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Apostila Curimba - Tambores, curiosidades e Modulo 1 Ijexá

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INSTITUTO CULTURAL NAÇÃO TAMBOR 
APOSTILA AULAS DE CURIMBA (PARTE 1 – TAMBORES) 
INSTRUTOR – RICARDO “BARBA” ESPINELLI 
CURSO DE CURIMBA 
INSTITUTO CULTURAL NAÇÃO TAMBOR 
 
APOSTILA 
 
O som é a primeira relação com o mundo, desde o ventre materno. Nos rituais ele abre 
canais de comunicação que facilitam o tratamento espiritual. Além de atingir os 
movimentos mais primitivos, a música atua como elemento ordenador, que organiza a 
pessoa internamente. 
 
A HISTÓRIA DOS TAMBORES 
 
Os tambores começaram a aparecer pelas escavações arqueológicas do período 
neolítico. Um tambor encontrado na escavação na Morávia foi datado de 6.000 anos 
antes de Cristo. Tambores têm sido encontrados na antiga Suméria com a idade de 
3.000 a.C. Na Mesopotâmia foram encontrados pequenos tambores datados de 3.000 
a.C. 
 
Tambores com peles esticadas foram descobertos dentre os artefatos egípcios, a 4.000 
a.C. Os primeiros tambores provavelmente consistiam em um pedaço de tronco de 
árvore oco, estes troncos eram cobertos nas bordas com peles de alguns répteis, e 
eram percutidos com as mãos, começou-se a usar peles mais resistentes e apareceram 
as primeiras baquetas. O tambor com duas peles veio mais tarde, assim como a 
variedade de tamanho. 
 
O Atabaque é de origem árabe e foi introduzido na África por mercadores que 
entravam no continente através dos países do norte, como o Egito. 
 
QUAIS SÃO OS TAMBORES 
 
São três os atabaques em um terreiro, Rum, Rumpi e Lê, sendo o Rum o atabaque 
maior. Com som mais grave, o Rum é o atabaque responsável em puxar o toque do 
ponto que está sendo cantado, no Rum fica o Alabê, Ogã ou Ogã de Sala, como é 
conhecido todos. Este é o Ogã responsável pelos toques. 
 
O Rumpi é o segundo atabaque maior, tendo como importância responder ao 
atabaque Rum, e o Lê é o terceiro atabaque, onde fica o Ogã que está iniciando, ou um 
aprendiz que acompanha o Rumpi. O Rum também é responsável por dobrar ou 
repicar o toque para que não fique um toque repetitivo. 
 
Os três atabaques que fazem soar o toque durante o ritual também são responsáveis 
pela convocação dos deuses. Além dos atabaques, algumas casas usam também o 
agogô e o xequerê. Os Atabaques são instrumentos de grande importância dentro da 
casa, sendo o segundo assentamento mais importante do terreiro, por isso, devemos 
respeitá-los como se fossem ORIXÁS. 
Run – é o maior atabaque, com som mais grave. “Run” significa rugido. 
Rumpí – é o atabaque intermediário, com som mediano. “Run” significa rugido e “pí” 
imediatamente. 
CURSO DE CURIMBA 
INSTITUTO CULTURAL NAÇÃO TAMBOR 
 
Lê – é o menor atabaque e tem o som mais agudo. “Lê” significa pequeno. 
 
TOCADORES DE ATABAQUE 
 
Um Ogã seria como um tatá da casa, na maioria das vezes seu conhecimento é quase 
superior a um Zelador de Santo, para ser um Ogã não basta saber tocar, mas também 
conhecer os fundamentos da casa. Saber entoar um canto na hora certa, é de grande 
importância em um terreiro. 
 
Existem também outros elementos utilizados junto com os atabaques, por exemplo: 
agogô, caxixi, xequerê, adjá, chocalho, triângulo, pandeiro, etc. Existe também o 
Abatá, que seria um tambor, com os dois lados com couro, muito usado no Rio Grande 
do Sul, e na nação Tambor de Mina. Runtó (Geralmente um Cargo Masculino dos 
Candomblés Gegê e Mina). 
 
