Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PROTOCOLO DE BIOSSEGURANÇA E PREVENÇÃO À INFECÇÃO COVID-19 EM CLÍNICAS E LABORATÓRIOS ODONTOLÓGICOS DA UNESP Proibida alteração e cópia total ou parcial sem citação da fonte Autor: Grupo de Estudos de Biossegurança em Odontologia Versão: 2.0 Data de Elaboração: 16/08/2021 Página 1 de 77 NORMAS GERAIS A quem se destina: Gestores, docentes, pesquisadores, servidores técnico-administrativos e discentes dos cursos de Odontologia da Unesp. Objetivo: As instituições de ensino superior, de modo articulado com outros setores da sociedade tem um papel fundamental no esforço de prevenir a introdução e a disseminação da COVID-19 na comunidade local. A presente recomendação objetiva incentivar a adoção de medidas para prevenção da transmissão da COVID-19 no âmbito da Universidade e com foco nos atendimentos presenciais de Odontologia. 1. RISCOS OCUPACIONAIS E DE TRANSMISSÃO DA DOENÇA NA ODONTOLOGIA A assistência odontológica apresenta um considerável risco ocupacional para a equipe de saúde bucal, por causa da disseminação do SARS-CoV-2 pelas características peculiares do ambiente de trabalho, desde que não obedecidas as Normas de Biossegurança. Além do alto grau de infectividade do vírus, verifica-se que os indivíduos contaminados - sintomáticos ou não - possuem elevada carga viral nas vias aéreas superiores, o que aumenta em muito a exposição do profissional através da geração de aerossóis durante os procedimentos odontológicos para além da proximidade com o paciente. ⁶ Os procedimentos odontológicos, em sua grande maioria, são produtores de aerossóis. A OMS e a ANVISA fazem recomendações específicas para estes procedimentos: são recomendados dentro das precauções padrão - além da higienização das mãos - uso de avental, gorro, óculos, protetor facial, e também o uso de máscara PFF2 sem válvula exalatória ou N95. PROTOCOLO DE BIOSSEGURANÇA E PREVENÇÃO À INFECÇÃO COVID-19 EM CLÍNICAS E LABORATÓRIOS ODONTOLÓGICOS DA UNESP Proibida alteração e cópia total ou parcial sem citação da fonte Autor: Grupo de Estudos de Biossegurança em Odontologia Versão: 2.0 Data de Elaboração: 16/08/2021 Página 2 de 77 1.1. Contaminação Cruzada A contaminação cruzada em ambiente clínico pode ser conceituada como a transmissão de agentes infecciosos entre pacientes e equipe (e vice-versa) e pode ocorrer: ● Dos pacientes para o profissional e equipe odontológica auxiliar; ● Dos profissionais e equipe auxiliar para os pacientes; ● De um paciente para outro, via pessoal ou instrumentais odontológicos; ● Via fômites, podendo atingir tanto pacientes quanto pessoal de serviço, incluindo os dos laboratórios de prótese. “O princípio fundamental em tempos de COVID-19 é “TRABALHE COMO SE TODOS (pacientes e profissionais) ESTIVESSEM CONTAMINADOS”. Para prevenir riscos, é necessária, minimamente, a adoção das medidas de precaução padrão.”⁶ PROTOCOLO DE BIOSSEGURANÇA E PREVENÇÃO À INFECÇÃO COVID-19 EM CLÍNICAS E LABORATÓRIOS ODONTOLÓGICOS DA UNESP Proibida alteração e cópia total ou parcial sem citação da fonte Autor: Grupo de Estudos de Biossegurança em Odontologia Versão: 2.0 Data de Elaboração: 16/08/2021 Página 3 de 77 2. FLUXO DE PACIENTES 2.1. Condutas nas Seções de Triagem ● Orientações via telefone: - ao realizar o agendamento via telefone da consulta informar que, caso esteja com sintomas gripais (tosse, coriza, espirrando, ou com febre) e seu caso não caracterizar urgência, seu atendimento deve ser agendado para nova data. E, nesta situação, o paciente deve procurar aconselhamento médico; - caso o paciente não apresente sintomas gripais, solicitar que compareça para o atendimento fazendo uso de máscara facial (informar que serão necessárias 2 máscaras faciais - 1 utilizada para vir até a Unesp e outra para ser colocada após o atendimento odontológico), sacola plástica/papel para armazenamento da mesma durante atendimento odontológico e que esta somente poderá ser removida na sala de atendimento clínico. Esta máscara deve ser mantida em saco plástico ou de papel (descartável) após ser retirada para o atendimento, portanto, o próprio paciente deve trazer saco plástico ou de papel para o armazenamento de sua máscara facial; - que venha preferencialmente sozinho. Caso necessite de acompanhante, que seja único; - orientar que bolsas, sacolas e pastas podem transportar vírus e bactérias. Solicitar que o paciente traga o mínimo de pertences, e que estes sejam colocados dentro de sacola plástica (que deve ser trazida pelo próprio paciente) antes de entrar na clínica odontológica. Após o término do atendimento e ao sair do ambiente de clínica, o saco plástico deve ser descartado em lixo infectante disponibilizado pela instituição. ● Atendimento presencial: - manter distância de segurança de 1,5 m entre pessoas em todos os ambientes - cadeiras devem ser organizadas respeitando o distanciamento; - manter ambiente arejado com ventilação natural; PROTOCOLO DE BIOSSEGURANÇA E PREVENÇÃO À INFECÇÃO COVID-19 EM CLÍNICAS E LABORATÓRIOS ODONTOLÓGICOS DA UNESP Proibida alteração e cópia total ou parcial sem citação da fonte Autor: Grupo de Estudos de Biossegurança em Odontologia Versão: 2.0 Data de Elaboração: 16/08/2021 Página 4 de 77 - estimular a higienização das mãos dos usuários assim que chegarem à Seção de Triagem (passar álcool-gel espalhando e friccionando uma mão na outra até secagem total do álcool); - não cumprimentar com as mãos ou com toque no rosto; - funcionário da Seção de Triagem verificará a temperatura corporal dos pacientes, através de termômetro de aproximação; caso o paciente apresente estado febril (T≥37,3ºC) ou febre (T≥37,8ºC), orientar que o mesmo deve procurar orientação médica e reagendar seu atendimento odontológico; - funcionário escalado para verificação de Tº dos pacientes deverá estar paramentado com EPIs adequados; - prover película protetora nos balcões de atendimento da Seção; - manter distanciamento mínimo de 1,5m entre os funcionários da Seção; - proteger com barreiras físicas teclados, telefones, impressoras e todos os equipamentos com reentrâncias de uso comum, que deve ser higienizada a cada uso (antes e depois), com álcool a 70% e papel toalha descartável; - estabelecer horários de atendimento reduzidos e horários para limpeza e higienização do ambiente (conforme Protocolo de Limpeza e Higienização de Áreas); 2.2. Condutas no Fluxo Interno 2.2.1. Encaminhamento às clínicas ● os pacientes devem ser orientados a se encaminharem diretamente para as clínicas em que serão atendidos, sendo estritamente proibido circular em outras áreas da Unidade; ● orientar para que não usem os elevadores, exceto em casos de real necessidade; PROTOCOLO DE BIOSSEGURANÇA E PREVENÇÃO À INFECÇÃO COVID-19 EM CLÍNICAS E LABORATÓRIOS ODONTOLÓGICOS DA UNESP Proibida alteração e cópia total ou parcial sem citação da fonte Autor: Grupo de Estudos de Biossegurança em Odontologia Versão: 2.0 Data de Elaboração: 16/08/2021 Página 5 de 77 ● as clínicas devem estar identificadas de forma clara e simples para que as pessoas não se percam no trajeto para as mesmas; ● orientar para que evitem tocar paredes, corrimãos - caso o mesmo seja necessário, orientar lavagem das mãos e/ou uso de álcool gel; 2.2.2. Elevadores ● Evitar a utilização de elevadores (respeitar limite de duas pessoas por vez e desde que tenham convívio próximo prévio); ● Caso precise descer apenas dois andares ou subir um único pavimento opte pelas escadas. Evite o elevador. ● Acione quaisquer botões e comandos com o auxílio de um lençode papel descartável. ● Ao viajar no elevador evite encostar nas paredes da cabine. ● Dispensador de álcool em gel deve ser instalado na parte interna da câmara do elevador; ● Cartaz informativo deve ser fixado na parte externa e interna de elevadores 2.2.3. Distanciamento entre pessoas ● Está recomendado o distanciamento mínimo de 1,5m entre pessoas - a permanência de contato em distância menor que esta por 30 min se caracteriza como contato próximo. 