sabido que os trabalhos de 
congressos levam mais tempo para serem encontrados. Assim, um fator importan-
te nesta tarefa de busca é conseguir o máximo de dados bibliográficos sobre o tra-
balho, como os nomes completos e corretos dos autores, da instituição promotora, 
do nome do evento e o local e data de sua realização. Esses elementos bibliográficos 
muito ajudarão na tarefa de montar a estratégia de busca e escolha das melhores 
fontes de informação que indexam este tipo de documento.
1 Brasil. Comissão Nacional de Energia Nuclear. Centro de Infor-
mações Nucleares. Anais de eventos. www.cnen.gov.br/index.php/centro-de-
-informacoes-nucleares/anais-de-eventos ¶ Base de dados que funciona como um 
catálogo coletivo de documentos sobre congressos constantes dos acervos de cerca 
de 200 bibliotecas brasileiras. Conta com mais de 50 mil referências de anais de 
congressos, simpósios, conferências e encontros. Fornece busca simples pelo nome 
do evento ou avançada com filtros para o local do evento, ano de sua realização e 
biblioteca que possui os anais.
2 British Library. Document Supply Services. Conference collections. 
www.bl.uk/reshelp/atyourdesk/docsupply/collection/confs/ ¶ Base de dados man-
tida pela British Library. É considerada como a melhor e mais completa coleção 
mundial de anais de congressos, com cerca de 400 mil itens, realizados em dezenas 
de países e relativos a inúmeros assuntos. Cópias de trabalhos podem ser solicita-
das mediante pagamento.
3 Conference papers index. Bethesda, md: Cambridge Scientific Abstracts/
ProQuest, v. 1– , 1982– . Bimestral. issn 0162-704x. ¶ De cunho internacional, 
indexa trabalhos apresentados nas principais reuniões de todas as áreas. A partir 
de 1995 passou a enfatizar as ciências biológicas, aquáticas e meio ambiente. Os 
dados são coletados dos programas finais, livros de resumos e anais publicados, 
bem como questionários enviados. O registro de cada evento inclui detalhes sobre 
as informações necessárias para a aquisição dos trabalhos apresentados, anais e 
outras publicações derivadas das conferências. Título anterior: Current Programs 
of the World Meetings Information Center (1973–1981).
4 Conference proceedings citation index. Philadelphia: Institute for Scien-
tific Information, Thomson Reuters, 1990– , semanal. ¶ Base de dados que integra 
o banco de dados Web of Science. De escopo internacional, indexa desde 1990 os 
trabalhos apresentados em eventos profissionais mais significativos, publicados em 
inglês e outras línguas. Os dados sobre os eventos são extraídos de livros, perió-
dicos e relatórios técnicos. Está disponível em duas versões: ciência e tecnologia; 
ciências sociais. São analisados trabalhos relacionados a 256 categorias de assun-
tos. A base indexou mais de quatro milhões de trabalhos, sendo incluídos cerca 
de 400 mil registros por ano; com atualização semanal, anualmente são inseridos 
5
12 mil dados sobre eventos científicos. Excelente fonte, pois indexa, com meses 
de antecedência, os trabalhos apresentados em congressos que, posteriormente, 
poderão ser transformados em artigos de periódicos. Títulos anteriores: Index to 
Scientific & Technical Proceedings (1978–2007); isi Proceedings (2007–2009).
5 Directory of published papers. Harrison, ny: Interdok. www.interdok.
com/search_paper.php ¶ Base de dados, de acesso gratuito, que fornece informa-
ções sobre futuros eventos e os trabalhos que serão apresentados; entretanto, é ne-
cessário fazer inscrição antecipada para poder utilizar o sistema. A busca pode ser 
feita por palavra-chave, país, grande assunto (ciência/tecnologia, ciências médicas/
biológicas, ecologia e controle de poluição, ciências sociais e humanas) e pelo ano 
de realização do evento. O resultado pode ser classificado por data ou cidade; ao 
se clicar no link do evento será mostrado o registro com os dados completos do 
evento. 
6 Google scholar. http://scholar.google.com/ ¶ Uma busca no Google Scho-
lar (Google Acadêmico, em português) fornece resultados de sítios educacionais e 
acadêmicos. Utilizando a busca avançada é possível combinar termos que podem 
recuperar uma variedade de encontros, simpósios e conferências. Limitando os 
resultados para o assunto desejado poderá resultar em dados que podem ajudar na 
busca desejada.
7 Index of conference proceedings. Boston Spa: British Library Document 
Supply Centre, 1964–. Anual. issn 0959-4906 ¶ Lista de trabalhos apresentados em 
mais de 450 mil eventos e anais indexados pela British Library. Os verbetes estão 
relacionados numa única ordem alfabética dos nomes dos eventos e cabeçalhos de 
assuntos, extraídos do título original do material indexado. Sob cada cabeçalho 
de assunto, as entradas estão pela data do evento. Os trabalhos indexados podem 
ser adquiridos no Document Supply Centre da British Library. Para dados sobre 
evento recente é preferível consultar o banco de dados Conference Collections da 
British Library (item 2). Nota: no período de 1989–2003 teve periodicidade mensal 
com acumulação anual; passou a anual a partir de 2004.
8 International congress calendar. Brussels: Union of International Asso-
ciations, 1961– . Trimestral. issn 0538-6349 [www.uia.org/calendar] ¶ Informa-
ções sobre mais de 428 mil eventos ocorridos desde 1958; a cada ano são acres-
centados mais de 15 mil congressos internacionais. É dividido em duas partes: 
geográfica e cronológica; com índices das organizações promotoras dos eventos e 
assuntos. Cada verbete inclui: nome do evento, data de realização, assunto, local, 
organizadores, informação para contato, número de participantes e, quando dispo-
nível, dados sobre exposições. As buscas podem ser feitas pelo enfoque geográfico, 
cronológico e palavras-chave dos assuntos do evento. Desde 2004, também está 
disponível, por assinatura, no formato eletrônico. 
9 Proceedings.com. Red Hook, ny: Curran Associates, 2009– . www.pro-
CONGRESSOS E CONFERÊNCIAS
PARA SABER MAIS: FONTES DE INFORMAÇÃO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA6
ceedings.com/ ¶ Base de dados, com registros com cobertura desde 1995, que in-
dexa mais de 60 mil anais publicados de conferências, reuniões e simpósios. Cada 
registro inclui: nome do evento, lugar, patrocinador, editora ou distribuidora, 
endereço e dados para aquisição. Busca por palavra-chave ou por área temática. 
Fornece, mediante aquisição, impressão sob demanda dos anais ou trabalhos in-
dividuais apresentados nos eventos. No período de 1965–2008 foi publicado sob o 
título Directory of published proceedings.
10 web of conferences. Paris: edp Sciences. www.webofconferences.org/ ¶ 
Portal inteiramente dedicado às conferências científicas. De cunho internacional, 
fornece um calendário com os eventos futuros e oferece um serviço pago de acesso 
aos anais e trabalhos apresentados nos eventos indexados. A busca pode serfeita 
pelo nome da conferência, pelo assunto, país do evento e datas (de início ou fim do 
evento).
