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Principais métodos utilizados no descarte dos resíduos químicos e biológicos!

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
Disciplina: Biossegurança e ergonomia
Professora: Maria Betânia Melo de Oliveira
DISCENTE: Letícia Kariny Teles Deusdará
Métodos utilizados no descarte dos resíduos químicos e biológicos
Descarte de resíduos químicos líquidos:
Os não perigosos como soluções aquosas de sais inorgânicos de metais alcalinos e
alcalinos terrosos(NaCl, KCl, CaCl2, MgCl2, Na2SO4, MgSO4 e tampões PO43-), podem
ser descartados diretamente na rede de esgoto, respeitando-se os limites estabelecidos nos
decretos estaduais. Resíduos químicos líquidos perigosos e materiais que não foram
misturados com outras substâncias devem ser mantidos nas embalagens originais. Na
impossibilidade da utilização da embalagem original e para acondicionar misturas, deverão
ser usados galões e bombonas de plástico rígido resistente e estanques, com tampa
rosqueada e vedante. Deve-se encher o frasco somente até 90% da sua capacidade.
Quando forem utilizadas bombonas ou galões de 20 litros ou mais, estes devem ser
preenchidos até 3/4 da capacidade total. Soluções de ácidos ou bases inorgânicas como
H2SO4, HCl, H3PO4, HNO3, KOH, NaOH, Na2CO3, K2CO3, NaHCO3, KHCO3, devem ser
diluídas e neutralizadas, para então serem desprezadas na rede de esgoto, desde que não
contaminados com outros produtos, respeitando-se os limites estabelecidos nos decretos
estaduais. Soluções de sais de metais de transição como prata, chumbo, mercúrio, cromo,
ósmio, etc, podem ser misturados em recipientes identificados. Cada recipiente deve ser
corretamente identificado. No descarte, os materiais podem ser precipitados e filtrados. A
fase líquida deverá ter destinação adequada, conforme sua composição, e o precipitado
deverá ser descartado como resíduo químico sólido. Em caso de solventes orgânicos não
halogenados, como álcoois, fenóis, acetona e hidrocarbonetos, como hexano, ciclo-hexano,
pentano, etc., éteres, benzeno (benzol), tolueno (toluol), xileno (xilol) e derivados, desde
que não contenham material radioativo, podem ser misturados em recipientes identificados.
Soluções aquosas de solventes orgânicos, como álcoois, formol, rodamina B, brometo de
etídio e iodeto de propídio em solução aquosa podem ser misturados em recipientes
identificados, Solventes orgânicos halogenados, como tetracloreto de carbono, clorofórmio,
diclorometano, dicloroetano, iodeto de bromo e iodeto de iodo derivados ou soluções
orgânicas que os contenham, podem ser misturados em recipiente identificado. Soluções
contendo acetonitrila devem ser armazenadas em um recipiente identificado separado. Em
caso de utilização de frascos de volume inferior a 20 litros, os frascos deverão ser
acondicionados em caixa de papelão de tamanho compatível, que será lacrada e etiquetada
para identificação de resíduos químicos. Colocar em cada caixa apenas reagentes do
mesmo grupo de risco respeitando-se possível incompatibilidade dos produtos. Não
aproveitar o espaço em uma caixa para colocação de substâncias de grupos diferentes.
Para evitar o atrito entre os frascos, colocar jornal ou papelão entre eles.
