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História- QUESTÕES DIVERSAS

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NUCE | Concursos Públicos www.nuceconcursos.com.br 
 
1 
 
 
HHIISSTTÓÓRRIIAA 
 
1. Dentre as características gerais do período 
pré-colonizador destaca-se 
a) o grande interesse pela terra, pois as 
comunidades primitivas do nosso litoral 
produziam excedentes comercializados pela 
burguesia mercantil portuguesa. 
b) o extermínio de tribos e a escravização dos 
nativos, efeitos diretos da ocupação com base na 
grande lavoura. 
c) a montagem de estabelecimentos provisórios em 
diferentes pontos da costa, onde eram 
amontoadas as toras de pau-brasil, para serem 
enviadas à Europa. 
d) a distribuição de lotes de terras a fidalgos e 
funcionários do Estado português, copiando-se a 
experiência realizada em ilhas do Atlântico. 
e) a implantação da agromanufatura açucareira, 
iniciada com construção do Engenho do Senhor 
Governador, em 1533, em São Vicente. 
 
2. Responder à questão sobre o período pré-
colonial brasileiro, com base no texto a 
seguir: 
 
 "... Da primeira vez que viestes aqui, vós o 
fizestes somente para traficar. (...) Não 
recusáveis tomar nossas filhas e nós nos 
julgávamos felizes quando elas tinham filhos. 
Nessa época, não faláveis em aqui vos fixar. 
Apenas vos contentáveis com visitar-nos 
uma vez por ano, permanecendo, entre nós, 
somente durante quatro ou cinco luas 
[meses]. Regressáveis então ao vosso país, 
levando os nossos gêneros para trocá-los 
com aquilo que carecíamos." 
 (MAESTRI, Mário. "Terra do Brasil: a 
conquista lusitana e o genocídio tupinambá". 
São Paulo: Moderna, 1993, p.86) 
 
O texto anterior faz alusão ao comércio que 
marcou o período pré-colonial brasileiro 
conhecido por 
a) mita. b) escambo. 
c) encomienda. d) mercantilismo. 
e) corvéia. 
 
3. Os textos referem-se à integração do índio à 
chamada civilização brasileira. 
I. “Mais uma vez, nós, os povos indígenas, somos 
vítimas de um pensamento que separa e que 
tenta nos eliminar cultural, social e até 
fisicamente. A justificativa é a de que somos 
apenas 250 mil pessoas e o Brasil não pode 
suportar esse ônus.(6) É preciso congelar essas 
idéias colonizadoras, porque elas são irreais e 
hipócritas e também genocidas.(6) Nós, índios, 
queremos falar, mas queremos ser escutados na 
nossa língua, nos nossos costumes.” 
 
Marcos Terena, presidente do Comitê Intertribal 
Articulador dos Direitos Indígenas na ONU e 
fundador das Nações Indígenas, Folha de S. Paulo, 
31 de agosto de 1994. 
 
 
 
II. “O Brasil não terá índios no final do século XXI 
(6) E por que isso? Pela razão muito simples 
que consiste no fato de o índio brasileiro não ser 
distinto das demais comunidades primitivas que 
existiram no mundo. A história não é outra coisa 
senão um processo civilizatório, que conduz o 
homem, por conta própria ou por difusão da 
cultura, a passar do paleolítico ao neolítico e do 
neolítico a um estágio civilizatório.” 
Hélio Jaguaribe, cientista político, Folha de S. 
Paulo, 2 de setembro de 1994. 
 
Pode-se afirmar, segundo os textos, que 
a) Tanto Terena quanto Jaguaribe propõem idéias 
inadequadas, pois o primeiro deseja a 
aculturação feita pela “civilização branca”, e o 
segundo, o confinamento de tribos. 
b) Terena quer transformar o Brasil numa terra só 
de índios, pois pretende mudar até mesmo a 
língua do país, enquanto a idéia de Jaguaribe é 
anticonstitucional, pois fere o direito à identidade 
cultural dos índios. 
c) Terena compreende que a melhor solução é que 
os brancos aprendam a língua tupi para entender 
melhor o que dizem os índios. Jaguaribe é de 
opinião que, até o final do século XXI, seja feita 
uma limpeza étnica no Brasil. 
d) Terena defende que a sociedade brasileira deve 
respeitar a cultura dos índios e Jaguaribe 
acredita na inevitabilidade do processo de 
aculturação dos índios e de sua incorporação à 
sociedade brasileira. 
e) Terena propõe que a integração indígena deve 
ser lenta, gradativa e progressiva, e Jaguaribe 
propõe que essa integração resulte de decisão 
autônoma das comunidades indígenas. 
 
