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Isa Castilho - T6 RESUMO TUTORIAIS - UC 23 AVE HEMORRÁGICO ISQUÊMICO EPIDEMIOLOGIA Menos comum, 20% dos AVCs, cursa mais com alteração de nível de consciência do que o AVCi Mais comum, 80% dos AVCs ETIOLOGIAS Má formação local, HAS, ruptura vascular, hemorragia subaracnoide, hemorragia intracerebral - Primário: hemorragia na ausência de malformações vasculares ou doenças relacionadas - Secundário: malformações vasculares ou complicação de outros quadros que causam comprometimento da coagulação ou ruptura vascular Obstrução súbita do fluxo arterial encefálico por causas como HAS, tabagismo, dislipidemia, DM, alcoolismo, obesidade, histórico familiar, trombose, embolia (por FA, cardiopatia reumática, após IAM), infartos lacunares. *Classificação TOAST para classificar os tipos de infarto (aterotrombótico, cardioembólico, lacunar, de outras etiologias ou de origem não determinada) FISIOPATOLOGIA Ocorre uma ruptura vascular, causando hemorragia no parênquima cerebral, com hematoma e cisalhamento das artérias vizinhas, causando expansão do hematoma, podendo causar herniação e hidrocefalia Ocorre isquemia seguida de hipóxia, sendo que sem ATP não há repolarização, fazendo com que H2O dentro das células cause edema cerebral. Radicais livres associados à inflamação levam à necrose (= edema atóxico) QUADRO CLÍNICO Varia conforme o território vascular acometido - Território carotídeo: - ACM: centro motor = se acometer o lado esquerdo há afasia de Broca, acometimento de audição e centro sensitivo - ACA: se apresenta com fraqueza e perda de força - Território vertebrobasilar: - Basilar/ vertebral/ posterior: acometimento visual, cerebelar (disartria, vertigem, nistagmo, tontura) DIAGNÓSTICO Clínico: déficit focal que se desenvolve de forma aguda. Fazer exames de imagem para excluir hemorragia (AVCh) e definir o tratamento. Diferenciar de AIT, o tamanho e causa da lesão - Score de ASPECTS: subdivide o território da ACM em números (0/10), indica o quão grave é o comprometimento. ASPECTS 10 = TC normal, ASPECTS 0 = isquemia difusa em todo o território da ACM, ASPECTS 7 = maior risco de evolução hemorrágica e pior evolução Exames: - TC de crânio: imagem hipotensa e cinza no AVCi, enquanto no AVCh é hipertensa e branca - AngioTC: visualiza os vasos ou sangramentos pequenos - Laboratoriais: buscar causas que mimetizem AVC = Dextro, eletrólitos (hiponatremia) - Doppler de carótidas, Holter, ecocardiograma: usados na investigação da causa do AVC COMPLICAÇÕES AVCi: - Agudas: TVP, desidratação, escaras, aspiração/ pneumonia, transformação hemorrágica, celulite por úlceras de pressão infectadas, edema orolingual, disfagia, convulsões, hidrocefalia, delirium, transformação hemorrágica (RNC = fazer TC), edema cerebral (fazer craniectomia descompressiva), hemorragia cerebelar - Crônicas: depressão (podem estar ligadas com as sequelas), convulsões (evolução para epilepsia), delirium, hidrocefalia, sequelas do próprio AVC (perda de força, sensibilidade, tônus), infecções podem estar ligadas as sequelas AVCh: geralmente o quadro é cirúrgico, a não ser que o sangramento seja muito pequeno ou sangramento muito grande com pacientes trombolisado = maior risco de sangramento durante a cirurgia *Lembrar de não usar Anticonvulsivante profilático e também não usar Corticoide para diminuir o edema no AVC (pois nesse caso, ele é atóxico = Corticoide não funciona) AVE � Isa Castilho - T6 *AIT: acidente isquêmico transitório. Descontinuação de sintomas após 24h e sem lesão em imagem. TRATAMENTO Deve ser iniciado em até 4h. Consiste em manter a PA elevada, administrar heparina profilática e trombólise. Correções: corrigir glicemia (normal entre 140-180mg/dL), corrigir hipotensão arterial (com SF 0,9%), se hipertensão arterial, não baixar a PA no primeiro dia (manter > 140/90mmHg), exceto quando: PA > 220/120mmHg: nesse caso, fazer anti-hipertensivo EV (Nitroprussiato ou Metoprolol EV) 24h, reduzir PA < 185/110mmHg para trombólise: 1. Trombólise endovenosa: infusão de Alteplase EV = ativadora do plasminogênio tecidual (terapia trombolítica endovenosa = TEV). Saber o tempo dos sintomas (janela terapêutica é de 4,5h). Antes da trombólise, fazer TC de crânio para descartar AVC hemorrágico. Manter a cabeça a 0˚ após a TEV e depois a 30˚, não administrara anticoagulantes ou antiagregantes nas primeiras 24h 1. Tempo: < 4,5h 2. Dose: 0,9mg/kg (máximo de 90mg) em 60min, sendo 10% da dose em bolus durante 1min 3. Indicação: AVC isquêmico em qualquer território, dentro de 4,5h de início dos sintomas neuroimagem sem evidência de hemorragia, > 18 anos, < ou = a 80 anos, escore basal < 25 na escala de AVC do NIH, histórico de DM e AVC, não fazer uso de anticoagulante oral, ausência de evidência por exame de imagem de lesão isquêmica que envolva mais de 1/3 de território, doença renal em estágio terminal em hemodiálise e com TTPa normal, glicose inicial > 50mg/dL, PA precisa estar < 185/110mmHg 4. Contraindicação: TCE importante recente, hemorragia recente, cx extensa recente, AVC hemorrágico prévio, uso de ACO com RNI > 1,7, heparina nas últimas 24h, glicemia < 50mg/dL, IAM há 3 meses, histórico de HSA ou dissecção de aorta, punção lombar nos últimos 7 dias, hemorragia TGI/TGI, varizes esofágicas, pericardite, coagulopatia, início dos sintomas há > 4,5h, uso de inibidores diretos da Trombina ou inibidores diretos do fator Xa, sangramento ativo, endocardite infecciosa, dissecção aórtica, agentes antiplaquetários que inibem o receptor de glcoproteína IIb/IIIa 5. Complicações: TVP, convulsão, transformação hemorrágica de AVCi, depressão, pneumonia por aspiração, hemorragia (hematoma intraparenquimatoso), rebaixamento do nível de consciência (repetir TC urgente) 2. Trombólise intra-arterial: alternativa em casos selecionados, até 6h de evolução (*podendo ser estendida até 8h em território de circulação anterior e 12h em território de circulação posterior, em alguns protocolos) Dentro do intervalo de tempo clássico para trombólise intravenosa, via de regra, esta não deve ser preterida à trombólise intra- arterial. A terapia trombolítica intra-arterial é recomendada na oclusão aguda da artéria basilar em pacientes selecionados 1. Tempo: < 6h (pode ser extendido para 8-12h dependendo da localização) 2. Indicação: AVC isquêmico em qualquer território, dentro de 4,5h de início dos sintomas neuroimagem sem evidência de hemorragia, > 18 anos, < ou = a 80 anos, escore basal < 25 na escala de AVC do NIH, histórico de DM e AVC, não fazer uso de anticoagulante oral, ausência de evidência por exame de imagem de lesão isquêmica que envolva mais de 1/3 de território 3. Contraindicação: TCE importante recente, hemorragia recente, cx extensa recente, AVC hemorrágico prévio, uso de ACO com RNI > 1,7, heparina nas últimas 24h, glicemia < 50mg/dL, IAM há 3 meses, histórico de HSA ou dissecção de aorta, punção lombar nos últimos 7 dias, hemorragia TGI/TGI, varizes esofágicas, pericardite, coagulopatia, início dos sintomas há > 4,5h, uso de inibidores diretos da Trombina ou inibidores diretos do fator Xa, sangramento ativo, endocardite infecciosa, dissecção aórtica, agentes antiplaquetários que inibem o receptor de glcoproteína IIb/IIIa 3. Trombectomia: geralmente é uma opção quando o tempo de evolução é >6h e com grande território acometido. É um processo mecânico, igual cateterismo, sendo uma cirurgia descompressiva. Pacientes com acidentes vasculares cerebrais graves que atendam aos critérios para alteplase devem receber esse tratamento e podem ser encaminhados para centros que realizem a trombectomia mecânica, caso necessário. 