Ser Ogã antes de tudo é ser responsável e sério dentro do ritual, sem brincadeiras 
atrás do atabaque, cumprindo suas obrigações como Ogã da casa e seguindo os 
fundamentos da mesma com extrema seriedade e atenção, procurando sempre 
aprender mais e aperfeiçoar os toques e pontos, sabendo a hora certa de usa-los. 
 
Além disso, os Ogãs devem estar sempre de roupas brancas e com suas guias. 
O Ogã deve estar sempre atento ao chefe da gira antes de sua incorporação, depois 
dela deve estar atento a tudo e a todos, pois ele é o único que ficará consciente 
durante todo o ritual. O Ogã que esta no Rum puxa os pontos e os demais devem 
acompanha - lo para que a energia da gira não seja quebrada. 
 
Após o chefe da gira incorporar, os Ogãs devem segurar a gira para que a vibração não 
caia. Alabê é o chefe dos demais Ogãs do terreiro, é o Ogã que não incorpora, devendo 
dedicar se somente aos atabaques. Quando assentado, o Alabê fica no mesmo grau de 
um médium feito. Quando um terreiro não possui um Alabê, é dado ao Ogã com mais 
tempo de Atabaque e mais experiente o cargo de “Ogã de Rum”, sendo assim é ele 
quem assume os atabaques. 
 
TOQUES 
 
São, ao todo, mais de quinze toques (ritmos) diferentes. Cada Casa de Santo tem até 
500 cânticos. Segundo a fé dos praticantes, os versos e as frases rítmicas repetidas 
incansavelmente, têm o poder de "captar" o mundo sobrenatural. Essa música sagrada 
só sai dos terreiros na época do carnaval, levada por grupos e blocos de rua, 
principalmente em Salvador, como Olodum ou Filhos de Gandhi. 
 
Na Angola existem vários tipos de toques, onde cada toque é destinado a um Orixá, 
por exemplo: Congo de Ouro e Angolão que seriam destinados a Oxossi, Ijexá que seria 
destinado a Oxum, etc. O mesmo acontece com ketu, que se toca com varinhas de 
goiabeira ou bambu, chamadas de Aguidavi. Existem vários fatores que definem os 
CURSO DE CURIMBA 
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toques dos pontos. Um dos mais importantes é o ritmo em si; Cada toque possui um 
balanço, um ritmo característico que os tornam diferentes dos outros (por exemplo, 
Ijexá e barra-vento, são bem diferentes). Quando um Ogã ouve um ponto novo, ele 
tende a encaixar entre os toques que ele conhece o que melhor vai se adaptar àquela 
melodia que está sendo cantada. Por isso, é interessante conhecer várias batidas 
diferentes, assim como muitos pontos diferentes, pois aumentam as "cartas na 
manga" do Ogã. 
 
Na Umbanda os Toques mais utilizados são: Ijexá, Nagô, Samba de Cabula, Congo, 
Congo de Ouro e Barra Vento. Algumas tradições mais antigas mantem até hoje o 
toque “padrão” de Umbanda, mais conhecido em rodas de Ogãs como “Busca-Pinga”. 
Alterando o ritmo das cantigas para encaixar nesse ritmo, toca-se uma gira completa 
apenas com o tal toque. 
 
Existe uma relação entre o toque e o Orixá: 
 
Ijexá 
Oxum, Iemanjá, Oxalá, Nanã, Oxumare, 
Omulu, Preto Velho... 
Nagô 
Abertura, Hino da Umbanda, Defumação, 
Bater Cabeça, Preto velho, Erê 
Samba de Cabula (Kabula) 
Grande maioria dos pontos de Umbanda 
respondem ao Samba de Cabula 
Oxóssi, Caboclo, Yabás, Ogum, Iansã, Xangô, 
Baiano, Boiadeiro, Malandro, Exu, Preto 
Velho, Erê entre outros. 
Congo e Congo de Ouro Ogum, Xangô, Iansã, Exu, Boiadeiro. 
Barra Vento 
Iansã, Ogum, Exu, Quebra demanda, 
Boiadeiro... 
 
