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TCC Emilly&Allan

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47
ESCOLA SUPERIOR MADRE CELESTE
LICENCIATURA PLENA EM EDUCAÇÃO FÍSICA
ALAN RODRIGUES DE AMORIM 
EMILLY PEREIRA DA SILVA
O DESAFIO DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA COM O ALUNO COM DEFICIÊNCIA VISUAL NO CONTEXTO ESCOLAR
ANANINDEUA-PA
2021
ALAN RODRIGUES DE AMORIM 
EMILLY PEREIRA DA SILVA
O DESAFIO DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA COM O ALUNO COM DEFICIÊNCIA VISUAL NO CONTEXTO ESCOLAR
Monografia apresentada como requisito avaliativo obtenção de grau no curso de Licenciatura Plena em Educação Física.
Orientada pela Professora Ma. Marina Mota.
ANANINDEUA-PA
2021
ALAN RODRIGUES DE AMORIM 
EMILLY PEREIRA DA SILVA
O DESAFIO DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA COM O ALUNO COM DEFICIÊNCIA VISUAL NO CONTEXTO ESCOLAR
Monografia apresentada como requisito avaliativo obtenção de grau no curso de Licenciatura Plena em Educação Física.
Orientada pela Ma. Marina Mota.
Área de concentração:
Data da defesa:
Resultado: 			
BANCA EXAMINADORA:
Prof.
						
AGRADECIMENTOS
Agradecemos a Deus, que sempre iluminou nosso caminho e nos concedeu a sua benção, pois sem ela não poderíamos caminhar.
A nossa família que não mediu esforços para nos ajudar, incentivando na nossa árdua caminhada, em especial nossos pais que sempre estiveram ao meu lado.
Agradecemos também nossa orientadora Ma. Marina Alves Mota por toda paciência e conhecimento passado durante nossas orientações 
Aos nossos amigos, que fizeram parte dessa longa e árdua trajetória 
RESUMO
 A presente pesquisa versa sobre os desafios da Educação Física no trato com alunos com deficiência visual. Nesse trabalho, objetivou-se analisar as dificuldades que os professores de Educação Física precisam enfrentar no cuidado com alunos com deficiência visual no que tange ao processo de aprendizagem, buscando relacionar a suas experiências sócio corporais de sua trajetória de vida no cotidiano escolar. Trata-se de um estudo caso e de campo, portanto a pesquisa caracteriza-se como qualitativa, os dados foram coletados por meio de entrevista semiestruturada realizada com um professor de educação física da rede de ensino público. Dados da pesquisa demonstram que o professor teve dificuldades no trato com os deficientes visuais. Conclui-se que, quando estimulado a praticar atividade física, o aluno demonstrou grande potencial, porém, seria adequado o estímulo desde os primeiros anos, para que quando maior, ao aluno possua o hábito da prática de atividade física e que o papel do professor é fundamental para esse processo.
Palavras-Chave: Inclusão, Deficiência Visual, Formação de Professores, Educação Física.
Obs: Atentar para as concordâncias no texto, algumas palavras ( atividades físicas, professor de Educação física, estudo de caso), o aluno demonstrou grande potencial em que?? 
SUMÁRIO 
1.	INTRODUÇÃO	7
2.1 O PAPEL DA EDUCAÇÃO FISICA NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA	9
2.2	EDUCAÇÃO INCLUSIVA: CONTEXTO HISTÓRICO	9
2.3 DEFICIÊNCIA VISUAL	14
2.4 OS OBTÁCULOS DAS AULAS DE EDUCAÇÃO FISICA PARA ALUNOS COM DEFICIÊNCIA VISUAL	16
2.5 FORMAÇÃO CONTINUADA	23
2.6	A IMPORTÂNCIA DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FISICA NA FORMAÇÃO DE UM CIDADÃO NO CONTEXTO DA INCLUSÃO	24
2.7	AS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO PROFESSOR NO DESENVOLVIMENTO DOS ALUNOS COM DEFICIÊNCIA VISUAL	25
3. METODOLOGIA DA PESQUISA	28
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES	30
4.1 O ESPAÇO ESCOLAR E AS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA PARA ALUNOS COM DEFICIÊNCIA VISUAL.	31
4.2 A MINISTRAÇÃO DAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR PARA OS ALUNOS COM DEFICIÊNCIA VISUAL	32
4.3 O CORPO PEDAGÓGICO DA ESCOLAR E A INCLUSÃO DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA VISUAL NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA	35
4.4 A EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR COMO AGENTE DE SOCIALIZAÇÃO E INDEPENDÊNCIA DO ALUNO DEFICIENTE VISUAL NO AMBIENTE ESCOLAR	36
CONSIDERAÇÕES FINAIS	38
REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO	41
APÊNDICE – A	43
Questionário Pessoal e Profissional	44
APÊNDICE – B	45
INTRODUÇÃO
Muito tem se falado em Educação Inclusiva na atualidade, há vários debates em todas as áreas de conhecimento. Com isso, passou-se a defender o direito à cidadania e educação de pessoas com necessidades educacionais especiais, dentre as quais destacamos a pessoa com deficiência visual, que estão cada vez mais inseridos no contexto escolar.
Partindo disso, surgiu-se a ideia de pesquisar a fundo como as práticas pedagógicas utilizadas pelo professor, em especial o Educação Física, podem contribuir no processo de ensino-aprendizagem do aluno com deficiência visual.
Segundo dados do IBGE (2010) 6,2% da população brasileira é acometida com alguma deficiência, sendo a visual a maior afetada pela população, acometendo 3,6% da população brasileira. 
Pode se dizer que o professor acaba encontrando obstáculos, logo na questão estrutural, pois as mesmas, na sua maioria, são inadequadas quanto ao espaço físico, não apresentam a mínima condição de acessibilidade aos alunos com deficiência. O primeiro passo para se tornar uma escola inclusiva pode ser a adequação do espaço físico para que todos tenham acesso à educação, oferecer cursos de capacitação aos profissionais envolvidos no processo de ensino-aprendizagem. E após, obter materiais específicos para trabalhar com alunos com deficiência visual e incluí-los nas aulas de Educação Física.
Assim sendo, a presente pesquisa tem como objetivo examinar, cuidadosamente, as dificuldades encontradas pelos professores de Educação Física ao trabalhar com alunos com deficiência visual. Deve-se considerar também, que mesmo o profissional da área busque adaptar-se e qualificar-se, os recursos oferecidos pelas escolas, na maioria das vezes, são insuficientes e inadequados, ou até mesmo nem há disponível na escola.
A prática do professor de Educação Física é essencial para facilitar o processo de ensino-aprendizagem e a assimilação dos conteúdos em sua multiplicidade são essenciais para a socialização do indivíduo, priorizando ainda a integridade física do aluno. Pode-se dizer então que a relação do professor com o aluno com deficiência visual deve focalizar nas diferentes situações que contribuem o processo educativo, a análise de práticas docentes e a criação de espaços para a reflexão coletiva.
Sendo assim, o presente trabalho busca responder a problemática: quais as práticas pedagógicas do professor de Educação Física voltadas a aprendizagem com (do) aluno com deficiência visual? 
Deve haver uma cumplicidade entre professor e escola, que seja determinante para o desenvolvimento socioeducativo do aluno com deficiência visual, para que os conceitos sejam assimilados pelos mesmos no decorrer da vida escolar, acompanhado pela família por toda essa jornada fazendo com que o processo de descoberta de si e do mundo seja contínuo ( De quem é essa afirmação??) . Portanto, o objetivo geral desta pesquisa é analisar as práticas pedagógicas do professor de Educação Física voltadas à aprendizagem de alunos com deficiência visual. ( Ficaram confusos os objetivos, pois no parágrafo anterior foi citado também objetivos)
Aprofundando isso, temos como objetivos específicos: identificar quais as dificuldades que o professor de educação física encontra para desenvolver as atividades com os alunos deficientes visuais; descrever o desenvolvimento da interação social da criança com deficiência visual através da prática de atividades ( porquê especificar a criança neste caso) ainda, investigar o trato metodológico dos professores com esses alunos. ( Estes objetivos podem ser mais clarificados e organizados de acordo com que o tema solicita)
A pesquisa teve como base da abordagem qualitativa, voltado ao tema do estudo de caso, o que nos trouxe subsídios para aprofundar o trabalho, através de coleta de dados com uso de entrevista, com perguntas feitas a professora de educação física. Ademais, associamos nessa pesquisa, a investigação através da base literária presente nas áreas de educação geral e inclusiva.
O trabalho está estruturado com as seguintes seções: revisão de literatura que aborda os seguintes tópicos: 1. O papel da educação físicano contexto escolar; 2. Educação inclusiva, contexto histórico; 3. Deficiência visual; 4. Inclusão da pessoa com deficiência visual na sociedade; 5. Os obstáculos das aulas de educação física para alunos com deficiência visual; 6. Formação continuada; 7. A importância do professor de educação física na formação de um cidadão no contexto da inclusão; 8. As práticas pedagógicas do professor no desenvolvimento dos alunos com deficiência visual. Seguindo a metodologia aplicada e resultados e discussões.
Neste trabalho o aporte teórico compreende as obras dos seguintes autores: Bueno (1998-1999), Constituição Brasileira (1988), Diretrizes Nacionais para a educação especial na educação básica (2001), Hort (2009), Morin (2004), Chicon (2014), Estatuto da Pessoa Deficiência (2015) Censo Demográfico das Pessoas com Deficiência no Brasil (2020). Serviram de base para nossa pesquisa ajudando a abrilhantar nosso trabalho e nos dando uma visão mais crítica acerca do assunto abordado.