4. Pero Vaz de Caminha, em sua carta ao rei D. 
Manoel, ressaltava que a salvação dos índios 
era a mais imediata contribuição à terra. 
Algumas décadas depois, o ensino colonial 
desenvolvia-se fortemente influenciado pela 
cultura religiosa do colonizador. Sobre os 
primeiros educadores da fase colonial, é 
correto afirmar que eles: 
a) Conseguiram dissociar a evangelização do 
processo colonizador luso-brasileiro. 
b) Permaneceram alheios ou indiferentes aos 
abusos praticados pelos senhores de escravos. 
c) Presos às ideias etnocêntricas europeias, 
ignoraram as línguas indígenas. 
d) Pretenderam espalhar a fé, tomando novos 
súditos tementes a Deus e obedientes ao rei. 
e) Tinham por objetivo promover à Igreja Católica, 
mantendo intacta a cultura indígena. 
 
5. Sobre a organização econômica, social e po-
lítica das comunidades indígenas brasileiras, 
no período inicial da conquista do território 
pelos portugueses, é correto afirmar: 
I. Os nativos viviam em regime de comunidade 
primitiva, em que a terra era de propriedade 
privada dos casais e os instrumentos de trabalho 
eram de propriedade coletiva. 
 
 
 
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HHIISSTTÓÓRRIIAA 
 
II. A divisão das tarefas era por sexo e por idade; 
as mulheres cozinhavam, cuidavam das crian-
ças, plantavam e colhiam; os homens participa-
vam de atividades guerreiras, da caça, da pesca 
e da derrubada da floresta para fazer a lavoura. 
III. A sociedade era organizada em classes sociais, 
sendo o excedente da produção controlado pelos 
chefes das aldeias, responsáveis pela 
distribuição dos bens entre os indígenas. 
IV. Os indígenas brasileiros não praticavam o 
comércio pois tudo que produziam destinava-se 
à subsistência, realizando apenas trocas rituais 
de presentes. 
 
Está(ão) correta(s) 
a) apenas I e II. b) apenas I e III. 
c) apenas III. d) apenas IV. 
e) apenas II e IV. 
 
6. A chamada guerra dos bárbaros pode ser 
caracterizada: 
a) Pelos conflitos entre comerciantes portugueses 
do Recife e senhores de engenho de Olinda. 
b) Movimento liderado por Frei Caneca, importante 
panfleteiro político. 
c) As guerras entre índios e colonos pela ocupação 
do interior. 
d) Teve nos jornais Tífis Pernambucano e Sentinela 
da Liberdade sua maior representação. 
e) Foi um conflito que durou por anos. 
 
7. Qual dos fatores abaixo pode ser descrito 
como elemento econômico fundamental para 
o surgimento da guerra dos bárbaros? 
a) A expansão do gado e a necessidade de 
extensas terras para o pastio. 
b) A produção do açúcar e os terrenos de solo 
massapê. 
c) A escravização e mão de obra indígena. 
d) A cafeicultura e sua produção em latifúndio. 
e) A extração de metais preciosos. 
 
8. Teve entre os tapuias seus principais inimi-
gos. Os conflitos envolveram vários segmen-
tos sociais, inclusive os bandeirantes, na 
tentativa de acabar com a resistência proveni-
ente do interior. Suas batalhas estenderam-se 
pela segunda metade do século XVII e início 
do XVIII. A qual conflito o texto se refere? 
a) Revolução Pernambucana de 1817. 
b) Guerra dos Mascates. 
c) Insurreição pernambucana. 
d) Confederação do Equador. 
e) Guerra dos bárbaros. 
 
9. Por qual das opções abaixo não é possível 
identificar causas da resistência indígena aos 
colonizadores na guerra dos bárbaros? 
a) Conversão religiosa através das missões. 
b) Disputas por metais preciosos. 
c) Destruição de seus valores culturais. 
d) Expulsão dos seus territórios. 
e) Transformação em mão de obra escrava pelo 
colonizador. 
 
10. A produção de açúcar, no Brasil colonial: 
a) possibilitou o povoamento e a ocupação de todo 
o território nacional, enriquecendo grande parte 
da população. 
b)praticada por grandes, médios e pequenos 
lavradores, permitiu a formação de uma sólida 
classe média rural. 
c) consolidou no Nordeste uma economia baseada 
no latifundiário monocultor e escravocrata que 
atendia aos interesses do sistema português. 
d) desde o início garantiu o enriquecimento da 
região Sul do país e foi a base econômica de sua 
hegemonia na República. 
e) não exigindo muitos braços, desencorajou a 
importação de escravos, liberando capitais para 
atividades mais lucrativas. 
 
