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Avaliação da mobilidade articular Introdução Existem os movimentos fisiológicos chamado de osteocinemática, que é o movimento angular, é visual, ou seja, é possível visualizar o movimento acontecer. Movimentos fisiológicos -> Osteocinemática -> Angular E existem os movimentos acessórios, que são os movimentos artrocinemáticos, são movimentos lineares e acontecem dentro da articulação favorecendo o movimento para que o movimento angular aconteça. Movimentos acessórios -> Artocinemáticos -> Linear Não existe movimento angular fisiológico sem que o movimento linear acessório aconteça. Os movimentos fisiológicos precisam ser avaliados. Quando avalia a osteocinemática, esta avaliando a capacidade que aquela articulação tem de se movimentar em um determinado ângulo. Alterações de mobilidade articular As possibilidades de alteração na mobilidade articular são: • Imobilidade: quando a articulação perde a capacidade de se movimentar. • Hipomobilidade: é a redução da mobilidade fisiológica que pode ser por uma perda de amplitude, ou seja, é um movimento que deveria acontecer de 0 a 90 graus e algo impede que ele complete os 90 graus, então a articulação só vai de 0 a 75 graus, pois os últimos 15 graus de amplitude de movimento o indivíduo perdeu por algum motivo. • Hipermobilidade: é quando a articulação vai além do limite fisiológico, como por exemplo, os contorcionistas (flexibilidade). • Normomobilidade: é a mobilidade normal dentro dos limites fisiológicos esperados para aquela articulação e para aquele movimento. • Instabilidade: é patológica, é a hipermobilidade com dor, caos em que o indivíduo tem hipermobilidade e ela vem acompanhada de outros sintomas principalmente a dor. Avaliação do movimento fisiológico Existem várias formasinstrumentos de medida para avaliar o movimento fisiológico. • Goniometria É o instrumento mais utilizado, por ser de baixo custo (barato) e de fácil manuseio. Com a goniometria pode-se avaliar o movimento tanto de forma ativa como passiva. Sendo que de forma ativa tem o viés do músculo, então muitas vezes fazendo a goniometria ativa, pode-se achar que a pessoa tem uma perda de movimento o que se configuraria uma hipomobilidade, mas na verdade ela tem uma fraqueza muscular e essa fraqueza muscular não esta deixando o indivíduo ir em todo arco fisiológico da amplitude de movimento. Então se o objetivo for saber sobre a mobilidade articular (se o indivíduo é capaz de alcançar o limite final fisiológico de movimento daquela articulação) o mais correto é realizar a goniometria passiva. Para se fazer a goniometria tem como guia os planos e eixos articulares. Uma extensão do goniômetro (ponto fixo) é posicionada no alinhamento do corpo e a outra extensão (ponto móvel) é posicionada no segmento que será movimentado, sendo o fulcro do goniômetro posicionado no eixo da articulação do movimento que se quer avaliar. Tomando como exemplo a flexão de cotovelo, o osso fixo é o úmero e o osso móvel é o rádio e a ulna, o fulcro é a articulação do cotovelo que nesse momento vai ser representada pelo epicôndilo lateral. O ponto fixo vai ser posicionado na lateral do úmero, o ponto móvel na lateral do rádio e da ulna e o fulcro no epicôndilo lateral. Faz o movimento de flexão e observa o quanto de amplitude que aquele movimento alcança de forma passiva. • Inclinômetro Outra forma de medir a amplitude articular do movimento é com o inclinômetro, e assim como o goniômetro pode-se medir de forma ativa ou passiva. Segue as mesmas considerações. A diferença é que na ativa tem o uso do músculo e se esse músculo não tiver preparado para realizar toda amplitude de movimento o indivíduo vai parar de realizar o movimento em algum grau e pode ser que isso seja por uma questão muscular e não por uma perda real de mobilidade articular. Por isso o ideal é que a medida seja realizada de forma passiva. Coloca o inclinômetro no meio do segmento ósseo que deve ser movimentado que pode ser o físico ou o aplicativo. Precisa respeitar o plano, pois pode dar erro de medida principalmente se for com o aplicativo. Dificuldade em avaliar rotações quando a gravidade esta nula para o segmento avaliado, por exemplo, a rotação de cabeça vai ser difícil de ser avaliado com o indivíduo sentado, o ideal é fazer a medida em decúbito lateral. Continua tendo como guia os planos e eixos articulares. Ângulos articulares Conhecimento prévio dos ângulos articulares de cada articulação. • Membros superiores Articulação Movimentos Graus de moviemento Ombro Flexão Extensão Adução Abdução Rotação medial Rotação lateral 0-180 0-45 0-40 0-180 0-90 0-90 Cotovelo Flexão Extensão 0-145 145-0 Radioulnar Pronação Supinação 0-90 0-90 Punho Flexão Extensão Adução Abdução 0-90 0-70 0-45 0-20 Carpometacarpal do polegar Flexão Abdução Extensão 0-15 0-70 0-70 Metacarpofalângicas Flexão Extensão Abdução Adução 0-90 0-30 0-20 0-20 Interfalângicas Flexão Extensão 0-110 0-10 • Coluna vertebral Movimento Graus de movimento Coluna cervical Graus de movimento Coluna lombar Flexão Extensão Flexão lateral Rotação 0-65 0-50 0-45 0-55 0-95 0-35 0-40 0-35 Obs: coluna lombar -> coluna toracolombar. • Membros inferiores Articulação Movimento Graus de movimento Quadril Flexão Extensão Hiperextensão Adução Abdução Rotação medial Rotação lateral 0 - 115120 120115 - 0 0 - 1015 0 - 2030 0 – 45 0 - 3045 0 – 3045 Joelho Flexão Extensão 0-120130 130120-0 Tornozelo Flexão dorsal Flexão plantar Abduçãoeversão Pronação Aduçãoinversão Supinação 0-20 0-45 0-25 0-25 0-30 0-30 Metatarsofalângica Flexão 1º dedo Flexão 2-5º dedo Extensão 1º dedo Extensão 2-5º dedo 0-45 0-40 45-0 40-0 Interfalângicas Flexão 1º dedo (IP) – 2-5º dedos (ID) – 2-5º dedos 0-90 0-35 0-60 Movimentos acessórios A teoria do côncavo e convexo fala especificamente do deslizamento, que geralmente é o movimento comprometido, que esta impedindo o movimento osteocinemático de acontecer. Se a superfície do ponto móvel for convexo a direção do deslizamento será oposta ao do movimento osteocinemático. Se a superfície do ponto móvel for côncavo a direção do deslizamento será a mesma direção do movimento osteocinemático. Sensação final de movimento (SFM) Macia – limitação pela aproximação de tecidos moles Firme – limitação pelo alongamento de estruturas pouco flexíveis (cápsulas, músculos e ligamentos). Ex: ombro, onde todos os movimentos são limitados pelo ligamento glenoumeral ou pela cápsula. Rígidadura – Limitação pela aproximação osso-osso. Ex: hiperextensão de cotovelo, quando a fossa encontra a tróclea do úmero. Site para referência de amplitude de movimento → http://eaulas.usp.br/portal/video?idItem=8907
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