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Bioética Introdução

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Bioética 
 
-O que é bioética? 
The American Heritage® Dictionary of the English Language, Third Edition: bioética é o estudo das implicações éticas e morais de novas descobertas 
biológicas e avanços biomédicos, como nos campos de engenharia genética e pesquisa de drogas.
“Disciplina prática cujo fim é conseguir o consenso máximo em matéria de duvidosos desafios na área da saúde humana para elaborar e implementar 
normas de ação” (Lapargneur)
Segundo o Dicionário médico on-line: a bioética é o ramo da ética, da filosofia e do comentário social que discute as ciências da vida e seu impacto 
potencial em nos sociedade
Merriam-Webster Dictionary: bioética é a disciplina que lida com as implicações éticas da pesquisa e as aplicações biológicas, especialmente, na 
medicina.
The Concise Columbia Electronic Encyclopedia (1994): bioética é o ramo da ÉTICA preocupada com as questões de saúde e ciências biológicas, 
incluindo a moralidade do ABORTO, EUTANÁSIA, novas pesquisas em ENGENHARIA GENÉTICA e transplantes de órgãos.
Grande Enciclopédia Larousse Cultural.São Paulo: Nova Cultural, 1998:779. Bioética: é o conjunto dos problemas colocados pela responsabilidade moral 
dos médicos e biólogos, advogados, historiadores, teólogos, sociólogos em suas pesquisas teóricas ou nas aplicações práticas dessas pesquisas.
-A bioética surgiu como uma disciplina especializada na década de 1970, e muitos hospitais, agora, empregam bioeticistas para aconselhar no 
tratamento de pacientes terminais e na alocação de recursos limitados.
Ação Ética: envolve dimensão jurídica (ação obrigatória) e moral (ação voluntária)
-Em 1927, em um artigo publicado no periódico alemão Kosmos, Fritz Jahr utilizou pela primeira vez a palavra bioética (bio + ethik). Esse autor 
caracterizou a Bioética como sendo o reconhecimento de obrigações éticas, não apenas com relação ao ser humano, mas para com todos os seres 
vivos.
-Em 1971 o cancerologista norte-americano Van Rensselaer Potter publicou a obra que referenciou historicamente a área – Bioethics: a Bridge to the 
Future. Potter foi a primeira pessoa a abordar a bioética!
-Nem o próprio Potter poderia imaginar a velocidade como as coisas transcorreriam. É oportuno mencionar que sua visão original da bioética focalizava-
a como uma questão ou um compromisso mais global frente ao equilíbrio e preservação da relação dos seres humanos com o ecossistema e a própria 
vida do planeta, diferente daquela que acabou difundindo-se e sedimentando-se nos meios científicos a partir da publicação do livro The Principles of 
Bioethics, escrito por Beauchamp e Childress, em 1979.
-A obra destes dois autores praticamente pautou a bioética dos anos 70 e início dos anos 80, sob uma linha que, posteriormente, veio a ser cunhada 
como “principialismo”, ou seja, o desenvolvimento da bioética a partir de quatro princípios básicos, dois deles de caráter deontológico (não maleficência 
e justiça) e os outros dois de caráter teleológico (beneficência e autonomia)
- É importante definir para os leitores da presente publicação, desde já, que o principialismo é apenas um 16 dos vários dialetos (ou formas específicas 
de expressão) do chamado “idioma” ou “linguagem bioética”. O principialismo é composto por 4 princípios: autonomia(capaz de deliberar: pessoa 
deve agir intencionalmente, com conhecimento do que faz e livre de influências externas), beneficência, não-maleficência e justiça. 
- Destas, merece destaque, sem dúvida, o contextualismo, que defende a idéia de que cada caso deve ser analisado individualmente, dentro dos seus 
específicos contextos social, econômico e cultural.
-Na Bioética, a humildade é uma característica fundamental. Ao assumir que a incerteza e a mudança são componentes sempre presentes, assume-se, 
igualmente, que os resultados das reflexões são sempre passíveis de discussão. A humildade permite reconhecer que não são definitivos nem imutáveis.
