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SOC 15 CONTRATUALISTAS

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SOCIOLOGIA
PRÉ-VESTIBULAR 111PROENEM.COM.BR
CONTRATUALISTAS15
QUEM SÃO OS CONTRATUALISTAS?
Um conjunto de autores, os contratualistas, buscaram entender 
quais foram os motivos para o indivíduo aceitar ser controlado pelo 
estado, além disso, buscam relacionar os formatos de governo 
mais adequados para o seu sistema político.
Esses autores vão buscar explicar os processos e as causas que 
levaram os indivíduos a saírem do chamado “estado de natureza”, 
para estabelecerem um pacto, um contrato social, criando assim 
regras e normas morais que regulem a vida em sociedade. 
O primeiro contratualista que vamos abordar é Hobbes, autor 
inglês que aborda as funcionalidades do estado.
THOMAS HOBBES 
Para Hobbes (1588-1679), a condição humana é naturalmente 
bélica e hostil. O homem, em seu estado de natureza, vive o que ele 
denomina de “guerra de todos contra todos”, um estado de confl ito 
permanente. O estado de natureza seria o mundo sem a presença 
do Estado, para Hobbes, um estado caótico, confl ituoso e de guerra 
constante. A resolução para esse processo seria a criação do 
Estado, que deveria buscar encerrar esse estado de guerra.
O contrato social seria a única opção para os sujeitos saírem 
do estado natural de guerra de todos contra todos. Nesse contrato, 
o indivíduo abre mão de sua liberdade em troca de segurança. Para 
sair de um estado de guerra, de um estado de confl ito, o indivíduo 
aceita ser governado por uma instituição. Para Hobbes essa 
instituição deveria ser uma instância maior com poder de uso da 
força (Leviatã), que poderá estar representado por um soberano, rei 
ou estado. O absolutismo seria um modelo de governo importante, 
já que para Hobbes “os pactos sem a espada não passam de 
palavras” e assim limitando a ação individual, garantindo a ordem.
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/d8/Thomas_
Hobbes_%28portrait%29.jpg
JOHN LOCKE
Em oposição a Hobbes, Locke (1632-1704) não observa no 
estado de natureza um estado de guerra constante, não olha para 
o homem como um ser bélico, confl ituoso e que vive um estado 
constante de guerra. Acredita que o homem já nasce com direitos 
naturais, intrínsecos a sua existência, esses direitos são igualdade, 
liberdade e independência. Sendo possuidor de direitos naturais, o 
estado de natureza é pacífi co. 
No entanto, no estado de natureza o homem é juiz de si próprio, 
detentor e defensor dos seus direitos naturais. Esse homem, é 
passível às paixões e parcialidades de defender a si mesmo, com 
isso, o Estado seria necessário para conter esses confl itos, como 
um juiz imparcial. Esse estado seria subordinado aos direitos 
naturais do homem, não podendo romper e buscando defender 
esse processo.
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/d1/JohnLocke.png
O poder legislativo seria o mais importante, por ser a 
representação da variação social, estando o poder executivo 
subordinado a ele. Trata-se de uma relação de confi ança, se 
os governantes não buscarem o bem público, é permitido aos 
governados retirá-los, colocando outro no poder.
JEAN-JACQUES ROUSSEAU
Rousseau (1712-1778) apresenta uma visão de estado de 
natureza distinta de Hobbes. Para o pensador suíço, o homem 
nasce bom e nessa condição permanece livre de acordo com 
as leis naturais. Entretanto, para Rousseau, o estabelecimento 
da propriedade privada gera problemas uma vez que ela leva a 
diferenças e desigualdades sociais. 
Em sua obra mais importante, O Contrato Social, vai defender 
que a população deve poder gerir suas escolhas e governos, não 
sendo baseado por um controle de força, ou uma lógica absolutista. 
Assim para Rousseau a vontade geral deve pautar as escolhas 
governamentais. Governo é a instituição que executa leis criadas 
pela população. Assim, o povo é detentor da soberania, pois sendo 
as leis expressão da vontade geral, todos obedecem a si mesmos 
e são livres. Assim, em resumo, o princípio fundamental de toda 
a obra de Rousseau, é que o homem é bom por natureza, por 
isso pode governar a si próprio, mas está submetido à infl uência 
corruptora da sociedade, principalmente pelo surgimento da 
propriedade privada, o grande problema social para Rousseau.
