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Artigo - Gestao da Saude

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GESTÃO DA SAÚDE 
 
 
Joana Áurea Cordeiro Barbosa 
 
 
 
Artigo científico 
 
 
 
 
 
 
 
 
GESTÃO DA SAÚDE 
 
 
Joana Áurea Cordeiro Barbosa* 
 
RESUMO 
 
A Gestão em Saúde é responsável por cuidar para que todos os recursos e bens 
estejam ajustados e integrados ao bom desempenho de atividade e andamento das 
instituições de saúde, seja esta instituição do setor privado ou do setor público. 
Dessa forma, qualquer organização que esteja relacionada à área de saúde é 
resultado da junção de uma equipe multiprofissional, de tecnologia e recursos. 
Sendo assim, é preciso que exista uma forma ou método de realizar esse 
gerenciamento, para que os atendimentos sejam feitos e entregues de maneira que 
satisfaça as necessidades da instituição hospitalar. A efetividade das instituições de 
saúde também vai se submeter às relações que constituem pessoas, métodos, 
tecnologia, bens e gerenciamento, para executar as atividades organizacionais de 
prestação de serviços de atenção e cuidado à saúde. É de fundamental importância 
entender como é feita a gestão dos recursos e como eles serão disponibilizados 
para todos os indivíduos que fazem parte do corpo da instituição, pois afeta 
diretamente a todos, inclusive o bom desempenho do centro de saúde. Existem 
algumas normas e princípios que regem o Sistema Único de Saúde (SUS), por 
isso compete aos poderes que fazem parte do governo, de maneira concomitante, 
estabelecerem instrumentos de manejo e análise dos negócios de saúde. 
 
Palavras-chave: Gestão em saúde. Sistema Único de Saúde. Gestão Hospitalar. 
Promoção da saúde. SUS. Gestão em Saúde. 
 
INTRODUÇÃO 
 
 A saúde pode ser definida como o estado de inalterabilidade entre o 
organismo e o ambiente em que o indivíduo está presente, portanto deve existir uma 
organização por parte dos encarregados, para o gerenciamento do centro hospitalar. 
Para uma melhor compreensão é necessário termos conhecimento de que, no 
início, o Estado cuidava da saúde pública apenas de modo superficial e em 
momentos específicos, como em epidemias ou surtos de doenças. 
 
 Alguns anos depois, investimentos foram designados para a construção de 
hospitais e unidades básicas de atendimento que prestavam serviços na área de 
saúde, mas que eram desfrutados apenas por pessoas detentoras de planos de 
saúde – serviço considerado como particular. 
Assim, tornou-se indispensável que fosse desenvolvido um método capaz de 
melhorar esse quadro da saúde, foi quando nasceu o Movimento da Reforma 
Sanitária, e com ele a criação do Sistema Único de Saúde (SUS). 
 
* Possui graduação em Licenciatura em Psicologia pela Universidade Regional do Nordeste (1981), graduação 
em Formação de Psicólogo pela Universidade Regional do Nordeste (1982) e mestrado em Educação pela 
Universidade Federal da Paraíba (2003). Doutorado em Ciências da Educação pela Universidade de Coimbra - 
Portugal (2018). 
 
 
 
 
Além disso, o ambiente em que os usuários devem ser consultados, utilizando 
dos serviços, passou a ter necessidade de seguir uma série de normas e regras que 
possam transformar e deixar o atendimento mais aconchegante, possibilitando a 
sensação de segurança para os pacientes. 
 
1. O SISTEMA DE SAÚDE NO BRASIL 
 
Inicialmente, é fundamental que exista conhecimento a respeito de como 
funciona o sistema de saúde no Brasil e seu curso. Entre os anos 1922 até 1987, o 
Brasil passava por um período de inconsistência e insegurança no processo de 
evolução da saúde, uma vez que, nos primórdios, as responsabilidades do Estado 
estavam concentradas em esclarecer casos particulares, como epidemias grandes, e 
em campanhas que incentivavam a vacinação. 
Por volta de 1980, o Brasil enfrenta um período no qual surgem mudanças de 
extrema importância e que fizeram com que o sistema de saúde do Brasil sofresse 
uma reconfiguração e remodelação, sendo incorporado à Constituição Federal de 
1988 um artigo que evidencia bem a iniciativa de mudança que seria realizada 
(CARVALHO, 2013). 
Ficou claro que, após algumas alterações e novas alternativas, o sistema de 
saúde passou a ter uma dimensão maior, uma vez que, com o novo conceito de 
saúde, tornou-se concreto o direito de todos os cidadãos terem acesso íntegro ao 
sistema de saúde e seus serviços oferecidos. 
É possível observar que a performance se modificaria, para maior e melhor, 
quando relacionada às mudanças que foram citadas; outras áreas de atuação foram 
agregadas aos princípios sociais e econômicos, conquistando, assim, um modelo de 
Sistema Único de Saúde, conhecido como SUS, que possui a finalidade de atender 
a todos igualmente. 
O Sistema Público de Saúde resultou de décadas de luta, de um movimento 
que se denominou Movimento da Reforma Sanitária e foi instituído pela Constituição 
Federal (CF) de 1988, consolidado pelas Leis n° 8.080 e n° 8.142. Esse sistema foi 
denominado Sistema Único de Saúde (SUS). 
Segundo Mattos (2009), a Saúde Pública que concorreu para o movimento 
sanitário trazia consigo os ventos do desenvolvimentismo. Essa vertente enfatizava 
a necessidade de se compreender as relações entre a saúde e o desenvolvimento 
econômico e social; defendia o planejamento como central, na atuação do Estado na 
saúde, e abria-se para as teses que buscavam a articulação entre a Saúde Pública e 
a assistência médica. 
A saúde pública do Brasil funciona com a participação do Sistema Único de 
Saúde (SUS), que além de ser um avanço importante para todos os cidadãos e para 
a história da saúde no Brasil, na situação atual, ainda tenta afrontar e vencer 
inúmeros obstáculos que são decorrentes, na maioria dos casos, da ausência de 
coerência na gestão de ambientes que contribuem para os serviços na área de 
saúde. 
Dessa forma, a decadência e a insuficiência na qualidade revelam a grande 
importância de um gerenciamento contemporâneo, que seja capaz de atender as 
necessidades dos pacientes e dos ambientes hospitalares e clínicos. 
No Sistema Único de Saúde, as ações de saúde são formadas por complexas 
redes de níveis de poderes, que respeitam a complexidade de atenção, 
fundamentada nos princípios da universalidade, integridade e equidade. Esse 
 
 
 
 
Sistema objetiva uma transformação acentuada no modelo de programar, 
sistematizar e conduzir as ações e serviços de saúde (ALMEIDA, 2013). 
Os três princípios ideológicos que são aplicados no Sistema Único de Saúde 
no Brasil são: equidade, integralidade e universalidade. 
A integralidade refere-se ao direito que todos os cidadãos brasileiros têm de 
acesso à saúde e serviços, sem qualquer tipo de distinção, seja racial, econômica ou 
social. Equidade é a iniciativa de diminuir desigualdades, pois todos têm, 
igualmente, direito aos serviços oferecidos, entretanto possuem necessidades 
diferentes que devem ser enfrentadas. E a universalidade leva em consideração os 
indivíduos como um todo, dessa forma, refere-se à condição integral de 
compreender com clareza o ser humano na sua universalidade. 
Como forma de embasamento para conseguir atingir objetivos e tomar rumos 
de como levar o sistema à frente, as diretrizes organizativas têm como finalidade 
assegurar o bom desempenho do sistema, que pode acontecer por meio da: 
Descentralização e Comando Único, Regionalização e Hierarquização e Participação 
Popular. 
Essas diretrizes giram em torno de manter o ideal de dividir e distribuir os 
poderes entre os três níveis de governo, com propósito de atender as necessidades 
e oferecer serviços de alta qualidade, assim como sustentam a ideia de manter a 
participação popular por meio de conferências ou campanhas, para que, assim, 
todos possam contribuir com suas opiniões e ideias na melhora e inovação dos 
serviços de atenção e cuidado à saúde. 
 
1.1 Serviços hospitalares e a Gestão 
 
De acordo com Borba (2006), o setor de saúde brasileiro está passando, nas 
últimas décadas, por uma constante transformação, buscando maneiras diferentes 
de alcançara descentralização das políticas de saúde proposta pelo Sistema Único 
de Saúde (SUS). 
Os hospitais são ambientes que devem ser observados por diversos 
aspectos, sejam eles estruturais, econômicos ou gerenciais, e que possuem certo 
grau de complexidade e relevância, uma vez que um gerenciamento relevante é 
resultado da união que existe entre esses aspectos. 
 Uma das maiores fontes de preocupação é o impacto ambiental causado 
pelo gerenciamento desses ambientes. A grande parcela de resíduos sólidos que 
são gerados diariamente é resultado da quantia exorbitante de recursos usufruídos 
por profissionais e pacientes na esfera hospitalar. Essa adversidade na organização 
dos hospitais vem se tornando cada vez mais um aspecto que influencia de forma 
direta todas as realidades dos que frequentam esses locais. 
O lixo hospitalar é uma mistura de vários restos contaminados e o contato 
deve ser evitado ao máximo, devido aos riscos de infecção e, por esse motivo, a 
maneira como o lixo é descartado deve ser apropriada, com o intuito de reduzir os 
impactos ambientais causados por esses resíduos e promover uma melhoria na 
qualidade dos serviços oferecidos aos usuários nessas unidades hospitalares. 
No Brasil, pode-se dizer que cerca de 2000 mil toneladas de lixo hospitalar 
são produzidas por dia, entretanto uma pequena porção desse lixo recebe o 
tratamento adequado e chega ao seu destino final. Desse modo, boa parte desse 
lixo acaba indo para um destino diferente do que é permitido e apropriado para o lixo 
hospitalar. 
 
