Fisiologia Cardíaca 2

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Luísa Mafra
GT 2 - Hemorragia e Choque
Grupo Tutorial 2
O controle nervoso da circulação é feito quase inteiramente por meio
do sistema nervoso autônomo. Mas, o sistema nervoso parassimpático
tem contribuição importante na regulação da função cardíaca.
Sistema nervoso simpático
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Inervação Simpática Dos Vasos Sanguíneos
Todos os vasos são inervados, exceto os capilares.
Os Esfíncteres pré-capilares e metarteríolas são inervados em alguns
tecidos.
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- A inervação das pequenas artérias e arteríolas permite a estimulação
simpática para aumentar a resistência ao fluxo sanguíneo e, portanto,
diminuir a velocidade do fluxo pelos tecidos.
- A inervação dos vasos maiores, em particular das veias, torna possível
a estimulação simpática diminuir o seu volume. Essa diminuição do
volume pode impulsionar o sangue para o coração e, assim, ter um
papel importante na regulação do bombeamento cardíaco.
Distribuição das fibras nervosas simpáticas para os vasos sanguíneos:
Estimulação Simpática Aumenta A FC e a Contratilidade
As fibras simpáticas também se dirigem diretamente para o coração.
A estimulação simpática aumenta, acentuadamente, a atividade
cardíaca, tanto pelo aumento da FC, quanto pelo aumento da força e
do volume de seu bombeamento.
Estimulação parassimpática reduz a FC e a Contratilidade
Seu efeito circulatório mais importante é o controle da FC pelas fibras
nervosas parassimpáticas para o coração nos nervos vagos.
Essa estimulação provoca acentuada diminuição da frequência
cardíaca e redução ligeira da contratilidade do músculo cardíaco.
Sistema vasoconstritor simpático
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Os nervos simpáticos contêm inúmeras fibras nervosas
vasoconstritoras e apenas algumas vasodilatadoras. O efeito
vasoconstritor é intenso nos rins, nos intestinos, no baço e na pele.
Centro vasomotor no cérebro e seu controle do sistema vasoconstritor
O centro vasomotor está situado no bulbo, e transmite impulsos
parassimpáticos por meio dos nervos vagos até o coração, e impulsos
simpáticos, pela medula espinal e nervos simpáticos periféricos para
todas as artérias, arteríolas e veias do corpo.
Centro vasomotor: Está situado no bulbo. Esse centro transmite:
- Impulsos parassimpáticos, por meio do nervo vago, até o coração.
- Impulsos simpáticos, pela medula espinhal e pelos nervos simpáticos
periférico para as artérias, arteríolas e veias do corpo.
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1. Área vasoconstritora bilateral, situada nas partes anteriores do
bulbo superior. Os neurônios que se originam dessa área
distribuem suas fibras por todos os níveis da medula espinal,
onde excitam os neurônios vasoconstritores pré-ganglionares do
SNS.
2. Área vasodilatadora bilateral, situada nas partes anterolaterais
da metade do bulbo. Causam vasodilatação.
3. Área sensorial bilateral, situada no nucelo do trato solitário. Os
neurônios recebem sinais sensoriais do sistema circulatório, por
meio dos nervos vago e glossofaríngeo, e seus sinais controlam o
reflexo de muitas funções circulatórias. Ex.: barorreceptor.
Constrição parcial contínua dos vasos sanguíneos
Em condições normais, a área vasoconstritora do centro vasomotor
transmite continuamente sinais para as fibras nervosas
vasoconstritoras simpáticas em todo o corpo, provocando a
despolarização repetitiva dessas fibras. Essa despolarização contínua
é referida como tônus vasoconstritor simpático. Esses impulsos
normalmente mantêm o estado parcial de contração dos vasos
sanguíneos, chamado tônus vasomotor.
Controle da atividade cardíaca pelo centro vasomotor
O centro vasomotor controla a constrição vascular e a atividade
cardíaca, assim, ele pode aumentar ou diminuir a atividade cardíaca e
a contratilidade.
As porções laterais transmitem impulsos excitatórios por meio das
fibras nervosas simpáticas para o coração, quando quer elevar a FC e
a contratilidade.
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Para reduzir o bombeamento cardíaco, a porção medial envia sinais
para os nucelos dorsais dos nervos vagos adjacentes, que envia
impulsos parassimpáticos para o coração.
A frequência e a força da contração cardíaca aumentam quando
ocorre vasoconstrição e diminuem quando esta é inibida.
Controle do centro vasomotor por centros nervosos superiores
Um grande número de pequenos neurônios situados ao longo da
ponte, mesencéfalo e diencéfalo pode excitar ou inibir o centro
vasomotor.
O hipotálamo, assim como o córtex cerebral, pode exercer potentes
efeitos excitatórios ou inibitórios sobre o centro vasomotor.