2 REVISÃO DE LITERATURA 
2.1 O PAPEL DA EDUCAÇÃO FISICA NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA 
Os cursos de Licenciatura(s) em Educação Física têm preparado profissionais para atuarem em contexto escolar inclusivo? Na visão de Sato Cardoso e Tolocka (2002) afirmam que a formação de professores de Educação Física é muito importante para o processo de inclusão de pessoas com necessidades especiais, porém há a necessidade da reformulação ou adaptação curricular para uma melhor formação.
Porém Cruz e Ferreira (2005) ainda acrescentam que esta formação deve preparar os professores para atender as necessidades específicas de alunos com deficiência, em contextos complexos e dinâmicos, como por exemplo, uma quadra no horário de educação física. (confuso, essa fala, quadra???)
Numa perspectiva complementar, Mauerberg de Castro (2002) sugere que as pesquisas em Educação Física Adaptada devem ter objetivos mais aplicados, a fim de promover mais investigação sobre o campo de atuação profissional. Em esclarecimento à questão anterior, pode-se citar o estudo realizado por Cruz e Ferreira (2005).
Além disso, estes pesquisadores acompanharam professores num programa de formação continuada, no intuito de saber o quanto o mesmo pode contribuir para o “enfrentamento” desta situação. ( Este parágrafo está um pouco confuso nessa questão do papel da Educação física neste contexto inclusivo, algumas citações precisam estar adequadas umas com as outras e fazerem sentido)
2.2	EDUCAÇÃO INCLUSIVA: CONTEXTO HISTÓRICO
A educação inclusiva, atualmente, vem sendo muito debatida, no âmbito educacional, tornando-se necessário a compreensão da história do processo inclusivo no contexto educacional, na visão de Carvalho (2000, p. 33- 39) “educação de pessoas com deficiências, seja ela mental, auditiva, motora, física, múltiplas ou decorrentes de distúrbios invasivos ao desenvolvimento; além das pessoas superdotadas que também tem integrado ao alunado da Educação Física Especial” ( Essa citação poderia ser mais atualizada, pois os termos citados nela são ultrapassados, tais como: MENTAL, PESSOAS SUPERDOTADAS, pois se fala numa Educação inclusiva atual
Em tempos passados a inclusão não fazia parte da escola e muito menos da sociedade. As pessoas, principalmente as crianças, com necessidades especiais eram separadas da sociedade. Hoje percebe-se que o preconceito e descaso ainda existem, mas com menos frequência, muitas vezes por parte das próprias famílias que acabam não aceitando a inclusão ou sabem como agir (WERNECK, 2000, p. 144).
A falta de Políticas Educacionais mais comprometidas com a democratização do ensino dificulta em vários aspectos o processo de inclusão. Diante desse pressuposto salienta Rogonesi (1997) que a questão educacional sempre esteve relegada ao segundo plano, visto que o Brasil está último lugar na evolução de gastos com Educação. O descompromisso histórico do Estados não passa de produto de um processo político, no qual ele se coloca claramente a favor dos interesses de uma determinada classe dominante.
No que se se refere à Educação Especial (pode-se enfatizar e clarificar sobre essa Educação Especial) Bueno (1993), assim como Mendes (2001), evidencia, como marco no Brasil, a criação do Imperial Instituto dos Meninos Cegos e do Instituto dos Surdos-mudos, na cidade do Rio de Janeiro. No entanto, devido a diversos conflitos, de cunho político, social, moral e econômico, estes institutos começaram a sofrer um processo de deterioração. Embora parecessem com os institutos parisienses, se diferenciavam por seu caráter assistencialista, ou seja, sua política de “favor”.
De acordo com Bueno (1993), enquanto os institutos brasileiros de educação especial cumpriam sua função de auxílio aos desvalidos, os parisienses os mantinham como oficina de trabalho. Dessa forma, pode-se entender por inclusão o ato ou efeito de incluir. O conceito de educação inclusiva ganhou maior notoriedade a partir de 1994, com a Declaração de Salamanca. ( parágrafo confuso, pois se fala em institutos de educação e e depois em inclusão sem ter um porquê)
No que se refere a Declaração de Salamanca foi um encontro que ocorreu em 1994, promovida pelo governo da Espanha e pela UNESCO, tida como o mais importante marco mundial na difusão da filosofia da educação inclusiva. Este encontro reuniu representantes de várias nações mundiais, com foco em direcionar princípios, políticas e práticas em educação especial, a fim de oportunizar a Pessoa com Necessidades Especiais (PNE’s) o direito à inclusão social. Foram organizados a partir desse encontro um documento enfatizando a integração e o reconhecimento dessas PNE’s na sociedade. A partir de então, ganham terreno as teorias e práticas inclusivas em muitos países, inclusive no Brasil. ( pode trazer a parte do documento que foi criado neste encontro como citação)
No que se refere às escolas, a ideia é de que as crianças com necessidades educativas especiais sejam incluídas em escolas de ensino regular e para isto todo o sistema regular de ensino precisa ser revisto, de modo a atender às demandas individuais (escolar, familiar e social) de todos os estudantes, como vem sendo trabalhada nas escolas e o seu papel diante da sociedade.
Em tempos passados a inclusão não fazia parte da escola e muito menos da sociedade. As pessoas, principalmente as crianças, com necessidades especiais eram separadas da sociedade. Hoje percebemos que o preconceito e o descaso ainda existem, mas com menos frequência, muitas vezes por parte das próprias famílias que acabam não aceitando a inclusão ou não sabendo como agir. Assim, a escola exerce um papel transformador em relação à Educação Inclusiva.
Partimos da ideia de que se existe uma classe homogênea, onde os educandos são capazes de realizar as mesmas tarefas, dar lugar a um tipo de classe heterogênea, onde as pessoas diferentes convivem e aprendem a respeitar o limite de cada um. Diante desse fato, nasce à necessidade de repensar no modelo de educação que repercutiu no Brasil até o início dos anos 90.
Na visão de Stainback e Stainback (1999, p. 27) o período dos anos 90 é marcado pelo modelo de inclusão, ou seja, incluir alunos com necessidades específicas no cenário da educação e possibilitá-los o acesso ao conhecimento para formação de cidadãos críticos e reflexivos que sejam capazes de progredir o estudo e aptos ao mercado de trabalho.
Como coloca Stainback e Stainback (1999, p. 25)
O que está em questão no ensino inclusivo não é se os alunos devem ou não receber de pessoal especializado e de pedagogos qualificados, experiências educativas apropriadas, ferramentas e técnicas especializadas das quais necessitam. A questão está em oferecer a estes alunos os serviços dos quais necessitam, mas em ambiente integrado, e em proporcionar aos professores atualização de suas habilidades.
Para que tal situação aconteça é necessário muito mais do que simples recursos didáticos e inclusão dos educandos nas escolas regulares, é preciso que os educadores sejam verdadeiramente capacitados a atender de forma maisabrangente a diversidade educacional das crianças com necessidades educacionais especiais.
A educação especial passou por várias transformações nas últimas décadas. A modificação do conceito de alunos com deficiência para o de alunos com necessidades educativas especiais, trouxe mudanças significativas na educação, dentre as quais, proporcionar a estes alunos o acesso a escolas regulares, valorizando a integração como forma de educação não-segregadora. Essa integração foi considerada ineficiente, o que levou a um movimento por uma educação inclusiva que possibilite um ensino de qualidade para todos os alunos, sem nenhuma forma de exclusão. (COLL et.al.2004, p. 283).
Nestas perspectivas, os estudos de Fontes (2003) fazem com que essa prática se torne realidade, são mudanças necessárias no contexto escolar, uma vez que, as crianças com necessidades educacionais especiais passam por várias situações constrangedoras para ingressar na escola, situação essa caracterizada pela rejeição das escolas e dos próprios educadores, que em muitos casos não são incapacitados para trabalhar educação inclusiva. Portanto ainda existe um longo caminho a ser percorrido na educação inclusiva.
Nessa ótica de entendimento, os alunos com necessidades educativas especiais apresentam uma série de peculiaridades que incidem em seu processo de desenvolvimento integral (biopsicossocial), sendo necessário conhecer as raízes das deficiências, proporcionando-lhes as ajudas necessárias. Considerando-se importante que de nada adianta conhecer as particularidades dos educandos com necessidades especiais se a formação e especialização proposta ao corpo docente são carentes nessa área. Portanto, é necessário e urgente “ir além” dos educadores, passando assim uma busca conjunta da escola, comunidade e poder público. Isso porque não basta ter professores disponíveis, e sim preparados e qualificados para poder construir práticas pedagógicas que estejam voltadas a atender e superar a necessidade educacional especial do educando no processo de ensino aprendizagem. (Oliveira, 2004, p. 23)
Inserir o aluno especial no processo de ensino aprendizagem vai além do âmbito da sala de aula. Vale ressaltar que essa missão não depende do educador e sim construído dia a dia por meio de acompanhamento de todas as esferas sociais desde a família ao poder público.
Um dos grandes desafios para educação está na formação dos professores para educação básica, e que sejam habilitados para desenvolverem um trabalho voltado à formação de todos indivíduos sem nenhuma restrição, para atuar no ensino regular, contribuindo para a formação de um indivíduo que sejam capazes de exercer e vivenciar o poder de ser cidadãos críticos e reflexivos e proporem uma formação técnica cientifico-cultural a todos como rege a constituição brasileira.
