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INSTALAÇÕES PARA BOVINOS DE LEITE

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Bovinocultura de Leite
INSTALAÇÕES PARA BOVINOS DE LEITE
Maria Eduarda Rocha / Geovana Fernandes / Mateus Queiroz 
- Na criação de bovinos de leite, há uma grande diversidade de sistemas e uma série de opções de estratégias e modelos de criação, ou seja, não é padronizado como suinocultura e avicultura. Esse fato é visto como um desafio, pois a falta de padronização atrapalha a eficiência produtiva. 
- O Brasil apresenta condições climáticas, socioeconômicas e culturais diversas em suas regiões, que demandam soluções distintas e construções zootécnicas adequadas a todos os sistemas de produção. 
- “Cada um faz do jeito que quer.” 
- Nas atividades de exploração leiteira, as construções para os animais são fundamentais e de suma importância no processo de produção. Sendo assim, suas concepções devem basear-se em soluções técnicas e econômicas, que ofereçam condições eficientes e funcionais. 
- Instalações mal elaboradas são um grande problema, pois depende de investimento e reformar/melhorar é um desafio, pois estarão em funcionamento. 
- Muito difícil reformar uma sala de ordenha, sendo que os animais passam nela 2 vezes ao dia. Fazendo uma analogia, é o mesmo que “trocar o pneu do carro quando ele está em movimento”. 
As instalações necessárias dependem do sistema de produção adotado, mas existem estruturas que são necessárias independente do sistema de produção, como exemplo a sala de ordenha. 
Algumas instalações são regra (ex: sala de ordenha) e outras são particularidades (ex: instalações de confinamento). 
- Pasto
- Semi-confinamento
- Confinamento
	▪ Piquetes
	▪ Tie stall; Free stall
	▪ Compost barn 
· Objetivos das instalações 
· Ao serem construídas, deve-se pensar primeiramente nos animais e nos funcionários 
· Proporcionar conforto aos animais 
· Otimizar a utilização de implementos e equipamentos
· Aumentar a eficiência de mão de obra 
· Permitir adequado manejo dos dejetos 
· Possibilitar uma futura expansão 
· Importante permitir sombreamento para os animais em momentos que o animal não pode procurar sombra (exemplo: momento da ordenha) 
· Construção de sala de ordenha e barracão em sentido leste-oeste, para que o animal tenha acesso à sombra por mais tempo no dia. 
· OBS: se a sala de ordenha e barracão forem construídos em sentido norte-sul, vai bater sol durante o dia inteiro (manhã e tarde). 
→ Construir Leste – Oeste: quando o animal não pode procurar sombra. Ex: barracão, ou numa ordenha, barracão de suíno ou frangos.
→ Construir Norte – Sul: quando o animal pode procurar sombra. Ex: bezerreiro, onde o animal fica amarrado pelo pescoço.
· Instalações x Conforto 
· O conforto e bem-estar animal comprovadamente proporcionam o aumento da produção. 
· Dar mais atenção para o conforto das vacas garante o aumento da produção leiteira.
· Já é constatado que vacas que produzem muito, possuem mais conforto e descansam mais. 
· Construções zootécnicas apropriadas, que garantam condições necessárias de conforto, contribuem com o aumento da produtividade e permitem ao animal condições para expressar o seu potencial genético. 
 Devemos observar como as vacas que produzem mais leite se comportam: 
Na tabela, observa-se que a vaca que fica mais deitada produz mais leite.
Importância de garantir que as vacas passem muito tempo deitadas:
▪ Quando a vaca deita, há aumento do fluxo de sangue na glândula mamária, o que interfere positivamente na produção de leite. 
▪ 500 litros de sangue precisam passar pela glândula mamária para que ela sintetize 1 litro de leite, por isso o fluxo sanguíneo da glândula deve ser alto. 
▪ Proporcionar muito conforto para que a vaca produza mais leite → a vaca tem que deitar! 
▪ Um bom dimensionamento das instalações é necessário, para garantir que as vacas passem mais tempo deitadas. 
A parte cinza do gráfico demonstra o momento em que a vaca está deitada. Podemos observar que nesse ponto do gráfico o fluxo sanguíneo da glândula mamária aumenta, significando o aumento da produção leiteira também.
· Sobrecarregar a lotação do barracão para conseguir lucrar mais é um grande erro, pois a falta de espaço irá estressar os animais (descansarão menos, surgimento de doenças, etc) e a produção leiteira será reduzida.
