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Direito Processual Penal TJSP

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1 
 
Direito Processual Penal 
Dos sujeitos do processo (Juiz, MP, Acusado, Defensor, Assistentes, Funcionários da Justiça, 
Peritos e Intérpretes) - art. 251 a 258; 261 a 267; 274, CPP. 
 
I. Sujeitos do processo- Juiz 
Conceito dos sujeitos do processo 
São as pessoas que atuam, de maneira obrigatória ou não, no processo criminal. Podem ser: 
 Sujeitos essências 
o Juiz 
o Acusador 
o Acusado 
Sujeito do processo e sujeito da relação processual 
Sujeito do processo: todo aquele que atua no processo criminal, participa. Ex. testemunha, 
perito. 
Sujeito da relação processual são aqueles que atuam com interesse específico no processo. Ex. 
acusador, acusado e juiz. 
 Sujeitos acessórios (não essenciais) 
Partes 
1. Aspecto formal processual 
 Acusador- MP ou querelante 
 Acusado- infrator 
2. Aspecto material 
 Infrator 
 Vítima 
Juiz- Poderes 
a) Poder de polícia administrativa: exercido no curso do processo, com finalidade de 
garantir a ordem dos trabalhos e a disciplina. 
Art. 251. Ao juiz incumbirá prover à regularidade do processo e manter 
a ordem no curso dos respectivos atos, podendo, para tal fim, requisitar 
a força pública. 
b) Poder Jurisdicional “dizer o direito”: atividade-fim da Jurisdição (instrução, decisões 
interlocutórias, prolação da sentença, execução das decisões tomadas etc.). 
 
a. Poderes- meio: são aqueles que não estão relacionados diretamente ao 
exercício da tutela jurisdicional, mas contribui para esse fim 
i. Ordinatórios 
ii. Instrutórios 
2 
 
 
b. Poderes-fins: diretamente ligado a tutela jurisdicional 
i. Atos decisórios. Ex. sentença 
ii. Atos executórios. Ex. mandado de prisão 
 
Impedimento do Juiz- art. 252, CPP 
 Juiz NÃO PODERÁ EXERCER JURISDIÇÃO no processo em que? 
 
o tiver funcionado seu cônjuge ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta 
ou colateral até o terceiro grau, inclusive, como defensor ou advogado, órgão 
do Ministério Público, autoridade policial, auxiliar da justiça ou perito; 
 
o ele próprio houver desempenhado qualquer dessas funções ou servido como 
testemunha; 
 
o tiver funcionado como juiz de outra instância, pronunciando-se, de fato ou de 
direito, sobre a questão; 
 
o ele próprio ou seu cônjuge ou parente, consanguíneo ou afim em linha reta ou 
colateral até o terceiro grau, inclusive, for parte ou diretamente interessado 
no feito. 
 
Hipótese de incompatibilidade (ou impedimento?) 
Art. 253. Nos juízos coletivos, não poderão servir no mesmo processo os 
juízes que forem entre si parentes, consanguíneos ou afins, em linha reta ou 
colateral até o terceiro grau, inclusive. 
Suspeição do juiz- art. 254, CPP 
 se for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer deles; 
 
 se ele, seu cônjuge, ascendente ou descendente, estiver respondendo a processo por 
fato análogo, sobre cujo caráter criminoso haja controvérsia; 
 
 se ele, seu cônjuge, ou parente, consanguíneo, ou afim, até o terceiro grau, inclusive, 
sustentar demanda ou responder a processo que tenha de ser julgado por qualquer 
das partes; 
 
 se tiver aconselhado qualquer das partes; 
 
 se for credor ou devedor, tutor ou curador, de qualquer das partes; 
 
 se for sócio, acionista ou administrador de sociedade interessada no processo. 
Reconhecimento e arguição da suspeição e do impedimento 
 juiz deve se declarar impedido ou suspeito 
3 
 
 a suspeição e o impedimento podem ser arguidos por qualquer das partes 
 a suspeição não poderá ser declarada nem reconhecida, quando a parte injuriar o juiz 
ou de propósito der motivo para cria-la. 
 
Cessação da suspeição/ impedimento pela dissolução do casamento 
 parentesco por afinidade 
 a suspeição ou o impedimento em decorrência de parentesco por afinidade cessa com 
a dissolução do casamento que fez surgir o parentesco. Exceções: 
 
o se do casamento resultar filhos 
o mesmo não havendo filhos, não funcionará como juiz o sogro, o padrasto, o 
cunhado, o genro ou enteado de quem for parte no processo. 
Do Juiz- Extensão aos funcionários da Justiça 
Art. 274. As prescrições sobre suspeição dos juízes estendem-se aos 
serventuários e funcionários da justiça, no que Ihes for aplicável. 
 
II. Sujeitos do processo- MP 
Funções 
 Ajuizar a ação penal pública 
o Art. 129, I, CF 
o Art. 257, I, CPP 
 Fiscalizar a execução da lei- “custos legis” 
o Ação penal pública 
o Ação penal privada 
Suspensão e impedimentos dos membros do MP 
 Não pode atuar nos processos em que o juiz ou qualquer das partes for seu cônjuge, 
ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, 
inclusive. 
 
 Estendem-se aos membros do MP, no que lhes for aplicável, as prescrições relativas à 
suspeição e ao impedimento dos juízes. 
 
 
 O simples fato de o membro do MP ter participado da fase investigatória não é caso 
de impedimento ou suspeição. 
o Súmula 234 do STJ- “A participação do membro do MP na fase investigatória 
criminal não acarreta o eu impedimento ou suspeição para o oferecimento da 
denúncia”. 
III. Sujeito do processo- Acusador e seu defensor 
Do acusado 
4 
 
Quem é? 
 Aquele a quem se imputa a prática da infração penal 
Identificação do acusado 
 Art. 259, CPP 
 A impossibilidade de identificação do acusado com o seu verdadeiro nome ou outros 
qualificativos não prejudicará a ação penal, quando certa a identidade física. 
 A qualquer tempo, no curso do processo, do julgamento ou da execução da sentença, 
se for descoberta a sua qualificação, far-se-á a retificação. 
Presença do acusado nos atos processuais 
 O acusado deve estar presente aos atos que não possam ser realizados sem sua 
presença. 
 
 Pode haver condução coercitiva (?) 
 
o Art. 260. Se o acusado não atender à intimação para o interrogatório 
(inconstitucional- ADPF 395/444), reconhecimento ou qualquer outro ato que, 
sem ele, não possa ser realizado, a autoridade poderá mandar conduzi-lo à sua 
presença. 
Direitos do acusado 
 Não ser obrigado a produzir prova contra si mesmo (nemo tenetur se detefere) 
o exemplo: direito ao silêncio 
 
 Direito de ser processado e sentenciado pela autoridade competente 
o Processado: promotor natural 
o Sentenciado: juiz natural 
 
 Direito ao contraditório e à ampla defesa 
 
 Direito à entrevista prévia e reservada com seu defensor. 
o Inclusive no interrogatório por vídeo conferência 
 
 Nomeação de curador ao acusado menor? 
o Art. 262, CPP 
Do defensor do acusado 
Quem é? 
 Aquele que realiza a defesa técnica do acusado 
o Defesa técnica- Art. 261, CPP 
 Indispensável 
 
o Ampla defesa 
 Defesa técnica 
 Profissional habilitado 
5 
 
 Autodefesa 
Espécies 
 Defensor constituído 
o Indicado pelo próprio réu 
 
 Defensor nomeado 
o Nomeado pelo juiz 
 
 Constituição apud acta 
o Indicação de um patrono que se extrai da ata. 
o Art. 266, CPP 
Falta e deficiência da defesa- Consequências 
Súmula 523, STF- “No processo penal, a falta de defesa constitui nulidade absoluta, mas a sua 
deficiência só o anulará se houve provas de prejuízo para o réu”. 
Regras importantes 
 Se o acusado não for pobre, será obrigado a pagar os honorários do defensor dativo, 
arbitrados pelo juiz. 
o Art. 263, Parágrafo Único, CPP. 
 
 A nomeação do defensor dativo não pode ser por este recursada, salvo no caso de 
motivo relevante. 
 
 Também não poderá o defensor abandonar o processo senão por motivo imperioso, 
na hipótese na qual deverá comunicar previamente o Juiz. 
 
 Caso não compareça a audiência, injustificadamente, o juiz deverá nomear substituto. 
 
 O defensor se encontra impedido de atuar nos processos em que atue Juiz que seja 
seu parente. 
o Art. 267, CPP. 
Das citações e intimações 
(Arts. 351 a 372, CPP) 
Citação 
Conceito: a citação é o ato pelo qual se chama o réu para participar do processo que em facedele foi movido 
Modalidades 
 Real (pessoal): tenho certeza que o réu foi intimado 
o Por mandado 
o Por carta precatória 
o Carta rogatória 
 
6 
 
 Ficta: não tenho certeza que o réu foi intimado 
o Por hora certa 
 Quando o réu se oculta para não ser citado. 
o Por edital 
 Quando o réu esta em lugar incerto e não sabido. 
Citação pessoal: Em regra, se faz mediante MANDADO DE CITAÇÃO. 
O mandado deverá conter: 
 O nome do juiz; 
 O nome do querelante nas ações iniciadas por queixa; 
 O nome do réu, ou, se for desconhecido, os seus sinais característicos; 
 A residência do réu, se for conhecida; 
 O fim para que é feita a citação; 
 O juízo e o lugar, o dia e a hora em que o réu deverá comparecer; 
 A subscrição do escrivão e a rubrica do juiz. 
Requisitos intrínsecos do mandado de citação 
Art. 352. O mandado de citação indicará: 
I - o nome do juiz; 
II - o nome do querelante nas ações iniciadas por queixa; 
III - o nome do réu, ou, se for desconhecido, os seus sinais característicos; 
IV - a residência do réu, se for conhecida; 
V - o fim para que é feita a citação; 
VI - o juízo e o lugar, o dia e a hora em que o réu deverá comparecer; 
VII - a subscrição do escrivão e a rubrica do juiz. 
 