O desenvolvimento profissional do educando na( é isso mesmo??) visão de Coll et al. (2004, p. 44) é: “[...] O modo mais seguro de melhorar as atitudes e as expectativas dos professores é desenvolver seu conhecimento da diversidade dos alunos e suas habilidades para ensinar-lhes”. Portanto, o processo de formação dos professores possibilita melhores condições para construção de práticas pedagógicas integradas e relacionadas com o processo de inclusão. Isso porque quando o professor se sente menos capacitado pode desenvolver no ambiente educacional atitudes e expectativas negativas no processo de inclusão do aluno com necessidade educacional especial.
A formação dos professores inicialmente acontece por meio do curso de licenciatura e continua através de atividades de extensões como: cursos, eventos de capacitações e a progressividade do conhecimento na área acadêmica. É por meio dessa formação inicial que se pretende fazer uma reflexão das práticas pedagógicas no contexto da educação inclusiva, analisando as mudanças ou permanências de práticas educativas ultrapassadas que não sejam capazes de incluir e sim permanecer na inércia de exclusão de indivíduos com necessidades educacionais especiais. É de essencial importância que o educador busque construir um trabalho de correlação em relação as práticas educativas. (MITTLER; PETER 2003 p. 25)
O fazer pedagógico, no que este guarda de complexidade, importância social e especificidade, incluem dar-lhe a voz que precisa ter na produção de conhecimento sobre sua prática. Amplia-se, nessa perspectiva, as possibilidades de rompimento do tradicional modelo dos cursos de formação de professores rumo à inserção na realidade escolar.
Portanto, para Gauche (2001), a (re) significação de contextos e práticas culturalmente definidas e defendidas, às vezes sob a aparência libertadora e democratizante, por discursos supostamente renovadores, que se esquecem dos principais protagonistas das mudanças, os educadores, e sobretudo, de sua imprescindível autonomia.
Nessa perspectiva Paiva (2003), a questão da formação para o exercício de uma prática pedagógica reflexiva tornou-se um tema recorrente nas duas últimas décadas, quando das discussões sobre formação de professores. Tal orientação, ressaltada por Schön (1983), teve maior repercussão no país por meio dos trabalhos de Nóvoa (1992). Sendo assim Freire (2000, p. 43): “na formação permanente dos professores, o momento fundamental é o da reflexão crítica sobre a prática”. Dessa forma, a opção teórico-metodológica do ensino da educação inclusiva defendida é aquela que privilegia o professor e a cultura escolar. Nessa perspectiva, cultura, ética e subjetividade tem papel preponderante.
A constituição do sujeito professor no contexto da dinâmica educacional é uma das preocupações de Gauche (2001), situando a psicologia como instrumento de compreensão dos aspectos enfocados, especialmente vislumbrando a cultura e o desenvolvimento da subjetividade, ou seja, uma abordagem sociocultural.
2.3 DEFICIÊNCIA VISUAL
O conceito de deficiência visual considerado no presente estudo abrange dois tipos: a cegueira e a baixa visão (BRASIL, 2001). A cegueira caracteriza-se, segundo Martin e Ramirez (2003), pela total ausência de visão ou a simples percepção de luz; segundo os mesmos autores, vários países ocidentais consideram que um olho é cego quando seu campo visual se encontra reduzido a 20º.
A baixa visão é alteração da capacidade funcional da visão, decorrente de inúmeros fatores isolados ou associados tais como: baixa acuidade visual significativa, redução importante do campo visual, alterações corticais e/ou sensibilidade aos contrastes que interferem ou limitam o desempenho visual do indivíduo (BRASIL, 2001).
As inúmeras causas que provocam a redução da acuidade visual, doravante denominada DV, traz a necessidade de partir de uma avaliação funcional da visão, cuja perspectiva educacional considera com DV todas as pessoas que não têm acuidade visual, ou que tenham problemas visuais graves não solucionáveis com recursos ópticos comuns.
É de extrema importância para a aprendizagem e desenvolvimento de cada aluno com DV a compreensão, por parte dos educadores envolvidos, do modo como cada um se organiza e o entendimento do que realmente conseguem fazer mediante sua condição visual.
Para fins legais e administrativos, a oftalmologia classifica uma pessoa como cega se a sua acuidade visual for de ordem de 20/200 na escala optométrica decimal – ver tabela de Snellen (fig. 1), no melhor olho, mesmo com correção óptica adequada (LAVARDA; BIDARRA, 2007).
Figura 1: Tabela de Snellen.
Fonte: Teste de Snellen disponível no sítio: https://www.provisu.ch/images/PDF/Snellenchart_pt.pdf.
O processo educacional de pessoas com baixa visão se dá por meios visuais e com o apoio de recursos específicos, que viabilizam a eficiência visual, tanto por meios de recursos ópticos como de não ópticos. Esses últimos são providências que modificam o ambiente e a postura da pessoa em torno da melhor realização de atividades acadêmicas e consta, entre outros, de: ampliações; controle de iluminação, visores e filtros (Brasil, 2001). Em relação aos cegos, tem-se o uso universal do SistemaBraille como demarcador conceitual entre esses indivíduos e aqueles considerados com baixa visão. Os cegos são, portanto, aqueles cuja visão de perto é insuficiente para a vida escolar e leituras em geral, necessitando do uso do Sistema Braille.
Nessa perspectiva Profeta (2007) explica que: o ato de educar todos os alunos e propiciar a eles oportunidades iguais implica em ações complexas e desafiadoras que o ensino formal e seus professores talvez não queiram enfrentar, uma vez que o enfrentamento requisita a responsabilidade coletiva da escola, como apoio de uns aos outros em trocas de experiência e de recursos para essa finalidade. Não é tarefa elementar, mas enriquecedora de um contexto que se intitula educativo.
Diante disso Vygotsky (1997) concentrou sua atenção nas habilidades que crianças com deficiências possuem e que poderiam formar a base para o desenvolvimento de suas capacidades. Este psicólogo soviético interessava-se mais por suas forças do que por suas deficiências. São processos compensatórios que não poderiam existir caso não houvesse a deficiência.
Sacks (2000) explica que as capacidades surgem em razão da deficiência. Nesse prisma o autor destaca que não interessa que deficiência tem o aluno, mas que o aluno tem deficiência. A teoria da zona de desenvolvimento proximal de Vygotsky (2000) ensina que tudo aquilo o que a criança é capaz de realizar com ajuda, há boas probabilidades de que amanhã poderá exercê-lo sozinha. O ensejo da teoria de Vygotsky ajuda a entender que os procedimentos pedagógicos inclusos necessitam tomar como apoio as relações sociais e cooperativas. O autor ainda comenta como os parceiros mais hábeis podem ser guias, modelos, orientação para as crianças em processos de aprendizagem.
Adotando-se esse princípio ao processo de aprendizagem da Educação Física para as crianças com deficiência visual, fica evidente que os modelos e ajudas serão necessários, menos no sentido de dar assistência e mais em evidenciar desafios, provocar relações e estabelecer estratégias de ajuda, que podem auxiliar em favorecer aprendizagens e novos movimentos por meios do auxílio no grupo de colegas.
Seguindo o pensamento de Vygotsky, Melo (2004) vai enfatizar que a pessoa com deficiência visual na prática de atividades físicas necessita de intervenções educacionais mais próximas das suas reais necessidades e que as limitações da deficiência não podem tornar-se um impedimento para expressar potencialidades e aprendizagens motoras em diversas formas de movimento. Avalia-se que as palavras do autor são relevantes para entender que há na Educação Física o pensar inclusivo e que favorece a participação de alunos com deficiência visual.
2.4 OS OBTÁCULOS DAS AULAS DE EDUCAÇÃO FISICA PARA ALUNOS COM DEFICIÊNCIA VISUAL 
Esta temática trata da relação entre deficiência visual e educação física escolar, especificando as dificuldades encontradas por professores na vivência dessa disciplina, evidenciando as necessidades específicas dos alunos com deficiência visual.
Dessa forma, nem sempre é colocado em prática o aprendizado recebido em curso de formação, isso porque associar a práxis pedagógica (teoria e prática) não é uma missão muito fácil, fazendo que se volte em alguns casos para a mesmice e o aprendizado apreendido nos cursos de formação seja mais uma qualificação sem aplicabilidade. Levando a concluir que não adianta formação continuada se não existe “dentro do professor” a vontade de viver a sua docência.
Nota-se que a formação dos professores inicialmente acontece por meio do curso de licenciatura e continua por meio de atividades de extensões como: cursos, eventos de capacitações e a progressividade do conhecimento na área acadêmica. É por meio dessa formação inicial que pretendesse fazer uma reflexão das práticas pedagógicas no contexto da educação inclusiva, analisando as mudanças ou permanências de práticas educativas ultrapassadas que não sejam capazes de incluir e sim permanecer na inércia de exclusão de indivíduos com necessidades educacionais especiais.
É de suma importância que o professor busque construir um trabalho que tenha relação as práticas pedagógicas com as educativas, mesmo que não tenham a devida formação.
Por essa razão, torna-se necessário fazer reflexões relativas ao ensino de educação física junto ao aluno com deficiência visual, reportam-nos a uma realidade na qual nos deparamos com o fenômeno da esportivização das atividades. Estas, muitas vezes, voltadas para a participação dos alunos em eventos competitivos, para a falta de encaminhamento pedagógico que fomente nos alunos um acervo de conhecimento mais plural e adaptado às suas reais necessidades e ao eterno conflito entre a educação física e a psicomotricidade, o qual provoca alguns entraves na compreensão dos psicomotricistas e professores de educação física sobre a função de ambos na instituição.
Por muito tempo a Educação Física foi utilizada como forma de alienação para mascarar a realidade( ??????). No Brasil, também teve sua história e sua “função” junto ao capitalismo, onde o país estava passando pelo processo de industrialização e precisava de mão de obra, passando a utilizar a Educação Física como um instrumento ideológico e de manobra, utilizado para fazer com que as pessoas perdessem a noção de realidade, sem perceber o que estava ocorrendo na sociedade.