LEGISLAÇÃO
 Na área de ict, a legislação é um tipo de documento pouco utilizado, mas que 
é importante quando é preciso conhecer as normas jurídicas que afetam de algum 
modo a gerência da pesquisa, como, por exemplo: importação de equipamentos 
científicos, reagentes, segurança nos laboratórios ou exportação/importação de 
amostras biológicas ou espécimes da fauna e flora.
 Nos sítios da Câmara dos Deputados, Senado Federal e da Presidência da Re-
pública podem ser encontradas as informações sobre os aspectos da ciência e tec-
nologia que foram objeto de normas legais.
11 Brasil. Câmara dos Deputados. Legislação. www2.camara.gov.br/ativi-
dade-legislativa/legislacao ¶ Parte do portal da Câmara dos Deputados dedicada à 
legislação federal. Aqui são encontradas as íntegras da Constituição de 1988 e do 
regimento interno da Câmara, com texto atualizado; as coleções de leis do Brasil 
e apontadores para as coleções digitais dos diários e anais da Câmara. Também 
inclui outros produtos de informação legislativa: legislação infraconstitucional, le-
gislação pertinente às áreas de atuação das comissões permanentes, normas apro-
vadas na atual legislatura, informes temáticos sobre grandes temas em discussão 
e informações relativas às medidas provisórias, tais como prazos de tramitação 
e exposição de motivos. Na base de dados legin (Sistema de Legislação Infor-
matizada) podem ser consultados os textos de leis, decretos, decretos legislativos, 
decretos-leis e medidas provisórias.
12 Brasil. Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Legislação. 
www.mct.gov.br/index.php/content/view/723.html?execview= ¶ Sítio onde se 
encontram textos completos de leis, decretos, medidas provisórias, portarias e 
pareceres da consultoria jurídica do ministério relativo às atividades de ciência, 
tecnologia e inovação. Os assuntos cobertos são: amparo à pesquisa, Antártida, 
atividades espaciais, atividades nucleares, biossegurança, carreira de ciência e tec-
7
nologia, ciências do mar, Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia, expedição 
científica, fundos setoriais, incentivos fiscais, meio ambiente/ecossistema, Ordem 
Nacional do Mérito Científico, organização administrativa, patrimônio genético, 
processo produtivo básico, proibição de armas químicas, propriedade intelectual, 
tecnologia da informação, tratados e acordos internacionais.
13 Brasil. Presidência da República. Portal da legislação. www4.planalto.
gov.br/legislacao ¶ Banco de dados da Presidência da República que fornece acesso 
ao texto completo de legislação dos seguintes documentos: constituição, leis or-
dinárias, leis complementares, códigos, estatutos, medidas provisórias, decretos, 
decretos não numerados, decretos-leis, leis delegadas, mensagens de veto total, 
propostas de emenda à constituição, projetos de lei. Inclui o Manual de redação da 
Presidência da República e modelos sobre elaboração de atos legais. Permite a busca 
simples e avançada.
14 Brasil. Senado Federal. LexML Brasil: Rede de informação jurídica e 
legislativa. www.lexml.gov.br/ ¶ Inaugurado em 30 de junho de 2009, é um por-
tal especializado em informação jurídica e legislativa. Reúne leis, projetos de lei, 
súmulas, resoluções, acórdãos e jurisprudências, doutrina, entre outros documen-
tos de órgãos do Executivo, Legislativo e Judiciário, nas esferas federal, estadual e 
municipal. É um projeto importante que pretende organizar, integrar e dar acesso 
às informações disponibilizadas nos diversos portais de órgãos do governo na in-
ternet. Possui busca simples que procura o assunto nos contextos de legislação, 
jurisprudência, proposições legislativas ou todos os contextos reunidos. A busca 
avançada permite pesquisar em todos os campos ou em campos específicos (loca-
lidade, autoridade emitente, tipo de documento, número, título, apelido ou nome 
popular, ementa, sigla e ano do documento).
NOMES E MARCAS COMERCIAIS
 O nome comercial ou marca comercial é a denominação, expressão ou forma 
gráfica que individualiza e identifica uma empresa, um produto ou uma linha de 
produtos. 
 O Código da Propriedade Industrial (decreto-lei n. 7 903, de 27 de agosto de 
1945) dispõe em seu artigo terceiro, alínea b, “a concessão de registros de marcas 
de indústria e de comércio, nomes comerciais títulos de estabelecimento, insígnias, 
comerciais ou profissionais, expressões ou sinais de propaganda, recompensas in-
dustriais”.
 De acordo com as regras de direito comercial, o registro de um nome fantasia 
é feito perante os órgãos de registro de marcas e patentes, sendo resguardado o 
direito à sua utilização ao primeiro que o registra. No Brasil, o registro de nomes e 
marcas comerciais é controlado pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial 
(inpi); O inpi é uma autarquia federal vinculada ao Ministério do Desenvolvimen-
NOMES E MARCAS COMERCIAIS
PARA SABER MAIS: FONTES DE INFORMAÇÃO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA8
to, Indústria e Comércio Exterior, e, de acordo com a Lei da Propriedade Industrial 
(lei nº 9 279/96), a Lei de Software (lei nº 9 609/98) e a lei nº 11 484/07, é respon-
sável por: registros de marcas; concessão de patentes; averbação de contratos de 
transferência de tecnologia e de franquia empresarial; registros de programas de 
computador; registros de desenho industrial; registros de indicações geográficas.
 A marca comercial geralmente é mostrada num produto, na sua embalagem, 
exibida na frente de um estabelecimento comercial ou em veículos de entrega. A 
sua proteção legal é usualmente buscada por aqueles que desejam comercializar 
produtos ou criar uma ‘assinatura’ do seu produto que mostre a sua individuali-
dade e que seja reconhecido de forma fácil. Os detentores do registro feito no inpi 
têm o direito de prevenir que outros utilizem a sua marca; para facilitar esta tarefa 
é comum a utilização do símbolo de registro  ao lado da marca para mostrar que 
ela foi registrada, o que lhe garante os direitos legais.
15 Ash, Michael; Ash, Irene. Chemical manufacturer’s directory of trade name 
products. 3rd ed. New York: Synopse Information Resources, 2004. 1231 p. isbn 
1890595756 ¶ Lista internacional dos fabricantes e de cerca de 60 mil produtos na 
área de química. Divide-se em duas partes: 1) lista alfabética dos fabricantes, inclu-
sive informações sobre os seus produtos; 2) seção de produtos com breve descrição 
de cada item.
16 Brands and their companies. 39th ed. Detroit: Gale Cengage, 2015. 2 v. 
em 6 partes. isbn 9781573025942 ¶ Traz informações sobre fabricantes e distribui-
dores de produtos manufaturados nos eua, desde pequenas empresas até grandes 
corporações. Inclui mais de 426 mil nomes comerciais de 115 mil fabricantes, im-
portadores e distribuidores e empresas e produtos descontinuados ou que foram 
considerados genéricos. Cada verbete inclui o nome comercial, nome das empre-
sas e endereço, telefone, e-mail, sítio web, código do produto, classificação das pa-
tentes.
