Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
INSTITUTO CULTURAL NAÇÃO TAMBOR APOSTILA AULAS DE CURIMBA (PARTE 1 – TAMBORES) INSTRUTOR – RICARDO “BARBA” ESPINELLI CURSO DE CURIMBA INSTITUTO CULTURAL NAÇÃO TAMBOR APOSTILA O som é a primeira relação com o mundo, desde o ventre materno. Nos rituais ele abre canais de comunicação que facilitam o tratamento espiritual. Além de atingir os movimentos mais primitivos, a música atua como elemento ordenador, que organiza a pessoa internamente. A HISTÓRIA DOS TAMBORES Os tambores começaram a aparecer pelas escavações arqueológicas do período neolítico. Um tambor encontrado na escavação na Morávia foi datado de 6.000 anos antes de Cristo. Tambores têm sido encontrados na antiga Suméria com a idade de 3.000 a.C. Na Mesopotâmia foram encontrados pequenos tambores datados de 3.000 a.C. Tambores com peles esticadas foram descobertos dentre os artefatos egípcios, a 4.000 a.C. Os primeiros tambores provavelmente consistiam em um pedaço de tronco de árvore oco, estes troncos eram cobertos nas bordas com peles de alguns répteis, e eram percutidos com as mãos, começou-se a usar peles mais resistentes e apareceram as primeiras baquetas. O tambor com duas peles veio mais tarde, assim como a variedade de tamanho. O Atabaque é de origem árabe e foi introduzido na África por mercadores que entravam no continente através dos países do norte, como o Egito. QUAIS SÃO OS TAMBORES São três os atabaques em um terreiro, Rum, Rumpi e Lê, sendo o Rum o atabaque maior. Com som mais grave, o Rum é o atabaque responsável em puxar o toque do ponto que está sendo cantado, no Rum fica o Alabê, Ogã ou Ogã de Sala, como é conhecido todos. Este é o Ogã responsável pelos toques. O Rumpi é o segundo atabaque maior, tendo como importância responder ao atabaque Rum, e o Lê é o terceiro atabaque, onde fica o Ogã que está iniciando, ou um aprendiz que acompanha o Rumpi. O Rum também é responsável por dobrar ou repicar o toque para que não fique um toque repetitivo. Os três atabaques que fazem soar o toque durante o ritual também são responsáveis pela convocação dos deuses. Além dos atabaques, algumas casas usam também o agogô e o xequerê. Os Atabaques são instrumentos de grande importância dentro da casa, sendo o segundo assentamento mais importante do terreiro, por isso, devemos respeitá-los como se fossem ORIXÁS. Run – é o maior atabaque, com som mais grave. “Run” significa rugido. Rumpí – é o atabaque intermediário, com som mediano. “Run” significa rugido e “pí” imediatamente. CURSO DE CURIMBA INSTITUTO CULTURAL NAÇÃO TAMBOR Lê – é o menor atabaque e tem o som mais agudo. “Lê” significa pequeno. TOCADORES DE ATABAQUE Um Ogã seria como um tatá da casa, na maioria das vezes seu conhecimento é quase superior a um Zelador de Santo, para ser um Ogã não basta saber tocar, mas também conhecer os fundamentos da casa. Saber entoar um canto na hora certa, é de grande importância em um terreiro. Existem também outros elementos utilizados junto com os atabaques, por exemplo: agogô, caxixi, xequerê, adjá, chocalho, triângulo, pandeiro, etc. Existe também o Abatá, que seria um tambor, com os dois lados com couro, muito usado no Rio Grande do Sul, e na nação Tambor de Mina. Runtó (Geralmente um Cargo Masculino dos Candomblés Gegê e Mina). Ser Ogã antes de tudo é ser responsável e sério dentro do ritual, sem brincadeiras atrás do atabaque, cumprindo suas obrigações