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ATIVIDADE TBL - ANEMIAS HEMOLÍTICAS 1. Sobre os mecanismo de destruição das hemácias, é CORRETO afirmar que: ● A hemoglobinúria é um achado da hemólise extravascular. (FALSO) ● Na doença falciforme, a hemólise ocorre, preferencialmente, via sistema fagocítico mononuclear. ● A ferritina é um marcador importante nas anemias hemolíticas ● O ferro acumulado pela hemólise é excretado via renal. (VERDADEIRO?) DISCUSSÃO: Hemólise extravascular: principal local é o baço e o mecanismo é pelo sistema fagocítico mononuclear; a principal característica identificada por esse sistema são alterações da membrana. Ao retirar essa hemácia da circulação impede-se que as substâncias presentes na hemácia sejam liberadas na circulação. Reduzindo a possibilidade de aumento de hemoglobina por exemplo. Já na hemólise intravascular, Hb, ferro e todas as outras substâncias são liberadas na circulação. Situações em que a hemácia é retirada do organismo de forma precoce: a) anormalidades da membrana das hemácias; b) anormalidades da hemoglobina; c) anormalidades das enzimas eritrocitárias; d) fatores extrínsecos às hemácias. O baço faz o grosso do trabalho, o fígado é o back up nas situações de anormalidades das hemácias. A ferritina não é um bom marcador, e sim reticulócitos, bilirrubina indireta, haptoglobina e LDH; pode-se adicionar o coombs direto. Como a ferritina é também marcador inflamatório ela pode inclusive estar alta. A ferritina vai ajudar na anemia ferropriva e … Não existe forma fisiológica de eliminar excesso de ferro. A única forma é o sangramento. O que pode acontecer é na hemólise intravascular, a liberação da hemoglobina na circulação e então há o catabolismo da HB, mas há um momento em que ocorre a saturação das substâncias reguladoras desse excesso de HB. Então começa a acontecer a liberação de hemoglobina, hemossiderina.. Por isso, muitas vezes é necessário quelar o ferro. A hemocromatose ocorre em duas situações: a doença genética e a secundária (que podem acontecer nas doencas hemolíticas hereditarias, pacientes transfundidos, iatrogenia - reposição desnecessária. 2. Observando as associações entre doença e etiologia : I- Esferocitose – anormalidade da membrana II- Talassemia – substituição de um aminoácido na cadeia beta da globina (ausência ou redução) FALSA III- Deficiência de G6PD – depósito de imunoglobulinas na membrana (ANORMALIDADE DAS ENZIMAS ERITROCITÁRIAS) IV- Doença Falciforme – deficiência na síntese de cadeia beta V- Anemia auto-imune – teste de antiglobulina direto positivo VI- Hemoglobinúria paroxística noturna – doença clonal adquirida. Estão corretas as seguintes opções: ● I, V e VI apenas. ● II, III e V, apenas. ● I, IV e V, apenas. ● I, II, III e IV, apenas As anemias hemolíticas podem ser causadas por defeitos intracorpusculares (intrínseco da hemácia) e extracorpusculares. Dentre os exemplos acima vemos os intracorpusculares: - Defeitos de membrana - Maquinário enzimático (deficiência de G6PD) - há o estresse oxidativo - Hemoglobina - qualitativo (Hb anormal) e quantitativo (talassemia) Extracorpusculares: anemia hemolítica auto imune 3. Mulher com 30 anos de idade com 90% de hemoglobina S em sua eletroforese de hemoglobina, é provável encontrar, EXCETO; Esplenomegalia Icterícia Calculose biliar Reticulocitose . O ARTIGO QUE ELA MANDOU,, NÃO FALA SE TEM OU N ESPLENOMEGALIA, MAS DÁ A ENTENDER QUE NÃO, EU ACHO Discussão: Geralmente após 5 anos de a. falciforme quase todos os pacientes tem autoesplenectomia, como ela tem 90% de HbS, deve ser um caso avançado. A A. falciforme causa a micro oclusão dos vasos, pode causar infarto esplênico. entao acho q n tem esplenomegalia. Alguns casos de d.falciforme podem apresentar esplenomegalia, porém muito incomum. 