PONTOS CANTADOS 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS PONTOS CANTADOS 
 
Os pontos cantados são mantras que entoado da forma correta movimenta energias 
necessárias para manter a corrente em sintonia, para auxiliar no relaxamento do 
médium com a ligação ao sagrado. 
Não devemos cantar os pontos aleatoriamente em qualquer momento e situação. 
Devemos sempre saber o tipo de ponto e o momento correto. Faz-se extremamente 
necessário que o Ogã (Atabaqueiro, Tabaqueiro, Curimbeiro) saiba o real significado 
das palavras que estão entoando. Temos que ter certeza do que estamos fazendo e o 
que estamos movimentando de energia. 
 
PONTO DE FIRMEZA: Geralmente cantado após o Ritual de abertura. Nesse Momento 
pede se a firmeza ao responsável pela linha de trabalho do Dia. Ex.: Gira de Caboclo, 
Chama na Firmeza de Oxóssi. Trabalho com Caboclas de Oxum, pede se permissão a 
Oxum. E assim por diante. 
 
 
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EXEMPLO DE PONTO: 
 
Ogum, Exu pede licença. 
Para seu Povo ele arriar (2x) 
Mas ele é um Exu Guerreiro 
Vem trazendo Forças 
Para esse terreiro (2x) 
 
 
Pedimos Licença a Zambi 
A Ogum e Iemanjá 
Para abrir nossos trabalhos 
Com a Bandeira de Oxalá (2x) 
 
Saravá Ogum 
Saravá Congá (2x) 
 
Saravá seu Sete Ondas (Ou alguma linhagem de Ogum) 
Ele é rei é Orixá. 
 
 
PONTO DE COROA: Ponto cantado ao Chefeda Coroa do Pai ou Mãe da Casa. 
Geralmente entoado após a abertura para o mesmo vir firmar as forças para os inícios 
dos trabalhos. 
 
Exemplo de Ponto: 
 
Lê, lele, Lere lere lere lere lerá 
Lê, lere lere, Lê, lere lere 
Caboclo 7 Flechas no conga 
 
Saravá Sr. 7 Flechas 
Ele é o Rei da Mata 
O seu bodoque atira oi paranga 
A sua flecha mata! 
 
 
Estava na Beira do Rio 
Sem poder atravessar 
Chamei pelo Caboclo 
Caboclo Tupinambá (2x) 
 
Tupinambá Chamei 
Chamei tornei chamar eâ (2x) 
 
 
CURSO DE CURIMBA 
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PONTO DE SAUDAÇÃO: Antes da Chamada de qualquer linha de trabalho, devemos 
saudar a mesma de uma forma geral. Ou seja, sem ponto especifico de determinada 
entidade e ou chamada dos Guias a trabalhar. 
 
EXEMPLO DE PONTO SAUDAÇÃO: 
 
Adorei as Almas 
E as Almas me atenderam (2x) 
 
Viva as Santas Almas 
Lá do Cruzeiro (2x) 
 
 
Vou pedir Licença a Zambi 
Pra banda poder Virar (2x) 
 
Eu vou chamar Exu 
Exu é Mojubá (2x) 
 
 
PONTO DE CHAMADA OU CHEGADA: Ponto cantado para que aconteça a 
incorporação dos guias nos médiuns, muitos chamam também de ponto de chegada. 
Para que aconteça a incorporação, não necessariamente temos que cantar os pontos 
de chamada, pois durante a gira, vemos que acontece bastante o processo de 
incorporação e desincorporação. Mas é importante esse direcionamento dos 
trabalhos, então cabe a curimba comandar essa chegada e com os pontos de acordo. 
 