como Ogã da casa e seguindo os fundamentos da mesma com extrema seriedade e atenção, procurando sempre aprender mais e aperfeiçoar os toques e pontos, sabendo a hora certa de usa-los. Além disso, os Ogãs devem estar sempre de roupas brancas e com suas guias. O Ogã deve estar sempre atento ao chefe da gira antes de sua incorporação, depois dela deve estar atento a tudo e a todos, pois ele é o único que ficará consciente durante todo o ritual. O Ogã que esta no Rum puxa os pontos e os demais devem acompanha - lo para que a energia da gira não seja quebrada. Após o chefe da gira incorporar, os Ogãs devem segurar a gira para que a vibração não caia. Alabê é o chefe dos demais Ogãs do terreiro, é o Ogã que não incorpora, devendo dedicar se somente aos atabaques. Quando assentado, o Alabê fica no mesmo grau de um médium feito. Quando um terreiro não possui um Alabê, é dado ao Ogã com mais tempo de Atabaque e mais experiente o cargo de “Ogã de Rum”, sendo assim é ele quem assume os atabaques. TOQUES São, ao todo, mais de quinze toques (ritmos) diferentes. Cada Casa de Santo tem até 500 cânticos. Segundo a fé dos praticantes, os versos e as frases rítmicas repetidas incansavelmente, têm o poder de "captar" o mundo sobrenatural. Essa música sagrada só sai dos terreiros na época do carnaval, levada por grupos e blocos de rua, principalmente em Salvador, como Olodum ou Filhos de Gandhi. Na Angola existem vários tipos de toques, onde cada toque é destinado a um Orixá, por exemplo: Congo de Ouro e Angolão que seriam destinados a Oxossi, Ijexá que seria destinado a Oxum, etc. O mesmo acontece com ketu, que se toca com varinhas de goiabeira ou bambu, chamadas de Aguidavi. Existem vários fatores que definem os CURSO DE CURIMBA INSTITUTO CULTURAL NAÇÃO TAMBOR toques dos pontos. Um dos mais importantes é o ritmo em si; Cada toque possui um balanço, um ritmo característico que os tornam diferentes dos outros (por exemplo, Ijexá e barra-vento, são bem diferentes). Quando um Ogã ouve um ponto novo, ele tende a encaixar entre os toques que ele conhece o que melhor vai se adaptar àquela melodia que está sendo cantada. Por isso, é interessante conhecer várias batidas diferentes, assim como muitos pontos diferentes, pois aumentam as "cartas na manga" do Ogã. Na Umbanda os Toques mais utilizados são: Ijexá, Nagô, Samba de Cabula, Congo, Congo de Ouro e Barra Vento. Algumas tradições mais antigas mantem até hoje o toque “padrão” de Umbanda, mais conhecido em rodas de Ogãs como “Busca-Pinga”. Alterando o ritmo das cantigas para encaixar nesse ritmo, toca-se uma gira completa apenas com o tal toque. Existe uma relação entre o toque e o Orixá: Ijexá Oxum, Iemanjá, Oxalá, Nanã, Oxumare, Omulu, Preto Velho... Nagô Abertura, Hino da Umbanda, Defumação, Bater Cabeça, Preto velho, Erê Samba de Cabula (Kabula) Grande maioria dos pontos de Umbanda respondem ao Samba de Cabula Oxóssi, Caboclo, Yabás, Ogum, Iansã, Xangô, Baiano, Boiadeiro, Malandro, Exu, Preto Velho, Erê entre outros. Congo e Congo de Ouro Ogum, Xangô, Iansã, Exu, Boiadeiro. Barra Vento Iansã, Ogum, Exu, Quebra demanda, Boiadeiro... PONTOS CANTADOS CLASSIFICAÇÃO DOS PONTOS CANTADOS Os pontos cantados são mantras que entoado da forma correta movimenta energias necessárias para manter a corrente em sintonia, para auxiliar no relaxamento do médium com a ligação ao sagrado. Não devemos cantar os pontos aleatoriamente em qualquer