- porção posterolaterias: causam excitação
- porção anterior: causam excitação ou inibição leves.
O córtex cerebral também pode excitar ou inibir o centro vasomotor.
Vasoconstritor: Os impulsos nervosos são transmitidos para os vasos
provocando a secreção pelas medulas adrenais de EPINEFRINA E
NOREPINEFRINA no sangue. Esses dois hormônios agem como
vasoconstritores.
A NOREPINEFRINA OU NORADRENALINA é a principal substância
hormonal vasoconstritora secretada pelas terminações nervosas
vasoconstritoras simpáticas em todo o corpo. Ela age diretamente
sobre os receptores alfa-adrenérgicos da musculatura vascular lisa,
causando vasoconstrição.
Vasodilatador: OXIDO NÍTRICO: As células endoteliais que revestem as
arteríolas e as pequenas artérias sintetizam substancias que podem
relaxar ou contrair a parede arterial. Por estímulo parassimpático,
através da acetilcolina, as células endoteliais produzem óxido nítrico
que é um vasodilatador que provoca o relaxamento muscular, e ajuda a
controlar a pressão arterial. ACETILCOLINA.
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Sistema nervoso no controle rápido da pressão arterial
Ocorrem em um só tempo três alterações, ajudando a elevar a pressão
arterial:
1. Quase todas as arteríolas da circulação sistêmica se contraem, o
que aumenta a resistência periférica total, aumentando a
pressão arterial.
2. As veias se contraem fortemente, o que desloca sangue para fora
dos grandes vasos periféricos, em direção ao coração
aumentando o volume nas câmaras cardíacas. O estiramento do
coração então aumenta a força dos batimentos, bombeando
mais sangue.
3. O coração é estimulado pelo SNA, aumentando o bombeamento
cardíaco.
Aumento da pressão arterial durante o exercício muscular e outras
formas de estresse
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Durante o exercício intenso, os músculos requerem um fluxo sanguíneo
aumentado, resultando na vasodilatação local, causando aumento na
pressão arterial. (excesso de pressão arterial, que pode suprir
imediatamente o fluxo sanguíneo, para os músculos do corpo que
precisem responder, de forma instantânea, para fugir de algum perigo).
Obs.: Reação de alarme: medo extremo = a pressão arterial aumenta
para suprir o fluxo sanguíneo que os músculos podem precisar parar
gerar uma resposta.
Mecanismos reflexos para a manutenção da pressão arterial normal
Aalém do exercício e do estresse, para elevar a PA existem outros
mecanismos de controle, que operam simultaneamente para manter
valores normais. Quase todos são mecanismos reflexos de feedback
negativo.
1. Reflexos Barorreceptores
É desencadeado por receptores de estiramento, referidos como
barorreceptores ou pressorreceptores. O aumento da pressão arterial
estira os barorreceptores, fazendo com que transmitam sinais para o
SNC. Sinais de feedback são então, enviados de volta pelo SNA para a
circulação, reduzindo a pressão arterial até o nível normal.
Anatomia dos barorreceptores: São terminações nervosas do tipo em
buquê localizadas nas paredes das artérias; são estimuladas pelo
estiramento.
Localização: Os barorreceptores estão presentes no seio carotídeo e
no arco aórtico.
Seio carotídeo: Estimulados por pressões entre 60-180 mmHg. O sinal é
transmitido pelos nervos de Hering para os nervos glossofaríngeos, e
depois para o trato solitário do bulbo.ç
Arco aórtico: Estimulados por níveis de pressão cerca de30 mmHg mais
elevados que os do seio carotídeo. O sinal é transmitido pelos nervos
vagos e depois para o trato solitário do bulbo.
Ação dos barorreceptores: Depois que os sinais dos barorreceptores
chegaram ao trato solitário do bulbo, sinais secundários inibem o
centro vasoconstritor bulbar e excitam o centro parassimpático vagal.
Os efeitos finais são a vasodilatação das veias e das arteríolas e a
diminuição da frequência cardíaca. Desse modo, há diminuição reflexa
da PA, devido a menor resistência periférica e redução do débito
cardíaco.
Resposta à PA: os barorreceptores do seio carotídeo não são
estimulados pelas pressões entre 0 e 50 a 600 mmHg. Ele funciona com
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maior eficácia na faixa de pressão em que ele é mais necessário. De
fato, a frequência dos impulsos aumenta em fração de segundo
durante a cada sístole e diminui novamente ao longo da diástole.
Respondem com maior rapidez as variações em media de 150 mmHg.
Variações de pressão durante alterações da postura corporal:
imediatamente após a mudança de posição (pessoa deitada que fica
em pé), a PA na cabeça e na parte superior do corpo tende a diminuir.