-Regras que norteiam a prática da biomedicina: falar a verdade; respeitar a privacidade dos outros; proteger informações confidenciais; obter 
consentimento dos pacientes para fazer intervenções; quando solicitado, ajude os outros a tomar decisões importantes; 
-O código de ética médico brasileiro estabelece O PRINCÍPIO DO RESPEITO À Autonomia o qual estabelece regras que norteiam a prática médica, são 
elas: fale a verdade, respeite a privacidade dos outros, proteja informações confidenciais, obtenha consentimento dos pacientes para fazer intervenções, 
quando solicitado ajude os outros a tomar decisões importantes.
Caso Tuskegee: 
-Alabama, 1932 a 1972: estudo conduzido pelo Serviço de Saúde Pública dos Estados Unidos.
-“Estudo Tuskegee de Sífilis Não-Tratada em Homens Negros”.
-400 pessoas negras foram deixadas sem tratamento, no intuito de identificar a história natural da doença (Penicilina já descoberta).
-Nenhum deles foi informado sobre o verdadeiro propósito do estudo (foram induzidos a acreditar que estavam recebendo tratamento adequado).
-O estudo só foi interrompido em 1972, por pressão da sociedade, após divulgação na imprensa leiga.
-Após 40 anos de acompanhamento, ao término do projeto, havia apenas 74 sobreviventes, sendo que 28 morreram diretamente de sífilis e 100 pessoas 
de complicações decorrentes da doença.
-Ao longo do estudo, 40 esposas e 19 recém nascidos se contaminaram.
 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 
-Diante desses fatos, surge a problemática de saber até que ponto pode a pesquisa científica caminhar no que tange à experimentação com seres 
humanos.
-O período compreendido entre as décadas de 60 e 70 foi fundamental e decisivo para a consolidação acadêmica da bioética.
Pesquisas Nazistas 
-Em Dachau, médicos da força aérea alemã realizaram experimentos sobre as reações à alta altitude, usando câmaras de baixa pressurização, para 
determinar a altitude máxima da qual as equipes de aeronaves danificadas poderiam saltar de paraquedas, em segurança.
-Congelamento: as vítimas, algumas vezes com termômetros inseridos no ânus, eram submergidas em água semicongelada ou expostas nuas no gelo 
para calcular a resistência máxima do ser humano ao frio.
-Previam determinar o limite do corpo humano diante do aumento de temperatura. Os prisioneiros foram submetidos a luzes incandescentes ou 
caldeirões com água fervente.
-Água do mar: um grupo de 90 ciganos foi deixado em uma câmara, recebendo apenas pouco alimento e água do mar. De tão desidratados, eles eram 
vistos lambendo os azulejos recém-lavados no desespero de absorver qualquer resquício de água potável.
Médicos Nazistas 
-Dra. Herta Oberheuser ficou conhecida pelo seu sadismo e foi responsável por algumas das piores mortes nos campos de concentração, inseria nas 
vítimas pregos, cacos de vidro, serragem e lascas de madeira para simular as condições de luta entre os soldados.
-Josef Mengele, em Auschwitz, que utilizou gêmeos, crianças e adultos, de forma inumana, e que também coordenou experiências sorológicas em 
ciganos para determinar como as diferentes "raças" resistiam às diversas doenças contagiosas.
Código de Nuremberg 
-Em 1947, médicos do regime nazista são julgados pelos crimes cometidos.
-Elabora-se o Código de Nuremberg, primeiro sistema normativo internacional regulador dos padrões de pesquisas clínicas.
-Ao longo da 2 GM vários pacientes foram submetidos a testes científicos sem seu consentimento. Nesse tribunal os nazistas que aplicaram os testes 
foram questionados. A partir desse momento se intensificaram as discursões sobre pesquisas em humanos e seus limites éticos.
***A ética adentra em todas as esferas do comportamento humano, isto difere-se das normas jurídicas pois elas são obrigatórias, já ética requer adesão, 
convicção e não obrigatoriedade.
-Estabelece-se o TERMO DE CONSENTIMENTO VOLUNTÁRIO que determinava que você só pode ser objeto de pesquisamediante a garantia (por parte 
da sociedade) de que você não seria um cobaia humano contra sua vontade juntamente a garantia de não maleficência 
Declaração de Helsinque 
-É um conjunto de princípios éticos que regem a pesquisa com seres humanos, e foi redigida pela Associação Médica Mundial em 1964.
-Propõe que as pesquisas que violam normas éticas não fossem publicadas.