· O ambiente térmico é o fator que mais afeta negativamente a produção leiteira, em especial quando se utilizam animais de grande mérito genético. 
· A combinação de altas temperaturas e elevada umidade do ar causam perdas significativas na produção e deprimem o desempenho das vacas leiteiras. 
· Sombra, ventiladores, exaustores e aspersores de água são opções para melhorar o conforto térmico de vacas. 
· O objetivo de molhar uma vaca com aspersor (gotícula de água maior) é que a água tenha contato com a pele, absorva e dissipa o calor (troca de calor). 
· O uso de nebulizadores não é efetivo para vacas, pois ejetam gotículas de água pequenas. 
· A vaca é molhada quando está na pista de alimentação, no curral de espera ou na sala de banho.
· Não se deve molhar a cama! 
· Posicionamento “perching in stalls”: 
· É incômodo para a vaca ficar levantando e deitando toda hora, então ela fica nessa posição (“acomodada”). 
· Analisar esse posicionamento é uma forma de avaliar o funcionamento de um free stall. 
 
SISTEMA DE PRODUÇÃO DE LEITE:
· Setor administrativo
· Setor de dejetos
· Setor de produção
· Setor de alimentação
· Setor dos animais
→ SETOR DE PRODUÇÃO
· Sala de ordenha 
· Alto investimento (mesmo em sistemas simples) → não fazer investimento equivocado! 
· Envolve estrutura, construção e equipamentos 
· Classificação:
A ordenha mecânica é subdividida em dois tipos: balde ao pé e canalizada 
· Ordenha balde ao pé 
· Não possui tubulação. 
· Mais simples. 
· As vacas são ordenhadas individualmente. 
· O leite ordenhado vai para um latão através de um sistema de vácuo e mangueira, sendo que quando o latão enche, o leite deve ser despejado no tanque de expansão. 
· Ordenhas canalizadas
· O leite sai do animal e vai direto para o tanque de expansão.
· Podem ser linha alta, linha média ou linha baixa. 
· O leite é retirado e depositado diretamente no tanque de refrigeração, por meio do sistema de canais. O leite, portanto, não tem contato com o meio externo e é menos manipulado.
· Altura da linha do leite:
· Linha alta (acima da vaca)
· Geralmente encontrado em salas de ordenha onde não tem fosso
· Linha média (próxima à altura da garupa do animal)
· Linha baixa (abaixo da linha do animal)
· Sala de ordenha sem fosso
· Ala simples; ala dupla 
· Sala de ordenha com fosso 
· Passagem 
· O corpo do animal fica paralelo ao eixo do fosso. 
· Mais encontrado em propriedades menores, mais antigas e que trabalham com ordenha de vacas com bezerro ao pé (coloca o bezerro ao lado da vaca, abre a “janelinha” para que ele tenha acesso ao úbere da vaca). 
· Entra o grupo inteiro e sai o grupo inteiro (ex: se estão 4 vacas na mesma linha, a 3ª vaca já foi ordenhada, mas a 2ª ainda não, e devido ao modelo da ordenha, mesmo já tendo sido ordenhada, as vacas saem juntas quando todas terminarem).
· Tandem
· Os animais são dispostos um à frente do outro, paralelamente ao fosso. As vacas são manejadas individualmente, sem interferência no tráfego das demais.
· A ordenha de um animal independe da outra (se um animal acaba de ser ordenhado, ele sai por uma “portinha” e já pode entrar a outra). 
· Operacionalmente não é eficiente (há necessidade de muitos funcionários para controlar a entrada e saída dos animais). 
· Estruturalmente, a diferença entre o modelo “Passagem” e “Tandem” é que na sala de ordenha “Tandem” possui passagem individual para que as vacas entram e saiam da ordenha independente das outras. 
· Espinha de peixe (mais comum)
· As vacas ficam posicionadas em um ângulo de 30° ou mais, em relação ao fosso de ordenha (em diagonal). Isso favorece a visualização do úbere e dos tetos, fazendo com que os animais ocupem menos espaço na lateral do fosso.
· Cada vaca utiliza 1m de comprimento do fosso. 
· Entra o grupo inteiro e sai ogrupo inteiro (ex: se estão 4 vacas na mesma linha, a 3ª vaca já foi ordenhada, mas a 2ª ainda não, e devido ao modelo da ordenha, mesmo já tendo sido ordenhada, as vacas saem juntas quando todas terminarem).
· Paralela ou “side by side” (lado a lado)
· São encontrados em fazendas intensivas onde a produção de leite é muito alta.