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/c/c4/Maurice_Quentin_de_La_Tour_-_
Portrait_of_Jean-Jacques_Rousseau_-_WGA12360.jpg
PRÉ-VESTIBULARPROENEM.COM.BR112
SOCIOLOGIA 15 CONTRATUALISTAS
PROTREINO
EXERCÍCIOS
01. O que são autores contratualistas?
02. Defina “estado de natureza”.
03. Defina contrato social.
04. Aponte quais são, segundo Locke, os direitos naturais do indivíduo.
05. Defina “vontade geral”, segundo Rousseau.
PROPOSTOS
EXERCÍCIOS
01. (ENEM) O homem natural é tudo para si mesmo; é a unidade 
numérica, o inteiro absoluto, que só se relaciona consigo mesmo 
ou com seu semelhante. O homem civil é apenas uma unidade 
fracionária que se liga ao denominador, e cujo valor está em sua 
relação com o todo, que é o corpo social. As boas instituições 
sociais são as que melhor sabem desnaturar o homem, retirar-
lhe sua existência absoluta para dar-lhe uma relativa, e transferir 
o eu para a unidade comum, de sorte que cada particular não se 
julgue mais como tal, e sim como uma parte da unidade, e só seja 
percebido no todo. 
ROUSSEAU, J. J. Emílio ou da Educação. São Paulo: Martins Fontes, 1999. 
A visão de Rousseau em relação à natureza humana, conforme 
expressa o texto, diz que 
a) o homem civil é formado a partir do desvio de sua própria 
natureza. 
b) as instituições sociais formam o homem de acordo com a sua 
essência natural. 
c) o homem civil é um todo no corpo social, pois as instituições 
sociais dependem dele. 
d) o homem é forçado a sair da natureza para se tornar absoluto. 
e) as instituições sociais expressam a natureza humana, pois o 
homem é um ser político. 
02. (ENEM) A natureza fez os homens tão iguais, quanto às 
faculdades do corpo e do espírito, que, embora por vezes se 
encontre um homem manifestamente mais forte de corpo, ou de 
espírito mais vivo do que outro, mesmo assim, quando se considera 
tudo isto em conjunto, a diferença entre um e outro homem não é 
suficientemente considerável para que um deles possa com base 
nela reclamar algum benefício a que outro não possa igualmente 
aspirar.
HOBBES, T. Leviatã. São Paulo Martins Fontes, 2003
Para Hobbes, antes da constituição da sociedade civil, quando dois 
homens desejavam o mesmo objeto, eles 
a) entravam em conflito. 
b) recorriam aos clérigos. 
c) consultavam os anciãos. 
d) apelavam aos governantes. 
e) exerciam a solidariedade. 
03. (UFSM) Sem leis e sem Estado, você poderia fazer o que 
quisesse. Os outros também poderiam fazer com você o que 
quisessem. Esse é o “estado de natureza” descrito por Thomas 
Hobbes, que, vivendo durante as guerras civis britânicas (1640-
60), aprendeu em primeira mão como esse cenário poderia ser 
assustador. Sem uma autoridade soberana não pode haver 
nenhuma segurança, nenhuma paz.
Fonte: LAW, Stephen. Guia Ilustrado Zahar: Filosofia. Rio de Janeiro: Zahar, 2008.
Considere as afirmações:
I. A argumentação hobbesiana em favor de uma autoridade 
soberana, instituída por um pacto, representa inequivocamente 
a defesa de um regime político monarquista.
II. Dois dos grandes teóricos sobre o estado de natureza”, Hobbes 
e Rousseau, partilham a convicção de que o afeto predominante 
nesse “estado” é o medo.
III. Um traço comum da filosofia política moderna é a idealização 
de um pacto que estabeleceria a passagem do estado de 
natureza para o estado de sociedade.
Está(ão) correta(s) 
a) apenas I. 
b) apenas II. 
c) apenas III. 
d) apenas I e II. 
e) apenas II e III. 
04. (UEMA) Para Thomas Hobbes, os seres humanos são livres 
em seu estado natural, competindo e lutando entre si, por terem 
relativamente a mesma força. Nesse estado, o conflito se perpetua 
através de gerações, criando um ambiente de tensão e medo 
permanente. Para esse filósofo, a criação de uma sociedade 
submetida à Lei, na qual os seres humanos vivamem paz e deixem 
de guerrear entre si, pressupõe que todos renunciem à sua liberdade 
original. Nessa sociedade, a liberdade individual é delegada a um só 
dos homens que detém o poder inquestionável, o soberano.
Fonte: MALMESBURY, Thomas Hobbes de. Leviatã ou matéria, forma e poder de um 
estado eclesiástico e civil. Trad. João Paulo Monteiro; Maria Beatriz Nizza da Silva. São 
Paulo: Editora NOVA Cultural, 1997. 
A teoria política de Thomas Hobbes teve papel fundamental 
na construção dos sistemas políticos contemporâneos que 
consolidou a (o) 
a) Monarquia Paritária. 
b) Despotismo Soberano. 
c) Monarquia Republicana. 
d) Monarquia Absolutista. 
e) Despotismo Esclarecido. 
