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Hemácias, Anemias e Policitemia

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HEMÁCIAS, ANEMIA E POLICITEMIA 
HEMÁCIAS (ERITRÓCITOS) 
• Principal função: transporte de hemoglobinas, que le-
vam oxigênio dos pulmões aos tecidos; 
• Quando livre no plasma, 3% extravasa através da 
membrana capilar para o espaço intersticial, ou atra-
vés da membrana glomerular do rim para o filtrado 
glomerular – por isso, a hemoglobina deve manter-se 
dentro dos glóbulos vermelhos; 
• Possui grande quantidade de anidrase carbônica, en-
zima que catalisa a reação reversível entre o dióxido 
de carbono (CO2) e a água para formar ácido carbô-
nico (H2CO3) – a rapidez dessa reação permite que a 
água do sangue transporte CO2 na forma de íon bi-
carbonato (HCO3-), dos tecidos para os pulmões, onde 
é convertido em CO2 e eliminado para a atmosfera; 
• A hemoglobina nas células é excelente tampão ácido-
base – por isso, a hemácia é responsável por grande 
parte do tamponamento ácido-base do sangue; 
FORMA E DIMENÇÕES DA HEMÁCIAS 
• A hemácia é um “saco”, que pode ser deformado, as-
sumindo praticamente qualquer forma; 
CONCENTRAÇÃO DE HEMÁCIAS NO SANGUE 
• Homem: 5.200.00 (± 300.000) hemácias/m³; 
• Mulher: 4.700.00 (± 300.000) hemácias/m³; 
• Em grandes atitudes, o número de hemácias au-
menta; 
QUANTIDADE DE HEMOGLOBINA NAS CÉLULAS 
• As hemácias têm capacidade de concentrar a hemo-
globina do líquido celular por até 34g/100mL de célu-
las – esse número não aumenta pois é o limite meta-
bólico da formação de hemoglobina; 
• Quando o hematócrito (% de sangue que está nas cé-
lulas – em geral, 40 a 45%) e a quantidade de hemo-
globina em cada célula respectiva estão normais, o 
sangue total do homem contém, em média, 15g de 
hemoglobina/100mL, e nas mulheres, o sangue con-
tém 14g/100mL; 
• Cada grama de hemoglobina pura é capaz de se com-
binar com 1,34mL de oxigênio; 
• A cada 100mL de sangue, no homem, pode ser trans-
portado 20mL de oxigênio, e na mulher, 19mL; 
PRODUÇÃO DE HEMÁCIAS 
ÁREAS DO CORPO QUE PRODUZEM HEMÁCIAS 
• Nas primeiras semanas de vida embrionária, as hemá-
cias nucleadas primitivas são produzidas no saco vite-
línico; 
• No segundo trimestre de gestação, o fígado passa a 
ser o principal órgão produtor de hemácias – embora 
baço e linfonodos também produzam; 
• No último mês de gestação, e após o nascimento, as 
hemácias são produzidas apenas na medula óssea; 
 
GÊNESE DAS CÉLULAS SANGUÍNEAS 
CÉLULAS-TRONCO HEMATOPOÉTICAS PLURIPOTENTES, 
INDUTORES DO CRESCIMENTO E DA DIFERENCIAÇÃO 
• As hemácias iniciam suas vidas, na medula óssea, por 
meio da células-tronco hematopoética pluripotente, 
da qual derivam todas as células do sangue circu-
lante; 
 
• Indutores de crescimento (proteínas): 
o Interleucina-3: crescimento e reprodução de 
praticamente todos os diferentes tipos de 
células-tronco comprometidas; 
o Outros indutores promovem o crescimento 
apenas de tipos específicos de células; 
o Promovem apenas o crescimento; 
• Indutores de diferenciação: cada um deles determina 
a diferenciação do tipo de células-tronco comprome-
tidas em um ou mais estágios de desenvolvimento; 
• A formação desses indutores é controlada por fatores 
externos à medula óssea – no caso das hemácias, a 
exposição do sangue a baixas concentrações de oxi-
gênio por longo período resulta na indução do cresci-
mento, da diferenciação e da produção aumentada 
de hemácias; no caso dos leucócitos, as doenças in-
fecciosas causam crescimento, diferenciação e for-
mação final de tipos específicos de leucócitos neces-
sários ao combate de cada infecção; 
 