· As vacas ficam perpendiculares ao fosso (90°), uma ao lado da outra. 
· Acesso para colocar a teteira pela parte traseira do animal (entre as duas pernas traseiras). 
· Há a possibilidade de colocar muitas vacas. 
· Aglomeração de muitos animais no momento da ordenha (potencial para estresse das vacas). 
· Necessidade de preocupação com o conforto térmico (instalação de ventiladores na sala de ordenha). 
· Carrossel ou rotatória 
· São encontrados em fazendas intensivas onde a produção de leite é muito alta.
· Proporciona maior velocidade de ordenha e mão de obra reduzida.
· Investimento muito alto. 
· Permite que poucos funcionários ordenhem muitas vacas. 
· Acesso para colocar a teteira pela parte traseira do animal (entre as duas pernas traseiras). 
· Os fossos de trabalho são fixos, ou seja, o colaborador não precisa se deslocar até a vaca, quem desloca é o animal. 
· Modelo muito utilizado na Nova Zelândia, pelo fato da mão de obra ser escassa. 
· Ordenha robótica
· Não há necessidade de manejadores para buscar os animais e realizar a ordenha. 
· O próprio animal vai sozinho e a ordenha é feita pelo robô. 
· Um robô é capaz de ordenhar até 60 vacas por dia. 
· A ordenha robótica pode ser utilizada em qualquer tipo de sistema de produção (pasto, semi-confinamento, confinamento), porém é mais comum encontrar em sistemas de confinamento. 
· Em torno de 500 a 600 mil reais cada robô (preço de 2 anos atrás). 
· Fluxo livre: a vaca escolhe quando visitar o robô e acessar áreas de alimentação e descanso.
· Fluxo guiado: as instalações contam com portões de sentido único, bloqueando a rota entre as áreas de descanso e alimentação. Quando as vacas saem da área de repouso, precisam passar obrigatoriamente pelo robô, que verifica se a vaca deve ou não ser ordenhada de acordo com o intervalo da última ordenha. Depois de passar pela ordenha, a vaca é liberada para a área de alimentação e tem acesso à sala de descanso por outro portão. Ou seja, é estipulado um intervalo de ordenha, e se não tiver dado o tempo de intervalo a vaca irá passar direto e não será ordenhada. 
· Sala de leite
· Sala onde se acondiciona o tanque de expansão até que o laticínio capte o leite. 
· O dimensionamento da sala depende dos equipamentos (tanque). 
· Deve estar em ótimas condições de higiene. 
· Fácil limpeza.
· Parede de azulejo: não é lei, mas facilita. 
· Deve ser ventilada.
· Curral de espera
· Curral onde as vacas irão aguardar para serem ordenhadas 
· Se localiza ao lado da sala de ordenha 
· Espaço muito pequeno e de muita aglomeração (muito estressante) 
· O ideal é que os animais não passem muito tempo no curral de espera, mas enquanto estiverem lá deve-se procurar dar o maior conforto possível nesse momento (ventilação e aspersão, por exemplo) 
· Cada lote deve ficar 1 hora ou menos no curral de espera 
· 1,8 a 2,8 m² por vaca 
· O dimensionamento deve ser feito de acordo com o tamanho médio dos lotes a serem trabalhados. Então se for trabalhar com rebanho de 100 vacas, com 4 lotes, deve-se dimensionar o curral de espera para 25 vacas (100 / 4). 
