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Unidade II - Gestão Estratégica de Custos Logísticos

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Prévia do material em texto

Custos Logísticos
Gestão Estratégica de Custos Logísticos
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Profa. Ms. Valquiria Pinheiro de Souza
Revisão Textual:
Profa. Ms. Vera Lídia de Sá Cicaroni
5
• Introdução a Gestão Estratégica de Custos Logísticos
• Gestão Estratégica
• Gestão Estratégica de Custos Logísticos
 · Introdução à gestão estratégica de custos logísticos; gestão 
estratégica; gestão estratégica de custos logísticos; logística 
empresarial; principais funções logísticas; logística integrada; 
como integrar ; algumas tecnologias que dão suporte à 
logística integrada; gestão das operações logísticas.
Gestão Estratégica de Custos Logísticos
 
 Atenção
Para um bom aproveitamento do curso, leia o material teórico atentamente antes de realizar as ativi-
dades. É importante também respeitar os prazos estabelecidos no cronograma.
• Logística Integrada
• Gestão das operações logísticas
6
Unidade: Gestão Estratégica de Custos Logísticos
Contextualização
As fronteiras geográficas estão desaparecendo e a expectativa é de que as empresas 
estejam preparadas e habilitadas para enfrentarem a realidade desse novo desafio, mas, 
para isso, é preciso desenvolver estratégias a fim de projetar produtos para um mercado 
global, maximizando os recursos ao produzi-los.
O mercado exige que as empresas atuem com velocidade e flexibilidade sem deixar de ofertar 
produtos e serviços com preços reduzidos e níveis elevados de qualidade. 
Nesse contexto, a logística tem se revelado um recurso estratégico, proporcionando diferenciais 
de qualidade e maior contribuição para o desempenho dos resultados ( lucros) das empresas.
Você sabia? Uma boa gestão operacional é necessária, mas não suficiente. Além do controle 
diário das atividades operacionais, é imprescindível a gestão estratégica dos negócios para a 
sustentabilidade das empresas.
A logística empresarial permite visualizar que a diferença entre uma empresa bem 
sucedida e uma empresa mal sucedida está parcialmente atrelada à Administração da 
Logística exercida por seus gestores.
Essa diferença reflete-se não apenas na redução de seus custos, mas também na satisfação 
de seus clientes.
A Logística é o campo da administração que se preocupa com a organização de recursos 
necessários para alocar produtos e serviços onde e quando os consumidores desejarem.
A logística, com o apoio da tecnologia, fornece à empresa informações dinâmicas para a 
tomada de decisões controlando, com empenho, o fluxo de produtos e serviços desde o ponto 
de origem (fornecedores), com a compra de matérias-primas ou produtos acabados, passando 
pela produção, armazenamento, estocagem, transportes, até o ponto de consumo (cliente).
7
Introdução a Gestão Estratégica de Custos Logísticos
O mundo dos negócios está num processo de aprofundamento da integração econômica, 
social, cultural, política, impulsionada pelo barateamento dos meios de transporte e de 
comunicação entre os países do mundo no final do século XX e início do século XXI. Isso se 
deve ao processo de Globalização, que estimula a interação entre os países e a aproximação das 
pessoas além da interligação no mundo dos negócios.
Esse processo gera expansão capitalista, que permite realizar transações financeiras, 
expandir seu negócio, até então restrito ao seu mercado de atuação, para mercados 
distantes e emergentes, sem, necessariamente, um investimento alto de capital financeiro, 
uma vez que a comunicação no mundo globalizado permite tal expansão. No entanto, como 
consequência, temos o aumento acirrado da concorrência. 
As fronteiras geográficas estão desaparecendo e a expectativa é de que as empresas 
estejam preparadas e habilitadas para enfrentarem a realidade desse novo desafio, mas, 
para isso, é preciso desenvolver estratégias a fim de projetar produtos para um mercado 
global, maximizando os recursos ao produzi-los. 
O mercado exige que as empresas atuem com velocidade e flexibilidade sem deixar de ofertar 
produtos e serviços com preços reduzidos e níveis elevados de qualidade. 