Requisitos extrínsecos do mandado de citação 
 Art. 357. São requisitos da citação por mandado: 
I - leitura do mandado ao citando pelo oficial e entrega da contrafé, na qual se mencionarão 
dia e hora da citação; 
II - declaração do oficial, na certidão, da entrega da contrafé, e sua aceitação ou recusa. 
 
Citação por carta precatória: caso o citando resida em local não abrangido pela jurisdição do 
juiz em que tramita o processo. 
A precatória deve indicar: 
 O juiz deprecado (recebe) e o juiz deprecante (expede) 
 A sede da jurisdição de um e de outro 
 O fim para que é feita a citação, com todas as especificações 
 O juízo do lugar, o dia e a hora em que o réu deverá comparecer 
E se o juízo deprecado verificar que o réu não reside em sua localidade? 
 Precatória tem caráter itinerante 
o Art. 355, §1°, CPP. 
Art. 355. A precatória será devolvida ao juiz deprecante, independentemente de traslado, 
depois de lançado o "cumpra-se" e de feita a citação por mandado do juiz deprecado. 
7 
 
§ 1o Verificado que o réu se encontra em território sujeito à jurisdição de outro juiz, a este 
remeterá o juiz deprecado os autos para efetivação da diligência, desde que haja tempo para 
fazer-se a citação. 
 
Citação por carta rogatória: caso o citando esteja no estrangeiro ou em legação estrangeira. 
 
 Em local conhecido 
 
 Legação estrangeira 
o Embaixada 
o Consulados 
 
 Suspensão da prescrição 
o Art. 368, CPP 
 
Art. 368. Estando o acusado no estrangeiro, em lugar sabido, será citado mediante carta 
rogatória, suspendendo-se o curso do prazo de prescrição até o seu cumprimento. 
 
Modalidades especiais de citação 
 Citação militar: deve ser feita por intermédio do respectivo chefe de serviço. 
 Citação do funcionário público: citado pessoalmente, notificando-se o seu chefe a 
respeito de dia e hora em que o funcionário deva comparecer em juízo. 
 Citação do réu preso: será feita pessoalmente 
Citação ficta 
 Citação por hora certa 
o Réu se oculta para não ser citado. 
 
 Citação por edital 
o Réu se encontra em local desconhecido. 
Citação por edital 
Requisitos do edital de citação 
 Art. 365. O edital de citação indicará: 
I - o nome do juiz que a determinar; 
II - o nome do réu, ou, se não for conhecido, os seus sinais característicos, bem como sua 
residência e profissão, se constarem do processo; 
III - o fim para que é feita a citação; 
IV - o juízo e o dia, a hora e o lugar em que o réu deverá comparecer; 
V - o prazo (15 dias), que será contado do dia da publicação do edital na imprensa, se houver, 
ou da sua afixação. 
Parágrafo único. O edital será afixado à porta do edifício onde funcionar o juízo e será 
publicado pela imprensa, onde houver, devendo a afixação ser certificada pelo oficial que a 
tiver feito e a publicação provada por exemplar do jornal ou certidão do escrivão, da qual 
conste a página do jornal com a data da publicação. 
 
 
8 
 
Dos processos em espécie 
(Arts. 394 a 497; 531 a 538; 541 a 548, CPP) 
 
Procedimento comum- Introdução 
Art. 394. O procedimento será comum ou especial. 
§ 1o O procedimento comum será ordinário, sumário ou sumaríssimo: 
I - ordinário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada for igual ou 
superior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade; 
II - sumário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada seja inferior a 4 
(quatro) anos de pena privativa de liberdade; (3 anos) 
III - sumaríssimo, para as infrações penais de menor potencial ofensivo, na forma da lei. 
(contravenções e crimes cuja sanção máxima cominada não seja superior a 2 anos). 
§ 2o Aplica-se a todos os processos o procedimento comum, salvo disposições em contrário 
deste Código ou de lei especial. 
 § 3o Nos processos de competência do Tribunal do Júri, o procedimento observará as 
disposições estabelecidas nos arts. 406 a 497 deste Código. 
§ 4o As disposições dos arts. 395 a 398 deste Código aplicam-se a todos os procedimentos 
penais de primeiro grau, ainda que não regulados neste Código. 
§ 5o Aplicam-se subsidiariamente aos procedimentos especial, sumário e sumaríssimo as 
disposições do procedimento ordinário. 
 
 
 
9 
 
 
Regramentos importantes 
 Aplica-se a todos os processos o procedimento comum, salvo disposições em 
contrário. 
 As disposições dos arts. 395 a 398 do CPP aplicam-se a todos os procedimentos 
penais de primeiro grau, ainda que não regulados pelo CPP. 
o Exemplo de algumas disposições: 
 Recebimento e rejeição da denuncia 
 Resposta a acusação 
 Possibilidade de absolvição sumária 
 Aplicam-se subsidiariamente aos procedimentos especial, sumário e sumaríssimo as 
disposições do procedimento ordinário. 
 Nos processos de competência do Tribunal do Júri, o procedimento observará as 
disposições estabelecidas nos arts. 406 a 497, CPP. 
 Os processos que apurem a prática de crime hediondo terão prioridade de tramitação 
em todas as instâncias. (art. 394-A, CPP) 
Procedimento comum- Rito Ordinário 
Rito ordinário 
Art. 396. Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia ou queixa, o juiz, se 
não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á (decisão precária) e ordenará a citação do acusado 
para responder à acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. 
Quando há rejeição liminar? 
 Art. 395. A denúncia ou queixa será rejeitada quando: 
I - for manifestamente inepta; 
II - faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal; ou 
III - faltar justa causa para o exercício da ação penal. 
 
 Se o juiz rejeitar a denúncia ou queixa, caberá 
o RESE, art. 581, I, CPP. 
o ≠ recebimento 
 Irrecorrível 
 Cabe HC 
o Buscando o trancamento da ação penal 
Defesa 
Art. 396. Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia ou queixa, o juiz, se 
não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á (decisão precária) e ordenará a citação do acusado 
para responder à acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. 
 Prazo em dias corridos 
 A contar da citação 
o Súmula 710 do STF: “No processo penal, contam-se os prazos da data da 
intimação, e não da juntada aos autos do mandado ou da carta precatória ou 
de ordem.” 
10 
 
Parágrafo único. No caso de citação por edital, o prazo para a defesa começará a fluir a partir 
do comparecimento pessoal do acusado ou do defensor constituído. 
 
Art. 396-A. Na resposta, o acusado poderá arguir preliminares e alegar tudo o que interesse à 
sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar 
testemunhas, qualificando-as e requerendo sua intimação, quando necessário. 
 
 “Exceções” serão atuadas em apartado 
 E seo réu não se defender? 
o Juiz nomeia um defensor (defensor nomeado) 
o Em caso de citação por edital, fica suspenso o prazo e prescrição processual, se 
o réu não comparecer. 
 
Decisões após a apresentação da resposta à acusação 
 Rejeição da denúncia/queixa 
 Absolvição sumária 
o Art. 397, CPP 
 Recebimento da denúncia e designação de AIJ 
Absolvição sumária- Quando se verificar: 
 A existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato; 
 A existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo 
inimputabilidade; 
o Inimputabilidade 
 Doença mental 
 Absolvição imprópria 
 Que o fato narrado evidentemente não constitui crime; ou 
 Extinta a punibilidade do agente. 
 
 Caberá recurso de apelação art. 593, I, CPP, da decisão que conceder absolvição 
sumária. 
 
Instrução do processo 
Art. 400. Na audiência de instrução e julgamento, a ser realizada no prazo máximo de 60 
(sessenta) dias, proceder-se-á à tomada de declarações do ofendido, à inquirição das 
testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, nesta ordem, ressalvado o disposto no 
art. 222 deste Código, bem como aos esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao 
reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida, o acusado. 
Art. 222. A testemunha que morar fora da jurisdição do juiz será inquirida 
pelo juiz do lugar de sua residência, expedindo-se, para esse fim, carta 
precatória, com prazo razoável, intimadas as partes. 
 Ressalvado o caso de ouvir testemunha por carta precatória, que poderá ser ouvida 
depois. 
 O interrogatório do acusado será o último ato da instrução 
o Exercer melhor sua ampla defesa ou autodefesa 
11 
 
o E nos procedimentos especiais? 
 STF entende que também tem que ser o último ato da instrução. 
Instrução do processo- Tópicos relevantes 
 Número máximo de testemunhas = 8 (não inclui as não compromissadas as referidas) 
o Art. 401, CPP 
o Para cada fato e para cada réu 
 
 Desistência de oitiva de testemunha 
o Possível 
 Mas nada impede do juiz ouvir mesmo assim. 
 