 
 
 
A remoção dos resíduos sólidos, hospitalares ou residenciais, é muito mais 
uma agressão sensorial à visão e ao olfato do que um risco infeccioso. Essa 
constatação não diminui a importância da coleta e do tratamento adequado desses 
resíduos, apenas situa o problema, racionalmente, no cenário epidemiológico atual, 
e evita o desperdício de recursos na prevenção de perigos inexistentes (ZANON, 
1990). 
Tendo conhecimento que o lixo hospitalar precisa de um descarte correto, 
para que não cause prejuízos, existem alguns tipos de descarte eficientes, sendo 
eles: 
A autoclavagem: que é um método bastante utilizado no Brasil, em que o 
equipamento (Autoclave) recebe o lixo em sacos plásticos que, em seguida, são 
colocados em uma máquina responsável por esterilizar, a vapor, os resíduos 
oriundos dos serviços de saúde. 
A incineração: um dos métodos mais utilizados, pois é um tratamento que 
queima todos os restos do lixo (por meio de usinas), de modo que as cinzas que 
restam, após a realização do processo, geralmente são enterradas em aterros e 
monitoradas. 
Ambos os métodos possuem riscos e desvantagens, entretanto é necessário 
que seja utilizado o que cabe dentro das recomendações que são permitidas e 
adequadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). 
O impacto ambiental resultante da elevada produção de resíduos hospitalares 
não contribui negativamente somente com o meio ambiente, mas também se pode 
dizer que se torna um elemento de impacto econômico na gestão dos hospitais. 
Nesse caso, os gestores possuem uma responsabilidade de empenho para alcançar 
uma combinação que beneficie o meio ambiente, juntamente com a logística do 
local. 
Muitas técnicas podem ser postas em prática para que possa ser observada 
uma melhora no descarte desses resíduos e como podem ser entendidos. Uma 
forma de aplicar isso, na prática, é a educação ambiental. 
A educação ambiental é indispensável para que a evolução das propostas de 
saneamento básico e saúde coletiva sejam definitivamente uma realidade, uma vez 
que é de conhecimento de grande parte da população que a ausência de 
saneamento e uma falta de qualidade de saúde coletiva promovem riscos à saúde, 
em vários ambientes, para todos aqueles que têm contato direto ou indireto com 
resíduos. 
Se a gestão do hospital não está suficientemente apta, isso pode ocorrer 
devido à falta de gerenciamento, quando instituições não colocam em primeiro plano 
contar com profissionais responsáveis nessa área. 
Os impactos ambientais acarretados pelo gerenciamento ineficaz dos 
resíduos hospitalares podem alcançar proporções inesperadas, com as 
contaminações e os índices de infecção hospitalar, chegando a gerar epidemias 
devido a contaminações que são causadas no lençol freático. 
Dessa maneira, é evidente que a gestão em saúde deve encontrar um 
método que seja seguido e que mantenha a harmonia entre as funcionalidades e 
gerenciamento de instituições hospitalares. Garantindo, assim, que as relações entre 
os aspectos que formam os atendimentos de cuidado à saúde e como esse serviço é 
oferecido estejam de acordo com as necessidades e normas dos centros 
hospitalares. 
O hospital é uma instituição que é composta por um sistema de extrema 
complexidade (organizacional). Apesar disso, tem o dever de possuir um caráter 
 
 
 
 
humanitário e hierarquizado que solicita uma divisão de trabalho operativo e 
capacitado, em que sua finalidade é viabilizar atenção em conformidade com as 
necessidades dos pacientes, sempre fazendo uso dos seus melhores equipamentos, 
serviços e recursos disponibilizados pelos profissionais. 
A autoridade hospitalar é dividida em setores, e estes em funções e ações : 
direção superior, corpo clínico, corpo profissional e diretoria. 
Concomitantemente agregados ao desempenho das atividades dos hospitais, 
existem profissionais, como os nutricionistas, que acompanham de perto a dieta 
alimentar dos pacientes; os psicólogos; os farmacêuticos; serviço social e 
fisioterapeutas, de modo que se faz necessária uma equipe multiprofissional. 
Essa concepção de saúde, baseada numa perspectiva interdisciplinar e 
transdisciplinar, pretende a superação do modelo centrado na doença e o 
desenvolvimento de estratégias que abordem a complexidade inerente à saúde. 
Agregando conceitos de qualidade de vida, cidadania e inclusão social ao seu 
campo de ação, busca superar o reducionismo, apoiando-se no princípio da 
integralidade da atenção (FERIOTTI, 2009). 
É fundamental mencionar que, além dos serviços realizados pela equipe 
multiprofissional, é vital que exista suporte jurídico, profissionais que são 
especializados na área de sistemas de informação e outros, para que possam fazer 
parte do conjunto das pessoas que compõem o quadro de uma instituição. 
Esses alicerces têm indispensável participação no gerenciamento dos 
hospitais, visto que oferecem conhecimento e materiais aos técnicos, obtendo 
resultados mais eficazes nas atividades realizadas. 
As atribuições dos hospitais progrediram com o passar do tempo, de modo 
que o hospital deixou de ser um local com poucas funcionalidades, e passou a ser 
um centro que acolhe e cuida de várias pessoas que apresentam diferentes 
problemas de saúde. 
O hospital pode ser classificado a partir de uma série de condições que têm 
como finalidade avaliar o funcionamento relacionado aos serviços oferecidos, com 
suporte em alguns critérios exigidos e predeterminados, os quais têm em vista 
aumentar a qualidade da instituição. 
Existem alguns critérios que devem ser analisados para que seja definida a 
classificação dos hospitais: o nível de competência, por exemplo, verifica o grau dos 
serviços médicos, podendo ser dividido em hospital primário, hospital secundário e 
hospital terciário, de modo que cada um deles possua uma especialidade diferente. 
Um critério que pode ser considerado para analisar a classificação de 
hospitais é quando se refere ao regime de propriedade, isto é, existem hospitais 
privados, públicos e filantrópicos. 
O hospital particular é sustentado por instituições privadas e os lucros dessa 
empresa podem ter fins diferentes, sejam eles destinados à instituição que a 
mantém ou apenas utilizados para suprir as necessidades da própria empresa. 
Os hospitais filantrópicos são particulares e não têm fins lucrativos, porém são 
também contratados para servirem ao Sistema Único de Saúde (SUS). 
Jáos hospitais públicos sãodirigidos por uma corporação do governo, seja ela 
municipal, estadual ou federal. 
 É possível apontar o que é chamado de “Hospital Beneficente”, que tem um 
conceito bastante parecido com o hospital filantrópico – já que se trata de uma 
instituição particular sem fins lucrativos – entretanto seu propósito é conceder auxílio 
à saúde para um conjunto de pessoas que necessitam, tendo seu lucro voltado 
totalmente para a ajuda daqueles que precisam. 
 
 
 
 
Inspirada no modelo da Casa-mãe de Lisboa, fundada em 1498, por iniciativa 
real, a Irmandade de Misericórdia chega ao Brasil em 1543, com a fundação da 
Santa Casa de Santos, por Braz Cubas (FIGUEIREDO, 2000). Em seguida, 
espalhou-se, criando vários hospitais e se constituindo na base assistencial 
hospitalar da colônia, além de servir, mais tarde, como espaço de treinamento para a 
formação dos primeiros médicos brasileiros (FERIOTTI, 2009). 
As Santas Casas são conhecidas como ambientes de auxílio ao cuidado e 
atenção à saúde, atuando juntamente com os hospitais filantrópicos. Essas 
unidades atendem a população de forma gratuita, de maneira que são consideradas, 
atualmente, um dos grandes aliados e parceiros do Sistema Único de Saúde (SUS), 
quando falamos em tentar garantir o atendimento e qualidade de serviços 
oferecidos. 
Dessa forma, resta claro que os hospitais são divididos conforme vários 
critérios e atendem as diversas necessidades que são apresentadas. 
Os hospitais ainda podem ser classificados pelo critério de quantidade de 
leitos que possuem, e esse fator, com certeza, está relacionado à especialidade e ao 
objetivo que esses centros hospitalares colocam como prioridade. Por exemplo, os 
hospitais que dispõem de uma quantidade acima de 500 leitos podem ser 
conhecidos como capacidade extra. Esses locais de assistência à saúde, mesmo 
que com dimensões diferentes, conservam o mesmo objetivo de proporcionar uma 
boa qualidade nos serviços concedidos. Sendo assim, é preciso que haja uma 
divisão de tipos de assistências, para que os indivíduos possam ser encaminhados a 
centros específicos e que sejam compatíveis com a emergência de cada um. 
O Hospital Geral oferece ao paciente atendimento tanto em especialidades 
básicas quanto em outras mais específicas, além disso se coloca à disposição para 
serviços de urgência e emergência. 
As diversas classificações que são aplicadas para determinar a divisão a 
respeito dos hospitais são pontos de fundamental importância, uma vez que 
contribuem também para melhorar o processo de avaliação de qualidade dos 
serviços que são realizados. 
Tendo em vista que muitos aspectos influenciam no processo de avaliação de 
qualidade de serviços, pode-se dizer que a comunicação é uma boa ferramenta de 
melhora. No ambiente hospitalar, a comunicação minimiza os episódios em que os 
erros são identificados, além de que é comprovado que há uma melhora na 
sensação de segurança transmitida ao paciente. É conhecida por ser uma das 
estratégias que funciona e que, se bem empregada pelos gestores, pode aprimorar 
o desempenho e a qualidade dos atendimentos de cuidado à saúde, restabelecendo 
a sensação de conforto dos pacientes que recebem esse cuidado. 
Em ambiente hospitalar, a possibilidade de esquiva e fuga de situações 
estressantes diminui, pois muitas vezes essas situações fazem parte do dia a dia da 
instituição. Diante dessa realidade, os profissionais utilizam estratégias para 
enfrentar situações que causam estresse e desconforto físico e emocional – as 
chamadas estratégias de enfrentamento (MATURANA, 2014). 
O profissional da saúde, ao refletir sobre as condições e relações de trabalho 
e o seu modo de agir, pode se inserir na realidade de uma maneira mais crítica e 
consciente. Problematizar e concretizar a humanização do ambiente, mais 
especificamente a partir do trabalhador, implica uma reflexão crítica e dialógica dos 
princípios e valores que norteiam a prática dos profissionais, de modo a assumirem 
sua condição de sujeitos e agentes de transformação (BACKES, 2006). 
 