Nesse contexto, a logística tem se revelado um recurso estratégico, proporcionando diferenciais 
de qualidade e maior contribuição para o desempenho dos resultados (lucros) das empresas.
Gestão Estratégica
 A palavra “estratégia” é originada do grego e provém da área militar; na linguagem popular, 
representa “aquilo que o general sabe fazer”, ou seja, vencer os inimigos numa batalha. 
A economia de mercado sugere um campo de batalha entre empresas concorrentes e 
todos buscam a vitória ou, pelo menos, evitar a derrota. A preocupação com estratégia 
empresarial deve levar o executivo e o empresário a refletir sobre dimensões e características 
da gestão estratégica. 
 Vamos Refletir?
O que significa ter uma preocupação, uma visão ou uma perspectiva estratégica de um negócio? 
Uma boa gestão operacional é necessária, mas não suficiente. Além do controle diário das 
atividades operacionais, é imprescindível a gestão estratégica dos negócios para a sustentabilidade 
das empresas. Portanto, gestão estratégica sugere: 
• ter uma visão generalista do negócio e saber que as estratégias são mutáveis;
• ter comprometimento e envolvimento com cada detalhe funcional da organização;
• estabelecer ações, ou seja, realizar o planejado;
8
Unidade: Gestão Estratégica de Custos Logísticos
• criar e estabelecer modelos e políticas de gestão;
• avaliar os resultados alcançados na empresa;
• ampliar o horizonte organizacional, não se limitar ao quotidiano, buscar novas 
oportunidades;
• preocupar-se com o portfólio ou carteira de produtos, serviços e mercados da empresa,
• rever o ciclo de vida de produtos e serviços;
• repensar a estrutura organizacional e os processos administrativos. 
Gestão Estratégica de Custos Logísticos
O dicionário “Larousse” (1992) define logística como sendo:
“Parte da arte da guerra que visa a garantir provisões, transporte, alojamento, 
hospitalização etc. aos efetivos em operação”.
A logística empresarial permite visualizar que a diferença entre uma empresa bem 
sucedida e uma empresa mal sucedida está parcialmente atrelada à Administração da 
Logística exercida por seus gestores.
Essa diferença reflete-se não apenas na redução de seus custos, mas também na satisfação 
de seus clientes.
Os gestores têm a missão de aplicar os 7C´s (sete certos) da logística, com excelência, no 
desempenho da organização e, assim, assegurar a disponibilidade de:
1 produto certo, 
2 na quantidade certa,
3 na condição certa,
4 no lugar certo,
5 no momento certo, 
6 para o cliente certo, 
7 ao custo certo.
Logística Empresarial
A Logística é o campo da administração que se preocupa com a organização de recursos 
necessários para alocar produtos e serviços onde e quando os consumidores desejarem.
9
A logística empresarial tem, na literatura, diversas definições e significados que representam 
um conjunto de terminologias que designam os processos que se desenvolvem em diversas 
áreas, tais como:
• transportes, distribuição, distribuição física, suprimento e distribuição, administração de 
materiais, operações e logística.
A logística empresarial, ainda segundo definição de Ballou (2007), “associa estudo e 
administração dos fluxos de bens e serviços e da informação associada que os põe 
em movimento” e implica tanto no suprimento físico ou administração de materiais como na 
distribuição física. 
Esse conceito, que alguns autores denominam de “gestão da cadeia de suprimentos” ou 
“supplychain management”, contém importantes implicações para o gerenciamento estratégico 
dos negócios em geral.
A contabilidade de custos evolui para captar com propriedade os efeitos positivos que 
a logística tem proporcionado às empresas; cabe aos profissionais da contabilidade 
atentar à classificação dos custos para ter, de forma transparente e precisa, a contribuição 
dos custos com logística para os resultados das organizações.De acordo com Bio, Robles e Faria (2002),“é comum deparar-se com a afirmação de que 
custos logísticos envolvem apenas os custos com transporte”. Segundo os pesquisadores, 
essa confusão ocorre, porque os custos com transportes representam o maior custo isolado 
da cadeia de logística, mas existem vários outros componentes da cadeia que são relevantes 
na formação do montante dos custos.