 Interrogatório de réu preso 
o Será requisitado ao estabelecimento onde estiver. 
o Vedada condução coercitiva do réu para fins de interrogatório 
 
 Esclarecimentos dos peritos 
o Deve haver prévio requerimento da parte 
 
 Princípio da concentração 
o As provas têm que ser produzidas em uma só audiência, como regra 
 
 Princípio da identidade física do juiz 
o Art. 399, §2°, CPP 
o O juiz que presidiu a instrução, deverá proferir sentença 
Requerimento de diligências 
 Logo após a instrução em audiência 
 Pode ser requerida pelo MP, querelante, assistente ou acusado. 
 Necessidade originada na instrução 
Alegações finais 
 Alegações finais orais por 20 minutos, respectivamente, pela acusação e pela defesa, 
prorrogáveis por mais 10. 
 Se houver assistente de acusação serão concedidos 10 minutos, após a manifestação 
do MP. 
 Alegações finais ESCRITAS/ memórias 
o Complexidade do caso; ou 
o Número de acusados 
o Prazo de 05 dias, MP e depois defesa. 
Registro Dos Atos 
 O ocorrido em audiência será lavrado termo em livro próprio, assinado pelo juiz e 
pelas partes, contendo breve resumo dos fatos relevantes. 
 Sempre que possível, o registro dos depoimentos do investigado, indiciado, ofendido e 
testemunhas será feito pelos meios ou recursos de gravação magnética, estenotipia, 
12 
 
digital ou técnica similar, inclusive audiovisual, destinada a obter maior fidelidade das 
informações. 
 No caso de registro por meio audiovisual, será encaminhado às partes cópia do 
registro original, sem necessidade de transcrição. 
 
Procedimento comum- Rito Sumário 
Art. 531 a 538, CPP 
 
Mesmas regras do rito ordinário, como algumas exceções: 
 A audiência deve ser realizada no prazo máximo de 30 dias (No rito ordinário o prazo é 
de 60 dias). 
 O número máximo de testemunhas é de CINCO (engloba as não compromissadas e 
referidas). 
 Não há previsão de fase de “requerimento de diligências”. 
 Não há possibilidade de apresentação de alegações finais por escrito. 
 Será aplicável às IMPO quando, por alguma razão, estas infrações penais não puderem 
ser julgadas pelos Juizados. 
o Ex. citação por edital, não pode ser julgado pelos Juizados. 
Tribunal do Júri 
Competência do Júri 
 Processo e julgamento dos crimes DOLOSOS contra a vida + conexos. 
o Art. 5°, XXXVIII, d 
o Crimes dolosos contra a vida 
 Homicídio doloso 
 Induzimento ou auxílio ao suicídio ou a automutilação 
 Nem sempre será competência do júri a questão de 
automutilação. 
 Infanticídio 
 Aborto 
13 
 
OBS: latrocínio e lesão corporal seguida de morte não é crime doloso contra a vida. 
Se for praticado em conexão o crime de estupro (juízo singular) e o homicídio doloso, 
permanecerá o Júri para julgar os dois crimes. 
Fases do Rito do Júri 
 Judicium accusationis 
o 1° fase 
o Pronúncia 
 
 Judicium Causae 
o 2° fase 
o Julgamento em plenário 
 
Princípios Do Tribunal Do Júri 
 Plenitude de defesa 
o ≠ ampla defesa 
o Mais abrangente 
o Argumentos não jurídicos 
 
 O sigilo das votações 
o Impossibilidade de votação unânime 
 Se mais 4 jurados votarem em mesmo sentido, a votação encerra. 
 
 A soberania dos veredictos 
o Decisão dos jurados é soberana 
o Tribunal recursal não pode reformar a decisão dos jurados 
 
 Soberania dos veredictos x revisão criminal 
A revisão criminal ocorre quando há provas novas referentes ao processo. 
A soberania dos veredictos não se aplica a revisão criminal. 
Pode haver modificação da decisão dos jurados. 
 
Judicium Accusationis 
Rito 
 MP (ou querelante, na ação penal privada subsidiária da pública) oferece a inicial 
acusatória (arrolando as testemunhas de acusação – máximo de 08 por fato 
criminoso). 
 
 Juiz decide se recebe ou se rejeita a inicial acusatória. 
 
 Recebendo, manda citar o acusado, para apresentar resposta à acusação em 10 dias. 
 Réu não apresenta resposta à acusação nem constitui advogado – Juiz nomeia 
defensor para apresentar a defesa. EXCEÇÃO: Se o réu tiver sido citado por edital, o 
Juiz deve SUSPENDER o processo, ficando suspenso também o curso do prazo 
prescricional. 
14 
 
 Apresentada a defesa, o Juiz abre prazo ao acusador (MP ou querelante) para falar em 
réplica – Prazo de cinco dias. 
 
 Após isso, Juiz designa data para audiência de instrução e julgamento. 
 
AIJ 
Na audiência o Juiz deve, NESTA ORDEM: 
 Tomar as declarações do ofendido 
 Inquirir as testemunhas arroladas pela acusação 
 Inquirir as testemunhas arroladas pela defesa 
 Tomar os esclarecimentos dos peritos 
 Proceder às acareações e ao reconhecimento de pessoas e coisas 
 Realizar o interrogatório do réu 
 Conceder tempo às partes para os debates orais (alegações finais). 
 
Pronúncia, Impronúncia, Absolvição Sumária e Desclassificação. 
 
Pronúncia 
 Quando convencido de que há PROVA da materialidade e indícios de autoria. 
 Submete o acusado a julgamento pelo Júri. 
 Recurso cabível contra a decisão – RESE. 
 Se a decisão for reformada pelo Tribunal ou pelo próprio Juiz (Juízo de retratação no 
RESE) ocorrerá à despronúncia. 
 Interrompe a prescrição 
 
Impronúncia 
 Quando NÃO está convencido de que há PROVA da materialidade e indícios de 
autoria. 
 NÃO submete o acusado a julgamento pelo Júri, extinguindo o processo. 
 NÃO FAZ COISA JULGADA MATERIAL. 
 Recurso cabível contra a decisão – APELAÇÃO. 
 
Absolvição Sumária 
 Quando o Juiz está convencido de que o réu deve ser absolvido desde logo. Ocorre nas 
hipóteses de: 
o Ficar PROVADA a inexistência do fato 
o Ficar PROVADO que o réu não participou do crime 
o Ficar PROVADO que o fato não constitui nenhuma infração penal (Fato 
atípico) 
o Ficar PROVADO que o réu praticou o fato amparado por alguma CAUSA DE 
EXCLUSÃO DA ILICITUDE (legítima defesa, estado de necessidade, etc.)o Ficar PROVADO que está presente alguma causa de isenção de pena (causa 
excludente da culpabilidade, por exemplo). EXCEÇÃO: Não pode haver 
absolvição sumária por inimputabilidade decorrente de doença mental ou 
desenvolvimento mental incompleto ou retardado (gera aplicação de medida 
de segurança). 
 Exceção da exceção: inimputabilidade é a única tese da defesa, ai o 
juiz pode absolver sumariamente. 
 
o Recurso cabível contra a decisão – APELAÇÃO. 
 
15 
 
Desclassificação 
 Juiz desclassifica o delito para outro que NÃO SEJA DOLOSO CONTRA A VIDA. 
 
 
 É uma decisão interlocutória simples 
 Resulta no encaminhamento dos autos ao Juízo competente (a menos que haja 
conexão com outra infração que continue sendo da competência do Júri). 
 
 
 
 Recurso cabível – Não há previsão expressa, mas a Doutrina entende ser cabível o 
RESE. 
 
Absolvição Sumária e Impronuncia – Apelação 
Desclassificação e Pronúncia- RESE 
 
Tribunal do Júri- Judicium causae 
Preparação para julgamento em plenário 
 
 
Preparação do processo (art. 422 a 424) 
 
 Juiz intima o MP e o Defensor, para que no prazo de CINCO DIAS apresentem o ROL DE 
TESTEMUNHAS (máximo de CINCO) 
 Partes podem juntar documentos e requerer a realização de diligências. 
 O Juiz verifica os pedidos de diligência e produção de provas, tomando as providências 
necessárias para sanar eventual nulidade existente no processo ou esclarecer algum 
ponto ainda controvertido. 
 Juiz faz relatório resumido do processo 
 Juiz designa data para julgamento 
 
Tribunal do Júri- Judicium causae 
Desaforamento 
 
 Desaforamento 
o Deslocamento da competência territorial para julgamento pelo Júri. 
 
Razões 
 Interesse de ordem pública 
16 
 
 Dúvida sobre a imparcialidade dos jurados 
 Segurança pessoal do réu 
 Quando houver comprovado EXCESSO DE SERVIÇO (Não puder ser aprazada data para 
a sessão de julgamento dentro de seis meses contados do TRÂNSITO EM JULGADO DA 
DECISÃO DE PRONÚNCIA) 
 
OBS.: é IMPRESCINDÍVEL A OITIVA DA DEFESA (súmula 712 do STF). 
 
Tribunal do Júri- Judicium causae 
Dos jurados 
 
Do alistamento dos jurados 
 Lista anual 
o De 800 a 1.500 jurados nas comarcas de mais de 1.000.000 (um milhão) de 
habitantes 
o De 300 a 700 nas comarcas de mais de 100.000 (cem mil) habitantes 
o De 80 a 400 nas comarcas de menor população. 
 Se for necessário, pode ser aumentado o número de jurados e pode haver lista de 
suplentes. 
 Lista é publicada até 10 de outubro de cada ano, podendo ser alterada até 10 de 
novembro (publicação definitiva). 
 O jurado que tiver integrado o Conselho de Sentença nos 12 (doze) meses que 
antecederem à publicação da lista geral fica dela excluído. 
o Conselho de sentença 
 07 jurados sorteados em cada julgamento 
 
Do sorteio dos jurados 
 O juiz presidente determinará a intimação do MP, da OAB e da DP para 
acompanharem o sorteio. 
 Serão sorteados 25 jurados para a reunião periódica ou extraordinária. 
 
