Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
............................................................................................................................... GESTÃO AMBIENTAL RICARDO HENRIQUE FREIRE VIEIRA - 214842021 PORTIFÓLIO DE DESAFIOS TIPOS E FONTE DE POLUIÇÃO ........................................................................................................................................ Guarulhos 2021 RICARDO HENRIQUE FREIRE VIEIRA PORTIFÓLIO DE DESAFIOS TIPOS E FONTE DE POLUIÇÃO Trabalho apresentado ao Curso de Gestão Ambiental do Centro Universitário ENIAC para a disciplina Poluição e Riscos Ambientais Prof.Maria Cristina Tagliari Diniz Guarulhos 2021 DESAFIO Você é um consultor da área ambiental e foi convidado a participar de uma reunião na prefeitura de uma determinada cidade brasileira.Na reunião, é relatado que a economia está em pleno crescimento, ocorrendo a instalação de novas indústrias e, consequentemente, de novas moradias. Veja na imagem o relato do problema ambiental que a cidade se encontra atualmente. ATIVIDADES ANTRÓPICAS NEGATIVAS PARA O MEIO AMBIENTE No mundo contemporâneo, a sociedade pratica um modo de produção e ação sobre o meio ambiente cada vez mais insustentável. Muitos recursos da natureza têm sido usados pelo homem de maneira desregrada, demonstrando despreocupação com a sua disponibilidade. A industrialização associada à mentalidade capitalista de produção e consumo exagerado desencadeou ações que visam apenas à obtenção de lucro, aumentando então os problemas socioambientais, visto que produzir mais requer explorar mais os recursos naturais. A ação indiscriminada do homem tem acelerado a degradação da natureza, desmatamentos, poluição de rios, mares e florestas, e o uso indevido da água e de energia, por exemplo, vêm provocando alterações diversas. O que antes parecia distante da nossa realidade agora já faz parte do cotidiano de muitas pessoas, como o racionamento de água, o horário de verão em alguns países como alternativa para diminuir o consumo de energia, inundações recorrentes, secas devastadoras e mudanças climáticas. O processo de urbanização, além de ocorrer de forma desigual, não só no Brasil mas em diversas partes do mundo, dá-se de forma desordenada, apontando então a falta de planejamento. Isso acarreta diversos problemas urbanos de ordem social e ambiental. Em decorrência deste processo de Urbanização acelerada e sem critérios, listamos abaixo impactos ambientais agravados pela ação antrópica: 1. Excesso de lixo (RSU): Visivelmente, onde há maior concentração de pessoas, há também maior produção de lixo. O aumento do número de habitantes nas grandes cidades fez com que houvesse maior produção de lixo, que, por vezes, é descartado de maneira incorreta, provocando outros problemas urbanos e também problemas ambientais. Segundo o IBGE, no Brasil, cerca de 50% do lixo gerado é depositado em locais incorretos, a céu aberto. Impactos ambientais de uma má gestão de resíduos Os impactos da má gestão dos resíduos sólidos causam poluição atmosférica, poluição hídrica, poluição do solo e poluição visual, e, além disso, dependendo do tipo de resíduos, podem causar doenças para a população, ocasionando o dano à saúde das pessoas. Outro impacto significativo é o risco de sofrer penalidades pela gestão inadequada.A maioria dos mais de 5.500 municípios do Brasil ainda não dispõe de recursos técnicos e financeiros para solucionar as questões relativas ao mau gerenciamento de resíduos sólidos. Com isso, a sociedade e a economia sofrem e os impactos ambientais são um efeito colateral preocupante dessa negligência. 2. Poluição Hídrica: A poluição hídrica corresponde ao processo de poluição, contaminação ou deposição de rejeitos na água dos rios, lagos, córregos, nascentes, além de mares e oceanos. Trata-se de um problema socioambiental de elevada gravidade, pois, embora a água seja um recurso natural renovável, ela pode tornar-se cada vez mais escassa, haja vista que apenas a água potável é própria para o consumo. A poluição hídrica corresponde ao processo de poluição, contaminação ou deposição de rejeitos na água dos rios, lagos, córregos, nascentes, além de mares e oceanos. Trata-se de um problema socioambiental de elevada gravidade, pois, embora a água seja um recurso natural renovável, ela pode tornar-se cada vez mais escassa, haja vista que apenas a água potável