 
ESTÁGIOS DA DIFERENCIAÇÃO DAS HEMÁCIAS 
 
• Na presença de estimulação apropriada, grande nú-
mero de proeritroblasto é formado por células-
tronco CFU-E; 
• Eritroblasto basófilo: se cora com substâncias básicas; 
o Acumula pequena quantidade de hemoglo-
bina; 
• Nas gerações sucessivas, o núcleo diminui, até o 
ponto que é absorvido ou excretado pela célula – o 
retículo endoplasmático é reabsorvido; 
• Reticulócito: ainda contém pequena quantidade de 
material basofílico (remanescentes do Golgi, mito-
côndrias e outras organelas); 
o Nesse estágio, as células saem da medula ós-
sea, entrando nos capilares sanguíneos por 
diapedese (modificando sua conformação 
para passar pelos poros das membranas ca-
pilares); 
A ERITROPOETINA REGULA A PRODUÇÃO DAS HEMÁ-
CIAS NO SANGUE 
• A massa total de células vermelhas é regulada de 
modo que: 
o Um número adequado de hemácias sempre 
esteja disponível para o transporte ade-
quado de oxigênio dos pulmões para os teci-
dos; 
o As células não sejam tão numerosas a ponto 
de impedir o fluxo sanguíneo; 
 
OXIGENAÇÃO TECIDUAL É O REGULADOR MAIS ESSEN-
CIAL DA PRODUÇÃO DE HEMÁCIAS 
• Quanto menos oxigênio transportado para os tecidos 
(em casos de anemia, de grandes altitudes, insufici-
ência cardíaca, etc.), maior a produção de hemácias. 
ERITROPOETINA ESTIMULA A PRODUÇÃO DE HEMÁCIAS 
E SUA FORMAÇÃO AUMENTA EM RESPOSTA À HIPOXIA 
• A eritropoetina é um hormônio circulante, que esti-
mula a produção de hemácias quando há pouco oxi-
gênio (hipóxia) – porém, se não há o hormônio na cir-
culação, a ausência de oxigênio não faz com que ele 
seja produzido (mas se há eritropoetina no orga-
nismo, a produção é estimulada, nesse caso); 
ERITROPOETINA FORMADA PRINCIPALMENTE NOS RINS 
• 90% é produzida nos rins, e o restante no fígado; 
• Hipóxia do tecido renal aumenta os níveis teciduais 
do fator induzível por hipóxia 1 (HIF-1), que serve 
como fator de transcrição pra grande parte dos genes 
induzíveis por hipóxia, incluindo o da eritropoetina; 
o O HIF-1 se liga a elemento de resposta a hi-
póxia, residente no gene da eritropoetina, 
induzindo a transcrição de RNA mensageiro 
e, por último, aumentando a síntese de eri-
tropoetina; 
• A hipóxia em qualquer parte do corpo estimula a pro-
dução renal de eritropoetina; 
• Norepinefrina, epinefrina e diversas prostaglandinas 
estimulam a produção de eritropoetina; 
A ERITROPOETINA ESTIMULA A PRODUÇÃO DE PROERI-
TROBLASTOS A PARTIR DAS CÉLULAS-TRONCO HEMA-
TOPOÉTICAS 
• O efeito principal da eritropoetina é a estimulação da 