-Atualizações de 1964 a 2000. 2001 efeito Placebo. 
Conselho de Organizações Internacionais de Ciências Médicas 
-Sua missão é promover a saúde pública por meio de orientações sobre pesquisa em saúde, incluindo ética, desenvolvimento de produtos médicos e 
segurança. O CIOMS é uma organização não-governamental internacional criada em conjunto pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela 
Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) em 1949.
Autonomia / Respeito à Pessoa 
-Veracidade
-Autodeterminação
-Voluntariedade
-Autonomia significa autogoverno, autodeterminação da pessoa em tomar decisões relacionadas a sua vida, sua saúde, sua integridade físico-psíquica e 
suas relações sociais.
-Pressupõe existência de opções, liberdade de escolha e requer que o indivíduo seja capaz de agir de acordo com as deliberações feitas.
-O respeito à autodeterminação fundamenta-se no princípio da dignidade da natureza humana, acatando-se o imperativo categórico kantiano que afirma 
que o ser humano é um fim em si mesmo.
-Algumas variáveis contribuem para que um indivíduo torne-se autônomo, tais como: condições biológicas,psíquicas e sociais.
-Podem existir situações (transitórias ou permanentes) que uma pessoa pode ter uma autonomia diminuída, cabendo a terceiros o papel de decidir.
-A autonomia não deve ser confundida com individualismo, seus limites são estabelecidos com o respeito ao outro e ao coletivo. A manifestação da 
essência do princípio da autonomia é o consentimento esclarecido.
Beneficência 
-O princípio da beneficência refere-se à obrigação ética de maximizar o benefício e minimizar o prejuízo.
-O profissional deve ter a maior convicção e informação técnica possíveis que assegurem ser o ato médico benéfico ao paciente (ação que faz o bem).
-Como o princípio da beneficência proíbe infligir dano deliberado, esse fato é destacado pelo princípio da não-maleficência.
Não - Maleficência 
-Esse, estabelece que a ação do médico sempre deve causar o menor prejuízo ou agravos à saúde do paciente (ação que não faz o mal).
-É universalmente consagrado através do aforismo hipocrático primum non nocere (primeiro não prejudicar), cuja finalidade é reduzir os efeitos adversos 
ou indesejáveis das ações diagnósticas e terapêuticas no ser humano.
 -------------------
***É importante constatar que os quatro princípios não estão sujeitos a qualquer disposição hierárquica.
*** Se houver conflito entre si, no sentido de aplicá-los corretamente, deve-se estabelecer como, quando e o quê determinará o predomínio de um sobre 
o outro.
Pedro Piva e Antonacci Carvalho (1993): 
Em um paciente com risco iminente de vida, justifica-se a aplicação de medidas salvadoras (diálise,amputação, histerectomia, ventilação 
assistida,transplantes etc.) mesmo que tragam consigo algum grau de sofrimento, prevalecendo assim o princípio da beneficência sobre o da não-
maleficência.
-O primeiro objetivo neste momento é a “preservação da vida".
Por outro lado, quando a paciente encontra-se em fase de morte inevitável e a cura já não é mais possível.
-O princípio da não-maleficência prepondera sobre o da beneficência, ou seja, tomam-se medidas que proporcionam o alívio da dor em primeira 
instância. Se instituído nesta fase um tratamento mais agressivo, visando a cura (um transplante, por exemplo), além de ineficaz, traria maior sofrimento.
Uma paciente com câncer, sob quimioterapia,desenvolve uma pneumonia bacteriana e, por estar em fase depressiva, recusa-se a tomar os antibióticos 
prescritos.
- Os médicos responsáveis, certamente, não concordarão com tal recusa, que pode representar a morte da paciente.
- O princípio da autonomia está sendo utilizado acima dos outros princípios.
***No paciente Testemunha de Jeová Na iminência de risco de morte, caso seja realizada a hemotransfusão, sem o consentimento do paciente ou de seu 
representante legal, essa ação não pode ser considerada crime.
Justiça 
-Muitas pessoas confundem o significado dos termos Justiça e Direito. A Justiça é mais ampla que o Direito. Justiça é um princípio moral. Direito realiza 
e proporciona o convívio social.
-Hartmann, em 1949, propôs que a justiça moral é individual e a justiça jurídica é social.
-O Princípio da Justiça é normalmente interpretado através da visão da justiça distributiva.