 
 
 
Essa particularidade nos serviços de saúde exige que o gerenciamento do 
local seja estudado com bastante cautela, uma vez que são necessários cuidados 
extras ao implantar alguma mudança. 
Hospitais e centros especializados em atendimentos à saúde são redes 
compostas por diversos setores, profissionais, pacientes que interagem uns com os 
outros, diariamente, encarando eventos que abalam diretamente o emocional por 
razões diferentes. Assim, torna-se substancial que seja realizado o 
acompanhamento de todas as pessoas que frequentam esses locais, sem exceções, 
com um atendimento humanizado, que compreende uma explanação diferente 
quando se fala da assistência a ser oferecida, seja ao paciente, gestor, funcionários, 
proporcionando um trabalho de qualidade elevada. 
Dessa maneira, fica bastante evidente a necessidade de que a instituição da 
área de saúde possua uma boa equipe de profissionais e gestores, colocando em 
prática os planos e metas do hospital. 
É perceptível que ao longo dos anos existe uma busca por um enraizamento 
de técnicas que visam à qualidade do processo de organização hospitalar, 
influenciando, automaticamente, de modo positivo na gestão dos serviços. 
Muitos critérios são levados em consideração quanto à classificação dos 
hospitais no Brasil, sendo eles utilizados para avaliar instituições hospitalares do 
Sistema Único de Saúde (SUS) e também hospitais, que buscam se certificar que 
estão aptos a atender as exigências para manter a qualidade de serviços aos 
pacientes. 
Um dos benefícios que incentivam os hospitais a procurarem e introduzirem 
novos projetos de qualidade na assistência à saúde é a diminuição de gastos. Nessa 
perspectiva, muitos países impulsionam essa concepção e tentam levar em frente, 
buscando gerar nos gestores uma inquietação que faça com que eles desenvolvam 
meios e artifícios competentes e capazes de suprir as necessidades, no entanto 
mantendo o cuidado para obter o resultado esperado: a redução dos custos. 
As maiores causas que levam à existência de problemáticas no 
estabelecimento desses métodos de qualidades são os contratempos 
organizacionais e econômicos. Métodos esses que podem ser: a utilização de 
softwares, profissionais treinados para avaliação de qualidade, entre outros. 
O serviço oferecido deve ter estabilidade e segurança na qualidade concedida 
ao paciente, uma vez que as pessoas que estão sujeitas a fazer uso são, em sua 
maioria, leigas, e não conseguem avaliar imediatamente como está sendo realizado 
o serviço e a sua qualidade – e esse é um fator complexo na avaliação. 
Devem existir graus de fiscalização de qualidade, pois há uma diversidade 
grande de tipos de serviços no ambiente hospitalar. Assim, faz-se necessário ter 
conhecimento a respeito do serviço para entender e supervisionar de acordo com o 
padrão. 
Existem muitos hospitais e instituições que optam por não adotar programas 
que regularizam e priorizam a qualidade. Por outro lado, há diversos argumentos 
que comprovam que apenas o gerenciamento hospitalar, equipe de 
multiprofissionais e colaboradores não são suficientes para garantir a fiscalização de 
qualidade. A atitude que leva a iniciativa da interferência desses programas não se 
faz de forma direta à equipe médica, mas sim na configuração da administração 
hospitalar. 
No entanto, a ideia de qualidade surgiu no período do pós-guerra - Segunda 
Guerra Mundial – com o advento da modernização industrial por intermédio da 
administração científica. 
 
 
 
 
O conceito “Qualidade” tem destaque nas décadas de 80 e 90, através dos 
meios de comunicação, fazendo com que as empresas tenham vistas ao futuro, pela 
necessidade de sustentabilidade. 
No fim do século XIX e início do século XX, ocorre uma revolução no papel e 
nas funções do hospital, por conta dos avanços tecnológicos e do aparecimento da 
medicina científica (PEREIRA, G. S.; PEREIRA, S. S, 2015).O planejamento, a revisão de processos e o acompanhamento de 
performance, assim como melhorias constantes, passaram a ser vitais para o 
posicionamento das organizações no mercado. Sistemas de Qualidade foram 
adotados na busca de competitividade, de eficiência e eficácia dos processos e dos 
altos índices de desempenho com resultados de sucesso (BONATO, 2011). 
Dentre as mudanças requeridas, destacam-se: a visão sistêmica da 
organização dos seus processos institucionais; a transformação dos indivíduos, com 
ações dirigidas por novos paradigmas, buscando autorrealização e inovação; e 
estímulo ao desenvolvimento de novas capacidades, da criatividade e alta 
produtividade, mobilizando sujeitos mais capazes, criativos e produtivos (BONATO, 
2011). 
O serviço de saúde e sua administração, no âmbito hospitalar, sempre 
apresentaram controvérsias nesse mercado, uma vez que sua matéria-prima é o 
doente em busca de cura ou solução para o seu problema, e o produto final é o 
resultado da saúde de seu cliente, o que dificulta mensurá-los no mercado 
hospitalar. 
São aspectos que independem apenas de um bom material para 
conseguirmos chegar a um possível resultado final de excelência. Quando se trata 
de administração hospitalar, vivenciamos diferentes situações que nos levam a 
questionar o que queremos da nossa empresa no nível de satisfação do cliente, e 
até que ponto se pode custear essa satisfação para obtermos retorno na receita 
(PEREIRA, G. S.; PEREIRA, S. S., 2015). 
Faz-se necessário lembrar que, ao longo da história da administração 
hospitalar, paradigmas foram encontrados nesse mercado, por existirem categorias 
médicas que administram as redes hospitalares com visões diferenciadas do 
administrador, prevalecendo o regime tecnicista no seu gerenciamento em busca de 
resultado do diagnóstico e da cura do cliente. 
Observa-se a falta de uma visão mais ampla do contexto situacional que o 
mercado experimenta, sem um retorno desse custo e a manutenção desse 
gerenciamento. Assim, o que se encontra é a dificuldade no gerenciamento na 
administração hospitalar. Desse modo, podemos concluir que a administração 
hospitalar nada mais é que uma constante busca de convivência harmoniosa entre a 
equipe multidisciplinar de saúde, que se preocupa em salvar a vida do seu cliente, e 
o administrador, que precisa oferecer os recursos materiais e tecnológicos de custos 
caros, mas em busca de manter a saúde financeira da instituição (PEREIRA, G. S.; 
PEREIRA, S. S., 2015). 
Considera-se como um dos fatores primordiais para a melhoria da qualidade 
de atendimento a compreensão do processo de aprendizagem existente na 
organização, sobretudo na geração de ferramentas e metodologias que apoiem o 
processo de tomada de decisão. 
Nesse sentido, é necessário reconhecer formas de identificação dos 
princípios de aprendizagem existentes, em especial na área hospitalar. Observa-se 
uma cultura na área médica de discussão e compartilhamento dos modelos. Isso 
ocorre por meio de diferentes processos, como a discussão de casos clínicos ou a 
 
 
 
 
criação de protocolos de atendimento. A capacidade de aprender coletivamente é 
reforçada pelo compartilhamento dos modelos mentais, fator bastante presente na 
área assistencial, mas ainda incipiente na área gerencial da organização (BORBA, 
2009). 
A área hospitalar está passando por uma transformação de paradigma, que 
desconsidera uma visão associada ao atendimento padronizado, – que 
compreendia a qualidade como custo, destacava a gestão como controle e 
diferenciava a delegação de poder como contrariedade – para uma visão que 
procura o melhoramento de modo contínuo, com os recursos direcionados a 
conquistar qualidade, melhorias entre departamentos, trabalhando com o conceito 
de gerenciamento baseado em evidência, levando em conta o gestor colaborador e 
os empregados que vão solucionar os problemas. Nesse novo exemplo, torna-se 
imprescindível o ato de tomar decisões estratégicas nas organizações de saúde. 
A saúde é um direito fundamental do indivíduo, sendo assim prover 
ferramentas que auxiliem a tomada de decisões estratégicas para a melhor gestão 
hospitalar contribui para assegurar esse direito. 
Os hospitais necessitam de gestão de recursos escassos, que devem ser 
utilizados da melhor forma possível para que possam auxiliar o maior número de 
pacientes possível. Esses hospitais podem melhorar consideravelmente seus 
processos por meio da adequada implementação de um sistema de ERP 
(Enterprise Resource Planning – , Sistema de Gestão Integrado) e outros sistemas 
integrados. 
Um ERP é o alicerce do fluxo de informações. Ele fornece planejamento 
avançado, sincronização e colaboração entre fabricantes e distribuidores. Essas 
características dificilmente são encontradas em hospitais, de forma que sua 
implantação representa uma grande contribuição, não sendo um diferencial 
competitivo, mas sim uma necessidade. 
Os maiores desafios enfrentados nas implantações dos sistemas 
informatizados estão relacionados à motivação para sua adoção tais como: 
necessidade de conectar e substituir diferentes sistemas legados; baixa qualidade 
de dados, processos de negócio específicos; exigências de infraestrutura e 
necessidade de customizações (PEREIRA, S. R; PAIVA; SOUZA; SIQUEIRA; 
PEREIRA, A. R., 2012). 
Um fator que contribui para a complexidade da rastreabilidade da informação 
nos hospitais é a falta de padronização de medicamentos e a ausência de protocolos 
que possam relacionar tipo de doença com recursos necessários para seu 
respectivo tratamento, prejudicando assim o planejamento de compras (o que, 
quanto e quando). 
Quanto maior a padronização, melhor será a funcionalidade do sistema de 
rastreabilidade de materiais. É necessária também uma análise para se determinar 
quais os materiais que deverão ser rastreados, a fim de buscar um equilíbrio entre 
os custos gerados pelo sistema de rastreabilidade e os benefícios obtidos 
(PEREIRA, S. R; PAIVA; SOUZA; SIQUEIRA; PEREIRA, A. R., 2012). 
Vale ressaltar a necessidade de se garantir a integridade das informações 
disponibilizadas de modo correto, atualizadas e em tempo hábil para a tomada de 
decisões. Para tal, é fundamental a importância de uma política de valorização da 
qualidade e segurança no sistema (pelos desenvolvedores e stakeholders), senão 
facilmente o engenheiro de software irá esquecê-la ou ignorá-la. Infelizmente, as 
drásticas consequências não serão identificadas de momento (PEREIRA, S. R; 
PAIVA; SOUZA; SIQUEIRA; PEREIRA, A. R., 2012).Hospitais estão investindo 
 