 
 
 
 O sorteio será realizado entre o 15o (décimo quinto) e o 10o (décimo) dia útil 
antecedente à instalação da reunião. 
 O jurado não sorteado poderá ter o seu nome novamente incluído para as reuniões 
futuras. 
 
Da Função Do Jurado 
 Quem pode ser? 
o Maiores de 18 anos e de notória idoneidade 
 Art. 436, CPP. 
17 
 
 O exercício efetivo da função de jurado constitui serviço público relevante e 
obrigatório, e estabelecerá presunção de idoneidade moral. 
 Obrigatoriedade 
o A recusa injustificada ao serviço do júri acarretará multa no valor de 1 (um) a 
10 (dez) salários mínimos. 
 Art. 436, §2°, CPP. 
 A recusa pode se dar por convicção religiosa, filosófica ou política. (Art. 438, CPP) 
o Importará no dever de prestar serviço alternativo, sob pena de suspensão dos 
direitos políticos, enquanto não prestar o serviço imposto. 
 Art. 438, §1°, CPP 
 Direitos dos jurados 
o Preferência, em igualdade de condições, nas licitações públicas e no 
provimento, mediante concurso, de cargo ou função pública, bem como nos 
casos de promoção funcional ou remoção voluntária. 
o Não sofrer descontos em seus vencimentos/salários em razão de ausência 
para participar de júri. 
 Responsabilidades 
o O jurado deve comparecer no dia marcado para a sessão e nela permanecer, 
sob pena de multa de 1 (um) a 10 (dez) salários mínimos 
 Art. 442, CPP. 
o O jurado será responsável criminalmente nos mesmos termos em que o são os 
juízes togados. 
 Art. 445, CPP. 
 
Tribunal do Júri- Judicium causae 
Organização da pauta 
 
Organização da Pauta 
 Preferência na ordem de julgamento (Art. 429, CPP) 
o Os acusados presos 
o Dentre os acusados presos, aqueles que estiverem há mais tempo na prisão 
o Em igualdade de condições, os precedentemente pronunciados. 
 
 
 
 Assistente de acusação – atuação (Art. 430, CPP) 
o O assistente somente será admitido se tiver requerido sua habilitação até 5 
(cinco) dias antes da data da sessão na qual pretenda atuar. 
 
 
 
 
 
 
18 
 
Tribunal do Júri- Judicium causae 
Formação do Conselho de Sentença 
 
Da Composição Do Conselho De Sentença 
Art. 447. O Tribunal do Júri é composto por 1 (um) juiz togado, seu presidente e por 25 (vinte e 
cinco) jurados que serão sorteados dentre os alistados, 7 (sete) dos quais constituirão o 
Conselho de Sentença em cada sessão de julgamento. 
 
 
Restrições Na Composição Do Conselho De Sentença 
 
Restrições - Não podem servir no mesmo Conselho de Sentença: 
 Marido e mulher (ou pessoas em união estável) 
 Ascendente e descendente 
 Sogro(a) e genro ou nora 
 Irmãos e cunhados, durante o cunhadio 
 Tio e sobrinho 
 Padrasto, madrasta ou enteado 
 
Outras vedações 
 Jurado que tiver funcionado em julgamento anterior do mesmo processo, 
independentemente da causa determinante do julgamento posterior 
 No caso do concurso de pessoas, jurado que houver integrado o Conselho de Sentença 
que julgou o outro acusado 
 Jurado que tiver manifestado prévia disposição para condenar ou absolver o acusado 
 
Tribunal do Júri- Judicium causae 
Sessão de julgamento 
 
Da Sessão De Julgamento 
 
 Ausências: 
 
 MP 
o Juiz presidente adiará o julgamento para o primeiro dia desimpedido da 
mesma reunião, cientificadas as partes e as testemunhas. 
 
 Defensor 
o Juiz presidente adiará o julgamento para nova data 
 
 Acusado solto, assistente ou advogado do querelante regularmente intimados 
o Não haverá adiamento 
19 
 
 
 Acusado preso 
o O julgamento será adiado para o primeiro dia desimpedido da mesma 
reunião, salvo se houver pedido de dispensa de comparecimento 
subscrito por ele e seu defensor. 
 Testemunha 
o Só será adiado o julgamento se uma das partes tiver requerido a sua 
intimação por mandado, declarando ser imprescindível o seu depoimento 
e indicando a sua localização. 
o Juiz, neste caso, suspenderá os trabalhos e mandará conduzi-la ou adiará o 
julgamento para outra data, mandando conduzir a testemunha. 
o Testemunha faltosa fica sujeita a multa + crime de desobediência 
 
 Verificação da urna e sorteio dos jurados. 
 
 Recusas injustificadas 
o Máximo de 03 por parte (acusação e acusado) 
 Por acusado 
 
Da instrução em plenário 
 
 Tomada de declarações do ofendido 
 Inquirição das testemunhas de acusação (Primeiro inquiridas pelo Juiz, depois pelo 
MP, assistente de acusação, querelante e defensor do acusado). 
 Inquirição das testemunhas de defesa (Primeiro inquiridas pelo Juiz, depois pelo 
defensor do acusado, MP, assistente de acusação e querelante). 
 Se for o caso, serão realizadas acareações, reconhecimento de pessoas e coisas e 
esclarecimento dos peritos, bem como a leitura de peças relativas, exclusivamente, às 
provas colhidas por carta precatória e às provas cautelares, antecipadas ou não 
repetíveis. 
 Interrogatório do acusado, se estiver presente. 
o Ultimo ato da instrução 
 O MP, o assistente, o querelante e o defensor, nessa ordem, podem formular 
perguntas diretamente aoacusado. 
 
 Perguntas pelos jurados? 
o Podem formular perguntas para testemunhas, acusado e ofendido 
 Sistema presidencialista 
 Por intermédio do juiz presidente 
 
Debates 
 Primeiro a acusação, por 1:30h (Se houver assistente de acusação, falará logo após o 
MP, mas dentro do prazo destinado à acusação) 
 Em seguida, a defesa, por 1:30h 
 Se for o caso, haverá réplica, de 1:00h para acusação, e tréplica de 1:00h para a defesa 
 Havendo mais de 01 acusado, o tempo para a acusação e para a defesa será acrescido 
de 01 hora e elevado ao dobro o da réplica e da tréplica 
 
 Sempre haverá réplica e tréplica? 
o A defesa tem direito a tréplica mesmo que a acusação não se fale em réplica. 
o Prevalece 
20 
 
 Só a direito a tréplica pela defesa, se houve réplica. 
 Não haverá treplica pela defesa, se a acusação não falou em réplica. 
 
o Posição jurisprudencial 
 se a acusação diz que não quer falar em réplica, mas diz que não quer, 
já falando em réplica, tem tréplica para defesa. 
 
Debates – Vedações 
 Durante os debates as partes não poderão fazer referências: 
o À decisão de pronúncia, às decisões posteriores que julgaram admissível a 
acusação 
o À determinação do uso de algemas 
o Ao silêncio do acusado ou à falta de interrogatório 
 Leitura de documento e exibição de objeto em plenário 
o Juntada com antecedência mínima de 03 dias úteis, dando-se ciência à outra 
parte. 
 Necessidade de realização de diligência que não possa ser realizada imediatamente 
o Dissolução do conselho de sentença 
Quesitação 
 
 Local 
o Sala especial 
 Presentes 
o Juiz-presidente 
o Jurados 
o Ministério Público 
o Assistente ou querelante (se for o caso) 
o Defensor do acusado 
o Escrivão e oficial de justiça 
 
 Ordem dos quesitos (Art. 483, CPP) 
o Materialidade do fato 
o A autoria ou participação 
o Se o acusado deve ser absolvido 
o Se existe causa de diminuição de pena alegada pela defesa 
o Se existe circunstância qualificadora ou causa de aumento de pena 
reconhecido na pronúncia ou em decisões posteriores que julgaram 
admissível a acusação. 
 
 Tese de desclassificação ou tentativa 
o Em regra, entra logo após o 2° quesito. 
o Ou depois do 3º quesito se for tese de absolvição. 
 
Tribunal do Júri- Judicium causae 
Da sentença e dos Recursos 
 
Sentença 
 
No caso de condenação – Juiz deverá: 
 Fixar a pena-base 
 Aplicar as circunstâncias agravantes e atenuantes alegadas nos debates 
21 
 
 Aplicar as causas de aumento ou diminuição da pena admitidas pelo júri 
 Observar as demais disposições previstas para toda sentença condenatória (fixar 
regime inicial de cumprimento, etc.). 
 Decidir sobre a decretação, manutenção ou revogação da prisão preventiva 
 Estabelecer os efeitos genéricos e específicos da condenação 
 
No caso de condenação - NOVA providência (incluída pela Lei 13.964/19): 
 No caso de condenação igual ou superior a 15 anos, determinar a execução provisória 
da pena imposta. 
 Pode o Juiz-presidente deixar de determinar a execução provisória da pena se houver 
questão substancial cuja resolução pelo tribunal ao qual competir o julgamento possa 
plausivelmente levar à revisão da condenação. 
 A apelação nesse caso, em regra, não terá efeito suspensivo. 
 