produção de proeritroblastos a partir das células-
tronco hematopoéticas na medula óssea – a eritropo-
etina também estimula a diferenciação mais rápida 
dessas células pelos diferentes estágios eritroblásti-
cos, acelerando a produção de novas hemácias; 
• Essa produção ocorre até que o estado de hipóxia seja 
superado ou quando há hemácias suficientes para o 
transporte de oxigênio, apesar da poucas; 
A MATURAÇÃO DAS HEMÁCIAS NECESSITA: VITAMINA 
B12 (CIANOCOBALAMINA) E ÁCIDO FÓLICO 
• A vitamina B12 e o ácido fólico são essenciais à síntese 
de DNA, visto que são necessárias para a formação de 
trifosfato de timidina – assim, a diminuição de uma 
dessas vitaminas resulta na baixa produção de DNA e 
consequente falha de maturação nuclear e divisão ce-
lular, afetando a produção de hemácias; 
• As células eritroblásticas da medula óssea, além de 
não conseguirem se proliferar com rapidez, produ-
zem hemácias maiores que o normal (macrócitos), 
com membrana muito frágil, irregular, grande e ova-
lada (ao invés do disco bicôncavo); 
o Essas células conseguem transportar oxigê-
nio, porém tem ciclo de vida curto; 
• Assim, a falta de B12 ou de ácido fólico provoca falha 
de maturação durante o processo da eritropoese; 
FALÊNCIA DE MATURAÇÃO CAUSADA PELA DEFICIÊNCIA 
DA ABSORÇÃO DE VITAMINA B12 NO TGI – ANEMIA PER-
NICIOSA 
• Uma causa comum da maturação anormal das he-
mácias é a falta de absorção de B12 pelo TGI – de-
feito comumente encontrado na anemia perniciosa, 
onde a anomalia consiste na atrofia da mucosa gás-
trica, sendo incapaz de produzir secreções gástricas 
normais; 
• As células parietais das glândulas gástricas secretam 
a glicoproteína referida como fator intrínseco, que 
se combina à B12, tornando-a disponível para absor-
ção intestinal; 
• Quando a B12 é absorvida,ela é armazenada no fí-
gado e então liberada de forma lenta, conforme ne-
cessitada, para a medula óssea; 
FALÊNCIA DE MATURAÇÃO CAUSADA PELA DEFICIÊNCIA 
DE ÁCIDO FÓLICO (ÁCIDO PTEROIGLUTÂMICO) 
• O ácido fólico, contido nos vegetais verdes, é facil-
mente destruído durante o cozimento; 
• Pessoas com absorção gastrointestinal anormal (do-
ença espru) apresentam dificuldade em absorver 
ácido fólico e B12; 
FORMAÇÃO DA HEMOGLOBINA 
• Síntese de hemoglobina ocorre desde os proeri-
troblastos até no estágio de reticulócitos – quando 
esses deixam a medula óssea e penetram na corrente 
sanguínea, continuam formando quantidade pe-
quena de hemoglobina, e posteriormente transfor-
mam-se em hemácias maduras; 
 