1. Tempo: > 6h (até 12-24h) 2. Indicação: AVC com sintomas entre 6-24h de início, paciente com oclusão de grande vaso na circulação anterior Medicamentos: AAS + Heparina = nos que não fazem Alteplase - Antiagregante plaquetário no PS: AAS 100-325mg/dia VO (cuidar com risco de transformação hemorrágica) - Heparinano PS: dose profilática —> HNF 5000UI 8-12h ou HBPM (Enoxiaparina 40mg Sc/dia). Anticoagulante oral de escolha = Warfarina HEMORRÁGICO ISQUÊMICOAVE ESTADO HIPERGLICÊMICO CETOACIDOSE DIABÉTICA ESTADO HIPEROSMOLAR NÃO CETÔNICO DEFINIÇÃO Complicação metabólica aguda do diabetes caracterizada por hiperglicemia, hipercetonemia e acidose metabólica. Ocorre principalmente no DM tipo 1, podendo ser a 1˚ manifestação em alguns pacientes com DM tipo 1 (pacientes mais jovens) É uma complicação metabólica do DM caracterizada por hiperglicemia grave, desidratação extrema, hiperosmolaridade do plasma e alteração do nível de consciência. Ocorre mais em pacientes com DM tipo 2 (pacientes mais velhos), geralmente por estresse fisiológico. Possui mortalidade mais alta do que a CAD ESTADO HIPERGLICÊMICO Isa Castilho - T6 ETIOLOGIA Estresses fisiológicos comuns que podem desencadear a CAD incluem infecção aguda, IAM, AVE, pancreatite, trauma. Fármacos que podem causar CAD são corticoides, DIU tiazídicos, simpatomiméticos, inibidores de SGLT2 Fatores precipitantes incluem infecções graves, fármacos que prejudicam a tolerância à glicose (glicocorticoides) ou aumentam a perda de líquidos (DIU), não adesão ao tratamento do DM FISIOPATOLOGIA Ocorre quando as concentrações de insulina são insuficientes para suprir as necessidades metabólicas básicas do organismo, fazendo com que o organismo metabolize triglicerídios e AA em vez de glicose para produzir energia. Ocorre também liberação excessiva de hormônios contrarreguladores (glucagon, catecolaminas, cortisol, GH) que aumentam a produção de glicose. Ocorre aumento da produção hepática e renal de glicose e redução da sua captação pelos tecidos = hiperglicemia e hiperosmolaridade. Os principais cetoácidos (possuem H+ na sua composição) produzidos, os ácidos acetoacético e beta-hidroxibutírico, são ácidos orgânicos fortes que causam acidose metabólica. A acetona derivada do ácido acetoacético acumula-se no sangue, causando acidose metabólica e é eliminada lentamente pela respiração. A hiperglicemia causada pela deficiência de insulina causa diurese osmótica com perda significativa de líquidos e eletrólitos. A excreção urinária de cetonas causa necessariamente perdas adicionais de sódio e potássio. Se o potássio sérico não for monitorado e reposto quando necessário, pode ocorrer hipopotassemia potencialmente fatal (diminui insulina e diminui bicarbonato = diminui potássio) - hiperaldosteronismo secundário = contribui para deficiência de K+ As cetonas séricas não estão presentes, pois a quantidade de insulina na maioria dos pacientes com DM tipo 2 é adequada para suprimir a cetogênese. Como não há sintomas de acidose, a maioria dos pacientes tolera um período signitivamente mais prolongado de desidratação osmótica antes da apresentação. Glicose e osmolaridade são geralmente mais elevadas do que na CAD QUADRO CLÍNICO Sinais e sintomas da hiperglicemia (polidipsia, polifagia, poliúria), com acréscimo de náuseas, vômitos e dor abdominal (especialmente nas crianças, por desidratação e atrito no tecido do peritônio e vasoconstrição esplâncnica) e pode evoluir para edema cerebral (complicação mais comum em crianças - causa cefaléia, parada respiratória e flutuação do nível de consciência). Letargia e sonolência são sinais de descompensação mais grave. Hipotensão e taquicardia podem ser causados por desidratação (mucosas, turgor cutâneo, oligúria, hipotensãi) e acidose. Respiração de Kussmaul (respiração rápida e profunda para compensar acidemia) e hálito com odor de frutas (devido à exalação de acetona) podem estar presentes. Se não tratada, evolui para coma e morte. Apresenta extremidades quentes e bem perfundidas, com instalação mais rápida Alteração do nível de consciência variando da confusão ou desorientação ao coma, em geral como resultante da desidratação extrema com ou sem azotemia pré-renal, hiperglicemia e hiperosmolalidade. Ao contrário da cetoacidose diabética, pode haver convulsões focais ou generalizadas e hemiplegia transitória. CLASSIFICAÇÃO CAD CETOACIDOSE DIABÉTICA ESTADO HIPEROSMOLAR NÃO CETÔNICOESTADO HIPERGLICÊMICO � Ânion gap é o melhor parâmetro laboratorial para dizer que o paciente está melhorando (é o mais específico, mas não é o mais sensível) https://www.msdmanuals.com/pt-pt/profissional/dist%C3%BArbios-end%C3%B3crinos-e-metab%C3%B3licos/dist%C3%BArbios-eletrol%C3%ADticos/hipopotassemia Isa Castilho - T6 CLASSIFICAÇÃO CAD COMPLICAÇÕES Hipoglicemia (mais comum, ocorre pelo excesso de insulina), hipocalemia (complicação mais comum do tratamento da CAD com bicarbonato), edema cerebral (pode ocorrer pela rapidez de reposição de sódio, é um edema cerebral citotóxica - neurônios ficam edemaciados. Evitar hidratação excessiva, causa cefaléia, N/V, agitação, convulsões. Realizar hidratação adequada e Manitol EV, IOT se necessário), síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA), acidose metabólica hiperclorêmica (ânion GAP maior), trombose vascular (maior liberação de citocinas e fatores coagulastes = tendência fibrinolítica), mucormicose (infecção fúngico), pneumonia aspirativa, sangramento em consequência da CIVD DIAGNÓSTICO Detecção de cetonemia e acidose metabólica com intervalo de ânions positivo, na presença de hiperglicemia - ECG: rastreio de IAM, alterações de potássio - Osmolaridade sérica/ eletrólitos: - Sódio: hiponatremia (sódio baixo) = pseudohiponatremia - Potássio: hipercalemia (potássio elevado) - Creatinina sérica: elevada - Glicose: elevada - Cetonas séricas: positivas - Amilase e lipase: elevadas - Exame de urina: glicose urinária presente, dosagem de cetonúria (fita) - RX de tórax e exame de urina: ajudam a rastrear focos infeccioso - Gasometria: feita nos pacientes com doença grave ou com detonas positivas - pH arterial: < 7,3 com intervalo de ânion > 12 Hiperglicemia grave e hiperosmolaridade plasmática e ausência de cetose significativa. - Glicemia sanguínea: elevada (mais que na CAD) - Glicemia > 600 - Osmolaridade sérica/ eletrólitos: elevada - Osmolaridade sérica > 320 - Exame de urina: cetonas negativas (discreta cetonemia) - Gasometria: - pH arterial: > 7,3, mas ocasionalmente ocorre acidose metabólica leve pelo acúmulo de lactato - BIC > ou = a 15 DIAGNÓSTICO CETOACIDOSE DIABÉTICA ESTADO HIPEROSMOLAR NÃO CETÔNICOESTADO HIPERGLICÊMICO � � Isa Castilho - T6 DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Cetose de jejum, cetoacidose alcoólica, acidose medicamentosa, acidose lática, DRC Confusão mental, rebaixamento do nível de consciência TRATAMENTO CETOACIDOSE DIABÉTICA ESTADO HIPEROSMOLAR NÃO CETÔNICOESTADO HIPERGLICÊMICO � Envolve expansão de volume, reposição de insulina e prevenção de hipopotassemia. 1. Reposição de volume: infusão rápida EV de 1-3L de SF 0,9% (se hipernatremia = SF 0,45%), seguida de infusão de SF 0,9% na velocidade de 1L/h ou mais. Quando a PA estiver estabilizada e o fluxo urinário adequado, substituir o SF normal por SF hipotônico (a 0,45%). Quando a glicemia < 200 mg/dL, o líquido IV deve ser trocado por glicose a 5% em solução fisiológica a 0,45%. É necessário restaurar o volume intravascular rapidamente para aumentar a pressão arterial e assegurar a perfusão glomerular; depois que o volume intravascular for restaurado, os déficits totais de água corporal remanescentes são corrigidos mais lentamente, em geral em cerca de 24 horas. 2. Prevenção/ correção da hipopotassemia: reposição de 20 a 30 mEq de potássio a cada litro de líquido IV para manter o potássio sérico entre 4 e 5 mEq/L. Se o potássio sérico for < 3,3 mEq/L, a insulina deve ser suspensa e o potássio administrado na dose de 40 mEq/h até o potássio sérico ≥ 3,3 mEq/L ou mais; se o potássio sérico for > 5 mEq/L, a reposição de potássio pode ser suspensa. - Ampola de KCl 19,1%: 25mEq - Cada 20mEq: aumenta 0,25mEq sérico - Bicarbonato: DB = 0,5 peso X (24 - bicarbonato). Usar 50% do débito calculado,sendo metade em 2h e outra metade em 4-6h 3. Correção da hiperglicemia e acidose: administração de insulina regular (0,1 U/kg, IV, inicialmente em bolus, seguida de infusão IV contínua de 0,1 U/kg/h em solução fisiológica a 0,9%) apenas após corrigir o potássio. Suspender a insulina até o potássio sérico alcançar ≥ 3,3 mEq/L. Quando as concentrações plasmáticas de glicose alcançam 200 mg/dL (< 11,1 mmol/L) em adultos, deve-se adicionar SG 5% para reduzir o risco de hipoglicemia. A dosagem de insulina pode ser reduzida para 0,02 a 0,05 unit/kg/h, mas a infusão IV contínua de insulina regular deve ser mantida até a diminuição do intervalo de ânions e negatividade para cetonas no sangue e urina (insulina deve ser mantida até corrigir a acidose, pois ela se corrige mais lentamente). A reposição de insulina pode ser trocada por IR 5 a 10 U SC a cada 4 a 6 h. � Isa Castilho - T6 PRESCRIÇÃO CAD 1. Internar (todo paciente com CAD deve ser internado) 2. Jejum até resolução do quadro ou melhora do nível de consciência 3. Monitorização contínua de sinais vitais 4. Reposição volêmica com 1L de SF 0,9% em 1h 5. Correção do potássio com 2 ampolas de KCl 19,1% em 500mL de SG 5% para correr em até 24h (fazer em SF 0,9% se 250mL se sódio alterado) 1. Se K+ < 3,3 = 1 ampola de SF de 1.000 para correr em 1h em bomba de infusão + Insulina regular EV 2. Plano de 24h = 4 ampolas em 1.000mL, correndo em 24h 6. ECG