EXEMPLO DE PONTOS DE CHEGADA: 
 
O meu senhor do Bonfim 
Valei-me São Salvador 
Vamos sarava essa gira 
Que o povo da Bahia Chegou (2x) 
 
Bahia, Bahia, Bahia de São Salvador 
Quem nunca foi a Bahia 
Peça a Deus nosso Senhor 
 
 
Tem Bala de Coco e peteca 
Deixa a Ibejada Brincar (2x) 
 
Hoje é dia de Festa 
Ibejada vem Saravá (2x) 
 
 
CURSO DE CURIMBA 
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Vem Marinheiro 
Da licença de passar 
Seu navio entrou no porto 
Ele vem de Alto Mar (2x) 
 
Já cruzei a hora grande 
Mar revolto enfrentei 
Vou chamar pela pesqueira 
Só pra ver se ela vem 
Quando eu pisar em terra 
Vou falar com minha velha 
 
Meu navio é no balanço 
É no Balanço que ele vai (2x) 
 
 
PONTO DE SUSTENTAÇÃO: No meu ponto de vista é o momento mais importante da 
gira. A abertura é feita com muita empolgação, todos cheios de energia. Porem 
durante os trabalhos vê muito essa queda de energia. Os pontos de sustentação 
devem manter a energia inicial dos trabalhos, para não haver quebra de corrente e 
ninguém dispersar dos trabalhos. Então é de grande responsabilidade do Ogã 
(Atabaqueiro, Tabaqueiro, Curimbeiro) Manter esse link firme. 
 
EXEMPLO DE PONTO DE SUSTENTAÇÃO: 
 
Em gira de Exu não da pra ficar parado (2x) 
 
Uns pedem dinheiro, outros namorado 
Mas poucos voltam 
Pra dizer muito obrigado (2x) 
 
 
Não toque nesse Boi 
Esse Boi é Cruzado 
Ele é de Boiadeiro Caboclo Valente 
De Couro Afiado (2x) 
 
Se você precisar 
Boiadeiro está aqui 
Mas não toque no boi 
A Ponta da Chibata pode lhe ferir 
 
 
 
 
 
CURSO DE CURIMBA 
INSTITUTO CULTURAL NAÇÃO TAMBOR 
 
Cosme e Damião 
A sua casa cheira 
 
Cheira Cravo 
Cheira Rosa 
Cheira Flor de Laranjeira (2x) 
 
 
PONTO DE SUBIDA: Encerrado os atendimentos, hora dos guias retornarem a sua 
morada. São poucas as cantigas que temos de subida de linha. Cada casa acaba tendo 
seus próprios pontos, que são passados pelos trabalhadores da mesma. Tanto para 
Guias quanto para Orixás temos os pontos de Subida. 
 
 
EXEMPLO DE PONTO DE SUBIDA: 
 
A sineta do céu Bateu 
Oxalá já diz que é hora (2x) 
Eu vou, eu vou, eu vou 
Ficar com Deus e Nossa Senhora 
 
 
Segura, se seu corpo é firme 
Segura, eles vão girar (2x) 
 
Adeus, Adeus, 
Para Aruanda eles vão Voltar 
Filho de Umbanda porque chora 
Se eles vão tornar a voltar (2x) 
 
 
Quando um coco cai 
Todo coqueiro Chora (2x) 
 
Adeus, adeus meu pai 
O baiano vão embora (2x) 
 
Adeus, Adeus minha mãe 
As Baianas vão embora (2x) 
 
 
A marola do Mar vai levando 
Iemanjá é quem vai navegando 
 
 
 
CURSO DE CURIMBA 
INSTITUTO CULTURAL NAÇÃO TAMBOR 
 
Selei, selei 
Seu cavalo eu selei 
Pai Ogum já vai embora 
Seu cavalo eu selei 
 
Andorinha que voa, voa andorinha 
Leva as crianças pro céu Andorinha (2x) 
 
Voa, voa, voa andorinha 
Leva as crianças pro céu andorinha (2x) 
 
 
 
 
 
CURSO DE CURIMBA 
INSTITUTO CULTURAL NAÇÃO TAMBOR 
 
MÓDULO 1 
 
IJEXÁ 
 
TA TA / TUM TA 
 
Esse é o Ijexá, também conhecido como o toque da Orixá Oxum. No entanto, na 
Umbanda, ele é tocado para todos os Orixás. Sempre devemos definir bem os sons 
graves e agudos, principalmente no Ijexá. Não devemos tocar com muita força, e sim 
com precisão! 
 