2.2.4. Recepções das clínicas ● manter ambientes com ventilação natural; PROTOCOLO DE BIOSSEGURANÇA E PREVENÇÃO À INFECÇÃO COVID-19 EM CLÍNICAS E LABORATÓRIOS ODONTOLÓGICOS DA UNESP Proibida alteração e cópia total ou parcial sem citação da fonte Autor: Grupo de Estudos de Biossegurança em Odontologia Versão: 2.0 Data de Elaboração: 16/08/2021 Página 6 de 77 ● retirar revistas, brinquedos, jornais, materiais informativos em papel e qualquer outro que não seja essencial; ● avisos em forma de cartaz devem ser de material adesivo impermeável que possibilite limpeza adequada; ● utilizar cadeiras em material impermeável que possibilite limpeza adequada; ● manter distanciamento mínimo de 1,5m entre as cadeiras; ● sinalizar diretamente no piso o distanciamento mínimo; ● retirar todas as plantas e enfeites; ● disponibilizar papel toalha descartável; ● disponibilizar lixeira infectante com tampa e acionamento por pedal; ● disponibilizar local para lavagem das mãos e/ou dispensador de parede com álcool em gel; ● prever horários de limpeza e higienização desses ambientes; ● banheiros das recepções devem estar abastecidos minimamente com sabonete para mãos em dispensadores de parede, papel toalha em folha em dispensadores de parede, lixeiras com tampa e acionamento por pedal, cartaz e/ou placa de lavagem das mãos; Verificar cartaz Lavagem das Mãos - Anexo 05 - e Xo Vírus - Anexo 07 2.2.5. Acompanhantes de pacientes ● Permitir entrada de acompanhantes apenas em casos extremamente necessários e previstos em lei; ● Manter todas as recomendações feitas aos pacientes; ● Caso não seja possível acomodar o acompanhante em sala de espera solicitar que aguarde em área externa, que deve ser delimitada e preparada para acomodar essas pessoas em cada Unidade Universitária; ● Aglomerações e contato próximo devem ser fortemente evitados e fiscalizados; 2.2.6. Agendamentos PROTOCOLO DE BIOSSEGURANÇA E PREVENÇÃO À INFECÇÃO COVID-19 EM CLÍNICAS E LABORATÓRIOS ODONTOLÓGICOS DA UNESP Proibida alteração e cópia total ou parcial sem citação da fonte Autor: Grupo de Estudos de Biossegurança em Odontologia Versão: 2.0 Data de Elaboração: 16/08/2021 Página 7 de 77 ● devem ser feitos preferencialmente por telefone ou meios digitais, para evitar a circulação de pessoas e contaminações; 2.2.7. Material informativo mínimo: ● Cartaz de Higienização das Mãos; Verificar cartaz “Lavagem das Mãos” - Anexo 05 ● Cartaz de Etiqueta Respiratória; Verificar cartaz “Etiqueta Respiratória” - Anexo 04 ● Cartaz de Paramentação/Desparamentação; Verificar cartaz de Paramentação x Desparamentação - Anexo 01 ● Cartaz ou placa para Elevadores; Verificar cartaz “Elevadores”- Anexo 08 ● Cartaz com orientações para uso de Máscaras Faciais; Verificar cartaz “Uso de Máscara Caseira”- Anexo 06. PROTOCOLO DE BIOSSEGURANÇA E PREVENÇÃO À INFECÇÃO COVID-19 EM CLÍNICAS E LABORATÓRIOS ODONTOLÓGICOS DA UNESP Proibida alteração e cópia total ou parcial sem citação da fonte Autor: Grupo de Estudos de Biossegurança em Odontologia Versão: 2.0 Data de Elaboração: 16/08/2021 Página 8 de 77 3. NORMAS GERAIS EM CLÍNICAS ODONTOLÓGICAS 3.1. Proteção da equipe de saúde A higiene das mãos é uma das medidas mais importantes para evitar a disseminação de doenças, tem um papel fundamental no momento atual e deve ser realizada nos seguintes momentos (5 momentos): 1. Antes de entrar em contato com o paciente; 2. Imediatamente antes de qualquer procedimento asséptico; 3. Imediatamente após risco de exposição a fluidos corporais (saliva e sangue); 4. Após o contato com o paciente, superfícies e objetos próximos a ele, e ao sair da sala de atendimento; 5. Após tocar qualquer objeto, mobília e outras superfícies nas proximidades do paciente, ainda que não tenha entrado em contato direto com o mesmo. 3.2. Imunização Todos profissionais de saúde devem ser imunizados e comprovar imunização. A vacinação deve ser registrada no prontuário clínico individual do trabalhador ou estudante, que deve ser mantido disponível para inspeção ou fiscalização do trabalho. 3.2.1. Vacinação ● Hepatite B – É administrada em três doses. Via intramuscular, com intervalo de 0, 1 e 6 meses. É indicado fazer o Anti-HBs a cada três anos para documentar a viragem sorológica e ratificar a imunidade para a Hepatite B. ● Gripe (Influenza) – É administrada em dose única anualmente. Via intramuscular. É especialmente recomendada aos profissionais de saúde e professores. PROTOCOLO DE BIOSSEGURANÇA E PREVENÇÃO À INFECÇÃO COVID-19 EM CLÍNICAS E LABORATÓRIOS ODONTOLÓGICOS DA UNESP Proibida alteração e cópia total ou parcial sem citação da fonte Autor: Grupo de Estudos de Biossegurança em Odontologia Versão: 2.0 Data de Elaboração: 16/08/2021 Página 9 de 77 ● Tétano e Difteria (dT adulto ou toxóide tetânico) – É administrada em três doses, via intramuscular com intervalo de 0, 2 e 4-8 meses. O reforço deve ser feito em dose única a cada 10 anos. ● Rubéola, Sarampo e Caxumba (MMR Tríplice Viral) – A profilaxia contra sarampo, caxumba e rubéola pode ser feita com a MMR (SRC ou "tríplice viral"). Trata-se de uma suspensão de vírus vivos atenuados e veiculados em um meio estéril, destinada à aplicação por via intramuscular ou subcutânea. A administração simultânea destes componentes é tão eficaz (>95%) quanto o uso de cada vacina isolada ("monovalente"), com a vantagem de reduzir o número de aplicações. É contraindicada na gestação e recomenda-se evitar gestação até um mês após receber a vacina. Contraindicada para alérgico a ovo e/ou neomicina. ● Tuberculose (BCG) – Apesar de não existir estudos que comprovem sua eficiência na fase adulta, ainda hoje existem indicações da BCG (Bacille Calmette-Guérin) para prevenção da tuberculose em profissionais de saúde, caso este não tenha sido imunizado na infância. ● Hepatite A – É administrada em duas doses com intervalo de 0-6 meses. Via intramuscular. Deve ser considerada para profissionais de saúde que manipulam alimentos, profissionais que trabalham em unidades neonatais, creches e com pacientes institucionalizados. Indicada na profilaxia pós-exposição. http://www.cives.ufrj.br/informacao/sarampo/sarampo-iv.html http://www.cives.ufrj.br/informacao/caxumba/caxumba-iv.html http://www.cives.ufrj.br/informacao/rubeola/rubeola-iv.html PROTOCOLO DE BIOSSEGURANÇA E PREVENÇÃO À INFECÇÃO COVID-19 EM CLÍNICAS E LABORATÓRIOS ODONTOLÓGICOS DA UNESP Proibida alteração e cópia total ou parcial sem citação da fonte Autor: Grupo de Estudos de Biossegurança em Odontologia Versão: 2.0 Data de Elaboração: 16/08/2021 Página 10 de 77 Quadro 01 - CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO SBIm OCUPACIONAL. Recomendações da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) – 2020/2021 (Adaptado) PROTOCOLO DE BIOSSEGURANÇA E PREVENÇÃO À INFECÇÃO COVID-19 EM CLÍNICAS E LABORATÓRIOS ODONTOLÓGICOS DA UNESP Proibida alteração e cópia total ou parcial sem citação da fonte Autor: Grupo de Estudos de Biossegurança em Odontologia Versão: 2.0 Data de Elaboração: 16/08/2021Página 11 de 77 3.3. Equipamentos de proteção individual 3.3.1. Respiradores As peças faciais filtrantes (mínimo PFF2 sem válvula exalatória) ou N95 são respiradores - não máscaras - recomendados para proteção contra aerossóis (partículas menores que 5μm) que contenham partículas não biológicas (poeiras, névoas e fumos), assim como partículas virais (ex: SARS-CoV-2) e outros microorganismos. Estas peças perdem significativamente sua eficiência quando umedecidos e/ou molhados e, portanto, deverão estar recobertos por anteparo facial (viseira, face shield). ● Os respiradores PFF-2 possuem 94% de eficiência no bloqueio de aerossol e equivalem aos modelos N95, que apresentam eficiência de 95% (ABNT/NBR 13698:1996). Ambos os dispositivos são chamados de respiradores. Se mantidos secos tem vida útil de 4 horas de uso ininterrupto, quando utilizados única e exclusivamente. No caso de utilizá-los com outro dispositivo de proteção sobre o mesmo, podem alcançar sobrevida útil maior, que deve ser estabelecida pela Comissão de Biossegurança ou Comissão de Ética Ambiental de cada Unidade. ● Os respiradores podem ser reutilizados pelo mesmo usuário enquanto permanecerem em boas condições de uso (i.e. com vedação adequada) e não estiverem sujos ou contaminados por fluidos corpóreos. Os mesmos devem ser acondicionados após uso em caixas perfuradas, envelopes de papel ou na própria embalagem (desde que integra), tomando o cuidado de não contaminar a parte interna e sempre considerando a parte externa contaminada. O manuseio inadequado transporta patógenos da superfície externa do filtro para a parte interna, reduzindo a vida útil do PFF2 ou N95. ● Os respiradores após serem usados, desde que autorizado o reuso pela Comissão de Biossegurança Local/Comissão de Ética Ambiental Local, devem ser armazenados conforme protocolo específico e nas próprias clínicas, em local indicado pelas Comissões Locais. PROTOCOLO DE BIOSSEGURANÇA E PREVENÇÃO À INFECÇÃO COVID-19 EM CLÍNICAS E LABORATÓRIOS ODONTOLÓGICOS DA UNESP Proibida alteração e cópia total ou parcial sem citação da fonte Autor: Grupo de Estudos de Biossegurança em Odontologia Versão: 2.0 Data de Elaboração: 16/08/2021 Página 12 de 77 ● A máscara cirúrgica NÃO é um EPR (Equipamento de Proteção Respiratória), portanto, o seu uso não protege o usuário de infecções transmitidas por aerossóis já que a vedação facial é precária neste tipo de EPI; ● Nos casos em que se deseja prolongar a vida útil dos respiradores, a utilização de outros dispositivos como o protetor facial é indicada, para reduzir a sujidade e umidade. ● NÃO colocar máscara cirúrgica embaixo dos respiradores, pois isso compromete a vedação do respirador no rosto do usuário. ● A presença de barba, maquiagem ou cicatriz na zona de contato pode comprometer a vedação dos respiradores. ● No caso de descarte deste EPI o mesmo deve ser categorizado como resíduo contaminado/infectante. 3.3.2. Máscara facial Está indicado o uso de máscara facial cirúrgica (EPI) para os profissionais da saúde em ambientes clínicos que não tenham contato com aerossóis. Máscara facial em tecido NÃO deve ser utilizada durante a assistência pelos profissionais de saúde (não é EPI), sendo esta proibida em ambiente clínico. 