Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Grupos O que é? Processo Grupal Modalidades de Grupos Características encontradas em um grupo Momento da relação estabelecida com outras pessoas. Por sermos social e sociáveis. É um conjunto de pessoas capazes de se reconhecerem em sua singularidade e que estão exercendo uma ação interativa com objetivos compartilhados. Tem que se conhecer, se não, é um aglomerado de pessoas. Os grupos fazem parte da vida do individuo, desde o seu nascimento e são fundamentais para que a sociedade apresente um bom funcionamento em todos os seus âmbitos (psíquico, social, espiritual). Para a formação do grupo é necessário que haja interação entre as pessoas de forma que se influenciem mutuamente na busca de um interesse em comum, constituindo assim uma coesão entre seus integrantes. A essência dos fenômenos grupais são as mesmas em qualquer tipo de grupo e a diferença entre os grupos e são suas finalidades para a qual eles foram criados e compostos. De acordo com a finalidade do grupo, os componentes, o referencial teórico e os procedimentos técnicos serão distintos. É necessário a classificação das distintas e múltiplas modalidades de grupos. Podem variar pelo setting usado, se são grupos homogêneos, abertos ou fechados, a finalidade, a área, tipo de pessoas que a compõem, vínculos, técnicas e outros. Vinculo Afetivo Tarefa ou objetivo em comum Quantidade de pessoas que não prejudique a comunicação Enquadramento e o seguimento dessas regras Interação entre os membros entre si e do grupo como um todo Preservação da identidade dos integrantes Presença de formas contraditórias: coesão e desintegração do grupo Campo grupal dinâmico: fenômenos de fantasias, ansiedades, mecanismos de defesa Grupos Operativos, auxiliam no processo de aprendizagem com a desestruturação, estruturação e reestruturação. Pichon Riviere que introduziu e sistematizou esse conceito, considerou vários fatores conscientes e inconscientes que regem a dinâmica de qualquer campo grupal e que se manifestam em três áreas: mente, corpo e mundo exterior. Se assemelha ao funcionamento do grupo familiar e pode ser definido como um “conjunto de pessoas reunidas por constantes de tempo e espaço, articuladas por sua mutua representação interna, que se propõe, implícita e explicitamente, uma tarefa que constitui sua finalidade.” Um dos objetivos da técnica dos grupos operativos, como sinaliza Pichon Riviere é o de auxiliar na minimização dos medos básicos e o de favorecer o rompimento dos estereótipos que funcionam como barreira a mudança. A atividade do coordenador dos grupos operativos deve ficar centralizado unicamente na tarefa proposta, sendo que, somente nas situações em que os fatores inconscientes inter- relacionais ameaçarem a integração ou evolução exitosa do grupo, é que caberão eventuais intervenções de ordem interpretativa, por vezes dirigidas ao plano do inconsciente. Ensino Aprendizagem, onde o essencial é “aprender a aprender” e que “mais importante que encher cabeça de conhecimentos é formar cabeças”. Parte-se do pressuposto de que a finalidade é a de treinar o grupo para desenvolver uma tarefa comum. Espaço para reflexão de temas, mas que às vezes exercem uma função terapêutica. Institucionais, referem-se a grupos realizados em instituições em geral. Nas empresas, o psicólogo organizacional desenvolve trabalhos com colaboradores; nas escolas podem ser realizados grupos de pais, de alunos e/ou professores. Destinam-se a aumentar o rendimento de produção de uma empresa, investindo no pessoal da mesma, através de grupos operativos centrados na tarefa de obtenção de um clima de harmonia entre todos. Realizado em organizações, escolas, igrejas, com finalidade de debater temas. Comunitários, são programas voltados a saúde mental. Existem diversos tipos como os realizados com gestantes, pais, crianças, adolescentes sadios, lideres naturais da comunidade, entre outros. Técnicos de distintas áreas de especialização podem com relativa facilidade, ser bem treinados para essa importante tarefa de integração e de incentivo as capacidades positivas, desde que eles fique unicamente centrados na tarefa proposta e conheçam os seus respectivos limites. Utilizados em programas de saúde voltados para prevenção, tratamento ou reabilitação. Terapêuticos, visam fundamentalmente a uma melhoria de alguma situação patológica dos indivíduos, quer seja estritamente no plano de saúde orgânico como no psiquismo ou nos dois. A forma mais utilizada é o grupo de auto- ajuda que consiste em um grupo de formação espontânea entre pessoas que se sintam identificadas por alguma característica semelhante entre si, unificando-se quando se dão contam que tem condições de ajudarem reciprocamente. As vezes é formado por um estimulo do profissional que coordena o grupo