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Parasitologia médica - aula 01

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O fenômeno parasitismo: 
É um fenômeno que vem se desenvolvendo durante milhares de anos e, consiste em uma relação 
ecológica entre seres vivos. E essa relação ecológica ela trás em si características próprias e especiais, 
entre elas estão os quadros clínicos, ou seja, as doenças produzidas pelos parasitas nos seus 
hospedeiros. Os parasitos não devem ser considerados como inimigos públicos número 1, porque na 
realidade a relação parasito/ hospedeiro tem como finalidade manter o equilíbrio entre as espécies. 
Quando a relação parasito/ hospedeiro sai do controle e se desequilibra vamos ter os quadros clínicos 
graves que podem culminar com o óbito dos hospedeiros. 
Infecção inaparente X infestação: 
‣ Infecção inaparente: quando tem um parasita (agente etiológico) em um hospedeiro, sem 
aparecimento de sintomas clínicos. São provadas por endoparasitas (dentro do organismo). 
Exemplo: verme. 
‣ Infestação: alojamento, desenvolvimento e reprodução de parasitas artrópodes na superfície do 
corpo, roupas ou na moradia. São provadas por ectoparasitas (fora do organismo). Exemplo: piolho. 
O que é parasitismo? 
‣ Inteiração ecológica desarmonica entre indivíduos de espécies diferentes: parasita e o seu ou seus 
hospedeiros. 
‣ Relações intimas duradouras: o grau de intimidade e a durabilidade dessa relação é variável. 
‣ Dependência metabólica: está intimamente associado com o grau de intimidade e durabilidade. 
Uma forma de dependência metabólica é a alimentação, então o parasita depende do seu 
 1
O fenômeno parasitismo 
Tallita Lougon Duarte 
AULA 01 - PARASITOLOGIA MÉDICA 3 DE AGOSTO DE 2021
EXEMPLOS: 
Uma fêmea do mosquito Aedes aegypti pousa sobre sua pele, introduz o seu aparelho bucal e suga o seu sangue. Essa 
relação tem um certo grau de intimidade e ela vai durar no máximo 1 minuto ou 2 minutos. 
Em um outro exemplo: o verme da esquistossomose Schistosoma mansoni ele vai viver no seu organismo, quando ele 
está na sua fase madura e sexualmente ativo vai viver no seu plexo hemorroidal, nas veias mesentéricas, se 
alimentando se sangue. O grau de intimidade que esse parasita estabelece com você é imenso, porque ele está 
habitando os seus vasos sanguíneos e a durabilidade de um casal desses vermes no seu organismo pode ser de até 20 
anos e alguns autores falam de até 25 anos. 
hospedeiro para se alimentar. Eventualmente o parasita depende do seu hospedeiro para além de se 
alimentar, depende para se proteger, para se reproduzir. Inicialmente essa dependência metabólica 
deve ser vista como uma dependência alimentar. 
Para que a relação parasito/ hospedeiro seja bem sucedida, existe alguns pré- 
requisitos básicos: 
‣ Adaptação recíproca: o parasito tem que estar bem adaptado ao seu hospedeiro inclusive para 
permitir que esse hospedeiro tolere a sua presença, caso não haja essa adaptabilidade a relação 
parasito/hospedeiro tenderá ao fracasso, o parasito trará muitos transtornos ao hospedeiro o que 
vai inviabilizar a sobrevida do hospedeiro e não havendo a sobrevivência do hospedeiro, o parasita 
morre e a relação ecológica se desfaz. Existem adaptações morfológicas, adaptações relacionadas a 
anatomia do parasito e as adaptações biológicas (que dizem respeito ao comportamento do 
parasito). Essas adaptações são de fundamental importância para que o parasita sobreviva e conviva 
bem com o seu hospedeiro. Por outro lado, o hospedeiro também tem que estar adaptado para 
suportar a presença desse parasita. 
‣ Compatibilidade: é preciso que haja compatibilidade do parasita com o seu hospedeiro. E quando 
falamos em parasitismo, temos um tipo especial de parasita que é o acidental e o errático. Quando o 
parasita é acidental para determinado hospedeiro essa compatibilidade diminui, ou seja, esse 
parasita não é especialista naquele hospedeiro e essa relação tende a trazer transtornos substanciais 
para saúde desse hospedeiro e que vão refletir no sucesso do parasito. 