11. Constituíram importantes fatores para o 
sucesso da lavoura canavieira no início da 
colonização do Brasil: 
a) o domínio espanhol, que possibilitou o 
crescimento do mercado consumidor interno. 
b) o predomínio da mão-de-obra livre com técnicas 
avançadas. 
c) o financiamento, transporte e refinação nas mãos 
da Holanda e a produção a cargo de Portugal. 
d) a expulsão dos holandeses que trouxe a 
imediata recuperação dos mercados e ascensão 
econômica dos senhores de engenho. 
e) a estrutura fundiária, baseada na pequena 
propriedade voltada para o consumo interno. 
 
12. A organização da agromanufatura açucareira 
no Brasil Colônia está ligada ao sentido geral 
da colonização portuguesa, cuja dinâmica 
estava baseada na 
a) pesada carga de taxas e impostos sobre o 
trabalho livre, com o objetivo de isentar de 
tributos o trabalho escravo. 
b) unidade produtiva voltada para a mobilidade 
mercantil interna, ampliada pelo desenvolvimento 
de atividades artesanais, industriais e 
comerciais. 
c) estrutura de produção, que objetivava a 
urbanização e a criação de maior espaço para os 
homens livres da colônia. 
d) pequena empresa, que procurava viabilizar a 
produção açucareira apenas para o mercado 
interno. 
e) propriedade latifundiária escravista, para atender 
aos interesses da Metrópole Portuguesa de 
garantir a produção de açúcar em larga escala 
para o comércio externo. 
 
13. Para garantir a posse da terra Portugal 
decidiu colonizar o Brasil. Mas, para isso, 
seria preciso desenvolver uma atividade 
econômica lucrativa. A solução encontrada 
foi implantar em certos trechos do litoral: 
a) a produção açucareira 
b) a explorar o ouro 
c) a extração do pau-brasil 
d) a criação de gado 
e) o comercio de especiarias. 
 
 
 
 
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HHIISSTTÓÓRRIIAA 
 
14. Baseada no escambo e nas feitorias, e 
essencialmente predatória, foi: 
a) a economia extrativa do pau-brasil no pré-colonial 
b) a perseguição do braço escravo indígena, nos 
fins do século XVI brasileiro. 
c) a estrutura escravista no Brasil. 
d) ciclo da cana de açúcar em São Vicente, no 
século XVII. 
e) início do plantio do café, no litoral fluminense. 
 
15. Alguns historiadores afirmam que as conse-
quências do modelo de colonização adotado 
pelos portugueses para a exploração do 
Brasil são ainda muito perceptíveis (devas-
tação do meio ambiente, exploração do traba-
lhador rural, conflitos rurais, etc). Este mode-
lo é conhecido como plantation ou plantagem 
e suas principais características são: 
a) minifúndio, monocultura, mão-de-obra escrava; 
b) latifúndio, mão-de-obra assalariada, policultura; 
c) latifúndio, policultura, mão-de-obra escrava; 
d) latifúndio, mão-de-obra escrava, monocultura; 
e) latifúndio, trabalho assalariado, monocultura. 
 
16. Os africanos não escravizavam africanos, 
nem se reconheciam então como africanos. 
Eles se viam como membros de uma aldeia, 
de um conjunto de aldeias, de um reino e de 
um grupo que falava a mesma língua, tinha os 
mesmos costumes e adorava os mesmos 
deuses. (...) Quando um chefe (...) entregava a 
um navio europeu um grupo de cativos, não 
estava vendendo africanos nem negros, mas 
(...) uma gente que, por ser considerada por 
ele inimiga e bárbara, podia ser escravizada. 
(...) O comércio transatlântico (...) fazia parte 
de um processo de integração econômica do 
Atlântico, que envolvia a produção e a comer-
cialização, em grande escala, de açúcar, algo-
dão, tabaco, café e outros bens tropicais, um 
processo no qual a Europa entrava com o ca-
pital, as Américas com a terra e a África com 
o trabalho, isto é, com a mão de obra cativa. 
 (Alberto da Costa e Silva. A África explicada aos meus 
filhos, 2008. Adaptado.) 
 