No caso de absolvição – Juiz deverá: 
 Mandar colocar em liberdade o acusado se por outro motivo não estiver preso 
 Revogar as medidas restritivas provisoriamente decretadas 
 Impor, se for o caso, a medida de segurança cabível 
o Absolvição imprópria 
 
 E se houver desclassificação da infração? 
o Aplica-se art. 492, §1º, CPP 
o Próprio juiz de o Júri ira proferir a sentença. 
 
Art. 492 (...) 
§ 1o Se houver desclassificação da infração para outra, de competência do 
juiz singular, ao presidente do Tribunal do Júri caberá proferir sentença em 
seguida, aplicando-se, quando o delito resultante da nova tipificação for 
considerado pela lei como infração penal de menor potencial ofensivo, o 
disposto nos arts. 69 e seguintes da Lei no 9.099, de 26 de setembro de 
1995. 
 
Recursos 
 Das decisões proferidas pelo Júri caberá apelação (Art. 593,III, CPP) 
o Trata-se de recurso de fundamentação vinculada, que somente poderá ser 
interposto nos seguintes casos: 
 Ocorrer nulidade posterior à pronúncia 
 For a sentença do juiz-presidente contrária à lei expressa ou à decisão 
dos jurados 
 Houver erro ou injustiça no tocante à aplicação da pena ou da medida 
de segurança 
 For a decisão dos jurados manifestamente contrária à prova dos autos. 
 
Súmula 713, STF"O efeito devolutivo da apelação contra 
decisões do Júri é adstrito aos fundamentos da sua 
interposição 
 
 
 
 
 
22 
 
Tribunal pode reformar a decisão recorrida ou deve submeter a novo julgamento? Depende: 
 
 
 
Recursos Criminais- Teoria Geral 
 
Recursos 
 
Conceito: Meio de impugnação a uma decisão judicial. 
 Recursos 
 Sucedâneos recursais 
o Interno: promovido dentro do processo. 
 Ex. Pedido de reconsideração 
o Externo: promovido em outro processo 
 Ex. habeas corpus 
Órgão a quo (juízo a quo) e órgão ad quem (juízo ad quem) 
 A quo: profere a decisão que será impugnada 
 Ad quem: julgar o recurso que foi interposto 
 
Ex. juízo a quo rejeitou a denúncia, o juízo ad quem julgará o RESE. 
 
Juízo de admissibilidade e Juízo de mérito 
 Juízo de admissibilidade 
o Análise dos pressupostos recursais 
 Se tiver tudo ok, dará seguimento ao recurso, indo para o juízo de 
mérito. 
 Juízo de mérito 
o Análise do objeto o recurso 
 Anulação da decisão 
 Reforma da decisão 
 Esclarecimento/ integração. 
 
Pressupostos recursais intrínsecos 
Relacionados ao próprio direito de recorrer 
 
 Cabimento 
o Saber se o recurso que estou manejando tem previsão legal para aquele caso. 
 Legitimidade 
o Art. 577, CPP 
23 
 
o MP 
o Querelante 
o Réu 
 Autonomamente 
o Defensor do réu 
o Assistente de acusação 
 Legitimidade supletiva/ subsidiária 
 Art. 271, CPP. 
 Só pode recorrer, se o MP não recorreu. 
 
 Interesse recursal 
o Necessidade 
o Adequação 
 
 Inexistência de fato impeditivo ou extintivo do direito de recorrer 
o Renúncia: abandono de direito 
o Desistência: desiste da ação 
o Preclusão: perda do direito de recorrer 
 Temporal: perdeu o prazo previsto em lei 
 Lógica: quando pratica um ato incompatível com o direito de recorrer 
 Consumativa: quando interpõe o recurso, não poderá interpor um 
novo recurso idêntico. 
o Deserção 
 Falta de preparo 
 Sem as custas do preparo. 
 Somente em ação penal privada 
 
Pressupostos recursais extrínsecos 
 Tempestividade 
o Interposto dentro do prazo do recurso 
o Prazo em dias corridos 
o O prazo é contado a partir da intimação e não da juntada aos autos do 
mandado. 
 Súmula 710, STF. 
 Regularidade formal 
o Preenchimento de todas as regras legais previstas para interposição daquele 
recurso. 
 
Juízo de mérito 
 Análise do objeto do recurso 
o Pedido 
 Anulação 
 Reforma 
 Esclarecimento/ integração. 
Classificação dos recursos 
 
 De fundamentação vinculada ou fundamentação livre 
o Fundamentação livre: o recorrente pode alegar em seu recurso 
qualquer matéria. 
o Fundamentação vinculada: somente pode alegar determinadas 
matérias previstas em lei. 
24 
 
 Ex. Apelação do Júri 
 Art. 593, III, CPP] 
 Totais ou parciais 
o Total: o recorrente impugna todas as partes da decisão que lhe 
prejudica. 
o Parciais: o recorrente impugna somente algumas partes da decisão 
que lhe prejudica. 
 
 Recursos ordinários ou extraordinários 
o Ordinários: aqueles que visam a permitir que a parte prejudicada 
consiga a alteração de uma decisão desfavorável. 
o Extraordinários: aqueles que a Lei busca garantir a melhor aplicação 
possível para a Lei Federal ou para a Constituição, de forma que 
somente pode ser alegada matéria de Direito nestes recursos, não 
cabendo reexame da matéria fática. 
 Resp (STJ) 
 Resp (STF) 
 
Recurso voluntário e recurso de ofício 
o Recurso voluntário: depende de interposição voluntária por aquele 
que pretende a modificação da decisão. 
o Recurso de ofício : nesses casos a decisão fica sujeita ao reexame 
obrigatório pelo órgão jurisdicional superior, ainda que não haja 
recurso voluntario de nenhuma das partes. 
 
 Recurso genérico e recurso específico 
o Recurso genérico: exige, apenas, a irresignação da parte, ou seja, seu 
inconformismo em relação à decisão proferida. 
o Recurso específico: depende da comprovação de requisitos próprios, 
específicos (ex. demonstração da existência de repercussão geral, em 
relação ao recurso extraordinário perante STF). 
 
Efeitos dos recursos 
 
 Efeito obstativo: impede a ocorrência da preclusão temporal. 
 Efeito devolutivo: devolve ao Tribunal a competência para conhecer a matéria 
impugnada e apreciar o recurso. 
 Efeito suspensivo: impossibilidade de a decisão impugnada produzir efeitos enquanto 
não for julgado o recurso. 
 Efeito translativo: refere-se à possibilidade de o Tribunal conhecer, de ofício, 
determinadas matérias que não foram impugnadas pelo recorrente. 
o ex. prescrição 
 Efeito substitutivo: é o efeito que implica na substituição da decisão recorrida pela 
decisão do juízo ad quem. 
 Efeito regressivo (ou iterativo ou diferido): permite ao prolator da decisão se retratar 
da decisão proferida, evitando a remessa ao órgão ad quem (órgão recursal). 
 
25 
 
 Efeito extensivo: se um dos corréus interpõe recurso, a decisão desse recurso se 
estende aos demais, SALVO SE FUNDADA EM RAZÕES DE CARÁTER ESTRITAMENTE 
PESSOAL. 
o art. 580, CPP 
 
Princípios Recursais 
 
 Duplo grau de jurisdição: toda decisão deve estar submetida à reapreciação por outro 
órgão do Judiciário, superior ao que proferiu a decisão. 
o Não está previsto no CF/88. 
o Previsto no C.A.D.H 
 Pacto de são José da Costa Rica 
 
 Taxatividade: não há hipótese de recurso sem previsão legal. 
 Singularidade (ou unirrecorribilidade ou unicidade): parfa cada decisão somente é 
cabível um único recurso. 
o Exceção 
 Recurso extraordinário (STF) 
 Recurso especial (STJ) 
 Voluntariedade: a existência do recurso só pode decorrer da vontade da parte, não 
existindo hipótese de recurso obrigatório. 
 Fungibilidade: possibilidade de que o órgão recursal receba um recurso equivocado 
como sendo o correto, desde que inexista má-fé. 
o Tem que ter sido interposto no prazo do recurso correto, ainda que seja o 
recurso errado. 
o Não pode ser um erro grosseiro 
 Art. 579, CPP 
 
 
 Non reformatio in pejus: o recurso interposto pela defesa NUNCA poderá ser julgado 
de forma a agravar a situação do réu. 
o Impossibilidade de reforma para pior. 
o Non reformatio in pejus indireta 
 
 Complementariedade: o recorrente poderá complementar a fundamentação de seu 
recurso (razões recursais) quando a decisão atacada for modificada após a 
apresentação das razoes recursais. 
 Colegialidade: a parte tem direito de uma vez recorrendo, ter seu recurso apreciado 
por um órgão colegiado. 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
RESE- Recurso em Sentido Estrito 
RESE- Cabimento 
 