3.3.3. Óculos de proteção e protetores faciais ● Óculos de Proteção - Todos os membros da equipe odontológica devem utilizar óculos com proteção lateral. Óculos com lentes corretivas comuns não substituem os de proteção, sendo necessário usar os óculos de proteção sobre os de uso comum. Em tempos de COVID-19 recomenda-se o uso de óculos com vedação. ● Viseiras (escudo facial, protetor facial, face shields) - Devem obrigatoriamente vedar o rosto latero-lateralmente de tragus a tragus; inferiormente até a região submandibular, sem ultrapassá- la para não correr o risco de deslocamento para cima quando o profissional abaixar a cabeça durante o procedimento; além de serem vedadas superiormente e colocadas sobre o gorro descartável, para eliminar o risco de penetração do aerossol. PROTOCOLO DE BIOSSEGURANÇA E PREVENÇÃO À INFECÇÃO COVID-19 EM CLÍNICAS E LABORATÓRIOS ODONTOLÓGICOS DA UNESP Proibida alteração e cópia total ou parcial sem citação da fonte Autor: Grupo de Estudos de Biossegurança em Odontologia Versão: 2.0 Data de Elaboração: 16/08/2021 Página 13 de 77 Recomenda-se que todos os membros da equipe odontológica utilizem a viseira sobre o respirador e os óculos. Após o atendimento, as viseiras deverão ser lavadas com sabonetes líquidos germicidas e desinfetadas com solução de hipoclorito de sódio a 1%, enxaguadas e enxugadas com toalhas de papel. 3.3.4. Aventais tipo capote Utilizar aventais descartáveis e impermeáveis com fechamento traseiro. Ao final do atendimento de cada paciente realizar descarte do avental. A gramatura mínima é de 50 g/cm². 3.3.5. Gorros Devem ser descartáveis e hidrorrepelentes, como os usados rotineiramente nas dependências das clínicas, sendo trocados após atendimento de cada paciente. É importante ressaltar que os cabelos devem estar totalmente protegidos no interior do gorro, uma vez que as franjas e “rabos de cavalo” podem servir como reservatório para microrganismos (como SARS-CoV-2) e podem ser contaminados pelos aerossóis produzidos durante o atendimento. Gorros com aberturas traseiras que permitam que o “rabo-de-cavalo” fique exposto não cumprem esta função. Além disso, acessórios como brincos e piercings devem ser removidos antes do atendimento e a orelha recoberta totalmente pelos EPIs. 3.3.6. Luvas ● Luvas de procedimentos e cirúrgicas devem se estender para cobrir e fixar no punho do avental. ● Sobre Luvas devem ser descartáveis. ● Luvas de Borracha cano médio ou longo para higienização de instrumentais e superfícies. 3.3.7. Calçados O calçado deve envolver todo o pé, não deixando à mostra o peito do pé, o calcanhar, ou mesmo as laterais. PROTOCOLO DE BIOSSEGURANÇA E PREVENÇÃO À INFECÇÃO COVID-19 EM CLÍNICAS E LABORATÓRIOS ODONTOLÓGICOS DA UNESP Proibida alteração e cópia total ou parcial sem citação da fonte Autor: Grupo de Estudos de Biossegurança em Odontologia Versão: 2.0 Data de Elaboração: 16/08/2021 Página 14 de 77 3.4. Técnica de Paramentação e Desparamentação Sequência para Paramentação: 1º Avental ou capote (ambos impermeáveis e descartáveis) - gramatura mínima de 50g/cm² 2º Respiradores faciais - N95 ou PFF2 e/ou Máscara facial 3º Óculos de proteção 4º Gorro ou touca descartável - gramatura mínima de 50g/cm² 5º Luvas *caso faça uso do Protetor Facial o mesmo deve ser colocado após o gorro; Sequência para Desparamentação: 1º Luvas 2º Avental ou Capote 3º Gorro 4º Óculos de Proteção 5º Máscara facial / Respiradores faciais - N95 ou PFF2 *caso tenha utilizado Protetor Facial este deve ser retirado após o capote Considerando o grande risco de contaminação dos profissionais da saúde durante o processo de retirada dos EPIs (desparamentação), recomendamos a lavagem rigorosa das mãos sempre que possível, ou a higienização com solução alcoólica em gel a 70% entre as etapas recomendadas. Verificar cartaz de Paramentação x Desparamentação - Anexo 01 3.5. Conduta do profissional paramentado PROTOCOLO DE BIOSSEGURANÇA E PREVENÇÃO À INFECÇÃO COVID-19 EM CLÍNICAS E LABORATÓRIOS ODONTOLÓGICOS DA UNESP Proibida alteração e cópia total ou parcial sem citação da fonte Autor: Grupo de Estudos de Biossegurança em Odontologia Versão: 2.0 Data de Elaboração: 16/08/2021 Página 15 de 77 Antes de iniciar as atividades diárias e entreas trocas de pacientes deve-se realizar a limpeza e desinfecção de todo o ambiente de atendimento clínico e a troca dos EPIs (com exceção do respirador N95 ou PFF2 quando protegido de respingos). Deve-se realizar treinamento para PARAMENTAÇÃO e DESPARAMENTAÇÃO de todos os profissionais de saúde que atuam em clínicas, assim como dos discentes que realizarem atividades práticas. 3.5.1. Discente ● Bolsas devem serem mantidas nos armários ou em sala pré- clínica, não entrar com qualquer tipo de acessórios na clínica. Apenas a maleta com materiais e caixas com instrumentais são permitidas. ● maquiagem, adornos, acessórios estão proibidos nos ambientes de clínicas. ● entrar na clínica, pré-clínica, ou sala de paramentação com a vestimenta estabelecida por cada Unidade como uniforme - roupa branca, pijama cirúrgico, jaleco tecido - e dirigir-se para área de paramentação; Verificar cartaz de Paramentação x Desparamentação - Anexo 01 ● fazer lavagem rigorosa das mãos; ● realizar paramentação em área específica para este fim, seguindo técnica; ● após paramentação dirigir-se imediatamente para o box de atendimento; ● vestir as luvas de borracha, realizar a desinfecção de bancadas e superfícies com álcool a 70%, retirar luvas de borracha e armazená-las em local adequado, e higienizar as mãos com álcool gel; ● fazer o preparo do detergente enzimático em recipiente próprio e deixar tampado e reservado; ● colocar barreiras plásticas nos equipamentos, como de costume; ● todo material de apoio e instrumentais devem ser colocados na bancada e mesa auxiliar - caso necessite de algum material disposto na bancada geral da clínica buscar neste momento; ● os materiais disponibilizados pela Unidade, deverão ser retirados nas bancadas das Centrais de Distribuição de Materiais das Clínicas na quantidade necessária para cada paciente, não será PROTOCOLO DE BIOSSEGURANÇA E PREVENÇÃO À INFECÇÃO COVID-19 EM CLÍNICAS E LABORATÓRIOS ODONTOLÓGICOS DA UNESP Proibida alteração e cópia total ou parcial sem citação da fonte Autor: Grupo de Estudos de Biossegurança em Odontologia Versão: 2.0 Data de Elaboração: 16/08/2021 Página 16 de 77 permitido que o material seja levado na sua totalidade para o box de atendimento e depois seja devolvido na bancada; ● após a entrada do paciente na clínica, protegê-lo com óculos de proteção, gorro e campo descartável; ● restringir o uso da cuspideira pelo paciente. O melhor é que se utilize uma ponta sugadora com bocal amplo. Caso pratique a profissão sem profissional auxiliar, mantenha o sugador em posição e ligado durante todo o atendimento; ● higienizar as mãos (preferencialmente com água e sabão e se não for possível com solução alcoólica a 70%); ● vestir as luvas para procedimento odontológico; ● não circular na clínica, manter-se na unidade de atendimento - caso necessite de qualquer outro material que não esteja no box de atendimento solicitar que o profissional/discente auxiliar providencie fazendo uso de Sobre Luva; ● após atendimento e saída do paciente colocar instrumentais em imersão no detergente enzimático preparado previamente; ● retirar a luva de procedimento odontológico e lavar as mãos; ● profissional/discente auxiliar - vestir luvas de procedimento e sobrepor com a luva de borracha, retirar todas as barreiras e proceder à limpeza e desinfecção da Unidade Odontológica - se a área ficar visivelmente suja, lavar com água e detergente e desinfetar com álcool a 70%. Caso não esteja nesta condição, realizar somente a aplicação do álcool a 70%; ● profissional/discente operador - vestir luvas de procedimento e sobrepor com a luva de borracha, dirigir-se para o expurgo - caso este seja anexo à clínica- para realizar limpeza e desinfecção dos instrumentais; no caso do expurgo ser distante da clínica, dirigir-se a área de desparamentação, seguindo as recomendações e técnica correta; Verificar cartaz de Paramentação x Desparamentação - Anexo 01 ● anotações em papel ou prontuário eletrônico deverão ser feitas após desparamentação e em ambiente externo às clínicas; 3.5.2. Docente ● Bolsas devem serem mantidas nos armários ou em sala pré- clínica, não entrar com qualquer tipo de acessório na clínica. PROTOCOLO DE BIOSSEGURANÇA E PREVENÇÃO À INFECÇÃO COVID-19 EM CLÍNICAS E LABORATÓRIOS ODONTOLÓGICOS DA UNESP Proibida alteração e cópia total ou parcial sem citação da fonte Autor: Grupo de Estudos de Biossegurança em Odontologia Versão: 2.0 Data de Elaboração: 16/08/2021 Página 17 de 77 Apenas maleta com materiais e caixas com instrumentais são permitidos. ● maquiagem, adornos, acessórios estão proibidos nos ambientes de clínicas; ● entrar na clínica, pré clínica ou sala de paramentação com a vestimenta estabelecida por cada Unidade como uniforme (roupa branca, pijama cirúrgico, jaleco tecido); ● fazer lavagem rigorosa das mãos; ● proceder paramentação em área específica para este fim, seguindo técnica; Verificar cartaz de Paramentação x Desparamentação - Anexo 01 ● após o término da clínica, dirigir-se a área de desparamentação, seguindo as recomendações e técnica correta; Verificar cartaz de Paramentação x Desparamentação - Anexo 01 ● anotações em papel ou prontuário eletrônico deverão ser feitas após desparamentação e em ambiente externo às clínicas; 3.5.3. Técnico administrativo ● Bolsas devem serem mantidas nos armários ou em sala pré- clínica, não entrar com qualquer tipo de acessório na clínica. Apenas maleta com materiais e caixas com instrumentais são permitidas. ● maquiagem, adornos, acessórios estão proibidos nos ambientes de clínicas; ● entrar na clínica, pré clínica ou sala de paramentação com a vestimenta estabelecida por cada Unidade como uniforme (roupa branca, pijama cirúrgico, jaleco tecido); ● fazer