Com a chegada do capitalismo e o processo de instrumentação, precisava – se de “corpos fortes” para atender aos interesses da burguesia, que basearam nos ideais positivistas, persuadindo os trabalhadores para que eles se apoderassem de comportamentos, valores e de ideias que não condizem com sua realidade (ANTUNES, 2004).
Ainda hoje, as aulas de Educação Física, tem sido uma das preocupações que rodeiam o âmbito escolar, onde podemos citar que é bem comum ainda nos deparamos com professores de Educação Física que ministram suas aulas sem nenhuma fundamentação teórica e apenas “o fazer por fazer” caracterizando o que costumamos chamar e “aulas livres”, deixando de cumprir o seu papel principal, que é de formar alunos autônomos, críticos e reflexivos em relação aos problemas sociais que lhes rodeiam. Pois de acordo com Taffarel (1999, p. 45)
A escola deve assumir seu papel de lócus privilegiado para a expressão da cultura emancipatório, crítico – superadora e isto significa materializar o eixo central da escola que é “ampliar a capacidade reflexiva crítica dos alunos acerca da realidade social, contraditória e complexa.
No entanto, os fatos evidenciam uma realidade comum na vida do professor de educação física, independentemente da clientela atendida: não existe eixo norteador para as aulas em consequência da falta de um projeto pedagógico claro e bem definido, pois este “configura-se como um instrumento de trabalho que mostra o que vai ser feito, quando, de que maneira e por quem, para chegar aos resultados desejados.
Tal fato me instigou( vocês são duas pessoas) a buscar identificar elementos que pudessem esclarecer pontos confusos e contribuir no debate em torno do ensino da educação física adequada realizando um estudo da realidade sobre o trato do conhecimento da educação física com alunos com deficiência visuais desenvolvido nas instituições de ensino.
Observa-se uma ausência na sistematização de conteúdos e a falta de clareza sobre a função da educação física nas instituições, embora percebamos que é materializada uma intervenção que converge com alguma proposta pedagógica da educação física, em que o professor verifica qual a melhor atividade que poderia ser desenvolvida no ambiente escolar.
Somado a isso, as matrizes curriculares dos cursos de licenciatura das instituições educacionais não estão totalmente adaptadas para receberem alunos com deficiência de maneira geral, inviabilizando, portanto, a realização do trabalho do professor.(sobre essas colocações, seria importante colocar algum autor que falasse sobre isso)
Entendemos que a escola deva ser um espaço onde os alunos possam sentir-se bem, buscando conhecimento e desenvolvendosuas potencialidades, no entanto, essa instituição( qual??) não está totalmente adaptada para receber alunos com necessidades educacionais diversas, a maioria não tem rampas nos banheiros e locais comuns, as portas dificultam o trânsito de cadeirantes, não há sinalização sonora para facilitar a movimentação dos alunos com deficiência visual. Nessa perspectiva Carvalho (1998, p. 34):
A escola é um espaço público contido em outro, igualmente público, e bem maior: a comunidade na qual se insere. Essas esferas públicas constituem o espaço da alteridade no qual o eu e os outros se dinamizam, estabelecendo-se fronteiras que tanto ligam, quanto separam as pessoas.
O autor considera ainda que:
“Educação para todos”, “Todos na escola”, “Escola para todos” são algumas das mensagens internacionalmente proclamadas, formas de manifestação da importância concedida à educação, entendida até como “Elevador social”. (Grifo do autor)
Nota-se que a educação é um direito de todos e que a divulgação nos meios de comunicação é muito interessante e comovente. Portanto entende-se que a realidade é diversa do exposto acima, crianças com deficiência visual, por exemplo, chegam à escola e se deparam com uma realidade totalmente diferente, pois a divulgação nos meios de comunicação em massa é esperançosa e reconfortante, contudo, não reflete a realidade das escolas brasileiras, que em geral não estão preparadas para atender alunos com deficiência, em suas múltiplas faces.
Entendemos que o indivíduo com deficiência visual precisa ser matriculado em classes comuns, desenvolvendo atividades pedagógicas com outros indivíduos, participando de trabalhos de grupos e interagindo com os demais segmentos da escola, conhecendo o espaço escolar a fim de facilitar sua locomoção dentro do mesmo.
No entanto, dependendo das dificuldades encontradas pelos alunos, é necessário que o mesmo seja acompanhado por um profissional especializado, para atendê-lo e ajudá-lo de acordo com sua necessidade, facilitando o processo cursivo e a aprendizagem.
Considerando Kirk e Gallagher (1996, p 209), quando diz:
O ensino do domínio do ambiente é de importância especial para as crianças cegas, pois envolve tanto a sua independência física quanto a social. A facilidade com que podem se movimentar, encontrar objetos e lugares e orientar-se em situações físicas e sociais novas e diferentes será crucial na determinação do papel que poderão assumir nas relações com os colegas, nos tipos de vocações e preferências que lhe estarão abertos quando adultos e na sua própria autoestima como indivíduos.
Percebemos ser de suma importância o incentivo e a solidariedade para com as pessoas com deficiência visual, pois o apoio dos indivíduos do meio em que está inserido lhe fornece equilíbrio físico e psicológico para realização das tarefas do cotidiano, a fim de conquistar seu espaço e se tornar independente e conhecedor de seus direitos e deveres como qualquer cidadão. Nesse sentindo os autores acima citados questionam: O que pode ser feito para ajudar uma criança a dominar, tanto quanto possível a si mesma e ao ambiente? Desde o início, a criança pode ser ajudada no sentindo de evitar temores desnecessários, tanto de experiências novas quanto de se machucar. As crianças com visão arranham os joelhos, batem o queixo, caem das árvores e pisam em buracos. As crianças cegas necessitam ter o mesmo “privilégio”, quanto de espera que experimentem a liberdade, para o seu próprio controle e o seu ambiente. 
Ainda que se depare com dificuldades, é importante e indispensável para o aluno com deficiência visual a aquisição da experiência de vida, do conhecimento de mundo e dos prazeres e dissabores pertinentes a ele, mesmo diante da necessidade de algumas adaptações, como parte da sua aprendizagem em novos ambientes como convém a qualquer ser humano. Consideramos determinante para estabelecimento desse indivíduo frente ao ambiente em que está inserido, o comportamento daqueles que integram seu círculo familiar e quaisquer outros indivíduos envolvidos nesse contexto de socialização entre o deficiente e seu meio.
Ao nos machucarmos é normal que fiquemos mais alerta em determinadas situações, porém, não devemos confundir e transformar fatos isolados em traumas. O machucar e o medo de machucar novamente devem nos manter atentos frente a situações que nos exponham a um perigo eminente, não nos paralisar. E se assim é para pessoas sem nenhuma limitação física aparente, assim também deve ser para os que precisem de cuidados especiais ou de algum recurso diferenciado para desenvolver suas atividades. Creio que o excesso de cuidados e limitações impostas pelo medo dos que cercam o aluno com deficiência visual de vê-lo machucado ou frustrado, possa ferir muito mais profundamente aquele que sofre as limitações que simples quedas ou arranhões, com citados por Kirk e Gallagher (1996).
Acreditamos que o ambiente escolar é o meio ideal para que haja socialização do aluno com deficiência visual tanto quanto daqueles que não possuem essa característica, sendo o convívio entre ambos, o mais enriquecedor tanto para o primeiro que cresce em autoconfiança, quanto para o último que cresce em sensibilização com seu próximo em humanização.
Também a escola é beneficiada nesse processo, visto que a comunidade escolar de maneira abrangente se depara com a oportunidade de vivenciar o processo de integrar-se com o outro, necessita se fazer presente, mas, com características tão peculiares quanto quaisquer outras características mais comuns, porém, com a comunidade à sua volta comprometida em inseri-lo em todo o contexto do ambiente escolar.
O contato com a diversidade e multiplicidade de situações e pessoas dentro do ambiente escolar, acarretará ao indivíduo com deficiência, principalmente enquanto criança, a maleabilidade de se recompor e encontrar soluções para conflitos internos e externos e evitará possíveis traumas se acompanhado por profissional qualificado e ambientes preparados para recebê-lo, especialmente durante as aulas de educação física, que além de educativas são, normalmente, mais descontraídas que as demais disciplinas, compondo, portanto, com essas características, um ambiente bastante propício para o bom desenvolvimento dos alunos com deficiência visual. Joseph P. Winnick (2004) define o significado de educação física adaptada: Quando for falar em Educação física adapatada, fazer o link para poder se referir a ela
[...] A Educação Física Adaptada designa um programa individualizado de aptidão física e motora, habilidades e padrões motores fundamentais e habilidades de esportes aquáticos e dança, além de jogos e esportes individuais e coletivos; um programa elaborado para suprir as necessidades especiais dos indivíduos. Normalmente, o verbo “adaptar” tem sentido de “ajustar” ou “modificar”. [...] “adaptar” se enquadra nessas definições e envolve a modificação de objetos, atividades e métodos, a fim de suprir necessidades especiais. Engloba componentes tradicionalmente associados à educação física adaptada, inclusive os que se destinam a corrigir, habilitar ou remediar. A Educação física adaptada é uma subdisciplina da educação física que permite uma participação segura, pessoalmente satisfatória e bem-sucedida, suprindo as necessidades especiais dos alunos. (WINNICK, 2004 p. 40).
