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Os instrumentos cirúrgicos são instrumentos de precisão utilizados em cirurgias ao qual possuem modelos, formatos e tamanhos diferentes, cada uma com uma determinado intuito e função dentro do procedimento cirúrgico. São chamadas de operações fundamentais, as ações cirúrgicas simples, que em conjunto vão resultar em ações complexas. Existem 4 operações fundamentais. Nesse cenário, a mesa de instrumentos cirúrgicos deve ser organizada de acordo com o tipo de cirurgia, o tempo cirúrgico e levando em consideração as operações fundamentais. Diérese Solução de continuidade É o ato e separar os tecidos com fins operatórios, incluindo a incisão (ato de separar os tecidos com corte) e divulsão (ato de separar os tecidos sem corte). Podem causar lesões: o Materiais para abrir os planos; o Materiais que causam lesão; o Inicio da cirurgia Canto inferior direito Na diérese é constituída, principalmente, por bisturi, bisturi elétrico, bisturi harmônico, tesouras e ruginas. Seu objetivo é o corte e exposição de tecidos/órgãos que são operados. 1. Bisturi Divide-se em cabo e lâminas. O cabo possui ponta em encaixe para a lâmina; Numero 03 – utiliza lâminas menores, (nº 10, 1, 12, 15), destinados a incisões mais críticas, delicadas. Número 04 – utiliza lâminas maiores, (nº 20, 21, 2, 23, 24 25. São mais usadas em procedimentos de cortes maiores; Porção romba pode ser usada eventualmente para divulsão. Já as lâminas, possuem diversos tipos, são denominadas por números e podem ser colocadas e retiras. Instrumental Cirúrgico Aula 2 09.09.2021 Técnica Operatória Dr. Paulo Alvim Borges Incisão – corte na pele; Secção – cortar em 2 partes; Divulsão – ato de abrir o caminho criando um plano/espaço sem causar lesão a estruturas adjacentes. Serração - serrar 2. Tesoura Mayo Curva 3. Tesoura Mayo Reta 4. Tesoura para Fios 5. Tesoura Metzenbaum 6. Tesoura de Potts As tesouras são utilizadas para o corte e dissecção, sendo subdividas em retas, curvas e angulares. Possuem tamanhos variáveis, ponta romba, aguda e aguda-romba. Hemostasia É um conjunto de manobras manuais ou instrumentais para deter ou prevenis uma hemorragia ou impedir a circulação de sangue em determinado local em um período de tempo. Os instrumentos mais usados na hemostasia são pinças de Halsted, pinças de Kelly, pinças de Crile, pinças de Rochester e pinças de Moyniham, e estes visam a interrupção do sangramento provocado pela diérese. 1. Pinça de Kelly Serrilhando na porção distal. Muito parecida com a pinça de Crile. Quando há ranhuras, lesa o endotélio do vaso para que faça a deflagração da cascata de coagulação, promovendo a coagulação mecânica do vaso; 2/3 distais com arranhaduras; Arranhaduras aumentam o poder de apreensão da pinça. Quanto mais o número de arranhaduras, maior será a apreensão. As tesouras Metzenbaum são indicadas para a diérese mais delicada de tecidos, podem ser utilizadas em cavidades, introduzindo-as a fundo. É indicada para a diérese de tecidos orgânicos por ser considerada menos traumática, pois apresentar sua porção cortante mais curta que a não-cortante. É uma tesoura mais precisa e mais delicada. As tesouras de Mayo, são muito empregadas na rotina cirúrgica, principalmente na versão R, para tecidos mais grosseiros, em superfícies ou em cavidades, e corte de fios, É considerada mais traumática que a de Metzenbaum, por apresentar a porção cortante proporcional à não-cortante. Utilizada para estruturas mais grossas. É mais medializada em comparação a tesoura de Metzenbaum. 2. Pinça de Halsted Curva Mais delicado/campo superficial 3. Pinça de Halsted Reta Mais delicado/campo superficial. 4. Pinça de Allis Geralmente é utilizada em tecidos grosseiros ou para a fixação da musculatura e não deve ser utilizada na pele. Além disso, também são usadas em tecidos que irão sofrer a exérese, ou seja, que serão retirados do organismo. Possuem dentes maiores, mas com essa configuração, não terá apreensão tão intensão. Será mais precisa. Utilizada para pegas intestinais, útero e alguns tipos de fáscias. 