‣ Baixa virulência: é a baixa agressividade do parasita em relação ao hospedeiro. Essa baixa 
virulência esta muito relacionada com a carga parasitária que é a quantidade de parasitos que um 
hospedeiro contém. Existe casos que a virulência é alta pela existência ou pela presença de um ou 
dois parasitas, por exemplo, Echinococcus granulosus no cérebro de um ser humano. 
Então para que haja sucesso na relação parasito/hospedeiro é preciso que haja adaptação do parasita 
ao hospedeiro e tolerância do hospedeiro em relação ao parasita. Há necessidade de que parasito e 
hospedeiro sejam compatíveis entre si e deve haver baixa virulência. 
 2
TALLITA LOUGON DUARTE PARASITOLOGIA MÉDICA
EXEMPLOS: 
Existe um verme chamado Taenia solium (solitária) que pode atingir 7 metros de comprimento dentro do intestino 
delgado humano e ainda assim com esse grande tamanho ele é compatível com o corpo humano. 
No caso da outra espécie de tênia, a Taenia saginata ela pode atingir 14 metros no intestino delgado do corpo humano 
e, ainda assim ela será compatível com o organismo humano. 
Por outro lado, existe um pequeno verme chamado Echinococcus granulosus que também lembra uma tênia, porque 
possui a forma de fita, é parasito de cães e se o ser humano ingere os ovos desses vermes, pode-se desenvolver a larva 
desse verme que no organismo humano vai ser chamado de cisto hidático e ele pode atingir até 15 cm diâmetro no 
cérebro e isso trará uma incompatibilidade imensa na relação parasito/hospedeiro. Se por um lado esse ovo é ingerido 
por um ovino o cisto hidático ele vai se desenvolver nesse organismo do ovino e o ovino é um hospedeiro compatível 
com larva desse verme, então ele não vai sofrer tanto com a presença dessa larva.
Endoparasita X Ectoparasita: 
‣ Endoparasita: parasita que invade o interior do corpo humano. 
‣ Ectoparasita: parasita que se encontra na superfície. 
Tipos de hospedeiros: 
‣ Hospedeiro: organismo que alberga o parasito. 
‣ Hospedeiro definitivo: aquele que abriga o parasito na sua forma matura/adulta (forma de 
atividade reprodutiva). Ocorre reprodução sexuada no corpo do hospedeiro definitivo. 
‣ Hospedeiro intermediário: abriga a forma imatura de um parasito, exemplo, uma larva que é 
um indivíduo que ainda não atingiu a sua maturidade. No caso da Teania solium o hospedeiro 
intermediário é o porco. Ocorre reprodução assexuada ou nenhum tipo de reprodução. 
Ciclos parasitários: 
Temos ciclos parasitários diferenciados em relação a ocorrência somente de um hospedeiro no ciclo ou 
de mais de um hospedeiro. 
‣ Parasito heteroxênico: é aquele parasito que para se desenvolver necessita de mais de um 
hospedeiro, ou seja, ele vai frequentar o organismo de mais de um hospedeiro na sua fase imatura, 
por exemplo, na sua fase de larva e ele só vai atingir a sua fase adulta ou madura em outro 
hospedeiro. Vai possuir um hospedeiro intermediário e um hospedeiro definitivo. Obrigatoriamente 
o parasita precisa passar por pelo menor dois hospedeiros. 
‣ Parasito monoxênico: não é necessário passar por dois ou mais hospedeiros. Ele realiza todo o seu 
desenvolvimento em um único hospedeiro. Tem apenas um hospedeiro. 