Partindo do conceito de educação física adaptada fornecido por Winnick (2004), observo a relevância da disciplina educação física, executada com regularidade pelo deficiente visual dentro do ambiente escolar, posto que, é indispensável que esse indivíduo se integre e se relacione com o ambiente da forma mais natural possível, respeitadas suas necessidades específicas.
Adaptar a educação física para o aluno com deficiência, segundo Winnick (2004), nada mais seria que integrá-lo às diversas atividades propostas pela disciplina educação física considerando que exercícios e esportes variados podem e devem ser ensinados a esses alunos, porém, com práticas e equipamentos diferenciados. Percebemos que tais procedimentossendo aplicados, maior seria a facilidade de assimilação de conteúdos pertinentes à disciplina em questão pelos alunos e melhores as condições didáticas para o profissional de educação física.
A respeito da organização do trabalho pedagógico, torna-se essencial e importante planejar e selecionar os conteúdos a serem trabalho aos alunos, haja vista que essa seleção também é uma das partes do planejamento. No entanto o conteúdo deve adequar-se de acordo com realidade social, da qual o aluno está inserido, levando em consideração as especificidades de cada turma e de cada comunidade.
São várias as situações que podem imiscuir na seleção dos conteúdos e na maneira de ser trabalhado que são: tempo, espaço, quantidade de alunos, matérias tendo-se que observar também os discentes nos aspectos seguintes: cognitivo, motor, necessidade, afetividade, habilidades e não esquecendo a relevância social, fazendo com que esse aprendizado tenha sentido para o discente, pois o mesmo possa sentir – se integrante de um todo e não apenas parte dele. (COLETIVO DE AUTORES, op. Cit., p. 33).
Apesar de tanto tempo ter se passado, temos ainda uma educação voltada para o mercado de trabalho ainda reproduzimos a fala do capitalismo delegando aos alunos a responsabilidade de sucessos ou infortúnios, dizendo que o crescimento do mesmo só depende dele; podendo sim orientá-los para que os mesmos compreendam o meio em que vivem e pudessem atuar no mesmo de forma crítica e reflexiva modificando as realidades (FUSSARI, 1999).
Na atualidade o campo educacional vem passando por transformações significativas para o processo de ensino aprendizagem. Principalmente no que se refere à Formação do Professor. Isso decorre dos desafios em construir uma prática pedagógica voltada para realidade social-histórico do educando com deficiência visual.
Segundo Saviani (1984, p. 19) “a escola existe, pois, para propiciar a aquisição dos instrumentos que possibilitam o acesso ao saber elaborado (ciência), bem como o próprio acesso aos rudimentos desse saber”. Nessa perspectiva entende-se que o educador físico precisa sempre está aberto a novas situações do ensino-aprendizagem de modo a possibilitar o conhecimento teórico e prático de maneira eficaz, não apenas se retendo em atividades de movimentos corporais, que muito observa-se no ambiente escolar, mas também saberes que auxiliarão na transposição dos limites e possibilidades sociais.
A concepção prática do professor de educação, no trato da organização pedagógica para o desenvolvimento da aprendizagem do aluno com deficiência visual. Por isso, será utilizado, por meio de referências, uma noção ampliada do trabalho desenvolvido pelo professor na escola no trato com aluno com deficiência visual.
Nesse sentido, entende-se que a concepção de trabalho docente e práticas pedagógicas não são suficientes para dar conta do universo de compreensão que o trabalho pedagógico possibilita na concentricidade do seu desenvolvimento e na materialidade da sua práxis para atender as necessidades e preencher o limite de aprendizagem do aluno com deficiência visual.
A escola, por exemplo, ao fragmentar seu trabalho, parece não só forjar a separação desses conceitos, mas também produzir uma distância surreal entre eles, levando à frustação o trabalho de professores e estudantes que desejam e/ou precisam emancipar sua atuação pedagógica. A reflexão sobre essas questões pode suscitar a revisão de conceitos que são eixos de sustentação do trabalho pedagógico.
Segundo Bezerra e Paz (2006), o trabalho pedagógico, travestido de prática pedagógica, se afasta da pretensão compreensiva e interpretativa aludida e se aproxima muito mais daquilo que se entende como as diretrizes e habilidades profissionais. Há um claro deslocamento categorial do magistério e da docência, comprometido com uma perspectiva filosófica humanista, para o profissionalismo e o tecnicismo na Pedagogia.
Na medida em que se compreende ou mesmo se reduz o significado do trabalho desenvolvido nas escolas a uma prática – prática pedagógica, prática docente – desloca-se o eixo da problematização do trabalho pedagógico, como atividade humana intelectual entendida como práxis humana, onde se dissocia a relação teoria-prática para um protocolo de atividades burocráticas, que podem ser executadas por indivíduos que sejam treinados para isso durante a graduação ou cursando um conjunto de disciplinas acadêmicas denominadas de práticas de estágio, estágio docente, práticas de ensino e outras. A rigor o que mais importa é a prática da docência: observar o fazer, aprender como fazer e fazer. As atividades formativas, dentro do percurso formativo do professor têm priorizado, nos currículos, uma profissionalização e habilitação profissional que se propõe desenvolver a capacidade da docência e habilitar para tal (BEZERRA & PAZ, 2006).
2.5 FORMAÇÃO CONTINUADA 
A formação continuada é um importante instrumento para os professores reavaliarem sua prática docente, assim, repensando a prática pedagógica, o que poderá possibilitar a produção de novos conhecimentos.
Cruz e Ferreira (2005, p. 166) objetivaram: Acompanhar como professores de Educação Física lidam em suas aulas com a proposta de inclusão escolar de alunos especiais e, em que medida uma formação continuada pode contribuir para o enfrentamento desta situação.
Para Cruz e Ferreira (2005) apontam que o programa de formação continuada pôde contribuir para instrumentalizar a prática do professor no que diz respeito à inclusão escolar de alunos com necessidades nas aulas de Educação Física é possível repensar a equivocada certeza da ausência de elementos básicos em nossa formação profissional para atuarmos junto a pessoas que apresentem algum tipo de deficiência. Não se deve negar e/ou ignorar a história de vida dos educadores, assim como sua formação profissional. O processo de aquisição de habilidades motoras se refere ao aperfeiçoamento das condições que uma pessoa/aluno tem para movimentar-se e assim contribuindo para sua interação social.
Ainda Cruz e Ferreira (2005, p.165):
(Re)conhecer as (de)limitações de uma área de atuação profissional é passo importante para que ela possa se aprimorar e estabelecer uma efetiva relação com outras áreas. A preparação profissional obtida em um curso de nível superior é aprimorada tanto em função das vivências profissionais quanto dos investimentos acadêmicos futuros.
A competência necessária ao profissional de Educação Física para trabalhar com alunos com deficiência é a organização de ambientes de aprendizagem que passam a permitir a execução de atividades adequadas ao seu processo de desenvolvimento e conhecimentos específicos.
2.6	A IMPORTÂNCIA DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FISICA NA FORMAÇÃO DE UM CIDADÃO NO CONTEXTO DA INCLUSÃO
Eleger a cidadania como eixo norteador significa entender que a Educação Física na escola é responsável pela formação de alunos que sejam capazes de:
- Participar de atividades corporais adotando atitudes de respeito mútuo, dignidade e solidariedade;
- Conhecer, valorizar, respeitar e desfrutar da pluralidade de manifestações de manifestação da cultura corporal;
- Reconhecer-se como elemento integrante do ambiente, adotando hábitos saudáveis relacionando-os com os efeitos sobre a própria saúde e de melhoria da saúde coletiva;
- Conhecer a diversidade de padrões de saúde, beleza e desempenho que existem nos diferentes grupos sociais, compreendendo sua inserção dentro da cultura em que são produzidos, analisando criticamente os padrões divulgados pela mídia; e
- Reivindicar, organizar e interferir no espaço de forma autônoma, bem como reivindicar locais adequados para promoves atividades corporais de lazer (BRASIL, 1998a)
A Educação está a serviço de um determinado tipo de cidadania que não pode ser “ganha” ou outorgada, mas sim conquistada. No primeiro caso, trata-se de uma cidadania relativa, ao passo que no segundo caso trata-se de uma cidadania plena. Ao considerar as estruturas da sociedade brasileira inserida em um contexto democrático e capitalista,necessita-se reconhecer a influência de fatores externos nesse sistema (FERNANDES, 1973; IANNI; 1994). Elementos como a globalização econômica e o neoliberalismo político atuam de modo a exacerbar diversos problemas nacionais a tempos, sendo apenas mais notórios ao final do século XX (Sanches Neto e Oyama, 1999). Isto posto, ainda que o paradigma predominante seja a liberdade individual em detrimento de outros princípios, a cidadania deve compreender a igualdade. Não apenas a igualdade de direitos (legal), mas a de fato.
2.7	AS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO PROFESSOR NO DESENVOLVIMENTO DOS ALUNOS COM DEFICIÊNCIA VISUAL 
A formação deficitária traz sérias consequências à efetivação do princípio inclusivo, pois este pressupõe custos e arranjos posteriores que poderiam ser evitados. Vale destacar, porém, que a formação docente não pode restringir-se à participação em cursos eventuais, mas sim, precisa abranger necessariamente programas de capacitação, supervisão e avaliação que sejam realizados de forma integrada e permanente.
A formação implica um processo contínuo, o qual precisa ir além da presença de professores em cursos que visem mudar sua ação no processo ensino aprendizagem.
O professor precisa ser ajudado a refletir sobre a sua prática, para que compreenda suas crenças em relação ao processo e se torne um pesquisador de sua ação, buscando aprimorar o ensino oferecido em sala de aula.
O professor, na educação inclusiva, precisa ser preparado para lidar com as diferenças, com a singularidade e a diversidade de todas as crianças e não com um modelo de pensamento comum a todas elas.