Algumas regiões detêm uma vantagem sobre as demais no que diz respeito a uma 
determinada especialidade produtiva. 
Um sistema logístico eficiente permite que uma região geográfica possa 
explorar as vantagens que lhe são inerentes mediante especialização de 
seus esforços produtivos naqueles produtos sobre os quais ela apresenta 
vantagens e também pela exportação desses produtos para outras regiões. 
O sistema logístico permite que o custo do produto nacional (custos logísticos e de produção) 
e sua qualidade sejam competitivos com aqueles de qualquer outra região.
10
Unidade: Gestão Estratégica de Custos Logísticos
Os negócios e o comércio reconhecem que os custos logísticos são um fator-chave para 
estimular os processos dos mercados.
Os negócios entre países e entre regiões de um mesmo país são frequentemente determinados 
pelo fato de que diferenças nos custos de produção podem compensar os custos logísticos 
necessários para o transporte entre as regiões.
O crescimento do comércio internacional sugere que a especialização do trabalho acontece 
em escala mundial e, com a estratégia logística, a sociedade pode se beneficiar com mercadorias 
de melhor qualidade e menor custo.
Principais funções Logísticas:
Estratégias: de compras, transporte, armazenagem, gerenciamento de materiais, serviços 
aos clientes, ordens de processamento, planejamento de produção, relatórios e sistemas de 
informações, suporte a outras atividades.
A gestão estratégica da logística identifica se o objetivo de custo mínimo é alcançado, o que, 
com certeza, reflete na qualidade do nível de serviço prestado.
Essas atividades são consideradas primárias, porque ou elas contribuem com a maior parcela 
do custo total ou elas são essenciais para a coordenação e o cumprimento da tarefa logística, 
conforme a seguir:
Transporte: as organizações concentram muitos esforços nesta área, pois a empresa terá 
dificuldades de operar se não providenciar a movimentação de suas matérias-primas ou de seus 
produtos acabados. 
A gestão da atividade de transporte, geralmente, toma decisões sobre o método de transporte, 
os roteiros e a utilização da capacidade dos veículos.
Manutenção de Estoque: nem sempre é possível entregar o produto ao cliente logo após 
a sua fabricação e, muitas vezes, não é possível receber todos os suprimentos exatamente no 
momento em que eles são necessários na produção.
Então o que fazer?
Mesmo com o advento dos conceitos de “just-in-time”, a armazenagem torna-se necessária 
quando, por alguma razão, é preciso guardar matéria-prima, componente ou produto acabado 
até a sua utilização. 
Assim, a armazenagem dos estoques atua no equilíbrio entre a entrada e saída de mercadorias.
A manutenção dos estoques é atividade-chave para não impactar os custos logísticos. 
Processamento de Pedidos: o processamento de pedidos é uma atividade logística 
cuja importância deriva do fato de ser elemento crítico em relação ao tempo necessário 
para entregar bens e serviços aos clientes. 
11
É no processamento de pedidos que se inicia o ciclo de movimentação das mercadorias 
estocadas ou entrega de serviços.
Logística Integrada
 
Integrar é fazer parte, complementar, juntar-se, tornando-se parte integrante de um todo.
No contexto de mercado, integrar torna uma operação mais eficaz nos processos de negócio de 
uma empresa, integrando as pessoas, máquinas e informação de acordo com as metas estabelecidas. 
A integração facilita o acesso á informação, melhora a comunicação e a coordenação da 
empresa bem como sua produtividade.
Como integrar?
Os gestores precisam entender que a empresa é constituída de partes (departamentos) 
que representam um todo (a empresa), portanto, para se promover a integração deve-se ter 
uma visão única (holística) do negócio, compartilhada por todas as pessoas da organização.
As metas e objetivos da empresa devem estar alinhados com as suas estratégias, e 
estabelecer parcerias com fornecedores, por exemplo, pode facilitar o desempenho da 
organização e a satisfação do cliente.
Como as mudanças no mundo dos negócios são constantes - o que obriga as empresas 
a inovarem rapidamente as suas técnicas de gestão - as ações de melhoria adotadas pela 
empresa devem ser harmônicas. 