de 12 derivações 7. Dextro de 1/1h 1. Se glicose < 200 = liberar dieta ora e suspender a insulina em infusão contínua 8. Coleta de exames (uréia, creatinina, hemograma completo, eletrólitos - NA, K, P, Cloreto, Urina tipo I) 9. Controle da diurese com sonda vesical de demora 10. RX de tórax 11. Depois de corrigir o potássio, realizar insulina regular 0,1UI/kg em infusão contínua 12. ATB se infecção conforme o foco (mulheres e crianças, especialmente ITU) CRITÉRIOS DE RESOLUÇÃO É necessário ter o critério de glicemia e + 2 critérios 1. Glicemia < 200 2. Bicarbonato > 18 3. pH > 7,3 4. Ânion gap < 12 5. Estabilidade hemodinâmica 6. Ausência de N/V CETOACIDOSE DIABÉTICA ESTADO HIPEROSMOLAR NÃO CETÔNICOESTADO HIPERGLICÊMICO INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA DEFINIÇÃO Condição clínica ou síndrome, desenvolvida de maneira aguda, em que o sistema respiratório, se torna incapaz de promover adequadamente as trocas gasosas (= hipercapnia) seja por deficiência de oxigenação ou ventilação ineficaz. Consequentemente, ocorre um prejuízo na absorção do oxigênio do ambiente e/ou na eliminação do dióxido de carbono proveniente do metabolismo celular. O diagnóstico e o tratamento rápido são essenciais para evitar o óbito do paciente. Os componentes responsáveis incluem SNC, nervos periféricos, músculos respiratórios. Volume minuto = volume corrente X FR *Efeito shunt: redução da ventilação com perfusão normal. Não é todo o sangue que faz a troca, causando hipoxemia. Melhora com O2 *Shunt verdadeiro: local do pulmão sem ventilação/ perfusão normal. Não melhora com O2 Gasometria: - PaO2 < 60mmHg: hipoxemia (SpO2 < 90%) - PaCO2 > 50mmHg: hipercapnia ETIOLOGIAS Tipo 1/ hipoxêmica: ocorre falência da oxigenação (o mecanismo ventilatória está preservado, o que se altera é a troca gasosa). Ex.: SARA, edema agudo cardiogênico, pneumonia grave, TEP, atelectasia, hipoventilação, elevadas altitudes. Causas que alteram a difusão pela membrana alveolar = fibrose, TB crônica, DPOC - PaO2 baixa - PaCO2 normal/ baixa - Alcalose respiratória (hiperventilação compensatória à hipóxia) Tipo 2/ hipercapnêmica: ocorre falência na ventilação, associada a acidose metabólica. Ex.: Sd de Guillain Barre, Miastenia gravis, overdose de opióides/ sedativos, TRM, AVCh, obstrução de vias aéreas, ELA - PaO2 baixa - PaCO2 alta - Acidose respiratória Mista: associação de hipoxemia e hipercapnia, altera a ventilação e a perfusão, pode se iniciar como mista ou evoluir do tipo 1 para a 2 após a fadiga da musculatura respiratória. Ex.: exacerbação da DPOC/ asma grave, TCE ETIOLOGIAS INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA � Isa Castilho - T6 TIPOS FISIOPATOLOGIA A queda na ventilação alveolar resulta de diminuição da ventilação minuto ou de aumento da ventilação do espaço morto, sem uma adequada compensação por aumento da ventilação minuto. Hipercapnia ocorre quando a ventilação alveolar cai ou não consegue se elevar adequadamente em resposta a uma produção aumentada de CO2. QUADRO CLÍNICO Inquietação, ansiedade, arritmia cardíaca, dispneia, uso de musculatura acessória, taquipneia, taquicardia, diaforese, cianose, RNC, PCR DIAGNÓSTICO TRATAMENTO 1. MOV 2. Solicitar gasometria 1. PaO2 < 60mmHg: hipoxêmica 2. PaCO2 > 50mmHg: hipercápnica 3. Avaliar necessidade de IOT 4. Corrigir distúrbio gasométrico (administrar O2) 1. Hipoxêmica: oxigenioterapia 2. Hipercápnica: VM 5. Suporte de O2 1. Cateter nasal = baixo fluxo (3-5L) indicado para paciente com DPOC 2. Máscara de Venturi/ não reinalante com reservatório = alto fluxo (10-12L) 3. Máscara facial 4. Dispositivo bolsa-válvula-máscara 5. Cânula nasal 6. Tratar a causa 1. Asma: O2 suplementar, SABA (Salbutamol), LABA (brometo de Ipratrópio), Corticoide EV, Sulfato de Magnésio (se refratário/ grave, tem efeito broncodilatador), Terbutalina SC (se refratário à nebulização) 2. DPOC: O2 suplementar, SABA (Salbutamol), LABA (brometo de Ipratrópio), Corticoide, ATB se exacerbação leve (Amoxicilina), ATB se exacerbação moderada (Amoxicilina + Clavulanato, Azitromicina, Levofloxacino), ATB se exacerbação grave (Cefalosporina + Azitromicina - Ceftriaxona EV 2g/ dia ). Se não houver melhora do quadro em 1h = VNI 3. EAP: Nitroglicerina EV, Furosemida, broncodilatador INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDAINSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA Tipo 1: falência de oxigenação. A ventilação encontra- se preservada, sendo então a hipoxemia decorrente de alterações nas trocas gasosas intrapulmonares, seja por alteração na relação ventilação/perfusão (V /Q) ou na difusão dos gases pela membrana alveolocapilar. Na avaliação gasométrica, a hipoxemia está sempre presente, sem hipercapnia, e a PaC02 pode estar até mesmo baixa na tentativa de se compensar a hipoxemia com hiperventilação (alcalose respiratória). Tipo 2: falência de ventilação. As alterações nas trocas gasosas decorrem da hipoventilação. Na avaliação gasométrica há, além da presença de hipoxemia, também hipercapnia (PCO2 – acidose respiratória). Mista: distúrbios de ventilação perfusão. Inicial com tipo 1 e evolui para tipo 2 � Clínico: angústia respiratória, visível fadiga respiratória ou cianose, alterações sensoriais, oximetria alterada Exames: - Gasometria arterial: acidose respiratória (pH < 7,34 + pCO2 > 50 = confirma o diagnóstico) - RX de tórax - D-dímero: excluir TEP (confirmar com AngioTC), IAM, edema de MMII - BPM: ajuda a confirmar IC (> 400 = IC provável, < 100 = exclui IC), pode se alterar no TEP � Isa Castilho - T6 TRATAMENTO INDICAÇÕES INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDAINSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA VNI: deve ser feita quando não há contraindicação (IOT, PCR, não cooperativo, RNC, falência orgânica, IAM, instabilidade hemodinâmica). Pacientes com incapacidade de manter ventilação espontânea (volume minuto > 4mm ipm, pCO2 > 50 e pH > 7,25), DPOC exacerbado, IC descompensada, asma exacerbada, pneumonia lobar, refratário ao tratamento VI/ VM: paciente com falha na administração de O2 e com as mesmas alterações gasométricas, mas com RNC, instabilidade hemodinâmica e contraindicação à VNI. Pneumonia lobar + DPOC + asma = IOT � � � Isa Castilho - T6 SRAG Síndrome respiratória gripal/ sintomas de infecção viral, evolui com insuficiência respiratória (SatO2 M 95% ou FR > 30irpm = considerar dispneia), podendo evoluir para SARA (dano alveolar difuso, inflamação generalizada). Sars-CoV, MERS, Sars-CoV2-COVID-19, H1N1 (influenza). Pacientes de risco: puérperas, queimados, pancreatite grave INSUFICIÊNCIARESPIRATÓRIA AGUDAINSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA CONCEITOS PELO SEPSIS 3 SIRS Síndrome da resposta inflamatória sistêmica. É provocada por infecção ou traumas, mas nem sempre acompanhada de infecção. Com perda de capacidade regulatória de homeostase. A SRIS não faz mais parte dos critérios para definição da presença de sepse mas continua tendo valor como instrumento de triagem para a identificação de pacientes com infecção e, potencialmente, sob risco de apresentar sepse ou choque séptico. A ausência de SIRS não exclui o diagnóstico de sepse. Causa taquicardia, taquipneia, , oligúria, CIVD e hemorragia digestiva, azotemia (aumento de creatinina, ácido úrico), icterícia, hiperglicemia (inicial), hipoglicemia (tardio) Definida por: - Temperatura > 38˚C ou < 36˚C - FC > 90bpm - FR > 20rpm ou PaCO2 < 32mmHg - Leucócitos > 12.000 (leucocitose), < 4.000 (leucopenia) ou > 10% de bastonetes (desvio à esquerda) Triângulo da morte: acidose + hipotermia + coagulopatia INFECÇÃO SEM DISFUNÇÃO Paciente que, tendo ou não os critérios de SIRS, possui foco infeccioso suspeito ou confirmado (bacteriano, viral, fúngico, etc.) sem apresentar disfunção orgânica. SEPSE Disfunção orgânica aguda que ameaça a vida. Infecção + disfunção, desencadeada por uma resposta desregulada do hospedeiro a uma infecção suspeita ou confirmada. Não é obrigatório ter SIRS para ter sepse. Maior causa de sepse é foco pulmonar. Fatores de risco envolvem internação, bacteremia, sítio de punção, cateter, hemodiálise, DM, lúpus Quick SOFA: é um escore de triagem - FR > 22 - PA sistólica < 100 - Alteração do estado mental SOFA: - Sistema respiratório (relação PaO2/FiO2) - Sistema cardiovascular (quantidade de minas vasoativas necessária para evitar hipotensão) - Sistema hepático (bilirrubina) - Sistema de coagulação (contagem plaquetária) - Sistema nervoso (Glasgow) - Sistema renal (creatinina, débito urinário) *Se quickSOFA > ou igual a 2, iniciar o tratamento, mas depois fazer o SOFA (envolve exames laboratoriais) para confirmar sepse. Se