• Cada molécula de hemoglobina A contém 4 átomos 
de ferro, os quais, cada um deles, se liga a um O2, 
sendo transportados pela molécula; 
• Anemia falciforme: aminoácido valina é substituído 
pelo ácido glutâmico em um ponto em cada uma das 
duas cadeias beta – quando essa hemoglobina é ex-
posta a baixo nível de oxigênio, formam-se cristais 
alongados no interior das hemácias, que impossibili-
tam a passagem das moléculas por capilares, e as ex-
tremidades pontiagudas podem romper a mem-
brana, causando anemia falciforme; 
 
HEMOGLOBINA COMBINA REVERSIVELMENTE COM O 
OXIGÊNIO 
• Essa combinação reversível é explicada pela principal 
função da hemoglobina, que é se combinar com o oxi-
gênio nos pulmões e depois liberá-lo nos capilares te-
ciduais periféricos, onde a tensão gasosa do oxigênio 
é mais baixa; 
METABOLISMO DO FERRO 
TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO DO FERRO 
 
• No plasma sanguíneo, o ferro se combina com a beta 
globulina apotransferrina para formar transferrina; 
• No citoplasma, o ferro se combina com a apoferritina, 
formando ferritina (ferro de depósito); 
• Hemossiderina: forma insolúvel – acontece quando 
há mais ferro do que o que a apoferritina suporta; 
• Juntamente com o ferro ligado, a transferrina é inge-
rida pelo eritroblasto por endocitose – onde há libe-
ração de ferro para as mitocôndrias, onde o heme é 
sintetizado; 
• Anemia hipocrômica grave: quando não há quanti-
dade adequada de transferrina no sangue – o que 
provoca deficiência do transporte de ferro para os eri-
troblastos; 
• Quando as hemácias completam seu ciclo de vida 
(120 dias), a hemoglobina liberada é fagocitada pelas 
células do sistema de monócitos-macrófagos. O ferro 
é liberado e a maior parte é armazenada no reserva-
tório de ferritina; 
ABSORÇÃO DE FERRO A PARTIR DO TGI 
• Fígado secreta apotransferrina na bile, que vai pelo 
ducto biliar até o duodeno. No intestino delgado, 
apotransferrina se liga a ferro livre e compostos férri-
cos (hemoglobina e mioglobina) – essa combinação é 
chamada de transferrina, que se liga a receptores na 
membrana das células epiteliais intestinais. Depois, 
por pinocitose, a transferrina é absorvida e liberada 
nos capilares sob a forma de transferrina plasmática; 
REGULAÇÃO DO FERRO CORPORAL TOTAL PELO CON-
TROLE DA INTENSIDADE DE ABSORÇÃO 
• Quando o corpo fica saturado de ferro e todas as apo-
ferritinas já estão combinadas ao ferro, a absorção 
torna-se muito mais lenta que o normal; 
• Quando há pouco ferro, a absorção aumenta muito a 
intensidade; 
TEMPO DE VIDA DAS HEMÁCIAS: 120 DIAS 
• Embora as células maduras da linhagem vermelha 
não contenham núcleo, mitocôndrias ou retículo en-
doplasmático, contêm enzimas citoplasmáticas capa-
zes de metabolizar glicose e formar pequenas quanti-
dades de ATP. Além disso, essas enzimas mantêm: 
o Flexibilidade da membrana celular; 
o Transporte de íons através da membrana; 
o Ferro das hemoglobinas na forma ferrosa, ao 
invés da forma férrica; 
o Impedem a oxidação das proteínas presen-
tes nas hemácias; 
• Quando a membrana das hemácias fica frágil, a célula 
se rompe ao passar por algum ponto estreito da cir-
culação – normalmente no baço; 
DESTRUIÇÃO DA HEMOGLOBINA POR MACRÓFAGOS 
• Macrófagos que fagocitam a hemoglobina são, espe-
cialmente, as células de Kupffer (fígado) e macrófagos 
(baço e medula óssea) – posteriormente, essas célu-
las eliminam o ferro da hemoglobina, que é 
transportado pela transferrina para a medula óssea 
(produção de novas hemácias) ou para o fígado e ou-
tros tecidos (armazenamento sob a forma de ferri-
tina); 
ANEMIAS 
ANEMIA POR PERDA SANGUÍNEA 
• Hemorragia rápida – não consegue absorver ferro su-
ficiente para formar hemoglobina; 
• As células vermelhas são menores que as normais, 
com menos hemoglobina e dando origem à anemia 
microcítica hipocrômica; 
 
ANEMIA APLÁSTICA DEVIDO À DISFUNÇÃO DA MEDULA 
ÓSSEA 
• Aplasia de medula óssea = falta de funcionamento da 
medula óssea; 
• Exposição a alta dose de radiação ou quimioterapia, 
altas doses de alguns agentes tóxicos (benzeno na ga-
solina ou inseticidas) pode danificar as células-tronco 
da medula óssea; 
• Em distúrbios autoimunes (lúpus eritematoso), o sis-
tema imune ataca células saudáveis, como as células-
tronco da medula óssea; 
• 50% dos casos de anemia aplástica a causa é desco-
nhecida, chamada então de anemia aplástica idiopá-
tica; 
ANEMIA MEGALOBLÁSTICA 
• A perda de vitamina B12, ácido fólico e fator intrín-
seco da mucosa gástrica pode levar à reprodução len-
tificada dos eritroblastos na medula óssea – isso faz 
com que as hemácias cresçam de modo excessivo, as-
sumindo formas anômalas – megaloblastos; 
• A atrofia da mucosa gástrica, como na anemia perni-
ciosa, ou a perda do estômago após gastrectomia to-
tal, podem acarretar desenvolvimento de anemia 
megaloblástica; 
• O espru intestinal, que absorve pouco os nutrientes, 
também pode levar à anemia megaloblástica; 
 