Ritmo suave, mas de batida e cadência marcadas de grande beleza, no som e na dança. 
O Ijexá é tocado exclusivamente com as mãos, os aguidavis ou baquetas são usados 
nesse toque, sempre acompanhado do Gã (agogô) para marcar o compasso. O 
Afoxé Filhos de Gandhi da Bahia, é talvez o mais tenaz dos grupos culturais brasileiros 
na preservação desse ritmo. 
 
CURIOSIDADES 
 
[...Ijexá é uma nação africana formada pelos escravos vindos de Ilesa na Nigéria, 
concentrada nas religiões Batuque e Candomblé. Tendo sua base em orumila-ifá, e seus 
métodos adivinhatorios dos odú...] 
 
[...Oxum é um orixá feminino da nação Ijexá, adotada e cultuada em todas as religiões 
afro-brasileiras. É o orixá das águas doces dos rios e cachoeiras, da riqueza, do amor, 
da prosperidade e da beleza. Em Oxum, os fiéis buscam auxílio para a solução de 
problemas no amor, uma vez que ela é a responsável pelas uniões, e também na vida 
financeira, a que se deve sua denominação de "Senhora do Ouro", que outrora era 
do Cobre, por ser o metal mais valioso da época. 
Na natureza, o culto a Oxum costuma ser realizado nos rios e nas cachoeiras e, mais 
raramente, próximo às fontes de águas minerais. Oxum é símbolo da sensibilidade e 
muitas vezes derramam lágrimas ao incorporar em alguém, característica que se 
transfere a seus filhos, identificados por chorões....] 
 
 
Sons do Atabaque: TA, TUM, TRA, TRUM 
 
 
 
 
 
TUM – SOM GRAVE 
TA – SOM AGUDO 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Aquidavi
https://pt.wikipedia.org/wiki/Baqueta
https://pt.wikipedia.org/wiki/Agog%C3%B4
https://pt.wikipedia.org/wiki/Filhos_de_Gandhi
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ilesa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Nig%C3%A9ria
https://pt.wikipedia.org/wiki/Batuque
https://pt.wikipedia.org/wiki/Candombl%C3%A9
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ijex%C3%A1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Religi%C3%B5es_afro-brasileiras
https://pt.wikipedia.org/wiki/Religi%C3%B5es_afro-brasileiras
https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Queda_de_%C3%A1gua
https://pt.wikipedia.org/wiki/Riqueza
https://pt.wikipedia.org/wiki/Amor
https://pt.wikipedia.org/wiki/Prosperidade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Beleza
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ouro
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cobre
https://pt.wikipedia.org/wiki/Metal
https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Queda_de_%C3%A1gua
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sensibilidade
https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%A1grima
CURSO DE CURIMBA 
INSTITUTO CULTURAL NAÇÃO TAMBOR 
 
O Toque Ijexá tem algumas formas diferente de tocar, com repiques e algumas 
variações. 
Vamos iniciar com o que chamaremos de Ijexá 1. Tocado apenas com uma das mãos. 
De uma cadencia mais “seca”, muitas vezes utilizado para algumas saudações e até 
mesmo para uma chegada de Oxalá! Diferenciando assim a vibração dos demais. 
IJEXÁ 1 
TA / TUM / TA (Execute o Toque com a mão direita, até sentir que o grave e o Agudo 
estão bem acentuados, Depois faça o mesmo com a mão esquerda. Essa pratica com 
ambas as mãos será importante para o equilíbrio de toque ao decorrer do curso.). 
 