sepse confirmada, continuar com o pacote de 6h, se não, interromper o tratamento, mas continuar monitorando pois pode evoluir para sepse CHOQUE SÉPTICO É um choque distributivo, no qual há estado de hipoperfusão orgânica efetiva generalizada (isquemia), com má distribuição de O2. Ou seja, é a sepse + hipovolemia não responsava à ressuscitação volêmica e ao tratamento vasopressor. Causa Hipotensão (PAS < 90mmHg, PAM < 65mmHg), oligúria (baixo débito urinário - < 0,5mL/kg/h), elevação da creatinina (> 2mg/dL), plaquetopenia (< 100.000/mm3), bilirrubina elevada (2x o valor de referência), rebaixamento do nível de consciência, lactato acima do valor de referência (hiperlactatemia) —> Se esses critérios estiverem presentes, mesmo sem sinais de SIRS = iniciar o tratamento de sepse *Segundo o SEPSIS 3, o lactato deve estar alto Isa Castilho - T6 INFECÇÕES - IRAS TRATO URINÁRIO CATETER (CORRENTE SANGUINEA) PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO (ISC) DEFINIÇÃO Qualquer infecção do TU relacionada a procedimentos urológicos, podendo ser associada ou não ao uso de cateter vesical de demora. Infecção da corrente sanguínea em pacientes de uso de cateter central por um período maior que 2 dias de calendário (sendo D1 o dia de instalação do dispositivo) e que na data da infecção o paciente estava em uso do dispositivo ou este foi removido no dia anterior. Pode estar associada a cateter central ou periférico Pneumonia em paciente em ventilação mecânica por um período maior que 2 dias de calendário (sendo D1 é dia de início da VM) e que na data da infecção o paciente estava em VM ou o ventilador mecânico havia sido removido no dia anterior. Superficial: ocorre em 30 dias após a cirurgia, acometendo pele e subcutâneo Profunda: entre 30-90 dias após a cirurgia, envolve tecidos moles profundos (fáscia, músculos) Órgão/ cavidade: ocorre entre 30-90 dias da cirurgia , envolvendo qualquer órgão ou cavidade que tenha sido aberta ou manipulada ETIOLOGIA E. coli, P. aeruginosa, E. Faceais (geralmente gram negativos) S.aureus, S. epidemidis (germes de pele), Staphylococcus coagulase negativo, K. pneumoniae S. Auresus (MRSA), P. aeruginosa, Acinobacter, Klebsiella pneumoniae, Enterococo S. Aureus, E. coli, Pseudomonas aeruginosa, S. epidermidis, Klebsiella spp, Enterobacter QUADRO CLÍNICO SIntomas de ITU após procedimento (2 dias), febre, piora clínica, disfunções, dor suprapúbica, disúria, retenção de urina, urgência miccional. Diarreia incoercível + uso prévio de ATB = colite (C. difficile) Corrente sanguínea: febre, tremor, oligúria, hipotensão Acesso vascular: sinais locais de infecção Febre, secreção purulenta/ alterada, secreção, dessaturação, roncos, estertores, dispneia, taquipneia, piora da infecção pulmonar e parâmetros ventilatórios. Associado a > 2 dias de VM Infecção de pele, abdome, órgãos, cavidade aberta INFECÇÕES - IRAS TRATAMENTO E DIAGNÓSTICO Pacote de 1h: - Exames laboratoriais - Gasometria - Lactato arterial (parâmetro de reperfusão) - medir novamente se > 2mmol/L - Hemograma completo - Bilirrubina - Coagulograma - 2 hemoculturas de sítios distintos periféricos (ou se tiver acesso central = 1 periférico + 1 central) = de preferência antes de iniciar ATB - 1 cultura de sítio pertinente (escarro, urina, líquor) - Administrar antibiótico de amplo espectro por via EV (Ceftriaxona 1g) - Se hipotensão (geralmente) ou hipoperfusão ou lactato > 4mmol/L, iniciar ressuscitação volêmica com infusão imediata de 30mL/kg de cristaloide = 1˚ conduta no choque séptico é dar volume - Se a PAM < 65mmHg ou choque refratário, usar droga vasopressora (DVA) - Noradrenalina Lembrar: • Monitorização da PA, PVC e PAM, débito urinário • Profilaxia para TVP (Enoxaparina SC 40mg/dia) Pacote de 6h: - Reavaliação periódica, especialmente do status volêmico e perfusão tecidual - Reavaliar a continuidade da ressuscitação volêmica - Sempre auscultar antes (edema pulmonar) - Colocar volume - Se hipoperfusão ou hemoglobina < 7, iniciar transfusão - Monitorização invasiva da PA - Solicitar novo lactato arterial - Usar vasodilatadores (Nitroprussiato, Nitroglicerina) para melhora da hipertensão - Realizar IOT se necessário (proteção das vias aéreas) IRAS Infecções cuja aquisição está relacionada a um procedimento assistencial ou a internamento. Em termos cronológicos, quando não há evidência clínica ou laboratorial de infecção na admissão do paciente, considera-se infecção hospitalar aquela cujos sintomas ocorrem 72h após a admissão. Na presença de infecção na admissão do paciente, considera-se IRAS quando há um agravamento ou isolamento de outro patógeno na mesma topografia. Isa Castilho - T6 *Gram + e MRSA: Vancomicina, Linezolida (foco pulmonar), Daptomicina, Imipenem *Gram -: Cefepime, Piperaciclina-Tazobactam, Meropenem *ITU comunitária: cobrir E. coli *PAC típica: Amoxicilina-Clavulanato *PAC atípica (comorbidades): Levofloxacina INVESTIGAÇÃO Urocultura positiva, parcial de urina Hemocultura - cultura periférica e do cateter (retirar a ponta do cateter - 5cm e mandar para cultura = se positivo, iniciar tratamento) RX de tórax (infiltrado pulmonar), hemograma, hemocultura, cultura de secreção pulmonar, antibiograma Hemograma, cultura de secreção/ tecido TRATAMENTO (ATB) Cefalosporina de 4˚ geração, Ampicilina + Gentamicina, Carbapenêmicos, Piperaciclina- tazobactam. *Retirara ou trocar a sonda assim que possível Carbapenêmicos ou Peperaciclina-tazobactam + Glicopeptídeos (Vancomicina, Teicoplanina, Deptomicina - MRSA) Carbapenêmicos, Vancomicina, Cefalosporina de 4˚ geração, Linezolida (quando não tem Vancomicina) Glicopeptídeos (Vancomicina) + Cefalosporina de 4˚ geração Cefalosporina de 4˚ geração ou carbapenêmicos + aminoglicosídeos Quando houver infecçãofúngica associada (C. albicans), tratar com Fluconazol ou Anfotericina B (se resistente) TRATO URINÁRIO CATETER (CORRENTE SANGUINEA) PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO (ISC) INFECÇÕES - IRAS DEFINIÇÃO DE FOCO INFECCIOSO EM PACIENTE HOSPITALIZADO DEFINIÇÃO DO FOCO Juntamente com os exames iniciais em pacientes com suspeita de sepse grave devem ser colhidas culturas. Recomenda-se que um foco infeccioso passível de controle deva ser procurado e afastado o mais rapidamente possível. Intervenções visando o controle de foco devem ser feitas idealmente nas primeiras 12 horas do diagnóstico, se possível. A administração de antimicrobianos efetivos dentro da primeira hora de reconhecimento do choque séptico e da sepse grave mesmo sem choque deve ser o objetivo da terapia após a obtenção de culturas TERAPIA EMPÍRICA Recomenda-se que a terapia empírica inicial inclua uma ou mais drogas com atividade contra todos os prováveis agentes envolvidos (bactéria, fungo ou vírus) com penetração adequada no local suspeito. Sugere-se terapia combinada para pacientes com infecção suspeita ou confirmada por germes difíceis de tratar, como Pseudomonas/Acinetobacter, outros germes ou em pacientes neutropênicos BACTÉRIAS MDR e ATB ESCAPE E: Enterococcus faecium (VRE) - Se bacteremia: daptomicina (Cubicin) - Se intra-abdomnal: Tigeciclina - Se pele ou tecidos moles: linezolida ou daptomicina S: Staphilococcus aureus (MRSA) - Vancomicina (15mg/kg 12/12h) - Daptomicina (não eficaz se foco pulmonar) - Linezolina (Zyvox) (mais eficaz e menos tóxico que vancomicina na pneumonia) C: Clostridium difficile - Se usou antibióticos com "C" - Clindamicina, Ciprofloxacino, Cefalosporinas, Carbapenemicos), pode ter Clostridium difficile - Tratar com Metronidazol VO ou Vancomicina VO. Tratamento alternativo = transplante de fezes. A: Acinetobacter baumani (Acinetobacter MDR, maioria resistente Ampi-subactam e carbapenemicos) - Polimixina B com ou sem Tigeciclina. P: Pseudomonas aeroginosa (Pseudomonas MDR) - Piperacilina-Tazobactam, Cefepima, Levofloxacina, Imipenem, ou Meropenem. - Considerar combinar 2 agentes se fatores de risco. E: Enterobacteriaciae: - BGN MDR grupo CESP (Citrobacter, Enterobacter, Serratia, Proteus - "spice bugs") - produtoras de b-lactamase portadoras do gene amp C - resistentes às cefalosporinas de 3˚ geração. Usar Cefepima ou Piperaciclina-Tazobactam - ESBL (Produtoras de betalactamase de espectro estendido - Klebisiela, E. coli, Enterobacter sp) - resistentes a todas as Cefalosporinas, Penicilinas e Aztreonam. Usar carbapenemicos: Ertapenem ou Meropenem - KPC (Klebisiela produtora de carbapenemases) - Enterobacterias, Acineto, Pseudomonas. Usar polimixina B, porém sempre associada a outra droga, geralmente carbapenêmico em alta dose. ***Nova opção: Torgena (Ceftazidima + Avibactam): Klebsiella pneumoniae produtora de carbapenemase (KPC), Pseudomonas