As empresas precisam encantar seus clientes, superando suas expectativas e, para isso, o 
atendimento rápido e eficaz é um grande aliado.
Os consumidores são cada vez mais exigentes em relação à qualidade e rapidez e são sensíveis 
aos preços, obrigando as empresas a serem eficientes e eficazes na gestão de compras, gestão de 
produção, gestão logística e gestão comercial.
12
Unidade: Gestão Estratégica de Custos Logísticos
A logística, com o apoio da tecnologia, fornece às empresas informações dinâmicas para a 
tomada de decisões, controlando, com empenho, o fluxo de produtos e serviços desde o ponto de 
origem (fornecedores), com a compra de matérias-primas ou de produtos acabados, passando pela 
produção, armazenamento, estocagem, transportes, até o ponto de consumo (cliente).
Ideias Chave
De forma simplificada o conceito de logística integrada é “impulsionada principalmente pela 
revolução da tecnologia de informação e pelas exigências crescentes de desempenho em serviços 
de distribuição”
De forma simplificada o conceito de logística integrada é “impulsionada principalmente 
pela revolução da tecnologia de informação e pelas exigências crescentes de desempenho em 
serviços de distribuição”.
Algumas tecnologias que suportam a Logística Integrada
Pela definição do Council of Supply Chain Management Professionals, Logística é a parte 
do Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento que planeja, implementa e controla o fluxo e 
armazenamento eficiente e econômico de matérias-primas, materiais semiacabados e produtos 
acabados, bem como as informações a eles relativas, desde o ponto de origem até o ponto de 
consumo, com o propósito de atender às exigências dos clientes.
O Council of Supply Chain Management Professional (CSCMP) é a principal 
associação mundial de profissionais de gestão de cadeias de abastecimento. 
A CSCMP é uma associação sem fins lucrativos que fornece a liderança no 
desenvolvimento, na definição e aperfeiçoamento nas profissões que lidam com 
logística e gestão de cadeias de abastecimento. Tem como principal objetivo 
estar na vanguarda dos avanços e desenvolvimentos de profissionais nas áreas 
de gestão de cadeias de abastecimento fazendo com que os conhecimentos se 
difundam pela comunidade (CSCMP, [2000]).
Como ferramental, a logística utiliza (entre outros):
01) O WMS, Warehouse Management System - sistema de automação e 
gerenciamento de depósitos, armazéns e linhas de produção - é uma parte 
importante da cadeia de suprimentos (ou supply chain) e promove a rotação 
dirigida de estoques, diretivas inteligentes de picking, consolidação automática 
e cross-docking para maximizar o uso do valioso espaço dos armazéns.
02) O TMS, Transportation Management System, é um software para melhoria 
da qualidade e produtividade de todo o processo de distribuição. Esse sistema 
permite controlar toda a operação e gestão de transportes de forma integrada. 
O sistema é desenvolvido em módulos que podem ser adquiridos pelo cliente 
consoante as suas necessidades.
13
03) O ERP, Enterprise Resource Planning ou SIGE - Sistemas Integrados de 
Gestão Empresarial – é um sistema de informação que integra todos os dados 
e processos de uma organização em um único sistema. A integração pode ser 
vista sob a perspectiva funcional (sistemas de finanças, contabilidade, recursos 
humanos,fabricação, marketing, vendas, compras, etc.) e sob a perspectiva 
sistêmica (sistema de processamento de transações, sistemas de informações 
gerenciais, sistemas de apoio à decisão, etc).
04) O MRP, Material Requirement Planning, ou planejamento das necessidades 
de materiais, PNR, é um sistema computarizado de controle de inventário e 
produção que assiste a otimização da gestão de forma a minimizar os custos, 
mantendo os níveis de material adequados e necessários para os processos 
produtivos da empresa. Este sistema possibilita às empresas calcularem os 
materiais de diversos tipos que são necessários e o momento em que eles devem 
ser adquiridos, assegurando que os mesmos sejam providenciados no tempo 
certo, a fim de que os processos de produção sejam executados. O MRP utiliza, 
como informação de input, os pedidos em carteira, assim como a previsão das 
vendas que provêm da área comercial da empresa. 