lavagem rigorosa das mãos; ● proceder paramentação em área específica para este fim, seguindo técnica - é permitido o uso de máscara cirúrgica, desde que mantenha distância mínima recomendada das Unidades de Atendimento Odontológicos; Verificar cartaz de Paramentação x Desparamentação - Anexo 01 ● proteger bancadas, telefone, teclados, objetos com reentrâncias de uso comum com película plástica - barreira de contato, que deve ser higienizada a cada uso (antes e depois) com álcool a 70% e papel toalha descartável; PROTOCOLO DE BIOSSEGURANÇA E PREVENÇÃO À INFECÇÃO COVID-19 EM CLÍNICAS E LABORATÓRIOS ODONTOLÓGICOS DA UNESP Proibida alteração e cópia total ou parcial sem citação da fonte Autor: Grupo de Estudos de Biossegurança em Odontologia Versão: 2.0 Data de Elaboração: 16/08/2021 Página 18 de 77 ● os materiais disponibilizados pela Unidade, deverão ser retirados nas bancadas das Centrais de Distribuição de Materiais das Clínicas na quantidade necessária para cada paciente, não será permitido que o material seja levado na sua totalidade para o box de atendimento e depois seja devolvido na Central de Distribuição; ● a Central de Distribuição das Clínicas não poderá distribuir os materiais de uso comum aos alunos em bancada, devendo estes materiais permanecerem protegidos em armários com porta; ● equipamentos de uso comum, devem ser protegidos por barreira de contato antes de serem disponibilizados aos discentes, e ao seu retorno, retirar a película e higienizar o equipamento com álcool 70% por fricção; ● ao término dos atendimentos todas as barreiras de contato devem ser removidas e descartadas, e após higienizar estes locais com álcool a 70% por fricção; ● após o término da clínica, dirigir-se a área de desparamentação, seguindo as recomendações e técnica correta; Verificar cartaz de Paramentação x Desparamentação - Anexo 01 ● anotações em papel ou por meio eletrônico deverão ser feitas apósdesparamentação e em ambiente externo às clínicas; PROTOCOLO DE BIOSSEGURANÇA E PREVENÇÃO À INFECÇÃO COVID-19 EM CLÍNICAS E LABORATÓRIOS ODONTOLÓGICOS DA UNESP Proibida alteração e cópia total ou parcial sem citação da fonte Autor: Grupo de Estudos de Biossegurança em Odontologia Versão: 2.0 Data de Elaboração: 16/08/2021 Página 19 de 77 4. AMBIENTE ODONTOLÓGICO 4.1. Orientações 4.1.1. Distanciamento ● todos os procedimentos odontológicos devem ser realizados em duplas - operador e auxiliar; ● durante atendimento odontológico, devido a névoa provocada pelos motores de rotação, manter distanciamento mínimo de raio de 1,5m entre as Unidades Odontológicas que estão ocupadas para atendimento; ● recomenda-se o espaço de 3 horas de intervalo entre pacientes, para que ocorra o decaimento das partículas de aerossol no ar ambiente. Este espaço de tempo poderá ser diminuído, caso a clínica possua recursos para contenção do aerossol e/ou para limpeza do ar ambiente, devendo ser nesses casos reavaliado pela Comissão de Biossegurança/Comissão de Ética Ambiental Local; ● definir fluxo interno de entrada e saída de pacientes respeitando o distanciamento entre pessoas e levando em consideração as atividades ocorrendo na clínica - por exemplo: pacientes que entram primeiro utilizam os equipos mais distantes; 4.1.2. Ventilação dos ambiente ● aparelhos de ar condicionados permitidos: modelos que fazem exaustão do ar ambiente e possuem filtro tipo Hepa; ● caso não seja possível ligar aparelhos de ar condicionado, por não apresentarem as recomendações mínimas de segurança, manter janelas abertas para ventilação natural do ambiente - janelas devem ter telas para prevenir a entrada de insetos; ● está proibido o uso de aparelhos que produzem correntes de ar, como ventiladores, por exemplo. 4.1.3. Uso de barreiras mecânicas Para: (i) botões manuais de acionamento, (ii) alça do refletor, (iii) encosto de cabeça e braços da cadeira, (iv) encosto do mocho, (v) corpo da PROTOCOLO DE BIOSSEGURANÇA E PREVENÇÃO À INFECÇÃO COVID-19 EM CLÍNICAS E LABORATÓRIOS ODONTOLÓGICOS DA UNESP Proibida alteração e cópia total ou parcial sem citação da fonte Autor: Grupo de Estudos de Biossegurança em Odontologia Versão: 2.0 Data de Elaboração: 16/08/2021 Página 20 de 77 seringa tríplice e (vi) pontas da unidade de sucção, deve-se aplicar filme de PVC ou saquinhos plásticos (tamanho para geladinho). Para melhor adaptação do plástico nos equipamentos pode-se utilizar aquecimento do plástico da ponta até a área de conexão com a mangueira. As superfícies da bancada e do carrinho auxiliar devem ser recobertas com campo descartável e impermeável ou desinfetadas para procedimentos não críticos (classificação de Spaulding). Para a seringa tríplice preferencialmente deve-se utilizar pontas descartáveis (i.e. canudos que devem ser descartados a cada paciente. Sempre após o descarte das barreiras a seringa deve ser desinfetada). 4.1.4. Proteção para pacientes ● deve-se manter a máscara facial caseira em posição até chegada ao box de atendimento; ● ao sentar-se na cadeira de atendimento, solicitar que retire a máscara facial caseira e acondicione em saco plástico, tomando cuidado para não tocar na parte externa da máscara; ● prover os óculos de proteção, gorro para proteção e proteção descartável para o tórax; ● solicitar o bochecho com água oxigenada 10 volumes ou PVPI ou Listerine, clorexidina 0,12% por 1 minuto, não está indicado o gargarejo - oferecer o sugador para coletar o bochecho, evitando o uso da cuspideira; ● ao final do atendimento solicitar que coloque a 2ª máscara facial caseira para se retirar da clínica e da Unidade. 4.1.5. Uso de celular ● está desaconselhado o uso de aparelhos celulares em clínicas odontológicas durante a epidemia COVID-19; ● Terminais de computadores deverão ter teclado e mouse protegidos com barreira de contato (películas plásticas) e manter higienização com álcool a 70% a cada uso. 4.1.6. Limpeza e desinfecção da unidade pelo aluno PROTOCOLO DE BIOSSEGURANÇA E PREVENÇÃO À INFECÇÃO COVID-19 EM CLÍNICAS E LABORATÓRIOS ODONTOLÓGICOS DA UNESP Proibida alteração e cópia total ou parcial sem citação da fonte Autor: Grupo de Estudos de Biossegurança em Odontologia Versão: 2.0 Data de Elaboração: 16/08/2021 Página 21 de 77 Antes de iniciar as atividades diárias e entre troca de pacientes, deve ser realizada a limpeza e desinfecção de todo o ambiente de atendimento clínico. Se a área ficar visivelmente suja, lavar com água e detergente e desinfetar com álcool a 70%. Caso não esteja nesta condição, somente a aplicação do álcool a 70% basta; uma alternativa para este último caso é utilizar um composto quaternário de amônia ou hipoclorito de sódio a 1% (o qual não deve ser usado em superfícies metálicas) ou Glucoprotamina (Quadro 2). Caso a opção seja utilizar o álcool a 70% ou hipoclorito de sódio a 1%, limpar cuidadosamente as superfícies do ambiente de trabalho (equipo, bancadas) com toalha de papel descartável, água e detergente (nos locais em que houver sujidades visíveis) para posterior desinfecção - que no caso do álcool 70%, deve ser repetida três vezes, sempre sob fricção. Caso o profissional use composto quaternário de amônio e biguanida ou glucoprotamina, pode proceder diretamente a limpeza e desinfecção simultâneas com estes produtos, em vista de suas características surfactantes. Quadro 2 - Agentes de desinfecção das superfícies da área de trabalho Desinfetantes Superfícies que podem recebê-los sempre sob fricção Hipoclorito de Sódio a 1% Em superfícies não metálicas Quaternário de amônio e biguanida Exemplos comerciais: Lysoform®, Lavasept®, Serasept®, Mirax S ® e Omnicide® Todas as superfícies Glucoprotamina Exemplos comerciais: Incidin Extra N®, Glucosept®, Flex 5A Scotch-Brite® Todas as superfícies Álcool 70% Todas as superfícies Fonte: Orientação de Biossegurança, adequações técnicas em tempos de COVID-19 - CROSP - 2020. 4.2. Cuidados em Radiologia PROTOCOLO DE BIOSSEGURANÇA E PREVENÇÃO À INFECÇÃO COVID-19 EM CLÍNICAS E LABORATÓRIOS ODONTOLÓGICOS DA UNESP Proibida alteração e cópia total ou parcial sem citação da fonte Autor: Grupo de Estudos de Biossegurança em Odontologia Versão: 2.0 Data de Elaboração: 16/08/2021 Página 22 de 77 4.2.1. Procedimentos para técnicas radiográficas intrabucais 4.2.1.1. Antes do atendimento: ● Box de atendimento a) Limpeza e desinfecção das superfícies (com uso de EPI) - spray + solução desinfetante: - Painel de controle do aparelho - Cabeçote - Cilindro localizador - Controle de acionar a cadeira - Apoio de cabeça e braços - Superfícies - Avental de chumbo e protetor tireóide. b) Cobertura com papel-filme destas superfícies. ● Filmes Radiográficos - Embalar individualmente todos com papel filme podendo usar seladora OU com saco plástico de geladinho selado. - Armazenar os filmes em recipiente plástico fechado longe de calor e umidade (embalagem tipo tupperware); - Usar uma pinça ao retirar os filmes. ● Posicionadores Radiográficos - Deverão ser autoclavados e armazenados – observar o prazo da esterilização; 4.2.1.2. No atendimento ● Dispensar todos os filmes a serem usados em um copo descartável OU em um papel toalha, sobre a superfície de trabalho; ● Montar o filme embalado ao posicionador autoclavado; PROTOCOLO DE BIOSSEGURANÇA E PREVENÇÃO À INFECÇÃO COVID-19 EM CLÍNICAS E LABORATÓRIOS ODONTOLÓGICOS DA UNESP Proibida alteração e cópia total ou parcial sem citação da fonteAutor: Grupo de Estudos de