Descarte de resíduos químicos sólidos:
Perfurocortantes contaminados por agentes químicos perigosos devem ser coletados no
local de geração em caixa para perfurocortante com a inscrição para identificação bem
visível ou em caixa específica para produtos químicos. Sempre deve ser colado ou
impresso o símbolo universal do risco químico associado ao produto. Quando o conteúdo
atingir a marca limite tracejada na caixa, esta deverá ser fechada, identificada com o
preenchimento da etiqueta utilizada para resíduos químicos. No campo “descrição”,
descrever qual o material descartado e o químico contaminante. No campo “tipo”, assinalar
“resíduo seco”. Serão, então, armazenados em local protegido até a chamada para
recolhimento de resíduos químicos. Outros resíduos sólidos contendo químicos perigosos,
como filtros com precipitado perigoso, embalagens secundárias contaminadas, frascos e
luvas utilizadas no manuseio de substâncias perigosas devem ser acondicionados em
recipientes de material rígido, como caixa para perfurocortante. A caixa deve ser lacrada e
receber identificação com etiqueta para resíduos químicos. Será armazenada em local
protegido até o seu recolhimento. Resíduos úmidos podem ser ensacados e os sacos
fechados e depositados na caixa de descarte. Medicamentos vencidos, como
medicamentos hormonais, antimicrobianos, citostáticos, antineoplásicos,
imunossupressores, digitálicos, imunomoduladores, anti-retrovirais vencidos ou o resíduo de
seus produtos são potenciais riscos à saúde pública e ao meio ambiente, destarte, o seu
descarte deverá seguir as orientações de segregação e acondicionamento de resíduos
químicos. Os demais medicamentos, uma vez descaracterizados (retirados da embalagem
e triturados ou dissolvidos), podem ser descartados como resíduos comuns na rede de
esgoto.
Envio do material preparado para descarte:
As bombonas com solventes e soluções deverão apresentar perfeito estado de
conservação. Deve haver a vedação de tampas originais. Externamente ao recipiente,
colocar a etiqueta de declaração de conteúdo e simbologia de risco. Os frascos de vidro
com substâncias para descarte, deverão ter identificação das substâncias que contêm.
Serão acondicionados em caixas de papelão ou plástico em tamanho compatível, com os
espaços vazios preenchidos com jornal para que os frascos não se choquem dentro das
caixas. No exterior da caixa, colocar a etiqueta de declaração de conteúdo. Por questão de
segurança, a cada chamada encaminhar para descarte todas as bombonas com resíduos
armazenados, ainda que o volume existente seja pequeno. Juntamente com todo o material
a ser descartado, os laboratórios deverão encaminhar a “Ficha para inventário de resíduos”
devidamente preenchida e uma ficha de informações de segurança de produtos químicos
(FISPQ) que foram gerados no laboratório. No caso de descarte de produtos vencidos nas
embalagens originais, pode ser usada a FISPQ do fornecedor do produto, com a indicação
de que o emissor é o laboratório de origem do resíduo.
Descarte de resíduos biológicos:
É obrigatória a segregação dos resíduos no momento da geração submetendo-os à
inativação microbiana quando necessário, na própria unidade geradora. Os resíduos devem
ser acondicionados em sacos de cor branca, contendo a simbologia universal de risco
biológico de tamanho compatível com a quantidade. Existe um lacre próprio para o
fechamento, sendo terminantemente proibido o esvaziamento e reaproveitamento dos
sacos. A substituição do saco deve ocorrer quando forem atingidos 2/3 de sua capacidade,
pelo menos uma vez a cada 24 horas. Todos os sacos devem ser devidamente identificados
e preenchidos contendo o nome do responsável pelo LIM ou departamento no campo
“gerador”, número do LIM ou nome do Departamento (“unidade”) e data do descarte do
saco (“data”). Serão coletados pelo órgão municipal competente e submetidos a tratamento
de inativação microbiana (desativação eletrotérmica). Posteriormente, encaminhados para o
aterro sanitário licenciado para disposição final de resíduos de serviços de saúde, exceto
carcaças de animais, que serão encaminhadas para cremação e peças anatômicas
humanas que serão enviadas ao SVOC(Serviço de verificação de óbitos da capital). Os
sacos de resíduos infectantes devem ser lacrados antes do descarte.
Resíduos infectantes que devem obrigatoriamente receber tratamento antes
do descarte:
Culturas, estoques de microrganismos e instrumentais utilizados para transferência,
inoculação ou mistura dos mesmos; resíduos de manipulação genética; resíduos de
fabricação de produtos biológicos, como culturas de tecidos exceto os hemoderivados;
vacinas de agentes vivos ou atenuados; bolsas transfusionais contendo sangue, rejeitadas
por contaminação, má conservação ou vencidas; sobras de amostras de laboratório
contendo sangue ou líquidos corpóreos.