 
 
 
 
 
IJEXÁ 2 
Com apenas uma nota a mais do Ijexá 1, porem nessa execução utiliza-se as duas 
mãos. 
TA TA / TUM / TA 
 
 
No Ijexá, a Mão direita trabalha muito mais do que a mão esquerda. Por isso a 
importância de trabalhar os Exercícios para o toque não perder acentuaçãona mão 
esquerda. 
←ESTRUTURA DO TOQUE 
Respeite a ordem das mãos 
1 – Mão direita 
2 – Mão esquerda 
3 – Mão Direita 
4 – Mão Direita 
CURSO DE CURIMBA 
INSTITUTO CULTURAL NAÇÃO TAMBOR 
 
IJEXÁ DOBRADO OU IJEXÁ COM DOBRA 
Segue o mesmo andamento do Ijexá 2, Com uma dobra no Som Grave. Nesse 
momento o Ijexá ganha a quinta nota (Toque). Leva o nome de sobra pelo fato de um 
toque que inicialmente era TA / TUM / TA, Nesse momento ele tem a seguinte 
Estrutura. 
TA TA / TUM TUM / TA 
 
 
 
 
 
 
REPIQUE NO GRAVE (TUM) 
Esse movimento serve tanto para Finalizar uma frase, quanto para encerrar o Toque de 
Ijexá. 
O andamento do Toque seria esse: 
TA TA / TUM / TA 
TA TA / TUM / TA 
TA TA / TUM / TA 
TA TA / TUUUM / TUM TUM TUM TUM / TA 
REPIQUE NO AGUDO (TA) 
Esse repique, ou variação de toque é muito comum e dos mais utilizados no Ijexá. 
Serve também para encerrar o toque, porem será muito utilizado para dividir o toque. 
EXEMPLO: 
TA TA / TUM / TA 
TA TA / TUM / TA 
TA TA / TUUUM / TATA TATA / TUM TA 
TA TA / TUM / TA e segue alternando entre o Ijexá é a variação no agudo. 
 
Respeite a ordem das mãos 
1 – Mão direita 
2 – Mão esquerda 
3 – Mão Direita 
4 – Mão Esquerda 
5 – Mão Direita 
CURSO DE CURIMBA 
INSTITUTO CULTURAL NAÇÃO TAMBOR 
 
REPIQUES EM TRA E TRUM 
Vamos sair da linha de conforto dos TA TA TA TA e TUM TUM TUM TUM e acrescentar 
uma nova batida ao nosso instrumento. É fato que para tirar esse som com maior 
precisão será necessário maior empenho em estudar. 
Tanto o TRA quanto o TRUM são notas que tiramos com as duas mãos batendo ao coro 
quase que simultaneamente. O efeito é dado pelo pequeno atraso que uma das mãos 
tem ao chegar no Couro. Simplificando para melhor entendimento, O TRUM seria duas 
notas Graves (TUM), tocando praticamente juntas (TUMTUM) dando o efeito de 
TRUM o mesmo acontece com o TRA. 
No exemplo vamos repetir o primeiro repique no Grave (TUM) que aprendemos. 
TA TA / TUM / TA 
TA TA / TUM / TA 
TA TA / TUM / TA 
TA TA / TUUUM / TRUM TUM TUM TUM / TA 
 
REPIQUES – CRIANDO SEUS PRÓPRIOS REPIQUES 
 
Como falamos muito no inicio do curso, é de extrema importância cantar o toque. Essa 
marcação vai te ajudar e dar segurança na hora de tocar, evitando assim que você 
tente lembrar o toque ou repique durante a execução. 
 
Os repiques devem ser sempre no ritmo do toque e observar para que ele não seja 
nem mais curto nem muito mais longo do que o compasso do toque que está sendo 
executado. Pensando em repique e executando. Veremos em aula. 
 