é própria para o consumo. A principal causa da poluição das águas é o desenvolvimento desenfreado das atividades econômicas, sobretudo nas cidades, com o aumento da deposição indevida de rejeitos advindos do sistema de esgoto e saneamento. Outra causa também apontada é o destino incorreto do lixo por parte da população, que atira objetos nos cursos d'água por pura falta de conscientização ambiental. Há de se levar em consideração que, em uma bacia hidrográfica, tudo o que é gerado em sua área de abrangência é escoado para o leito do seu rio correspondente. Dessa forma, o aumento da poluição no espaço das cidades gera uma maior carga de poluentes para o leito dos rios que cortam essas áreas urbanas. No campo, o mesmo procedimento acontece, quando o uso indiscriminado de agrotóxicos faz com que os recursos hídricos sejam contaminados, uma vez que essa carga toda de compostos químicos acaba se destinando ao lençol freático ou ao curso d'água mais próximo. Com o desenvolvimento das sociedades e a intensificação do processo de industrialização, além da introdução de novas técnicas de plantio no campo, cada vez mais as reservas hídricas encontram-se poluídas, o que gera uma maior escassez de lugares que podem ser aproveitados para a utilização da água para consumo e outras funções. 3. Enchentes: O processo de urbanização está atrelado a diversas questões, como o aumento da produção de lixo associado à impermeabilização do solo. O asfaltamento das cidades e o mau planejamento prejudicam o escoamento das águas, provocando inundações. O problema das enchentes e das inundações no espaço urbano muito se relaciona com o crescimento desordenado das cidades. As enchentes constituem um grave problema no espaço das cidades, principalmente nos grandes centros urbanos. Geralmente, sua causa está relacionada com a acumulação da água das chuvas sem a existência de meios necessários para o seu escoamento.Chuvas intensas, impermeabilidade do solo, destinação incorreta de lixo, problemas de drenagem e ocupação do solo são as principais causas das enchentes nas regiões brasileiras. Muitos rios formam aquilo que chamamos de planícies de inundação. Esses cursos d'água dispõem de uma área nos limites de suas margens para as quais extravasam a sua vazão durante alguns períodos de fortes chuvas. O problema é que, graças à expansão urbana acelerada, algumas dessas áreas de inundação são erroneamente ocupadas, causando inundações que chegam a deixar bairros inteiros embaixo d'água. Além das causas naturais, a elevação do volume do leito dos rios pode ser intensificada por ações como a impermeabilização do solo. Após as precipitações, as águas podem seguir três direções principais: para cima (quando evaporam), para baixo (quando infiltram) e horizontalmente (escoamento superficial). Quando as chuvas são muito intensas e a umidade é elevada, praticamente não há evaporação e, com a impermeabilização dos solos (com asfaltos e calçadas), as enxurradas tendem a aumentar e intensificar o poder das enchentes. Podemos perceber então que a questão das enchentes e inundações nos centros urbanos é um típico caso de uma manifestação natural que é intensificada pela ação humana e pela forma com que ocorre o processo de uso e ocupação do espaço geográfico. Em linhas gerais, o uso irregular do espaço das cidades, sobretudo nas margens dos cursos d'água, está relacionado com as administrações municipais e com a ineficácia ou inexistência de um Plano Diretor plenamente adequado a essas questões. 4. Desmatamento: Ação antrópica, ou seja, àatuação do ser humano no processo de remoção da vegetação. Desse modo, o desmatamento, na maior parte das áreas florestadas, é causado diretamente pelas atividades produtivas desenvolvidas pelo ser humano em sua totalidade. A remoção da vegetação é realizada pelo corte direto, por máquinas e ainda por outros meios, como as queimadas. Essas áreas desmatadas são comumente utilizadas para a exploração dos recursos naturais e para a ocupação do solo sem coordenação e normas. https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/queimadas.htm O Planeta pede Socorro! Os impactos ambientais causados pela humanidade nos últimos anos geraram problemas, como: ● destruição da camada de ozônio; ● inundação; ● extinção de espécies; ● aumento do efeito estufa; ● falta de água potável. Eles já são sentidos pela sociedade, o que comprova a gravidade da