Os principais ferramentais tecnológicos que auxiliam a gestão logística são:
• Agendamento de recebimento: mostra em qual horário e local uma operação deverá 
ser executada, realizando o cálculo de recursos e de tempo para aquela operação;
• Recebimento: o sistema confere todos os volumes; caso haja qualquer inconsistência, 
ficará registrado em sistema;
• Endereçamento: uma vez conferidos os volumes, o sistema calcula os espaços 
disponíveis e emite, automaticamente, etiquetas de código de barras, que serão 
colocadas nos volumes a serem armazenados;
• Armazenamento: após endereçamento, o sistema indica quais equipamentos serão 
necessários para realizar a operação e orienta a armazenagem de acordo com os endereços 
físicos disponíveis dentro do depósito ou centro de distribuição;
• Separação: a cada ordem de separação, o sistema indica onde se encontra o item 
solicitado, informa os equipamentos necessários para a operação e orienta em qual 
endereço o produto deverá ser retirado. A conferência do endereço faz-se mediante a 
leitura do código de barras fixado na estrutura do produto, na caixa ou volume do produto 
solicitado, antes do item ser levado para a área de expedição;
• Expedição: na expedição, os itens separados são conferidos uma última vez e colocados 
dentro de uma área de confinamento, para embarque para o destino final;
• Abastecimento de linhas de produção: o abastecimento de linhas de produção tem 
a finalidade de evitar que uma linha de produção deixe de funcionar por falta de um 
determinado item necessário. O abastecimento automático de linhas de produção evita 
que haja interrupções não programadas, reduzindo custos e aumentando a produtividade.
Vantagens e desvangens do uso de ferramentais tecnológicos na gestão logística: 
14
Unidade: Gestão Estratégica de Custos Logísticos
Vantagens
A correta implementação dos sistemas aumenta a confiabilidade e minimiza o risco por parte 
da empresa. Possibilita a obtenção do custo mínimo de operação, pois permite visualizar e 
controlar todos os custos inerentes à gestão de transporte, assim como controlar a qualidade 
dos serviços realizados interna e externamente ou por terceiros e, ainda, estabelecer metas de 
qualidade conforme as necessidades. 
Também aumenta a disponibilidade da frota, prevendo possíveis problemas que possam 
ocorrer na parte mecânica e elétrica do veículo e também fornecendo informações detalhadas 
e de fácil acesso que permitem uma rápida tomada de decisão.
Principais vantagens
• Eliminação de reclamações por parte dos clientes;
• Otimização do espaço para armazenagem;
• Melhoria da produtividade;
• Vantagem competitiva;
• Controle de saída e entrada de mercadorias;
• Controle de produção individual ou coletiva;
• Redução de custos;
• Aperfeiçoamento do fluxo da informação e da qualidade da mesma dentro da organização 
(eficiência);
• Otimização do processo de tomada de decisão;
• Eliminação da redundância de atividades;
• Redução dos limites de tempo de resposta ao mercado;
• Redução das incertezas do Lead time;
• Incorporação de melhores práticas aos processos internos da empresa;
• Redução do tempo dos processos gerenciais.
Principais desvantagens 
Algumas das desvantagens da implementação de tecnologias na empresa são:
• A utilização de um sistema por si só não torna uma empresa verdadeiramente integrada;
• Os altos custos, muitas vezes, não comprovam a relação custo/benefício;
• Cria-se dependência do fornecedor do pacote;
15
• A adoção de melhores práticas aumenta o grau de imitação e padronização entre as 
empresas de um segmento;
• Os módulos tornam-se dependentes uns dos outros, pois cada departamento depende 
das informações do módulo anterior. Logo, as informações têm que ser constantemente 
atualizadas, uma vez que as informações em tempo real ocasionam maior trabalho;
• Aumenta a carga de trabalho dos servidores da empresa e cria extrema dependência entre 
eles.
Gestão das operações logísticas
As operações logísticas em uma empresa ocorrem de acordo com os processos estabelecidos 
para mover, estocar e entregar materiais e produtos a quem deles necessita, em conformidade 
com suas especificações e no tempo adequado.