Ao caracterizar a escravidão na África e a 
venda de escravos por africanos para 
europeus nos séculos XVI a XIX, o texto 
a) reconhece que a escravidão era uma instituição 
presente em todo o planeta e que a diferencia-
ção entre homens livres e homens escravos era 
definida pelas características raciais dos 
indivíduos. 
b) critica a interferência europeia nas disputas 
internas do continente africano e demonstra a 
rejeição do comércio escravagista pelos líderes 
dos reinos e aldeias então existentes na África. 
c) diferencia a escravidão que havia na África da 
que existia na Europa ou nas colônias américa-
nas, a partir da constatação da heterogeneidade 
do continente africano e dos povos que lá viviam. 
d) afirma que a presença europeia na África e na 
América provocou profundas mudanças nas 
relações entre os povos nativos desses continen-
tes e permitiu maior integração e colaboração 
interna. 
e) considera que os únicos responsáveis pela 
escravização de africanos foram os próprios 
africanos, que aproveitaram as disputas tribais 
para obter ganhos financeiros. 
 
17. Sobre o emprego da mão de obra escrava no 
Brasil colonial, é possível afirmar que 
a) apenas africanos foram escravizados, porque a 
Igreja Católica impedia a escravização dos índios. 
b) as chamadas “guerras justas” dos portugueses 
contra tribos rebeldes legitimavam a escraviza-
ção de índios. 
c) interesses ligados ao tráfico negreiro controlado 
pelos holandeses forçavam a escravização do 
africano. 
d) os engenhos de açúcar do Nordeste brasileiro em-
pregavam exclusivamente indígenas escravizados. 
e) apenas indígenas eram escravizados nas áreas em 
que a pecuária e o extrativismo predominavam. 
 
18. Por aproximadamente três séculos, as rela-
ções de produção escravistas predominaram 
no Brasil, em especial nas áreas de plantation 
e de mineração. Sobre este sistema 
escravista, é correto afirmar que: 
a) impediu as negociações entre escravos e 
senhores, daí o grande número de fugas. 
b) favoreceu ao longo dos anos a acumulação de 
capital em razão do tráfico negreiro 
c) possibilitou a cristianização dos escravos, 
fazendo desaparecer as culturas africanas. 
d) foi combatido por inúmeras revoltas escravas, 
como a dos Malês e a do Contestado. 
e) foi alimentado pelo fluxo contínuo de mão de 
obra africana até o momento de sua extinção em 
1822. 
 
19. "O primeiro grupo social utilizado pelos 
portugueses como escravo foi o das comu-
nidades indígenas encontradas no Brasil. A 
lógica era simples: os índios estavam 
localizados junto ao litoral, e o custo inicial 
era pequeno, se comparado ao trabalhador 
originário de Portugal. (...) No entanto, 
rapidamente ocorreu um declínio no emprego 
do trabalhador indígena." 
(Rubim Santos Leão de Aquino et alii, "Sociedade brasileira: 
uma história através dos movimentos sociais") 
 
O declínio a que o texto se refere e o avanço 
da exploração do trabalhador escravo 
africano podem ser explicados: 
a) pelo prejuízo que a escravização indígena 
gerava para os senhores de engenho que tinham 
a obrigação da catequese; pela impossibilidade 
de a Coroa portuguesa cobrar tributos nos 
negócios envolvendo os nativos da colônia; pela 
presença de uma pequena comunidade indígena 
nas regiões produtoras de açúcar. 
b) pela forte oposição dos jesuítas à escravização 
indiscriminada dos índios; pelo lucro da Coroa 
portuguesa e dos traficantes com o comércio de 
africanos; pela necessidade de fornecimento 
regular de mão de obra para a atividade 
açucareira, em franca expansão napassagem do 
século XVI ao XVII. 
 
 
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HHIISSTTÓÓRRIIAA 
 
c) pela imposição de escravos do norte da África, 
por parte dos grandes traficantes holandeses; 
pela determinação da Igreja católica em proibir a 
escravização indígena em todo Império colonial 
português; pelo custo menor do escravo de algu-
mas regiões da África, como Angola e Guiné. 
d) pelos preceitos das Ordenações Filipinas, que 
indicavam o caminho da catequese e não o do 
trabalho para os nativos americanos; pelo 
desconhecimento, por parte dos índios 
brasileiros, de uma economia de mercado; pelos 
acordos entre o colonizador português e parte 
das lideranças indígenas. 
e) pela extrema fragilidade física dos povos indíge-
nas encontrados nas terras portuguesas na Amé-
rica; pelos preceitos religiosos da Contra-Refor-
ma, que não aceitavam a escravização de povos 
primitivos; pela impossibilidade de encontrar e 
capturar índios no interior do espaço colonial. 
 