 
 
 
fortemente em sistemas de gestão com diversos objetivos, entre eles o de 
administrar a cadeia de suprimentos. Com um sistema completo de administração 
hospitalar, devidamente definido e implantado, é possível um efetivo gerenciamento 
de todo o processo de tratamento dos pacientes, auxiliando na tomada de decisão 
dos gestores e, consequentemente, na excelência em qualidade. Uma das formas 
de um hospital otimizar seus recursos é por meio do redesenho de sua cadeia de 
suprimentos e da utilização da TI (Tecnologia da Informação) (PEREIRA, S. R; 
PAIVA; SOUZA; SIQUEIRA; PEREIRA, A. R., 2012). 
 
2. RELAÇÃO ENTRE OS SISTEMAS DE SAÚDE 
 
A conjuntura nacional expõe o modelo que trata do relacionamento público-
privado no sistema de saúde, mostrando que existem obstáculos a serem 
enfrentados, e que é preciso, inevitavelmente, olhar para essas problemáticas a 
longo prazo. 
Há uma necessidade de procurar uma diminuição de custos, elevar a 
qualidade dos serviços de assistência à saúde, a utilização de informações, 
tecnologia e descobertas a favor do gerenciamento, qualificar e aprimorar os setores 
de atendimento primários e secundários, que diminuíram a taxa de entrada de 
paciente, com casos mais específicos e complexos no atendimento terciário. Dessa 
forma, esse aprimoramento revela uma melhora na taxa de entrada de usuários. 
 A assistência hospitalar pode ser consideradauma questão que muda 
constantemente seus questionamentos e certezas. Sabemos que hospitais 
dependem de vários setores e elementos para que possam funcionar e receber seus 
pacientes, então é nesse momento que muitos questionamentos surgem, 
principalmente para os gestores, já que eles têm a responsabilidade de lidar com 
essas circunstâncias e administrar cada uma da forma mais eficiente possível. 
O envelhecimento da população se tornou um dos debates principais quando 
o assunto é a demografia, uma vez que a população envelhece e junto desse fator a 
procura pelos serviços de saúde também aumentam. 
Os recursos humanos e a incorporação de diversos profissionais ao ambiente 
hospitalar geraram o que chamamos de equipe multiprofissional, entretanto a disputa 
por cargos e poderes torna o ambiente uma área de conflitos em alguns casos. Por 
sua vez, a tecnologia é um fator que se desenvolve cada dia mais, e em alguns 
hospitais e centros médicos, sejam eles públicos ou privados, há uma dificuldade na 
implantação e na elevada taxa para adoção dessas novas tecnologias nos setores. 
O custo em setores hospitalares se resume a uma incerteza, visto que a procura por 
serviços e materiais hospitalares é muito alta. 
Perdura o conflito sobre o que deve ou não ser levado em consideração, 
como despesas com saúde, e torna-se perceptível a transformação no padrão de 
financiamento, que tem o objetivo de trazer a estabilidade para os hospitais. 
O setor de saúde privada sofreu algumas consequências quando se refere à 
Assistência Médica Supletiva (AMS), uma vez que os altos custos, despesas, 
imposição de colaboradores e compradores influenciaram para que houvesse uma 
busca por alternativas de assistência à saúde e que se reorganizem de forma 
diferente, atendendo às novas perspectivas. 
A AMS tem como principal objetivo proporcionar aos colaboradores o ingresso 
a um plano de saúde que certifique qualidade de atendimento em serviços diversos 
e que, de preferência, tenha um custo acessível para os cidadãos que fazem a 
adesão. 
 
 
 
 
No Brasil, os hospitais escolas ou hospitais universitários são encarregados 
por fazerem uso de leitos. Além disso é neles que é desempenhada uma boa parte 
dos procedimentos e mecanismos, com centralização na realização de 
procedimentos de alta dificuldade. Eles são um constituinte privativo e relevante da 
rede pública, à procura de novos tipos de financiamento para complementar a 
escassez de recursos públicos e estabeleceram negociações por meio de venda de 
serviços e atendimentos com a AMS. 
Essa aplicação também tem sido bastante considerada e utilizada para atingir 
a melhoria e eficácia, de modo que os hospitais preservem seu corpo clínico e 
equipe multiprofissional, elevando a parcela de circunstâncias a serem ponderadas 
na pesquisa de indagação e no direcionamento de prováveis resultados. 
Uma das consequências desse contexto é o desmembramento do 
procedimento de atenção e cuidado à saúde, que se torna mais claro no campo de 
atuação pública, onde espelha mais evidentemente o debate relacionado à saúde 
pública. 
Uma problemática bem presente na atualidade é a caracterização de 
técnicas que regularizam a integração da rede de assistência à saúde. No setor 
privado, a totalidade de problemas é antiga e demonstrou consequências 
relacionadas à elevada taxa de competência e domínio de acesso à assistência. 
Ainda que se faça relação com a integralidade e seus frutos positivos e 
negativos, é possível afirmar que ainda estamos muito distantes de atingir o que é 
desejado. Tal temática está voltada para várias concepções e sentidos, porém seu 
alicerce está na qualidade do atendimento prestado ao usuário, envolvendo 
questões como cuidado, acolhimento, visão ampliada, entre outros. Sabe-se que a 
integralidade é de grande relevância nas políticas de saúde, como uma das 
diretrizes mestras da reforma do Sistema de Saúde Brasileiro (FONTOURA; 
MAYER, 2006). 
O conceito de integralidade é um dos pilares a sustentar a criação do Sistema 
Único de Saúde. Princípio consagrado pela Constituição de 1988, seu cumprimento 
pode contribuir muito para garantir a qualidade da atenção à saúde. Em primeiro 
lugar, é previsto nesse conceito que, de forma articulada, sejam ofertadas ações de 
promoção da saúde, prevenção dos fatores de risco, assistência aos danos e 
reabilitação – segundo a dinâmica do processo saúde-doença (CAMPOS, 2003). 
É imprescindível destacar a importância que deve existir a respeito de uma 
visão geral da situação, para que haja uma identificação de todos os contratempos e 
situações que possam acarretar a essa perda de estabilidade em relação aos altos 
custos e limitada remuneração, desse modo, fazendo retornar ao conjunto de 
problemas que são considerados os elementos de impacto ao hospital, mantendo, 
assim, a integralidade. 
A tendência é desenvolver formas e métodos econômicos de mais fácil 
compreensão, que sejam apropriados para atividades e atendimentos de maior 
complexidade, voltando a atenção não só para tecnologia em equipamentos, mas 
também em procedimentos e processos realizados por esses recursos. Indicando, 
também, a oportunidade do fim dos pequenos centros de atendimento ou hospitais, 
com exceção para aqueles que possuem especialidades ou que tratam com primazia 
os casos admitidos, obviamente, respeitando a capacidade que possui. 
A busca por maneiras variadas de financiamentos tem se tornado cada vez 
mais frequente e solicitada, em virtude da ausência de satisfação e contentamento 
com o modelo atual utilizado, já que o mesmo possui nível elevado e dificulta a 
estabilização de um padrão no gerenciamento, nos métodos utilizados, 
 
 
 
 
procedimentos, materiais, recursos humanos, equipamentos de alta tecnologia e 
qualidade oferecida pelo atendimento. 
No Brasil, já é um debate entre os temas de relação e colaboração entre o 
setor privado e o setor público, quando se trata de serviços de assistência hospitalar. 
É possível observar alguns modelos e programas de gerenciamento que têm em 
vista perpetuar uma gestão no setor público, com a finalidade e intenção de 
possibilitar a elaboração de serviços públicos sem fins lucrativos – as Organizações 
Sociais da Saúde (OSS). 
As OSS começaram a surgir no Brasil na esteira das possibilidades abertas 
para a gestão pública, após a Reforma do Estado, desencadeada nos anos 
1994/1995. Portanto, são consideradas como um dos padrões de apresentação do 
denominado “terceiro setor”, e emergem como nova modalidade voltada à função 
social de gestão e provisão de serviços de saúde, vinculadas ao modelo das 
parcerias público-privadas (MORAIS, 2018). 
Ainda que com muitos problemas e empecilhos, a escolha pela adoção desse 
modelo das OSS começou a acontecer, entretanto, apenas em hospitais que se 
encaixavam nos critérios e padrões que eram exigidos, alguns deles: recém-
construídos, atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS), sem problemas de 
manutenção e voltados a atingir metas estabelecidas pela Secretária do Estado da 
Saúde. 
Dando visibilidade à quantidade de obstáculos que existia, a dificuldade de 
comprometimento e admissão, causada pela limitação de despesas públicas, 
impasses considerados para a continuidade e boa manutenção dos hospitais, que 
estavam sob o comando da Administração Pública e o ordenamento de algumas 
instituições privadas, de se manterem mais próximas do governo, passaram a 
procurar rendimentos de atividades coexistentes entre o privado e o público. 
Não existia o auxílio de todos os lados para que fosse posicionado e posto em 
prática esse modelo, a Secretaria Municipal de São Paulo, por exemplo, não 
compactuava com a ideia de gestão proposta pelas Organizações Sociais de Saúde, 
que propagandeava o ideal de unir e manter as organizações privadas parceiras 
com os Hospitais Municipais e, consequentemente, não foi aceita e aprovada, muito 
menos considerada eficiente o suficiente para solucionar ou satisfazer as 
necessidades.2.1 Modelos contemporâneos que tentam encaixar o setor público e privado e 
suas necessidades 
 
As normas que são colocadas na mesa para conduzir o setor público fazem 
com que se torne mais claro o quanto é preciso ser feita uma reavaliação do 
gerenciamento, uma vez que, quando colocada em prática, a gestão visa avaliar 
como funcionam os meios e as ações. 
Não existindo preocupação com os resultados, é o fator que esclarece e 
mostra como está o andamento e qualidade dos atendimentos oferecidos em 
ambientes hospitalares. 
Quando a temática é o setor privado, todos os que fazem parte do corpo da 
instituição experimentam a sensação de competitividade entre os que ali estão, 
mesmo que cada um execute uma atividade ou cargos distintos na assistência de 
serviços de saúde; não se pode comparar com ter que responsabilizar-se com 
planos de saúde ou outros tipos de seguros. 
 