Heteroxênico: Filariose Linfática 
A doença filariose linfática também é conhecida como 
elefantíase. O ciclo da filaria ocorre da seguinte forma: 
temos o ser humano como hospedeiro definitivo que é 
aquele que vai albergar ou abrigar os vermes causadores 
da filariose linfática na fase adulta. Então, os vermes da 
fase adulta estarão presentes nos vasos e gânglios 
linfáticos do ser humano. Por outro lado, esses vermes 
na sua fase larvária vão se desenvolver no organismo de 
um mosquito que é o pernilongo comum das nossas 
residências, o Culex sp. Então, esse mosquito ao sugar o 
sangue do se humano, junto com o sangue humano ele 
vai ingerir larvas do verme que vão passar por estágios 
 3
TALLITA LOUGON DUARTE PARASITOLOGIA MÉDICA
de desenvolvimento no corpo do mosquito, atingindo uma forma que vai ser infectante para seres 
humanos. Em outras palavras,se você transfundir sangue de um ser humano com filariose linfática 
para outro indivíduo e, mesmo que esse individuo seja parasitado pelo verme da filariose linfática e 
tenha nos seus vasos sanguíneos as larvas do verme, esse outro individuo que recebeu sangue NÃO 
estará infectado, porque as larvas NÃO conseguem originar organismos adultos no organismo 
humano. Essas larvas precisam passar pelo organismo de um mosquito para sofrer as transformações 
necessárias para amadurecerem e só então quando retornarem ao organismo de um ser humano serão 
capazes de dar origem a vermes adultos. 
Heteroxênico: teníase de porco 
No caso da teníase de porco, o ser humano 
elimina junto com as fezes os ovos e esses ovos 
devem ser ingeridos por um suíno. Nesse suíno 
se desenvolve as larvas de tênia, essas larvas vão 
ficar armazenadas na musculatura do suíno. 
Quando o ser humano ingere a carne de porco 
com essa musculatura contendo as larvas a tênia 
adulta se desenvolve no organismo humano. 
Monoxênico: Giardíase 
Um exemplo de ciclo monoxênico é do protozoário da 
Giardíase que é a Giardia lamblia. Nesse caso, através das 
fezes humanas são eliminadas as formas de resistência do 
protozoário que são os cistos. Esses cistos vão contaminar 
a água e alimentos e eles sendo ingeridos por seres 
humanos vão dar origem aos protozoários que vão 
colonizar o intestino delgado e potencialmente produzir 
a doença giardíase. Todo o ciclo dele se desenvolve no 
organismo do ser humano. Do cisto emerge os trofozoitos 
que são as formas ativas do protozoário que vão se 
multiplicar e em dado momento alguns deles vão dar 
origem a novos cistos que vão ser eliminados com as 
fezes do ser humano, contaminando água e alimentos. 
Esses cistos sendo ingeridos por um ser humano vão dar 
origem aos protozoários que vão colonizar o intestino 
humano. Ciclo monoxênico: apenas um hospedeiro. 
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TALLITA LOUGON DUARTE PARASITOLOGIA MÉDICA
Tipos de parasitas: 
‣ Parasito obrigatório: é aquele incapaz de viver fora do hospedeiro. 
‣ Parasito facultativo: é aquele que não são obrigados a viver relacionados a um hospedeiro, mas 
podem fazer isso. 
‣ Parasito errático ou ectópico: não atinge a fase adulta fora de seu hospedeiro natural. 
‣ Parasito acidental: é aquele que pode atingir a fase adulta em outro hospedeiro que não o 
natural. 
 5
TALLITA LOUGON DUARTE PARASITOLOGIA MÉDICA
EXEMPLOS: 
Plasmodium (malária), Toxoplasma gondii (toxoplasmose). A mosca adulta do berne tem vida livre, mas a larva é parasito obrigatório. 
EXEMPLO: 
Larvas de moscas que podem desenvolver-se em carcaças de animais ou feridas necrosadas abertas no 
corpo de seres humanos ou de animais vivos ou em matéria orgânica (esterco) em decomposição. 
Na imagem ao lado temos um protocolo de tratamento 
chamado de Terapia larval: larvas de C. megacephala 
após 48 horas de aplicação. 
Terapia larval: utilização de larvas de moscas para 
desbridar feridas necrosadas, como em pés diabéticos. 
Mosca Varejeiras adulta 
(vida livre, não são 
parasitos) que são utilizadas 
nesse protocolo. 