20. A Igreja Católica teve papel relevante no 
processo de colonização, que pode ser 
constatado: 
a) na Catequese que, promovendo a integração do 
índio aos padrões europeus e cristãos, favoreceu 
a sua emancipação. 
b) na Educação, através das Ordens Religiosas, a 
Igreja monopolizou as instituições de ensino até 
o século XVIII. 
c) nas Missões, que, ao reunirem os contingentes 
indígenas, facilitavam o fornecimento de mão-de-
obra para a lavoura. 
d) na defesa das Fronteiras, sendo as missões a 
primeira defesa por onde penetraram 
estrangeiros no Brasil. 
e) na administração, ocupando o clero a maior 
parte dos cargos públicos que exigiam melhor 
nível de instrução. 
 
21. Durante o período colonial, havia atritos entre 
os padres jesuítas e os habitantes locais 
porque os 
a) colonos eram ateus belicosos, e os jesuítas, 
pacíficos católicos. 
b) religiosos pretendiam escravizar tanto o negro 
como o índio e os colonos lutavam para receber 
salários dos capitães donatários. 
c) colonos desejavam escravizar o negro e os 
jesuítas se opunham. 
d) religiosos preocupavam-se com a integração dos 
indígenas no mercado de trabalho assalariado e 
os colonos queriam escravizá-los. 
e) colonos pretendiam escravizar os indígenas e os 
padres eram contra, pois queriam aldeá-los em 
missões. 
 
22. No Brasil, a Companhia de Jesus participou 
desde o século XVI da colonização. Sobre a 
participação dos jesuítas, neste período, é 
correto afirmar que: 
a) Os jesuítas substituíram os capitães donatários 
depois da expulsão dos holandeses; 
b) A Igreja e a Realeza portuguesa eram inimigas 
no século XVI, portanto a Realeza obliterou a 
ação dos jesuítas; 
c) Os jesuítas atuaram em duas frentes: o trabalho 
missionário com os índios e a educação com a 
fundação dos colégios; 
d) Os jesuítas não encontraram espaço para 
atuação na América portuguesa. Por esta razão 
se radicaram na América espanhola; 
e) As atividades jesuítas foram incrementadas após 
as reformas pombalinas. 
 
23. Sobre a inquisição no Brasil, marque a 
alternativa correta: 
a) Seus representantes vieram em comitivas, de-
signadas Visitações do Santo Ofício, cuja função 
era mapear os casos de heresia na colônia. 
b) Teve presente em todos os momentos da 
colonização com a instalação de tribunais por 
toda a América portuguesa. 
c) Prendeu, exilou e queimou milhares de heréticos 
no Brasil. 
d) Não chegou a apresentar ameaça à população 
local. 
e) Portugal possuía apenas um tribunal para todo 
seu império, onde eram julgados os casos. 
 
24. Com a saída dos holandeses de Pernambuco 
em 1654, a Capitania se encontrou não 
apenas em declínio econômico, mas também 
político. A crise do açúcar e a gradual perda 
do domínio político de Olinda, fez com que no 
começo do século XVIII ocorresse uma 
revolta de cunha nativista. Qual foi ela? 
a) Guerra dos emboabas 
b) Revolução Pernambucana 
c) Confederação do Equador 
d) Revolução Praieira 
e) Guerra dos Mascates 
 
25. A guerra dos Mascates, conflito armado entre 
os senhores de engelho de Olinda e os 
comerciantes portugueses, teve como 
principal fator: 
a) A posse dos latifúndios e da produção açucareira 
b) Dominar o comércio, que esteva sob controle 
português 
c) Estabelecer uma república em Olinda 
d) A instalação de uma câmara municipal no Recife 
e) Disputas territoriais 
 
26. “Após derrotarem as tropas defensoras de 
Portugal, os revoltosos formaram um governo 
provisório composto por cinco membros. Além 
disso, estabeleceram a formação de um grupo 
de emissários que difundiriam o movimento em 
outras capitanias do Brasil e em algumas nações 
europeias.” (Disponível em: Revolução 
Pernambucana – Brasil Escola) 
 
Esse fenômeno histórico, conhecido como 
Revolução Pernambucana, chegou através do 
governo provisório inclusive a: 
a) Abolir a escravidão 
b) Proclamar uma República 
c) Instaurar uma nova monarquia 
d) Expulsar os portugueses do Brasil 
e) Conseguir o reconhecimento internacional como 
órgão de poder no Brasil. 
 