momento e situação. Devemos sempre saber o tipo de ponto e o momento correto. Faz-se extremamente necessário que o Ogã (Atabaqueiro, Tabaqueiro, Curimbeiro) saiba o real significado das palavras que estão entoando. Temos que ter certeza do que estamos fazendo e o que estamos movimentando de energia. PONTO DE FIRMEZA: Geralmente cantado após o Ritual de abertura. Nesse Momento pede se a firmeza ao responsável pela linha de trabalho do Dia. Ex.: Gira de Caboclo, Chama na Firmeza de Oxóssi. Trabalho com Caboclas de Oxum, pede se permissão a Oxum. E assim por diante. CURSO DE CURIMBA INSTITUTO CULTURAL NAÇÃO TAMBOR EXEMPLO DE PONTO: Ogum, Exu pede licença. Para seu Povo ele arriar (2x) Mas ele é um Exu Guerreiro Vem trazendo Forças Para esse terreiro (2x) Pedimos Licença a Zambi A Ogum e Iemanjá Para abrir nossos trabalhos Com a Bandeira de Oxalá (2x) Saravá Ogum Saravá Congá (2x) Saravá seu Sete Ondas (Ou alguma linhagem de Ogum) Ele é rei é Orixá. PONTO DE COROA: Ponto cantado ao Chefeda Coroa do Pai ou Mãe da Casa. Geralmente entoado após a abertura para o mesmo vir firmar as forças para os inícios dos trabalhos. Exemplo de Ponto: Lê, lele, Lere lere lere lere lerá Lê, lere lere, Lê, lere lere Caboclo 7 Flechas no conga Saravá Sr. 7 Flechas Ele é o Rei da Mata O seu bodoque atira oi paranga A sua flecha mata! Estava na Beira do Rio Sem poder atravessar Chamei pelo Caboclo Caboclo Tupinambá (2x) Tupinambá Chamei Chamei tornei chamar eâ (2x) CURSO DE CURIMBA INSTITUTO CULTURAL NAÇÃO TAMBOR PONTO DE SAUDAÇÃO: Antes da Chamada de qualquer linha de trabalho, devemos saudar a mesma de uma forma geral. Ou seja, sem ponto especifico de determinada entidade e ou chamada dos Guias a trabalhar. EXEMPLO DE PONTO SAUDAÇÃO: Adorei as Almas E as Almas me atenderam (2x) Viva as Santas Almas Lá do Cruzeiro (2x) Vou pedir Licença a Zambi Pra banda poder Virar (2x) Eu vou chamar Exu Exu é Mojubá (2x) PONTO DE CHAMADA OU CHEGADA: Ponto cantado para que aconteça a incorporação dos guias nos médiuns, muitos chamam também de ponto de chegada. Para que aconteça a incorporação, não necessariamente temos que cantar os pontos de chamada, pois durante a gira, vemos que acontece bastante o processo de incorporação e desincorporação. Mas é importante esse direcionamento dos trabalhos, então cabe a curimba comandar essa chegada e com os pontos de acordo. EXEMPLO DE PONTOS DE CHEGADA: O meu senhor do Bonfim Valei-me São Salvador Vamos sarava essa gira Que o povo da Bahia Chegou (2x) Bahia, Bahia, Bahia de São Salvador Quem nunca foi a Bahia Peça a Deus nosso Senhor Tem Bala de Coco e peteca Deixa a Ibejada Brincar (2x) Hoje é dia de Festa Ibejada vem Saravá (2x) CURSO DE CURIMBA INSTITUTO CULTURAL NAÇÃO TAMBOR Vem Marinheiro Da licença de passar Seu navio entrou no porto Ele vem de Alto Mar (2x) Já cruzei a hora grande Mar revolto enfrentei Vou chamar pela pesqueira Só pra ver se ela vem Quando eu pisar em terra Vou falar com minha velha Meu navio é no balanço É no Balanço que ele vai (2x) PONTO DE SUSTENTAÇÃO: No meu ponto de vista é o momento mais importante da gira. A abertura é feita com muita empolgação, todos cheios de energia. Porem durante os trabalhos vê muito essa queda de energia. Os pontos de sustentação devem manter a energia inicial dos trabalhos, para não haver quebra de corrente e ninguém dispersar dos trabalhos. Então é de grande responsabilidade do Ogã (Atabaqueiro, Tabaqueiro, Curimbeiro) Manter esse link firme. EXEMPLO DE PONTO DE SUSTENTAÇÃO: Em gira de Exu não da pra ficar parado (2x) Uns pedem dinheiro, outros namorado Mas poucos voltam Pra dizer muito obrigado (2x) Não toque nesse Boi Esse Boi é Cruzado Ele é de Boiadeiro Caboclo Valente De Couro Afiado (2x) Se você precisar Boiadeiro está aqui Mas não toque no boi A Ponta da Chibata pode lhe ferir CURSO DE CURIMBA INSTITUTO CULTURAL NAÇÃO TAMBOR Cosme e Damião A sua casa cheira Cheira Cravo Cheira Rosa Cheira Flor de Laranjeira (2x) PONTO DE SUBIDA: Encerrado os atendimentos, hora dos guias retornarem a sua morada. São poucas as cantigas que temos de subida de linha. Cada casa acaba tendo seus próprios pontos, que são passados pelos trabalhadores da mesma. Tanto para Guias quanto para Orixás temos os pontos de Subida. EXEMPLO DE PONTO DE SUBIDA: A sineta do céu Bateu Oxalá já diz que é hora (2x) Eu vou, eu vou, eu vou Ficar com Deus e Nossa Senhora Segura, se seu corpo é firme Segura, eles vão girar (2x) Adeus, Adeus, Para Aruanda eles vão Voltar Filho de Umbanda porque chora Se eles vão tornar a voltar (2x) Quando um coco cai Todo coqueiro Chora (2x) Adeus, adeus meu pai O baiano vão embora (2x) Adeus, Adeus minha mãe As Baianas vão embora (2x) A marola do Mar vai levando Iemanjá é quem vai navegando CURSO DE CURIMBA INSTITUTO CULTURAL NAÇÃO TAMBOR Selei, selei Seu cavalo eu selei Pai Ogum já vai embora Seu cavalo eu selei Andorinha que voa, voa andorinha Leva as crianças pro céu Andorinha (2x) Voa, voa, voa andorinha Leva as crianças pro céu andorinha (2x) CURSO DE CURIMBA INSTITUTO CULTURAL NAÇÃO TAMBOR MÓDULO 1 IJEXÁ TA TA / TUM TA Esse é o Ijexá, também conhecido como o toque da Orixá Oxum. No entanto, na Umbanda, ele é tocado para todos os Orixás. Sempre devemos definir bem os sons graves e agudos, principalmente no Ijexá. Não devemos tocar com muita força, e sim com precisão! Ritmo suave, mas de batida e cadência marcadas de grande beleza, no som e na dança. O Ijexá é tocado exclusivamente com as mãos, os aguidavis ou baquetas são usados nesse toque, sempre acompanhado do Gã (agogô) para marcar o compasso. O Afoxé Filhos de Gandhi da Bahia, é talvez o mais tenaz dos grupos culturais brasileiros na preservação desse ritmo. CURIOSIDADES [...Ijexá é uma nação africana formada pelos escravos vindos de Ilesa na Nigéria, concentrada nas religiões Batuque e Candomblé. Tendo sua base em orumila-ifá, e seus métodos adivinhatorios dos odú...] [...Oxum é um orixá feminino da nação Ijexá, adotada e cultuada em todas as religiões afro-brasileiras. É o orixá das águas doces dos rios e cachoeiras, da riqueza, do amor, da prosperidade e da beleza. Em Oxum, os fiéis buscam auxílio para a solução de problemas no amor, uma vez que ela é a responsável pelas uniões, e também na vida financeira, a que se deve sua denominação de "Senhora do Ouro", que outrora era do Cobre, por ser o metal mais valioso da época. Na natureza, o culto a Oxum costuma ser realizado nos rios e nas cachoeiras e, mais raramente, próximo às fontes de águas minerais. Oxum é símbolo da sensibilidade e muitas vezes derramam lágrimas ao incorporar em alguém, característica que se transfere a seus filhos, identificados por chorões....] Sons do Atabaque: TA, TUM, TRA, TRUM TUM – SOM GRAVE TA – SOM AGUDO https://pt.wikipedia.org/wiki/Aquidavi https://pt.wikipedia.org/wiki/Baqueta https://pt.wikipedia.org/wiki/Agog%C3%B4 