17 Instituto Nacional da Propriedade Industrial (inpi). Portal do inpi. 
www.inpi.gov.br/portal/ Endereço: Praça Mauá, 7, 6° andar, Rio de Janeiro, rj 
20081-240 ¶ Sítio oficial do instituto onde no item ‘marcas’ se tem acesso à página 
da Diretoria de Marcas. Nela encontram-se informações sobre a importância de 
registrar a marca, conhecer os passos e os documentos necessários para dar en-
trada no pedido de registro e acompanhar o andamento do processo. Além disso, 
tem-se acesso ao formulário eletrônico do e-Marcas, realizam-se pesquisas e en-
contram-se informações sobre a Classificação Internacional de Produtos e Serviços 
(nice), a legislação e perguntas mais frequentes.
18 United States Patent Office. Trademark electronic search system 
(tess). http://tmsearch.uspto.gov/bin/gate.exe?f=tess&state=4808:rve585.1.1 ¶ 
Base de dados, produzida pelo serviço norte-americano de patentes, sobre marcas 
registradas. Contém o registro bibliográficode 32 milhões de marcas pendentes e 
9
registradas nos eua. A busca pode ser feita de modo simples ou avançado. Permite 
acesso ao dicionário de termos indexados.
NORMAS TÉCNICAS
 Norma técnica, segundo a Confederação Nacional da Indústria “é um docu-
mento estabelecido por consenso e aprovado por um organismo reconhecido que 
fornece, para uso comum e repetitivo, regras, diretrizes ou características para ati-
vidades ou para seus resultados, visando à obtenção de um grau ótimo de ordena-
ção em um dado contexto”.6
 Elas são estabelecidas por consenso entre os interessados e aprovadas por um 
organismo reconhecido. “Acrescente-se ainda que são desenvolvidas para o bene-
fício e com a cooperação de todos os interessados, e, em particular, para a promo-
ção da economia global ótima, levando-se em conta as condições funcionais e os 
requisitos de segurança”.6 As suas áreas de aplicação englobam produtos, serviços, 
processos, sistemas de gestão e de recursos humanos.
 Trata-se de documento de caráter universal, simples e eficiente, que, devida-
mente utilizado, faz com que um mesmo produto possa ser adotado em diferentes 
países. Utiliza-se a norma técnica para:
 a) racionalizar processos, eliminando desperdício de tempo, matéria-prima e 
mão de obra;
 b) assegurar a qualidade do produto oferecido ao mercado;
 c) conseguir aumento nas vendas;
 d) incrementar a venda de produtos em outros mercados;
 e) reduzir a troca e a devolução de produtos;
 f) reverter o produto, processo ou serviço em patrimônio tecnológico, indus-
trial e comercial para o país, ao se relacionar com o mercado internacional;
 g) reforçar o prestígio de serviços prestados;
 h) aumentar o prestígio de uma determinada marca;
 i) garantir a saúde e a segurança.
A legislação reconhece as normas, especificações, métodos de ensaio, normas 
de terminologia e demais documentos aprovados pela Associação Brasileira de 
Normas Técnicas (abnt). Na falta de norma brasileira para determinado assunto 
é comum o uso das normas da Organização Internacional de Normalização (iso), 
da British Standards Institution (bsi), do Deutsches Institut für Normung (din) 
ou mesmo do American National Standards Institute (ansi, antigo usasi e asa).
 No Brasil as normas técnicas são de responsabilidade da abnt e do Instituto 
Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (inmetro). Em ní-
vel internacional, as normas são coordenadas pela iso.
 As normas elaboradas pela abnt são produzidas por comitês formados por 
NORMAS TÉCNICAS
PARA SABER MAIS: FONTES DE INFORMAÇÃO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA10
vários fabricantes, consumidores e profissionais de instituições técnico-científicas, 
que se reúnem periodicamente para discutir os diversos aspectos de um código de 
normalização. A aprovação de uma norma demora, em média, um ano e meio e só 
acontece quando há acordo entre todas as partes envolvidas.
 A abnt está organizada na forma de comitês, sendo cada um responsável pela 
normalização de determinado setor produtivo. Os comitês são integrados por co-
missões de estudos, que se propõem a elaborar normas específicas. O conselho téc-
nico dos comitês convida para fazer parte das comissões de estudo os produtores 
de insumos básicos, matérias-primas, bens e serviços do setor, além de consumi-
dores e profissionais técnicos da iniciativa privada e de órgãos governamentais.
Principais fontes de informação
19 Associação Brasileira de Normas Técnicas. abnt catálogo. www.ab-
ntcatalogo.com.br/ ¶ Catálogo com mais de 11 mil normas. Por meio dele é pos-
sível a aquisição via internet das normas da abnt, iso e do mercosul. A busca 
pode ser feita pelo número da norma, palavras-chave, pelo comitê normalizador 
ou pelo período de publicação. Mediante assinatura é possível acessar a ‘abnt Co-
leção” [www.abntcolecao.com.br/default.aspx], que permite a leitura e impressão 
das normas. Uma grande vantagem dessa coleção é que permite o acesso a partir 
de qualquer equipamento que esteja dentro do intervalo do endereço internet da 
instituição.
20 Beuth Verlag. www.beuth.de/en/ ¶ Fundada em 1924 pela din, junta-
mente com a Verein Deutscher Ingenieure (vdi) (associação dos engenheiros da 
Alemanha), é uma editora que publica as normas alemãs. Em 1993 as agências 
normalizadoras da Áustria (on) e da Suíça (snv) tornaram-se sócias da editora, 
transformando-a na maior casa publicadora técnica da Europa. Também edita pu-
blicações na língua inglesa. Possui um banco de dados com mais de 360 mil nor-
mas; indexa normas técnicas internacionais (cen, cenelec, iec, iso), europeias 
(afnor, bsi, din), japonesas (jis) e norte-americanas (astm, ieee e ul). O acesso 
ao banco de dados é mediante assinatura.
21 Brasil. Comissão Nacional de Energia Nuclear. Centro de Infor-
mações Nucleares. Base de dados de normas técnicas. www.cnen.gov.br/index.
php/centro-de-informacoes-nucleares/normas-tecnicas ¶ Base de dados de nor-
mas técnicas existentes em algumas bibliotecas brasileiras. Permite busca simples e 
avançada. É, na prática, um catálogo coletivo do acervo de normas.
22 Information Handling Service. ihs standards store. https://global.ihs.
com/ ¶ Organização que possui uma coleção de mais de um milhão de normas 
técnicas, códigos e regulamentos civis e militares, elaborados por mais de 370 so-
ciedades técnicas de diversos países. As normas podem ser compradas individual-
mente ou por meio de assinaturas
11
23 Target Engenharia e Consultoria. Av. das Nações Unidas, 18801, Cj. 
1501. São Paulo, SP 04795-000 www.target.com.br/Home.aspx ¶ Banco de dados 
que permite, mediante assinatura, a busca e acesso às normas técnicas brasileiras e 
do mercosul. Também fornece pesquisas, cópia e tradução de normas estrangei-
ras. Comercializa o programa de computador gedweb, um sistema para gerencia-
mento de normas técnicas brasileiras.