 Os processos logísticos ou cadeias logísticas podem ser compreendidos em diferentes níveis 
de amplitude. Ao abordar o processo logístico de uma empresa ou o processo de distribuição 
(CD – Centro de distribuição) ou ainda um simples processo de abastecimento de 
determinada linha de montagem, conceitualmente é preciso saber que:
• O processo de logística é sistêmico, engloba um conjunto de elementos 
interdependentes, visando atender a determinado objetivo, e as decisões sobre o 
processo são inter-relacionadas;
• O processo logístico deve ser pensado em função do nível de serviço a ser assegurado, 
devendo operar de maneira a garantir que esse nível seja atingido;
• Ao intervir nos elementos do processo, no momento do planejamento ou da 
operação, inevitavelmente, estar-se-á trabalhando com trocas compensatórias de 
custos (trade-offs);
• O custo (maior ou menor) de um elemento afeta o custo de outros elementos 
do processo. Evidentemente, interessará a quem planeja/opera o processo o menor 
custo total e não reduções de custos, em determinado elemento, que resultem em 
maior custo total.
A amplitude do processo diferencia-se em termos de complexidade. Por exemplo: uma 
situação é o profissional de logística estar empenhado em compreender as interações e possíveis 
trade-offs de custos na logística da empresa; outra situação é buscar uma solução para o 
abastecimento de determinada linha de montagem.
De acordo com Faria (2011), na aplicação do conceito de Logística Integrada, a solução 
ótima é aquela que melhor atende à equação nível de serviço ótimo / custo total mínimo. O 
processo analisado tecnicamente sob ótica de Logística Integrada otimiza seu funcionamento 
para atingir o menor custo total e atender ao nível de serviço demandado.
16
Unidade: Gestão Estratégica de Custos Logísticos
Ainda conforme menciona Faria (2011), a questão-chave da Logística Integrada é baseada 
no inter-relacionamento dos custos de suprimentos, produção e distribuição. 
A análise do custo total envolve a otimização dos custos totais de transporte, armazenagem, 
inventário, processamento de pedidos e sistemas de informação e do custo decorrente 
de lotes; ao mesmo tempo, tem como perspectiva os resultados econômicos advindos de 
um sistema que se esforça para minimizar os custos totais, enquanto alcança um nível 
desejado de serviço ao cliente.
Em um ambiente competitivo, há a necessidade de melhorar cada vez mais o nível de 
serviço, reduzindo o custo total. Uma estratégia logística, visando alcançar o equilíbrio entre 
custos logísticos e nível de serviços, envolve a determinação de critérios de desempenho 
que o sistema logístico necessita manter. 
Geralmente custo e serviço estabelecem uma relação direta entre si e uma empresa deve 
considerá-la para o desempenho logístico.17
Material Complementar
Nesta unidade indicamos alguns materiais complementares para aprofundamento 
de seu conhecimento. 
Um deles é o artigo do autor Christian Luiz da Silva, intitulado “Gestão estratégica de 
custos: o custo meta na cadeia de valor”.
A relevância desse material é a apresentação da gestão estratégica de custos, ressaltando 
que ela surge como uma resposta para atender às demandas do sistema econômico com 
relação às novas perspectivas e alternativas proporcionadas pela remodelação dos mercados 
em um contexto de busca por melhoria contínua da competitividade. Uma das principais 
ferramentas de gestão de custos para apoiar a competitividade é o custo meta, que incorpora 
conceitos como desenvolvimento multifuncional e inovação presentes na essência teórica 
da globalização e da gestão estratégica de custos.