4. Nas Talassemias é CORRETO afirmar que, em geral: ● Ocorre alteração qualitativa das cadeias alfa e beta hemoglobina. Na talassemia é um defeito quantitativo, pois são produzidas menos cadeias beta ou alfa ● Esplenomegalia e hiperesplenismo na talassemia intermediária. ● A anemia é do tipo macrocítica. MICRO - FALSO ● Os portadores de talassemia alfa menor são sintomáticos FALSO Discussão: O paciente apresenta microcitose, não proporcional ao grau de anemia, como é comum na anemia ferropriva. Na talassemia menor não é incomum o paciente chegar com histórico de ter tomado ferro a vida inteira. O que acarreta o desbalanço das cadeias alfa e beta? Todas as Hb são formadas por uma cadeia alfa e outra não alfa. A inexistência de produção de cadeias alfa é incompatível com a vida. Acima de três cadeias mutantes acontecem os problemas Abaixo: A cadeia vermelha é a alfa, que continua da vida fetal até a morte; a amarela é a gama, que a partir do nascimento começa a cair e vai sendo substituída pela beta; 5. Carmen, 25 anos de idade, portadora de lúpus eritematoso sistêmico, procura a UPA por apresentar fraqueza intensa, palidez e icterícia há 7 dias. Nega outras queixas e sem antecedentes familiares semelhantes. Ao exame físico apresenta-se anêmica (+++/4+), ictérica (++/4+), dispnéica, taquicárdica, baço palpável de 6 cms do RCE. Os exames mostram: Hm= 1.800.000/mm3; Hb= 5,5g/dl; VCM= 102fl; HCM= 32pg; Reticulócitos = 15% (270.000/mm3); Bilirrubina Total= 4,5mg/dl; BD= 1,0mg/dl; LDH= 842 U/l. A hipótese diagnóstica mais provável e o exame complementar que melhor confirma o diagnóstico da paciente Carmen são, respectivamente: ● Anemia perniciosa e ácido metilmalônico ● Talassemia e eletroforese de hemoglobina ● Anemia hemolítica auto-imune e teste de antiglobulina direto ● Doença Falciforme e teste de afoiçamento DISCUSSÃO: Quanto mais insidiosa é a anemia maior a capacidade de compensação do organismo. Como ela apresenta taquicardia e dispneia, sugere-se que é um quadro agudo, e que a paciente não está adaptada. É uma anemia macrocítica devido ao VCM elevado. Regenerativa, pois o número absoluto de reticulócitos é maior que 100.000 Número absoluto de reticulócitos: porcentagem de Reticulócitos multiplicado pelo número de Hemácias 6. Considere as seguintes características de 4 jovens de 18 anos de idade que apresentam anemia: I-Dores ósseas difusas, icterícia, quadro recente de isquemia cerebral, hemoglobina de 6,5g/dL e esfregaço de sangue periférico com corpos de Howell-Jolly. II-Parestesias em MMII, ataxia, hemoglobina de 6,5g/dL; VCM 118fL, leucócitos de 2.300/mm3 e 85.000plaquetas/mm3. III-Em 3 exames de rotina, apresenta hemoglobina variando de 10,5 a 10 g/dL, VCM variando de 62 a 65fl e dosagem de ferro e ferritina normais. IV-Dores articulares , icterícia, derrame pleural e pericárdico, proteinúria, hemoglobina de 8,5g/dL e teste de antiglobulina direto positivo. A realização de eletroforese de hemoglobina está indicada na investigação diagnóstica dos casos: ● I e II, apenas ● II e III, apenas ● I e III, apenas ● I, II, III e IV. NA DISCUSSÃO: quadro clínico sugestivo de LES. A anemia ferropriva é a mais comum no mundo, então será muito comum se deparar com anemias microcíticas e quase sempre será ferropriva. Portanto o primeiro exame solicitado é perfil de ferro. Se o perfil de ferro vier normal a segunda hipótese é talassemia. O hemograma pode dar algumas dicas de que não é ferropriva: o RDW, que estará aumentado na ferropriva e na talassemia, é normal; outra dica é o número de hemácias. Na imagem é possível observar a hemácia em forma de foice Na seta: corpúsculo de howell jolly - não é patognomônico de AF. 7. Denisson, sexo masculino, com três anos de idade, portador de anemia falciforme, é levado pela mãe à consulta na Unidade Básica de Saúde porque está tendo febre há quatro dias, chegando a 39°C. Apresenta tosse produtiva que aumentou de intensidade. Encontra-se em estado geral de prostração e a mãe notou que a criança está mais pálida e ictérica nos últimos dias. O pediatra encaminhou a criança de imediato para o hospital de referência, considerando que: ● a mortalidade entre crianças falcêmicas menores de cinco anos é elevada,sendo as complicações mais frequentes as infecções por Haemophilus influenzae tipo b (Hib) e por pneumococo. ● as infecções são as complicações frequentes na anemia falciforme, acompanhadas de esplenomegalia, que se acentua após os cinco anos de idade. ● a importância das infecções como complicações na anemia falciforme, deve-se à maior susceptibilidade à bactéria Salmonella na faixa etária abaixo dos cinco anos. ● as infecções são as complicações mais frequentes, e o uso de profilaxia com penicilina é contraindicado pelos riscos de aumento da taxa de colonização por cepas de pneumococos resistentes. 