 
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27. Sobre a revolução pernambucana de 1817, 
podemos afirmar que: 
0-0) foi um movimento revolucionário apoiado por 
senhores rurais pernambucanos e todos os 
comerciantes portugueses defensores da 
república como forma de governo. 
1-1) este movimento está ligado à crise de produção 
do açúcar e do algodão e à alta dos preços dos 
gêneros, de primeira necessidade, importados. 
2-2) foram metas defendidas pelos revoltosos de 
1817: o governo parlamentarista com a conso-
lidação do direito monárquico. 
3-3) a cobrança de altos impostos para financiar a 
invasão da Guiana Francesa pode ser consi-
derada um dos fatores econômicos que levaram 
ao estopim da revolta. 
4-4) os envolvidos com o pensamento da Ilustração, 
participantes do Areópago de Itambé e da 
Conspiração dos Suassunas, defendiam a 
república como forma de governo adotada pelos 
revolucionários de 1817. 
 
28. O processo de independência em Pernambu-
co foi acompanhado por uma série de 
revoltas, que se estenderam mesmo após 
1822. Qual dos acontecimentos abaixo não 
tem relação com esse contexto? 
a) Confederação do Equador. 
b) Guerra dos Mascates. 
c) Convenção de Beberibe. 
d) Revolução Pernambucana de 1817. 
e) Formação da Junta Governativa. 
 
29. Sobre o contexto de Pernambuco na época 
da independência brasileira, é correto 
afirmar: 
a) Não ocorreram resistência internas a favor da 
emancipação de Portugal. 
b) Pernambuco não era a favor da emancipação 
política. 
c) A região se destacou pelo clima de insatisfação, 
representado pelas revoltadas que antecederam 
e sucederam a independência. 
d) A Confederação do Equador foi um precursor da 
independência brasileira. 
e) A Revolução Pernambucana inovou por almejar 
a abolição da escravatura. 
 
30. Sobre a Convenção de Beberibe, marque a 
alternativa correta: 
a) Foi também uma revolta contra o 
conservadorismo do então governador de 
Pernambuco Luís do Rego Barreto. 
b) Teve apoio de outras províncias, tais como 
Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. 
c) Seus líderes foram mortos. 
d) Encontrou na constituição colombiana o aporte 
de leis para formar uma nova república. 
e) Estabeleceu um governo paralelo apoiado pelos 
portugueses. 
 
31. Confederação do Equador: Manifesto 
Revolucionário 
“Brasileiros do Norte! Pedro de Alcântara, filho 
de D. João VI, rei de Portugal, a quem vós, após 
uma estúpida condescendência com os 
brasileiros do Sul, aclamastes vosso imperador, 
quer descaradamente escravizar-vos. Que 
desaforo atrevimento de um europeu no Brasil. 
Acaso pensara esse estrangeiro ingrato e sem 
costumes que tem algum direito à Coroa, por 
descender da casa de Bragançana Europa, de 
quem já fomos independentes de fato e de 
direito? Não há delírio igual (...).” 
BRANDÃO, Ulysses de Carvalho. A Confederação do 
Equador, Pernambuco: Publicações Oficiais, 1924) 
 
A causa da Confederação do Equador foi a: 
a) extinção do Poder Legislativo pela Constituição 
de 1824 e sua substituição pelo Poder 
Moderador; 
b) mudança do sistema eleitoral na Constituição de 
1824, que vedava aos brasileiros o direito de se 
candidatar ao Parlamento, o que só era possível 
aos portugueses; 
c) atitude absolutista de D. Pedro I, ao dissolver a 
Constituinte de 1823 e outorgar uma Constitui-
ção que conferia amplos poderes ao imperador; 
d) liberação do sistema de mão de obra nas 
disposições constitucionais, por pressão do 
grupo português, que já não detinha o controle 
das grandes fazendas e da produção do açúcar; 
e) restrição às vantagens do comércio do açúcar 
pelo reforço do monopólio português e aumento 
dos tributos contidos na Carta Constitucional. 
 
32. Podemos afirmar que tanto na Revolução 
Pernambucana de 1817, quanto na 
Confederação do Equador de 1824, 
a) o descontentamento com as barreiras econô-
micas vigentes foi decisivo para a eclosão dos 
movimentos. 
b) os proprietários rurais e os comerciantes mono-
polistas estavam entre as principais lideranças 
dos movimentos. 
c) a proposta de uma república era acompanhada 
de um forte sentimento antilusitano. 
d) a abolição imediata da escravidão constituía-se 
numa de suas principais bandeiras. 
e) a luta armada ficou restrita ao espaço urbano de 
Recife, não se espalhando pelo interior. 
 