· Outro ponto a ser avaliado é a capacidade de vacas possíveis de serem ordenhadas por hora pela ordenha
· Deverá ter a mesma largura da sala de ordenha 
· Geralmente o comprimento do curral será maior que a largura 
· O piso de concreto deve ter friso
· Friso: paralelos a cada 8 cm; 1,5 cm de largura x 1,5 cm de profundidade 
· A presença de um aclive (subida) no sentido da ordenha serve de estímulo para que os animais entrem na ordenha 
· Lava-pés 
· Apenas água 
· Lavar os pés 
· Colocar antes do pedilúvio (antes de entrar no curral de espera e depois de sair da sala de ordenha) 
· Quando a vaca pisa na água, terá um estímulo para defecar, então para evitar a deposição de matéria orgânica e contaminação do pedilúvio, deve-se manter uma distância entre lava-pés e pedilúvio 
· Pedilúvio 
· Água e produtos (sulfato de cobre ou formol) 
· Prevenção de problemas de casco e cura de lesões menos graves 
· Corredores 
· Galpão/piquete → sala de ordenha 
· Ficam entre os galpões/confinamentos/piquetes e a sala de ordenha 
· Distância de ida 
· 2 ordenhas: 365 metros 
· 3 ordenhas: 275 metros 
· 4 ordenhas: 185 metros 
· Quanto menor a distância entre sala de ordenha e piquetes/galpão, melhor será 
· Quanto maior o deslocamento da vaca, pior será 
· Quanto mais ordenhas se fizer durante o dia, menor deve ser a distância, pois o número de idas será maior
· Se a fazenda tiver desníveis e optar por colocar degraus, lembrar que o bovino sobe degraus de base larga 
· Vestiários
· Sala de máquinas
· Anexos (curral de manejo, contenção de apalpação, casqueamento, exame, farmácia)
· Não há necessidade de fazer altos investimentos em currais e bretes de contenção para trabalhar com bovinos de leite 
· Existem estruturas mais simples e eficazes para manejar gado de leite, como os troncos coletivos para reprodução das vacas, que é uma estrutura semelhante a espinha de peixe 
→ SETOR DE ALIMENTAÇÃO
· Piquetes para pastejo (lotação contínua x rotativa)
· Lotação x pastejo 
· Métodos mais comuns para produção de leite: 
· Lotação contínua 
· Lotação alternada 
· Lotação ponta-repasse (desponte-rapador) 
· Lotação rotativa 
· Lotação fixa x variável 
· Dimensionamento de piquetes 
· Definir se irá trabalhar com lotação contínua ou lotação rotativa
· Período de pastejo (ocupação) 
· Período de descanso (intervalo de desfolha) 
· Variável (clima, espécie/cultivar, época do ano, fertilização) 
· Número de piquetes = (período de descanso / período de pastejo) + número de lotes 
· Ciclo de pastejo 
· Eficiência de pastejo; taxa de lotação; oferta de forragem 
· Pista de alimentação
· 50 cm x 100 cm 
· 60% mais espaço entre os animais 
· 57% menos agressividade durante a alimentação 
· Acessos ao cocho após 90 minutos do fornecimento de alimento: ↑24% 
· Acessos ao cocho: ↑14% 
· Tempo total de alimentação: ↑10%
· Aumento da densidade animal → redução das distâncias interindividuais → aumento do comportamento agressivo 
· Sem limitação de alimento disponível x Acesso limitado ao alimento (induz todos os animais ao cocho de uma vez só) 
· Espaço mínimo de espaço de cocho por vaca 
· 75 cm → pré-parto e pós-parto (espaço maior) 
· 60 cm → vacas em lactação 
· Onde será disponibilizada a alimentação dos animais 
· Quanto maior for a quantidade de alimentos, maior deve ser o espaço de cocho para cada animal, pois senão haverá muita competição e prejudicará o consumo
· Após um tempo de ter disponibilizado a dieta, deve-se empurrar o alimento para perto da vaca de novo, porque conforme ela vai comendo, vai empurrando para frente e dificulta sua alimentação 
· Silos para grãos
· Silos para volumoso 
· Silo para grão úmido de milho
· Fábrica de ração 
→ SETOR DE DEJETOS 
· Unidade de separação (líquido, sólido, areia)
· Processamento (lagoas de fermentação)
· Armazenagem 
→ SETOR DE ALOJAMENTO DOS ANIMAIS
· Vacas em lactação
· Pasto 
· Semi-confinamento
· Confinamento (piquete ou galpão)
PIQUETE: 
· Confinar animais em piquetes é um grande desafio e geralmente não é uma produção eficiente (barro, estresse térmico, etc) 
· Muito importante garantir sombra para os animais (árvores e sombrites)
· Sombrites demandam manutenção 
· Sombra em sentido norte-sul, com árvores altas e de copa estreita 
· Necessário fazer faixa de sombra no sentido correto 
· Solos com drenagem fácil -> 40 m²/vaca 
· Solos de difícil drenagem -> 60 a 80 m²/vaca
· Solos argilosos -> 300 m²/vaca ??? 