05. (UFPA) “A soberania não pode ser representada pela mesma 
razão por que não pode ser alienada, consiste essencialmente na 
vontade geral e a vontade absolutamente não se representa. (...). Os 
deputados do povo não são nem podem ser seus representantes; 
não passam de comissários seus, nada podendo concluir 
definitivamente. É nula toda lei que o povo diretamente não ratificar; 
em absoluto, não é lei.”
(ROSSEAU, J.J. Do Contrato social, São Paulo, 
Abril Cultural, 1973, livro III, cap. XV, p. 108-109)
Rousseau, ao negar que a soberania possa ser representada 
preconiza como regime político: 
a) um sistema misto de democracia semidireta, no qual atuariam 
mecanismos corretivos das distorções da representação 
política tradicional. 
b) a constituição de uma República, na qual os deputados teriam 
uma participação política limitada. 
c) a democracia direta ou participativa, mantida por meio de 
assembleias frequentes de todos os cidadãos. 
d) a democracia indireta, pois as leis seriam elaboradas pelos 
deputados distritais e aprovadas pelo povo. 
e) um regime comunista no qual o poder seria extinto, assim 
como as diferenças entre cidadão e súdito. 
PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR
15 CONTRATUALISTAS
113
SOCIOLOGIA
06. (UFF) O filósofo inglês John Locke (1632-1704) é um dos 
fundadores da concepção liberal da vida política. Em sua defesa 
da liberdade como um atributo que o homem possui desde que 
nasce, ele diz: “Para compreender corretamente o que é o poder 
político e derivá-lo a partir de sua origem, devemos considerar qual 
é a condição em que todos os homens se encontram segundo a 
natureza. E  esta condição é a de completa liberdade para poder 
decidir suas ações e dispor de seus bens e pessoas do modo que 
quiserem, respeitados os limites das leis naturais, sem precisar 
solicitar a permissão ou de depender da vontade de qualquer outro 
ser humano.”
Assinale o documento histórico que foi diretamente influenciado 
pelo pensamento de Locke. 
a) O livro “O que é a propriedade?”, de Proudhon (1840). 
b) O “Manifesto Comunista”, de Karl Marx e Frederico Engels 
(1848). 
c) A “Concordata” estabelecida entre Napoleão e o Vaticano 
(1801). 
d) A declaração da “Doutrina Monroe” (1823). 
e) A “Declaração de Independência” dos Estados Unidos (1776). 
07. (UNIOESTE) “A passagem do estado de natureza para o 
estado civil determina no homem uma mudança muito notável, 
substituindo na sua conduta o instinto pela justiça dando às suas 
ações a moralidade que antes lhes faltava. É só então que, tomando 
a voz do dever o lugar do impulso físico, e o direito o lugar do apetite, 
o homem, até aí levando em consideração apenas sua pessoa, vê-
se forçado a agir baseado em outros princípios e a consultar e ouvir 
a razão antes de ouvir suas inclinações. Embora nesse estado se 
prive de muitas vantagens que frui da natureza, ganha outras de 
igual monta: suas faculdades se exercem e se desenvolvem, suas 
ideias se alargam, seus sentimentos se enobrecem, toda sua alma 
se eleva a tal ponto que (...) deveria sem cessar bendizer o instante 
feliz que dela o arrancou para sempre e fez, de um animal estúpido 
e limitado, um ser inteligente e um homem”.
Rousseau.
Com base no texto, seguem as seguintes afirmativas:
I. A mudança significativa que ocorre para o homem, na 
passagem do estado natural para o estado civil, é a de que o 
homem passa a conduzir-se pelos instintos, como um “animal 
estúpido e limitado”.
II. A conduta do homem, no estado natural, é baseada na justiça e 
na moralidade e em conformidade com princípios fundados na 
razão.
III. Ao ingressar no estado civil, na sua conduta, o homem substitui 
a justiça pelo instinto e apetite, orientando-se, apenas, pelas 
suas inclinações e não pela “voz do dever” e sem “ouvir a razão”.
IV. Com a passagem do estado de natureza para o estado civil, 
o homem passa a agir baseado em princípios da justiça e 
da moralidade, orientando-se antes pela razão do que pelas 
inclinações.
V. Com a passagem do estado de natureza para o estado civil, o 
homem obtém vantagens que o faz um “ser inteligente e um 
homem”, obtendo, assim, a “liberdade civil”, submetendo-se, 
apenas, “à lei que prescrevemos a nós mesmos”.
Assinale a alternativa correta. 
a) Apenas I e II estão corretas. 
b) Apenas II e III estão corretas. 
c) Apenas I e V estão corretas. 
d) Apenas IV e V estão corretas. 
e) Apenas II e V estão corretas. 
