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MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Assunto: Agregados AULA 10: 29/04/2021 AULA 11: 06/05/2021 PROFESSORA RACHEL PIRES SEMESTRE: 2021.1 2 INTRODUÇÃO Uma vez que cerca de ¾ (70 a 80%) do volume do concreto são ocupados pelos agregados, não é de se surpreender que a qualidade destes seja de importância básica na obtenção de um bom concreto, exercendo nítida influência não apenas na resistência mecânica do produto acabado como, também, em sua durabilidade e no desempenho estrutural. Procura-se neste item, apresentar as principais propriedades dos agregados, analisando o seu grau de importância e responsabilidade na geração das características essenciais aos concretos. Podemos definir agregado como: material granular, inerte, com dimensões e propriedades adequadas e isentos de impurezas prejudiciais. 3 INTRODUÇÃO 4 Os agregados podem ser classificados quanto: • à origem; • às dimensões das partículas; • à massa unitária. CLASSIFICAÇÃO DOS AGREGADOS 5 a) Quanto à origem, eles podem ser: • naturais → já são encontrados na natureza sob a forma definitiva de utilização: areia de rios, seixos rolados, cascalhos, pedregulhos, etc. • artificiais → são obtidos pelo britamento de rochas: pedrisco, pedra britada, etc. • industrializados → aqueles que são obtidos por processos industriais. Ex.: argila expandida, escória britada, etc. Deve-se observar aqui que o termo artificial indica o modo de obtenção e não se relaciona com o material em si. CLASSIFICAÇÃO DOS AGREGADOS 6 b) Quanto à dimensão de suas partículas, a Norma Brasileira define agregado da seguinte forma: • Agregado miúdo → Areia de origem natural ou resultante do britamento de rochas estáveis, ou a mistura de ambas, cujos grãos passam pela peneira ABNT de 4,8 mm (peneira de malha quadrada com abertura nominal de “x” mm, neste caso 4,8 mm) e ficam retidos na peneira ABNT 0,075 mm. • Agregado graúdo → o agregado graúdo é o pedregulho natural, ou a pedra britada proveniente do britamento de rochas estáveis, ou a mistura de ambos, cujos grãos passam pela peneira (ABNT) 75 mm e ficam retidos na peneira (ABNT) 4,8 mm. CLASSIFICAÇÃO DOS AGREGADOS 7 c) Quanto à massa específica (massa unitária) pode-se classificar os agregados em leves, médios e pesados. CLASSIFICAÇÃO DOS AGREGADOS 8 a) Atividade – o agregado pela própria definição, deve ser um elemento inerte, ou seja: - não deve conter constituintes que reajam com o cimento “fresco” ou endurecido. - não deve sofrer variações de volume com a umidade. - não deve conter incompatibilidade térmica entre seus grãos e a pasta endurecida. CLASSIFICAÇÃO DAS ROCHAS DE ORIGEM 9 CLASSIFICAÇÃO DAS ROCHAS DE ORIGEM b) Resistência Mecânica: - à compressão: a resistência varia conforme o esforço de compressão se exerça paralela ou perpendicularmente ao veio da pedra. O ensaio se faz em corpos-de-prova cúbicos de 4 cm de lado (em torno de 150MPa). Sob o aspecto de resistência à compressão, estes materiais não apresentam qualquer restrição ao seu emprego no preparo de concreto normal, pois tem resistência muito superior às máximas dos concretos. 