-Justiça, em termos de bioética, refere-se à igualdade de tratamento e à justa distribuição das verbas do Estado para a saúde, a pesquisa, e a 
prevenção, para todos aqueles que fazem parte da sociedade.
-O princípio da justiça busca fazer com que todos sejam tratados igualmente.
-Para Guy Durand, “há justiça quando se obtém o que se merece, recebe-se o que é devido, colhe-se aquilo a que se tem direito”.
-Na bioética, fala-se mais na justiça distributiva que na cumulativa. Podendo significar, por exemplo, a retidão na alocação de recursos, no acesso à 
saúde proporcionado por esses recursos.
-Como objetivo do princípio da justiça, a doutrina costuma enfatizar que seria evitar a exploração de certos grupos de pessoas, por exemplo, 
crianças,prisioneiros, negros em pesquisas e desigualdade no acesso a tratamentos, transplantes, entre outros.
 -Da análise da literatura básica da Bioética são listadas oito concepções de justiça, ou princípios materiais de justiça: o mérito pessoal, o valor social de 
um indivíduo, o bem do maior número, o respeito da livre escolha, a prioridade aos mais desfavorecidos, os tratamentos fundamentais de cada um, 
igualdade de tratamento em casos similares, a referência ao acaso.
-As teorias “O mérito pessoal, valor social de um indivíduo; bem do maior número”, estão ligadas à escola utilitarista.
-Já “O respeito da livre escolha”, está ligado à escola liberalista. “A prioridade aos mais desfavorecidos, os tratamentos fundamentais de cada um, 
igualdade de tratamento em casos similares” são correntes do igualitarismo.
-A maioria das sociedades recorre a vários desses princípios materiais para formular políticas públicas, valendo-se de diferentes princípios em esferas e 
contextos.A maioria das sociedades recorre a vários desses princípios materiais para formular políticas públicas, valendo-se de diferentes princípios em 
esferas e contextos. Já o Canadá, está vinculado às correntes utilitarista e igualitarista.
-Uma injustiça ocorre quando um benefício que uma pessoa merece é negado sem uma boa razão.
As polêmicas começaram com a invenção da máquina de hemodiálise, nos Estados Unidos, em 1962. Havia muito mais doentes 
necessitados do que máquinas. Como escolher os que receberiam a hemodiálise? Os mais velhos, por serem mais sábios, portanto mais 
úteis à sociedade? Ou os mais moços, por terem vivido menos? “Eles decidem quem vive e quem morre” foi o título da reportagem da 
revista Life sobre esse caso. “Eles” eram um comitê secreto que escolhia os que receberiam a hemodiálise. Assim surgiu o primeiro 
comitê de bioética, formado por médicos, filósofos e teólogos. Hoje, toda grande instituição hospitalar ou de pesquisa científica tem um 
comitê de bioética.
-Uma outra maneira de conceber o Princípio da Justiça é que os iguais devem ser tratados igualmente.
-Quais considerações justificam afastar-se da distribuição igual ? Tais como as propostas de que: a cada pessoa uma parte igual;a cada pessoa de 
acordo com a sua necessidade; a cada pessoa de acordo com o seu esforço individual; a cada pessoa de acordo com a sua contribuição à sociedade; a 
cada pessoa de acordo com o seu mérito.
O Relatório De Belmont 
-Promulgadoem 1978, numa reação institucional aos escândalos causados pelos experimentos da medicina desde o início da 2ª Guerra Mundial 
-Pondera questões relacionadas ao princípio da justiça. Quem deve se beneficiar com uma pesquisa? quais são os riscos de uma pesquisa científica? 
etc
-Em particular, três casos foram de notável relevância para sua criação: 1) em 1963, no Hospital Israelita de doenças crônicas de Nova York, foram 
injetadas células cancerosas vivas em idosos doentes; 2) entre 1950 e 1970, no hospital estatal de Willowbrook (NY), injetaram hepatite viral em crianças 
retardadas mentais; 3) desde os anos 40, mas descoberto apenas em 1972, no caso de Tuskegee study no Estado de Alabama, foram deixados sem 
tratamento quatrocentos negros sifilíticos para pesquisar a história natural da doença.