[...] cabe a ele, a partir de observações criteriosas, ajudar suas intervenções pedagógicas ao processo de aprendizagem dos diferentes alunos, de modo que lhes possibilite um ganho significativo do ponto de vista educacional, afetivo e sociocultural (PRADO & FREIRE, 2001, p. 5).
 
Para efetivação do processo de inclusão educacional, torna-se necessário o envolvimento de todos os membros da equipe escolar no planejamento de ações e programas voltados à temática. Docentes, diretores e funcionários apresentam papéis específicos, mas precisam agir coletivamente para que a inclusão escolar seja efetivada nas escolas. Por outro lado, torna-se essencial que esses agentes deem continuidade ao desenvolvimento profissional e ao aprofundamento de estudos, visando à melhoria do sistema educacional.
A prática de atividades motoras no contexto escolar, mais precisamente o componente curricular Educação Física, próprio aos profissionais da área, vem buscando formalizar, ao longo dos anos, a identidade de seus conteúdos, bem como a identidade dos objetivos gerais a serem alcançados neste contexto (BRACHT, 1999).
Com o passar dos anos, tem-se concretizado a ideia de que os jogos, esportes, lutas, danças e ginásticas sejam os próprios conteúdo da educação física. Dentro desses conteúdos existem um universo enorme de possibilidades de trabalho que devem ser definidos de acordo com as necessidades, desejos e potencialidades dos alunos (PEDRINELLI; VERENGUER, 2005). 
Paralelo a este processo de busca de identidade, não menos importante, tem acontecido à inclusão de alunos com deficiência visual em escolas regulares, por meio de amparo legal e com a responsabilidade social de não negligenciar a educação para essas pessoas de maneira adaptada. O planejamento do programa de educação física nas escolas inclusivas, adequado ao projeto político-pedagógico, deve ocorrer respeitando os princípios do desenvolvimento humano (SHAFFER, 2005) e as características próprias das pessoas com deficiência (GIMENEZ, 2005). 
Carmo (2001) observou que professores de educação física de escolas inclusivas preferiam fazer arranjos, adaptações e improvisos nos conhecimentos existentes do que pesquisarem novos conhecimentos, atividades motoras e principalmente formas específicas de abordagem dos alunos com deficiência. De fato, é necessário que o professor realize adaptações nos recursos físicos, materiais e nele próprio, amparadas em conhecimento científico, a fim de possuir as condições necessárias para trabalhar neste contexto.
3. METODOLOGIA DA PESQUISA
A pesquisa apresenta uma abordagem qualitativa no tratamento do problema. A abordagem qualitativa, para Lakatos e Marconi (2005, p.188), “é dotada como instrumento de investigação sendo essencial ser inserido no contexto a ser estudado, investigando termos que se faz necessário pesquisar na realidade concreta do objetivo de estudo”.
Quanto aos objetivos a pesquisa é exploratória, e a observação dos fatos, tal como, ocorrem na prática. Não permitindo isolar ou controlar as variáveis das respostas obtidas, mas perceber e analisar as relações por elas estabelecidas, onde a interpretação das respostas e à atribuição dos significados são descritivas no processo de pesquisa qualitativa, sendo utilizado como ferramenta a entrevista semiestruturado, onde as respostas serão analisadas e discutidas de forma descritiva.
Foi realizado um levantamento bibliográfico seguindo de um estudo de caso da Escola Estadual de Ensino Fundamental Panorama XXI. De acordo com Raupp e Bauren (2003), “a pesquisa do tipo estudo de caso caracteriza-se pelo estudo concentrado de único caso”, permitindo-se coletar um maior número de informações obtendo-se assim, um melhor entendimento sobre o assunto explorado.
Trata-se de uma pesquisa de campo, segundo a definição de Gil (2007, p. 53). “[...] o pesquisador realiza a maior parte do trabalho pessoalmente, pois é enfatizada a importância pesquisador ter tido, ele mesmo, uma experiência direta com situação de estudo”. Este “outro caminho” se trata de um estudo empírico, no qual o pesquisador sai a campo para conhecer determinada realidade, no interior da qual, usado os instrumentos e técnicas já especificadas, coleta de dados para a sua pesquisa.
Para operacionalização da pesquisa de campo, aplicaram-se questionários com perguntas objetivas (fechadas) e subjetivas (abertas). Entrevista foi composta por 7 questões diretamente para o professor, na qual fala sobre o corpo pedagógico da escola, e a dificuldade que o professor de educação física precisa enfrentar no cuidado com alunos com deficiência visual no que tange ao processo de aprendizagem. 
O sujeito da pesquisa foi o professor de educação física da Escola Estadual de Ensino Fundamental Panorama XXI localizada no município de Belém, os alunos foram alcançados??? a partir da percepção do professor, com base nas turmas do 5° ao 9° ano do ensino fundamental. De acordo com Vergara (2000, p.49) estudo de caso é o circunscrito a uma ou poucas unidades, entendidas essas como pessoa, uma família, um produto, uma empresa, um órgão público, uma comunidade ou mesmo pais e/ou responsáveis dos alunos. Tem caráter de profundidade e detalhamento. Pode ou não ser realizado no campo.( Este parágrafo começa falando de um assunto e não tem uma sequência do mesmo assunto, terminem o assunto para depois se fala em estudo de caso)
Os propósitos do estudo de caso não são os de proporcionar o conhecimento preciso das características de uma população, mas sim o de proporcionar uma visão global do problema ou de identidade possíveis fatores que o influenciam ou são por ele influenciados.
Para operacionalização da pesquisa de campo, aplicou o questionário que no entendimento de Lakatos e Marconi (2005, p.203) “é um instrumento de coleta de dados construído por uma série ordenada de perguntas, que devem ser respondidas por escrito e sem a presença do entrevistador, com questões subjetivas e objetivas para todos os sujeitos envolvidos na pesquisa”.
Pode-se dizer que, em termos de coleta de dados, o estudo de caso é o mais completo de todos os delineamentos, pois se vale de dados de gente quanto dados de documentos e entrevistas, depoimentos, pessoais, observações espontâneas e participantes e análise de artefatos físicos.
Quanto ao procedimento da pesquisa no primeiro momento nós direcionamos até a escola, onde foi feita uma observação e umaavaliação de todo o espaço. No segundo momento foi feita uma entrevista com um questionário impresso diretamente com o professor de educação física, onde o mesmo respondeu 7 questões referentes as suas dificuldades, obstáculos, e desafios com os alunos com deficiência visual, a entrevista foi toda transcrita. No terceiro momento foi realizada a análise de toda a entrevista.
Quanto aos aspectos éticos obtivemos a autorização para a entrevista ser realizada com sucesso, juntamente a visitação da escola, através da assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecimento – TCLE. E assim, obedecendo aos critérios legais de uma pesquisa de campo, tivemos também a autorização para o uso de imagens, mantendo sempre os anonimatos de todos os envolvidos. 
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES 
Ao iniciarmos estabeleceremos as análises dos resultados e discussão das respostas obtidas em campo ao término de cada questão, seguindo a ordem numérica estabelecida em questionário descrito na metodologia, identificando as respostas do participante, e assim respeitando integralmente suas respostas.
Considerando o objetivo deste trabalho que foi analisar de forma subjetiva o professor de educação física sobre a inclusão dos alunos com deficiência visual no ambiente escolar, também foi proposto verificar a compreensão e evolução das práticas pedagógicas envolvidas na inclusão nas aulas de Educação Física Escolar, identificando também a necessidade ou conceito de capacidade, verificando e respeitando a realidade do professor pesquisado.
Iremos verificar e identificar as dificuldades da aplicação pedagógica em aula, classificando as dificuldades apresentadas nos conteúdos conceitual e procedimental, por isso, analisar e discutir os novos rumos para a inclusão, nas perspectivas obtidas a partir das respostas apresentadas no roteiro que está no apêndice A e será indispensável para o enriquecimento cientifico e cultural aqui produzido.
A Escola Estadual de Ensino Fundamental Panorama XXI, é de dois andares, em baixo é composta por sete salas de aulas, duas do 6° ano, duas do 7° ano, uma do 8° ano, e duas do 9° ano, uma cantina, uma biblioteca, um depósito, e uma sala dos professores, o segundo andar é composto por uma sala de aula do 8° ano, uma direção, um arquivo, e uma secretaria. A escola não tem espaço adequado para as aulas de Educação Física e não possui quadra de esporte, a aula é realizada em um pequeno espaço da escola, onde professor utiliza os matérias da escola e seus próprios matérias, muitas vezes precisa adaptar as atividades para aquele momento, a escola possuí 556 alunos todos matriculados. 
A professora entrevistada tem 48 anos é formada em Educação Física (UEPA-1996), já atua em sua profissão há 25 anos, e é efetivo da SEDUC. É especializada em educação Inclusiva (Faculdade Ipiranga – 2013)
( sugestão que essas especificações entrem na Metodologia)
4.1 O ESPAÇO ESCOLAR E AS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA PARA ALUNOS COM DEFICIÊNCIA VISUAL.
Entendemos que o aluno com deficiência visual precisa ser matriculado em classes comuns, desenvolvendo atividades pedagógicas com outros alunos, participando de trabalhos de grupos e interagindo com os demais segmentos das escolas, conhecendo o espaço escolar a fim de facilitar sua locomoção dentro do mesmo.
	Tal situação reflete a dificuldade de os professores proporcionarem uma aprendizagem de qualidade. Isso porque a motivação para adaptar ou aperfeiçoar os recursos disponíveis para efetivar as aulas de educação física seja inerente ao professor dessa disciplina, os materiais de que dispõe geralmente são insuficientes e inadequados para serem utilizados por alunos com necessidade visual diferenciada.