 
 
 
O compromisso na procura por alguma forma de competividade – tais como a 
contratualização entre componentes e colaboradores – são pontos que devem estar 
presentes quando se trata desse aspecto. 
O modelo que está em vigor traz a constatação da supressão de uma visão 
do todo, seja pelo ato momentâneo da gestão, pela falta de entendimento (ou 
ausência de compreensão da situação) das despesas do setor. O gestor do setor 
tem uma conduta relativa, com disposição muito baixa para construir novos 
movimentos. 
A intranquilidade com a competência chega ao ponto de ser repreendida, 
como um incentivo ao uso de raciocínio lógico de serviços, mas quando a 
competência é um enfoque que passa por análise durante o processo de 
gerenciamento tem total lógica buscar por processos e projetos gerenciais capazes e 
habilitados a suprir as necessidades. 
O apuramento dos custos e despesas não é uma problemática insuperável, 
porém sua introdução vai depender da política institucional, e se explica quando 
passa a servir para a tomada de decisões. 
Conclui-se por ser um fundamento para processos pontuais de redução de 
custos, instigados por agentes externos ao setor, com pouca bagagem de 
conhecimento a respeito das partes especificas de seus processos, podendo auxiliar 
ou não no processo de redução de custos. 
Existem inúmeras ferramentas, projetos, métodos e programas que têm como 
finalidade tentar garantir o aperfeiçoamento no setor de qualidade e gerenciamento 
para inúmeras empresas e instituições, cabendo, então, ao hospital, 
independentemente de compatibilizar-se ao setor público ou privado, encontrar um 
método que se encaixe com suas respectivas necessidades, ou ainda, tentar 
fortalecer e amplificar métodos que sejam desenvolvidos de acordo com os objetivos 
do hospital. Tudo isso com o único intuito de melhorar o desempenho e o nível de 
qualidade dos serviços de assistência à saúde, que são realizados por centros e 
hospitais. 
A assistência de serviços hospitalares realizada no Sistema Único de Saúde 
(SUS) – setor público – é desenvolvida e apoiada nas necessidades de todos 
aqueles da população, com o intuito de comprometer-se com o atendimento e 
serviços oferecidos aos pacientes, com a contribuição de um conjunto de 
profissionais, que constituem uma equipe multiprofissional; de forma integrada aos 
outros aspectos de cuidado, exercidos pela Rede de Atenção à Saúde (RAS) e 
com diversas outras políticas que atuem em uma ou mais regiões. 
A Rede de Atenção à Saúde (RAS) pode ser tratada como o conjunto de 
ações e atos, com o objetivo de prestar assistência à saúde. Esse auxílio requer um 
funcionamento complexo e habilidoso, com o propósito de comprovar, de manter a 
integralidade da assistência de serviços de apoio à saúde do cidadão, obviamente, 
entendendo as normas de cada região onde são desenvolvidas as atividades. 
O auxílio tem como objetivo garantir a resolução do cuidado e continuidade 
do cuidado, demonstrando certeza em honrar a equidade e a transparência 
(princípios), sempre coerente com os acordos estipulados com o Sistema Único de 
Saúde (SUS). 
A Atenção Hospitalar compreende vários outros aspectos que devem ser 
discutidos e compreendidos, para que haja um fácil entendimento de associar os 
fatos que fazem ligação, e deixam, diretamente, um lugar ligado ao outro. 
Perpetuado por uma conjunção de instabilidades relativas às finanças e ao 
dinheiro nos hospitais, o Ministério da Saúde (MS) recomenda a reestruturação do 
 
 
 
 
sistema que constitui a assistência hospitalar, compreendendo as incompatibilidades 
e a transformação do padrão empregue na assistência à saúde, não devendo ser 
esquecida a participação da assistência hospitalar. 
O modelo que era aplicado na realidade brasileira conta com o Programa de 
Saúde da Família (PSF), que representa tanto uma estratégia para reverter a forma 
atual de prestação de assistência à saúde, como uma proposta de reorganização da 
atenção básica, como eixo de reorientação do modelo assistencial, respondendo a 
uma nova concepção de saúde, não mais centrada somente na assistência à 
doença, mas, sobretudo, na promoção da qualidade de vida e intervenção nos 
fatores que a colocam em risco ¾, pela incorporação das ações programáticas de 
uma forma mais abrangente e do desenvolvimento de ações intersetoriais (Programa 
Saúde da Família, 2000). 
Seus princípios, o Programa Saúde da Família, é, nos últimos anos, a mais 
importante mudança estrutural já realizada na saúde pública no Brasil. Junto ao 
Programa dos Agentes Comunitários de Saúde, com o qual se identifica cada vez 
mais, permite a inversão da lógica anterior, que sempre privilegiou o tratamento da 
doença nos hospitais (Programa Saúde da Família, 2000). 
O novo modelo em vigência estende sua atenção para diversos âmbitos, e a 
educação é um deles. Temos conhecimento de que o ambiente hospitalar possui 
uma grande capacidade de transmitir conhecimento e assim influencia diretamente 
na formação/graduação daqueles que serão futuros profissionais de saúde. 
É importante ressaltar que a atenção e o cuidado devem ser estendidos para 
além do ato de receber os atendimentos, deve existir a preocupação em manter a 
educação dentro dos planos, uma vez que os futuros profissionais, dispõem de uma 
ótima fonte de experiência e conhecimento nos hospitais de ensino/universitários. 
Os Hospitais de Ensino são instituições de saúde que interessam e possuem 
convênio, pois dispõem de uma gama de oportunidades a uma Instituição de 
Ensino Superior (IES), seja ela de setor privado ou público. 
Esses Hospitais de Ensino prestam auxílio ao setor para a execução de 
práticas e atividades de ensino, aplicadas na área da saúde, conforme o 
determinado na legislação do Programa de Certificação de Hospitais de Ensino. 
As instituições hospitalares têm, claramente, duas finalidades bem definidas: 
a primeira delas, e bem essencial é manter a qualidade dos serviços e garantir que 
os pacientes tenham melhoras nas suas condições de saúde. 
Os hospitais universitários são reconhecidos pela sua fama como unidades 
de referência em processos de maior complexidade tecnológica, e são ambientes 
de formação de ensino e atividade de significativos tipos de especialidades na área 
de saúde, dando ênfase especial aos profissionais que são médicos especialistas e 
contribuem nos métodos de engrandecimento e esclarecimento de assistência e 
integração tecnológica na saúde. 
Essas instituições de ensino, conhecidas como Hospitais Universitários, 
possuem seus objetivos bem definidos e claros, a fim de que seja seguida uma linha 
de boa organização, influenciando diretamente na qualidade dos serviços oferecidos 
nesses centros, podendo citar: garantir, gradativamente e de maneira íntegra, o 
aperfeiçoamento da qualidade da atenção e cuidado à saúde com os estudos; 
entusiasmar a integração da instituição na pesquisa, no progresso e no 
gerenciamento de novas tecnologias na área de saúde, de maneira que esteja 
conforme as necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS); estimular a 
participaçãoe presença dos Hospitais de Ensino nos conteúdos e projetos que têm 
 
 
 