5. Pinça de Crile Essa pinça possui um tamanho que varia entre 14 cm e 16 cm, tanto nas versões retas ou curvas. Suas ranhuras são na transversal em toda sua parte prensora, fazendo com que também seja utilizada lateralmente no Pinça de Halstead Muito utilizada em pequenas cirurgias, a pinça de Halstead é pequena e com ramos prensores delicados e com maior precisão, servindo muito bem para o pinçamento de pequenos vasos. Seu tamanho é de geralmente 12 cm, mas possui uma variante que possui entre 8 cm e 10 cm, todas com suas versões retas ou curvas. pinçamento de pedículos. Outra vantagem de suas ranhuras é o fato dela não deslizar e fixar-se bem às estruturas que compõem o pedículo. 6. Pinça de Kocher Reta, classificada como hemostática, é atualmente utilizada pregadora e de A pinças Kelly e Crile apresentam ranhuras transversais na face interna de suas pontas, que podem ser retas ou curvas. As pinças retas, ou pinças de reparo, são utilizadas para pinçamento de material cirúrgico como fios e drenos. As pinças curvas são utilizadas para pinçamento de vasos e tecidos delicados. As pinças de Crile apresentam ranhuras em todas face interna, enquanto as Kelly apresentam ranhuras apenas até a metade de sua face interna. Por esse motivo, a escolha do tipo de pinça determina a segurança da hemostasia a ser realizada. suspensão de aponeuroses, graças à presença e segurança de seus “dentes-de- rato”. O que a diferencia do restante é o desenho e ranhuras na parte interna de seus ramos, responsáveis pela preensão. 7. Pinça de Rochester É, em geral, mais indicada em procedimentos em que o pinçamento envolve estruturas mais grosseiras, em que há a necessidade de um instrumento mais robusto. Síntese União de estruturas e fechamento. É o conjunto de manobras manuais e instrumentais destinadas a restituir a continuidade anatômica e funcional dos tecidos que foram separados na cirurgia ou por traumatismo. Seus instrumentos principais são os porta-agulhas, pinças anatômicas e de rato, agulhas e fios cirúrgicos. 1. Porta-agulha de Mathieu Utilizado para fixação da agulha durante a sutura e para colocação e retirada de borrachinha em ortodontia entre outras funções. Possuem uma trava com catraca na extremidade proximal dos cabos, o que permite travamento e destravamento por meio de um aperto conjunto e progressivo de seus cabos. Com o porta agulhas, a agulha deve atravessar o tecido em movimento de arco, seguindo a curvatura da própria agulha. O porta agulhas é então retirado e depois recolocado sobre a ponta protuberante agulha, que é então extraída do tecido. A agulha deve ser agarrada pele sua parte mais espessa e não pela ponta, já que a ponta pode ser facilmente entortada ou quebrada. 2. Agulhas 3. Porta-agulha de Hegar Os porta-agulhas de Olsen- Hegar são usados de modo semelhante, mas possuem lâminas de tesoura que permitem amarrar e cortar o fio de sutura com o mesmo instrumento (porta agulhas combinado com tesoura para incisão). Sua desvantagem é a necessidade de cuidados para evitar cortar o de sutura durante a amarração. Porta-agulhas podem ser segurados por uma pegada com a palma, em que não se coloca nenhum dedo nos aros sendo que o aro superior deve repousar contra a base do polegar, uma pegada tenar (o aro superior repousa sobre a base do polegar e o dedo anular se insere no aro inferior), uma pegada polegar-anular, em que o polegar deve ser posicionado no arosuperior e o anular no aro inferior ou uma “pegada de lápis” (o indicador e o polegar repousam sobre o corpo do porta- agulha), que é usada para porta-agulhas de Mathieu. 4. Pinça dente de Rato Promove a fixação dos tecidos durante a divulsão e/ou sutUra. Há dois dentes, um de cada lado. Ponto positivo – maior potencial de apreensão. Ponto negativo – pode perfurar o tecido. 