33. A Confederação do Equador, movimento que 
eclodiu em Pernambuco em julho de 1824, 
caracterizou-se por: 
a) ser um movimento contrário às medidas da Corte 
Portuguesa, que visava favorecer o monopólio 
do comércio. 
b) uma oposição a medidas centralizadoras e 
absolutistas do Primeiro Reinado, sendo um 
movimento republicano. 
c) garantir a integridade do território brasileiro e a 
centralização administrativa. 
d) ser um movimento contrário à maçonaria, clero e 
demais associações absolutistas. 
e) levar seu principal líder, Frei Joaquim do Amor 
Divino Caneca, à liderança da Constituinte de 
1824. 
 
 
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34. A Confederação do Equador, movimento que 
eclodiu em Pernambuco em julho de 1824, 
caracterizou-se por: 
a) ser um movimento contrário às medidas da Corte 
Portuguesa, que visava favorecer o monopólio 
do comércio. 
b) uma oposição a medidas centralizadoras e 
absolutistas do Primeiro Reinado, sendo um 
movimento republicano. 
c) garantir a integridade do território brasileiro e a 
centralização administrativa. 
d) ser um movimento contrário à maçonaria, clero e 
demais associações absolutistas. 
e) levar seu principal líder, Frei Joaquim do Amor 
Divino Caneca, à liderança da Constituinte de 
1824. 
 
35. Qual a afirmação CERTA em relação à 
Revolução Praieira, ocorrida na província de 
Pernambuco (1842-1849)? 
a) Foi um movimento antilusitano que procurava a 
derrubada da Regência através do Partido da 
Ordem. 
b) Defendia primordialmente o comércio a nível 
nacional para desenvolver a economia de trocas 
da província. 
c) Pretendia a expropriação dos senhores da terra 
para a proclamação de uma república 
independente. 
d) Foi um movimento popular que visava a reformas 
sociais, principalmente a nacionalização do 
comércio e a desapropriação dos engenhos. 
e) Tinha um cunho nitidamente republicano como 
os demais movimentos de oposição à ordem 
imperial. 
 
36. A Revolução Praieira de 1842-1849 foi 
também inspirada por acontecimentos que 
estavam ocorrendo em solo europeu contra 
as forças conservadoras do Antigo Regime. 
Qual era essa inspiração? 
a) Guerras Napoleônicas 
b) Primavera dos Povos 
c) Comuna de Paris 
d) Revolução Francesa 
e) Revolução Industrial Inglesa. 
 
37. “E eu piso onde quiser, você está girando 
melhor, garota 
Na areia onde o mar chegou, a ciranda acabou 
de começar, e ela é! 
E é praieira!!! Segura bem forte a mão 
E é praieira !!! Vou lembrando a revolução, vou 
lembrando a Revolução 
Mas há fronteiras nos jardins da razão” 
 
O trecho acima da música Praieira, de Chico 
Sciense, remete brevemente à Revolução 
Praieira de 1842-1849, ocorrida em Pernam-
buco. Essa revolução de caráter liberal tinha 
uma série de reivindicações, exceto: 
a) a liberdade de imprensa. 
b) a instituição do voto universal. 
c) o fim do monopólio comercial dos portugueses. 
d) o fim da propriedade privada dos meios de 
produção. 
e) a extinção do poder moderador. 
38. “A dinâmica da sociedade escravocrata refle-
tiu enormes contradições entre seus dois 
principais segmentos: senhores e escravos, 
ocasionando a formação de uma variada 
gama de possibilidades de resistência entre 
aqueles que se viam cotidianamente, 
explorados.” 
Sobre as possibilidades de resistência as 
quais o texto se refere não podemos afirmar: 
a) Os escravos muitas vezes resistiam a escravidão 
implicitamente, através da manutenção de seus 
hábitos e costumes. 
b) A coartação foi um mecanismo para a aquisição 
da liberdade totalmente conflituosa, através da 
qual se aumentavam a exploração e maus tratos 
aos escravos e estes acabavam explodindo em 
sangrentas rebeliões contra os seus senhores. 
c) A formação dos chamados agrupamentos fami-
liares entre negros foi considerada uma forma de 
resistência eficiente, através da qual negros 
conquistavam a liberdade beneficiados pelo 
sistema de cooperação, compadrio e barganha. 
d) Os movimentos de resistência escrava, nem 
sempre ocorriam de forma conflituosa, pois mui-
tos escravos manipulavam seus senhores dan-
do-lhes bons exemplos, através da obediência e 
principalmente muito trabalho, almejando o 
reconhecimento e a conquista da liberdade. 
e) A formação dos quilombos ou mocambos era o 
maior exemplo de resistência coletiva, represen-
tando o símbolo contra a escravidão no Brasil. 
 