 
Art. 581. Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença: 
I - que não receber a denúncia ou a queixa; 
II - que concluir pela incompetência do juízo; 
III - que julgar procedentes as exceções, salvo a de suspeição; 
IV – que pronunciar o réu; 
 Rito do Júri 
V - que conceder, negar, arbitrar, cassar ou julgar inidônea a fiança, indeferir requerimento de 
prisão preventiva ou revogá-la, conceder liberdade provisória ou relaxar a prisão em flagrante; 
VI - (Revogado pela Lei nº 11.689, de 2008) 
VII - que julgar quebrada a fiança ou perdido o seu valor; 
VIII - que decretar a prescrição ou julgar, por outro modo, extinta a punibilidade; 
IX - que indeferir o pedido de reconhecimento da prescrição ou de outra causa extintiva da 
punibilidade; 
X - que conceder ou negar a ordem de habeas corpus; 
XI - que conceder, negar ou revogar a suspensão condicional da pena; (execução penal- agravo 
em execução) 
XII - que conceder, negar ou revogar livramento condicional; (execução penal- agravo em 
execução) 
XIII - que anular o processo da instrução criminal, no todo ou em parte; 
XIV - que incluir jurado na lista geral ou desta o excluir; 
XV - que denegar a apelação ou a julgar deserta; 
 Deserta: quando não teve o preparo. 
XVI - que ordenar a suspensão do processo, em virtude de questão prejudicial; 
XVII - que decidir sobre a unificação de penas; (execução penal- agravo em execução) 
XVIII - que decidir o incidente de falsidade; 
XIX - que decretar medida de segurança, depois de transitar a sentença em julgado; (execução 
penal- agravo em execução) 
XX - que impuser medida de segurança por transgressão de outra; (execução penal- agravo em 
execução) 
XXI - que mantiver ou substituir a medida de segurança, nos casos do art. 774; (execução 
penal- agravo em execução) 
XXII - que revogar a medida de segurança; (execução penal- agravo em execução) 
XXIII - que deixar de revogar a medida de segurança, nos casos em que a lei admita a 
revogação; (execução penal- agravo em execução) 
XXIV - que converter a multa em detenção ou em prisão simples. (execução penal- agravo em 
execução) 
XXV - que recusar homologação à proposta de acordo de não persecução penal, previsto no 
art. 28-A desta Lei. (Incluída pelo Pacote Anticrime) 
 
Principais hipóteses de cabimento 
27 
 
 Decisão de rejeição da denúncia ou queixa 
o Exceção: JeCrim 
 Não será o RESE 
 Será apelação (10 dias) 
o ≠ Recebimento 
 Não há recurso cabível para o recebimento. 
 
 Decisão de declínio da competência 
 Decisão de pronúncia 
o Rito do júri 
o ≠ Impronúncia 
 Não cabe o RESE 
 Apelação 
 Decisão que conceder, negar, arbitrar, cassar ou julgar inidônea a fiança, indeferir 
requerimento de prisão preventiva ou revogá-la, conceder liberdade provisória ou 
relaxar a prisão em flagrante 
o Bandido solto- RESE 
 Decisão que reconhecer a extinção da punibilidade 
o Dentro da sentença 
 Caberá apelação. 
 Decisão que indefere o pedido de reconhecimento da extinção da punibilidade 
 Decisão que denegar a apelação 
 
(*) Pronúncia- Necessário recolhimento à prisão para recorrer? NÃO. 
Art. 585, CPP: “O réu não poderá recorrer da pronúncia senão depois de preso, salvo se prestar 
fiança, nos casos em que a lei a admitir.” 
 STF e STJ entendeu que não há necessidade ao recolhimento à prisão. 
 
RESE- Prazo 
 
 
 
(**) Inciso XIV do art. 581- 20 dias 
 Incluir/excluir jurado 
 
RESE- Processamento 
 
 Prazo 
o Regra 
28 
 
 Interposição: 5 dias 
 Razões recursais: 2 dias 
 
 Forma 
o Petição 
o Termo nos autos 
 
 Efeito regressivo 
o Art. 589, CPP 
o Possibilidade do juízo de retratação. 
 
RESE-Remessa ao Tribunal 
 
REGRA - Por traslado ou instrumento (não sobe nos próprios autos). 
 
EXCEÇÕES (subirá nos próprios autos do processo) 
 Quando se tratar de RESE interposto de “ofício” pelo Juiz 
 Nas hipóteses dos incisos I, III, IV, VIII e X do art. 581 
 Quando a subida dos autos ao Tribunal não prejudicar o andamento do processo 
 
RESE- Efeito Suspensivo 
 
REGRA- Não possui 
 
EXCEÇÕES 
 Decisão que determina a perda do valor da fiança 
 Decisão que denegar a apelação ou julgá-la deserta 
 RESE interposto contra decisão de pronúncia 
 
RESE- Súmulas Importantes 
 
 Súmula 707 do STF “Constitui nulidade a falta de intimação do denunciado para 
oferecer contrarrazões ao recurso interposto da rejeição da denúncia, não a suprindo 
a nomeação de defensor dativo.” 
 Súmula 709 do STF “Salvo quando nula a decisão de primeiro grau, o acordão que 
prove o recurso contra a rejeição da denúncia vale, desde logo, pelo recebimento 
dela.” 
 
Apelação 
 
Apelação 
 
29 
 
Principais hipóteses de cabimento 
 Decisão de impronúncia 
o Rito do Júri 
o ≠ Pronúncia 
 Caberá RESE 
 Decisão de absolvição sumária 
o Art.593, I, CPP 
o Art. 416, CPP 
 Rito do Júri 
 Sentença de mérito (condenação/absolvição) 
 Sentença do juiz-presidente contrária à lei expressa ou à decisão dos jurados (rito do 
júri) 
 Houver erro ou injustiça no tocante à aplicação da pena ou da medida de segurança 
(rito do júri) 
 Decisão dos jurados manifestamente contrária à prova dos autos (rito do júri) 
o Soberania dos vereditos 
 Manda fazer um novo julgamento. 
 
Apelação- Prazo 
 
 
 
Apelação- Processamento 
 
 Prazo 
o Petição de interposição 
 Regra: 5 dias 
o Razões: 
 Regra: 8 dias 
 Contravenções: 3 dias 
 Assistente de acusação: 3 dias 
 JeCrim: concomitantemente com a petição. 
 Art. 82, Lei 9.99/95 
 
(*) Razões na instancia superior (art. 600, §4°, CPP). 
(*) Fora do prazo: não impede o conhecimento. 
 
 Forma 
o Petição 
o Termo nos autos 
30 
 
 Efeito devolutivo 
o Devolver ao órgão ad quem a competência para apreciar aquele recurso. 
o Amplo, como regra. 
 Súmula 160, STF “É nula a decisão do tribunal que acolhe, contra o 
réu, nulidade não arguida no recurso da acusação, ressalvados os 
casos de recurso de ofício.” 
o Restrito 
 Apelações relativa ao Júri 
 Art. 593, II, CPP 
 Súmula 713, STF "O efeito devolutivo da apelação contra 
decisões do Júri é adstrito aos fundamentos da sua 
interposição". 
 Efeito regressivo 
o Permite ao juízo a quo, voltar atras e se retratar 
o Não há efeito regressivo na apelação. 
 
(*) Necessário recolhimento à prisão para recorrer? NÃO 
Súmula 347, STJ: “O conhecimento de recurso de apelação do réu independe de sua prisão.” 
 
Apelação- Remessa ao Tribunal 
 
REGRA – Nos próprios autos 
 
EXCEÇÃO (translado ou instrumento) 
 Se houver mais de um réu, e não houver todos sido julgados, ou não tiverem todos 
apelado. 
 
Apelação- Efeito Suspensivo 
 
 Sentença absolutória 
o Não há efeito suspensivo 
 Sentença absolutória imprópria 
o Há efeito suspensivo. 
o Ex. em caso de inimputabilidade 
 Sentença condenatória 
o Há efeito suspensivo 
o Cuidado!! 
 Art. 492, I, “e”, CPP (pacote anticrime) 
 Júri (regra, não há efeito suspensivo) 
o Condenação de pena igual ou superior a 15 anos 
 Poderá logo o cumprimento provisório 
 Possível concessão do efeito 
suspensivo. 
 
Apelação- Súmulas Importantes 
 Súmula 705 do STF “A renúncia do réu ao direito de apelação, manifestada sem a 
assistência do defensor, não impede o conhecimento da apelação por este interposta.” 
 Súmula 708 do STF “É nulo o julgamento da apelação se, após a manifestação nos 
autos da renúncia do único defensor, o réu não foi previamente intimado para 
constituir outro.” 
 
31 
 
Embargos de declaração 
 
 Cabimento – Quando houver obscuridade, omissão, ambiguidade ou contradição na 
decisão. 
 Prazo – 02 dias (JECrim – 05 dias) 
o Art. 382, CPP 
o Art. 619, CPP 
o Art. 83, §1° Lei 9.0900/95. 
 Efeitos – Interrompe o prazo para a interposição dos demais recursos. 
 
Agravo em execução 
(Art. 197, LEP) 
 
 Cabimento - Impugnar as decisões proferidas na execução penal 
 Prazo – 05 dias (súmula 700 do STF). Razões recursais = 02 dias 
 Rito - Segue o rito do RESE 
 Efeitos – NÃO possui, em regra, efeito suspensivo. Possui efeito regressivo. 
o Art. 519, CPP. 
 
Carta testemunhável 
(Art. 639 a 646, CPP) 
 
 Cabimento – Quando não recebido o recurso que deva ser remetido à instância 
superior ou, embora recebido, não seja remetido à instância superior. Possui natureza 
RESIDUAL. 
o Residual: se não houver outro recurso. 
 Interposição – Dirigida ao Escrivão 
 Prazo – 48 horas 
 Processamento – O mesmo trâmite do recurso que não foi admitido 
o Art. 645, CPP 
 Efeito suspensivo – Não possui 
 Efeito regressivo – Possui 
o juiz pode se retratar. 
 