aeruginosa e as Enterobactérias produtoras de ESBL (β-lactamases de espectro estendido). Isa Castilho - T6 TEP - TROBOEMBOLISMO PULMONAR DEFINIÇÃO É a oclusão de artérias pulmonares por trombos que se originam de outro local, classicamente de veias de grosso calibre ou da pelve. Os fatores de risco de embolia pulmonar são condições que dificultam o retorno venoso e causam lesão ou disfunção endotelial, especialmente em pacientes com estado hipercoagulável subjacente. O risco de embolização é maior em caso de trombos proximais para as veias da panturrilha. FATORES DE RISCO Repouso em leito, restrição à deambulação, lesão ou disfunção endoteliàal, transtornos de hipercoagulabilidade (ex.: trombofilias), IC, IRA, quimioterapia, AVC com paresia, cateter venoso central, DII, artroscopia do joelho, fratura de MMII, cirurgia de quadril ou joelho, IAM recente, TVP prévia Tríade de Virchow: lesão endotelial + estase + hipercoagulabilidade FISIOPATOLOGIA Depois que a TVP se desenvolve, o coágulo pode se deslocar e se mover pelo sistema venoso e coração direito para se alojar nas artérias pulmonares, ocluindo parcial ou totalmente um ou mais vasos. As consequências dependem do tamanho e do número de êmbolos, condição subjacente dos pulmões, grau de funcionamento do ventrículo direito e habilidade do sistema trombolítico intrínseco corporal de dissolver os coágulos. Êmbolos maiores podem causar aumento dos reflexos ventilatórios (taquipneia), hipoxemia por incompatibilidade da ventilação/perfusão (V/Q) e baixo teor de oxigênio no sangue venoso misto como resultado de baixo débito cardíaco, atelectasia decorrente da hipocapnia alveolar com alterações do surfactante e aumento da resistência vascular pulmonar causado por obstrução mecânica e vasoconstrição, resultando em taquicardia e hipotensão. *Efeito shunt: ocorre desvio para áreas que estão hipoventiladas, com aumento da perfusão em relação à ventilação CLASSIFICAÇÃO - Catastrófico ou supermassivo (alto risco): comprometimento da função ventricular direita com hipotensão e/ou hipoxemia grave que requer tratamento vasopressor agressivo e alto fluxo de oxigênio - Maciça (também de alto risco): comprometimento da função ventricular direita com hipotensão, definida como PA sistólica < 90 mmHg ou queda da PA sistólica ≥ 40 mmHg em relação aos valores iniciais durante 15 min , síncope - Submaciça (risco intermediário): comprometimento da função ventricular direita e/ou alteração da troponina e/ou nível de BNP sem hipotensão, com dipsneia e hipoxemia - Baixo risco/pequeno: ausência de comprometimento do ventrículo direito e ausência de hipotensão, com dor torácica pleurítica - EP em sela: embolia pulmonar que se aloja na bifurcação da artéria pulmonar principal e nas artérias pulmonares direita e esquerda; EPs em sela geralmente são, mas nem sempre, de risco alto/ intermediário. QUADRO CLÍNICO Dispneia aguda, dor torácica pleurítica (comum no infarto pulmonar), taquicardia, taquipneia, tosse e, em casos graves, tontura leve, pré-síncope, síncope, hemoptise, PCR (comum no TEP maciço). Os sinais também são inespecíficos e podem incluir taquipneia, taquicardia e, em casos mais graves, hipotensão. Em idosos, o primeiro sintoma pode ser estado mental alterado DIAGNÓSTICO TEP - TROBOEMBOLISMO PULMONAR Exames de imagem: - RX de tórax: geralmente inespecífico. Atelectasia, infiltrado local, elevação de hemidiafragma, derrame pleural - Sinal de Westermark: oligoemia, infarto - Sinal da corcova de Hampton: semelhante a um infarto pulmonar da base, infiltrado em forma de cunha - AngioTC: altamente sensível e específica, exame de escolha - Arteriografia: exame padrão-ouro, porém pouco utilizado - Cintilografia pulmonar ou V/Q: detectam áreas do pulmão que estão ventiladas, mas não perfundidas. Ela demora mais tempo do que a angiografia por TC e é menos específica. Mais usada em pacientes com insuficiência renal (não podem usar contraste = 2˚ linha). A cintigrafia completamente normal exclui EP com precisão de, aproximadamente, 100%, - Ecocardiografia POC: pode mostrar um coágulo no átrio ou ventrículo direito, mas é mais comumente usada para a estratificação de risco na EP aguda - ECG: taquicardia, anormalidade na onda ST-T específica para embolia pulmonar, padrão S1Q3T3 � Exames laboratoriais: - Dímero-D: é um subproduto da fibrinólise intrínseca; assim, níveis elevados ocorrem na presença de trombo recente. Um nível negativo de dímero D (< 0,4 mcg/mL) é altamente sensível para a ausência de EP com um valor preditivo negativo de > 95%. Níveis elevados de dímero D não são específicos para a trombose venosa porque muitos pacientes sem TVP ou TEP também têm níveis elevados e, portanto, outros exames são necessários quando o dímero D está aumentado ou quando a probabilidade pré- teste de TEP é efetiva. Solicitado se baixa ou média possibilidade de TEP (escore de Wells), porque se a probabilidade for alta = fazer AngioTC - Positivo = > 500 - Se vier negativo = não mandar para AngioTC, muito provávelque não seja TEP Isa Castilho - T6 DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS Isquemia cardíaca, IC, exacerbação de DPOC, pneumotórax, pneumonia, sepse, síndrome torácica aguda em pacientes com doença falciforme, ansiedade aguda com hiperventilação ESCORE DE WELLS ÍNDICE DE PESI Índice de gravidade - Classe I: baixo risco de mortalidade = solicitar ecocardiograma - Classe II: baixo risco de mortalidade = solicitar ecocardiograma - Classe III: risco de mortalidade moderado = avaliar VD (ecocardiograma, AngioTC) + marcadores cardíacos - Classe IV: risco de mortalidade alto = avaliar VD (ecocardiograma, AngioTC) + marcadores cardíacos - Classe V: risco de mortalidade muito alto = avaliar VD (ecocardiograma, AngioTC) + marcadores cardíacos ATENDIMENTO 1. Hospitalização por pelo menos 24-48h 2. Considerar UTI se TEP maciço, quantidade extensa de coágulos, comprometimento do VD, hipoxemia importante, hipotensão limítrofe, deterioração clínica. 3. MOV 1. O2 suplementar se hipoxemia 2. SF 0,9% EV se hipotensão por TEP maciço 3. DVA (Adrenalina, Dobutamina) se a reposição de fluidos não resolver a hipotensão 4. ECG (taquicardia sinusal, alteração na onda ST-T não específica) 5. Gasometria arterial 6. RX de tórax (geralmente inespecífica, ajuda a excluir pneumonia) 7. AngioTC 8. Escore de Wells 1. Se probabilidade pré-teste baixa ou intermediária: Testagem do Dímero-D 2. Se probabilidade pré-teste alta ou Dímero-D alto: exame de imagem - AngioTC 9. Suporte hemodinâmico 10. Iniciar anticoagulação em todos os pacientes (a não ser que haja contraindicação): é feita uma anticoagulação inicial seguida de anticoagulação de manutenção para prevenção de novos episódios 11. Reduzir a quantidade de coágulos por alguma das técnicas: 1. Trombólise (Alteplase - tPA - ativador do plasminogênio tecidual) 2. Embolectomia cirúrgica 3. Colocação de filtro percutâneo na VCI TEP - TROBOEMBOLISMO PULMONARTEP - TROBOEMBOLISMO PULMONAR � � Isa Castilho - T6 TRATAMENTO TEP - TROBOEMBOLISMO PULMONARTEP - TROBOEMBOLISMO PULMONAR Medicamentoso: anticoagulante. Quando a anticoagulação é contraindicada, deve-se colocar um filtro de veia cava inferior. Tratamento ambulatorial é indicado em pacientes de baixo risco, hemodinamicamente estáveis, sem comorbidades ou risco de sangramento - Anticoagulação inicial: - HNF EV = mais segura para pacientes com disfunção renal - HBPM SC (tem mais vantagens que a HNF) = Enoxaparina - Fondaparinux SC (antagonista recente do fator Xa) - Inibidores de fator Xa (Apixabana, Rivaroxabana) - Anticoagulação de manutenção: varia de 3 meses até o final da vida, depende dos fatores de risco - Antagonista oral da Vitamina K (Warfarina) - Inibidores de fator Xa (Apixabana, Rivaroxabana) - Inibidor oral direto da trombina (Dabigatrana) � � Cirúrgico: dissolução de coágulos com trombólise sistêmica ou direcionada por cateter ou remoção cirúrgica ou por cateter - Trombólise: Trombólise sistêmica com Alteplase (tPA - ativador do plasminogênio tecidual) - Contraindicações absolutas: AVCh prévio, AVCi em 1 ano, sangramento externo ou interno ativo, cirurgia ou lesão intracraniana em 2 meses, tumor intracraniano - Contraindicações relativas: cirurgia recente (< 10 dias), diástase hemorrágica, gestação, acesso central recente, úlcera séptica ou condições com alto risco de sangramento, HAS grave, TCE - Embolectomia cirúrgica: indicada em pacientes hipertensos com TEP ou se o uso de trombólise for contraindicado � Isa Castilho - T6 PREVENÇÃO Anticoagulantes e/ou dispositivos de compressão mecânica que são aplicados às pernas em pacientes internados. COMPLICAÇÕES Morte, IC, infarto