Contudo, a queda da PA causa reflexo imediato, resultando em forte
descarga simpática em todo o corpo, o que minimiza a queda da
pressão na cabeça e na parte superior do corpo.
Em outras palavras, a pessoa quando levanta rapidamente da cama e
sentiu seu coração bater acelerado e percebeu escurecimento da visão
após alguns segundos ao adotar a posição ortostática, deu-se devido
a ação da gravidade que dificulta o retorno venoso para que o sangue
pudesse ser espalhado pelo corpo. Dessa forma, o coração acelerou
visando compensar a dificuldade do retorno venoso. Ademais, o
escurecimento da visão deve-se a diminuição do fluxo de sangue para
a cabeça no momento em que ela ficou de pé.
Luísa Mafra
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Função de tamponamento pressórico: Como o sistema dos
barorreceptores se opõe aos aumentos ou diminuições da pressão
arterial, ele é chamado sistema de tamponamento pressórico, e os
nervos dos barorreceptores são chamados nervos tampões. Isso fica
evidente ao observarmos a faixa de variação de pressão para as mais
variadas situações quando os barorreceptores estão funcionando
normalmente (85-115 mmHg), e quando há desnervação dos
barorreceptores (50-160 mmHg).
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2. Reflexos Quimiorreceptores
Os quimiorreceptores são células sensíveis à falta de oxigênio e ao
excesso de dióxido de carbono e de íons hidrogênio. Os
quimiorreceptores excitam fibras nervosas que, juntamente com as
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fibras barorreceptoras, passam pelos nervos de Henrig e nervos vagos,
dirigindo para o centro vasomotor, excitando-o para o aumento da
pressão arterial (80mmhg).
↓ O2, ↑ CO2, ↑H+
Localização: Possuem a mesma localização que os barorreceptores. Os
barorreceptores estão presentes no seio carotídeo e no arco aórtico.
- átrio, ventrículo e artérias pulmonares.
3. Resposta Isquêmica Do Snc
A maior parte do controle nervoso da pressão sanguínea é realizada
por reflexos que se originam nos barorreceptores, nos
quimiorreceptores e nos receptores de baixa pressão situados na
circulação periférica. Quando o fluxo cerebral diminui os neurônios
vasoconstritores responde de modo direito a isquemia cerebral
(deficiência cerebral) – ex.: acidente grave, tornando-se fortemente
excitados, elevando a pressão arterial a níveis máximos.
Ela só é significativa se a PA cair abaixo do normal, até níveis de 60
mmHg ou menos, atingindo seu maior grau de estimulação sob
pressões de 15 a 20 mmHg.
É um sistema de emergência, “última cartada”, que age muito rápida e
intensamente para impedir maior diminuição da PA, quando o fluxo
sanguíneo cerebral diminui até valor muito próximo do nível letal.
Exercícios NED
1. Assinale a alternativa que corresponde corretamente aos
números da figura. Você deverá ser capaz de explicar essa figura
em seu GT.
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1- Centro vasomotor/ 2- vasos sanguíneos/ 3- nervos
parassimpátivos/ 4- coração/ 5- nervo vago/ 6- área
vasodilatadora bilateral/ 7- área cardioinibidora/ 8- área
vasoconstritora bilateral.
2. A figura a seguir trata da anatomia fisiológica do sistema
Barorreceptor. Assinale a alternativa que corresponde
corretamente aos números da figura. Você e seus colegas deverão
ser capazes de explicar essa figura em seu grupo tutorial,
detalhando o percurso dos sinais aferentes e eferentes enviados.
1- Nervo vago/ 2- nervo glossofaríngeo/ 3- artéria carótida
interna/ 4- artéria carótida externa/ 5- seio carotídeo/ 6- arco
aórtico/ 7- artéria carótida/ 8- Nervo vago/ 9- Barorreceptores
aórticos.
3. Sobre os quimiorreceptores, assinale a afirmativa correta.
Os quimiorreceptores são ativados pelo baixo nível de O2 e
excesso de CO2 e H+.
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4. Em relação a resposta isquêmica, é correto afirmar que:
é iniciada após isquemia cerebral e induz potente vasoconstrição total.
5. Assinale a alternativa que descreve a ordem correta das lacunas
de acordo com os níveis pressóricos atuantes dos diferentes tipos
de controle rápido da PA.
Os barorreceptores são estimulados apenas por pressões acima
de_________, atingindo o ponto máximo de ativação em torno
de__________. Por outro lado, os quimiorreceptores atuam em
pressões mais baixas, sendo efetivos em pressões abaixo
de________, evitando quedas ainda maiores de pressão. Em relação
à resposta isquêmica, esta será importante apenas quando a PA
reduz a níveis críticos, atuando de ________ ou menos.
60mmHg/ 180mmHg/ 80mmHg/ 60mmHg.