situação. Sustentabilidade para salvar o Planeta! Quando pensamos em Sustentabilidade, temos que entender sobre a capacidade de uma nação gerir com responsabilidade os recursos naturais de que dispõe, produzindo bens de produção, capital e consumo com o mínimo de impacto ambiental e promovendo redução, reciclagem e reutilização de produtos. A maioria das nações, no entanto, não tem essa palavra em seu dicionário, de modo que, nas últimas três décadas, um terço dos recursos naturais do planeta foi consumido. Diante desse quadro, entende-se que a população precisa, a toque de caixa, aprender a cuidar melhor do planeta em que vive. Urge destacar duas medidas urgentes para isso e que são a base da sustentabilidade, é reciclar o lixo e explorar fontes de energia renováveis. A primeira, porque não bastasse o lixo contaminar o solo, o ar, a água e levar centenas de anos para ser decomposto pela natureza, a reciclagem realizada em escala mundial ainda é insuficiente, não abrange nem um quarto do lixo produzido. A segunda, porque energias não renováveis são fontes poluidoras do meio ambiente, contêm reservas finitas e, assim como a reciclagem de lixo, são pouco exploradas na maioria das nações. Acrescentamos uma terceira medida necessária a qual, em conjunto com as outras, proporciona o atributo de sustentável a uma nação é a redução sistemática do consumo, pois, embora os seres vivos precisam consumir para sobreviver, o homem já absorve acima do que o planeta consegue repor, cerca de 30 por cento a mais. Isso acontece, sobretudo quando se trata de produtos não essenciais, pelo estímulo ao aspecto psicológico feito por campanhas de marketing, incutindo a ideia de que as pessoas precisam ter determinado produto para fazer parte de um grupo seleto. Nos últimos anos nunca se falou tanto em sustentabilidade, preservação ambiental, e outros assuntos relacionados ao meio ambiente como é debatido. Ser sustentável já deixou de ser moda, e está se tornando um elemento obrigatório. Precisamos intensificar a cultura da reciclagem. O cuidado com o meio ambiente deixou de ser apenas algo restrito, e começou a ser algo indispensável pelo atual estado em que se encontra a Terra. Em 2015, a ONU divulgou uma agenda em que consta dezessete objetivos a serem adotados pelos países até 2030 para que o desenvolvimento sustentável seja atingido. São alguns dos objetivos propostos por essa agenda: ● Objetivo 1: Acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares. ● Objetivo 2: Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável. ● Objetivo 3: Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades. Outro aspecto relevante a ser esclarecido é que muitos utilizam sustentabilidade e desenvolvimento sustentável como sinônimos. No entanto, o termo sustentabilidade surgiu após a discussão acerca do desenvolvimento sustentável. O conceito de sustentabilidade surgiu oficialmente em 2002, na Conferência conhecida como Rio+10 ou Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável, que aconteceu em Johanesburgo, na África do Sul. Esse termo abrangia não somente a questão do desenvolvimento econômico, mas preocupava-se com as perspectivas ecológicas e sociais, apontando para a busca da igualdade social. Sendo assim, podemos dizer que a sustentabilidade é a meta e o desenvolvimento sustentável é o meio para que ela seja alcançada. Tripé da sustentabilidade A sustentabilidade é tratada por meio de três dimensões que indicam um equilíbrio harmonioso entre as esferas social, ambiental e econômica. Esse tripé corresponde a uma tendência das empresas que passaram a se comprometer com a sustentabilidade. https://brasilescola.uol.com.br/geografia/rio-10.htm As principais características das três dimensões são: → Sustentabilidade ambiental: refere-se à preservação do meio ambiente de maneira que a sociedade encontre o equilíbrio entre o suprimento de suas necessidades e o uso racional dos recursos naturais, sem prejudicar a natureza. → Sustentabilidade social: refere-se à participação ativa da população no que tange ao desenvolvimento social por meio da elaboração de propostas que visem ao bem-estar e igualdade de todos em consonância com a preservação do meio ambiente. → Sustentabilidade econômica: refere-se ao modelo de desenvolvimento econômico que visa à exploração dos recursos naturais de maneira sustentável, sem prejudicar o suprimento das necessidades da