24 Instituto de Pesquisas Tecnológicas (ipt). Departamento de Acer-
vo e Informação Tecnológica. www.ipt.br/consultas_online Endereço: IPT, 
Cidade Universitária, São Paulo, SP 05508-901 ¶ Unidade que atende, mediante 
pagamento, ao setor produtivo, público e privado, por meio do desenvolvimento 
e da oferta de serviços e produtos informacionais. Reúne importante acervo de li-
vros, periódicos, normas técnicas e catálogos de produtos industriais. Acessa bases 
de dados nacionais e internacionais. Possui uma das mais completas coleções de 
normas técnicas da abnt, ansi, asme, astm, bsi, din e ieee. Oferece, entre outros, 
serviços de cópia de normas técnicas, pesquisa em base de dados de normas téc-
nicas, prepara respostas técnicas e buscas bibliográficas científicas, tecnológicas e 
industriais.
Instituições brasileiras
25 Associação Brasileira de Normas Técnicas (abnt). www.abnt.org.br/ 
Endereço: Av. Treze de Maio 13, 28º andar, 20031-901 Rio de Janeiro, RJ ¶ Fundada 
em 1940, é o órgão responsável pela normalização técnica no país. Entidade priva-
da, sem fins lucrativos, reconhecida como único Foro Nacional de Normalização 
pela resolução n. 7 do conmetro, de 24/08/1992.
26 Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade In-
dustrial (inmetro). www.inmetro.gov.br Endereço: Av. Nossa Senhora das Gra-
ças, 50, Bairro Xerém, Duque de Caxias, RJ 25250-020. ¶ Órgão oficial que cuida da 
normalização e qualidade industrial. Possui uma base de dados sobre regulamen-
tos técnicos federais: legislação, portarias do inmetro e resoluções do Conselho 
Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (conmetro).
Instituições internacionais
27 Organização Internacional de Normalização (iso). www.iso.org/
iso/home.html ¶ Criada em 23/2/1947, em Genebra, é uma federação dos orga-
nismos nacionais, de 130 países, ligados à normalização. Seu objetivo é promover 
o desenvolvimento de normas, testes e certificação, com o intuito de encorajar o 
comércio de bens e serviços. 
28 Comissão Eletrotécnica Internacional (iec). www.iec.ch ¶ Criada 
em 1906, com sede em Genebra, é um organismo internacional denormalização 
NORMAS TÉCNICAS
PARA SABER MAIS: FONTES DE INFORMAÇÃO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA12
nas áreas da eletrotécnica, eletrônica e relacionadas. Alguns de seus padrões são 
desenvolvidos juntamente com a iso.
29 União Internacional de Telecomunicações (itu). www.itu.int/en/
Pages/default.aspx ¶ Fundada como Union Télégraphique Internationale, em 
17/5/1865, em Paris. É um organismo internacional de normalização nas áreas de 
redes e serviços de telecomunicações. Os seus padrões internacionais são referidos 
como Recomendações (com a primeira letra em maiúscula, para diferenciar do 
significado comum da palavra recomendação). Devido à sua longevidade como 
uma organização internacional e seu status como agência especializada da onu, os 
padrões promovidos pela utu possuem um grande valor de reconhecimento inter-
nacional sobre outras organizações que publicam especificações técnicas similares.
Instituições de outros países
Alemanha
30 Deutsches Institut für Normung (din). www.din.de/ ¶ Instituição re-
gulamentadora da normalização na Alemanha. A busca é feita por palavra-chave 
no sítio www2.beuth.de/.
Estados Unidos
31 Aluminum Association. www.aluminum.org/resources/industry-stan-
dards ¶ Normas relativas aos mais diversos aspectos do alumínio.
32 American National Standards Institute (ansi). webstore.ansi.org/ 
¶ Instituição regulamentadora da normalização nos eua. Por ser uma entidade-
-padrão de uma economia forte, outras entidades semelhantes no mundo seguem 
alguns dos padrões adotados pela ansi.
33 American Nuclear Society (ans). www.ans.org/standards/ ¶ Normas 
norte-americanas sobre tecnologia nuclear.
34 American Society of Heating, Refrigerating and Air-Conditio-
ning Engineers (ashrae). www.ashrae.org/ e www.techstreet.com/ashraegate 
¶ Normas norte-americanas relativas à calefação, conservação de energia, refrige-
ração e ar-condicionado.
35 American Society of Agricultural and Biological Engineers 
(asabe). www.asabe.org/standards.aspx ¶ Normas relativas à tecnologia agrícola.
36 American Society of Mechanical Engineers (asme). www.asme.org/
shop/standards ¶ Códigos e normas relativas a projeto, fabricação e instalação nas 
áreas da engenharia mecânica.
13
37 American Society for Testing and Materials (astm). www.astm.org/
Standard/index.html ¶ Normas relativas a testes e materiais utilizados na indústria. 
A busca pode ser feita pelo resumo, título ou número do documento. Publica o 
astm standards [Philadelphia: American Society for Testing and Materials, 1939– . 
Anual. issn 0517-5011] nos formatos impresso, dvd ou no acesso em linha. A 
entidade também oferece, mediante assinatura, acesso à astm Standards and Engi-
neering Digital Library [www.astm.org/digital_library/index.html], que possui 
acervo digital de todas as normas e publicações, editadas a partir de 1932.
38 Association for Information and Image Management (aiim). www.
aiim.org/Research-and-Publications/Standards ¶ Normas sobre digitalização, mi-
crofilmagem, armazenamento e recuperação de imagens e documentos digitais, 
bem como sobre o gerenciamento eletrônico da informação.
39 Institute of Electrical and Electronics Engineers (ieee). stan-
dards.ieee.org/ ¶ Normas de engenharia elétrica e eletrônica.
40 Instrument Society of America (isa). www.isa.org/standards-publica-
tions/ ¶ Normas relativas a medidas e controles na área de automação industrial, 
usinas elétricas, informática, telemetria e telecomunicações.
41 National Electrical Manufacturers Association (nema). www.
nema.org/Standards/Pages/default.aspx ¶ Normas relativas à produção de apare-
lhos e equipamentos elétricos.
42 National Fire Prevention Association (nfpa). www.nfpa.org/
codes%20and%20standards.aspx ¶ Códigos e normas relativas a incêndios e sua 
prevenção.
43 National Institute of Standards and Technology (nist). www.nist.
gov/index.html ¶ Agência que fornece medidas e padrões para as diversas áreas 
industriais.
44 National Highway Traffic Safety Administration (nhtsa). Safety 
Standards. www.nhtsa.gov/Laws-Regs ¶ Normas relativas à engenharia rodoviária, 
segurança e transporte rodoviário.
45 Society of Automotive Engineers (sae). www.sae.org/standards/ ¶ 
Normas relativas à indústria automobilística.
46 Society of Motion Picture and Television Engineers (smpte). www.
smpte.org/standards ¶ Normas relativas à tecnologia de cinema, vídeo e televisão.
47 Underwriter’s Laboratories (ul). http://ulstandards.ul.com/stan-
dards-catalog/¶ Importante organização norte-americana que cuida da avaliação 
e teste da qualidade de equipamentos e aparelhos.