08. (UEL) Leia o seguinte texto de Rousseau e responda à questão 
36.
[...] só a vontade geral pode dirigir as forças do Estado de acordo 
com a finalidade de sua instituição, que é o bem comum, porque, 
se a oposição dos interesses particulares tornou necessário o 
estabelecimento das sociedades, foi o acordo desses mesmos 
interesses que o possibilitou. O que existe de comum nesses vários 
interesses forma o liame social e, se não houvesse um ponto em 
que todos os interesses concordassem, nenhuma sociedade 
poderia existir. Ora, somente com base nesse interesse comum é 
que a sociedade deve ser governada.
(ROUSSEAU, J. J. Do contrato social. 5. edição. São Paulo: Nova Cultural, 1991, p.43).
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a relação entre 
contrato social e vontade geral no pensamento de Rousseau, é 
correto afirmar: 
a) A vontade geral, fundamento da ordem social e política, consiste 
na soma e, por sua vez, na concordância de todas as vontades 
individuais, as quais por natureza tendem para a igualdade. 
b) Pelo contrato social, a multidão promete obedecer a um senhor, 
a quem transmite a vontade coletiva e, por este ato de doação, 
torna-se povo e institui-se o corpo político. 
c) Pelo direito natural, a vontade geral se realiza na concordância 
manifesta pela maioria das vontades particulares, reunidas 
em assembleia, que reivindicam para si o poder soberano da 
comunidade. 
d) Por força do contrato social, a lei se torna ato da vontade geral 
e, como tal, expressão da soberania do povo e vontade do 
corpo político, que deve partir de todos para aplicar-se a todos. 
e) O contrato social, pelo qual o povo adquire sua soberania, 
decorre da predisposição natural de cada associado, permitindo-
lhe manter o seu poder, de seus bens e da própria liberdade. 
09. (UENP) “O homem nasce livre, e por toda a parte encontra-se 
a ferros. O que se crê senhor dos demais, não deixa de ser mais 
escravo do que eles (...). A ordem social é um direito sagrado 
que serve de base a todos os outros. Tal direito [ordem social], 
no entanto, não se origina da natureza: funda-se, portanto, em 
convenções.” 
ROUSSEAU, J.J. Contrato Social. Coleção Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural. 
Analise as afirmativas sobre o pensamento de Rousseau
I. O homem natural é bom, o isolamento propiciado pelo estado 
de natureza favorece o desenvolvimento e o exercício de 
qualidades positivas, como o amor de si mesmo e a piedade.
II. A ordem social é natural e deriva da natureza gregária do ser 
humano.
III. O estado se origina com o objetivo de impedir que os homens 
retornem ao estado de guerra generalizado.
A(s) afirmativa(s) verdadeira(s) é(são): 
a) apenas a I. 
b) apenas a II. 
c) apenas a III. 
d) apenas a IV. 
e) todas. 
10. (UEL 2019) Leia o texto a seguir.
Por conseguinte, todo homem, ao consentir com outros em 
formar um único corpo político sob um governoúnico, assume 
a obrigação, perante todos os membros dessa sociedade, de 
submeter-se à determinação da maioria e acatar a decisão desta. 
Do contrário, esse pacto original, pelo qual ele, juntamente com 
outros, se incorpora a uma sociedade, não teria nenhum significado 
e não seria pacto algum, caso ele fosse deixado livre e sob nenhum 
outro vínculo além dos que tinha antes no estado de natureza.
LOCKE, J. Dois tratados sobre o governo. Trad. Julio Fischer. 
São Paulo: Martins Fontes, 1998. p. 470.
PRÉ-VESTIBULARPROENEM.COM.BR114
SOCIOLOGIA 15 CONTRATUALISTAS
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento de 
John Locke, assinale a alternativa correta. 
a) O ser humano deve superar o estado de natureza fundando a 
sociedade civil e o Estado, cedendo seus direitos em prol da 
paz social.
b) Os indivíduos, no estado de natureza, são juízes de si mesmos, 
fundam o Estado para garantir segurança e direitos individuais 
por meio das leis.
c) O poder do Estado deve ser absoluto para a garantia dos 
direitos naturais da humanidade, como a vida, a liberdade e a 
propriedade.
d) O pacto ou contrato social é o garantidor das liberdades e direitos, 
sendo o poder legislativo o menos importante, já que é possível sua 
revogação por aqueles que participam do poder executivo.
e) O ser humano se realiza como um ser possuidor de bens, sendo 
sua posse o que garante tolerância religiosa, livre-iniciativa 
econômica e liberdade individual.