Biossegurança em Odontologia Versão: 2.0 Data de Elaboração: 16/08/2021 Página 23 de 77 ● Após realizar a técnica radiográfica o operador deverá, com a luva que está atendendo, remover o invólucro (papel filme ou saco de sacolé) do filme, com cuidado e sem tocá- lo, dispensando-o dentro de outro copo plástico ou sobre um papel toalha 4.2.1.3. Ao término do atendimento ● Dispensar o paciente ou orientá-lo a voltar para o box de atendimento clínico - caso estejam trabalhando em dupla, pedir ao outro aluno que o acompanhe; ● Retirar, com luvas, todas as barreiras físicas da cadeira, controle, aparelho e descartá-las; ● Remover as luvas com que atendeu, calçar outras luvas ou sobre luvas, e passar álcool 70% ou álcool gel nas superfícies dos filmes que foram usados; ● Promover a limpeza e desinfecção das superfícies 4.2.1.4 Processamento Radiográfico: ● Para o processamento em caixinhas portáteis recomenda- se que o aluno leve os filmes expostos e devidamente tratados com luvas novas ou sobre luvas e grampo para que sejam processados. Obs: Recomenda-se que as técnicas intrabucais, em tempos de pandemia, sejam preteridas às técnicas extrabucais, como Radiografia Panorâmica ou mesmo no caso tomografia computadorizada de feixe cônico, desde que não interfira em plano de tratamento e no tratamento em si. 4.2.2. Procedimentos para técnicas radiográficas extrabucais / tomografia computadorizada 4.2.2.1 Antes do atendimento: a) Registrar o paciente no computador - o técnico deverá estar usando paramentação completa, exceto luvas; b) Calçar as luvas, ou sobreluvas, e então realizar a limpeza e desinfecção de: PROTOCOLO DE BIOSSEGURANÇA E PREVENÇÃO À INFECÇÃO COVID-19 EM CLÍNICAS E LABORATÓRIOS ODONTOLÓGICOS DA UNESP Proibida alteração e cópia total ou parcial sem citação da fonte Autor: Grupo de Estudos de Biossegurança em Odontologia Versão: 2.0 Data de Elaboração: 16/08/2021 Página 24 de 77 - Bloco de mordida e apoio do mento do aparelho (para Panorâmica); - Apoios laterais das têmporas (para Panorâmica); - Painel de controle do aparelho e painel de disparo; - Cefalostato – násio e olivas – no caso de Telerradiografias; c) Ainda munido de todos os EPI, retirar as luvas e descartá-las. 4.2.2.2. No atendimento: a) Chamar o paciente – de preferência apenas ele deverá entrar para a clínica - exceto caso que necessite ser acompanhado; b) Calçar as luvas, na frente do paciente, e envolver o bloco de mordida com saco plástico específico; c) Sair da sala e efetuar o disparo; d) Retornar à sala de exames e liberar o paciente, descartar as luvas; 4.2.2.3. Ao término do atendimento: a) Sem luvas, salvar o exame do paciente no computador e então enviá-lo on line, se for o caso; b) Calçar novas luvas, ou sobre luvas, e realizar todo o procedimento de limpeza e desinfecção descrito anteriormente. 4.3. Kit de Alta Rotação, Contra-Ângulo, Micro Motor e Peça Reta ● Após atendimento com uso do motor, revestir com saco tipo geladinho e acionar os componentes na pia ou cuspideira por 15 segundos para esgotamento; ● Lubrificar os componentes; ● Acionar novamente os componentes na pia ou cuspideira por 15 segundos para escoamento do lubrificante, usar revestimento com saco tipo geladinho para evitar aerossol; PROTOCOLO DE BIOSSEGURANÇA E PREVENÇÃO À INFECÇÃO COVID-19 EM CLÍNICAS E LABORATÓRIOS ODONTOLÓGICOS DA UNESP Proibida alteração e cópia total ou parcial sem citação da fonte Autor: Grupo de Estudos de Biossegurança em Odontologia Versão: 2.0 Data de Elaboração: 16/08/2021 Página 25 de 77 ● Realizar limpeza com fricção utilizando gaze (ou algodão) embebida em detergente enzimático; ● Realizar enxágue com gaze embebida em água; ● Realizar fricção, repetida três vezes, utilizando gaze embebida em álcool 70%; ● Empacotar em papel grau cirúrgico e encaminhar para esterilização; 4.4. Cuidados na desinfecção de materiais protéticos 4.4.1. Desinfecção de moldes e modelos Embora necessária, existe uma preocupação quanto à influência da desinfecção dos moldes e modelos sobre a reprodução dos detalhes, a estabilidade dimensional e o grau de umedecimento dos materiais de moldagem. É importante, portanto, a seleção de desinfetante compatível com o material, lembrando que a compatibilidade pode variar de acordo com o fabricante. Os moldes e modelos, antes de serem submetidos à desinfecção, devem ser lavados em água corrente independentemente do material de moldagem utilizado e, em seguida, desinfetados em recipiente fechado conforme o quadro abaixo - Quadro 03. Após desinfecção, lavar o molde em água corrente abundantemente e secar. Quadro 03 - Indicação para desinfecção de moldes e modelos de acordo com material de moldagem Material de moldagem Lavagem (remoção de saliva e sangue) Desinfetante Método Aspersão com Borrifador Tempo* Alginato Lavar muito bem o molde em água corrente Hipoclorito de sódio a 1% ou Clorexidina a 2% Aspersão 10 minutos Poliéter Lavar muito bem o molde em água corrente Hipoclorito de sódio a 1% ou Clorexidina a 2% Aspersão ou Imersão 10 minutos Godiva Lavar muito bem o molde em água corrente Clorexidina 2% Aspersão ou Imersão 10 minutos PROTOCOLO DE BIOSSEGURANÇA E PREVENÇÃO À INFECÇÃO COVID-19 EM CLÍNICAS E LABORATÓRIOS ODONTOLÓGICOS DA UNESP Proibida alteração e cópia total ou parcial sem citação da fonte Autor: Grupo de Estudos de Biossegurança em Odontologia Versão: 2.0 Data de Elaboração: 16/08/2021 Página 26 de 77 Polissulfetos Lavar muito bem o molde em água corrente Hipoclorito de sódio a 1% ou Clorexidina a 2% Aspersão 10 minutos Silicones (adição ou condensação) Lavar muito bem o molde em água corrente Hipoclorito de sódio a 1% ou Clorexidina a 2% Aspersão ou Imersão 10 minutos Pasta de óxido de zinco e eugenol Lavar muito bem o molde em água corrente Hipoclorito de sódio a 1% ou Clorexidina a 2% Aspersão 10 minutos *Armazenar os moldes durante o período de desinfecção em sacos plásticos ou recipientes fechados. Após desinfecção, lavar novamente o molde em água corrente para remoção do desinfetante e secar com jatos de ar para eliminar excesso de água do interior do molde. A lavagem dos moldes deve ser realizada dentro de cuba e não sob torneira aberta para evitar dispersão de gotículas no ambiente. 4.4.2. Desinfecção de Próteses, Registros Oclusais, Moldeiras em Acrílico e Demais Artefatos Protéticos ou que Tenham Sido Utilizados nos Laboratórios As peças devem receber desinfecção quando são recebidas e/ou enviadas ao laboratório, durante as várias etapas da confecção. Elas devem ser lavadas, desinfetadas em ambiente fechado conforme o quadro abaixo (Quadro 04), novamente lavadas com água abundante, secas e envoltas em sacos plásticos descartáveis vedados para o devido transporte e até a manipulação. Quadro 04 - Indicação para desinfecção de artefatos protéticos de acordo com material de moldagem Espécie Desinfetante Método Tempo Casquetes em acrílico Hipoclorito de sódio a 1% ou Clorexidina a 2% Imersão 10 minutos Modelos de gesso Hipoclorito de sódio a 1% ou Clorexidina a 2% Imersão 10 minutos Moldeiras de acrílico Hipoclorito de sódio a 1% ou Clorexidina a 2% Imersão 10 minutos Prótese total em acrílico ou porcelana Clorexidina a 2% Imersão 10 minutos Registros em cera Hipoclorito de sódio a 1% Aspersão 10 minutos PROTOCOLO DE BIOSSEGURANÇA E PREVENÇÃO À INFECÇÃO COVID-19 EM CLÍNICAS E LABORATÓRIOS ODONTOLÓGICOS DA UNESP Proibida alteração e cópia total ou parcial sem citação da fonte Autor:Grupo de Estudos de Biossegurança em Odontologia Versão: 2.0 Data de Elaboração: 16/08/2021 Página 27 de 77 Prótese fixa em metal ou porcelana Clorexidina a 2% Imersão 10 minutos Prótese removível em metal ou acrílico Clorexidina a 2% Imersão 10 minutos Os mesmos cuidados devem ser tomados quando do envio para o laboratório de prótese. 4.4.3. Outras particularidades Delineadores, articuladores com ou sem acessórios, gral de borracha, espátula para alginato ou gesso e escalas de cores devem ser lavados com água e sabão e sofrer rigorosa desinfecção por meio de fricção com álcool 70%. Após desinfecção, os materiais devem ser armazenados em recipientes limpos com tampa e envoltos por material plástico. Moldeiras de estoque e garfo do arco facial devem ser esterilizados. As olivas do arco facial devem ser protegidas com barreira de filme PVC - Doctor Film-Goodyear; Magipack, Rolopac ou similar - antes de serem utilizadas. 4.5. Cuidados no laboratório de prótese 4.5.1. Desgaste e polimento O trabalho laboratorial em moldes, aparelhos e próteses só deve ser realizado sobre material desinfetado. O envio de dispositivos não desinfetados para o laboratório cria condições para a infecção cruzada. Evitar ao máximo o uso de recortadores de gesso ou tornos de polimento e, quando necessário, proteger o entorno para evitar ao máximo o espalhamento de gotículas de água ou material polidor. 4.5.2. Brocas e pedras Todas as pontas de desgaste e polimento - brocas e pedras usadas - no laboratório devem ser esterilizadas antes do uso e empregadas para material de um único paciente antes de serem esterilizadas novamente. PROTOCOLO DE BIOSSEGURANÇA E PREVENÇÃO À INFECÇÃO COVID-19 EM CLÍNICAS E LABORATÓRIOS ODONTOLÓGICOS DA UNESP Proibida alteração e cópia total ou parcial sem citação da fonte Autor: Grupo de Estudos de Biossegurança em Odontologia Versão: 2.0 Data de Elaboração: 16/08/2021 Página 28 de 77 4.5.3. Plastificadora de godiva A parte interna da plastificadora deve ser limpa com água, sabão e bucha. Todo material deve ser removido, a peneira deve ser rigorosamente desinfetada ou esterilizada, e a plastificadora deve ser preenchida com água limpa todas as vezes que for utilizada. 