Resíduos sólidos coletados em sacos para autoclavagem:
Precisam ficar semi-abertos durante o tratamento para reduçãoou eliminação da carga
microbiana compatível com Nível III de Inativação. Após resfriamento, os sacos serão
fechados e acondicionados no interior de sacos brancos para resíduos infectantes; lacrados
e identificados pelo preenchimento dos campos da etiqueta; armazenados em recipiente
rígido até a coleta. Resíduos Líquidos acondicionados em frascos resistentes à
autoclavagem o preenchimento não deve superior a 2/3 de sua capacidade e com a tampa
colocada sobre o frasco, de modo a permitir a saída do ar. Após resfriamento, o conteúdo
dos frascos poderá ser eliminado no sistema de coleta de esgoto; enxaguar a pia após
descarte. A redução ou eliminação da carga microbiana através de desinfecção química é
uma alternativa à autoclavagem e, caso venha a ser escolhida, deverá ser procedida
conforme orientação da cartilha. Na possibilidade de utilização da autoclavagem, esta
deverá ser preferida pela redução dos impactos ambientais.
Resíduos infectantes que não necessitam de tratamento antes do descarte:
Recipientes e materiais contaminados provenientes da manipulação de amostras humanas,
animais, bolsas transfusionais vazias ou com volume residual, filtros de ar e gases
aspirados de área contaminada, membrana filtrante de equipamento de pesquisa e outros
similares devem ser acondicionados em sacos brancos, lacrados, identificados e
armazenados em recipiente rígido até a coleta. O resíduo infectante deve ser identificado e
lacrado antes do descarte.
Descarte de peças anatômicas humanas:
As peças anatômicas deverão ser acondicionadas em saco branco, sem quaisquer outros
tipos de resíduos misturados. Deve-se considerar o peso das peças e o líquido livre que
pode se formar e, se necessário, utilizar um saco dentro do outro para embalagem. Os
sacos deverão ser fechados individualmente e o saco externo identificado conforme a
orientação para resíduos infectantes. Acrescentar a identificação na inscrição e listar quais
peças estão sendo encaminhadas e suas quantidades. A etiqueta de identificação deve
indicar os resíduos infectantes, a unidade de origem e a data de saída. Órgãos, vísceras e
tecidos podem ser embalados em saco contendo várias peças. No caso de membros, cada
peça deve ser ensacada isoladamente e o nome do paciente deve ser anotado no exterior
do saco. Após prévio acordo, estes resíduos devem ser encaminhados ao Serviço de
Verificação de Óbitos da Capital.
Descarte de carcaças e peças anatômicas de animais:
Devem ser acondicionadas e identificadas com etiqueta própria para descarte de carcaças,
As carcaças de animais que foram utilizados em experimentos com material radioativo
deverão ser monitoradas e, apresentando radioatividade até o limite de isenção, serão
descartadas conforme o procedimento já descrito. Caso apresentem radioatividade maior
que o limite de isenção devem ser encaminhadas ao SVOC – Serviço de Verificação de
Óbitos da Capital. Devem ser colocadas em sacos brancos identificados com a etiqueta
para descarte de carcaças e etiqueta para material radioativo com todas as informações
preenchidas;Deve ser feito o cálculo para o prazo de decaimento de acordo com a meia
vida do elemento utilizado. Os sacos devem ser acondicionados em freezer ou câmara fria.
Antes do descarte das carcaças, estas deverão ser monitorada com contador Geiger-Müller
de superfície, caso o valor medido permita o descarte, a etiqueta com o símbolo da
radioatividade deverá ser retirada e os sacos poderão ser descartados normalmente. A
coleta só será realizada se as carcaças estiverem devidamente embaladas e identificadas e
o transporte das carcaças até a câmara fria do abrigo de resíduos será feito exclusivamente
pela empresa contratada.

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