pulmonar, sangramento causado pela heparinização (se HNF, tratar com Protamina = antídoto) Quando grandes êmbolos ocluem as principais artérias pulmonares ou quando vários êmbolos pequenos ocluem > 50% dos vasos mais distais, a pressão no ventrículo direito aumenta, o que pode ocasionar insuficiência ventricular direita aguda, choque ou morte súbita TEP - TROBOEMBOLISMO PULMONARTEP - TROBOEMBOLISMO PULMONAR HEMORRAGIA DIGESTIVA CONCEITOS Hematêmese: vômito com sangue, caracteriza HDA. Sangramento entre a boca e o ligamento de Treitz, sendo a causa mais comum as varizes esofágicas Melena: evacuação de fezes escuras, negras, com sangue digerido, odor fétido Hematoquezia: presença de raia de sangue nas fezes Enterorragia: sangramento mais volumoso, que ocorre independentemente da evacuação Sangramento oculto: sem sangramento clínico, mas pode apresentar evidências de hemorragia digestiva como anemia ou pesquisa de sangue oculto nas fezes positiva CLASSIFICAÇÃO - Alta, baixa, oculta ou obscura - Aguda, crônica - Maciça, discreta HDA DEFINIÇÃO Hemorragia decorrente de lesões proximais ao ligamento de Treitz e causa hematêmese e/ou melena. HDA de grande volume pode produzir enterorragia, da mesma forma que lesões do delgado distal ou cólon direito podem produzir melena. ETILOGIAS - Úlcera péptica duodenal: - Lesão aguda da mucosa gastroduodenal (LAMGD): - Úlcera gástrica: - Varizes esofagianas: - Síndrome de Mallory-Weiss: - Esofagite: - Câncer gástrico: FATORES DE RISCO H. pylori, uso de AINES, úlcera de estresse, angiodisplasia, etilismo, gestante (úlcera de Mallory-Weiss) QUADRO CLÍNICO Hematêmese, melena, hematoquezia, sinais de choque hipovolêmico (taquicardia, hipotensão, diminuição da diurese, alteração do estado mental), hipotensão ortostática ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO - Escore Glasgow Blatchford: feito com base nos parâmetros clínicos isoladamente, relacionado com a necessidade de encaminhar o paciente para EDA, sendo que 1 item já indica necessidade do exame. Caso o escore = 0, o procedimento pode ser feito ambulatorialmente e o paciente não precisa de internação hospitalar. Escore > ou = 1: risco de ressangramento, Escore = 0: baixo risco e paciente pode ser submetido à EDA ambulatorial - Hb ≥ 13 (homens)/ 12 (mulheres) - PAS ≥ 110mmHg - FC < 100bpm - Ureia < 30mg/dL - Sem melena ou síncope na apresentação - Sem história de doença hepática ou cardíaca - Escore de Rockall: avalia os critérios endoscópicos e clínicos, prevendo a necessidade de intervenção cirúrgica ou tratamento endoscópico. Se > 8 = mortalidade de 40% Variáveis de risco de mortalidade e ressangramento incluem REG, comorbidades, Hb < 10g/dL, hematêmese, melena, sangue vivo no toque, sangue no aspirado gástrico, sepse, IRA, RNI > 1,5 ou outras coagulopatias, plaquetopenia < 100.000 céls/mm3 e aumento de transaminases HDA ANTICOAGULAÇÃO TEP com causa reversível corrigida: ãnticoagulãr por 3 meses TEP idiopática/ não provocada: no mínimo por 3 meses + investigação da causa. Considerar manter por tempo indefinido avaliando risco- benefício TEP/ TVP recorrente: tempo indeterminado TEP/TVP + CA ativo: HBPM por 3-6 meses. Considerar manter por tempo indefinido se CA ativo Cumarínicos: antagonista da vitamina K - Warfarina. Antídoto = vitamina K, plasma fresco congelado, complexo protrombínico AAS, Clopidogrel, Ticagrelor: Ticagrelor é o único reversível. Se sangramento ativo = transfundir plaquetas HNF: reverter com Protamina EV 1mg (neutraliza 100mg de HNF). Fondaparinux não tem antídoto HBPM: reverter com Protamina EV (= reversão parcial), se o sangramento persistir, transfundir plasma NOACs: Dabigatrana é o único com antídoto (Prexbaindium - anticorpo monoclonal) Isa Castilho - T6 ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO DIAGNÓSTICO - Exame físico: o toque retal é indicado em todos os pacientes, podendo demonstrar sangue no dedo da luva, a presença de linfonodos supraclaviculares é sugestiva de neoplasia maligna. Achados como telangectasias e spiders, hepatomegalia, esplenomegalia ou presença de encefalopatia hepática sugerem sangramento varicoso por cirrose ou hipertensão portal. Avaliar uso de AINE, tabagismo, etilismo, histórico de coagulopatia, doença hepática - Endoscopia digestiva alta: exame de escolha para o diagnóstico, realizar precocementeassim que o paciente estiver estável hemodinamicamente, se a visualização estiver prejudicada, repetir a EDA em 24h. Em pacientes com gastroparesia, utilizar Eritromicina 3mg/kg de 20-120min antes do procedimento. A administração precoce de análogos da Somatostatina em pacientes hepatopatas pode levar à parada temporária de sangramento. Se suspeita de HDA por varizes esofágicas = realizar em até 12h - Cintilografia: feita com mapeamento de hemácias marcada por Tecnécio. Só é positivo em 45% dos casos em que a EDA é negativa, com acurácia localizaria < 80% - Arteriografia: consegue detectar sangramentos pequenos, podendo realizar diagnóstico com EDA negativa ou em sangramentos importantes com visualização difícil pela EDA. Pode ajudar a delinear a anatomia da lesão sangraste e sugerir etiologia - Outros exames de imagem: estereoscopia e cápsula endoscópica - pouco usadas - Exames laboratoriais: hemograma com hematócrito e hemoglobina seriados, coagulograma (RNI > 1,5 = coagulopatia é fator prognóstico ruim), função renal, função hepática, eletrólitos = fazer em todos os pacientes HDA � � � HDB DEFINIÇÃO Sangramento intraluminal distal ao ligamento de Treitz (ponto no qual termina o duodeno e se inicia o jejuno). Podem ter desde sangramento oculto até enterorragia franca e quadros de melena ETILOGIAS Doença diverticular, angiodisplasia, RCU, naeoplasia, DII QUADRO CLÍNICO Sangramento oculto, hematoquezia, melena, sinais de choque hipovolêmico (taquicardia, hipotensão, diminuição da diurese, alteração do estado mental) HDB � Isa Castilho - T6 DIAGNÓSTICO EDA: pode ser feita se sangramento significativo Colonoscopia: é o melhor método no departamento de emergência para diagnóstico, porém precisa de profissional experiente, risco de perfuração, precisa de preparo do cólon Exames laboratoriais: eletrólitos, função renal, função hepática, coagulograma para acompanhamento Cintilografia: alta sensibilidade para sangramento ativo, seguro e pouco invasivo, porém sem potencial terapêutico. Indicada se o paciente tem queda persistente do VG/HB, mas não tem sangramento ativo apreciável ou instabilidade AngioTC: se sangramento clínico importante ou isntabilidade hemodinâmica HDB TRATAMENTO - HEMORRAGIA DIGESTIVA SUPORTE - Jejum - O2 (cateter nasal) - 2 acessos venosos periféricos em caso de hemorragia maciça = infundir SF 0,9% EV em 30min - Objetivos: - PAS 110mmHg - Hb entre 7 e 8 - HT 21-24 - IOT se: - Encefalopatia grau 3 e 4 - Hematêmese maciça - Hipoxemia - Alcoolismo, história de hepatopatia crônica/cirrose presente: pensar em HDA varicosas = vasoconstritor esplâncnico TRATAMENTO - Vasoconstritor esplâncnico: se suspeita de alcoolismo, varizes esofágicas. Manter por 2-5 dias para prevenir recidivas. Em pacientes com úlcera, pode haver benefício do uso desses medicamentos pela redução do fluxo esplâncnico, inibição da secreção ácida e suposta ação citoprotetora gástrica - Terlipressina: análogo da vasopressina, diminui o fluxo portal por vasoconstrição esplâncnica - Somatostatina: inibe vasodilatadores como o Glucagon - Octreotida: diminui níveis plasmáticos do Glucagon - Transfusão de plaquetas/ plasma fresco congelado: indicado quando RNI > 1,5 ou plaquetas < 50.000 - Transfusão de hemácias: se Hb < 7 - Antibióticos: entram como profilaxia - Terapia antissecretora: - Inibidor de bomba de prótons (IBP): reduz as taxas de sangramento. Podem ser usados em bolus ou infusão prolongada, ou na falta dessas formulações = IBP em dose dobrada (de 12/12h) por VO. Omeprazol EV 80mg, em bolus, seguido de infusão de 8mg/h, por 72h, quando deverá ser trocado para 20mg VO (1x/dia), por 8 semanas HEMOSTASIA ENDOSCÓPICA INDICAÇÕES CIRÚRGICAS - Sangramento > 72h - Recidiva de sangramento volumoso em < 1 semana - + 5 concentrados de hemácia na ressuscitação (continua sangrando) - > 6 concentrados de hemácia para estabilidade clínica/ hemodinâmica TRATAMENTO - HEMORRAGIA DIGESTIVA - EDA: endoscopia digestiva alta. Deve ser feita em até 12h após admissão, paciente precisa estar hemodinamicamente estável, pode ser útil para tratamento de varizes esofágicas (escleroterapia e ligadura) e úlceras (clipe, escleroterapia) a partir dela pode ser feita ligadura elástica, escleroterapia com ou sem cianoacrilato, dependendo da localização das varizes (esofágicas