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Métodos Firo, Practice e Apgar Familiar

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(
 Sarah Michalsky
 3º Período, 101
)Ferramentas de Abordagem Familiar
- Todos os métodos se complementam.
QUANDO ABORDAR A FAMÍLIA?
- Não é utilizada em todas as famílias, é necessário eleger uma família específica.
Deve-se ter em mente algumas situações em que se torna necessária uma avaliação mais detalhada da família:
- Sintomas inespecíficos (cefaleias, lombalgias, dores abdominais) em pessoas com grande frequência em consulta SEM DOENÇA ORGÂNICA.
- Utilização excessiva dos serviços de saúde ou consultas frequentes de diferentes membros da família (muito suspeito de disfunção familiar).
- Dificuldade no controle de doenças crônicas como requerem dietas ou intervenção/ajuda dos outros membros da família.
- Problemas graves emocionais ou de comportamento.
- Problemas conjugais (dependência excessiva) e sexuais (impotência e infertilidade).
- Doenças relacionadas ao estilo de vida e ao ambiente (doença hepática e alcoolismo, doença pulmonar e tabagismo, úlcera péptica e estresse).
- Doenças nas fases de transição do ciclo de vida (à espera do primeiro filho, filhos na adolescência, ninho vazio, etc.).
- Morte na família, acidente grave, divórcio.
- Sempre que o modelo biomédico tradicional mostrar-se inadequado ou insuficiente.
· MÉTODO F.I.R.O
- Orientações fundamentais nas RELAÇÕES INTERPESSOAIS.
- O modelo foi projetado por Willian Schultz com objetivo de estudar grupos em um sistema social e adaptado por W. J. Doherty e N. Colangelo para estudo e terapia com famílias.
- Especificamente com relação à família, destina-se a compreender melhor o seu funcionamento entre as pessoas e intervir nos problemas da família.
- Através das dimensões “INCLUSÃO, CONTROLE E INTIMIDADE”, é utilizado para analisar as relações entre os membros da família, seus papéis na harmonia do grupo e como um problema pode interferir na sua dinâmica.
É muito utilizado para entender:
- Alterações no ciclo da vida familiar.
- Avaliação das disfunções conjugais ou familiares.
- Doenças graves.
- Pacientes terminais.
INCLUSÃO
- Refere-se à interação dentro da família, organização e vínculo entre as pessoas.
- Há a necessidade interpessoal de manter um RELACIONAMENTO SATISFATÓRIO.
- Estrutura: relaciona-se a organização da família, incluindo papeis e laços entre as gerações.
- Conectividade: refere-se à interação entre os membros, relacionando-se elementos de comprometimento, educação e sentimentos de pertencer.
- Modos de compartilhar: envolve noções como rituais familiares (datas festivas) e valores familiares, compartilhando esses momentos.
CONTROLE
- Refere-se às interações que influenciam o poder dentro da própria família.
- Existe a necessidade de se estabelecer e manter o balanço de poder nos relacionamentos.
Tipos de interações de controle são:
- Controle dominante: tentativa de influência unilateral.
- Controle reativo: tentativa de contrariar uma influência (quando há paciente muito idoso ou filho adolescente).
- Controle colaborativo: dividir as influências entre os membros.
INTIMIDADE
- Refere-se às trocas interpessoas e sentimentos compartilhados (amor, afeto), esperanças, expectativas, proximidade ou distanciamento.
- Quando a família sofre MUDANÇAS, seus membros são forçados a renegociar os papeis referentes à inclusão, controle e intimidade (são papéis interligados).
· MÉTODO P.R.A.C.T.I.C.E
- Ele sempre será usado quando houver um problema-chave, para compreendê-lo e saber o que está influenciando.
- Deve ser aplicado em REUNIÕES FAMILIARES, possível que somente uma entrevista familiar seja insuficiente para construir com a família soluções para resolução do problema apresentado.