· Corredores de terra 
· Menos que 35 vacas: 4 metros ou mais 
· Mais que 35 vacas: 6 metros 
· Corredores principais: 8 metros 
· Se não quiser ter problemas com barro, o mais idealé confinar as vacas em barracão/galpão
GALPÃO: 
Loosing house; tie stall; free stall; compost barn 
CAMA COLETIVA (loose housing; compost barn) 
· A vaca se deita da forma e onde ela quiser 
· Área de cama livre (maior espaço de cama por vaca) 
LOOSING HOUSE
· Área de cama coletiva sem delimitação com corredor para alimentação 
· Adotado por poucas fazendas 
· A diferença entre o loosing house e o compost barn, é que no loosing house não há manejo de cama 
COMPOST BARN
· Compost bedded pack barn (estábulo com compostagem) 
· Área de cama coletiva livre 
· Material orgânico + dejetos dos animais 
· Compostagem aeróbica: CO2 + H2O + calor 
· Material da cama: 
· Boa relação carbono nitrogênio (C:N) (> 30:1) 
· Tamanho médio (3-5 cm comprimento x 2-3 mm espessura) 
· Boa capacidade de absorção de água 
· Liberação fácil de calor 
· Disponibilidade na região 
· Não adianta querer usar casca de café numa região onde não tem muita plantação de café 
· Obrigatoriamente a cama deve ser feita de material orgânico para fazer a compostagem 
· Nem tudo que é orgânico irá ter uma boa compostagem, então o mais recomendado são os resíduos de madeira 
· O material não pode ser nem de partículas grandes (dificuldade de absorção de umidade) e nem de partículas muito pequenas (alto risco de compactação)
· Resíduos de madeira (serragem, maravalha, pó de serra, cavaco) 
· Pó de serra e cavaco são menos eficientes 
· Casca de amendoim 
· Casca de café 
· Resíduos de cultura (palha de trigo, palha de soja) 
· Cuidado com bagaço de cana, pois pode acontecer fermentação ao invés de compostagem, e é prejudicial 
· Manejo de cama:
· Consiste em revirar a cama 
· Feito enquanto os animais estão na ordenha 
· Revirar a camada decomposta todos os dias
· Revolvimento → incorporar dejetos, aerar, secar 
· No mínimo 1 vez ao dia
· Idealmente pelo menos 2 vezes ao dia
· O objetivo é incorporar os dejetos dos animais no material da cama 
· Implementos que podem ser usados para revolver a cama: 
· Escarificador, enxada rotativa ou implemento específico para isso 
· Início da cama: 30 a 45 cm 
· Reposição da cama: 5 a 10 cm; 2 a 5 semanas 
· Deve acrescentar mais material na cama quando ver que está chegando na fase final de decomposição 
· A fase final de decomposição é analisada através da temperatura e umidade 
· Temperatura: 
· 43,3 a 65,0°C 
· Ótimo: 45,0 a 55,0°C 
· Umidade: 
· 40 a 60% 
· A temperatura deve ser medida em áreas mais internas da cama, e não na superfície, pois a superfície possui a mesma temperatura do ambiente 
· Se a temperatura está baixa significa que a cama não está se decompondo, e isso pode ser por diversos motivos (problemas na umidade ou porque a cama já chegou na fase final de decomposição) 
· Se a cama já tiver chegado na fase final de decomposição, haverá necessidade de acrescentar uma camada nova de cama 
· Na época do frio, a temperatura é baixa e falta umidade, então a decomposição da cama é muito lenta 
· Na época quente, a temperatura e a umidade são altas, então a decomposição é rápida e precisa adicionar camada de cama com maior frequência 
· O ideal é colocar os bebedouros fora da cama, para que não fique molhada quando os animais forem beber água 
· Os ventiladores servem tanto para garantir conforto para as vacas, quanto para secar a cama quando a umidade estiver muito alta 
· Independentemente do tipo de galpão, podem ter sistemas de ventilação por pressão positiva ou pressão negativa 
· Pressão positiva 
· O ar é forçado por meio de ventiladores de fora para dentro. 
· O gradiente de pressão do ar é de fora para dentro da instalação, de forma que o ar entra por meio de aberturas
· Pressão negativa
· Neste processo o ar é forçado por meio de ventiladores (exaustores) de dentro para fora, criando um vácuo parcial dentro da instalação. 
· Cria uma diferença de pressão do ar do lado de dentro e do lado de fora e o ar sai por meio de aberturas.