Embargos Infringentes 
(Art. 690, § único, CPP) 
 
 Cabimento- Cabível quando, durante o julgamento de um recurso (apelação ou RESE), 
em segunda instância, houver decisão não-unânime DESFAVORÁVEL AO RÉU. 
o Recurso exclusivo da defesa 
 Prazo- 10 dias 
 Efeitos- Não possui efeito suspensivo nem regressivo. 
 
Revisão Criminal 
 
 Conceito – Trata-se de ação autônoma de impugnação. 
o Não é recurso! 
 Finalidade - Desconstituir a sentença condenatória. Trata-se de meio de impugnação 
privativo da defesa. 
 Pressupostos 
o Existência de sentença condenatória criminal (*) ou absolutória imprópria 
32 
 
o Existência de trânsito em julgado 
 
 PRAZO? NÃO, pode ser manejada a qualquer tempo. 
 
 Hipóteses 
o Quando a sentença condenatória for contrária ao texto expresso da lei penal 
ou à evidência dos autos. 
 Tese 14 do STJ 
o Quando a sentença condenatória se fundar em depoimentos, exames ou 
documentos comprovadamente falsos 
 Tese 17 do STJ 
o Quando, após a sentença, se descobrirem novas provas de inocência do 
condenado ou de circunstância que determine ou autorize diminuição especial 
da pena. 
 + importante!! 
 
 Dilação probatória? Não! Na revisão criminal precisa ter prova pré-constituída. 
 
 Competência 
o Do STF e do STJ quando a Revisão Criminal se der contra decisões por eles 
proferidas 
o Pelos TRFs e TJs quando a Revisão Criminal tiver por objeto decisões proferidas 
por eles ou pelos Juízes a eles vinculados 
 
 Decisão proferida por Juizado Especial Criminal? Turma Recursal (Tese 7 do STJ) 
 
 Efeitos no caso de procedência 
o Alterada a classificação da infração 
o Absolvido o réu 
o Modificada a pena 
o Anulado o processo 
 
 Nunca poderá ser agravada a situação do réu (non reformatio in pejus). 
 
 Fixação de indenização em favor do condenado?? SIM!! Art. 630, CPP 
 
 Tópicos relevantes 
o Reiteração do pedido – Possível? 
 Sim, mas tem que ter novas provas. 
o Não há necessidade de recolhimento à prisão para manejar revisão criminal – 
Súmula 393 do STF 
o É cabível revisão criminal em relação a condenação pelo Tribunal do Júri? 
 Sim, tese 9 do STJ 
o O réu possui capacidade postulatória autônoma para ajuizar revisão criminal? 
 Sim, art. 623, CPP, tese 11 do STJ. 
 
Habeas Corpus “tome o corpo” 
(art. 647 a 667) 
 
Natureza 
 Remédio constitucional para proteção da liberdade de locomoção. 
33 
 
 Não é “recurso” – Ação autônoma de impugnação 
o Sucedâneo recursal externo 
Espécies 
 Preventivo - Finalidade é preservar a liberdade de qualquer pessoa, quando há risco 
de violação a este direito. 
 Repressivo – Fazer cessar violação à liberdade 
 
 (*)Trancativo: finalidade de buscar o trancamento de um inquérito policial ou de uma ação 
penal em curso quando a manutenção do trâmite desse inquérito policial ou dessa ação penal 
se configura com flagrante constrangimento ilegal à liberdade de locomoção do indivíduo. 
 
Sujeitos do HC 
 
 Impetrante (quem impetra- quem ajuíza) 
 Paciente (aquele que tem a liberdade de locomoção violada/ameaçada. SÓ PESSOA 
FÍSICA. 
 Coator (aquele que exerce a coação violando ou ameaçando a liberdade de 
locomoção). 
 
Impetrante (Art. 654, CPP) 
 Qualquer pessoa 
o Pessoa física 
o Pessoa jurídica (só em favor da pessoa física) 
 Ministério Público 
 
 Juízes e Tribunais? Art. 654, §2°, CPP 
o NÃO pode impetrar HC 
o eles autorizam que concedam a ordem HC de ofício. 
 
Petição de habeas corpus – Conteúdo 
 
 O nome do paciente e o do coator 
 A declaração da espécie de constrangimento ou, em caso de simples ameaça de 
coação, as razões em que funda o seu temor 
 A assinatura do impetrante, ou de alguém a seu rogo, quando não souber ou não 
puder escrever, e a designação das respectivas residências 
o Não exige capacidade postulatória 
 
Cabimento 
 
Art. 647. Dar-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar na iminência de sofrer 
violência ou coação ilegal na sua liberdade de ir e vir, salvo nos casos de punição disciplinar. 
 
Art. 5º (...) LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar 
ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou 
abuso depoder; 
 
Cabimento (art. 648, CPP) - Considera-se ilegal a coação à liberdade quando: 
 Não houver justa causa 
 Alguém estiver preso por mais tempo do que determina a lei 
 Quem ordenar a coação não tiver competência para fazê-lo 
34 
 
 Houver cessado o motivo que autorizou a coação 
 Não for alguém admitido a prestar fiança, nos casos em que a lei a autoriza 
 O processo for manifestamente nulo 
 Extinta a punibilidade. 
 
Súmulas Importantes 
 
 Súmula 695 do STF “Não é cabível Habeas Corpus quando já extinta a pena privativa 
de liberdade”. 
 Súmula 693 do STF “Não cabe habeas corpus contra decisão condenatória à pena de 
multa, ou relativo a processo em curso por infração penal a que a pena pecuniária seja 
a única cominada.” 
 
NÃO CABE habeas corpus 
 Quando não há possibilidade de aplicação de pena privativa de liberdade ou esta já se 
extinguiu 
 Como substituto recursal, quando há recurso cabível 
 Para questionar perda de função/patente. 
 
Competência – Principais hipóteses 
 Originária 
 
 
 
 
Processamento – Apresentação do preso ao Juiz 
 O juiz, se julgar necessário, e estiver preso o paciente, mandará que este lhe seja 
imediatamente apresentado. Possibilidade de recusa à determinação: 
o Grave enfermidade do paciente (Juiz poderá ir ao local) 
35 
 
o Não estar ele sob a guarda da pessoa a quem se atribui a detenção 
o Se o comparecimento não tiver sido determinado pelo juiz ou pelo tribunal 
 
 O detentor deverá declarar por ordem de quem o paciente está preso 
 
Processamento 
 Realizadas as diligências e ouvido o paciente, o juiz decidirá em 24h: 
o Sendo favorável a decisão, será logo posto em liberdade (alvará de soltura), 
salvo se por outro motivo dever ser mantido na prisão, ou dar-se-á ao paciente 
salvo-conduto (HC preventivo) assinado pelo juiz. 
o Se os documentos que instruírem a petição evidenciarem a ilegalidade da 
coação, o juiz ou o tribunal ordenará que cesse imediatamente o 
constrangimento. 
o Se a ilegalidade for a não admissão de fiança, o juiz arbitrará o valor desta, que 
poderá ser prestada perante ele. 
 
Processamento nos Tribunais 
 Estando em ordem a petição e sendo distribuída ao relator este: 
o Poderá requisitar informações à autoridade coatora 
o Procederá à instrução do feito e colocará em pauta para julgamento na 
primeira sessão (pode ser adiado para a sessão seguinte) 
o Cabe decisão monocrática (relator) em determinados casos (ex.: STF, RISTJ, 
art. 202) 
 
Processamento nos Tribunais – Decisão colegiada 
 Decisão por maioria de votos 
 Havendo empate, se o presidente não tiver tomado parte na votação, proferirá voto 
de desempate; caso contrário, prevalecerá a decisão mais favorável ao paciente 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Recurso contra decisão em habeas corpus 
 Decisão que concede* ou nega, em primeira instância – RESE (art. 581, X, CPP) 
o Art. 574, I, CPP- Recurso “de ofício” 
 Denegado em única ou última instância por TJ/TRF – ROC para o STJ 
o Art. 105, II, CF 
 Denegado em única instância pelo STJ – ROC para o STF 
o Art. 102, II, CF 
 
Tópicos relevantes 
 Habeas corpus coletivo – Legitimados (mesmos do MI coletivo) – Posição do STF: 
o MP 
o DP 
o PP (partido político) com representação no CN 
11 membros 10 votantes concessão 
01 presidente 05/05- denegação 
 Voto de desempate 
Se o presidente já votou prevalece a decisão favorável. 
 
 
36 
 
o Org. Sindical, entidade de classe ou associação constituída há mais de 01 ano 
o O Assistente de acusação não pode intervir no HC 
o O HC não comporta dilação probatória 
o É incabível o HC para impugnar decisão que defere a intervenção do assistente 
de acusação na ação penal 
o Cabível a impetração de HC para discutir aplicação de prisão domiciliar 
o Não é cabível o manejo de HC para discutir a aplicação de pena acessória de 
perda de cargo público. 
 
LEI 9.099/95 – INTRODUÇÃO E COMPETÊNCIA 
 
Juizados especiais criminais 
 
Competência – Processo e julgamento das infrações de menor potencial ofensivo. 
 Contravenções penais 
 Crimes- pena máx. não seja superior a 2 anos. 
Exceção: 
 Crimes militares (Justiça Militar) 
 Crime que envolva violência domestica contra mulher ( Lei Maria da Penha- Lei 
11.340/06). 
 