NORMAS TÉCNICAS
PARA SABER MAIS: FONTES DE INFORMAÇÃO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA14
França
48 Association Française de Normalisation (afnor). www.afnor.fr/ ¶ 
Sítio da agência reguladora de normalização na França.
Reino Unido
49 British Standards Institution (bsi). www.bsigroup.com/ ¶ Sítio da 
agência reguladora de normalização do Reino Unido. Possui também interface em 
português [www.bsigroup.com/pt-br/].
Acesso a cópias de normas técnicas
 Existem diversos fornecedores de cópias de normas técnicas. O fornecimento, 
geralmente é feito mediante pagamento pelo usuário; muitos aceitam pagamento 
com cartão de crédito internacional e o documento pode ser copiado rapidamente. 
Além desses, diversas instituições normalizadoras também comercializam direta-
mente suas normas e de outras entidades. 
50 Associação Brasileira de Normas Técnicas (abnt). www.abntcatalo-
go.com.br/ ¶ Fornece, mediante pagamento, cópia de suas normas, da iso e do 
mercosul. Buscas pelo número, palavra-chave, comitê normalizador ou por data. 
51 Document Center. www.document-center.com ¶ Comercializa cópias de 
normas técnicas de diversos organismos normalizadores.
52 Document Engineering Corporation. www.doceng.com/Governmen-
t-Standards-Document-Supplier.html ¶ Comercializa cópias de normas técnicas 
de vários organismos normalizadores.
53 Information Handling Services (ihs). Standards Store. http://global.
ihs.com/ Endereço: 15 Inverness Way East; Englewood, co 80150, usa ¶ Um dos 
maiores provedores mundiais de informação, na área de normas técnicas inter-
nacionais e nacionais. A busca pode ser feita pelo número, palavra-chave ou pela 
organização que aprovou a norma. 
54 Instituto de Pesquisas Tecnológicas. Departamento de Acervo e 
Informação Tecnológica. www.ipt.br/consultas_online Endereço: Av. Prof. Al-
meida Prado, 532, Butantã, Cidade Universitária, São Paulo, SP 05508-901 ¶ For-
nece cópias de normas, mediante pagamento, de diversas organizações normaliza-
doras, brasileiras e estrangeiras. 
55 Publicações Técnicas Internacionais (Pti). www.pti.com.br/ Endere-
ço: Rua Peixoto Gomide, 209, São Paulo, SP 01409-901 ¶ Tradicional fornecedor 
de livros, periódicos e normas técnicas. Possui um serviço que possibilita o moni-
toramento, consulta e compra de normas nacionais e internacionais.
15
PATENTES
 Segundo a Organização Mundial da Propriedade Intelectual (ompi), patente é 
um documento expedido por um órgão governamental que descreve a invenção 
e cria uma situação legal na qual a invenção patenteada pode, normalmente, ser 
explorada (fabricada, importada, vendida e usada) com a autorização do titular.
 Assim, a patente contém a descrição pública de um invento, feita de forma a de-
fender direitos de propriedade do titular. Ao mesmo tempo, essa patente participa 
de um sistema internacional e nacional, que estabelece os deveres do inventor de 
uma tecnologia e os direitos dos compradores dessa tecnologia patenteada.
 O Brasil foi o quarto assinante do Acordo ou Convenção de Paris que estabele-
ceu, em 20 de março de 1883, o Sistema Internacional de Patentes. Essa convenção 
veio dar proteção aos privilégios de invenção dos modelos e desenhos industriais, 
marcas de indústria e comércio e nome comercial. Ainda não existe uma ‘patente 
mundial’; uma patente só adquire validade em outro país se o inventor a registrar 
noórgão nacional competente.
 A propriedade industrial tem por objetivo a proteção das invenções dos mo-
delos de utilidade, dos desenhos ou modelos industriais, das marcas, bem como a 
repressão relativa à concessão de patentes, quanto às invenções e aos modelos de 
utilidade, concessão dos registros e desenho industrial e de marca. A lei de proprie-
dade industrial trata dos bens imateriais aplicáveis em materiais industrializáveis.
 As patentes brasileiras são registradas no Instituto Nacional da Propriedade 
Industrial (inpi), e mediante esse registro o Estado garante ao inventor o direito de 
exclusividade de uso ou venda da patente durante certo número de anos. Assim, 
a comunidade obtém primeiramente a invenção por um preço e, após a expiração 
do prazo de garantia do registro, a patente cai em domínio público, podendo ser 
utilizada gratuitamente. Os registros concedidos e o acompanhamento dos proces-
sos de registro em andamento são divulgados na Revista da Propriedade Industrial, 
publicada pelo inpi.
 Marca registrada refere-se ao nome e símbolo utilizados no comércio de bens 
para indicar a fonte ou origem desses bens. Os nomes comerciais também são pro-
tegidos por lei, e nesse caso são denominados ‘marcas’. Seu registro é bastante si-
milar ao das patentes.
 Como o Brasil é um grande importador de tecnologia, é preciso que as em-
presas verifiquem com antecipação se as patentes estrangeiras que lhes interessam 
já estão em domínio público, a fim de assim evitar o desperdício de divisas com 
o pagamento indevido pelo uso de conhecimentos não mais sujeitos às restrições 
das leis de patentes. Nesse caso, as fontes mais indicadas são: para patentes norte-
-americanas, a Official Gazette; alemãs, o German Patent Report; inglesas, o Official 
Journal (Patents). Alguns periódicos de resumos, como o Chemical Abstracts, in-
cluem seções sobre patentes.
 A inovação tecnológica é condição fundamental para o sucesso do processo 
relacionado aos sistemas produtivos. Cada vez mais empresas investem na criação 
PATENTES
PARA SABER MAIS: FONTES DE INFORMAÇÃO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA16
de suas tecnologias. No entanto, para orientar as atividades de pesquisa, poupar 
tempo e evitar gastos desnecessários, a busca de informação em documentos de 
patentes é fundamental.
 Em qualquer tipo de organização, seja ela vinculada ao setor público ou priva-
da, a busca da literatura sobre patentes internacional pode ter inúmeros objetivos. 
Entre eles podem ser citados:
 a) pesquisar as atividades dos competidores;
 b) conduzir uma pesquisa detalhada;
 c) identificar avanços tecnológicos e prever tendências tecnológicas – o chama-
do monitoramento tecnológico;
 d) reduzir a duplicação de pesquisa e desenvolvimento;
 e) detectar e evitar violações de patentes depositadas pela organização;
 f) desenvolver um maior número de invenções;
 g) comparar o desempenho da pesquisa de instituições com as realizadas por 
instituições congêneres.
No contexto universitário, quanto mais patentes tem um pesquisador, maior é a 
possibilidade de ele deixar a academia para comercializar os resultados dos estudos 
e ser mais bem recompensado. De acordo com Bueno,
pelo menos é o que mostra um artigo da revista Nature, de 2 de janeiro de 2014, que 
comenta um estudo realizado com pesquisadores belgas no período de 1996 a 2005. 