11. (UNIOESTE) Thomas Hobbes é um pensador político contratualista. 
Isso significa que ele pode ser incluído na rica tradição da filosofia 
política que floresceu entre o século XVI e o XVIII, que reivindicava que 
a origem do Estado e/ou da sociedade civil (nesta tradição os dois 
conceitos se equivalem) residiria num contrato estabelecido pelos 
homens entre si, que poria fim ao estado de natureza. Contudo, a 
concepção hobbesiana do contrato distingue-se profundamente dos 
demais contratualistas. Com relação aos principais elementos da 
concepção contratualista de Hobbes, é correto afirmar que 
a) o estado de natureza é uma condição de liberdade e sua 
superação através do contrato visa instaurar o controle social 
sobre o direito de propriedade.
b) o estado de natureza é a condição autêntica do homem antes 
de sua corrupção pelo contrato que estabelece a artificialidade 
do Estado na regulação do intercâmbio social entre os homens. 
c) o estado de natureza é marcado pela presença de alguns 
direitos naturais e o contrato visa estabelecer um pacto de 
consentimento que cria o Estado para preservar e consolidar 
os direitos que os homens já possuíam anteriormente.
d) o estado de natureza é uma condição de paz relativa, concórdia 
e harmonia entre os homens e sua superação através 
do contrato, que institui o Estado, visa apenas assegurar 
juridicamente a defesa da propriedade e a proteção da nação 
contra as ameaças externas.
e) o estado de natureza é concebido como uma condição 
permanente de guerra de todos contra todos e sua superação 
só pode ocorrer através do estabelecimento de um contrato 
firmado por aqueles que vão se tornar súditos, que transfere 
integralmente o poder para a figura do soberano.
12. (UNIOESTE) Segundo a filosofia política clássica, mesmo 
considerando a diversidade de concepções de contrato partilhada 
por seus principais representantes (Hobbes, Locke e Rousseau), 
a constituição do estado civil ou sociedade política marcaria uma 
ruptura profunda no ordenamento da sociedade humana. Com 
base na ideia de contrato defendida por estes autores, é correto 
afirmar que a constituição do estado civil ou sociedade política 
representaria 
a) a superação do estado de natureza.
b) a redenção teológica da humanidade.
c) um retorno à idílica Idade de Ouro da história humana.
d) uma regressão da vida em sociedade ao estado de selvageria.
e) a superação da exploração do homem pelo homem e o fim da 
propriedade privada dos meios de produção.
13. (UEL) Leia o texto a seguir.
Por conseguinte, todo homem, ao consentir com outros em 
formar um único corpo político sob um governo único, assume 
a obrigação, perante todos os membros dessa sociedade, de 
submeter-se à determinação da maioria e acatar a decisão desta. 
Do contrário, esse pacto original, pelo qual ele, juntamente com 
outros, se incorpora a uma sociedade, não teria nenhum significado 
e não seria pacto algum, caso ele fosse deixado livre e sob nenhum 
outro vínculo além dos que tinha antes no estado de natureza.
LOCKE, J. Dois tratados sobre o governo. Trad. Julio Fischer. 
São Paulo: Martins Fontes, 1998. p. 470.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento de 
John Locke, assinale a alternativa correta. 
a) O ser humano deve superar o estado de natureza fundando a 
sociedade civil e o Estado, cedendo seus direitos em prol da 
paz social.
b) Os indivíduos, no estado de natureza, são juízes de si mesmos, 
fundam o Estado para garantir segurança e direitos individuais 
por meio das leis.
c) O poder do Estado deve ser absoluto para a garantia dos 
direitos naturais da humanidade, como a vida, a liberdade e a 
propriedade.
d) O pacto ou contrato social é o garantidor das liberdades e direitos, 
sendo o poder legislativo o menos importante, já que é possível sua 
revogação por aqueles que participam do poder executivo.
e) O ser humano se realiza como um ser possuidor de bens, sendo 
sua posse o que garante tolerância religiosa, livre-iniciativa 
econômica e liberdade individual.
14. (ENEM PPL) Sendo os homens, por natureza, todos livres, iguais 
e independentes, ninguém pode ser expulso de sua propriedade e 
submetido ao poder político de outrem sem dar consentimento. A 
maneira única em virtude da qual uma pessoa qualquer renuncia 
à liberdade natural e se reveste dos laços da sociedade civil 
consiste em concordar com outras pessoas em juntar-se e unir-
se em comunidade para viverem com segurança, conforto e paz 
umas com as outras, gozando garantidamente das propriedades 
que tiverem e desfrutando de maior proteção contra quem quer que 
não faça parte dela. 
LOCKE, J. Segundo tratado sobre o governo civil. Os pensadores. São Paulo: Nova 
Cultural, 1978. 