Princípios 
 Simplicidade: menos complexidade, evitar entrave desnecessária. 
 Economia Processual: máx. efetividade dos atos processuais. 
 Informalidade: os atos não seguem formalidades tão rigorosas ex. art. 64 e 65. 
 Celeridade Processual: rapidez 
 Oralidade: buscar sempre pratica de ato oral. 
 
Objetivos 
 Reparação dos danos sofridos pela vítima (art. 74, Lei 9.099/65)- composição civil dos 
danos 
 Aplicação de pena não-privativa de liberdade 
 
Dos atos processuais 
 
Art. 64. Os atos processuais serão públicos e poderão realizar-se em horário noturno e em 
qualquer dia da semana, conforme dispuserem as normas de organização judiciária. 
 
Art. 65. Os atos processuais serão válidos sempre que preencherem as finalidades para as 
quais foram realizados (informalidade), atendidos os critérios indicados no art. 62 desta Lei. 
 Não há nulidade sem que tenha havido prejuízo (art. 65, §1°) 
 Atos processuais em outras comarcas poderão ser solicitados por qualquer meio hábil 
de comunicação 
o Carta precatória: desnecessária 
 Registro escrito - exclusivamente os atos havidos por essenciais. Os atos realizados 
em audiência de instrução e julgamento poderão ser gravados em fita magnética ou 
equivalente. 
 
Tópicos relevantes 
 Competência territorial 
o Art. 63, Lei 63, Lei 9.099/95: lugar onde foi praticada a infração 
37 
 
 Teoria da atividade 
 Citação por edital 
o vedada no JeCrim (art. 66, § único) 
 processo vai ser encaminhado para o Juízo Comum (rito sumário), se 
necessária a citação por edital. 
 Por hora certa? Divergente 
 Lesões corporais leves e culposas 
o Art. 129, “caput”. 
o Art. 129, §6°, CP 
o Ação penal pública condicionada à representação 
 Exceção: Lei Maria da Pena 
 Ação penal incondicionada. 
 
 Violência doméstica e familiar contra a mulher 
 
Súmula 536 do STJ A suspensão condicional do processo e a transação penal 
não se aplicam na hipótese de delitos sujeitos ao rito da Lei Maria da Penha. 
 
Frase preliminar 
 Termo circunstanciado (TCO) e prisão em flagrante – Não há instauração de IP em 
relação às IMPO, devendo ser lavrado termo circunstanciado. 
 Se o autor do fato se comprometer a comparecer a todos os atos do processo, não 
poderá ser lavrado auto de prisão em flagrante. (Art. 69, §único) 
 
Audiência preliminar 
 Após a etapa em sede policial, será designada audiência preliminar. (art. 73) 
 Obtida a composição civil dos danos causados, o Juiz a homologará por sentença, que 
será IRRECORRÍVEL. (art. 74) 
 Caso não seja obtida a composição civil dos danos, e sendo caso de ação penal privada 
ou pública condicionada à representação, o Juiz dará oportunidade ao ofendido para 
que apresente a sua representação ou ofereça a queixa. 
 Caso o ofendido não a exerça no momento, poderá exercer esse direito 
posteriormente (oferecimento de queixa ou representação), desde que dentro do 
período legal. 
o 6 meses a contar da ciência da autoria 
 Caso o ofendido ofereça a representação ou sendo crime de ação penal pública 
incondicionada, o Juiz dará vista ao MP para que proponha, se for cabível, a 
TRANSAÇÃO PENAL (acordo). 
 
Composição civil dos danos 
 Homologada pelo Juiz mediante sentença irrecorrível 
 Tem eficácia de título a ser executado no juízo civil competente. 
 Acordo homologado acarreta a renúncia ao direito de queixa (ação penal privada) ou 
representação (ação penal pública condicionada à representação). Art. 74, §único 
 
Transação penal 
 
Conceito – Proposta de aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multas (a ser 
especificada na proposta). Em troca, o MP deixa de ajuizar a ação penal. 
 
38 
 
Art. 76. Havendo representação (ação penalpública condicionada) ou tratando-se de crime de 
ação penal pública incondicionada, não sendo caso de arquivamento, o Ministério Público 
poderá propor a aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multas, a ser especificada 
na proposta. 
 
Ação Penal Privada: é cabível transação penal. 
 Cabe ao próprio ofendido propor a proposta. 
Obs.: se for pena de multa a única aplicável, o juiz poderá reduzir até metade. 
 
 
 Aceita a proposta pelo autor da infração e seu defensor, será submetida à apreciação 
do Juiz 
 Homologada a proposta aceita, o Juiz aplicará a pena restritiva de direitos ou multa 
 A aceitação da proposta: 
o Não importa em reincidência, sendo registrada apenas para impedir 
novamente o mesmo benefício no prazo de cinco anos 
o Não constará da certidão de antecedentes criminais, salvo para os fins 
previstos no mesmo dispositivo 
o Não terá efeitos civis 
 
Descumprimento das cláusulas da transação penal 
Súmula vinculante 35 A homologação da transação penal prevista no artigo 
76 da Lei 9.099/1995 não faz coisa julgada material e, descumpridas suas 
cláusulas, retoma-se a situação anterior, possibilitando-se ao Ministério 
Público a continuidade da persecução penal mediante oferecimento de 
denúncia ou requisição de inquérito policial. 
 
Não aceitação de proposta de transação penal 
 MP oferecerá denúncia oral, podendo requerer a remessa ao Juízo comum, em razão 
da complexidade ou circunstâncias do caso 
 Se for crime de ação privada, o ofendido poderá oferecer queixa-crime oral 
 
LEI 9.099/95 – RITO SUMARÍSSIMO 
Rito sumaríssimo 
 Denúncia oral na própria audiência preliminar (como regra) 
 Possibilidade de dispensa do exame do corpo de delito (art.77, §1°) 
 Complexidade do caso – Remessa ao Juízo comum (art.77, §2°) 
o Rito sumário 
 
39 
 
Art. 78. Oferecida a denúncia ou queixa, será reduzida a termo, entregando-se cópia ao 
acusado, que com ela ficará citado e imediatamente cientificado da designação de dia e hora 
para a audiência de instrução e julgamento, da qual também tomarão ciência o Ministério 
Público, o ofendido, o responsável civil e seus advogados. 
 Na inicial acusatória devem ser arroladas as testemunhas = máximo de 05 
testemunhas. 
 Após esse momento, proceder-se-á à citação do acusado (se não estava presente na 
audiência preliminar) 
 Nenhum ato será adiado, determinando o Juiz, quando imprescindível, a condução 
coercitiva de quem deva comparecer 
o O acusado pode optar por não comparecer para fim de interrogatório. 
 Na audiência de instrução e julgamento o Juiz: 
o Dará a palavra à defesa responder à acusação 
o O Juiz rejeita ou recebe a inicial acusatória 
 Rejeita: apelação 10 d 
 Recebe: não cabe recurso 
o Recebendo a inicial, o Juiz pode absolver sumariamente o réu (art. 397, CP) 
o Não havendo absolvição sumária, ouvirá a vítima, as testemunhas de acusação 
e defesa e, por último, procederá ao interrogatório do acusado (sempre nessa 
ordem) 
o Após isso, passa-se à fase dos debates orais 
o Após os debates orais, o Juiz profere sentença 
 
Sentença e apelação 
 Dispensado o relatório na sentença 
o Deve mencionar os elementos da convicção 
 fundamentação 
 Apelação em 10 dias 
 Contrarrazões em 10 dias 
 Julgamento da apelação – Se a sentença for confirmada pelos próprios fundamentos, a 
súmula do julgamento servirá de acórdão. (turma colegial) 
 Erros materiais podem ser corrigidos de ofício 
 Cabem embargos de declaração (05 dias) 
o Interrompe o prazo para outros recursos. 
 
LEI 9.099/95 – SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO 
 
Suspensão condicional do processo (sursis processual) 
 
Conceito - Suspensão do processo, por 02 a 04 anos, durante os quais o acusado ficará “sob 
prova”. 
 Só é cabível se o acusado não estiver sendo processado ou não tiver sido condenado 
por outro crime 
o Existência de IP não impede o sursis 
o 05 anos da extinção da pena anterior 
 Condenação anterior à pena de multa não impede (art. 77, §1º do CP e súmula 499 
do STF) 
 Devem estar presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional 
da pena (art. 77, CP) 
 
Cabimento - Infrações penais cuja pena mínima não seja superior a 01 ano 
40 
 
 Mas e se há previsão de alguma causa de aumento de pena? Ela é considerada para o 
cálculo da pena mínima? 
 
 
 E se o autor do fato não aceitar a proposta de suspensão condicional do processo? O 
processo seguirá normalmente. 
 
Aceitação da proposta 
Aceita a proposta pelo acusado e seu defensor, na presença do Juiz, será submetida a 
apreciação deste (Juiz) que, suspendendo o processo, submeterá o acusado a período de 
prova, sob determinadas condições: 
 Reparação do dano, salvo se não tiver condições. 
 Proibição de frequentar determinados lugares. 
 Proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem autorização do Juiz. 
 Comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente, para informar e justificar 
suas atividades. 
 Outras condições especificadas pelo Juiz. 
 
 
 
Prescrição 
 Não corre prescrição durante o prazo de suspensão do processo.

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