 
como objetivo o alargamento na oferta de profissionais médicos no Sistema Único de 
Saúde (SUS). 
Os objetivos e princípios que são seguidos pelos Hospitais de Ensino (HE) 
buscam garantir que o futuro profissional de saúde tenha acesso a todos os recursos 
que são oferecidos dentro dessas instituições, além de desenvolver diversos 
programas e projetos que têm finalidade de ampliar as especialidades e experiências 
daqueles que irão fazer parte dos ambientes e centros hospitalares. 
Mesmo quando forem atingidas as diversas metas pelo Sistema Único de 
Saúde (SUS), a aplicação dos seus princípios (e diretrizes) não pode ser 
considerada como algo que foi alcançado de maneira completa e total, pois existem 
muitos aspectos que ainda necessitam ganhar uma maior visibilidade e um lugar de 
prioridade. 
Assim, a integralidade e a reestruturação da tecnologia, partindo das formas 
mais simplificadas de tecnologia e dos locais de tratamento ampliados, devem ser 
entendidas, não só como diretrizes e princípios, mas também de uma maneira 
dinâmica e diferente de implantar a saúde. 
É importante compreender que uma grande porção dos obstáculos que 
dificulta a melhor forma de realização dos serviços executados em ambientes de 
atenção à saúde do Sistema Único de Saúde (SUS) refere-se à predominância do 
projeto médico de assistência no ato de refletir a saúde dos profissionais que atuam 
nessa área. 
Posicionando contra esse raciocínio, o princípio da integralidade da atenção e 
a reorganização tecnológica argumentam e preservam a atitude de afinidade e maior 
contato entre profissionais e usuários, tendo em vista que essas atitudes sejam 
então guiadas pelas imprescindibilidades dos pacientes e do coletivo, no geral. 
Logo, torna-se óbvio que é necessário, cada vez mais, no âmbito hospitalar, a 
implantação de outros vários recursos que tenham impacto positivo na atuação 
daqueles profissionais. 
Entretanto, não se faz necessário apenas recursos tecnológicos ou materiais, 
é imprescindível novas atitudes e formas de pensar, para que possamos conseguir 
alcançar um melhor entendimento na relação entre os profissionais, e também não 
menos importante, entre pacientes e profissionais, ou seja, deve haver uma 
reformulação e adoção de novos métodos e propostas para a harmonia do ambiente 
hospitalar, auxiliando com a experiência de inovação na prática da conformação da 
tecnologia no ambiente hospitalar, no ponto de vista de suspender com o raciocínio 
que impõe barreiras no desempenho da instituição em questão, já que é um 
ambiente com benefícios de configuração. 
A aplicação no prosseguimento de novas tecnologias e medicamentos, os 
quais possuem habilidades e capacidades de solução diagnóstica e terapêutica, 
representam impacto maior pelos setores industriais comprometidos com a saúde, 
que têm se destacado, particularmente, nas sociedades mais desenvolvidas, onde a 
compressão dos usuários a respeito do sistema, traz a indispensabilidade de novas 
maneiras de atuação e verificação da origem de produção de serviços médicos e de 
assistência à saúde. 
A concorrência da produção de serviços realizados a respeito do hospital se 
torna algo a ser interrogado, dentro de um ponto de vista de transformação social a 
ser considero, em um contexto de estratégia, quanto aos principais fatores 
determinantes relacionados à continuidade da sobrevivência e das circunstâncias de 
produção e de consumo. 
 
 
 
 
A questão da decisão de aquisição de novas tecnologias médicas assume 
importância crucial por parte dos gestores de organizações de saúde, posto que é 
preciso considerar informações que possibilitem uma melhor utilização dos recursos 
disponíveis. 
Atributos relacionados aos vários agentes envolvidos, à capacidade 
resolutiva, ao potencial de redução de custos e à cultura e formação dos envolvidos 
com a produção passam a fazer parte do processo decisório, e não apenas os 
aspectos financeiros, vinculados à opção de compra ou financiamento de 
determinada incorporação. 
Em consequência, selecionar opções que propiciem as melhores relações 
custo-benefício e os melhores desempenhos operacionais, que abram novas 
possibilidades de desenvolvimento de conhecimentos, pode vir a demandar novos 
modelos de avaliação, em que esses fatores estejam contemplados (QUEIROZ; 
BARBOSA, 2003). 
Para que sejam feitos esses investimentos na indústria da assistência médica, 
é necessário que exista um financiamento capaz de suprir as necessidades e 
empurrar o gerenciamento hospitalar para frente. 
No Brasil, é possível identificar três formas de financiamento do sistema de 
saúde. O Sistema Único de Saúde (SUS), financiado pelo Estado, o Sistema 
Supletivo de Assistência, financiado pelo recolhimento de contribuições contratadas, 
e o autofinanciamento, previsto na Constituição Federal, 1988. 
A presença concomitante desses modelos, em um mesmo mercado de 
assistência, é responsável por uma série de desvios de função. No fundo, pode-se 
inferir que o Estado tem uma capacidade limitada de inversão de recursos no 
sistema, em razão das suas opções econômicas. 
O que se pode observar é uma tendência de privatização das ações de saúde 
a alavancar o sistema supletivo, que está mais diretamente vinculado ao ambiente 
da produção (cerca de 70% dos planos de saúde estão relacionados a empresas e 
trabalhadores da economia formal) (QUEIROZ; BARBOSA, 2003). 
Um dos setores em que ocorrem os maiores investimentos em pesquisa e 
desenvolvimento no mundo é o setor químico-farmacêutico. Simultaneamente, a 
dominação do setor é exercida por poucos grupos multinacionais, 
predominantemente de origem europeia e americana, e o volume de lançamentos de 
novos produtos é regulado, nestes países, por agências controladoras da eficácia e 
efetividade que seus produtos apresentam. 
As sociedades em que se localizam as matrizes desses grupos conseguiram 
chegar a um estado de regulação da atividade bastante rigoroso na validação e 
aceitação dos fármacos. Outro dado importante é que, nesses países, as leis de 
patente e propriedade industrial acabam por limitar o tempo de exclusividade a 15 
anos de registro. 
Com a média de tempo de liberação dos medicamentos sendo bastante 
longa, na prática, essas indústrias usufruem disso e de preços elevados por um 
período relativamente curto, após o qual passam a sofrer concorrência de 
laboratórios especializados na produção de genéricos de equivalente eficácia 
(QUEIROZ; BARBOSA, 2003). 
Logo, com o grande investimento em indústria farmacêutica e tecnológica 
voltada para a saúde, deixa evidente o quanto essa área está em crescimento e com 
um bom gerenciamento, envolvida com as descobertas, ampliando cada vez mais a 
gama de possibilidades. 
 
 
 
 
Semelhante ao que ocorre na indústria farmacêutica, a área de tecnologia 
médica também apresenta uma forte concentração de empresas multinacionais. A 
diferença é que, nessa área, as empresas mais importantes são da área 
eletro/eletrônicas e a saúde não constitui seu principal negócio. 
O investimento em pesquisa e desenvolvimento, no entanto, é também 
elevado, e um dos objetivos estratégicos dessas empresas, ao investirem nessas 
áreas, é a melhoria de sua imagem. Logo, as margens de comercialização dos seus 
produtos médicos, não são, em essência, diferentes dos outros produtos que 
compõem seu portfólio (QUEIROZ; BARBOSA, 2003). 
 A veiculação pela mídia das novidades em tecnologias imprime uma 
demanda por novos métodos, por parte dos consumidores, que acaba por encarecer 
a assistência. Por outro lado, a tecnologia também tem propiciado, especialmente 
nos últimos anos, uma mudança acentuada no modelo de atendimento com redução 
da permanência em hospitais, com o crescimento do atendimento ambulatorial mais 
complexo e com a introdução de novas formas de atendimento. 
Como agente regulador, o poder público tem se pautado,desde a última 
década, na criação da legislação, modeladora e balizadora do comportamento dos 
demais agentes. Isso pode ser notado, por exemplo, com a reforma legal do sistema 
supletivo de saúde e com a criação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária 
(ANVISA), com poder fiscalizatório sobre a produção de produtos usados em saúde 
(QUEIROZ; BARBOSA, 2003). 
Logo, depois de obter as informações, torna-se possível entender a 
classificação com base em critérios de segurança, essencialidade que dará sentido 
às tecnologias no meio da área de saúde. 
Investimentos Classe I, cujo caráter principal é a criação de melhores 
condições de segurança ao paciente, ao trabalhador e ao ambiente físico, 
constituem-se em elemento fundamental ao processo assistencial. São exemplos: as 
tecnologias de monitoração e controle de outras tecnologias médicas, de prevenção 
e combate a incêndios e de garantia de suprimentos de energia, água e de 
manutenção de equipamentos ligados a funções vitais (QUEIROZ; BARBOSA, 
2003). 
Investimentos Classe II são caracterizados pela sua essencialidade, quer 
esteja vinculada a um processo intermediário, quer final da assistência. São 
exemplos desse grupo: as tecnologias de diagnóstico por imagem; os sistemas de 
suporte ventilatório; os equipamentos utilizados em procedimentos terapêuticos e 
intervencionistas e aqueles que direta ou indiretamente sejam responsáveis pela 
produção assistencial. Nesse grupo, é possível ainda uma subclassificação em 
função do caráter de rentabilidade que a tecnologia propicia. 
Investimentos Classe III são caracterizados pela sua não essencialidade ao 
processo de assistência, sendo necessário um pareamento de suas incorporações 
com as vocações assistenciais da organização. 
Investimentos Classe IV são caracterizados pela sua aplicação em pesquisa 
médica e desenvolvimento de novos serviços e produtos, e que apresentam um grau 
de maior de dificuldade de análise, uma vez que se referem aos procedimentos 
ainda não bem estabelecidos no ambiente assistencial (QUEIROZ; BARBOSA, 
2003). 
As organizações de saúde têm se defrontado com crescentes desafios e 
dificuldades, em um ambiente de restrições, cujas pressões dos vários agentes 
envolvidos com o sistema se estabelecem em regimes permanentes, e a questão da 
incorporação de novas tecnologias demanda novos posicionamentos e a 
 
 
 
 
administração de um volume muito maior de informações que subsidiem o processo 
decisório. Entre estas, é possível selecionar dados relativos à evolução 
epidemiológica e demográfica da população, aos padrões de remuneração 
praticados pelo mercado comprador de serviços e à capacidade de absorção e 
aprendizagem disponíveis nos grupos profissionais do hospital, no sentido de 
compor um modelo de análise que estabeleça a utilidade e aplicação das novas 
tecnologias. 
Da mesma forma, o monitoramento das tendências de inserção de novas 
tecnologias, especialmente as que demandem mudanças de comportamento médico 
e que necessitem de sua participação na implementação de novos processos 
assistenciais, deve se constituir em item de preocupação permanente dos 
planejadores e gestores de organizações de assistência médico-hospitalar 
(QUEIROZ; BARBOSA, 2003). 
 