5. Pinça anatômica Dissecção serve, principalmente, para segurar tecidos delicados no ato da dissecção. Tem poder de apreensão menor, mas não causa lesão. 6. Pinça de Adson com dente e sem dente/curta e longa São usadas para segura uma parte do tecido para que outros instrumentos, como o bisturi e a tesoura, consigam trabalhar com maior facilidade. Ela pode ter vários tamanhos e sua ponta ativa pode ser de duas maneiras: dentada ou lisa. São mais delicadas. Possuem ranhuras externas que são para ajudaer na fixação dos dedos. Possuem a ponta mais afinada. Especiais Tempos específicos de determinadas operações. As pinças de campo têm por finalidade fixar os campos, fenestrados ou não, à derme do paciente, impedindo que a sua posição seja alterada durante o ato cirúrgico. Sua extremidade é aguda, curva para a preensão do campo e da pele do paciente. As mais comuns são as pinças de Backhaus. No grupo dos afastadores encontram-se variados tipos de afastadores, tais como Gosset, Finochietto, Farabeuf, e outros. Os afastadores estáticos são aqueles que utilizamos para a visibilidade no campo cirúrgico. O afastador de Gosset é utilizado a fim de manter exposta a cavidade abdominal, e o Finochietto, para a cavidade torácica. Quando queremos facilitar o ato cirúrgico, o auxiliar deve lançar mão dos afastadores dinâmicos tais como o Farabeauf, utilizado para a parede abdominal. 1. Pinça de Allis Curta/Longa 2. Pinça de Mixter Utilizadas para hemostasias profundas. Tem uma maior curvatura em sua ponta de extrema utilidade no auxilio da dissecção de vasos e para passar fios para ligadura em torno deles. Por causa disso, é usada para trabalhar pedículos hepáticos, renais e pulmonares. Mais parecido com a Kelly, mas se diferencia pela sua curvatura mais evidenciada com +- 70 graus e a de Kelly +- 40 graus. Mais longas, ajuda a pegar estruturas de difícil acesos. Utilizado em situações mais específicas como cirurgia de acrômio clavicular (ortopedia). 3. Pinça de Cheron É utilizada para realização da anti-sepsia do paciente por possuir hastes longas, assegurando que o instrumentador não se contamine. Apresentam cremalheiras e angulação em suas hastes. As garras são ligeiramente ovais e com ranhuras para fixação das gazes. Pinça longa, dentes longos – utilizada para assepsia e exames ginecológicos. 4. Pinça de Foerster Curva 5. Pinça de Foerster Reta 6. Pinça de Backhaus Possui função de fixar os panos de campo cirúrgicos (tecidos) estéreis para a realização da cirurgia. Seu poder de apreensão é grande pois sua ponta é puntiforme podendo causar lesão perfurante. 7. Afastador Manual de Farabeuf Constituídos basicamente de uma lâmina metálica dobrada no formato de letra “C”. Afastam estruturas que eventualmente estão na frente da estrutura desejada, aumentando o campo de visibilidade. Mais comum. Quando queremos facilitar o ato cirúrgico, o auxiliar deve lançar mão dos afastadores dinâmicos tais como o “Farabeauf”, utilizado para a parede abdominal. 8. Afastador Autoestático de Finochietto É utilizado a fim de manter exposta a cavidade torácica. Muito utilizado para afastar costelas. Afastadores que fixam em um determinado local e não há necessidade de segurar, deixando as mãos livres para trabalhar em outras coisas. É uma pinça de longas hastes, com anéis na extremidade de sua parte prensora, apropriada para conduzir pequenas compressas de gaze. Originalmente concebidas para utilização na obstetrícia, são largamente empregadas na antissepsia do campo operatório. Possuem 20 cm ou mais nas versões reta ou curva. Possui serrilha. Usada para transportar a gase para um curativo mais profundo. 9. Afastador Autoestático de Gosset É utilizado a fim de manter exposta a cavidade abdominal. Afastador mais profundo e devido às pontas, afasta as vísceras sem risco de lesão, como evitar lesão em vísceras. 10. Cúpula 11. Cuba Rim
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