4.5.4. Tornos e ventilação O trabalho com o torno odontológico pode causar difusão de partículas infectantes durante o uso, além de ser um meio de injúria em caso de acidentes. A ação rotatória dos discos, pedras e tiras geram aerossóis, respingos e projéteis, portanto, faz-se necessária sua assepsia, adotando meios de limpeza, desinfecção e esterilização em suas partes, bem como a paramentação do indivíduo que o usa. - Sempre que o torno for usado deve-se colocar óculos protetores, abaixar o protetor de plexiglas e acionar o sistema de ventilação. - É altamente recomendado o uso de máscara cirúrgica. - Todos os acessórios - como pedras, discos de pano e tiras - devem ser esterilizados entre usos ou jogados fora. - O uso deste equipamento deve ser feito com absoluto critério e somente em caso de extrema necessidade. - O torno deve ser desinfetado com álcool 70% a cada uso (antes e depois) pelo próprio usuário do equipamento. 4.5.5. Pedra-pomes Para cada paciente devem ser usados pedra pomes e forradores de bandeja novos. O baixo custo da pedra pomes e a comprovada contaminação microbiana presente na pedra pomes reutilizada proíbe usos múltiplos. 4.5.6. Polimento Se o material a ser polido foi preparado assepticamente os riscos de infecção são mínimos. Para evitar a difusão potencial de microrganismos todos os agentes para polimento devem ser retirados em PROTOCOLO DE BIOSSEGURANÇA E PREVENÇÃO À INFECÇÃO COVID-19 EM CLÍNICAS E LABORATÓRIOS ODONTOLÓGICOS DA UNESP Proibida alteração e cópia total ou parcial sem citação da fonte Autor: Grupo de Estudos de Biossegurança em Odontologia Versão: 2.0 Data de Elaboração: 16/08/2021 Página 29 de 77 pequenas quantidades dos reservatórios grandes. O material não usado não deve retornar ao estoque central, mas sim, ser eliminado. A maioria dos acessórios para polimento é de uso único/descartável. Os itens reutilizáveis devem ser esterilizados ou desinfetados entre usos. 4.5.7. Casos intermediários Tanto as próteses parciais como as totais passam por um estágio intermediário de experimentação em cera. Coroas, pontes esplintadas e armação de próteses parciais frequentemente são testadas antes da cimentação ou sondagem. Elas devem ser desinfetadas antes de irem para a boca e antes de serem devolvidas ao laboratório. Os procedimentos são os mesmos descritos para o trabalho terminado. O processo de escâmbio de trabalhos de laboratórios de prótese externos à faculdade deverá ocorrer no laboratório de apoio da clínica. PROTOCOLO DE BIOSSEGURANÇA E PREVENÇÃO À INFECÇÃO COVID-19 EM CLÍNICAS E LABORATÓRIOS ODONTOLÓGICOS DA UNESP Proibida alteração e cópia total ou parcial sem citação da fonte Autor: Grupo de Estudos de Biossegurança em Odontologia Versão: 2.0 Data de Elaboração: 16/08/2021 Página 30 de 77 5. FLUXO E PROCESSAMENTO DE MATERIAIS É fundamental destacar a importância da compreensão dos riscos e a adoção dos protocolos instituídos. Os locais destinados ao processamento de materiais deverão estar providos de: ● Sabão líquido germicida para mãos, com mecanismo dispensador que impeça o refluxo da solução. ● Papel toalha interfolha, para secagem das mãos ● Papel toalha específico para secagem de instrumentos ● Detergente neutro de uso hospitalar para instrumentais ● Detergente enzimático ● Dispensador com álcool liquido e gel a 70% ● Lixeira para material infectante com tampa e acionamento por pedal 5.1. Armazenamento de materiais contaminados até encaminho para processamento Após o uso em clínica, remover materiais perfurocortantes descartáveis e desprezá-los em local apropriado (recipiente para descarte de perfurocortante). Para remoção de lâminas de bisturi e agulhas de anestesia recomenda-se a utilização de uma pinça porta agulha ou similar, de modo a evitar acidentes. Todo material contaminado passível de esterilização deverá ser colocado no interior de recipiente plástico rígido com tampa, resistente à perfuração, contendo solução (detergente) enzimática registrada pelo Ministério da Saúde, por tempo e diluição preconizada pelo fabricante. Esse recipiente deverá estar numa área de bancada, no ambiente do atendimento, com solução já preparada, com fácil acesso para que a tampa possa ser aberta com papel toalha. Os artigos devem ser imersos com a luva de procedimento em uso e tampado logo em seguida. Aguardar período de ação do detergente enzimático. CASO 1: SALA DE EXPURGO JUNTO À CLÍNICA: Nas Unidades em que a sala de expurgo está junto à clínica, o operador seguirá com a mesma paramentação. PROTOCOLO DE BIOSSEGURANÇA E PREVENÇÃO À INFECÇÃO COVID-19 EM CLÍNICAS E LABORATÓRIOS ODONTOLÓGICOS DA UNESP Proibida alteração e cópia total ou parcial sem citação da fonte Autor: Grupo de Estudos de Biossegurança em Odontologia Versão: 2.0 Data de Elaboração: 16/08/2021 Página 31 de 77 CASO 2: SALA DE EXPURGO FORA DA CLÍNICA: No período de aguardo da ação do detergente enzimático, o operador deverá fazer todas as desinfecções necessárias, guardar seus materiais e se desparamentar, para saída da clínica. Deverá ter um kit já montado para a paramentação no expurgo, conforme o item 5.2. Para o seu deslocamento até o expurgo, o aluno só deverá portar a caixa plástica com material em imersão e seu kit para paramentação. Para o transporte, o operador deverá utilizar luvas de procedimentos limpassobrepostas por luvas de borracha. O transporte deverá ser realizado com o máximo de cuidado de forma e evitar acidentes. Ao chegar ao expurgo o aluno deverá se dirigir a bancada da área úmida- contaminada, e depositar o material na bancada próximo a pia. 5.2. EPIs para processamento de materiais CASO 1: SALA DE EXPURGO JUNTO A CLÍNICA: O aluno permanecerá com EPI que usou durante o atendimento e com a luva de borracha que usou no transporte do recipiente plástico e inicia o processo de limpeza dos materiais. CASO 2: SALA DE EXPURGO FORA DA CLÍNICA O aluno deverá remover as luvas de borracha, com cuidado, soltar pelos dedos, apoiar no recipiente plástico e deixá-las ali para reúso. Se houver contaminação das luvas de procedimento, realizar a higienização com álcool gel 70. Caso as luvas estejam danificadas, deverão ser substituídas. PROTOCOLO DE BIOSSEGURANÇA E PREVENÇÃO À INFECÇÃO COVID-19 EM CLÍNICAS E LABORATÓRIOS ODONTOLÓGICOS DA UNESP Proibida alteração e cópia total ou parcial sem citação da fonte Autor: Grupo de Estudos de Biossegurança em Odontologia Versão: 2.0 Data de Elaboração: 16/08/2021 Página 32 de 77 O aluno deverá se dirigir à área de paramentação, se paramentar e retornar à área úmida para vestir as luvas de borracha e iniciar a limpeza dos materiais. 5.3. Técnica de paramentação para sala de expurgo A paramentação deve seguir roteiro rígido e ser realizada na seguinte sequência: a. Máscara cirúrgica: a utilização dessa máscara será permitida em virtude da não contaminação por aerossóis. b. Óculos de proteção c. Gorro: descartável e hidrorrepelente. d. Avental: descartável e impermeável de mangas longas e punhos, com fechamento traseiro. A gramatura mínima é de 50 g/cm². 5.4. Conduta do profissional paramentado O ambiente do expurgo é destinado à limpeza de materiais contaminados e apenas poderá adentrá-lo e lá permanecer pessoas internas à instituição - alunos e funcionários - devidamente paramentadas. Para este ambiente devem ser levados apenas o necessário para os procedimentos a serem realizados de modo a evitar a contaminação de pertences. O distanciamento entre as pessoas dentro da sala de expurgo deve ser de no mínimo 1,5m. Cada unidade deverá fazer a sinalização necessária para PROTOCOLO DE BIOSSEGURANÇA E PREVENÇÃO À INFECÇÃO COVID-19 EM CLÍNICAS E LABORATÓRIOS ODONTOLÓGICOS DA UNESP Proibida alteração e cópia total ou parcial sem citação da fonte Autor: Grupo de Estudos de Biossegurança em Odontologia Versão: 2.0 Data de Elaboração: 16/08/2021 Página 33 de 77 evidenciar a distância a ser respeitada e não permitir aglomeração, assim como providenciar película protetora entre as pias . O fluxo no expurgo deve ser único e unidirecional. 