No Brasil ainda não existe uma tendência como essa, mas sim um aumento do cuidado 
entre os pesquisadores e universidades em depositar patentes antes da publicação em 
periódicos científicos. É uma cultura que está se formando. Para os pesquisadores que 
ao final de um projeto acreditam que os resultados obtidos são passíveis de proteção in-
telectual, especialistas recomendam, como primeiro passo, a análise de três itens: saber 
se a invenção constitui realmente uma novidade, se ela se enquadra em uma atividade 
inventiva e se pode ser aplicada industrialmente.3
Em muitas universidades e institutos de pesquisa existem os núcleos de inova-
ção tecnológica (nit), também denominados agência de inovação, coordenação 
de propriedade intelectual ou unidade de patenteamento. Esse tipo de setor geral-
mente é responsável pela avaliação dos requisitos de patenteabilidade do produto 
da pesquisa e também pela sinergia entre o setor público e as empresas. 
Bueno também aponta que “em muitos países já existe a cultura de que o depó-
sito da patente deve anteceder a publicação de artigos científicos principalmente 
em áreas tecnológicas. O artigo científico só deve ser submetido para publicação 
quando já existir um número de protocolo de depósito concedido pelo inpi [Insti-
tuto Nacional da Propriedade Industrial].”3
A documentação de patente é a mais completa entre as fontes de pesquisa. Es-
17
tudos revelam que 70% das informações tecnológicas contidas nestes documentos 
não estão disponíveis em qualquer outro tipo de fonte de informação. 
 De acordo com a Organização Mundial da Propriedade Intelectual (ompi), o 
número de pedidos de patentes tem crescido na ordem de 1,5 milhão a cada ano, 
que resultam em mais de 500 mil patentes concedidas. Empresas nos eua, Japão e 
na Europa utilizam, cada vez mais, este instrumento como insumo estratégico.
Fontes brasileiras
56 Instituto Nacional da Propriedade Industrial (inpi). Banco de pa-
tentes do inpi. www.inpi.gov.br/ Endereço: Praça Mauá, 7, 4.º andar, Rio de Janeiro, 
RJ 20081-240 ¶ Autarquia vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indús-
tria e Comércio Exterior, sendo responsável pelos registros de marcas, concessão 
de patentes, contratos de transferência de tecnologia e registros de programas de 
computador, de desenho industrial de indicações geográficas e de topografia de 
circuitos integrados. O seu banco de patentes abriga mais de 24 milhões de docu-
mentos, armazenados sob a forma de papel, microformas e discos compactos. Esse 
acervo abrange patentes de diversos países, além das brasileiras. A maior parte dos 
documentos de patentes está disponível para pesquisa, devidamente organizada de 
acordo com a Classificação Internacional de Patentes (cip). O banco de patentes 
reúne, ainda, a documentação brasileira referente aos antigos Modelos Industriais 
(mi) e Desenhos Industriais (di), indexadas pela Classificação Brasileira de Paten-
tes. 
57 Instituto Nacional da Propriedade Industrial. Centro de Docu-
mentação e Informação Tecnológica (cedin). Banco de dados do inpi. ht-
tps://gru.inpi.gov.br/pePI/servlet/LoginController?action=login ¶ Banco de dados 
formado por quatro bases de dados: marcas, patentes, patentes em aniversário e 
desenhos. Essas bases dão acesso ao texto integral dos documentos de patentes 
publicados a partir de agosto de 2006; os publicados entre 1982–1999 também 
estão disponíveis parcialmente. A busca pode ser feita pelo número ou por pala-
vras-chave contidas no título do documento, no resumo, no nome do depositante 
ou do inventor. Para utilizar a busca avançada é necessário fazer o cadastramento 
prévio do usuário.
58 Revista Eletrônica da Propriedade Industrial (rpi). Rio de Janeiro: Institu-
to Nacional da Propriedade Industrial, v. 1– , 2005– . http://revistas.inpi.gov.br/rpi/ 
¶ Órgão oficial sobre os registros brasileiros concedidos na área de propriedade 
industrial. Publica todos os seus atos, despachos e decisões relativos ao sistema de 
propriedade industrial no Brasil, compreendendo marcas e patentes, bem como 
os referentes a contratos de transferência de tecnologia e assuntos correlatos, além 
dos que dizem respeito ao registro de programas de computador como direito au-
toral. Divide-se em: patentes e marcas. Inclui dados estatísticos sobre patentes con-
cedidas; pedidos e registros de desenhos industriais; licenças de usos de marcas, 
PATENTES
PARA SABER MAIS: FONTES DE INFORMAÇÃO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA18
de pedidos de publicação e registros de marcas e programas de computador. Foi 
editada sob a forma impressa entre 1972–2005, a partir desse período é publicada 
nos formatos txt, html e pdf.Fontes de outros países
59 Canadá. Canadian Intellectual Property Office (cipo). http://brevets-pa-
tents.ic.gc.ca/opic-cipo/cpd/eng/introduction.html ¶ Possui uma base de dados 
com o texto completo de mais de dois milhões de patentes canadenses a partir de 
1978. As buscas podem ser feitas pelo número da patente, título, inventor e classi-
ficação.
60 Chemical Abstract Service. Chemical patents plus. url: www.cas.org/
content/references ¶ Um subproduto importante do Chemical Abstracts que forne-
ce informações, com atualizações diárias, sobre patentes concedidas em inúmeras 
áreas científicas, incluindo as ciências biomédicas, química, engenharia, ciência 
dos materiais e ciências agrícolas. É necessária senha de acesso aos serviços, sendo 
que muitos são pagos. Indexa, de forma exaustiva e corrente (dois dias após a pu-
blicação), as patentes de nove agências mais importantes da área: Canadian Intel-
lectual Property Office (cipo), European Patent Office (epo), Institut National de 
la Proprieté Industrielle (inpi) francês, Deutsches Patent und Markenamt (dpma) 
alemão, Japan Patent Office (jpo), Russian Patent Office (ROSPATENT, Russian 
Agency for Patents and Trademarks), United Kingdom Intellectual Property Office 
(UK-IPO), United States Patent & Trademark Office (USPTO) e da World Intel-
lectual Property Organization (WIPO). As patentes de outros países são indexadas 
em até 27 dias após a publicação em seus países de origem.
61 Derwent World Patents Index. Thomson Reuters, 1963– . ¶ Base de dados 
que fornece acesso a mais de 20 milhões de famílias de patentes, cobrindo mais de 
45 milhões de documentos produzidos por 47 entidades patenteadoras. A publica-
ção indexa as patentes da área de fármacos desde 1963; plásticos e polímeros, desde 
1966; patentes em outras áreas da química, desde 1970; engenharia elétrica e mecâ-
nica, desde 1974. As patentes brasileiras são indexadas desde 1976. Em cada nova 
edição, feita duas vezes por semana, são incorporados cerca de 40 mil documentos. 