-O Relatório de Belmont apresenta os princípios éticos, considerados básicos, que deveriam nortear a pesquisa biomédica com seres humanos: a) o 
princípio do respeito às pessoas; b) o princípio da beneficência; c) o princípio da justiça. Segundo Leo Passini e Christian de Paul de Barchifontaine, o 
princípio do respeito ás pessoas ou autonomia, incorpora pelo menos duas convicções éticas: 1) as pessoas deveriam ser tratadas com autonomia; 2) as 
pessoas cuja autonomia está diminuída devem ser protegidas.
-O Relatório Belmont colocava as seguintes ponderações a respeito do princípio da justiça:"Quem deve receber os benefícios da pesquisa e os riscos 
que ela acarreta ? Esta é uma questão de justiça, no sentido de 'distribuição justa' ou 'o que é merecido'.
-É um documento abrangente e doutrinário.
TCLE- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido 
-Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), isto é, sob os ângulos ético (Bioética) e legal normativo (Biodireito). 
-Código de Nuremberg. O primeiro parágrafo refere-se extenso ao “consentimento voluntário”, ocupando quase tanto espaço quanto todos os demais 
parágrafos juntos.
-É documento no qual é explicitado o consentimento livre e esclarecido do participante e/ou de seu responsável legal, de forma escrita, devendo conter 
todas as informações necessárias, em linguagem clara e objetiva, de fácil entendimento, para o mais completo esclarecimento sobre a pesquisa a qual 
se propõe participar.
-Qualquer que seja a forma eleita para a pesquisa/procedimentos em seres humanos, ela sempre envolve riscos. Às vezes ela é invasiva, razão pela qual 
existe ampla preocupação com o resguardo da dignidade do sujeito da pesquisa em suas dimensões (Física, psíquica, moral, intelectual, social, cultural 
ou espiritual).
 ----
-1931: O Ministério da Saúde alemão publicou um documento que regulamentava, de forma muito ávidae contemporânea, as “Novas Terapias e 
Experimentação Humana”, abordando: 
 *a vontade do participante;
 *a diferença entre ensaios terapêuticos e não terapêuticos;
 *a responsabilidade do médico como pesquisador e como terapeuta.
-O esquecimento cultural e legal no qual recaiu essa norma do Terceiro Reich.Contrasta penosamente com outra publicação da época, que introduziu 
com sucesso o conceito de “vidas indignas de serem vividas” e o tornou a base do genocídio.
-Experiências dos campos de concentração e das torturas médicas que caracterizaram esse período.
Privacidade e Confidencialidade 
-A confidencialidade, um dos preceitos morais mais antigos da prática médica, continua sendo um tema extremamente atual no exercício da relação 
médico-paciente.Já era previsto no Juramento Hipocrático.
-A confidencialidade é um dos pilares fundamentos sustentação de uma relação médico-paciente produtiva e de confiança.
-É esta garantia que faz com que os pacientes procurem auxílio profissional quando necessitam,sem medo de repercussões econômicas ou sociais que 
possam advir de seu estado de saúde.
-Os profissionais e as instituições são apenas seus fiéis depositários. As informações PERTENCEM AO PACIENTE.
-Os médicos, enfermeiros e demais profissionais de saúde e administrativos que entram em contato com as informações têm apenas autorização para o 
acesso às mesmas em função de sua necessidade profissional, mas não o direito de usá-las livremente.Dessa forma, os profissionais somente deverão 
ter acesso às informações que efetivamente contribuam ao atendimento do paciente.
-Dessa forma, os profissionais somente deverão ter acesso às informações que efetivamente contribuam ao atendimento do paciente.
-Dessa forma, os profissionais somente deverão ter acesso às informações que efetivamente contribuam ao atendimento do paciente.
 -A privacidade é a limitação do acesso às informações de uma dada pessoa, bem como do acesso à própria pessoa e à sua intimidade.
-A quebra de confidencialidade, não autorizada de informações fornecidas em confiança, somente é eticamente admitida quando: um sério dano físico a 
uma pessoa identificável e específica tiver alta probabilidade de ocorrer (não-maleficência); um benefício real resulta desta quebra de confidencialidade 
(beneficência); for o último recurso, após ter sido utilizada a persuasão ou outras abordagens (autonomia); este procedimento for generalizável; e mesmo 
assim é prudente a participação do CEP, CONEP, CRM, CFM, etc ...

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