5.5. Desinfecção e limpeza dos instrumentos Uma vez paramentado, o aluno deverá se dirigir a bancada úmida (área contaminada) onde se encontram os materiais a serem processados e: ● Abrir o recipiente contendo material contaminado; ● Remover material perfurocortante e descartá-lo em local apropriado (recipiente para descarte de perfurocortante). Para remoção de lâminas de bisturi e agulhas de anestesia recomenda- se a utilização de uma pinça porta agulha ou similar, de modo a evitar acidentes; O ideal é que tenham sido removidos na clínica. ● Escovar cada instrumento debaixo d'água; se houver sujidades ainda, acrescentar detergente neutro e escovar novamente; ● Enxaguar abundantemente para remoção de todo detergente; ● A limpeza dos artigos odontológicos, neste momento, será a manual. As cubas ultrassônicas poderão ser utilizadas se a unidade tiver disponibilidade e pessoal responsável pela sua manutenção e limpeza a cada uso. Limpeza manual: realizar a limpeza com água e detergente neutro esfregando o instrumental com o auxílio de escova de cabo longo própria para este fim atento PROTOCOLO DE BIOSSEGURANÇA E PREVENÇÃO À INFECÇÃO COVID-19 EM CLÍNICAS E LABORATÓRIOS ODONTOLÓGICOS DA UNESP Proibida alteração e cópia total ou parcial sem citação da fonte Autor: Grupo de Estudos de Biossegurança em Odontologia Versão: 2.0 Data de Elaboração: 16/08/2021 Página 34 de 77 para não promover a formação e dispersão de partículas e aerossóis. Recomenda-se esfregar sob imersão; ● Enxaguar abundantemente; ● Secar os materiais um a um com papel descartável específico para este fim; ● Descartar o detergente enzimático, higienizar o recipiente com detergente neutro e enxaguar com água corrente. Secar com papel absorvente; ● Realizar a inspeção visual minuciosa dos materiais, repetindo os procedimentos de limpeza se constatada a presença de sujidades. Certificar-se que as sujidades e matéria orgânica foram removidas; ● Colocar todos os artigos no recipiente plástico já limpo; ● Lavar as mãos enluvadas com detergente neutro, secá-las e higienizá-las com álcool 70%; ● Retirar as luvas de borracha, permanecendo com as luvas de procedimento; ● Levar o material limpo para bancada seca - área seca. 5.6. Acondicionamento e entrega na CME ● Embalagem: para empacotamento utilizar papel grau cirúrgico. O grau cirúrgico jamais deve ser reaproveitado uma vez que, ao passar pelo processamento na autoclave, perde sua propriedade de manter estéril o material em seu interior. ● Empacotamento de artigos: todos os materiais como vidros e instrumentais devem estar dentro de caixas perfuradas e com tampa, de modo a permitir a circulação de vapor e facilitar a secagem. Materiais que não oferecerem risco de romper o grau PROTOCOLO DE BIOSSEGURANÇA E PREVENÇÃO À INFECÇÃO COVID-19 EM CLÍNICAS E LABORATÓRIOS ODONTOLÓGICOS DA UNESP Proibida alteração e cópia total ou parcial sem citação da fonte Autor: Grupo de Estudos de Biossegurança em Odontologia Versão: 2.0 Data de Elaboração: 16/08/2021 Página 35 de 77 cirúrgico, como por exemplo moldeiras e afastadores, poderão ser embalados diretamente em grau cirúrgico. ● Selagem: observar que tipo de seladora tem na CME para posicionamento do grau cirúrgico (papel ou plástico para cima). Posicionar o pacote e acionar o pedal até o selamento completo, certificando-se de estar bem selado. Não são permitidas dobras ou rasgos. Atentar para não selar sobre o indicador químico. ● Identificação – gerar a etiqueta de identificação utilizando o código de barras de seu crachá ou digitando seu número de matrícula, assim como a identificação de todo material embalado. O teclado e mouse dos terminais devem estar com protegidos com barreira de contato. Após utilização do terminal, proceder sua correta higienização. Nas Unidades que não utilizam este sistema ou não estiver disponível o sistema de etiquetas, realizar através de fita adesiva colante e caneta marcadora para escrever na fita adesiva - é proibido a escrita no papel grau cirúrgico. ● Fixar a etiqueta ou fita de identificação na parte plástica do pacote. Informações como a data da esterilização e sua validade são de extrema importância. É proibido escrever no papel grau cirúrgico. ● Com o processamento do material finalizado e devidamente identificado, realizar a entrega do instrumental para esterilização, conforme prática de cada Unidade. Quando retirar o material estéril, acondicioná-lo em caixa plástica limpa, rígida, estanque e fechada. PROTOCOLO DE BIOSSEGURANÇA E PREVENÇÃO À INFECÇÃO COVID-19 EM CLÍNICAS E LABORATÓRIOS ODONTOLÓGICOS DA UNESP Proibida alteração e cópia total ou parcial sem citação da fonte Autor: Grupo de Estudos de Biossegurança em Odontologia Versão: 2.0 Data de Elaboração: 16/08/2021 Página36 de 77 5.7. Técnica de desparamentação Antes do início da desparamentação, proceder a higienização das mãos enluvadas. ● Remover as luvas de procedimentos e descartá-las; ● Retirar o jaleco deslizando os dedos sob os punhos e puxando de modo a não tocar a parte externa do mesmo; ● Retirar o protetor facial e fazer higienização com álcool a 70%; ● Higienizar as mãos com álcool gel; ● Remover o gorro e máscara e descartá-los no lixo contaminado. Cuidado com manuseio do gorro e máscara para não se contaminar; ● Higienizar as mãos com álcool gel; Dirigir-se a local apropriado para lavagem das mãos. A pia do expurgo se destina exclusivamente para lavagem dos materiais contaminados. Em hipótese alguma estas pias deverão ser utilizadas para lavagem das mãos. 5.8. Climatização de expurgos As janelas (com telas de proteção para insetos) e portas devem ser mantidas abertas de modo a propiciar a renovação do ar - circulação do ar e ventilação natural do ambiente. A utilização de ar condicionado modelo split não está permitida por não propiciar a renovação do ar tornando o ar do ambiente inseguro. PROTOCOLO DE BIOSSEGURANÇA E PREVENÇÃO À INFECÇÃO COVID-19 EM CLÍNICAS E LABORATÓRIOS ODONTOLÓGICOS DA UNESP Proibida alteração e cópia total ou parcial sem citação da fonte Autor: Grupo de Estudos de Biossegurança em Odontologia Versão: 2.0 Data de Elaboração: 16/08/2021 Página 37 de 77 5.9. Descarte de Resíduos Todos os resíduos deverão ser descartados nos locais adequados, a saber: ● Perfurocortantes – local designado para esse fim, depositado em suportes fixados próximo a área de limpeza dos instrumentais. A remoção e/ou substituição deverá ser realizada diariamente ou quando atingir 2/3 de sua capacidade, ocasião em que o recipiente deverá ser lacrado e descartado (pelo técnico responsável pela clínica) e reservado em local pré determinado para coleta,. ● Resíduos Infectantes – em recipiente rígido contendo símbolo de material infectante, abertura por meio de pedal, contendo em seu interior saco branco leitoso (conforme especificações da Resolução RDC/Anvisa nº 222). A remoção deste lixo e higienização das lixeiras deve ser realizada diariamente ao final de cada período período ou sempre que atingir 2/3 de sua capacidade. PROTOCOLO DE BIOSSEGURANÇA E PREVENÇÃO À INFECÇÃO COVID-19 EM CLÍNICAS E LABORATÓRIOS ODONTOLÓGICOS DA UNESP Proibida alteração e cópia total ou parcial sem citação da fonte Autor: Grupo de Estudos de Biossegurança em Odontologia Versão: 2.0 Data de Elaboração: 16/08/2021 Página 38 de 77 6. LIMPEZA E DESINFECÇÃO DE SUPERFÍCIES E AMBIENTES CLÍNICOS As infecções relacionadas à assistência à saúde representam um risco substancial à segurança do paciente em serviços de saúde. Sendo assim, falhas nos processos de limpeza e desinfecção de superfícies podem ter como consequência a disseminação e transferência de microrganismos nos ambientes dos serviços de saúde, colocando em risco a segurança dos pacientes e dos profissionais que atuam nesses serviços. Existem duas principais vias de transmissão do vírus COVID-19: respiratória e de contato. Gotículas respiratórias são geradas quando uma pessoa infectada tosse e espirra. Qualquer pessoa em contato próximo com alguém que apresenta sintomas respiratórios corre o risco de ser exposto a gotículas respiratórias potencialmente contaminadas. As gotículas respiratórias também podem pousar em superfícies onde o vírus pode permanecer viável; assim, o ambiente ao redor de um indivíduo infectado pode servir como fonte de transmissão (transmissão de contato).³ Em um estudo observacional foi descrito que alunos tocam o rosto com as próprias mãos em média 23 vezes por hora, com contato principal com a pele (56%), seguido por boca (36%), nariz (31%) e olhos (31%). Embora a carga viral do coronavírus em superfícies inanimadas não seja conhecida durante uma situação de surto, parece plausível reduzir a carga viral em superfícies por meio de desinfecção. A OMS recomenda “garantir que os procedimentos de limpeza e desinfecção ambiental sejam seguidos de forma consistente e correta. Limpar completamente as superfícies ambientais com água e detergentes e aplicar desinfetantes comuns usados em nível hospitalar (como o hipoclorito de sódio) são procedimentos eficazes e suficientes”. No sentido de contribuir com a correta limpeza e desinfecção de superfícies nas Clínicas Odontológicas da Unesp, disponibilizamos informações atualizadas no intuito de proporcionar aos gestores, administradores, supervisores e encarregados de limpeza e desinfecção de superfícies e profissionais de saúde, melhor uso e aprimoramento desses processos, de forma a racionalizar esforços, recursos e tempo, garantindo a segurança de pacientes e profissionais. 