Em cada registro é descrita uma família de patentes que contém dados desde a pri-
meira publicação de uma invenção, conhecida como patente básica, bem como as 
outras patentes a ela relacionada, conhecidas como equivalentes. Nesse registro são 
incluídos os dados bibliográficos, resumo, termos de indexação (geral, da química 
e polímeros). Também são apresentados, desde 1988, os desenhos elétricos e de 
engenharia e, a partir de 1992, a estrutura química. Inclui o Derwent Innovations 
Index (dii) que incorpora as informações importantes de patentes com as informa-
ções de citações, a partir de 1973, do Derwent Patent Citation Index. Este recurso 
proporciona aos pesquisadores uma visão abrangente sobre o mercado global em 
19
todas as categorias: engenharia química, elétrica, eletrônica e mecânica. Informa-
ções e codificação descritivas adicionais permitem aos usuários dominar a impor-
tância de uma patente e suas relações com outras patentes. Os usuários podem 
executar buscas eficientes de patentes e citações a partir da área de trabalho, sem a 
necessidade de serem especialistas na busca de patentes. 
62 European Patent Office. Esp@net European’s Network of Patent data-
bases. www.epo.org/index.html ¶ Base de dados sobre patentes europeias. É ne-
cessária senha de acesso ao sistema. A base de dados oferece acesso à tradução 
automática das patentes europeias para algumas línguas (inglês, alemão, francês, 
italiano e espanhol). Possibilidade de buscar patentes pelo país de origem.
63 Freepatentsonline. www.freepatentsonline.com/search.html ¶ Oferece 
buscas de patentes norte-americanas, europeias e japonesas. Com acesso gratuito, 
mediante registro prévio, às patentes norte-americanas a partir de 1976.
64 Google Patents. https://patents.google.com/ ¶ Permite busca simples e 
avançadas de patentes norte-americanas (a partir de 1790) e europeias (a partir de 
1978). Em agosto de 2015 foi lançada uma nova versão que incorpora as citações 
da patente indexadas no Google Acadêmico. Nota: é preciso certo cuidado no uso 
dos resultados, pois o processo de digitalizar as imagens das patentes hospedadas 
no uspto para o texto produziu muitos erros datilográficos. A grande vantagem 
deste sitio é a possibilidade de imprimir, de forma rápida, o pdf da patente, com 
poucos cliques no teclado do computador.
65 Japanese Patent Office. Japan Platform for Patent Information. www.j-
-platpat.inpit.go.jp/web/all/top/BTmTopEnglishPage ¶ Banco de dados que oferece 
acesso público e gratuito às patentes japonesas publicadas na IP Gazette e indexa-
das no Patent Abstracts of Japan, editado pelo Japanese Patent Office, órgão oficial 
de patentes do Japão. A busca por termos é feita nas patentes registradas após 1976; 
a busca pelo sistema de classificação inclui documentos a partir de 1885. Nota: 
existe um atraso de três a seis meses na tradução para o inglês, o que deve ser leva-
do em conta quando se usa somente a busca por meio dos termos em inglês.
66 Official Gazette Patents. Washington, dc: u.s. Government Printing Of-
fice, 1872– . Semanal. issn 0098-1133. www.uspto.gov/learning-and-resources/
official-gazette/official-gazette-patents ¶ Periódico oficial da agência norte-ameri-
cana de patentes (u.s. Patent Office). Publica notícias, pedidos de patenteamento, 
decisões legais e resumos das patentes concedidas no período. Inclui desenhos das 
patentes. A versão eletrônica é publicada às terças-feiras e contém os dados biblio-
gráficos e desenhos de cada patente divulgada na semana.
67 Organização Mundial da Propriedade Intelectual (ompi). Por-
tal. www.wipo.int/portal/en/index.html Endereço: 34, Chemin des Colombettes, 
PATENTES
PARA SABER MAIS: FONTES DE INFORMAÇÃO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA20
1121 Genebra 20, Suíça ¶ Organismo internacional, integrado por cerca de 140 
países, cujo objetivo é promover a proteção da propriedade intelectual por meio de 
tratados, tanto sobre direitos autorais quanto a propriedade industrial. Fornece a 
Patentscope [http://patentscope.wipo.int/search/en/search.jsf], base de dados que 
oferece busca em mais de 48 milhões de patentes; os arquivos recuperados podem 
ser nos formatos pdf, zip ou xml.
68 Organização Mundial da Propriedade Intelectual. ¶ Internatio-
nal patent classification. web2.wipo.int/ipcpub/#refresh=page&notion=sche-
me&version=20150101 ¶ Sistema estabelecido pelo Acordo de Estrasburgo, de 
1971, a fim de ser um mecanismo eficaz para a avaliação de pedidos de patentes 
concedidas pelas agências nacionais e, ao mesmo tempo, facilitar a recuperação 
dos documentos relativos a patentes. A edição atual foi revisada em outubro de 
2014, por um comitê de especialistas, e passou a vigorar a partir de 1° de janeiro de 
2015. É um sistema hierárquico de classificação, com versões em inglês e francês, 
usado primariamente para classificar e recuperar documentos sobre patentes de 
acordo com as áreas técnicas pertinentes. Contém cerca de 70 mil entradas identi-
ficadas por símbolos de classificação, é dividido em oito seções, cada seção subdivi-
dida em classes, cada classe em subclasses, e as subclasses em grupos e subgrupos. 
69 Reino Unido. Intellectual Property Office. www.gov.uk/govern-
ment/organisations/intellectual-property-office ¶ Sítio do órgão oficial do Reino 
Unido sobre patentes, marcas comerciais, direitos autorais e outras proteções.
70 United States Patent And Trademark Office. Web patent databases. 
www.uspto.gov/ ¶ O u.s. Patent and Trademark Office (uspto) oferece acesso gra-
tuito às referências bibliográficas e textos completos das patentes norte-america-
nas, aprovadas após primeiro de janeiro de 1976, indexadas em sua base de dados. 
A base de dados Patent Full-text databases [url: http://patft.uspto.gov/netahtml/
pto/index.html], permite buscas simples, avançadas e pelo número da patente. In-
dexa mais de sete milhões de patentes e de imagens, estas a partir de 1790; inclui, 
além dos dados bibliográficos, o nome doinventor, título da patente, resumo, des-
crição completa da invenção e dados sobre seu registro.
71 World patent information; international journal for patent documenta-
tion, classification & statistics. Oxford: Elsevier, 1979– . Trimestral. issn 0172-2190 
¶ Periódico publicado pela Comunidade Europeia e Organização Internacional da 
Propriedade Intelectual. Título importante para quem trabalha com informação 
sobre patentes. Inclui artigos sobre documentação, classificação e estatística de pa-
tentes.
Acesso a cópias de patentes
72 fiz Karlsruhe. fiz AutoDoc. www.fiz-karlsruhe.de/en/leistungen/resear-
21
ch-patent-information/fiz-autodoc.html Endereço: fiz Karlsruhe, Hermann-von-
-Helmholtz-Platz 1, 76344 Eggenstein-Leopoldshafen, Deutschland ¶ Serviço de 
comutação bibliográfica, operado pelo fiz Karlsruhe, um dos responsáveis pelo 
banco de dados stn. Oferece acesso à cópia de patentes. Possui acordos de coo-
peração com inúmeras bibliotecas nacionais e científicas de diversos países o que 
possibilita agilidade no atendimento. O serviço é realizado mediante pagamento 
e a cópia pode ser enviada por correio eletrônico, fax ou correio comum. O paga-
mento pode ser feito em dólares norte-americanos ou euros; são cobradas taxas 
especiais para atendimento em até três horas, 24 horas ou no prazo normal (até 48 
horas).