- O modelo PRACTICE foi projetado como diretriz para a avaliação do funcionamento das famílias, focando-se no problema. 
- Os dados são muito ÍNTIMOS, por isso precisa-se de muita ética para lidar.
Problem: problema apresentado razão da entrevista, enfermidade, hospitalizações, problemas comportamentais ou de relacionamento. 
- Permite que a equipe conheça o problema da família e que os diferentes membros da família pensam e sentem a respeito do fato.
Roles: papéis e estrutura (regras). 
- Referem-se à função na organização hierárquica, barreiras/fronteiras, coesão e controle. 
- A posição de MAIOR PODER refere-se a quem toma as decisões e geralmente essa pessoa controla os rendimentos familiares. 
- Os papéis dos membros NÃO CAUSAM CONFLITOS desde que estejam claros e aceitos por todos, podendo ser definidos implícita ou explicitamente. 
- Deve-se estar atento ao grau de autonomia individual.
Affect: afeto. 
- Refere-se a como a família se comporta frente ao problema apresentado. 
- Expressão das emoções, tom emocional familiar (caloroso, entristecido, raivoso, bem humorado, etc.). 
- As famílias SAUDÁVEIS são capazes de expressar uma grande diversidade de emoções, tanto positivas quanto negativas. 
- Deve-se estar atento para expressões de emoções que não são apropriadas à realidade vivenciada, pois podem sinalizar dificuldades familiares. 
- Às vezes não precisa perguntar, mas somente avaliar o comportamento.
Communication: comunicação.
- Avaliar tanto a comunicação verbal quanto a não verbal (olhares, gestos) ajuda a entender como a família se organiza.
Time: tempo no ciclo vital que se encontra a família.
- Influência da fase do ciclo vital na presença de enfermidades e respostas às mesmas (família com o primeiro filho, casal de idosos).
- Procura correlacionar o problema apresentado com os papéis esperados no ciclo de vida da família, procurando verificar onde está situada a dificuldade.
Illness: doenças na família, passadas ou presentes.
- EXPERIÊNCIAS COM DOENÇAS ANTERIORES vividas pela família, principalmente frequentes ou graves, modificarão a resposta no presente.
- O significado da doença, a crença (hemofilia em pessoas testemunhas de Jeová), hábitos de saúde e estilo de vida também podem ser determinados pela família.
Copying with stress: lidando com o estresse.
- Adaptabilidade, estratégias e soluções familiares ao lidar com enfermidades, tanto no passado quanto no presente.
- Procura identificar os recursos utilizados pela família para lidar com situações anteriores de estresse e como utilizar esses recursos para enfrentar a crise.
Ecology: interação da família com o meio onde está inserida.
- Refere-se a SUPORTE e CONTATOS EXTERNOS (sociais, culturais, religiosos, econômicos, educacionais e de saúde), ou seja, os recursos que a família dispõe para enfrentar o problema.
- Suportes externos de apoio à família na situação atual – igreja, vizinhos – além dos aspectos estruturais como saneamento, renda, grau de escolaridade, moradia e transporte.
· MÉTODO APGAR FAMILIAR
- Instrumento de avaliação destinado a refletir a satisfação de cada membro da família. A partir de um questionário pré-determinado, as famílias são classificadas como FUNCIONAIS, e MODERADAMENTE/GRAVEMENTE DISFUNCIONAIS.
- Utilizado para avaliar idosos/crianças e adolescentes: PESSOAS MAIS VULNERÁVEIS.
Escore:
- 0 a 4: ELEVADA disfunção familiar.
- 5 a 6: MODERADA disfunção familiar.
- 7 a 10: BOA funcionalidade familiar.
- Avaliação: altos índices de APGAR demonstram maior capacidade de adaptação da família a uma nova situação ou mudanças de papéis, enquanto um baixo índice pode representar um ambiente estressante, de baixa adaptabilidade à nova situação.

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