https://pt.wikipedia.org/wiki/Filhos_de_Gandhi https://pt.wikipedia.org/wiki/Ilesa https://pt.wikipedia.org/wiki/Nig%C3%A9ria https://pt.wikipedia.org/wiki/Batuque https://pt.wikipedia.org/wiki/Candombl%C3%A9 https://pt.wikipedia.org/wiki/Ijex%C3%A1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Religi%C3%B5es_afro-brasileiras https://pt.wikipedia.org/wiki/Religi%C3%B5es_afro-brasileiras https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio https://pt.wikipedia.org/wiki/Queda_de_%C3%A1gua https://pt.wikipedia.org/wiki/Riqueza https://pt.wikipedia.org/wiki/Amor https://pt.wikipedia.org/wiki/Prosperidade https://pt.wikipedia.org/wiki/Beleza https://pt.wikipedia.org/wiki/Ouro https://pt.wikipedia.org/wiki/Cobre https://pt.wikipedia.org/wiki/Metal https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio https://pt.wikipedia.org/wiki/Queda_de_%C3%A1gua https://pt.wikipedia.org/wiki/Sensibilidade https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%A1grima CURSO DE CURIMBA INSTITUTO CULTURAL NAÇÃO TAMBOR O Toque Ijexá tem algumas formas diferente de tocar, com repiques e algumas variações. Vamos iniciar com o que chamaremos de Ijexá 1. Tocado apenas com uma das mãos. De uma cadencia mais “seca”, muitas vezes utilizado para algumas saudações e até mesmo para uma chegada de Oxalá! Diferenciando assim a vibração dos demais. IJEXÁ 1 TA / TUM / TA (Execute o Toque com a mão direita, até sentir que o grave e o Agudo estão bem acentuados, Depois faça o mesmo com a mão esquerda. Essa pratica com ambas as mãos será importante para o equilíbrio de toque ao decorrer do curso.). IJEXÁ 2 Com apenas uma nota a mais do Ijexá 1, porem nessa execução utiliza-se as duas mãos. TA TA / TUM / TA No Ijexá, a Mão direita trabalha muito mais do que a mão esquerda. Por isso a importância de trabalhar os Exercícios para o toque não perder acentuaçãona mão esquerda. ←ESTRUTURA DO TOQUE Respeite a ordem das mãos 1 – Mão direita 2 – Mão esquerda 3 – Mão Direita 4 – Mão Direita CURSO DE CURIMBA INSTITUTO CULTURAL NAÇÃO TAMBOR IJEXÁ DOBRADO OU IJEXÁ COM DOBRA Segue o mesmo andamento do Ijexá 2, Com uma dobra no Som Grave. Nesse momento o Ijexá ganha a quinta nota (Toque). Leva o nome de sobra pelo fato de um toque que inicialmente era TA / TUM / TA, Nesse momento ele tem a seguinte Estrutura. TA TA / TUM TUM / TA REPIQUE NO GRAVE (TUM) Esse movimento serve tanto para Finalizar uma frase, quanto para encerrar o Toque de Ijexá. O andamento do Toque seria esse: TA TA / TUM / TA TA TA / TUM / TA TA TA / TUM / TA TA TA / TUUUM / TUM TUM TUM TUM / TA REPIQUE NO AGUDO (TA) Esse repique, ou variação de toque é muito comum e dos mais utilizados no Ijexá. Serve também para encerrar o toque, porem será muito utilizado para dividir o toque. EXEMPLO: TA TA / TUM / TA TA TA / TUM / TA TA TA / TUUUM / TATA TATA / TUM TA TA TA / TUM / TA e segue alternando entre o Ijexá é a variação no agudo. Respeite a ordem das mãos 1 – Mão direita 2 – Mão esquerda 3 – Mão Direita 4 – Mão Esquerda 5 – Mão Direita CURSO DE CURIMBA INSTITUTO CULTURAL NAÇÃO TAMBOR REPIQUES EM TRA E TRUM Vamos sair da linha de conforto dos TA TA TA TA e TUM TUM TUM TUM e acrescentar uma nova batida ao nosso instrumento. É fato que para tirar esse som com maior precisão será necessário maior empenho em estudar. Tanto o TRA quanto o TRUM são notas que tiramos com as duas mãos batendo ao coro quase que simultaneamente. O