73 Instituto Nacional da Propriedade Industrial (inpi). Centro de Dis-
seminação da Informação Tecnológica (inpi/cedin). Biblioteca. Endereço: Rua 
Mayrink Veiga, 9, Sobreloja, Centro, Rio de Janeiro, RJ 20090-910 ¶ Possui exce-
lente acervo de patentes depositadas em vários países. As solicitações podem ser 
feitas diretamente por meio de formulário, carta, fax, correio eletrônico ou pelas 
divisões regionais e representações do inpi.
74 Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (ipt). 
Departamento de Acervo e Informação Tecnológica. Endereço: Av. Profes-
sor Almeida Prado, 532, Cidade Universitária, São Paulo, SP 05508-901 ¶ Possui 
um dos melhores acervos brasileiros relacionados com patentes. 
PERIÓDICOS
 As publicações periódicas constituem um dos mais eficientes meios de registro 
e divulgação de pesquisas, estudos originais e outros tipos de trabalho intelectual. 
As novas pesquisas, cujos resultados não necessitam ser mantidos em segredo por 
razões comerciais ou por estarem ligadas à defesa nacional, são publicadas na for-
ma de artigos de periódicos. Os periódicos são, portanto, fontes de informação 
indispensáveis de orientação e pesquisa bibliográfica em todos os campos de ativi-
dade humana.
 É o tipo de publicação primária considerada a mais atualizada e importante nas 
áreas de ciência e tecnologia. Seu número é crescente e algumas estimativas afir-
mam existirem mais de 100 mil títulos diferentes. Podem ser títulos gerais, como 
Nature e Science, que cobrem os mais diversos assuntos, e também títulos específi-
cos de uma subárea, como o Journal of Zoology.
 As expressões publicação seriada, periódico, revista técnica, revista científica e 
publicação periódica são usadas indistintamente para designar um tipo de docu-
mento que tem as seguintes características:
 a) periodicidade: intervalo de tempo entre a publicação de dois fascículos su-
cessivos, ou a frequência prefixada para o aparecimento dos fascículos;
PERIÓDICOS
PARA SABER MAIS: FONTES DE INFORMAÇÃO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA22
 b) publicação em partes sucessivas: obedecem geralmente a uma sistematiza-
ção, isto é, subdividem-se por ano, volume ou tomo, número, fascículo ou caderno;
 c) continuidade de publicação indefinida;
 d) variedade de assuntos e autores: podem ser gerais (que tratam de muitos 
assuntos) e especializados (que tratam de um assunto ou um ramo específico de 
determinado assunto). Podem trazer artigos variados sobre diversos assuntos ou 
sobre aspectos diversos de um mesmo assunto, em geral, de variados autores.
 Existem inúmeros tipos de periódicos ou revistas. Os mais comuns são:
1) Periódico acadêmico-científico ou de pesquisa: aquele que publica arti-
gos extensos, especializados sobre um determinado assunto e que, geralmente, é 
reputado como importante pelos cientistas de uma determinada disciplina. Seu 
objetivo é promover o progresso de uma área científica, noticiando novas pesqui-
sas. Publica artigos que foram submetidos à revisão por pares (peer review), na 
tentativa de assegurar que mantenham um padrão de qualidade e validade cien-
tifica. Devido ao longo processo de avaliação dos manuscritos, a publicação pode 
sofrer atrasos, mas o trabalho se justifica, tendo em vista a busca por uma ‘ciência 
de qualidade’. 
 A publicação dos resultados de pesquisa é parte essencial do método científi-
co. Esses resultados devem conter informações suficientes sobre um experimento, 
para que um pesquisador independente possa repetir o processo e verificar os re-
sultados. Cada artigo da revista se torna, portanto, parte de um registro científico 
permanente. A maioria dos artigos publicados neste tipo de periódico segue um 
formato padrão: começam com um resumo nas línguas portuguesa e inglesa; uma 
introdução, onde se faz uma exposição geral da pesquisa; uma revisão de literatura 
que analisa as pesquisas similares; a seção de material e métodos, ou metodolo-
gia, onde são detalhados os procedimentos utilizados na pesquisa, de maneira que 
possam ser reproduzidos por outro pesquisador; os resultados e discussão, onde 
são apresentados os resultados obtidos e as discussões sobre suas implicações; e, 
finalmente, a conclusão, onde é contextualizada a pesquisa, sugeridas suas possí-
veis aplicações e sugestões de futuras pesquisas. Ex.: Biochemistry, Journal of the 
Brazilian Chemical Society.
2) Periódico técnico: aquele publicado para atender às necessidades de uma 
determinada comunidade de engenheiros ou técnicos. Geralmente inclui artigos 
sobre a aplicação prática de uma nova tecnologia, bem como exemplos de suas 
aplicações. Ex.: Iron Age, Oil and Gas Journal.
3) Periódico comercial: contém artigos curtos, geralmente bem ilustrados, que 
focam, por exemplo, numa nova patente, tendências de mercado ou nos preços de 
materiais. Ex.: Construção Mercado; Téchne, a revista do engenheiro civil.
4) Periódico científico popular: aquele que visa a leitores de um público am-
plo, inclusive profissionais, amadores ou o hobista. É escrito para leigos, com mui-
tas fotografias, ilustrações e gráficos. Ex.: Galileu, Superinteressante.
23
 Ao periódico é atribuído um número único internacional, o issn (Internatio-
nal Standard Serial Number), que evita ambiguidades ou problemas derivados de 
títulos homônimos. Aos títulos norte-americanos também é aposto um código de 
identificação individual, denominado coden, criado pela American Society for 
Testing and Materials (astm).
 Mais de 50% dos títulos de periódicos são publicados em inglês. Muitos pe-
riódicos brasileiros, em algumas áreas, como matemática e física, dão preferência 
a artigos escritos nessa língua. É claro que a importância do inglês varia entre as 
áreas. Um aspecto a se observar é que não são muitos os periódicos brasileiros 
cobertos pelos serviços internacionais de índices e resumos, talvez porque o con-
teúdo dos artigos não seja cientificamente satisfatório, ou porque a divulgação dos 
periódicos seja insuficiente, ou porque, se em português, a língua seja um empe-
cilho para a comunidade internacional. É cada vez maior o número de brasileiros 
que divulgam seus experimentos em revistas estrangeiras, preferencialmente em 
inglês.
 Com a evolução da informática, muitos títulos passaram a ser publicados tam-
bém em cd-rom ou em dvd. Além disso, é crescente o número de títulos que 
também são acessíveis em linha, os chamados periódicos eletrônicos (e-journals 
ou electronic journals). Nos últimos anos têm surgido títulos que são editados uni-
camente na forma digital.
O setor de periódicos também tem sido impactado pelo movimento de aces-
so livre (open access). Esse movimento teve

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