3. INSTITUIÇÃO HOSPITALAR E CONTRATUALIZAÇÃO 
 
Os arranjos contratuais, necessariamente, envolvem duas partes – o ente 
contratante/financiador e o(s) ente(s) contratado(s)/prestador(es). Constituem-se em 
mecanismos de coordenação nos sistemas de saúde públicos, que separaram as 
funções de financiamento/compra e de regulação da função de prestação de 
serviços e naqueles em que a referida separação não ocorreu (LIMA; RIVERA, 
2012). 
A contratualização é um procedimento em que os componentes – o 
administrador do Município ou do Estado, do Sistema Único de Saúde (SUS) e 
representativo oficial da instituição hospitalar – constituem objetivos que indicam 
quantidade e qualidade de atenção e cuidado à saúde, referente ao gerenciamento 
hospitalar, formalizados e certificados por meio de um acordo contratual. 
A vivência do Ministério da Saúde (MS) com a metodologia de 
contratualização teve seu início em 2004, com a introdução dos princípios e 
políticas de reorganização dos hospitais de ensino e também dos hospitais 
filantrópicos. 
Com a priorização dessas políticas e princípios, o Ministério da Saúde (MS) 
estabeleceu uma referência inovadora de financiamento para os ambientes 
hospitalares, fundamentado no regresso de incentivos e financiamento, calculados 
com base na ordem histórica da formação hospitalar de cada estabelecimento ou 
instituição. 
O Incentivo de Adesão à Contratualização (IAC) se estabeleceu criando a 
possibilidade do regresso de recursos, fundos e materiais aos estabelecimentos e 
instituições hospitalares, por intermédio de lançamento de portarias. 
Atualmente, há cerca de 1.030 hospitais que recebem e utilizam o Incentivo 
de Adesão à Contratualização (IAC). 
Existem diversos aspectos positivos com o fato de optar por seguir o método 
de contratualização, são eles: facilitação dos processos de avaliação; controle, 
regulação dos serviços ofertados; programação orçamentária e financeira; 
possibilidade de investimento na gestão hospitalar; adequação dos serviços 
conforme a demanda e necessidades do gestor local de saúde; maior transparência 
na relação com o gestor local do SUS; melhor inserção institucional na rede de 
serviços de saúde; valorização dos aspectos referentes ao ensino, pesquisa e 
produção de conhecimento; integração ensino-serviço; indução de um maior 
comprometimento do corpo de colaboradores da unidade hospitalar (contrato 
 
 
 
 
interno); melhor alocação e gestão dos recursos públicos, por meio da 
racionalização do gasto e da qualidade do serviço prestado e fortalecimento da 
relação entre o gestor e o prestador de serviço, uma vez que as metas passam a ser 
formuladas em parceria. 
No Brasil, os arranjos contratuais estão no cerne das discussões sobre 
alternativas para a Administração Pública, tendo em vista a melhoria do 
desempenho e da prestação de contas dos prestadores de serviços de saúde. Além 
disso, estão sendo propostos e/ou utilizados como instrumentos de coordenação e 
ligação do núcleo central da Administração Pública, com seus próprios entes 
internos já existentes e/ou com novas modalidades jurídico-administrativas, público 
ou privadas, prestadores de serviços de saúde. 
No Brasil, desde o final de 1990, os arranjos contratuais entre hospitais e 
unidades de atenção básica, com secretarias de saúde estaduais ou municipais, 
vêm sendo estabelecidos. 
É fundamental entender que o processo de contratualização está sujeito a 
modificações, uma vez que é necessário que todos os aspectos que compõem um 
hospital mantenham a ordem e conexão, para que, assim, possa ser observado um 
bom funcionamento, quando nos referimos aos serviços e ao gerenciamento do 
ambiente. 
Existem diretrizes e princípios que são estabelecidos com a finalidade de 
deixar claro e evidente como funciona esse processo, de modo que podemos 
observar as diretrizes para a contratualização de hospitais no âmbito do Sistema 
Único de Saúde (SUS) – Portaria da Consolidação nº 2, que estabeleceu a 
Consolidação das regras e normas a respeito das políticas nacionais de saúde do 
Sistema Único de Saúde (SUS). 
O comprometimento de cada responsável pelo gerenciamento do Sistema 
Único de Saúde (SUS), a sua cooperação, na constituição das linhas de atenção e 
cuidado e da rede de assistência de serviços à saúde pode ser relevante. De 
maneira a certificar que os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), habitantes 
em sua zona, tenham acesso ao atendimento e serviços de qualidade, dentro, mas 
também fora do seu território, precisando verificar-se pactuações, promovendo os 
fluxos, referências e informações. 
Antes de acontecer a contratualização, existe e deve ser realizada uma 
consulta a assessoria/assistência jurídica do Município ou áreaem questão. Em 
seguida, deve ser pesquisada a oportunidade de existir uma resolução em conjunto, 
para os Municípios e Estados, o que pode ser realizado via Consórcio Intermunicipal 
de Saúde (CIS). 
Na terceirização, a autoridade pública entrega a uma entidade do setor 
privado, com ou sem fins lucrativos, (como acontece em situações de empresas de 
telefonia e serviços de outras atividades) a execução do serviço, ao mesmo tempo 
em que a publicitação e a contribuição do serviço público é trasladada para uma 
estruturação de ordem privada, reconhecida pelo poder público, como sistema 
privado de interesse público, não podendo ter fins lucrativos. 
A vasta discussão sobre as terceirizações transcorre sobre autenticidade e 
originalidade de contratualização de serviços, para progredir as atividades em meio 
ao gerenciamento público. 
A Justiça do Trabalho é responsável por afirmar os critérios e princípios para 
o processo de terceirização. A princípio, a terceirização é determinada para o 
trabalho momentâneo e prestação de serviço de vigilância. E, ainda, hábitos lícitos 
quando se procedessem de atividades meio, mas sempre acompanhados de debate, 
 
 
 
 
pontuados os limites que são definidos e diferenciados dessas atividades como fim 
ou meio. 
É analisado um número crescente no processo de terceirizações, que 
aumenta o sentido das consideradas atividades meio no gerenciamento hospitalar. 
Os serviços prestados como lavanderia, higienização, segurança, esterilização, 
laboratorial e assistência nutricional são exemplos claros e evidentes de assinalar o 
quanto as prestações de serviços têm, cada vez mais, tornado-se instrumentos com 
finalidades contratuais, que acomodam o elevado nível de complexidade de 
gerenciamento dessas organizações hospitalares, uma vez que deve existir uma 
comunicação e uma gestão boa o suficiente para manter em harmonia. 
Existem indicações de que este método de terceirização tem se representado 
no Sistema Único de Saúde (SUS) como amplificação dos mercados, quando se 
refere à prestação de serviços públicos, tais como os serviços dos laboratórios de 
análises clínicas. 
Na história prefacial, com relação a quando se encontrava da relação entre o 
setor público e o setor privado na área de saúde, a característica complementar foi 
explanada pelo ato de entender que, com o desenvolvimento e progresso do 
financiamento da assistência à saúde, a contribuição e participação do setor privado 
diminuiria em desvantagem à ampliação da rede pública. 
Há de se observar que o setor privado se desenvolveu e fundamentou uma 
transformação em que o setor público parece se juntar para complementá-lo, 
reivindicando precaução ao aprimoramento dos instrumentos e recursos de natureza 
contratuais de prestação de serviços e, consequentemente, de regulamentação, 
estabelecendo-se numa transformação do setor privado sobre o setor público, em 
que o direito privado desempenha grandes impactos e intervenções sobre o direito 
público. 
Essa conjunção é evidenciada quando conhecidas as atenções e cuidados 
ambulatorial especialista e hospitalar, em razão à baixa capacidade/competência 
estabelecida, acarretando a imprescindibilidade de contratação de serviços 
complementares para proposta aos pacientes. Isso se deve à solicitação de 
melhorias da clareza no relacionamento contratual, com objetivos ao interesse 
público, especialmente quando se reconhece a circunstância do público ser preso à 
condição da prestação de serviços de natureza privada, com realidade de baixa 
legalização do relacionamento contratual. 
A contratualização não alterou a disponibilização de leitos, exames e 
consultas para a secretaria, e também não influenciou a inserção dos serviços de 
urgência/emergência na rede, o que era desejado pelo Programa. São condições 
obrigatórias para o ingresso no Programa a certificação e a contratualização (LIMA; 
RIVERA, 2012). 
No método utilizado de contratualização, faz-se necessário que exista o 
processo avaliativo de qualidade, para que, como os outros serviços, esse também 
tenha uma análise. 
Na Saúde Coletiva e na área de saúde como um todo – Planejamento e 
Gerenciamento – são beneficiadas implantações com vasta produção científica, 
sabendo que a consideração é um dos seus aspectos fortes, sendo analisado o 
tema que possui uma orientação oblíqua, frequente na produção científica dessa 
determinada área. A administração do setor público tem beneficiado tomada de 
resolução, e privilegiado a sociedade e instituições com seus procedimentos de 
autocrítica e avaliação. 
 
 
 