 
 
 
 
 
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PONTOS PARA TRABALHAR EM AULA 
 
Preto Velho 
 
1 - Preto Velho quando vem 
Ele vem aos pés da Cruz 
Vem pedir a proteção 
Para os Filhos de Jesus (2x) 
 
A terra Tremeu (2x) 
Tremeu a Cruz 
Mas não tremeu Jesus (2x) 
 
 
2 - São Benedito quem manda nos Pretos Velhos 
São Benedito manda Rei Congo Baixar (2x) 
 
Auê meu Pai (2x) 
Peço licença, deixa os velhos trabalhar 
 
 
3 - Negro está molhado de suor 
Está feliz porque Deus o Libertou (2x) 
 
O Sinhá, ó Sinha 
Segura Chibata e não deixa bater 
Faz uma prece pra negro morrer 
Negro não quer mais sofrer (2x) 
 
 
4 - Minha cachimbá tem mironga 
Minha Cachimba tem Dendê (2x) 
 
Quem duvida da minha cachimbá 
Que venha ver, que venha ver (2x) 
 
 
Oxum 
 
5 - Mamãe Oxum aonde você está (2x) 
Estou no fundo D’agua, meus filhos vou já (2x) 
 
Estou procurando Ouro 
Pra enfeitar minha coroa 
Tomar conta dos meus filhos 
Pra não tombar no conga 
 
 
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6 - Foi na Beira do Rio 
Aonde Oxum chorou (2x) 
 
Chora Aie ie ô 
Chora pelos filhos seus (2x) 
 
 
Vários 
 
7 - Meu Pai Oxalá é o Rei venha me valer (2x) 
O velho Omulu, Atotô Obaluaê (2x) 
 
Atotô Obaluaê, Atotô Babá 
Atotô Obaluaê, Atotô é Orixá (2x) 
 
 
8 - A Umbanda tem 7 Forças Divina 
Que irradiam suas luzes no Congá 
Tem Pai Ogum, Tem Pai Xangô 
Rei das Pedreiras 
Mãe Iemanja, Mãe Oxum nas Cachoeiras 
Tem Pai Oxossi que é caçador das Matas 
Obaluaê lá no Cruzeiro das Almas 
 
Pai Oxalá, quem comanda esse exercito de Guerreiros 
Que na Umbanda, vem nos ajudar (2x) 
 
 
9 - Mãe D’agua Rainha das Ondas 
Sereia do Mar 
Mãe D’agua seu canto é bonito 
Quando vem do Mar (2x) 
 
E, Iemanjá 
Rainha das Ondas, sereia do Mar (2x) 
 
É tão lindo o canto de Iemanjá 
Faz até o pescador chorar 
Quem escuta a mãe D’agua Cantar 
Vai com ela pro fundo do Mar 
Iemanjá 
 
 
10 – Defuma com as Ervas da Jurema 
Defuma com arruda e guiné (2x) 
 
Beijoim, Alecrim e Alfazema 
Vamos defumar filhos de Fé (2x) 
 
CURSO DE CURIMBA 
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11 - Vai, vai, vai 
Aos pés de Nosso Senhor 
Vai bater Cabeça 
Que Oxalá Mandou 
 
 
12 - O Sino da Igrejinha faz Belem, Blem, Blom (2x) 
 
Deu meia noite o Galo já cantou 
Seu Tranca Ruas é o dono da gira 
Oi corre a gira que Ogum mandou (2x) 
 
 
13 - Navio Negreiro no Fundo do Mar 
Correntes pesadas na areia a arrastar 
 
Virou a caçamba pro fundo do Mar (2x) 
E quem lhe salvou 
Foi a mãe Iemanjá 
 
O Saravá, minha mãe Iemanjá (2x) 
 
A estrela guia brilhou lá no céu 
Na beira da Mata, na beira do Mar 
 
A negra escrava se pós a cantar (2x) 
 
E quem lhe ensinou foi a Mãe Iemanjá 
 
O Saravá, minha mãe Iemanjá (2x)

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