O deficiente visual congênito desconhece todas as possibilidades gestuais, portanto utiliza a percepção tátil e o estímulo verbal como meio para introduzi-lo no mundo do movimento.
A obtenção gradativa do movimento [...] depende do domínio da coordenação neuromuscular, rapidez, percepção do espaço temporal, equilíbrio e força. A criatividade de movimento somente será alcançada após a vivência com as possibilidades articulares e musculares. (GANDARA. 2003, p. 31)
Portanto, há um impasse da maioria das instituições educacionais, inadequadas quanto ao seu espaço físico, com acessibilidade normalmente restrita aos setores mais comuns da escola, mas que nem sempre são prioritários para alunos com esse perfil. Sendo assim é necessário a construção de espaços para a realização das atividades físicas para que a valorize a diversidade como riqueza humana cultural.
Os estudantes com deficiência visual nas aulas de Educação Física foram vistos como um problema, porque a docente alega não estar preparado para promover a participação destes nas atividades. Ao ser perguntado(feminino) se “a escola proporciona um espaço adequado para a realização das aulas de educação física com alunos com deficiência visual?” o docente de Educação Física Escolar confessou que a inclusão não vem ocorrendo porque a estrutura da escola não permite.
É muito importante à área escolar ser acessível para o aluno, facilitar ao máximo à prática da atividade física e deslocamento da sala de aula para qualquer outro lugar da escola. Hoje nas escolas encontram-se alunos com deficiência visual, físico, intelectual entre outras, para que estes discentes se sintam bem no âmbito escolar é preciso adaptações, melhorar o percurso como pisos, rampas, corrimões e outros.
 Para Sacks (2006) apud Mazzarino, Falkenback e Rissi (2011) a criança com deficiência visual na maioria das vezes tem medo e acaba se confundindo com certas situações. A criança sem deficiência desde quando nasce, ao passar do tempo ela vai crescendo, desenvolvendo e atuando no mundo de hoje, o objeto que ela pega simultaneamente ela reconhece com a visão, já a criança com deficiência visual ela tem sério problema sensorial em não poder enxergar, privando um pouco a criança do mundo exterior, como em relacionamentos com outras pessoas, certas atividades, brincadeiras, aulas e etc.
 O aluno poderá apresentar problemas psicológicos, não por ele mesmo, mas pela deficiência visual, ele vai sempre depender do professor para levá-lo até a quadra e mesmo assim é difícil ele praticar atividade física com os alunos sem deficiência, por medo de se mobilizar, machucar, fazer algo errado e os colegas de turma sem deficiência criticarem.
A dificuldade da Inclusão pode estar, além das condições de trabalho docente (salas de aulas lotadas; recursos materiais limitados; baixo status profissional, valorização e remuneração), também na indisponibilidade de parte destes em aceitar mudanças, em respeitar o estranho, em compreender o diferente, a pessoa com deficiência, inclusive quando estes estão excluídos das atividades físicas esportivas (COSTA, 2010).
4.2 A MINISTRAÇÃO DAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR PARA OS ALUNOS COM DEFICIÊNCIA VISUAL
Para as aulas de Educação Física Escolar há uma necessidade de um planejamento teórico e prático. O plano de aula é de suma importância para passar o conteúdo programático para prática com os alunos. Mas nem sempre os profissionais conseguem passar as atividades do plano de aula para prática com êxito. Ao ser perguntado se “é perceptível as dificuldades de ensino dos conteúdos da educação física para alunos com deficiência visual?”, o professor respondeu que dependeria do aluno, pois assim como os outros alunos há diferenciação no processo de assimilação.
Em comparativo com outro estudo feito por, Silva. (2009) os professores adaptam as aulas para ter um melhor resultado na desenvoltura do aluno com deficiência e eficiência para passar o conteúdo programático. Eles se preocupam com as características, limitações e capacidades dos alunos para um bom planejamento e conseguir executar os conteúdos do plano de aula para prática com êxito.
A Educação Física, como um componente educacional, se relaciona com os aspectos fundamentais do ser humano, contribuindo assim para a sua formação nos diferentes domínios: cognitivo, afetivo-sociale motor. Dessa forma, através das atividades propostas, deve propiciar a formação integral do indivíduo.
Em seus objetivos, além do desenvolvimento e conhecimento motor e físico, incluísse também o desenvolvimento da capacidade de transformação pessoal e social, o que muitas vezes é esquecido. Marinho (1993 apud SCHREIBER et al, 2005) afirma que as atividades de Educação Física podem atuar no comportamento do aluno, nas suas atitudes e até mesmo em sua personalidade.
Quando inquirido a respeito: “durante as aulas de Educação Física se deparou com a problemática do medo excessivo do aluno se machucar?” o professor relatou que “dependendo da atividade, sim, ocorria tal preocupação” (PROFESSOR, entrevista cedida em 05 de abril de2021). No nosso ponto de vista a inclusão do aluno com deficiência visual na escola regular é o eixo deste trabalho. E essa opção de iluminar a reflexão sobre a inclusão - na perspectiva do aluno com deficiência visual, revela, cada vez mais, a necessidade de (re)aprendermos a olhar a realidade escolar, de modo que enxerguemos, por dentro, a trama que envolve a questão da inclusão do aluno com deficiência. Quanto mais se tem falado em inclusão nas atuais reformas educativas, mais a exclusão se configura como produto de uma sociedade desigual a ser equacionado.
A partir do movimento, da manipulação de objetos, da descoberta do próprio corpo (de suas necessidades e emoções), o aluno percebe e integra conceitos, relacionamentos de espaço-tempo-forma, organiza seu esquema corporal e modifica hábitos e sentimentos. Além disso, o movimento e a linguagem corporal permitem ao ser humano se comunicar e expressar suas emoções, o que atribui à Educação Física uma responsabilidade ainda maior sobre o desenvolvimento emocional dos alunos, já que nessas aulas o corpo se apresenta com maior liberdade, diferente das outras disciplinas, nas quais os alunos encontram-se “presos” em suas carteiras e impossibilitados de se expressarem. Além disso, as diversas situações presentes nessas aulas favorecem o surgimento dos mais diferentes processos emocionais.
Temos a Educação Física como um grande instrumento de inclusão, que pode causar mudanças muito positivas nesses aspectos, já que o aluno com deficiência visual possui dificuldades para locomoção, em suas capacidades motoras globais, bem como no convívio social. O que devemos propor com uma Educação Física realmente inclusiva, é em adequar as atividades ao nosso aluno, e não o aluno à atividade para que sejam participativos e consequentemente haja um desenvolvimento de suas potencialidades (PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS, 2000). Ao ser indagado sobre “qual metodologia é normalmente utilizada nas aulas de Educação Física quando um aluno com deficiência visual não consegue acompanhar às aulas?”, obtivemos a seguinte resposta: “O aluno ficava fazendo atividade com outras crianças, havia revezamento de atividades na quadra (sempre em movimento)” (PROFESSOR, entrevista cedida em 05 de abril 2021, grifo nosso).
Espera-se que o aluno com deficiência visual com a prática de atividades físicas possa se descobrir como uma pessoa que é capaz de lidar com a limitação que possui. E através de um trabalho psicomotor desenvolver uma autonomia, elevar sua autoestima e perceber que o fato de ser cego ou possuir baixa visão não o impede de participar da Educação Física escolar com outras pessoas videntes.
Alguns aspectos apresentados por crianças com deficiência visual como: problemas posturais, na marcha, na coordenação motora, na movimentação, na socialização etc., podem constituir um verdadeiro desafio nas aulas de educação física escolar. Mas o que é mais prejudicial no processo de desenvolvimento motor de uma criança DV é a restrição de oportunidades (FILHO et al, 2006). Restrição essa causada pela superproteção da família, professor e estranhos, que acham que o DV não é capaz de realizar coisas, e acabam reduzindo as oportunidades desses indivíduos em explorar o ambiente, e acabam ensinando-os que são incapazes e totalmente dependentes, o que certamente gera atrasos em suas capacidades de percepção, de cognição e de movimentos (WINNICK, 2004).
Neste contexto foi levantada a seguinte questão com o professor: “quais os maiores obstáculos durante a realização da aula de Educação Física com o aluno que possui deficiência visual?”, a resposta obtida foi: “do aluno depender de outro aluno para ser seu guia para a sua locomoção, quando eu não podia acompanhá-lo, o medo e a insegurança são grandes” (PROFESSOR, entrevista cedida em 05 de abril 2021).
A Educação Física servirá justamente como um campo de estimulação, buscando compensar esses déficits, de forma que esses alunos possam adquirir mais autoconfiança, através do conhecimento de seu próprio corpo, como diz Cutsforth (1969), citado por Junior e Santos (2007), que para a criança que possui visão normal se desenvolver, ela precisa de um campo de estimulação cada vez maior, e já o aluno com deficiência visual, deve buscar esse campo de estimulação no seu próprio corpo. A partir daí ela começa a descobrir seu meio ambiente, descobrindo em si mesmos o que as outras crianças de visão normal encontram no ambiente: a motivação e o estímulo para realizar qualquer tipo de ação. 
4.3 O CORPO PEDAGÓGICO DA ESCOLAR E A INCLUSÃO DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA VISUAL NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA 
No processo de escolarização inclusiva, a aprendizagem sugere dúvidas, acertos, erros, avanços, descobertas, suas faces não são lineares e constituem processos coletivos e/ou individuais. Quando o conhecimento está imerso em uma rede de significações, o aluno efetivamente aprende, seja em grupo ou individualmente. Assim, com base no estado da questão, pode-se identificar três pontos que podem influenciar em aulas de Educação Física Inclusivas: Estratégias de Ensino, Trabalho Colaborativo e Formação.