efeito é dado pelo pequeno atraso que uma das mãos tem ao chegar no Couro. Simplificando para melhor entendimento, O TRUM seria duas notas Graves (TUM), tocando praticamente juntas (TUMTUM) dando o efeito de TRUM o mesmo acontece com o TRA. No exemplo vamos repetir o primeiro repique no Grave (TUM) que aprendemos. TA TA / TUM / TA TA TA / TUM / TA TA TA / TUM / TA TA TA / TUUUM / TRUM TUM TUM TUM / TA REPIQUES – CRIANDO SEUS PRÓPRIOS REPIQUES Como falamos muito no inicio do curso, é de extrema importância cantar o toque. Essa marcação vai te ajudar e dar segurança na hora de tocar, evitando assim que você tente lembrar o toque ou repique durante a execução. Os repiques devem ser sempre no ritmo do toque e observar para que ele não seja nem mais curto nem muito mais longo do que o compasso do toque que está sendo executado. Pensando em repique e executando. Veremos em aula. CURSO DE CURIMBA INSTITUTO CULTURAL NAÇÃO TAMBOR PONTOS PARA TRABALHAR EM AULA Preto Velho 1 - Preto Velho quando vem Ele vem aos pés da Cruz Vem pedir a proteção Para os Filhos de Jesus (2x) A terra Tremeu (2x) Tremeu a Cruz Mas não tremeu Jesus (2x) 2 - São Benedito quem manda nos Pretos Velhos São Benedito manda Rei Congo Baixar (2x) Auê meu Pai (2x) Peço licença, deixa os velhos trabalhar 3 - Negro está molhado de suor Está feliz porque Deus o Libertou (2x) O Sinhá, ó Sinha Segura Chibata e não deixa bater Faz uma prece pra negro morrer Negro não quer mais sofrer (2x) 4 - Minha cachimbá tem mironga Minha Cachimba tem Dendê (2x) Quem duvida da minha cachimbá Que venha ver, que venha ver (2x) Oxum 5 - Mamãe Oxum aonde você está (2x) Estou no fundo D’agua, meus filhos vou já (2x) Estou procurando Ouro Pra enfeitar minha coroa Tomar conta dos meus filhos Pra não tombar no conga CURSO DE CURIMBA INSTITUTO CULTURAL NAÇÃO TAMBOR 6 - Foi na Beira do Rio Aonde Oxum chorou (2x) Chora Aie ie ô Chora pelos filhos seus (2x) Vários 7 - Meu Pai Oxalá é o Rei venha me valer (2x) O velho Omulu, Atotô Obaluaê (2x) Atotô Obaluaê, Atotô Babá Atotô Obaluaê, Atotô é Orixá (2x) 8 - A Umbanda tem 7 Forças Divina Que irradiam suas luzes no Congá Tem Pai Ogum, Tem Pai Xangô Rei das Pedreiras Mãe Iemanja, Mãe Oxum nas Cachoeiras Tem Pai Oxossi que é caçador das Matas Obaluaê lá no Cruzeiro das Almas Pai Oxalá, quem comanda esse exercito de Guerreiros Que na Umbanda, vem nos ajudar (2x) 9 - Mãe D’agua Rainha das Ondas Sereia do Mar Mãe D’agua seu canto é bonito Quando vem do Mar (2x) E, Iemanjá Rainha das Ondas, sereia do Mar (2x) É tão lindo o canto de Iemanjá Faz até o pescador chorar Quem escuta a mãe D’agua Cantar Vai com ela pro fundo do Mar Iemanjá 10 – Defuma com as Ervas da Jurema Defuma com arruda e guiné (2x) Beijoim, Alecrim e Alfazema Vamos defumar filhos de Fé (2x) CURSO DE CURIMBA INSTITUTO CULTURAL NAÇÃO TAMBOR 11 - Vai, vai, vai Aos pés de Nosso Senhor Vai bater Cabeça Que Oxalá Mandou 12 - O Sino da Igrejinha faz Belem, Blem, Blom (2x) Deu meia noite o Galo já cantou Seu Tranca Ruas é o dono da gira Oi corre a gira que Ogum mandou (2x) 13 - Navio Negreiro no Fundo do Mar Correntes pesadas na areia a arrastar Virou a caçamba pro fundo do Mar (2x) E quem lhe salvou Foi a mãe Iemanjá O Saravá, minha mãe Iemanjá (2x) A estrela guia brilhou lá no céu Na beira da Mata, na beira do Mar A negra escrava se pós a cantar (2x) E quem lhe ensinou foi a Mãe Iemanjá O Saravá, minha mãe Iemanjá (2x)
Compartilhar