10 CLASSIFICAÇÃO DAS ROCHAS DE ORIGEM - ao desgaste: a pasta de cimento e água não resiste ao desgaste. Quem confere esta propriedade aos concretos é o agregado. Ao desgaste superficial dos grãos de agregado quando sofrem “atrição”, dá-se o nome de abrasão. A resistência à abrasão mede, portanto, a capacidade que tem o agregado de não se alterar quando manuseado (carregamento, basculamento, estocagem). Em algumas aplicações do concreto, a resistência à abrasão é característica muito importante, como por exemplo em pistas de aeroportos, em vertedouros de barragens e em pistas rodoviárias, pois o concreto sofre grande atrição. 11 CLASSIFICAÇÃO DAS ROCHAS DE ORIGEM c) Durabilidade – o agregado deve apresentar uma boa resistência ao ataque de elementos agressivos. O ensaio consiste em submeter o agregado à ação de uma solução de sulfato de sódio ou magnésio, determinando-se a perda de peso após 5 ciclos de imersão por 20 horas, seguidas de 4 horas de secagem em estufa a 105°C (NBR). É de 15% a perda máxima admissível para agregados miúdos e de 18% para agregados graúdos, quando for usada uma solução de sulfato de magnésio. 12 AGREGADOS NATURAIS Areia natural: considerada como material de construção, areia é o agregado miúdo. A areia pode originar-se de rios, de cavas (depósitos aluvionares em fundos de vales cobertos por capa de solo) ou de praias e dunas. As areias das praias não são usadas, em geral, para o preparo de concreto por causa de sua grande finura e teor de cloreto de sódio. O mesmo ocorre com as areias de dunas próximas do litoral. 13 AGREGADOS NATURAIS Utilizações da areia natural: • Preparo de argamassas; • Concreto betuminoso – juntamente com fíler, a areia entra na dosagem dos inertes do concreto betuminoso e tem a importante propriedade de impedir o amolecimento do concreto betuminoso dos pavimentos de ruas nos dias de intenso calor); • Concreto de cimento (constitui o agregado miúdo dos concretos); 14 AGREGADOS NATURAIS Concreto Betuminoso usinado a quente Concreto Betuminoso usinado a frio 15 AGREGADOS NATURAIS • Pavimentos rodoviários: constitui o material de correção do solo; • Filtros – devido a sua grande permeabilidade, a areia é utilizada para a construção de filtros, destinados a interceptar o fluxo de água de infiltração em barragens de terra e em muros de arrimo. 16 AGREGADOS NATURAIS Seixo rolado ou cascalho: também denominado pedregulho, é um sedimento fluvial de rocha ígnea, inconsolidado, formado de grãos de diâmetro em geral superior a 5 mm, podendo os grãos maiores alcançar diâmetros até superiores a cerca de 100 mm. O cascalho também pode ser de origem litorânea marítima. 17 AGREGADOS NATURAIS Seixo rolado ou cascalho: 18 AGREGADOS NATURAIS Utilizações do Seixo rolado ou cascalho : • O concreto executado com pedregulho é menos resistente ao desgaste e à tração do que aquele fabricado com brita, na proporção 1 para mais ou menos 1,20. • O pedregulho deve ser limpo, quer dizer, lavado antes de ser fornecido. Deve ser de granulação diversa, já que o ideal é que os miúdos ocupem os vãos entre os graúdos. 19 AGREGADOS ARTIFICIAIS Definições: a) Pedra britada: agregado obtido a partir de rochas compactas que ocorrem em jazidas, pelo processo industrial da fragmentação controlada da rocha maciça. Os produtos finais enquadram-se em diversas categorias. 