· Num sistema de pressão negativa, deve-se deixar os animais pré-parto, pós-parto e alta produção perto das placas evaporativas, ou seja, os lotes mais propensos a sofrerem estresse térmico devem ficar mais próximos das placas evaporativas 
· O sistema de pressão negativa faz muita diferença na ambiência do galpão, mas a localização das placas evaporativas e exaustores também fazem diferença, sendo que a temperatura será menor nas regiões onde estarão as placas evaporativas 
CAMAS INDIVIDUAIS (tie stall; free stall) 
· Depende do tamanho do animal, da raça e ordem de parto 
· Medidas de fácil mensuração 
· Altura de garupa 
· Distância entre íleos 
· Um grande problema é a falta de padrão nas construções, então a maioria dos projetos são mal planejados 
· A dimensão da cama deve ter uma largura e comprimento adequados, além de um espaço na frente para que o animal coloque a cabeça 
· Deve-se levar em consideração o espaço que o animal precisa para se levantar da cama 
TIE STALL
· Instalações de confinamento individualizadas 
· Baias individualizadas providas de bebedouro (taças de água) e cocho para alimentação 
· Rebanhos pequenos ou rebanhos de pesquisa 
· Pouco encontrado nas fazendas 
· Encontrado em fazendas pequenas ou mais antigas
· Fazendas de genética e fazendas de pesquisas experimentais 
· As vacas ficam presas por um colar, mas não são privadas de movimento, apenas não conseguem sair de suas determinadas camas e irem para outras camas ou para o lado externo 
· Presença de barras divisórias entre as camas
· Muito manejo 
· Operacional muito difícil 
· Para ir para a ordenha, deve soltar uma por uma 
· O material usado na cama pode ser palha, areia, colchões próprios 
· O tipo de cama mais confortável é a areia 
· A areia é mais confortável que o colchão, porém o colchão é mais simples de manejar (lavar, etc)
· Deve ter uma mureta para delimitar a cama da área de pista de alimentação, evitando assim a entrada de alimento na cama 
· Pista de alimentação 
· 10 cm em relação à cama 
· 60 cm de largura (largura da cama) 
· Colocar barras de choque de baixa intensidade acima do animal, para evitar que ele chegue muito para frente, pois se ele chegar muito pra frente vai urinar e defecar na cama 
· Treinamento: barra de choque 5 cm acima do animal 
· Rotina: barra de choque 10 cm acima do animal 
· Existem canaletas para cair a urina e as fezes 
· O ideal é não deixar que a vaca urine e defeque na cama 
· Declividade da cama 
· Inclinação de 2 a 3% do comprimento da baia 
· Largura da cama
· 127 a 152 cm 
· Um pouco acima do mínimo (2 x distância entre íleos) 
 
FREE STALL
· A diferença entre o tie stall e o free stall, é que no free stall o animal não é fixado em determinada cama, então ficando livre se deitar em qualquer cama 
· Meta → alta densidade em ambiente confortável 
· Mais condizente com grandes rebanhos
(> 60 vacas) 
· Alta produção 
· Observar facilidade de trabalho de limpeza e distribuição de alimento 
· Elevado custo 
· Mais encontrado que o tie stall 
· Presença de barras divisórias entre as camas
· O corredor de alimentação deve ser mais largo para não interromper o fluxo de animais enquanto tem vaca comendo 
· Necessário ter uma “descaída” 
· Uma parte do galpão deve ser mais baixa que outra, para que os dejetos desçam por baixo da estrutura e caiam nas caixas coletoras 
· Linha de cama simples 
· Linha de cama dupla 
· Geralmente o mais encontrado é a linha de cama dupla, em que uma vaca se deita de frente para outra
· Linha de cama tripla 
· Linha dupla + linha simples no fundo 
· Declividade da cama
· Cabeça em direção a cauda
· 1 a 4%
· A barra de contenção do pescoço deve ser bem colocada, senão a vaca terá dificuldade para entrar e sair na cama, podendo inclusive se machucar 
· Analisar o comportamento das vacas 40 a 60 minutos após saírem da ordenha: 
· Fazer avaliação de todas que não estiverem bebendo água ou comendo
· Exemplo: num barracão com 100 animais, tem 3 bebendo água e 2 comendo, então avalia-se 95 animais
· O ideal é que pelo menos 85% dosanimais avaliados estejam deitados na cama 
· Então dos 95 animais avaliados, pelo menos 85% devem estar deitados na cama 
· O que não é ideal?
· Vacas batendo nas divisórias ou contenção de pescoço quando deitam ou levantam, fazendo esforço para levantar 
· Vacas metade dentro e metade fora das baias 
· Vacas ou baias sujas 
· Vacas deitadas nos corredores, preferindo a sujeira
· OBS: logicamente num barracão com 100 camas, cabem 100 vacas 
· Muitas vezes se depara com fazendas que tem 100 camas, mas colocam 120 ou 140 vacas, ou seja, causam a superlotação do galpão 
· Vaca seca
· Maternidade
· Piquete, baia 
· Recria 
· Bezerreiro, piquetes

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