ou gástricas) - Classificação de Forrest - TIPS: anastomose portossistêmica intra-hepática transjugular. Descomprime o sistema porta hepático por meio de um stent entre a veia porta e a veia hepática que permite que o sangue portal volte para a circulação sistêmica. Indicada se sangramento persistente, falência de tratamento nos primeiros 5 dias, contraindicações para esse procedimento incluem: - Child-Pugh (ascite, bilirrubina, albumina, TP, RNI, encefalopatia) C de 14-15 - IC - Doença pulmonar grave - BSB: balão de Sengstaken-Blakemore. Feito apenas em casos refratários, com paciente em IOT e monitorização contínua, é um tratamento temporário � � � Isa Castilho - T6 ATENDIMENTO TRATAMENTO - HEMORRAGIA DIGESTIVATRATAMENTO - HEMORRAGIA DIGESTIVA � HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA (HDA) HEMORRAGIA DIGESTIVA BAIXA (HDB) Sangramentos proximais (antes) ao ângulo de Treitz Sangramentos distais (depois) ao ângulo de Treitz Mais comum Menos comum Causas: úlcera péptica, varizes esofágicas, lacerações * 1˚ causa = Úlcera péptica * 1˚ causa de sangramento em cirróticos = Varizes Causas: diverticulose, angiodisplasia *1˚ causa: Doença diverticular do cólon *2˚ causa: Angiodisplasia intestinal Hematêmese, melena (sangue “escuro" nas fezes, já digerido), sangramento oculto Hematoquezia (sangue vivo nas fezes) Diagnóstico: EDA Diagnóstico: colonoscopia, exame anorretal DESPRESCRIÇÃO 1. Verificar as drogas que o paciente toma e os motivos de cada uma = revisar 2. Considerar risco geral induzido pelas drogas, avaliando risco (efeitos colaterais, faz uso de drogas com alto risco de toxicidade) 3. Avaliar cada medicamento pela elegibilidade para ser descontinuado levando em consideração um dano que supera o potencial do medicamento, ou medicamento que faz controle de doença e sintomas (medicamentos que são usados para desfazer efeito de colateral de outros medicamentos podem ser desprescritos). Paciente tem vida útil baixa (pacientes idosos) – retira as drogas que fazem prevenção 4. Priorizar drogas para descontinuação 5. Monitorar drogas e regime de descontinuação Isa Castilho - T6 DOR TORÁCICA SÍNDROME CORONARIANA AGUDA ANGINA INSTÁVEL ANGINA ESTÁVEL DEFINIÇÃO Situação em que o paciente apresenta evidências clínicas e/ou laboratoriais de isquemia miocárdica aguda, produzida por desequilíbrio entre oferta e demanda de O2 para o miocárdio, tendo como principal causa a instabilização de placa aterosclerótica. Se divide em : - IAM SSST e IAM CSST SCA com ausência de evidências bioquímicas de danos miocárdicos Cardiopatia isquêmico causada por placas ateromatosas, desencadeada pelo esforço, sendo a forma sintomática crônica da doença coronariana QUADRO CLÍNICO Angina prolongada (> 20 minutos) em repouso, novo episódio de angina intensa ou angina que se apresenta com maior frequência, dor torácica, dispneia, dor que irradia para a mandíbula, diaforese, taquicardia sinusal, aumento da intensidade da dor, 4˚ bula cardíaca (B4). Os sintomas podem ocorrer no repouso ou durante atividade física Dor típica: sensação de aperto, peso ou pressão retroesternal, que se inicia durante esforço físico ou emoções, associado a diaforese, N/V e dispnéia. Alício com repouso ou Nitrato SL (em 1-5 min) Dor atípica: mais comum em mulheres, idosos e diabéticos. Apresenta 2 dessas características - Sinal de Levine (paciente esfrega a mão difusamente pelo esterno ou punho cerrado no meio do peito), desconforto profundo, difícil de localizar (no não isquêmico o paciente consegue delimitar bem o local do desconforto), epigastralgia, dispepsia, dispneia,síncope Equivalentes anginosos: dispneia, síncope, fadiga, tontura, eructações, palidez, tosse DIAGNÓSTICO Com lesão detectável ECG: com supra de ST, sem supra de ST Biomarcadores/ enzimas cardíacas: positivas (Troponina, Mioglobina) + CKMB Sem lesão detectável ECG: infra de ST, inversão da onda T Biomarcadores/ enzimas cardíacas: negativas (Troponina, Mioglobina) Anamnese, exame físico, exames laboratoriais, BPN (peptídeo natriurético cerebral), RX de tórax (excluir causas pulmonares), ECG, cateterismo, teste ergométrico, teste/ estresse farmacológico Cintilografia miocárdica, AngioTC de coronárias são exames que podem ser feitos, mas em pacientes de baixo risco TRATAMENTO Medicamentoso: AAS, Nitratos/ Nitroglicera (terapia antianginosa), antiplaquetários (Clopidogrel, Aspirina), anticoagulantes (HNF ou HBPM), iECA, BB, estatinas Terapia de reperfusão: angiografia é feita após 24-48h (estáveis) ou imediatamente (instáveis) no IAMSSST, pode ser feito fibrinolítico (IAMCSST), - Angioplastia - 90min (tempo porta-balão). Se não for possível, fazer terapia fibrinolítica. Nesse caso, fazer HBPM e não HNF MONABICHA: tratamento - M: Morfina*** - O: O2 suplementar - N: Nitrato*** - A: AAS 300mg SL - B: BB - I: iECA/ BRA nas primeiras 24h - C: Clopidogrel 300mg/ Ticagrelor 180mg - H: Heparinização (HNF) - A: Atorvastatina/ alta potência em 24h ***Não fazer se infarto de VD (parede anterior) = descartar essa hipótese com ECG de V3R e V4R (espelho de infra em V1 e V2) ou supra em D2, D3, aVF, ou V5 e V6 Medicamentoso: AAS, Nitratos/ Nitroglicera (terapia antianginosa), antiplaquetários (Clopidogrel, Aspirina), anticoagulantes (HNF ou HBPM), iECA, BB, estatinas Terapia de reperfusão: angiografia é feita após 24-48h (estáveis) ou imediatamente (instáveis), considerar CRM Não farmacológico: TNM e MEV, redução dos fatores de risco Farmacológico: pode ser feito com AAS, estatinas, BB (1˚ linha), Nitratos, BCC, iECA, Ivabradina, Trimetazidina, Alopurinol - AAS e estatinas: reduzem mortalidade - Nitratos: melhoram a sintomatologia (ação rápida e curta) - Trimetazidina: atua no metabolismo - Ivabradina: diminui a FC (paciente precisa ter ritmo sinusal para usar) DOR TORÁCICA � Isa Castilho - T6 COMPLICAÇÃO Arritmias ventriculares, arritmias supraventriculares, ICC, choque cardiogênico (PA sistólica < 80mmHg + sinais de hipoperfusão periférica e refratariedade ao volume), complicações isquêmicas RISCO Estratificação de risco pode ser feita pela escala de TIMI e de Braunwald MANEJO IAM SSST ATENDIMENTO SÍNDROME CORONARIANA AGUDA ANGINA INSTÁVEL ANGINA ESTÁVELDOR TORÁCICA � � Isa Castilho - T6 MANEJO IAM CSST SÍNDROME CORONARIANA AGUDA ANGINA INSTÁVEL ANGINA ESTÁVELDOR TORÁCICA � � Isa Castilho - T6 ABDOME AGUDO DEFINIÇÃO É uma síndrome clínica caracterizada por dor na região abdominal, não traumática, súbita e de intensidade variável associada ou não a outros sintomas e que necessita de diagnóstico e conduta terapêutica imediata, cirúrgica ou não. Se divide em abdome agudo inflamatório, perfurativo, obstrutivo, hemorrágico e vascular/ isquêmico ABDOME AGUDO � � ANGINA ESTÁVEL ANGINA INSTÁVEL Previsível Imprevisível Desencadeada por esforço, estresse, emocional, frio, drogas Dor se inicia com pouco ou nenhum esforço Dura 2-10min Dura > 20min Melhora com repouso ou Nitratos Não melhora com repouso, mas melhora com Nitrato CLASSIFICAÇÃO DE KILLIP - Killip I: sem congestão pulmonar (mortalidade 6%) = sem sinais de IC - Killip II: B3 e estertores pulmonares em 1/3 do pulmão = IC discreta - Killip III: EAP - Killip IV: choque cardiogênico (mortalidade 81%) CLASSIFICAÇÃO DA DOR TORÁCICA - Tipo A: definitivamente anginosa - Tipo B: provavelmente anginosa - Tipo C: provavelmente não anginosa - Tipo D: definitivamente não anginosa Isa Castilho - T6 ETIOLOGIAS ÚLCERA GÁSTRICA Dor epigástrica (abdome superior), dor noturna, melena (bem escuro), hematêmese. Piora com alimentação (dor não passa com alimento por causa da fase cefálica que estimula produção de HCl) Complicações: perfuração, hemorragia digestiva, pneumoperitônio e peritonite (extravasamento de HCl, pode ser causado por perfuração) ÚLCERA DUODENAL Dor abdominal. Melhora com alimentação (alimentos servem como substâncias “neutralizantes” —> dor tipo “fome" em 3 tempos = dói-come-passa) COLANGITE Ausência de sinais de inflamação peritoneal, icterícia Tríade de Charcot: dor abdominal biliar + icterícia + febre, com calafrios intermitentes Pêntade de Reynold (colangite tóxica): tríade de Charcot (dor abdominal biliar + icterícia + febre) + alterações no SNC (confusão, letargia, delírio) + choque distributivo (hipotensão) —> choque séptico (Colangite supurativa = pêntade + sepse) Colangite supurativa: sepse COLECISTITE AGUDA Dor persistente no QSD (mais que 6h), dor irradiada para dorso, dor referida na região subescapular direita. Murphy +, massa palpável COLELITÍASE Dor contínua (dor biliar - dura menos que 6h), dor epigástrica ou no QSD, que corre após uma refeição, dor irradiada para escápula ABDOME AGUDO � � � Isa Castilho - T6 *Colangite: tríade de Charcot = febre + dor abdominal (HD)+ icterícia/ pêntade de Reynaud: tríade + choque circulatório + confusão mental. Tratar com ATB (Ceftriaxona + Metronidazol) + diagnóstico/ tratamento com CPRE PANCREATITE Dor súbita em faixa (irradiada para as costas), paciente curvado para frente (posição antálgica, prece maometana), náusea, vômito, febre, sudorese, contratura muscular. Hiperglicemia (não faz DM), sinal da alça Sentinela no RX de abdome Complicações: choque distributivo (séptico - SIRS, síndrome da resposta inflamatória sistêmica), choque hemorrágico Exame físico: - Sinal de Cullen: equimose periumbilical (hemorragia retroperitoneal) - Sinal de Gray-Turner: equimose em flancos (hemorragia retroperitoneal) - Sinal de FOX: equimose na base do pênis - Paniculite: espessamento da gordura abdominal (necrose da gordura subcutânea) APENDICITE Principal Causa De Abdome Agudo Cirúurgico. Mais Comum Em Jovens. Dor Abdominal Em Cólica, Periumbilical Se Desloca Para Fossa Ilíaca Direita. Pode Haver Febre Baixa, Anorexia E Diarreia. Sinal De Blumberg Positivo. Sinal Do Psoas, Sinal Do Obturador E Sinal De Rosvig Podem Estar Presentes. GRAVIDEZ ECTÓPICA Principal diagnóstico diferencial em mulheres em idade fértil= sempre fazer b-HCG. Dor pélvica, amenorreia, sangramento vaginal. Toque vaginal com amolecimento do colo, discreto aumento uterino, dor e possível massa anexial. Tratamento clínico com Metotrexato ou cirúrgico com salpingostomia ou Salpingectomia DIP Na maioria dos casos é assintomárica. Quando sintomática, causa dor pélvica, corrimento mucopurulento, dispareunia e febre (>38˚C). Agentes mais comuns: Neisseria ghonorreae, Chlamydia trachomatis. Tratamento com Ceftriaxona ABDOME AGUDO CIRROSE HEPÁTICA DEFINIÇÃO Processo patológico irreversível do parênquima hepático, acometendo todo o órgão, causando rearranjo da arquitetura lobular e nódulos de regeneração, que acabam gerando graves danos funcionais EPIDEMIOLOGIA Mais comum em homens, vem aumentando (principalmente pela hepatite C) FISIOPATOLOGIA Lesão causa ativação nas células de Kupffer e das células estreladas/ Ito —> deposição de matriz cicatricial (colágeno) no Espaço de Disse + liberação de citocinas, perda das vilosidades, perda das fenestrações e arranjo desordenado. Fígado se contrai e há hiperplasia Causas: álcool, hepatite C, drogas (Amiodarona, Metildopa, MTX), doença de Wilson, esteado-hepatite não alcoólica (doença hepática gordurosa não alcoólica), cirrose criptogênica (idipática —> quando todas as outras causas forem afastadas) Fases: esteatose (reversível) —> fibrose (irreversível) —> cirrose - Fases da fibrose: fibrose em ponte (deposição de colágeno, capitalização dos sinusoides, necrose dos hepatócitos) —> shunt intra-hepático (sangue vai diretopara o espaço porta) —> alternância entre necrose e regeneração celular —> nódulos de regeneração (massa de hepatócitos sem função) QUADRO CLÍNICO Compensada: ascite, varizes Descompensada: encefalopatia, icterícia Hiperestrogenismo/ hipoandrogenismo (telangectasias, eritema palmar, ginecomastia), hipertensão portal (ascite, varizes esofágicas, podendo causar sangramento digestivo), insuficiência hepatocelular (doença avançada, icterícia, encefalopatia hepática, hipoalbuminemia, anasarca), redução do lobo hepático direito + aumento do lado esquerdo (palpável no gradio costal, consistência endurecida, superfície nodular), esplenomegalia, Flapping (Asterix - fazer hiperextensão da mão e ela volta) ESTADIAMENTO Child-Turcott: índice preditivo de sobrevida do paciente cirrótico, determina prognóstico. Leva em conta ascite, bilirrubina, albumina, tempo de protrombina e encefalopatia - Grau A: 5-6 pontos. Cirrose compensada, sobrevida de 100-85% - Grau B: 7-9 pontos. Dano funcional significativo, sobrevida de 80-60% - Grau C: 10-15 pontos. Cirrose descompensada, 45-35% = fazer paracentese diagnóstica DIAGNÓSTICO Laboratorial: - Aminotransferases (TGO e TGP/ AST e ALT): na cirrose instalada, TGO > TGP (AST > ALT) - FA e GGT: muito elevadas - Bilirrubinas: elevadas, às custas da direta - Albumina: hipoalbuminemia - Fatores de coagulação: tempo de protrombina aumentado (coagulopatia, tendência hemorrágica) US: alargamento de veia porta, parênquima alterado, redução volumétrica direita e aumento do lado esquerdo, esplenomegalia, ascite Elastografia fibroscan: mede a elasticidade do fígado Biópsia: padrão-ouro, embora nem sempre seja necessária. Identificação de fibrose em ponte + nódulos de regeneração (confirmam a presença da cirrose). Para identificar se é fibrose ou cirrose = classificação de Metavir: - F0: sem fibrose - F1: sem septos - F2: raros septos - F3: vários septos, sem cirrose - F4: paciente com cirrose CIRROSE HEPÁTICA Isa Castilho - T6 TRATAMENTO Clínico/ medicamentoso: considerada condição irreversível, fazer manejo das complicações - Tratamento específico da causa - Terapia antifibrótica: Colchicina - Terapia nutricional: suplementos nutricionais, vitaminas. Não precisa reduzir ingestão de gorduras - Vacinas: hepatite A e B CIRROSE HEPÁTICACIRROSE HEPÁTICA HIPERTENSÃO PORTAL ENCEFALOPATIA HEPÁTICA SÍNDROME HEPATORRENAL (SHR) PBE ASCITE DEFINIÇÃO Pressão na veia porta > 10mmHg ou gradiente de pressão venosa hepática (HVPG) > 5mmHg Síndrome neuropsiquiatrica potencialmente reversível, surge na hepatopatia crônica avançada ou insuficiência hepática aguda Insuficiência renal funcional não acompanhada de alterações histopatológicas renais Infecção da ascite que surge na ausência de uma fonte contígua de contaminação Derrame de líquido na cavidade peritoneal QUADRO CLÍNICO Hiperesplenismo antes da esplenomegalia (hiperfunção - não necessariamente aumento), esplenomegalia congestiva (aumento de tamanho), circulação colateral visível no abdome (“cabeça de medusa”), ascite, trmbocitopenia (= plaquetopenia. Fígado hiperfuncionante degrada mais hemácias) Exame físico: hepatimetria (hepatomegalia), Schuster (esplenomegalia) Grau 1, mínima, subclínica: confusão leve, euforia/ depressão, perda de atenção, inversão do ciclo sono- vigília, incoordenação motora, tremor leve. Alteração neuropsiquiátrica leve Grau 2, aguda esporádiga, desencadeada por fatores precipitantes: letargia, alteração de personalidade, desorientação, flapping leve, disartria Grau 3, crônica: sonolência, não realiza tarefas mentaris, desorientação, hiperrreflexia, rigidez muscular, flapping Grau 4, associada à insuficiência hepática fulminante: coma, perda de reflexos e respostas, edema cerebral Tipo 1: rápida progressão da insuficiência renal (< 2 semanas), falência renal, oligúria. Creatinina mais alta Tipo 2: evolução insidiosa, deteriorização moderada, sustentação da função renal, pode ficar estável por um tempo, tem prognóstico melhor e pode ter ascite refratária Febre (38˚), estado mental alterado (encefalopatia), dor à palpação abdominal, diarreia, peritonite. Pode ser assintomática Abdome globoso (avental, batráquio), cicatriz umbilical alterada, circulação colateral abdominal (“cabeça de medusa”), dispneia (compressão do diafragma) Classificação: -Estágio 1: leve, detectável apenas na US -Estágio 2: moderada, distensão abdominal -Estágio 3: grande ascite, grande distensão TRATAMENTO Cirúrgico: descompressão das varizes - TIPS: categorizar uma veia da porta e fazer um shunt guiado por US - Shunt descompressivo - Transplante Medicamentoso: beta- adrenérgicos, vasopressina, somatostatina. Diminuem o fluxo sanguíneo portal Clínico: identificar/ corrigir fatores precipitantes, melhora dos hábitos de vida, restringir proteínas, usar lactulose, ATB (diminuir a flora bacteriana intestinal) Clínico: repouso, retirada de agentes nefrotóxicos, parecentese de alívio - Medicamentoso: vasoconstrição com Terlipressina + expansão de volume com albumina. Pode ser feita prova com albumina (se coloca e não melhora = é SHR) Transplante hepático: único que aumenta sobrevida, tratamento de escolha *Suspender diurético + infusão com albumina Clínico: antibioticoterapia - Cefalosporina 3˚ geração + expansão plasmática com Albumina Transplante hepático: tratamento permanente Profilaxia secundária: paciente com PBE prévia devem fazer —> Norfloxacino, Ciprofloxacino, sulfametoxazol- trimetoprim, até o desaparecimento da ascite *Hemorragia = profilaxia primária *PBE = tratar + profilaxia secundária -Estágio 1: sem tratamento -Estágio 2: restrição salina + diuréticos (Espironolactona, Furosemida) -Estágio 3: paracentese de grande volume + restrição salina + diuréticos *Ascite refratária: paracentese de grande volume (5-15L) + colocar Albumina (coloide)
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