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Universidade Federal do Ceará Departamento de Engenharia Estrutural e Construção Civil (DEECC) Materiais de Construção Civil I Nome: José Wellington da Silva Lobo Matrícula: 415494 Nome: Mauricio Junior Rodrigues da Silva Matrícula: 478145 Professor (Teoria): Aldo de Almeida Oliveira Turma: 01 B Prática: Prática 03: Massa especifica de agregados miúdos e graúdos. Data: 29/05/2021 Introdução: Na construção civil, chamamos de agregados os materiais minerais sólidos e inertes, com a granulometria adequada, são utilizados para a fabricação de resistentes produtos artificiais. Os agregados para a composição do concreto possuem características que incluem, absorção de água, porosidade, distribuição granulométrica, tipo de substância presente, forma e resistência a compressão. Os agregados são classificados em dois tipos, os graúdos(britas) e os miúdos(areia), cada um com suas características e finalidades durante o processo. Objetivo: O objetivo da realização desta prática é o melhor entendimento sobre massa específica de agregados miúdos e graúdos utilizados na construção civil, isto através dos procedimentos realizados em laboratório e seguindo as normas da ABNT, NBR 16916 – Agregado miúdo - Determinação da densidade e da absorção de água, e a NBR 16917 – Agregado graúdo - Determinação da densidade e da absorção de água. Procedimento Prático: Nesses procedimentos foram utilizados os seguintes equipamentos, para o agregado miúdo, balança, frasco com tampa, molde tronco cônico, haste de compactação, estufa, recipientes e peneiras. Já para o agregado graúdo, foram usados, balança hidrostática, cesto de arame, tanque de água, peneiras, estufa e recipientes. Inicialmente para o procedimento de determinação da massa específica do agregado miúdo, se deve ter uma amostra de pelo menos 2,5 kg do agregado, lembrando que esta amostra deve ficar no estado saturado, após isso deve- se colocar a amostra em uma bandeja cobrir a amostra com água durante um período de 24 horas, passado esse período de tempo, retirar a amostra da água e após isso colocá-la em uma corrente de ar, que servira para secar a superfície do agregado. Após isso, colocar a amostra em um tronco cônico sem comprimi-la aplicando de forma suave, 25 golpes com a haste de compactação. Depois disso deve se retirar o molde e se a massa desmoronar aplicar a camada de ar em breve intervalo de tempo, o agregado não pode desmoronar na primeira tentativa da moldagem e se isso vier a acontecer é um indicativo de que a camada de ar foi aplicada em um período excessivo de tempo. Com o agregado na condição saturada superfície seca, é dado prosseguimento no experimento, onde consiste em tomar 500 gramas do agregado (mb) e colocar no frasco, onde se obtém a massa do frasco + massa do agregado (mc), ainda restará 2 kg do agregado (mr). No frasco é adicionado água até aproximadamente até a marca de 500 ml agitando o frasco para a eliminação das bolhas, após isso o frasco é colocado em um banho de agua em temperatura ambiente por cerca de 1 hora, em seguida deve-se completar o volume de agua do