ate o momento que eles podem continuar sozinhos. Os grupos de mutua ajuda ou auto ajuda tem uma grande eficácia e tem um largo âmbito de áreas beneficiadas. São compostas por pessoas portadoras de uma mesma categoria de prejuízos e de necessidades e que de uma forma geral podem ser enquadradas em adictos, cuidados primários de saúde, reabilitação, sobrevivência social, suporte e problemas sexuais e conjugais. Podemos citar como exemplo a disseminação e grupos, que na maioria das vezes, formam-se espontaneamente e que são conhecidos sob o rotulo de “Anônimos” (alcoólicos, fumantes, neuróticos, etc.) Grupos Psicoterápicos, destinam-se prioritariamente a aquisição de insight, notadamente dos aspectos inconscientes dos indivíduos e da totalidade grupal. Pode seguir diferentes bases teóricas. Psicodramática, conserva o mesmo eixo fundamental constituídos por seis elementos: cenários, protagonista, diretor, ego auxiliar, público e a cena a ser apresentada. A dramatização pode propiciar a reconstituição dos primitivos estágios evolutivos do individuo. Na primeira etapa tem a técnica da dupla que visa o reconhecimento da indiferenciação do eu e do outro. Na segunda etapa a técnica do espelho onde o protagonista sai do palco e, a partir do publico, assiste a representação que uma outra pessoa no papel do ego auxiliar faz dele, isso possibilita que ele reconheça a si próprio, assim como na infância ele percorreu fases para se reconhecer no espelho. A terceira etapa é a técnica de inversão de papeis que vai permitir que o sujeito possa colocar-se no lugar do outro, então desenvolvendo assim o sentimento de consideração pelos demais. Em resumo, busca a ressignificação das experiências de vida através da dramatização. Teoria sistêmica, parte do principio de que os grupos funcionam como um sistema, que há uma constante interação, complementação e suplementação dos distintos papéis que foram atribuídos e que cada um de seus componentes desempenha. Um sistema se comporta como um conjunto integrado, onde qualquer modificação de um de seus elementos necessariamente ira afetar os demais e o sistema como um todo. Cognitivo comportamental, todo individuo é um organismo processador de informações, recebendo estímulos e dados, e gerando apreciações. São valorizadas as expectativas que o sujeito se sinta na obrigação de cumprir, a qualificação de seus valores, as significações que ele empresta a seus atos e crenças, bem como a sua forma de adaptação a cultura vigente. Essa técnica visa três objetivos: uma reeducação em nível consciente das concepções errôneas, um treinamento de habilidades comportamentais e uma modificação no estilo de viver. É uma técnica muito usada no tratamento de drogas e obesos. É importante que tenha um desenvolvimento de funções do ego consciente, tais como a de antecipar prevenir, modificar, além de lidar com as situações que implicam risco de reincidência. Em resumo, tem objetivos claros e estruturados voltados para algum problema especifico. Utiliza como recursos: psicoeducação, aprendizagem de habilidades sociais,tarefas de casa e automonitoramento. Psicanalítica, a corrente psicanalítica, por sua vez, abriga muitas escolas como a Freudiana, teóricos das relações objetais, psicologia do ego, psicologia do self e estruturalista. Em relação as grupoterapias psicanalíticas, não há um único referencial teórico- técnico, o importante é que o grupoterapeuta tenha uma formação psicanalítica, de preferência de natureza múltipla, isto é, de conhecer muito bem os fundamentos básicos de todas as escolas, e a partir dai, construir o seu estilo próprio e autêntico de trabalhar psicanaliticamente, fazendo as necessárias adaptações as peculiaridades do campo grupal, com suas leis dinâmicas especificas. O fato de que o grupoterapeuta trabalhe com um referencial de fundamentação psicanalítica não significa que ele devera visar sempre a um objetivo rigorosamente psicanalítico, no sentido restrito desse termo. As grupoterapias podem funcionar por um período de tempo longo ou curto, podem ter uma finalidade precípua de insight destinado a mudanças caracterológicas, ou podem se limitar a benefícios terapêuticos menos pretenciosos, com a simples remoção de sintomas, alivio de angústias ou resolução de crises. Também podem limitar-se a busca única de uma melhor adaptabilidade nas inter- relações familiares, profissionais e sócias, ou podem objetivar a manutenção de um estado de equilíbrio psíquico ou a de despertar as ocultas capacidades positivas. Também podem encontrar uma grande importância no atendimento a casais e grupos familiares. Grupoterapias Fundamentos Teóricos Segundo a perspectiva psicanalítica, no grupo são encontrados fenômenos semelhantes ao eu ocorre na relação terapêutica entre duas pessoas (resistência, transferência, contratransferência, processos