Chrysomya megacephala
EXEMPLO: 
Ancylostoma braziliensis, verme de gato, cujas larvas invadindo o organismo 
humano não conseguem completar o seu desenvolvimento, não conseguindo 
originar vermes adultos. Isso determina o quadro chamado de Larva migrans 
cutânea (bicho geográfico). Essa larva invade os tecidos cutâneos humano e faz o 
caminho (galerias sinuosas) e provoca grande prurido (coceira). Se essa larva 
penetrasse no organismo do gato, ela iria completar o desenvolvimento e iria dar 
origem a vermes adultos do intestino delgado dos gatos, no ser humano ela é 
incapaz de fazer isso, dando origem a um quadro clínico acessório que é o 
mostrado na imagem, onde, a larva NÃO evolui para a fase adulta, porque está 
fora do seu hospedeiro natural. Essa é uma doença muito frequente, 
principalmente no período de verão, onde, as pessoas frequentam as praia e em 
solos arenosos ou locais com areia armazenada frequentado por gatos que eliminam suas fezes é muito frequente 
indivíduos adquirirem essa larva. Também pode ser parasito de cães. 
Adaptações do parasita ao hospedeiro: 
É preciso que haja adaptação recíproca, que o parasita se adapte bem ao seu hospedeiro e que o 
hospedeiro tolere a presença do parasita. Para que isso ocorra o parasita precisa se adaptar a presença 
do seu hospedeiro. Elas podem ser do tipo morfológica (anatômica) ou biológica 
(comportamento). 
‣ Morfológicas: quando envolvem a anatomia do parasita. Estruturas anatômicas e características 
anatômicas/ morfológicas. Essas adaptações estão contidas em três grandes grupos: 
‣ Degenerações: quando ao longo da evolução os parasitas perderam determinadas partes do 
corpo, ou seja, sofreram modificações anatômicas e perderam parte do corpo. Eles se tornam 
melhores adaptados ao hospedeiro, favorecem esses indivíduos. PERDEU! 
‣ Atrofias: quando a redução de tamanho e funcionalidade de determinadas estruturas 
corporais do parasita. Existem estruturas que estão atrofiadas em vários parasitas, se elas estão 
assim significa que no passado elas funcionavam e não atendia conveniente ao parasita. 
PERDEU EM TAMANHO E FUNCIONALIDADE! 
‣ Hipertrofias: quando ocorre um super desenvolvimento de determinada estrutura no corpo 
do parasita, trazem vantagens para os indivíduos. ESTRUTURAS SUPER DESENVOLVIDAS! 
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TALLITA LOUGON DUARTE PARASITOLOGIA MÉDICA
EXEMPLO: 
Pediculos capitis, piolho de cabeça. Inseto que vai passar a vida toda no corpo do 
hospedeiro, sair para ele é ruim. É possível perceber na imagem que esse piolho tem o 
corpo achatado dorso- ventral e esse achatamento leva a uma hipertrofia de 
determinadas estruturas corporais, ele tem um corpo alargado (hipertrofia. Boa parte 
dos insetos que conhecemos possui asas, mas os piolhos são destituídos de asas. 
Potencialmente pode ter havido uma degeneração das asas. As 6 pernas dos piolhos 
são super desenvolvidas, ou seja, são hipertrofiadas. Existem garras capazes de 
promover uma grande capacidade de fixação, hipertrofia das garras. São 
termodependentes eles dependem da temperatura corporal do seu hospedeiro para 
realizarem o seu metabolismo (atividades fisiológicas relacionadas ao corpo do 
hospedeiro/ temperatura corporal). Quanto mais próximo (superfície de contato) do 
organismo do hospedeiro é melhor. Hipertrofia! Garras podem produzir irritação na 
pele. 
EXEMPLO: 
Fasciola hepatica/ Ser humano. Conhecida como baratinha do fígado, ela é 
parasito de ductos biliares de ruminantes, bovinos e ovinos. Acontece que a 
Fasciola hepatica também pode parasitar ductos biliares de humano. No bovino e 
no ovino as cargas parasitárias podem ser altas e os às vezes não possuem 
sintomas nenhum, eles toleram bem a presença desses parasitas, mas o ser 
humano 6 parasitas desses podem ocasionar transtornos severos, porque eles 
conseguem se desenvolver até a fase adulta no organismo humano, mas não é 
compatível, porque ele é um parasita acidental. 
Como se adquire ele? ingerindo as larvas que estão presentes em vegetação que 
ficam próximo a lagoa, como o agrião. 