Neste sentido, verifica-se que as escolhas e a utilização de diferentes Estratégias de Ensino podem influenciar, tanto negativamente, quanto positivamente e oportunizar meios que viabilizem a participação de alunos com e sem deficiência é de fundamental importância para despertarem em todos o interesse pelas aulas. Ainda, percebeu-se que o Trabalho Colaborativo surge como uma estratégia que vem sendo amplamente investigada, servindo como um auxílio na realização das aulas. Porém, destaca-se que este auxílio não pode limitar-se apenas como trabalho de outro professor, mas que todo o corpo escolar e até os alunos sem deficiência, sejam agentes ativos deste processo.
Com relação à formação, é também facilmente percebida a sua influência nas aulas, visto que os trabalhos apontam como a causa principal para que os professores não consigam realizar aulas inclusivas ou apresentem atitudes negativas no trato com alunos com deficiência. Assim, observa-se a importância da Formação inicial e principalmente a continuada. Destaca-se ainda que as Estratégias de Ensino e o Trabalho Colaborativo estão intimamente ligados com as formações, pois é por meio delas que os professores poderão conhecer, vivenciar, planejar, construir, orientar e executar distintas situações que busquem a participação de todos os alunos nas aulas de Educação Física.
Nesta concepção, com base nos resultados encontrados, cremos que a educação é um dos campos do conhecimento e ação humana mais promissora para a tomada de consciência da crise em que vivemos, gerando transformações e novos significados. Por isso, compreende-se a necessidade e urgência de investir em processos de mudanças na formação do profissional de Educação Física, pois é sobre eles que recaem as exigências da sociedade quanto à formação de suas crianças e adolescentes no tocante a torná-los cidadãos que devem agir de forma crítica e participativa.
Ao ser indagado sobre “de que maneira o corpo pedagógico da escola intervém para viabilizar a inclusão do aluno com deficiência visual nas aulas de educação física?”, obtivemos a seguinte resposta: “O corpo pedagógico viabiliza um professor para a leitura de braile,mas quando se trata da educação física não se tem nada” (PROFESSOR, entrevista cedida em 05 de abril 2021).
A educação, como elemento transformador, precisa provocar a participação e a interação entre escola, educadores e educandos, sejam eles deficientes visuais ou não. Em se tratando de pessoas cegas, é importante que os educadores acreditem em seu ofício e que estejam capacitados para exercerem seu papel no processo ensino-aprendizagem utilizando metodologias distintas para que haja interação e posteriormente o efetivo conhecimento formal. (alguma referência neste parágrafo sobre essas concepções ditas para melhor fundamentar as suas colocações)
4.4 A EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR COMO AGENTE DE SOCIALIZAÇÃO E INDEPENDÊNCIA DO ALUNO DEFICIENTE VISUAL NO AMBIENTE ESCOLAR
A inclusão de todos na escola independente do seu talento ou deficiência, reverte-se em benefícios para os alunos, para os professores e na sociedade em geral, pois sabemos que o contato dos alunos entre si reforça atitudes positivas no processo da inclusão e da integração.( a palavra integração não se usa mais na Educação especial, pq ela foi substituída pela Inclusâo)
Para que isso aconteça é preciso ainda repensar o papel do professor e sua prática pedagógica, quando o processo da inclusão educacional de alunos com necessidades especiais e de outros alunos com que a escola, tem dificuldade de lidar. A propostas metodológicas dos professores de educação física que, com criatividade, podem usar o corpo, o movimento, o jogo, a expressão e o desporto como oportunidades de celebrar a diferença e proporcionar aos alunos experiências que realcem a cooperação e a solidariedade.
Ao indagarmos o professor: “de que maneira a educação física escolar contribuiu para a socialização, e a independência do aluno deficiente visual em seu âmbito escolar?”, o professor deu como resposta a esta interrogação o seguinte: 
Inclusão é a palavra-chave. Não queria que o aluno se sentisse diferente dos demais, quando era possível até correr com ele, eu corria. Eu, e os demais alunos abraçamos o aluno com deficiência visual com naturalidade. O aluno com deficiência visual me ensinou muito mais, foi uma troca ímpar (PROFESSOR, entrevista cedida em 05 de abril de 2021)
A conclusão que se chegou com este estudo é de que a deficiência visual é caracterizada pelo comprometimento da visão em ambos os olhos que não pode ser compensada através de recursos ópticos. E que por ter essa limitação, o aluno é de certa forma privado por outras pessoas, que na maioria das vezes não possuem conhecimento de como lidar com essa deficiência, de ter maior estimulação, de vivenciar as fases de seu desenvolvimento como uma criança vidente. E desta forma acabam gerando dificuldades no seu repertório motor, em seu convívio social, e no lado emocional no que diz respeito a autoestima, a sentimentos de incapacidade e insegurança.( Parágrafo com algumas afirmações que precisam ser reforçadas e fundamentadas com falas de algum autor que fale sobre a temática)
    A Educação Física com os seus conteúdos deve ser aplicada tanto para o DV como para o vidente. O que deve ser desenvolvido pelo professor são estratégias metodológicas que sejam capazes de realmente colocar esse aluno como parte integrante e ativa na aula e também, fazendo com que ele tenha maior conhecimento do seu corpo e de suas possibilidades. E isso pode ser feito utilizando técnicas táteis, de sombra, com o auxílio de guias, fazendo adaptações nos materiais e utilizando maquetes.
Enfim, discutir e propor as melhores maneiras de estar realizando as atividades com os alunos, em conjunto onde eles possam dar sugestões e usar a criatividade para estar adaptando, é uma forma para que o foco da aula não seja apenas voltado para atenção no aluno DV ou somente os outros alunos, mas que se crie caminhos para que tudo que for feito seja com objetivo de ter benefícios e progressos para todos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Depois dessa pesquisa considera-se importante para que professor se sinta completo( como completo??) é necessário que tenha prazer no ato de ensinar e provocar aprendizagem, este é o educador por excelência. Portanto, na educação a meta principal é satisfazer as necessidades específicas de aprendizagem de cada aluno, incentivando o mesmo a aprender e desenvolver seu potencial a partir de sua realidade particular. O resultado obtido influenciará na prática pedagógica de maneira positiva.
A educação é importante para promover a discussão sobre os avanços pedagógicos na aprendizagem e no processo de inclusão de alunos com deficiência visual. Portanto é necessário ir mais além para desenvolver um trabalho que venha atender e superar os limites dos alunos no processo de ensino aprendizagem.
A formação do docente deve acontecer de maneira continua e permanente. A falta de uma formação específica contribuirá de maneira negativa para o processo de inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais.
Um grande desafio da docência atual é o trabalho com alunos de inclusão, seja qual tipo de inclusão for, sabe-se das imensas dificuldades do professor em se trabalhar com alunos de inclusão, seja devido à falta de estrutura ou principalmente a uma formação inadequada tanto inicial como continuada.
Com base no que já foi dito, é importante ter em mente que uma má formação docente, falta de recursos adaptados para trabalhar com alunos que apresentem necessidades especiais educacionais e estruturas físicas (espaços adaptados) podem acarretar a uma “não-inclusão” dos mesmos no processo de ensino aprendizagem. Um fator primordial para obter sucesso na inclusão de alunos com necessidades especiais no processo de ensino-aprendizagem é a parceria escola e família. E para que isso ocorra de forma satisfatória há a necessidade de o educador ser qualificado para enfrentar tal situação no contexto escolar.
Nos dias atuais há várias tentativas para assegurar a permanência de algumas crianças com necessidades educacionais especiais no ensino regular. A importância de uma parceria escola-família se dá pelo fato de facilitar o ensino-aprendizagem e fazer com que a própria família entenda, aceite e aprenda a conviver com a deficiência da criança, acreditando e incentivando o mesmo a superar seus limites, buscando cada vez mais sua independência.
Diante desse ponto de vista é importante que a família tenha consciência do seu papel no processo de ensino aprendizagem independente da patologia ou dificuldade de aprendizagem que a criança apresente. É preciso que este seja estimulado a seguir em frente, e tal situação só será possível se houver amor e afetividade para oferecer subsídios para seguir vencendo as suas limitações, através do apoio do professor. A avaliação deve se caracterizar com um instrumento capaz de estabelecer as condições de aprendizagem do aluno e sua relação com o ensino. Seus procedimentos devem permitir uma análise do desempenho pedagógico, oferecendo subsídios para o planejamento e a aplicação de novas estratégias de ensino que permitam alcançar o objetivo determinado pelo professor em cada conteúdo específico.
Diante desse fato específico Luckesi (1990) a avaliação da aprendizagem escolar tem sido somente quando está envolvida em projeto pedagógico e com seu projeto de ensino, assim a avaliação requer decisões sobre a aprendizagem e o desenvolvimento dos educandos. Mas nem sempre é esse o significado no contexto da escola, sendo comum ocorrer apenas à verificação da retenção de conteúdo. 
Considerando que o professor, no âmbito escolar, é o principal influenciador e transmissor de conhecimentos, deve exercer um papel de construir e aplicar práticas que possibilitem uma educação onde todos façam parte do processo de ensino aprendizagem. Sendo assim, é importante que o educador tenha em mente que deve promover ações que viabilize a inclusão. O gestor pedagógico deve prover os recursos materiais e humanos necessários ao desenvolvimento do processo de ensino dos alunos com deficiência, auxiliar os professores no que

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