20 AGREGADOS ARTIFICIAIS b) Areia de brita ou areia artificial: agregado obtido dos finos resultantes da produção da brita, dos quais se retira a fração inferior a 0,15 mm. Sua graduação é 0,15 /4,8mm. 21 AGREGADOS ARTIFICIAIS c) Fíler: agregado de graduação 0,005/0,075mm. Seus grãos são da mesma ordem de grandeza dos grãos de cimento e passam na peneira 200 (0,075 mm). É chamado de pó de pedra. O fíler é utilizado nos seguintes serviços: - na preparação de concretos, para preencher vazios; - na adição a cimentos; - na preparação da argamassa betuminosa; - como espessante de asfaltos fluidos. 22 AGREGADOS ARTIFICIAIS Fíler 23 AGREGADOS ARTIFICIAIS d) Bica-corrida: material britado no estado em que se encontra à saída do britador. Pode ser classificada em primária ou secundária. Será primária quando deixar o britador primário, com graduação aproximada de 300mm, dependendo da regulagem e tipo de britador. Será secundária quando deixar o britador secundário, com graduação aproximada de 76mm. 24 AGREGADOS ARTIFICIAIS Bica-corrida Primária Bica-corrida Secundária 25 AGREGADOS ARTIFICIAIS e) Rachão: agregado constituído do material que passa no britador primário e é retido na peneira de 76 mm. É a fração acima de 76 mm da bica corrida primária. A NBR 9935 define rachão como “pedra de mão”, de dimensões entre 76 e 250 mm. 26 AGREGADOS ARTIFICIAIS f) Restolho: material granular,de grãos em geral friáveis (que se partem com facilidade). Pode conter uma parcela de solo. 27 AGREGADOS ARTIFICIAIS g) Blocos: fragmentos de rocha de dimensões acima do metro, que, depois de devidamente reduzidos em tamanho, vão abastecer o britador primário. 28 AGREGADOS ARTIFICIAIS Brita ou Pedra britada: Uso: A NBR 7211: 2019, que padroniza a pedra britada nas dimensões hoje consagradas pelo uso, trata de agregado para concreto. Não obstante isso, e apesar de as curvas granulométricas médias dos agregados comerciais não coincidirem totalmente com as curvas médias das faixas da Norma, emprega-se o agregado em extensa gama de situações: 29 AGREGADOS ARTIFICIAIS - concreto de cimento: o preparo de concreto é o principal campo de consumo da pedra britada. São empregados principalmente o pedrisco, a pedra 1 e a pedra 2. 30 AGREGADOS ARTIFICIAIS É também usado o pó de pedra, apesar de ter ele distribuição granulométrica não coincidente com a do agregado miúdo padronizado para concreto (areia). A tecnologia do concreto evoluiu, de modo que o pó de pedra é usado em grande escala. 31 AGREGADOS ARTIFICIAIS - Concreto asfáltico: o agregado para concreto asfáltico é necessariamente pré-dosado, misturando-se diversos agregados comerciais. Isto se deve ao ter dele de satisfazer peculiar forma de distribuição granulométrica. São usados: fíler, areias e pedras 1,2 e 3. 32 AGREGADOS ARTIFICIAIS - Argamassas: em certas argamassas de enchimento, de traço mais apurado, podem ser usados a areia de brita e o pó de pedra. - Pavimentos rodoviários: para este emprego, a NBR 7174 fixa três graduações para o esqueleto e uma para o material de enchimento das bases de macadame hidráulico, graduações estas que diferem das pedras britadas. 33 AGREGADOS ARTIFICIAIS - Lastro de estradas de ferro: este lastro está padronizado pela NBR 5564: 2014, e consta praticamente de pedra 3. 34 AGREGADOS ARTIFICIAIS - Aterros: podem ser feitos com restolho, obtendo-se mais facilmente, alto índice de suporte do que quando se usam solos argilosos. 