6.1. Limpeza concorrente e limpeza terminal: PROTOCOLO DE BIOSSEGURANÇA E PREVENÇÃO À INFECÇÃO COVID-19 EM CLÍNICAS E LABORATÓRIOS ODONTOLÓGICOS DA UNESP Proibida alteração e cópia total ou parcial sem citação da fonte Autor: Grupo de Estudos de Biossegurança em Odontologia Versão: 2.0 Data de Elaboração: 16/08/2021 Página 39 de 77 O ambiente é apontado como importante reservatório de microrganismos nos serviços de saúde, especialmente os multirresistentes. Ainda, a presença de matéria orgânica favorece a proliferação de microrganismos e o aparecimento de insetos, roedores e outros, que podem veicular microrganismos nos serviços de saúde. Assim, o Serviço de Limpeza e Desinfecção de Superfícies em Serviços de Saúde apresenta relevante papel na prevenção das infecções relacionadas à assistência à saúde, sendo imprescindível. Dentre os fatores que favorecem a contaminação do ambiente dos serviços de saúde, citam-se (GARNER, 1996; OLIVEIRA, 2005): ● Mãos dos profissionais de saúde em contato com as superfícies; ● Ausência da utilização de técnicas básicas pelos profissionais de saúde; ● Manutenção de superfícies úmidas ou molhadas; ● Manutenção de superfícies empoeiradas; ● Condições precárias de revestimentos; ● Manutenção de matéria orgânica; Não se sabe quanto tempo o vírus COVID-19 sobrevive em superfícies mas, existem evidências que se comporte como outros coronavírus. Uma revisão recente sobre a sobrevivência de coronavírus em superfícies encontrou grande variabilidade, sendo descrita a sobrevivência desses vírus de 2h a 9 dias. O tempo de sobrevivência depende de inúmeros fatores, incluindo tipo de superfície, temperatura, umidade relativa e cepa específica do vírus. As áreas dos serviços de saúde são classificadas em relação ao risco de transmissão de infecções com base nas atividades realizadas em cada local. Essa classificação auxilia em algumas estratégias contra a transmissão de infecções, além de facilitar a elaboração de procedimentos para limpeza e desinfecção de superfícies em serviços de saúde. As Clínicas Odontológicas são classificadas como áreas críticas pois são ambientes onde existe risco aumentado de transmissão de infecção, onde se realizam procedimentos de risco. A limpeza consiste na remoção das sujidades depositadas nas superfícies inanimadas utilizando-se meios mecânicos (fricção), físicos (temperatura) ou químicos (saneantes), em um determinado período de tempo (BASSO, 2004). Independentemente da área a ser limpa, o importante é a remoção mecânica da sujidade e não simplesmente a passagem de panos úmidos. ● Limpeza concorrente: PROTOCOLO DE BIOSSEGURANÇA E PREVENÇÃO À INFECÇÃO COVID-19 EM CLÍNICAS E LABORATÓRIOS ODONTOLÓGICOS DA UNESP Proibida alteração e cópia total ou parcial sem citação da fonte Autor: Grupo de Estudos de Biossegurança em Odontologia Versão: 2.0 Data de Elaboração:16/08/2021 Página 40 de 77 É o procedimento de limpeza realizado diariamente em todas as clínicas odontológicas com a finalidade de limpar e organizar o ambiente, repor os materiais de consumo diário (por exemplo, sabonete líquido, papel higiênico, papel toalha, álcool gel e outros) e recolher os resíduos, de acordo com a sua classificação. ● Limpeza imediata: É aquela realizada em qualquer momento, quando ocorrem sujidades ou contaminação do ambiente e equipamentos com matéria orgânica, mesmo após ter sido realizada a limpeza concorrente. ● Limpeza terminal: Trata-se de uma limpeza mais completa, incluindo todas as superfícies horizontais e verticais (paredes, janelas, etc). Devem ser realizadas com periodicidade máxima de 15 dias. 6.2. Frequência da Limpeza e Desinfecção das Clínicas Odontológicas: Quadro 05 - Tipos de limpeza e frequências recomendadas. Tipo Frequência Limpeza concorrente 3x por dia; data e horário preestabelecido e sempre que necessário. Limpeza terminal cada 15 dias; data e horário preestabelecido. Limpeza imediata imediatamente após o atendimento odontológico, a cada paciente atendido. 6.3. Frequência da Limpeza e Desinfecção da Unidade Odontológica (Limpeza Imediata): PROTOCOLO DE BIOSSEGURANÇA E PREVENÇÃO À INFECÇÃO COVID-19 EM CLÍNICAS E LABORATÓRIOS ODONTOLÓGICOS DA UNESP Proibida alteração e cópia total ou parcial sem citação da fonte Autor: Grupo de Estudos de Biossegurança em Odontologia Versão: 2.0 Data de Elaboração: 16/08/2021 Página 41 de 77 A Unidade Odontológica é o local onde é realizado o atendimento, este deve ser limpo e higienizado ao término do atendimento de cada paciente, seguindo o fluxo descrito: ● O profissional deve manter sua paramentação para realizar todo o procedimento; ● Utilizar luvas de proteção, preferencialmente de borracha; ● Descarte de todo material utilizado no atendimento, respeitando- se a segregação dos resíduos (comuns, infectantes, perfurocortantes); ● Armazenar o instrumental utilizado em container rígido com tampa para posterior processamento no expurgo; ● Retirar todas as barreiras dos equipamentos (filmes plásticos) e fazer o descarte; ● Nos casos em que os equipamentos (equipo odontológico, foco, mesa auxiliar, bancadas, etc) apresentarem sujidade visível, realizar limpeza com água e sabão para posterior higienização com produto desinfetante; ● Realizar higienização com fricção de álcool a 70% embebido em papel descartável (friccionando por pelo menos 3X em sentido único); ● Realizar a desinfecção da maleta ou outros materiais que porventura tenham ficado expostos na bancada, com fricção de álcool a 70% embebido em papel descartável; ● Realizar a desparamentação e lavar as mãos com rigorosa técnica asséptica; Obs: a limpeza e desinfecção da Unidade Odontológica deve ser realizada pelo profissional de saúde que realizou o atendimento odontológico; 6.4. Equipamentos de Proteção Individual (EPI) dos profissionais de limpeza: Para os profissionais de limpeza, são obrigatórios os seguintes EPIs: ● luvas de borracha de material resistente, cano longo ou curto para proteção das mãos e proteção parcial de antebraços e mãos; ● máscara cirúrgica - exceto em ambientes onde estejam desempenhando atividades com possibilidade de geração de aerossóis, neste caso, utilizar máscara N95 ou PFF2; ● óculos de proteção ou protetor facial; PROTOCOLO DE BIOSSEGURANÇA E PREVENÇÃO À INFECÇÃO COVID-19 EM CLÍNICAS E LABORATÓRIOS ODONTOLÓGICOS DA UNESP Proibida alteração e cópia total ou parcial sem citação da fonte Autor: Grupo de Estudos de Biossegurança em Odontologia Versão: 2.0 Data de Elaboração: 16/08/2021 Página 42 de 77 ● botas de material impermeável, com cano alto e de solado antiderrapante; ● avental impermeável; ● gorro; Fonte: Ministério da Saúde - 2020 Os EPIs que não são descartáveis - como óculos, botas e luvas (de borracha) - devem passar pelo processo de limpeza e desinfecção e serem armazenados secos. Para a limpeza dos equipamentos utilizar água, sabão ou detergente, e para a desinfecção pode ser utilizado hipoclorito de sódio 1% ou outros saneantes conforme orientação do fabricante. Após esse procedimento é importante enxaguar abundantemente para retirar todo o resíduo dos produtos saneantes. Obs: Em relação às Luvas de Borracha, prever 2 tipos de luvas: Luvas Procedimentos Amarela Limpeza pesada: chão, rodízios de equipamentos, lixeiras, derrame de soluções e secreções, retirada de resíduos etc. Verde Limpeza leve: Divisórias, balcões, bancadas, equipamentos, telefones, mesas etc. Verificar cartaz de Paramentação x Desparamentação - Anexo 01 6.5. Produtos para limpeza e desinfecção: Não há recomendação diferenciada para a limpeza e desinfecção de superfícies após o contato com casos suspeitos ou confirmados pelo COVID-19. Porém, é fundamental que os serviços revisem os Procedimentos Operacionais PROTOCOLO DE BIOSSEGURANÇA E PREVENÇÃO À INFECÇÃO COVID-19 EM CLÍNICAS E LABORATÓRIOS ODONTOLÓGICOS DA UNESP Proibida alteração e cópia total ou parcial sem citação da fonte Autor: Grupo de Estudos de Biossegurança em Odontologia Versão: 2.0 Data de Elaboração: 16/08/2021 Página 43 de 77 de Limpeza e Desinfecção de Ambientes e Superfícies para garantir a frequência e as melhores práticas para redução da carga viral nos serviços de saúde - com definição de cronograma escrito para a limpeza e a desinfecção das áreas sujeitas às precauções padrão e as baseadas na transmissão, considerando, no mínimo, os diversos tipos de superfície, as sujidades presentes e as tarefas e procedimentos realizados em cada local. Dados sugerem que uma concentração de hipoclorito de sódio a 1% é eficaz em contato de 1 minuto, contra o coronavírus. É por isso que parece apropriado recomendar uma diluição de 1:50 do alvejante padrão. Para pequenas superfícies, o etanol (62 - 71%) revelou uma eficácia semelhante contra o coronavírus. Os desinfetantes com potencial para desinfecção de superfícies incluem aqueles à base de cloro, alcoóis, alguns fenóis e alguns iodóforos e o quaternário de amônio. Os vírus são inativados pelo álcool a 70% e pelo cloro. Portanto, preconiza-se a limpeza das superfícies de ambientes onde foram gerados aerossóis com detergente neutro seguida da desinfecção com uma destas soluções desinfetantes ou outro desinfetante padronizado pelo serviço de saúde e que seja regularizado junto à Anvisa. Produtos autorizados para a limpeza e desinfecção de superfícies em Serviços de Saúde incluem: - Água, - Detergente neutro, - Álcool a 70%, - Hipoclorito a 1%, - Biguanida Polimérica 3,5% + Quaternário De Amônio 5,2%. ● DETERGENTE NEUTRO Substância que facilita a remoção de sujidade/detritos visíveis, através da redução da tensão superficial (umectação), dispersão e suspensão da sujeira. ● ÁLCOOL 70% PROTOCOLO DE BIOSSEGURANÇA E PREVENÇÃO À INFECÇÃO COVID-19 EM CLÍNICAS E LABORATÓRIOS ODONTOLÓGICOS DA UNESP Proibida alteração e cópia total ou parcial sem citação da fonte Autor: Grupo de Estudos de Biossegurança em Odontologia Versão: 2.0 Data de Elaboração: 16/08/2021 Página 44 de 77 É amplamente utilizado como desinfetante e antisséptico em ambientes de saúde, o álcool etílico 70% (p/v), pela ação germicida (bactericida, virucida, fungicida), pelo custo reduzido e baixa toxicidade. Porém, não é capaz de destruir esporos bacterianos, evapora rapidamente e é inativado na presença de matéria orgânica. É indicado para desinfecção de nível intermediário ou médio de artigos e superfícies, exercendo seu efeito germicida APÓS TRÊS APLICAÇÕES DE 10 SEGUNDOS, INTERCALADAS PELA SECAGEM NATURAL.
Compartilhar