Ciclo: o bovino ou o ovino que tem a Fascicola defecam no solo eliminando os ovos. Quando tem água perto 
desse ovo vai eclodir uma larva que invade o caramujo, onde, no caramujo ela passa por transformações 
(hospedeiro intermediário) e sai do corpo do caramujo e vai para a superfície da lagoa ou para a vegetação 
que está inserida nesse contexto. Ao ser ingerida essa larva o indivíduo adquire a infecção. 
 7
EXEMPLO: 
Stmoxys calcitrans (mosca dos estábulos). Essa é uma mosca um inseto que não 
permanecer a vida toda no corpo do hospedeiro, ele vai se alimenta e vai 
embora. A mosca vai lá e usa as asas (órgãos hipertrofiados) para se locomover. 
Ela é da ordem diptera (duas asas). Essa mosca chegando no corpo de um 
bovino, hospedeiro favorável para ela, precisa ter um aparelho bucal capaz de 
alcançar os vasos sanguíneos do bovino.Aparelho bucal super desenvolvido. 
EXEMPLO: 
Forma adulta de Dermatobia hominis (berne). Essa é uma mosca do berne é 
perceptível o enorme tamanho dessa mosca em comparação com a anterior. O 
tamanho grande se deve ao fato dela precisar ser capaz de capturar uma 
mosca como a anterior em pleno voo e colocar os ovos nela, então, o corpo 
todo dela é hipertrofiado. As pernas são bastante hipertrofiadas 
(desenvolvidas). Ela coloca os ovos na outra mosca para que ela transporte ate 
o bovino, cão, ser humano. Possui aparelho bucal atrofiado, porque ela não se 
alimenta na fase adulta. Ela vive 12 dias, porque se ela vive-se muito tempo e 
se alimenta-se o hospedeiros não iriam desistir, porque é muito parasito. A 
atrofia bucal levou a possiblidade dela colonizar com as larvas a pele ou os 
órgãos e manter-se como população relativamente alta dependendo das 
condições, exemplo, na zona rural é muito alta a população dessas moscas e garantir a sobrevivência da espécie. 
EXEMPLO: 
Ancylostoma duodenale. Boca hipertrofiada, presença de quatro dentes. Esses dentes ele usa como 
fixação e para se alimentar de sangue. Esses dentes potencializa a formação de lesões no intestino 
do hospedeiro e, essas lesões podem ser invadidas por bactérias, podendo haver ruptura de alça 
intestinal e necrose. 
EXEMPLO: 
Anoplura - Piolho sugador 
Pediculus capitis - Macho 
O piolho usa as garras para se locomover, sempre bem preso/ bem fixado. 
Aparelho bucal curto. 
TALLITA LOUGON DUARTE PARASITOLOGIA MÉDICA
EXEMPLO: 
Taenia saginata e Taenia solium. Solium possui 4 ventosas e uma coroa de ganchos na 
cabeça e a Saginata possui 4 ventosas. Para um verme ser um bom parasita ele 
precisa se fixar, por isso, ela hipertrofiou a região da cabeça e desenvolveu ventosas. 
Ela não possui boca e nem aparelho digestivo (degenerou), por isso, é obrigatório a 
vida dela dentro do intestino delgado do hospedeiro, só lá ela consegue nutrientes. 
Ela hipertrofiou o aparelho reprodutor, em cada pedaço da proglote grávida pode 
haver 120 mil ovos (saginata) e 80 mil (solium). São hemafroditas. 
‣ Biológicas: quando estão relacionadas ao comportamento de determinado parasita. 
‣ Capacidade reprodutiva: todo parasita têm uma grande capacidade reprodutiva. 
‣ Várias formas de reprodução: reprodução sexuada, reprodução assexuada, reprodução por 
divisão binária ou por multiplicação de larvas, hermafroditismo (individuo tem os dois 
aparelhos reprodutores simultaneamente), partenogênese (fêmea sozinha se reproduz) 
‣ Tropismo (geotropismos, termotropismo, fototropismo, quimiotropismo e 
tigmotropismo): tropismo significa aproximação ou afastamento do parasito em relação a 
fonte de um estímulo. Há vários estímulos possíveis, por exemplo: o solo = geotropismo. Se o 
parasito precisa passar pelo solo para se desenvolver (ele vai na direção do solo) ele vai 
possuir um geotropismo positivo. Se ocorre o contrário e a passagem pelo solo é danosa para 
ele, vai possuir um geotropismo negativo. Termotropismo o parasito é atraído por fonte de 
calor ou ele é repelido por fontes de calor, exemplo, o moquito nos encontra através da nossa 
temperatura corporal e do gás carbônico que exalamos. Fototropismo é a atração pela luz. 