35 AGREGADOS ARTIFICIAIS - Correção de solos: usa-se o pó de pedra para correção de solos de plasticidade alta. pó de pedra: Material proveniente de calcário 36 ÍNDICE DE QUALIDADE DOS AGREGADOS Para serem considerados de boa qualidade, os agregados devem apresentar determinados requisitos para não prejudicarem as reações do cimento e não reduzirem a resistência das argamassas e concretos. A qualidade dos agregados deve ser avaliada através de índices, definidos por normas da ABNT, de acordo com os respectivos valores de qualidade que deve possuir um agregado. Entretanto em casos especiais, deve-se recorrer a normas estrangeiras para orientação mais precisa. 37 ÍNDICE DE QUALIDADE DOS AGREGADOS - Resistência à Compressão (rocha que originou o agregado): Como a rocha é composta de minerais cristalinos, ela é anisotrópica* e a resistência à compressão depende da direção em que foram extraídos os corpos de prova. A resistência à compressão do corpo de prova seco é maior que a do corpo de prova úmido. *Anisotrópico significa que certas propriedades físicas (dureza, resistência mecânica, refração da luz, por exemplo) dependem da direção em que são medidas. 38 ÍNDICE DE QUALIDADE DOS AGREGADOS A resistência à compressão da rocha é determinada conforme NBR 5564: 2011. A resistência da rocha deve ser maior que a do concreto que dela fará uso, caso contrário, o concreto rompe no agregado. 39 ÍNDICE DE QUALIDADE DOS AGREGADOS - Inércia química: O agregado não deve atacar o cimento, nem a água, nem as armaduras. Não deve ser solúvel. Exemplo: gipsita é solúvel. Os sulfetos atacam as armaduras. - 40 ÍNDICE DE QUALIDADE DOS AGREGADOS - Estabilidade: O agregado não deve degradar com o tempo, não deve oxidar, não deve hidratar, não deve carbonatar e não deve expandir. Escórias instáveis: com muito ferro, desagregam na água. Algumas sofrem pulverização com ação dos raios ultravioletas. 41 ÍNDICE DE QUALIDADE DOS AGREGADOS Ensaios aconselhados para verificar a estabilidade dos agregados: • Ciclagem natural; • Ciclagem em água e estufa; • Ciclagem em etilenoglicol – detecta minerais argilo- expansivos; • Ciclagem em sulfato de sódio ou de magnésio. Ensaio de ciclagem: simulação de choque térmico em diversos tipos de materiais. 42 ÍNDICE DE QUALIDADE DOS AGREGADOS - Durabilidade: durabilidade inclui a inércia química. Os cloretos afetam a pega, favorecem a corrosão das armaduras, formam eflorescências e manchas de umidade, enquanto que os sulfatos podem provocar reações expansivas. A NBR 9917: 2009 limita os teores de cloretos e sulfatos. Um problema muito sério que pode condenar uma estrutura é a reação álcali-agregado, que ocorre em meio úmido entre os álcalis (Na2O e K2O) e certos minerais dos agregados. Há três tipos de reação: álcali-sílica, álcali-silicato e álcali-carbonato. 43 ÍNDICE DE QUALIDADE DOS AGREGADOS - Rigidez: Os agregados devem ser rígidos para evitar deformações e rupturas localizadas no concreto. Quanto mais elevado o módulo de elasticidade (agregados de maior rigidez), menor será a retração das argamassas e concretos. Os agregados leves geralmente têm módulo de elasticidade menor e provocam maior retração das argamassas e concretos que dele fazem uso. 44 ÍNDICE DE QUALIDADE DOS AGREGADOS - Aderência à pasta: aderência deficiente do agregado provoca deslocamento, menores resistências mecânicas e menor impermeabilidade dos concretos. Mica adere mal. Para usar pérolas de poliestireno expandido (isopor ou styropor) como agregado, recomenda-se o uso de cola para melhorar a aderência e evitar sua flutuação. A argila em torrões adere mal. A boa aderência entre a pasta de cimento e o agregado é de fundamental importância em concreto de alto desempenho. 