de identificação). É importante que o coordenador de um grupo observe as variadas formas de comunicação dentro do grupo e tenha um manejo adequado em relação aos papeis desempenhados no campo grupal. A partir da orientação analítica, os principais recursos para a atuação com grupos são: Enquadre: são os elementos que organizam e normatizam o funcionamento do grupo. Para formação de um grupo é importante considerar os seguintes critérios: Grupo homogêneo ou heterogêneo Grupo fechado ou aberto Numero de participantes Quantidade de encontros, tempo e duração Regras precisam ser respeitadas: sigilo e amor á verdade Função continente: Grupo tem função de sustentação Resistência: O que se opõe o acesso ao inconsciente. Se manifesta através dos atrasos e faltas, não cumprimentos das combinações estabelecidas, dificuldade do participante em expor seu mundo interno, acordo inconsciente para evitar determinados temas, emergência de um sabotador. Transferência/contratransferência: Pode acontecer de cada participante com o terapeuta, do grupo com a figura do terapeuta, de cada participante com o grupo e de cada participante em relação ao grupo. Interpretação: Busca a reflexão, confronto, estímulo para novas significações e se constituiu a partir do conhecimento teórico e técnico do terapeuta, mas também da captação de sensações e tensões, intuições e empatia. Actings: São ações que representam os conteúdos inconscientes e são gerados por repressões de sentimentos que impedem a recordação dos fatos traumáticos ou indesejados. Manifesta- se no grupo através da ansiedade de separação, intolerância a frustração, busca de um depositário. Insights: São as elaborações ocorridas durante o processo grupal, diz respeito a integração dos conteúdos que antes estavam separados no universo psíquico do sujeito. Conduz o grupo ao processo de cura e mudança de postura perante o problema antes vivenciado. Lewin: Campo grupal: O comportamento no grupo é resultado da inter-relação entre os indivíduos formando um campo relacional que ocorre no presente e de forma dinâmica, chamado de “espaço de vida”. Dinâmica de grupos: Estuda as relações entre teoria e prática. Propõe eu para compreender os fenômenos do grupo o observador participe dele. Bion Supostos básicos: Diante das mudanças promovidas através da aprendizagem no processo grupal, alguns estados mentais se opõem ao cumprimento da tarefa. Dependência: Grupo responsabiliza o líder pelas novas ações Luta-fuga: Escolha de um inimigo a ser enfrentado Expectativa messiânica: Esperança de que necessidades sejam solucionadas por alguém que ainda chegara. Pichon Riviére Teoria dos vínculos: Propõe que o grupo tem como organizadores Vínculo: Elo entre os indivíduos através da representação interna mútua. Os modelos de vinculação aprendidos primariamente são utilizados nas varias situações sociais. Tarefa: Forma como as necessidades de cada membro são compartilhadas de no grupo. Grupos operativos: Buscou observar os fatores conscientes e inconscientes que regem a dinâmica grupal e propôs o foco em uma tarefa proposta. Papeis grupais: No grupo acontece uma distribuição de papeis e é importante observar se há uma fixação em algum deles, pois pode prejudicar os objetivos do grupo. Bode expiatório: Os conteúdos inconscientes indesejados são depositados em uma pessoa específica; Porta voz: Explicita o que outros membros pensam e sentem; Radar: Indivíduo que funciona como caixa de ressonância e demonstra as ansiedades do grupo; Investigador: Causa perturbação no grupo; Sabotador: Age contra os objetivos do grupo, podendo contribuir para sua divisão; Líder: Aparece através do terapeuta ou de forma espontânea entre os membros; Vetores: Importantes para analisar os conteúdos explícitos e implícitos do grupo: Afiliação e pertença: Processo pelo qual indivíduos se reconhecem e se integram no grupo; Cooperação: Confrontação e articulação das diferentes necessidades dos indivíduos e do grupo de modo geral; Pertinência: A ênfase que é dada a tarefa no grupo e como é colocada em prática; Comunicação: Acontece de acordo com os elementos: emissor, receptor, mensagem, codificação, decodificação; Aprendizagem: Mudanças ocorridas no processo de adaptação à realidade; Tele: Aspectos inconscientes da história dos sujeitos que ampliam e distanciam a relação dos membros do grupo; Verticalidade: História de cada integrante interfere no campo grupal; Horizontalidade: Situação do vínculo grupal a partir da intersecção das histórias de cada sujeito. Inclusão: Primeiro passo requer que o individuo decida se quer fazer parte ou não de um grupo. Refere-se a associação entre as pessoas. Ao decidir que quer ser incluído, esse querer se manifesta pelo desejo de atenção, por interação, por distinguir-se dos outros. O comportamento será