Segundo a Teoria da Formação do Estado, de John Locke, para 
viver em sociedade, cada cidadão deve 
a) manter a liberdade do estado de natureza, direito inalienável.
b) abrir mão de seus direitos individuais em prol do bem comum.
c) abdicar de sua propriedade e submeter-se ao poder do mais forte.
d) concordar com as normas estabelecidas para a vida em 
sociedade.
e) renunciar à posse jurídica de seus bens, mas não à sua 
independência.
15. (UFU) Porque as leis de natureza (como a justiça, a equidade, 
a modéstia, a piedade, ou, em resumo, fazer aos outros o que 
queremos que nos façam) por si mesmas, na ausência do temor 
de algum poder capaz de levá-las a ser respeitadas, são contrárias 
a nossas paixões naturais, as quais nos fazem tender para a 
parcialidade, o orgulho, a vingança e coisas semelhantes. 
HOBBES, Thomas. Leviatã. Cap. XVII. Tradução de João Paulo Monteiro e Maria Beatriz 
Nizza da Silva. São Paulo: Nova Cultural, 1988, p. 103
PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR
15 CONTRATUALISTAS
115
SOCIOLOGIA
Em relação ao papel do Estado, Hobbes considera que: 
a) O seu poder deve ser parcial. O soberano que nasce com o 
advento do contrato social deve assiná-lo, para submeter-se 
aos compromissos ali firmados.
b) A condição natural do homem é de guerra de todos contra 
todos. Resolver tal condição é possível apenas com um poder 
estatal pleno.
c) Os homens são, por natureza, desiguais. Por isso, a criação 
do Estado deve servir como instrumento de realização da 
isonomia entre tais homens.
d) A guerra de todos contra todos surge com o Estado repressor. O 
homem não deve se submeter de bom grado à violência estatal.
e) o Estado deve atuar transmitindo a moral do grupo e formando 
a consciência coletiva para garantir a coesão social.
16. (ENEM PPL 2016) A importância do argumentode Hobbes 
está em parte no fato de que ele se ampara em suposições 
bastante plausíveis sobre as condições normais da vida humana. 
Para exemplificar: o argumento não supõe que todos sejam de 
fato movidos por orgulho e vaidade para buscar o domínio sobre 
os outros; essa seria uma suposição discutível que possibilitaria a 
conclusão pretendida por Hobbes, mas de modo fácil demais. O 
que torna o argumento assustador e lhe atribui importância e força 
dramática é que ele acredita que pessoas normais, até mesmo as 
mais agradáveis, podem ser inadvertidamente lançadas nesse tipo 
de situação, que resvalará, então, em um estado de guerra.
RAWLS, J. Conferências sobre a história da filosofia política. 
São Paulo: WMF, 2012 (adaptado).
O texto apresenta uma concepção de filosofia política conhecida 
como 
a) alienação ideológica.
b) microfísica do poder.
c) estado de natureza.
d) contrato social.
e) vontade geral. 
17. (ENEM 2ª aplicação 2016) A justiça e a conformidade ao 
contrato consistem em algo com que a maioria dos homens 
parece concordar. Constitui um princípio julgado estender-se até 
os esconderijos dos ladrões e às confederações dos maiores 
vilões; até os que se afastaram a tal ponto da própria humanidade 
conservam entre si a fé e as regras da justiça.
LOCKE, J. Ensaio acerca do entendimento humano. 
São Paulo: Nova Cultural, 2000 (adaptado).
De acordo com Locke, até a mais precária coletividade depende de 
uma noção de justiça, pois tal noção 
a) identifica indivíduos despreparados para a vida em comum.
b) contribui com a manutenção da ordem e do equilíbrio social.
c) estabelece um conjunto de regras para a formação da 
sociedade.
d) determina o que é certo ou errado num contexto de interesses 
conflitantes.
e) representa os interesses da coletividade, expressos pela 
vontade da maioria.
18. (ENEM 2ª aplicação 2016) TEXTO I
Até aqui expus a natureza do homem (cujo orgulho e outras 
paixões o obrigaram a submeter-se ao governo), juntamente com 
o grande poder do seu governante, o qual comparei com o Leviatã, 
tirando essa comparação dos dois últimos versículos do capítulo 
41 de Jó, onde Deus, após ter estabelecido o grande poder do 
Leviatã, lhe chamou Rei dos Soberbos. Não há nada na Terra, disse 
ele, que se lhe possa comparar.
HOBBES, T. O Leviatã. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
TEXTO II
Eu asseguro, tranquilamente, que o governo civil é a solução 
adequada para as inconveniências do estado de natureza, que 
devem certamente ser grandes quando os homens podem ser 
juízes em causa própria, pois é fácil imaginar que um homem 
tão injusto a ponto de lesar o irmão dificilmente será justo para 
condenar a si mesmo pela mesma ofensa.