45 ÍNDICE DE QUALIDADE DOS AGREGADOS - Dureza e resistência ao desgaste: • Quanto maior a dureza do agregado, maior a resistência ao desgaste do concreto; • Partículas leves, partículas friáveis (facilmente quebráveis) e partículas moles, diminuem a resistência à abrasão; • A resistência ao desgaste do agregado graúdo pode ser medida no ensaio de “abrasão Los Angeles” (NBR NM 51), onde o agregado é posto a rodar dentro de recipientes com esferas de aço. 46 ÍNDICE DE QUALIDADE DOS AGREGADOS - Impurezas nos agregados: As impurezas têm sua presença tolerada desde que em teores menores que os limites máximos especificados pelas normas. • Material pulverulento; • Argila em torrões; • Partículas friáveis; • Materiais carbonosos; • Partículas leves; • Matéria Orgânica. 47 ÍNDICE DE QUALIDADE DOS AGREGADOS - Formas dos grãos: Quanto mais próximo da forma esférica (agregados naturais) ou da forma cúbica (agregados britados) estiverem os grãos do agregado, teremos melhor resultado. Quanto maior for a superfície específica do agregado, maior será a necessidade de água para a molhagem de seus grãos. A superfície específica obviamente aumenta com a redução do tamanho dos grãos. 48 OUTROS ÍNDICES CARACTERÍSTICOS DOS AGREGADOS 1) Massa Específica: A massa unitária é o quociente entre a massa do agregado e o volume que ele aparenta ter (inclui o volume dos grãos e dos vazios entre os grãos). Distingue-se a massa unitária no estado solto (valor menor), determinada pela NBR NM 45: 2006, da massa unitária no estado compactado (valor maior e variável com grau de compactação). A massa unitária no estado solto é obtida dividindo-se a massa do agregado pelo volume de uma caixa padronizada onde ele é vertido. 49 OUTROS ÍNDICES CARACTERÍSTICOS DOS AGREGADOS A areia apresenta o fenômeno de inchamento quando está úmida. Decorrer que a massa unitária da areia úmida no estado solto é menor do que quando está seca. Para a areia quartzosa de leito de rio, a massa unitária no estado solto é da ordem de 1,40 a 1,45 kg/dm3 (quando seca), epara a brita granítica é da ordem de 1,36 a 1,42 kg/dm3. 50 A massa específica dos grãos é também denominada massa específica. Existe três tipos principais, a Massa específica aparente; a Massa específica seca ou absoluta e a massa específica SSS (grãos saturados com superfície seca). A massa específica SSS (grãos saturados com superfície seca) é a mais importante. OUTROS ÍNDICES CARACTERÍSTICOS DOS AGREGADOS 51 2) Umidade: A umidade total do agregado é definida pela expressão: h (%) = mh – ms x 100 ms mh: massa úmida ms: massa seca OBS: A areia pode ter umidade total até cerca de 12 %, tendo maior capacidade de reter a umidade quanto mais fina for. O agregado graúdo tem umidade total menor (material granular grosso, permeável entre os grãos), mas pode atingir valores um pouco maiores pela presença de finos. A umidade superficial do agregado graúdo dificilmente ultrapassa 1,5 %. OUTROS ÍNDICES CARACTERÍSTICOS DOS AGREGADOS : 52 3) Inchamento da Areia: A areia úmida ocupa maior volume