ANEMIA HEMOLÍTICA 
• Embora o número de hemácias seja normal, ou até 
mesmo, maior do que o normal, o tempo de vida das 
hemácias frágeis é tão curto que as células são des-
truídas mais rápido do que são formadas; 
• Esferocitose hereditária: hemácias são pequenas e 
esféricas – incapazes de suportar as forças de com-
pressão por não terem estrutura flexível e frouxa; 
• Anemia falciforme: as células contêm tipo anormal de 
hemoglobina (hemoglobina S), produzida por cadeias 
beta anormais da molécula de hemoglobina. Quando 
é exposta a baixa concentração de oxigênio, se preci-
pita em longos cristais, adquirindo aspecto de foice, o 
que danifica a membrana celular, deixando extrema-
mente frágil; 
• Eritroblastose fetal: hemácias Rh (+) do feto são ata-
cadas por anticorpos da mãe Rh (-), fragilizando as cé-
lulas Rh (+), resultando em rápida ruptura; 
EFEITOS DA ANEMIA NA FUNÇÃO DO SISTEMA CIR-
CULATÓRIO 
• A viscosidade do sangue depende da concentração 
das hemácias – essa variação diminui a resistência ao 
fluxo sanguíneo nos vasos periféricos, de modo que 
uma quantidade maior de sangue flui pelos tecidos e 
retorna ao coração, aumentando o débito cardíaco; 
o A hipóxia resultante do transporte diminu-
ído de oxigênio faz com que os vasos perifé-
ricos se dilatem, permitindo elevação ainda 
maior do retorno de sangue para o coração, 
aumentando ainda mais o débito cardíaco; 
o Assim, um dos principais efeitos da anemia é 
o aumento do débito cardíaco e acentuada 
elevação da sobrecarga do bombeamento 
cardíaco; 
• No exercício físico, que aumenta a demanda por oxi-
gênio, pode haver hipóxia tecidual extrema com de-
senvolvimento de insuficiência cardíaca aguda; 
POLICITEMIA 
POLICITEMIA SECUNDÁRIA 
• Sempre que o tecido fica hipóxico (grandes altitudes 
ou insuficiência cardíaca), os órgãos hematopoéticos 
começam a produzir grandes quantidades de hemá-
cias – condição chamada de policitemia secundária – 
30% acima da contagem normal; 
• Isso ocorre frequentemente na policitemia fisioló-
gica, que ocorre em nativos que vivem em grandes al-
titudes; 
POLICITEMIA VERA (ERITREMIA) 
• Nesse caso, as hemácias podem atingir concentra-
ções de 60 a 70% - isso é causadopor aberração ge-
nética nas células hemocitoblásticas, que produzem 
hemácias; 
• Essa condição também provoca aumento na produ-
ção de plaquetas e leucócitos; 
• Não apenas o hematócrito aumenta, mas também o 
volume sanguíneo, deixando o sistema vascular ex-
tremamente ingurgitado. Além disso, muitos capila-
res são obstruídos, porque o sangue torna-se muito 
viscoso; 
EFEITO DA POLICITEMIA NA FUNÇÃO DO SISTEMA 
CIRCULATÓRIO 
• O fluxo de sangue diminui, devido ao aumento da vis-
cosidade, o que diminui o retorno venoso. O volume 
de sangue fica maior, o que tende a elevar o retorno 
venoso; 
o Dessa forma, o débito cardíaco fica próximo 
do normal, pois se neutraliza; 
• A pressão arterial fica próxima do normal, pois os 
mecanismos reguladores dela são capazes de com-
pensar o aumento de pressão causada pela viscosi-
dade aumentada. Entretanto, esses mecanismos po-
dem falhar, e causar hipertensão; 
• A coloração da pele depende da quantidade de san-
gue no plexo venoso cutâneo subpapilar. Na policite-
mia vera, a quantidade de sangue nesse plexo fica au-
mentada – além de, como o sangue flui lentamente 
pelos capilares cutâneos antes de chegar ao plexo ve-
noso, maior quantidade do que o normal de hemo-
globina é desoxigenada (a coloração azulada das he-
moglobinas desoxigenadas mascara a coloração ver-
melha da oxigenada) – assim, pessoas com policite-
mia vera tem aparência corada com tonalidade azu-
lada (cianótica) da pele;

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