determinado pela forma que ele se sente a respeito de como se significa como pessoa. Podendo ser de duas formas: Ultrasocial, ou seja, fazendo de tudo para que as pessoas as note. Ou sendo Subsocial, se afastando dos outros. No comportamento subsocial, o individuo é uma introvertida e deseja manter distância dos outros, pois caso contrario, perderia sua privacidade. Inconscientemente quer ser notado, mas tem medo da rejeição. Sente que as pessoas não a entendem, que não tem valor, pois ninguém lhe deu atenção, seu maior medo é ser Fenômenos Grupais insignificante. No comportamento Ultrassocial, a pessoa é extrovertida, busca as pessoas e quer que elas a procurem, entretanto, temem ser ignorados. Suas inseguranças são as mesmas do comportamento subsocial, mas a sua resposta a essas inseguranças é oposta. Não suporta ficar sozinho, so presta atenção em si mesmo e seu único objetivo é que as pessoas a notem, sempre se esforçando para atrair atenção de qualquer maneira. Existem duas técnicas para chamar atenção: controle (tenta ser poderoso)e afeto (tenta ser querido). O equilíbrio entre essas ansiedades é o comportamento social, alguém cujo problema de inclusão foi bem sucedido na infância. Sente-se bem tanto sozinhoquanto acompanhado e sente-se com valor e importância. A fase de Inclusão se da na formação do grupo, no qual o individuo quer descobrir onde se encaixa. No caso da ansiedade manifesta comportamentos centrados a si mesmo, ao mesmo tempo, esta decidindo em que nível ira se comprometer com o grupo, decidindo o quanto de contato, interação e comunicação terá. As suas principais preocupações são em quanto ao limite, se quer ou não pertencer ao grupo. Questões relativas a limites são problemas de inclusão. Nesta fase é comum que apareça o bate papo, pois funciona como uma forma para que os membros se conheçam. Controle: o comportamento de controle é o processo de decisão entre pessoas na área de liderança. Os problemas se dão quando o grupo começa a se desenvolver e iniciam-se os relacionamentos interpessoais. O grupo é uma junção de pessoas diferentes buscando papeis distintos. Começa nessa fase a luta pelo poder e a competição. Em relação ao comportamento existe duas modalidades, Abdicrata (que se afasta das posições de poder e responsabilidade) e Autocrata ( tenta dominar os outros). Enquanto Abdicrata, o individuo abdica do seu poder, quer que outras pessoas aliviem suas obrigações. Enquanto o Autocrata é dominador e fanático pelo poder. Os dois ,se sentem incapazes de realizar obrigações. O equilíbrio é relacionado ao democrata que é aquele que resolveu bem suas questões de controle durante a infância, sente-se confortável dando ordens ou não, seguindo ou não as ordens, dependendo do que souber a cada situação, sentindo- se competente. De acordo com Will Schutz “o problema do controle é estar por cima ou por baixo. A interação primaria de controle é o confronto. A ansiedade do controle é ser incompetente.” A Fase de controle inclui tomada de decisão. O comportamento característico inclui a luta pela liderança e a competitividade. Tenta se estabelecer no grupo de forma que venho a ter a quantidade de poder e de dependência que lhe for mais conveniente. Afeto: o afeto descreve sentimentos de proximidades, pessoais e emocionais entre duas pessoas. É a ultima fase no desenvolvimento de uma relação grupal. Caso a pessoa não se sinta amado, o comportamento afetivo fica ansioso e neste caso, pode seguir por duas vias distintas: sendo Subpessoal (evita vínculos afetivos) ou Superpessoal (tenta ser próximo de todos). No comportamento Subpessoal , o individuo busca um relacionamento afetivo satisfatório. Temendo não ser querido e tendo dificuldades em gostar das pessoas, pois desconfia dos sentimentos delas. Tenta evitar envolvimento emocional, sendo superficialmente amigo de todos. O comportamento Superpessoal, o individuo se torna próximo de todos e quer que os outros se aproximem dele, quer ser querido, devora seus amigos ao som de qualquer ameaça diante a tentativa do estabelecimento de outros relacionamentos. O equilíbrio entre os dois, é ser Pessoal, o individuo sente-se bem numa relação pessoal tanto quanto em uma situação de distanciamento emocional. Sendo capaz de dar e receber afeto. Nas relações grupais, o afeto volta-se para a proximidade ou distancia que vai prevalecer nas relações. Fase do Afeto, os membros decidirão se vao ser emocionalmente integrados ou não. São típicas manifestações de sentimentos positivos, mas também de hostilidade, ciúme, formação de panelinha e também um aguçamento das emoções entre as pessoas. As ansiedades retornam com o medo de não serem gostados, em não serem íntimos das pessoas ou serem íntimos demais. Esforçam-se para ter uma troca afetiva a qual tenham intensidade satisfatória.
Compartilhar