que a seca, devido à água livre aderente aos grãos provocar o afastamento entre eles. É o fenômeno denominado de inchamento. As areias mais finas, normalmente, têm maior inchamento. OUTROS ÍNDICES CARACTERÍSTICOS DOS AGREGADOS 53 OUTROS ÍNDICES CARACTERÍSTICOS DOS AGREGADOS A areia recebida na obra ou em centrais de concreto é sempre úmida. Decorre que na compra da areia (em m³), a conversão para massa deve levar em conta o inchamento, ou melhor, adotando-se a massa unitária da areia solta no estado úmido (geralmente com umidade crítica). Inchamento é caracterizado pelo coeficiente de inchamento (I). 54 OUTROS ÍNDICES CARACTERÍSTICOS DOS AGREGADOS Chamado de ds e dh as massas unitárias da areia seca e úmida, respectivamente, é fácil deduzir que: I = ds x (1 + h ) dh 100 Onde: I – Inchamento da areia; ds – Massa unitária da areia seca; dh – Massa unitária da areia úmida; h – Umidade da areia. 55 OUTROS ÍNDICES CARACTERÍSTICOS DOS AGREGADOS Composição Granulométrica: A granulometria ou composição granulométrica de um agregado, é a indicação das quantidades de cada faixa de tamanho de grãos , presentes no agregado. O ensaio de determinação da composição granulométrica de um agregado é conduzido pela norma NBR 7217 (Agregados – Determinação da Composição granulométrica) e é detalhado em laboratório. 56 OUTROS ÍNDICES CARACTERÍSTICOS DOS AGREGADOS Composição Granulométrica: Exemplo Agregado Miúdo (areia) Porcentagem retida das duas amostras; Porcentagem média e a Porcentagem acumulada. COMPOSIÇÃO GRANULOMÉTRICA – NBR 7217 PENEIRAS 1° AMOSTRA 2° AMOSTRA % RETIDA MÉDIA % RETIDA ACUMULADAN° mm PESO RETIDO (g) % RETIDA PESO RETIDO (g) % RETIDA 4 4,8 8,3 8,2 8 2,4 16,1 15,9 16 1,2 29,9 27,1 30 0,6 123,3 132,7 50 0,3 230,8 238,2 100 0,15 72,2 59,9 FUNDO <0,15 20,5 18,9 TOTAL 501,1 500,9 57 OUTROS ÍNDICES CARACTERÍSTICOS DOS AGREGADOS Composição Granulométrica Para se obter os valores retidos em (%) das amostras, pega-se o valor retido em (g) e divide-se pelo valor total (o somatório) da amostra. EXEMPLO: 1° amostra (1° determinação): Peneira 4,8 mm 8,3g Total peso retido = 501,1 g Cálculo: 8,3 x 100 = 1,66% 501,1 58 1° Amostra - Cálculos (% Retida): 8,3 x 100 = 1,66 72,2 x 100 = 14,41 501,1 501,1 16,1 x 100 = 3,21 20,5 x 100 = 4,1 501,1 501,1 29,9 x 100 = 5,97 501,1 123,3 x 100 = 24,6 501,1 230,8 x 100 = 46,06 501,1 OUTROS ÍNDICES CARACTERÍSTICOS DOS AGREGADOS Composição Granulométrica: 59 2° Amostra - Cálculos (% Retida): 8,2 x 100 = 1,64 59,9 x 100 = 11,96 500,9 500,9 15,9 x 100 = 3,17 18,9 x 100 = 3,77 500,9 500,9 27,1 x 100 = 5,41 500,9 132,7 x 100 = 26,5 500,9 238,2 x 100 = 47,55 500,9 OUTROS ÍNDICES CARACTERÍSTICOS DOS AGREGADOS Composição Granulométrica: 60 Preenchimento da tabela com as Porcentagens Retida das duas amostras: COMPOSIÇÃO GRANULOMÉTRICA – NBR 7217 PENEIRAS 1° AMOSTRA 2° AMOSTRA % RETIDA MÉDIA % RETIDA ACUMULADAN° mm PESO RETIDO (g) % RETIDA PESO RETIDO (g) % RETIDA 4 4,8 8,3 1,66 8,2 1,64 8 2,4 16,1 3,21 15,9 3,17 16 1,2 29,9 5,97 27,1 5,41 30 0,6 123,3 24,6 132,7 26,5 50 0,3 230,8 46,06 238,2 47,55 100 0,15 72,2 14,41 59,9 11,96 FUNDO <0,15 20,5 4,1 18,9 3,77 TOTAL 501,1 100,01 500,9 100 OUTROS ÍNDICES CARACTERÍSTICOS DOS AGREGADOS Composição Granulométrica: 61 OUTROS ÍNDICES CARACTERÍSTICOS DOS AGREGADOS Composição Granulométrica: Na sequência do preenchimento