LOCKE, J. Segundo tratado sobre o governo civil. Petrópolis: Vozes, 1994.
Thomas Hobbes e John Locke, importantes teóricos contratualistas, 
discutiram aspectos ligados à natureza humana e ao Estado. 
Thomas Hobbes, diferentemente de John Locke, entende o estado 
de natureza como um(a) 
a) condição de guerra de todos contra todos, miséria universal, 
insegurança e medo da morte violenta.
b) organização pré-social e pré-política em que o homem 
nasce com os direitos naturais: vida, liberdade, igualdade e 
propriedade.
c) capricho típico da menoridade, que deve ser eliminado pela 
exigência moral, para que o homem possa constituir o Estado civil.
d) situação em que os homens nascem como detentores de livre-
arbítrio, mas são feridos em sua livre decisão pelo pecado original.
e) estado de felicidade, saúde e liberdade que é destruído pela 
civilização, que perturba as relações sociais e violenta a 
humanidade.
19. (UNIOESTE 2013) “Através dos princípios de um direito natural 
preexistente ao Estado, de um Estado baseado no consenso, 
de subordinação do poder executivo ao poder legislativo, de um 
poder limitado, de direito de resistência, Locke expôs as diretrizes 
fundamentais do Estado liberal.”
Bobbio.
Considerando o texto citado e o pensamento político de Locke, 
seguem as afirmativas abaixo:
I. A passagem do estado de natureza para a sociedade política ou 
civil, segundo Locke, é realizada mediante um contrato social, 
através do qual os indivíduos singulares, livres e iguais dão seu 
consentimento para ingressar no estado civil.
II. O livre consentimento dos indivíduos para formar a sociedade, 
a proteção dos direitos naturais pelo governo, a subordinação 
dos poderes, a limitação do poder e o direito à resistência são 
princípios fundamentais do liberalismo político de Locke.
III. A violação deliberada e sistemática dos direitos naturais e o uso 
contínuo da força sem amparo legal, segundo Locke, não são 
suficientes para conferir legitimidade ao direito de resistência, 
pois o exercício de tal direito causaria a dissolução do estado 
civil e, em consequência, o retorno ao estado de natureza.
IV. Os indivíduos consentem livremente, segundo Locke, em 
constituir a sociedade política com a finalidade de preservar e 
proteger, com o amparo da lei, do arbítrio e da força comum de 
um corpo político unitário, os seus inalienáveis direitos naturais 
à vida, à liberdade e à propriedade.
V. Da dissolução do poder legislativo, que é o poder no qual “se 
unem os membros de uma comunidade para formar um corpo 
vivo e coerente”, decorre, como consequência, a dissolução do 
estado de natureza.
Das afirmativas feitas acima 
a) somente a afirmação I está correta.
b) as afirmações I e III estão corretas.
c) as afirmações III e IV estão corretas.
d) as afirmação II e III estão corretas.
e) as afirmações III e V estão incorretas.
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SOCIOLOGIA 15 CONTRATUALISTAS
20. (UEL 2011) Leia o texto a seguir.
Locke divide o poder do governo em três poderes, cada um 
dos quais origina um ramo de governo: o poder legislativo (que 
é o fundamental), o executivo (no qual é incluído o judiciário) e 
o federativo (que é o poder de declarar a guerra, concertar a paz 
e estabelecer alianças com outras comunidades). Enquanto o 
governo continuar sendo expressão da vontade livre dos membros 
da sociedade, a rebelião não é permitida: é injusta a rebelião contra 
um governo legal. Mas a rebelião é aceita por Locke em caso de 
dissolução da sociedade e quando o governo deixa de cumprir sua 
função e se transforma em uma tirania.
(LOCKE, John. In: MORA, J. F. Dicionário de Filosofia. 
São Paulo: Loyola, 2001. V. III. p. 1770.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre John Locke, é 
correto afirmar:
I. O direito de rebelião é um direito natural e legítimo de todo 
cidadão sob a vigência da legalidade.
II. O Estado deve cuidar do bem-estar material dos cidadãos sem 
tomar partido em questões de matéria religiosa.
III. O poder legislativo ocupa papel preponderante.
IV. Na estrutura de poder, dentro de certos limites, o Estado tem o 
poder de fazer as leis e obrigar que sejam cumpridas.
Assinale a alternativa correta. 
a) Somente as afirmativas I e II são corretas.
b) Somente as afirmativas I e III são corretas.
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
d) Somente as afirmativas I, II e IV são corretas.
e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas. 