Quimiotropismo o parasita é atraído ou repelido por substâncias químicas. Tigmotropismo que 
é uma mudança de direção, ele sai do solo e vai para o corpo do hospedeiro ou ele desce do 
corpo do hospedeiro e vai para o solo (verticaiza ou vai para horizontal). 
 8
TALLITA LOUGON DUARTE PARASITOLOGIA MÉDICA
EXEMPLO: 
Ascaris lumbricoides. Possui três lábios volumosos que servem para se fixar e ao se fixar ela trás 
uma ação inflamatória (inflamação aparelho intestinal), ela pode destruir células epiteliais e ela 
não vai conseguir avançar com esse formato de boca até os vasos sanguíneos, então ela não é 
hematrófora. Então, não pode haver sangramento em demasia nas fezes do indivíduo. 
EXEMPLOS DO CONCEITO DE TROPISMO: 
Geotropismo Positivo: quando os parasitos precisam passar pelo solo para se desenvolverem. 
Geotropismo Negativo: quando os parasitos não podem passar pelo solo, é danoso para eles e por isso se afastam. 
Termotropismo Positivo: parasitos que são atraídos pela fonte de calor. 
Termotropismo Negativo: parasitos que se afastam da fonte de calor. 
Fototropismo Positivo: parasitos que são atraídos pela luz. Exemplo: aedes aegypti. 
Fototropismo Negativo: parasitos que são repelidos pela luz. Exemplo: pernilongo. 
Quimiotropismo Positivo: é a atração de parasitos por fonte de substâncias químicas. 
Quimiotropismo Negativo: os parasitos são repelidos devido às substâncias químicas. 
Tigmotropismo: é a mudança de posicionamento da vertical para a horizontal e vice-versa. 
EXEMPLO: 
Larvas migrans. Os ovos dele precisam passar pelo solo para haver o desenvolvimento delas antes de invadir o corpo 
do hospedeiro (geotropismo positivo). Depois que ela invadem a pele elas vão ter geotropismo negativo, elas 
invadem a pele e vão em direção ao hospedeiro. Profilaxia: andar calçado. 
 9
EXEMPLO: 
Rhipicephalus Boophilus microplus - fêmea do carrapato boi. Possuem 
termotropismo positivo e encontra o seu hospedeiro através da temperatura 
corporal. Entretanto, em determinadas fases da vida eles se afastam das áreas 
quentes. Carrapato do cavalo ou do cachorro vai sair do solo (fêmea põe os ovos no 
solo). O carrapato do boi coloca até 6 mil ovos que eclodem umas larvas que 
abandonam o solo e por termo tropismo chegam até o organismo do hospedeiro. 
Para realizar isso também vão utilizar a atração pela luz, sobem nas árvores em 
direção ao sol e ficam no limite das folhas desses arbustos, fazem movimentos com 
as pernas e são capazes de captar temperatura corporal e movimento. 
	Exemplos:
	O fenômeno parasitismo:
	Infecção inaparente X infestação:
	O que é parasitismo?
	Exemplos:
	Para que a relação parasito/ hospedeiro seja bem sucedida, existe alguns pré- requisitos básicos:
	Endoparasita X Ectoparasita:
	Tipos de hospedeiros:
	Ciclos parasitários:
	Heteroxênico: Filariose Linfática
	Heteroxênico: teníase de porco
	Monoxênico: Giardíase
	Exemplos:
	Exemplo:
	Exemplo:
	Tipos de parasitas:
	Exemplo:
	Exemplo:
	Adaptações do parasita ao hospedeiro:
	Exemplo:
	Exemplo:
	Exemplo:
	Exemplo:
	Exemplo:
	Exemplo:
	Exemplos do conceito de tropismo:
	Exemplo:
	Exemplo:

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