da tabela, tiraremos a média entre as porcentagens retidas das duas amostras, no qual a porcentagem retida média será em números inteiros (não terá casa após a vírgula). OBS: Se a média das amostras o número após a vírgula for igual ou menos a 5 arredonda-se para baixo se o número for maios que 5 arredonda-se para cima. 62 OUTROS ÍNDICES CARACTERÍSTICOS DOS AGREGADOS Composição Granulométrica: EXEMPLO: (1,66 + 1,64) = 1,65 arredonda-se para cima 2,0% 2 63 Cálculos: Porcentagem Retida Média e Porcentagem Retida Acumulada. Cálculos (% Retida Média): Cálculos (% Retida Acumulada): 1,66 + 1,64 = 1,65 = 2% 2% 2 3,21 + 3,17 = 3,19 = 3% 2% + 3% = 5% 2 5,97 + 5,41 = 5,69 = 6% 5% + 6% = 11% 2 24,6 + 26,5 = 25,55 = 26% = 25% 11% + 25% = 36% 2 46,06 + 47,55 = 46,80 = 47% 36% + 47% = 83% 2 14,41 + 11,96 = 13,18 = 13% 83% + 13% = 96% 2 4,1 + 3,77 = 3,93 = 4% 96% + 4% = 100% 2 64 Preenchimento Final da tabela: COMPOSIÇÃO GRANULOMÉTRICA – NBR 7217 PENEIRAS 1° AMOSTRA 2° AMOSTRA % RETIDA MÉDIA % RETIDA ACUMULADAN° mm PESO RETIDO (g) % RETIDA PESO RETIDO (g) % RETIDA 4 4,8 8,3 1,66 8,2 1,64 2% 2% 8 2,4 16,1 3,21 15,9 3,17 3% 5% 16 1,2 29,9 5,97 27,1 5,41 6% 11% 30 0,6 123,3 24,6 132,7 26,5 25% 36% 50 0,3 230,8 46,06 238,2 47,55 47% 83% 100 0,15 72,2 14,41 59,9 11,96 13% 96% FUNDO <0,15 20,5 4,1 18,9 3,77 4% - TOTAL 501,1 100,01 500,9 100 100% - OUTROS ÍNDICES CARACTERÍSTICOS DOS AGREGADOS Composição Granulométrica: 65 OUTROS ÍNDICES CARACTERÍSTICOS DOS AGREGADOS Composição Granulométrica: Obteremos mais dois resultados com a tabela granulométrica: - Dimensão Máxima Característica; - Módulo de Finura. 66 OUTROS ÍNDICES CARACTERÍSTICOS DOS AGREGADOS Composição Granulométrica: A Dimensão Máxima Característica corresponde à abertura nominal, em milímetros, da malha da peneira da série normal ou intermediária, na qual o agregado apresenta uma porcentagem retida acumulada igual ou inferior a 5% em massa. No nosso exemplo, seria a peneira de 2,4mm 67 OUTROS ÍNDICES CARACTERÍSTICOS DOS AGREGADOS Composição Granulométrica: Módulo de Finura: É a soma das porcentagens retidas acumuladas em massa, nas peneiras da série normal, dividida por 100. O valor do módulo de finura decresce à medida que o agregado vai se tornando mais fino. 68 OUTROS ÍNDICES CARACTERÍSTICOS DOS AGREGADOS Composição Granulométrica: Módulo de Finura: COMPOSIÇÃO GRANULOMÉTRICA – NBR 7217 PENEIRAS 1° AMOSTRA 2° AMOSTRA % RETIDA MÉDIA % RETIDA ACUMULADAN° mm PESO RETIDO (g) % RETIDA PESO RETIDO (g) % RETIDA 4 4,8 8,3 1,66 8,2 1,64 2% 2% 8 2,4 16,1 3,21 15,9 3,17 3% 5% 16 1,2 29,9 5,97 27,1 5,41 6% 11% 30 0,6 123,3 24,6 132,7 26,5 25% 36% 50 0,3 230,8 46,06 238,2 47,55 47% 83% 100 0,15 72,2 14,41 59,9 11,96 13% 96% FUNDO <0,15 20,5 4,1 18,9 3,77 4% - TOTAL 501,1 100,01 500,9 100 100% - 233 = 2,33100 69 OUTROS ÍNDICES CARACTERÍSTICOS DOS AGREGADOS Composição Granulométrica: Módulo de Finura (NBR 7217): 70 OUTROS ÍNDICES CARACTERÍSTICOS DOS AGREGADOS Composição Granulométrica: Para que servirá o resultado na tabela granulométrica? Servirá para saber se a nossa amostra é compatível ou não para o preparo do concreto. A Dimensão Máxima Característica servirá para determinar um único grão que irá representar toda a nossa amostra. O Módulo de Finura servirá para classificar o tipo de areia.
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