05. APROFUNDAMENTO
EXERCÍCIOS DE
01. (FGV) Leia a estrofe e o refrão para responder às questões 
abaixo:
(...)
No Amazonas, no Araguaia, na Baixada Fluminense
No Mato Grosso, Minas Gerais e no Nordeste tudo em paz
Na morte eu descanso mas o sangue anda solto
Manchando os papéis, documentos fiéis
Ao descanso do patrão
Que país é esse?
Que país é esse?
Que país é esse?
Que país é esse?
(...)
Que País é esse? Legião Urbana In: http://www.vagalume.com.br
/legiao-urbana/que-pais-e-esse.html#ixzz3jYOfvAn4.
Que país é esse? Gravação de 1987/ Grupo Legião Urbana
a) Tendo como pressuposto que a composição foi escrita na chave 
da ironia, explique a mensagem dos versos: No Amazonas, no 
Araguaia, na Baixada Fluminense / No Mato Grosso, Minas 
Gerais e no Nordeste tudo em paz.
b) Relacione o ritmo desta música com o sentimento que o 
compositor quis transmitir naletra.
02. (UFPR) Qual é o papel da mídia em um regime democrático?
03. A democracia, formalmente, corresponde a um sistema político 
em que o povo possui a soberania e o poder de decisão. No entanto, 
quando observamos a realidade, damo-nos conta de que esse tipo 
de organização não funciona da forma ideal. Atualmente, vivemos 
em uma sociedade de desigualdade social, marcada pela existência 
de distintas classes sociais.Tendo isso em conta, responda:
Pode existir democracia em uma sociedade de classes? Justifique 
sua resposta. 
04. (UFU) Disserte sobre a relação entre o Brasil republicano e o 
problema da corrupção estatal. Utilize-se da distinção entre os 
domínios do privado e do público (coisa do povo, o bem comum).
05. 
Fonte:<http://www.facebook.com/photo.php?fbid=...theater>Acesso em 26 de jul.2012.
A partir da charge acima e de seus conhecimentos sobre a 
democracia, responda:
O nosso sistema político contemporâneo pode, de fato, ser 
considerado uma democracia? Justifique sua resposta. 
GABARITO
 EXERCÍCIOS PROPOSTOS
01. A
02. A
03. C
04. D
05. C
06. E
07. D
08. D
09. A
10. B
11. E
12. A
13. B
14. D
15. B
16. C
17. B
18. A
19. E
20. E
 EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO
01. 
a. Em todos esses locais existem (ou existiram) conflitos extremamente violentos, 
contrariando a ideia de que “está tudo em paz”.
b. A música tem um forte apelo de indignação e de não conformação com a situação 
violenta e de desigualdade social existente no país. O ritmo repetitivo denota uma 
tensão e uma pulsão resultante do contexto de embate social ao qual a música faz 
referência.
02. Informar os cidadãos sobre os fatos que acontecem nas esferas de decisão do poder 
de modo a lhes subsidiar conhecimento para avaliação do cenário político de maneira 
mais geral. E ainda levar até às esferas de poder, as demandas e opiniões da população. 
Ela serve como um elo entre representantes e representados, pressionando os primeiros 
a prestarem conta aos segundos. 
03. A presente resposta depende da argumentação do aluno. Pode-se dizer que existe uma 
democracia em uma sociedade de classes (mas uma democracia não no sentido formal, 
e sim como uma certa forma de organização política). Ao mesmo tempo, pode-se afirmar 
que não, que a existência de diferentes classes sociais anula a prática democrática, uma 
vez que as condições de exercício da cidadania deixam de ser as mesmas para todos os 
cidadãos. 
04. A corrupção no Brasil transformou-se em lugar comum. Isso acontece devido a 
uma dificuldade de compreensão que surgiu desde a passagem da colônia ao Estado 
independente. Os brasileiros, não reconhecendo a distinção entre público e privado, 
acabam por pensar que aquilo que é público não é de ninguém. Assim, os cargos públicos, 
o dinheiro público e o espaço público são apropriados por aqueles que possuem mais 
poder, configurando um panorama de corrupção estatal. Como exemplo podemos utilizar 
qualquer oferecimento de propina e de desvios de dinheiro destinado às populações mais 
vulneráveis. Tais práticas são comuns no contexto político brasileiro republicano. 
05. A presente questão não apresenta uma única resposta correta. Ela depende do enfoque 
do professor e da argumentação do aluno. Se a democracia for considerada como a 
participação dos cidadãos no processo de escolha dos governantes, podemos considerar 
que vivemos em uma democracia, dado que o voto é universal e obrigatório. Entretanto, se 
considerarmos a democracia a partir da capacidade de influência nas decisões políticas, o 
sistema em que vivemos pode não ser considerado uma democracia de fato.

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