8. Genilda, 28 anos de idade, com 6 semanas de gestação, assintomática, é avaliada no pré-natal na UBS.. Ao exame físico, encontra-se descorada (+/4+), sem outras alterações. Nega sangramentos. Apresenta hemograma solicitado na última consulta: Hb = 10,5 g/dL VCM = 68 fl/dL;HCM = 20ug/dL; RDW= 12%; Leucócitos= 8.120/mm3 com diferencial normal; Plaquetas: 305.000 / mm3; Reticulócitos: 160.000/mm3. Nesse caso, qual exame deve ser solicitado e qual a hipótese diagnóstica mais provável, respectivamente? ● Teste de afoiçamento; anemia falciforme. ● Dosagem de ferritina; anemia ferropriva. ● Eletroforese de hemoglobina; traço talassêmico. ● Curva de fragilidade osmótica; talassemia. DISCUSSÃO: Neste caso, observados uma reticulocitose (>100mil), indicando uma anemia regenerativa, sugerindo anemia falciforme ou talassemia; além de uma VCM reduzido, indicando uma redução do volume das hemácias, visto na talassemia pela diminuição da quantidade das cadeias beta ou alfa. Pode-se pontuar também que a anemia falciforme acompanha diversas manifestações clínicas (crises álgicas,recorrentes devido à crises vaso-oclusivas, acidentes vasculares (AVE, hipertensão pulmonar), necessidade de hemotransfusão, etc. É visto também o valor do RDW, que sugere talassemia. Com relação ao exame da curva de fragilidade, este é utilizado para diagnóstico apenas para esferocitose hereditária. 9. José, 18 anos, portador de doença falciforme, procura o atendimento de urgência com fortes dores em membros inferiores (10/10) e região dorsal, que não melhoram com o uso de dipirona oral. Exame físico: afebril, mucosas hipocoradas (++/4+), ictéricas (++/4+), PA= 120x70mmHg. ACV e AP sem alterações. Hb= 7,6 g/dL. Observando as condutas: I. Hidratação venosa : DISCUSSÃO: Hidratação parenteral se a dor for de moderada a severa: fazer 3 a 5 litros por dia em adultos; e 1,5 vezes as necessidades hídricas diárias (NHD), no caso de crianças. A hidratação venosa deve ser com soro glicosado 5%, e o bicarbonato de sódio será utilizado em casos de acidose metabólica comprovada e/ou nefropatia; II. Analgesia com não opioides em intervalos fixos de 6 ou 4 horas III. Antiinflamatório não hormonal : dor não for controlada com analgesia, utilizar anti-inflamatório, como diclofenaco oral na dose de 1mg/kg/dose 8/8 h; IV. Analgesia com opioides em intervalos fixos de 6 ou 4 horas V. Antibióticoterapia VI. Transfusão de sangue: Transfusão de concentrado de hemácias: somente nos casos de queda > 20% da Hb em relação ao valor basal do paciente; VII. Encaminhamento ao especialista. Qual a melhor associação terapêutica para o José? ● VII, apenas ● II, VI e VII, apenas ● I, IV, V e VI, apenas ● I, III e IV , apenas DISCUSSÃO: 10. Assinale a alternativa INCORRETA ● Síndrome hemolítico urêmica, hipertensão maligna e purpura trombocitopênica trombótica são causas de anemias microangiopáticas ● Anemia hemolítica auto imune por anticorpos quentes habitualmente cursa com plaquetopenia marquei essa pq vi q as plaquetas sao normais exceto se tiver trombocitopenia autoimune ● Deficiência adquirida ou congênita de ADAMTS-13 faz parte da fisiopatologia da PTT ● Anemia com presença de esquizócitos em sangue periférico sugere diagnóstico de anemia micorangiopática DISCUSSÃO: A anemia hemolítica por anticorpos quentes não cursa em geral com plaquetopenia, mas pode acontecer no ???? A Anemia microangiopática ocorre por hemólise intravascular Enzima ADAMTS-13: o fator de von willebrand é um fator presente tanto no endotélio quanto nas plaquetas. Se essa adesão acontecer o tempo inteiro haverá formação de coágulos, então a enzima ADAMTS-13 age se contrapondo a esse processo, clivando esses agregados de plaquetas. Na PTT como não há a ação dessa enzima formam-se esses microtrombos, gerando a fragmentação das hemácias, formando os esquizócitos. Este achado é sugestivo de anemia microangiopática. Nas imagens é possível observar os esquizócitos (hemácias fragmentadas)
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