 
No Brasil, tem sido fundamental o instrumento de gerenciamento hospitalar 
associado aos gestores e administradores dos sistemas e serviços à saúde, 
igualmente ao de políticas e programas de promoção à saúde. Para tanto, evidencia-
se a indispensabilidade do desenvolvimento de avaliadores com fundamento teórico-
científico, multiplicidade metodológica às complicações, intrínsecos à saúde e 
recursos institucionais, que visam regulamentar a pesquisa que realiza a avaliação. 
O método normativo de institucionalização na saúde no Brasil surgiu a partir 
da implantação do Programa Nacional de Avaliação dos Serviços Hospitalares 
(PNASH) e de outros programas, que também foram desenvolvidos e implantados 
com finalidades parecidas com PNASH. Na atualidade, podemos dizer que pertence 
à Portaria nº 8 reestruturar o sistema de saúde por meio do Programa Nacional de 
Avaliação dos Serviços de Saúde (PNASS), concedendo à avaliação um passo de 
extrema relevância para orientar, de forma consciente, a realização de ações e 
serviços de saúde quando falamos de eficácia, segurança e efetividade. Esse 
programa tem como finalidade geral e especifica de analisar a completude dos 
estabelecimentos e instituições de atenção e cuidado em atendimento, saúde, 
ambulatórios e centros hospitalares, beneficiados com recursos financeiros de 
origem de programas implantados pelo Ministério da Saúde (MS). 
O incentivo à qualificação da gestão hospitalar (IQGH) estabelece algumas 
diretrizes para que possa ser realizado o processo de contratualização em hospitais, 
quando nos referimos ao Sistema Único de Saúde (SUS). 
Existem algumas diretrizes que regem esse incentivo e são as mesmas que a 
da Política Nacional de Atenção Hospitalar (PNHOSP). 
A atenção hospitalar é temática importante na análise de políticas públicas de 
saúde e objeto de constante preocupação por parte dos gestores, tendo em vista a 
complexidade e os desafios existentes na área. Seu fomento é histórico no Brasil, 
desde o período colonial, e fortaleceu o modelo assistencial médico-
hospitalocêntrico e liberal nas Repúblicas e Ditaduras dos séculos seguintes 
(SANTOS; PINTO, 2017). 
Três eixos estruturantes da política se destacam: a gestão hospitalar, que 
versa sobre qualidade da assistência, cumprimento de metas contratualizadas, 
eficiência e transparência, planejamento participativo, papel na RAS, fluxos 
regulatórios e critérios de monitoramento e avaliação; o financiamento tripartite e os 
instrumentos formais de contratualização que regularizam a relação entre o gestor e 
os hospitais públicos e privados, por meio de critérios regionais, orçamentários, de 
monitoramento e cumprimento das metas, aprimoramento assistencial e efetivação 
do controle social e transparência e, por fim; a responsabilidade das esferas de 
gestão que especifica competências das Secretarias Estaduais de Saúde frente a 
metas e prioridades para atenção hospitalar, cofinanciamento, contratualização e 
monitoramento ou avaliação (SANTOS; PINTO, 2017). 
Assim, é válido entender quais as principais ideias das diretrizes, sendo elas: 
garantia de universalidade de acesso, equidade e integralidade na atenção 
hospitalar; regionalização da atenção hospitalar, com abrangência territorial e 
populacional, em consonância com as pactuações regionais; modelo de atenção 
centrado no cuidado ao usuário, de forma multiprofissional e interdisciplinar;acesso 
regulado de acordo com o estabelecido na Política Nacional de Regulação do SUS; 
atenção humanizada em consonância com a Política Nacional de Humanização; 
garantia da qualidade da atenção hospitalar e segurança do paciente; garantia da 
atenção à saúde indígena, organizada de acordo com as necessidades regionais, 
respeitando-se as especificidades socioculturais e direitos estabelecidos na 
 
 
 
 
legislação, com correspondentes alternativas de financiamento específico, de acordo 
com pactuação com subsistema de saúde indígena. 
Os serviços de atendimentos de assistência à saúde são estruturados e 
sustentados nas carências e necessidades de todos aqueles que fazem parte 
população, com a intenção de envolver-se com o atendimento e serviços 
oferecidos aos pacientes, com contribuição de um conjunto de profissionais, mais 
conhecidos como Equipe de Multiprofissionais - responsáveis por colocarem em 
prática todos os objetivos e propostas que são desenvolvidas e pensadas pelos 
programas de assistência e acesso à saúde. 
Esses profissionais desempenham seus trabalhos baseados nos princípios 
fundamentais de manter em primeiro lugar a preocupação, cuidado e atenção ao 
paciente, sempre habituados com as normas e instruções instituídas pelo RAS 
(Rede de Atenção à Saúde). E, claro, sem esquecer de ter em vista que o trabalho 
não acaba após o fim do atendimento em alguma das unidades de saúde, por isso 
é de suma importância que exista a continuidade do cuidado e atenção do 
tratamento com o usuário, para que ele venha a ter uma boa melhora no seu 
quadro de saúde. 
Aperfeiçoar a qualidade da atenção e cuidado do atendimento e serviços 
hospitalares, sustentar o enrobustecimento do gerenciamento dos hospitais, 
impulsionar a ampliação do ingresso às ações e serviços de saúde na atenção 
hospitalar são objetivos diretos e específicos, que giram em torno do que esse 
programa procura botar em prática. 
Os objetivos estabelecidos pelo Incentivo à Qualificação da Gestão Hospitalar 
(IQGH) estão voltados à melhoria na qualidade, que deve existir na prestação de 
serviços, quando nos referimos à atenção e cuidado (fator de extrema importância), 
visto que o atendimento é a porta de entrada para que depois sejam realizados os 
outros serviços e, principalmente, é o aspecto que revela qual o nível de eficácia dos 
serviços oferecidos pelo Centro hospitalar em questão. 
Toda organização hospitalar deve possuir profissionais que sejam 
responsáveis pelo quesito gestão e desenvolva um método que consiga atender as 
necessidades do hospital e manter a harmonia em todos os setores que compõem o 
ambiente hospitalar. Assim, é imprescindível que esse setor receba incentivos para 
continuar sempre em progresso. 
Impulsionar as ações e atendimentos de assistência à saúde para que sejam 
cada vez mais presentes e efetivos vai refletir em um resultado satisfatório, uma vez 
que a atenção hospitalar necessita que os atendimentos sejam mais inovadores e 
capazes de suprir a demanda de pacientes e a gravidade que os casos possuem. 
A execução malfeita desse gerenciamento pode provocar uma reflexão em 
como vão ser desempenhados esses serviços, além de ser esse o principal, e um 
dos mais fundamentais, princípios/objetivos quando se trata do atendimento e 
serviços de saúde na atenção hospitalar. 
O investimento financeiro no quesito hospitalar torna-se cada vez mais 
necessário e fundamental, visto que a atenção hospitalar faz referência a uma 
diversidade de serviços e aspectos que, sem dúvidas, estão diariamente em 
evolução. 
Com o advento da tecnologia, muitas descobertas são feitas e, com isso, 
nasce a necessidade de inovação e implantação de novos métodos, recursos, 
equipamentos, profissionais, formações e informações, tudo isso com a finalidade de 
progredir em questões de atenção, cuidado e qualidade do serviço oferecido ao 
usuário que vai precisar de atendimento. 
 
 
 
 
Para que centros e instituições hospitalares possam ter ligação ou participar 
do Incentivo à Qualificação da Gestão Hospitalar (IQGH), são estabelecidos alguns 
critérios que vão definir se aquele hospital se enquadra no padrão definido e, na 
maioria das vezes, esses critérios estão ligados ao tamanho, porte ou capacidade 
que o centro hospitalar pode alcançar. 
Os hospitais públicos elegíveis ao recebimento do IQGH, os estabelecimentos 
certificados como Hospital de Ensino, deverão ser priorizados no processo de 
aditamento ou celebração do instrumento de contratualização. 
Os critérios de priorização dos demais hospitais públicos, elegíveis ao 
recebimento do IQGH, serão estabelecidos pela Comissão de Intergestores Bipartite 
(CIB) e além dos Hospitais que já recebem o IAC (Incentivo de Adesão à 
Contratualização), inclui outros aspectos, destacando: hospitais que não 
conseguiram aderir ao IAC, por não conformidade momentânea; percentual de 
atendimento de usuários de outros municípios; possuir especialidade além das 
quatro básicas; habilitações, ser certificado como Hospital de Ensino 50% do valor 
da série histórica da produção do nível médio de complexidade ambulatorial e 
hospitalar; 60% do valor da série histórica para os hospitais de setores públicos ou 
privados, que não possuem fins lucrativos com constatação como Hospital de Ensino 
(HE); 70% do valor da série histórica para os hospitais de setores privados que não 
possuem fins lucrativos, capazes de manter Hospital 100% do Sistema Único de 
Saúde (SUS); 80% do valor da série histórica para os hospitais de setor privados, 
que não possuem fins lucrativos, certificados como Hospital de Ensino (HE) capazes 
de manter e Hospital 100% Sistema Único de Saúde (SUS). 
Dessa maneira, fica evidente que os hospitais passam por diversos tipos de 
classificações, para que, então, possam ser encaixados numa especialidade. Os 
Hospitais de Ensino (HE) são grandes exemplos de centros de atendimento à saúde 
que possuem muitos pontos positivos, mas, para prosperarem e se devolverem para 
os indivíduos, devem enfrentar muitos desafios. 
Da mesma forma, o monitoramento das tendências de inserção de novas 
tecnologias, especialmente as que demandam mudanças de comportamento médico 
e que necessitam de sua participação na implementação de novos processos 
assistenciais, deve se constituir em um item de preocupação permanente dos 
planejadores e gestores de organizações de assistência médico-hospitalar. 
Ainda que limitado ao escopo dessa análise, aos Hospitais Universitários (HU) 
públicos federais cabe enfatizar que há substantiva heterogeneidade entre essas 
instituições. Essa heterogeneidade envolve desde a existência de instituições com 
diferentes naturezas jurídico-legais, perfis assistenciais, níveis de complexidade, 
porte, modelos de gestão, até a vinculação com as Universidades e com o Sistema 
Único de Saúde (SUS). 
No Brasil, a quase totalidade dos profissionais de saúde tem nas instituições 
hospitalares um campo prioritário de formação acadêmica (MACHADO; 
KUCHENBECKER, 2007). 
No contexto dos desafios e perspectivas vivenciadas pelos HU, talvez o mais 
importante passo a ser dado seja o fortalecimento da sua sustentabilidade 
organizacional. Concebida como o resultado de práticas efetivas de gestão e 
planejamento, equilíbrio financeiro, orçamentação, preservação da capacidade de 
investimento e de gestão de pessoas, a sustentabilidade organizacional dos HU é 
conceito-chave no exercício de sua missão e compromisso social. 
Há inúmeros desdobramentos inerentes ao conceito de sustentabilidade 
organizacional, que incluem a capacidade de implantação de mecanismos de 
 
 
 
 
saneamento financeiro dos HU, o desenvolvimento de sistemas de indicadores de 
avaliação e gestão, a incorporação das questões afetas à qualidade dos serviços 
prestados, a transparência e a responsabilidade social, entre outros (MACHADO; 
KUCHENBECKER, 2007). 
Nos últimos anos, várias iniciativas foram propostas com o intuito de 
promover mudanças no modelo

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