Caro(a) aluno(a) seja curioso(a)! Utilize esse material como fonte de pesquisa. O artigo pode, 
também, ser encontrado no site a seguir: 
http://www.fae.edu/publicacoes/pdf/revista_da_fae/fae_v2_n2/gestao_estrategica_de.pdf
Procure entender também quais são os órgãos que estruturam o setor da logística. Para isso, 
visite os sites indicados abaixo:
• ASLOG – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE LOGÍSTICA 
Site: http.://www.aslog.org.br
• CONSELHO DOS PROFISSIONIAS DE GESTÃO DE SUPRIMENTOS 
Site: http.://www.cscmp.org.br 
Amplie seus conhecimentos. Espero que esses materiais contribuam para o seu 
desenvolvimento profissional.
http://www.fae.edu/publicacoes/pdf/revista_da_fae/fae_v2_n2/gestao_estrategica_de.pdf
http.://www.aslog.org.br
http.://www.cscmp.org.br%20
18
Unidade: Gestão Estratégica de Custos Logísticos
Referências
ASLOG – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE LOGÍSTICA. Conceitos e logística de gestão da 
cadeia de suprimento. Disponível em http://www.aslog.org.br/novo/a_aslog.php. Acesso em: 
20 de janeiro de 2012.
BALLOU, R. H. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos/Logística Empresarial. 5. 
ed. Porto Alegre: Bookman, 2007.
______. Logística Empresarial: Transportes, Administração de Materiais e Distribuição. São 
Paulo: Atlas, 2007.
BIO,Sérgio Rodrigues; FARIA, Ana Cristina; ROBLES, Léo Tadeu. Em busca da 
vantagem competitiva: trade-offs de custos logísticos em cadeias de suprimentos. Revista de 
Contabilidade CRC-SP, São Paulo, v.6, n. 19, p. 5-18 mar. 2002.
BOWERSOX, D. J.; CLOSS, D. J. Logística Empresarial: O Processo de Integração da 
Cadeia de Suprimento. São Paulo: Atlas, 2001.
CHING, Hong Yuh. Gestão de Estoques na Cadeia de Logística Integrada – Supply 
Chain. 4.ed. São Paulo: Atlas,2010.
CONSELHO DOS PROFISSIONIAS DE GESTÃO DE SUPRIMENTOS – CSCMP. Conceitos e 
logística de gestão da cadeia de suprimento. Disponível em http://www.cscmp.org. Acesso 
em 12 de janeiro de 2012.
CRISTOPHER, Martin. Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos. São Paulo: 
Pioneira, 1997. 
FARIA, Ana. Cristina; COSTA, Maria de Fatima Gameiro. Gestão de Custos Logísticos: 
Custeio Baseado em Atividades. São Paulo: Atlas, 2011.
FLEURY, P. F. Logística Empresarial: A Perspectiva Brasileira. São Paulo: Atlas, 2007.
LAMBERT, Douglas M.; BURDUROGLU, Renan; Measuring and selling the value of 
logistics.International journal of logistics management. [S.I.],v.11, no. 1, EUA, 2000.
LA LONDE, Bernard J.: POHLEN, Terrance L. Issues in supply chain costing. International 
Journal of Logistics Management,V. 7, No. 1, p. 1-12, 1994.
LEITE, Paulo R. Logística Reversa. São Paulo: Makron Books, 2003.
NOVAES, Antonio Galvão N. Quanto custa a logística no Brasil. Revista Tecnologística, São 
Paulo: Publicare Editora, jul. 2001.
 
 
19
RAIMUNDINI, S. L. et al. Aplicabilidade de custeio baseado em atividades e análise de 
custos em hospitais. Rausp. São Paulo, v. 41, n. 4, p. 453-465, outubro/2006.
CSCMP mission & goals. [Em Linha]. Lombard, Illinois, United States: CSCMP, [2000]. [Consult. 
27 Mar. 2009]. Disponível em WWW: <URL:http://cscmp.org/aboutcscmp/inside/mission-goals.
asp>
TMS: muito além do tapa buraco. Intelog: inteligência em gestão logística[Em linha]. 17 Jan. 
(2006). [Consult. 9 Abr. 2008]. Disponível em WWW: <URL:Intelog>.
20
Unidade: Gestão Estratégica de Custos Logísticos
Anotações
www.cruzeirodosulvirtual.com.br
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Rua Galvão Bueno, 868
CEP 01506-000
São Paulo SP Brasil 
Tel: (55 11) 3385-3000
http://www.cruzeirodosulvirtual.com.br

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