frasco até a marca de 500 ml, tomar 500 gramas de (mr) e levar para a estufa secando a 105 °C por 24 horas. Após isso deve-se esperar esfriar em temperatura ambiente e determinar a massa seca do material (ma). M. esp. aparente do material na condição seca: Massa específica aparente do material na condição saturado 𝜌𝑠 = ( 𝑚𝐴) / ( V− 𝑉𝑎 ) superfície seca (SSS): 𝑉𝑎 = (𝑚𝐷 − 𝑚𝐶)/ρ𝑎 𝜌𝑠𝑠𝑠 = (𝑚𝐵) / ( 𝑉 − 𝑉𝑎) 𝜌𝑠 é a massa específica do agregado na condição seca, em g/cm³; 𝑚𝐴 é a massa da amostra seca, em gramas; 𝑚𝐵 é a massa da amostra na condição saturada superfície seca, em gramas. 𝑉 é o volume do frasco, em cm³; 𝑉𝑎 é o volume de água adicionado ao frasco, em cm³, dado por: 𝑉𝑎 = (𝑚𝐷−𝑚𝐶) / (𝜌𝑎) 𝑚𝐶 é a massa do frasco mais a massa da amostra no estado saturado superfície seca, em gramas; 𝑚𝐷 é a massa do frasco mais o agregado no estado saturado superfície seca mais a água adicionada, em gramas; 𝜌𝑎 é a massa específica da água na temperatura do banho (𝜌𝑎 é 1,000 g/cm³ ou valor muito próximo); 𝜌𝑠𝑠𝑠 é a massa específica do agregado na condição saturado superfície seca, em g/cm³; A determinação da massa específica do agregado graúdo, devem ser realizadas duas vezes, onde a massa mínima da amostra é obtida em função da Dimensão Máxima Característica do agregado a ser ensaiado, conforme a NBR 16917, e se mais de 10 % do material passar pela peneira 4,75 mm, o ensaio deverá ser feito utilizando os procedimentos da NBR 16916, para agregado miúdo. A primeira etapa do procedimento consiste em colocar a amostra no estado saturado superfície seca, como já dito anteriormente o agregado é colocado sobre a peneira 4, 75 mm para a retirada das impurezas e pó, após isso a amostra deve ser coberta com água e mantida assim durante um período de 24 horas, após isso, a condição desejada é atingida secando a superfície dos agregados com pano absorvente, até que a água visível seja eliminada. Após feita a secagem a massa da amostra na condição saturada superfície seca (mb), após, deve-se colocar a amostra no cesto de arame e obter o peso da amostra submersa em água (mc), lembrando que a balança deverá estar previamente zerada com o cesto submerso. E finalmente, deve-se secar a amostra em estufa a 105 °C por 24 horas ou até a constância da massa e após deixar esfriar a temperatura ambiente obter a massa seca (ma). Massa específica aparente do material na condição seca: Massa específica aparente do material na condição saturada superfície seca (SSS): 𝜌𝑠 = ( 𝑚𝐴 ) /( 𝑚𝐵 – 𝑚𝐶) 𝑥 𝑑a 𝜌𝑠𝑠𝑠 =( 𝑚𝐵 )/( 𝑚𝐵−𝑚𝐶 )x 𝑑a 𝜌𝑠 é a massa específica do agregado na condição seca, em g/cm³ (ou simplesmente, massa específica) 𝑚𝐴 é a massa da amostra seca, em gramas; 𝑚𝐵 é o peso da amostra na condição saturada superfície seca, em grama-força (gf); 𝑚𝐶 é o peso da amostra na condição saturada superfície seca submersa em água, em grama-força (gf); 𝑑𝑎 é o peso específico da água (1,000gf/dm³ ou um valor muito próximo) 𝜌𝑠𝑠𝑠 é a massa específica do agregado na condição saturado superfície seca, em g/cm³. Resultados e Discussão: Os seguintes resultados foram obtidos no ensaio de massa específica de agregados. Os índices 1 e 2 indicam os