geração futura. Sustentabilidade empresarial Sustentabilidade empresarial refere-se às ações e políticas sustentáveis (economicamente, socialmente e ambientalmente) adotadas por uma empresa ao longo das operações, desenvolvimento e produção de suas mercadorias ou serviços. Exercer a sustentabilidade empresarial significa analisar os negócios da empresa levando em conta como fazer com que os impactos negativos de sua atividade sejam os menores possíveis. É estar atento às necessidades e bem-estar da população no meio onde ela está inserida. Essa preocupação com os possíveis impactos causados especialmente pelo setor produtivo, após a intensa industrialização vivida no país, surgiu quando catástrofes naturais, conflitos por recursos naturais e sua escassez, danos ao meio ambiente e o aumento da desigualdade social vista pelo aumento da violência e da pobreza passaram a ficar em evidência. O tripé da sustentabilidade faz parte dessa tendência apresentada pelas empresas. Veja as ações dispostas segundo a dimensão sustentável: A sustentabilidade empresarial representa as ações sustentáveis voltadas às dimensões sociais, ambientais e econômicas adotadas por uma empresa. Exemplos de sustentabilidade As ações sustentáveis não perpassam apenas por grandes projetos promovidos por países, órgãos e instituições. Essas ações começam individualmente, do local para o global. São inúmeras as práticas sustentáveis que podem ser adotadas tanto individualmente quanto coletivamente, pensando no bem-estar social associado à preservação do meio ambiente. São alguns exemplos: ● Economizar água e energia; ● Reutilizar água para outras atividades; ● Recolher água da chuva para atividades de limpeza; ● Evitar uso de materiais que não são biodegradáveis; ● Adotar o hábito de plantar árvores, especialmente as espécies que se encontram em risco de extinção; ● Aproveitar a luz solar bem como adote em suas residências, se possível, fontes de energia alternativas; ● Diminuir o consumo de produtos que utilizem plásticos, visto que esses demoram a se decompor na natureza; ● Reciclar o lixo; ● Optar por produtos com embalagens retornáveis; ● Adotar meios de transportes alternativos, como a bicicleta ou coletivos; ● Dar preferência ao uso de biocombustíveis Impende assinalar a necessidade imperiosa, de não apenas se aprender a reciclar o lixo e utilizar fontes de energia renováveis, como também a praticar um consumo mais consciente e diante do contexto social, econômico e ecológico que vivenciamos, a questão da aplicação do paradigma do desenvolvimento sustentável dentro deste, aliado com a educaçãoambiental, são os principais desafios da modernidade no que diz respeito a preservação ambiental, para tanto, é necessária uma modificação na postura social que deve partir de cada integrante desta sociedade, no sentido de tomar uma postura mais realista e integrada a questão ambiental, e firmar um compromisso de modo a assegurarmos para as futuras gerações um meio ambiente sustentável. Referências: ABRELPE. Panorama dos resíduos sólidos no Brasil. Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais. 2020. SÁNCHEZ, Luiz Enrique. Avaliação de impacto ambiental: conceitos e métodos. São Paulo: Oficina de textos, 2008 SOUSA, Rafaela. "Sustentabilidade "; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/educacao/sustentabilidade.htm. Acesso em 25 de julho de 2021. PASCOAL JR., A.; OLIVEIRA FILHO, P.C. Análise de rotas de coleta de resíduos sólidos domiciliares com uso de geoprocessamento. Revista Acadêmica Ciências Agrárias e Ambientais, v. 8, n. 2, p. 131-144, 2010. PENTEADO, M. J. Guia Pedagógico do lixo. Cadernos de Educação Ambiental. Governo do Estado de São Paulo, 2011. Disponível em: http://arquivo.ambiente.sp.gov.br/cea/2014/11/12-guia-pedagogico-do-lixo.pdf IPEA. Diagnóstico dos Resíduos Sólidos Urbanos - Relatório de Pesquisa IPEA, 2012. Disponível em: https://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&i d=17247 ALMEIDA, M. A.; PAPANDREA, P. J.; CARNEVALI, M.; CORREA, F. P. V.; ANDRADE, M. R. M. Destinação do lixo eletrônico: impactos ambientais causados pelos resíduos tecnológicos. Revista Científica e-Locução, v. 1, n. 07, p. 56-72, 2015 VALLE, Cyro Eyer do. LAGE, Henrique. Meio Ambiente: acidentes, lições, soluções 3ª edição. São Paulo: Editora Senac 2003. http://arquivo.ambiente.sp.gov.br/cea/2014/11/12-guia-pedagogico-do-lixo.pdf
Compartilhar