números das amostras. Agregado graúdo cuja dimensão máxima característica é 16mm: 𝒎𝑨𝟏 = 3501,4 g 𝒎𝑨𝟐 = 3752,7 g 𝒎𝑩𝟏 = 3526,7 gf 𝒎𝑩𝟐 = 3781,8 gf 𝒎𝑪𝟏 = 2164,3 gf 𝒎𝑪𝟐 = 2327,3 gf Massa específica aparente do material na condição seca: 𝜌𝑠1 = 𝑚𝐴1 𝑚𝐵1−𝑚𝐶1 = 3501,4 3526,7−2164,3 = 2,57 𝑔 𝑐𝑚3 𝜌𝑠2 = 𝑚𝐴2 𝑚𝐵2−𝑚𝐶2 = 3752,7 3781,8−2327,3 = 2,58 𝑔 𝑐𝑚3 𝜌𝑠 = 𝜌𝑠1 + 𝜌𝑠2 2 = 2,57 + 2,58 2 = 2,58 𝑔 𝑐𝑚3 Massa específica (real): 𝜌1 = 𝑚𝐴1 𝑚𝐴1−𝑚𝐶1 = 3501,4 3501,4−2164,3 = 2,61 𝑔 𝑐𝑚3 𝜌2 = 𝑚𝐴2 𝑚𝐴2−𝑚𝐶2 = 3752,7 3752,7−2327,3 = 2,63 𝑔 𝑐𝑚3 𝜌 = 𝜌1+𝜌2 2 = 2,61+2,63 2 = 2,62 𝑔 𝑐𝑚3 Absorção: 𝐴1% = 𝑚𝐵1−𝑚𝐴1 𝑚𝐴1 ∗ 100 = 3526,7−3501,4 3501,4 ∗ 100 = 0,7% 𝐴2% = 𝑚𝐵2−𝑚𝐴2 𝑚𝐴2 ∗ 100 = 3781,8−3752,7 3752,7 ∗ 100 = 0,8% 𝐴% = 𝐴1%+𝐴2% 2 = 0,7+0,8 2 = 0,8% Porosidade: ∩ 1 = 𝑚𝐵1−𝑚𝐴1 𝑚𝐵1−𝑚𝐶1 ∗ 100 = 3526,7−3501,4 3526,7−2164,3 ∗ 100 = 1,9% ∩ 2 = 𝑚𝐵2−𝑚𝐴2 𝑚𝐵2−𝑚𝐶2 ∗ 100 = 3781,8−3752,7 3781,8−2327,3 ∗ 100 = 2,0% ∩= ∩1+∩2 2 = 1,8+2,02 = 2,0% Já para o agregado miúdo foram obtidos os seguintes resultados: 𝒎𝑨𝟏 = 498,3 g 𝒎𝑨𝟐 = 497,8 g 𝒎𝑩𝟏 = 500,0 g 𝒎𝑩𝟐 = 500,0 g 𝒎𝑪𝟏 = 1304,0 g 𝒎𝑪𝟐 = 1303,1 g 𝒎𝑫𝟏 = 1495,2 g 𝒎𝑫𝟐 = 1493,8 g V1 = 500 cm³ V2 = 500 cm³ M. esp. aparente do material na condição seca: 𝜌𝑠1 = 𝑚𝐴1 𝑉−𝑉𝑎 = 498,3 500−(1495,2−1304,0) = 1,61 𝑔/𝑐𝑚³ 𝜌𝑠2 = 𝑚𝐴1 𝑉−𝑉𝑎 = 497,8 500−(1493,2−1303,1) = 1,61 𝑔/𝑐𝑚³ 𝜌𝑠 = 𝜌𝑠1+𝜌𝑠2 2 = 1,61+1,61 2 = 1,61 𝑔 𝑐𝑚3 Absorção: 𝐴1% = 𝑚𝐵1−𝑚𝐴1 𝑚𝐴1 ∗ 100 = 500,0−498,3 498,3 ∗ 100 = 0,3% 𝐴2% = 𝑚𝐵2−𝑚𝐴2 𝑚𝐴2 ∗ 100 = 500,0−497,8 497,8 ∗ 100 = 0,4% 𝐴% = 𝐴1%+𝐴2% 2 = 0,3+0,4 2 = 0,4% Massa específica (real): 𝜌1 = 𝑚𝐴1 (𝑉−𝑉𝑎)−((𝑚𝐵1−𝑚𝐴1)/𝜌𝑎) = 498,3 (308,8)−(1,7) = 1,62 𝑔 𝑐𝑚3 𝜌2 = 𝑚𝐴1 (𝑉−𝑉𝑎)−((𝑚𝐵1−𝑚𝐴1)/𝜌𝑎) = 497,8 (309,9)−(2,2) = 1,62 𝑔/𝑐𝑚³ 𝜌 = 𝜌1+𝜌2 2 = 1,62+1,62 2 = 1,62 𝑔 𝑐𝑚3 Todos os índices físicos foram obtidos obedecendo a diferença máxima de 0,02 g/cm³, porque quando isso não acontece, é necessário realizar uma terceira determinação, adotando como resultado do ensaio a média aritmética dos dois resultados mais próximos. Já com relação a porosidade o agregado graúdo, foi obedecida a diferença máxima de 0,2% para o resultado individual para uma mesma amostra. É importante ressaltar, que não foram obtidos dados suficientes para a obtenção da porosidade do agregado miúdo. Conclusão: Podemos concluir, portanto, que a prática foi realizada seguindo as NBRs 16916 e 16917, e que os objetivos foram alcançados, já que conseguiu-se encontrar não só a massa específica dos agregados miúdo e graúdo, como também, encontrar a massa específica aparente do material na condição seca, a porcentagem de absorção, e a porosidade do agregado graúdo. Além de ser importante no estudo de corpos homogêneos, visto que a massa específica trata da razão entre a massa e o volume da substância, na qual é usado para quantificar o traço ou dosagem, encontra-se a quantidade de material adequada em massa que se pretende utilizar. Bibliografia Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 16916/2021 – Agregado miúdo: Determinação da densidade e da absorção da água. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 16917/2021 – Agregado graúdo: Determinação da densidade e da absorção da água.
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