39. Em 17 de março de 1872 pelo menos duas 
dezenas de escravos liderados pelo escravo 
chamado Bonifácio avançaram sobre José 
Moreira Veludo, proprietário da Casa de 
Comissões (lojas de venda e compra de 
escravos) em que se encontravam, e lhe 
meteram a lenha. Em depoimento à polícia, o 
escravo Gonçalo assim justificou o ataque: 
Tendo ido anteontem para a casa de Veludo 
para ser vendido foi convidado por Filomeno 
e outros para se associar com eles para 
matarem Veludo para não irem para a fazenda 
de café para onde tinham sido vendidos. 
(Apud: CHALHOUB, Sidney, 1990, p. 30 31) 
 
Com base no caso citado acima e 
considerando o fato e a historiografia recente 
sobre os escravos e a escravidão no Brasil, é 
possível entender os escravos e a forma 
como se relacionavam com a escravidão da 
seguinte forma: 
I – O escravo era uma coisa, ou seja, estava sujeito 
ao poder e ao domínio de seu proprietário. 
Privado de todo e qualquer direito, incapaz de 
agir com autonomia, o escravo era politicamente 
inexpressivo, expressando passivamente os 
significados sociais impostos pelo seu senhor. 
II – Nem passivos e nem rebeldes valorosos e 
indomáveis, estudos recentes informam que os 
escravos eram capazes de se organizar e se 
contrapor por meio de brigas ou desordens 
àquilo que não consideravam justo, mesmo 
dentro do sistema escravista. 
III – Incidentes, como no texto acima, denotam 
 
 
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rebeldia e violência por parte dos escravos. O 
ataque ao Senhor Veludo, além de relevar o 
banditismo e a delinqüência dos escravos, só 
permite uma única interpretação: barbárie social. 
IV – O tráfico interno no Brasil deslocava milhares de 
escravos de um lugar para outro.Na iminência 
de serem subitamente arrancados de seus locais 
de origem, da companhia de seus familiares e do 
trabalho com o qual estavam acostumados, 
muitos reagiram agredindo seus novos senhores, 
atacando os donos de Casas de Comissões, etc. 
V – Pesquisas recentes sobre os escravos no Brasil 
trazem uma série de exemplos, como o texto 
citado acima, que se contrapõem e descons-
troem mitos célebres da historiografia tradicional: 
que os escravos eram apenas peças econô-
micas, sem vontades que orientassem suas 
próprias ações. 
 
Assinale a alternativa correta. 
a) Somente as afirmativas III e IV são verdadeiras. 
b) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras. 
c) Somente as afirmativas I, II, IV e V são 
verdadeiras. 
d) Somente as afirmativas II, IV e V são 
verdadeiras. 
e) Todas as afirmativas são verdadeiras. 
 
40. No Brasil, o quilombo foi uma das formas de 
resistência da população escrava. Sobre os 
quilombos no Brasil, é correto afirmar que 
a(o): 
a) existência de poucos quilombos na região norte 
pode ser explicada pela administração diferen-
ciada, já que, no Estado do Grão-Pará e 
Maranhão, a Coroa Portuguesa havia proibido a 
escravidão negra; 
b) quase inexistência de quilombos no sul do Brasil 
se relaciona à pequena porcentagem de negros 
na região, e que também permitiu que lá não 
ocorressem questões ligadas à segregação racial; 
c) população dos quilombos também era formada 
por indígenas ameaçados pelos europeus, 
brancos pobres e outros aventureiros e deserto-
res, embora predominassem africanos e seus 
descendentes; 
d) maior dos quilombos brasileiros, Palmares, foi 
extinto a partir de um acordo entre Zumbi e o 
governador de Pernambuco, que se compro-
meteu a não punir os escravos que desejassem 
retornar às fazendas; 
e) maior número de quilombos se concentrou na 
região nordeste do Brasil, em função da 
decadência da lavoura cafeeira, já que os 
fazendeiros, impossibilitados de sustentar os 
escravos, incentivavam-lhes a fuga. 
 
41. Leia abaixo um trecho de uma entrevista de 
Abdias do Nascimento, escritor, político e 
militante do movimento negro: 
“Os cultos afro-brasileiros eram uma questão de 
polícia. Dava cadeia. Até hoje, nos museus da 
polícia do Rio de Janeiro ou da Bahia, podemos 
encontrar artefatos cultuais retidos. São peças 
que provavam a suposta delinquência ou 
anormalidade mental da comunidade negra. Na 
Bahia, o Instituto Nina Rodrigues mostra 
exatamente isso: que o negro era um camarada 
doente da cabeça por ter sua própria crença, 
seus próprios valores, sua liturgia e seu culto. 
Eles não podiam aceitar isso.” 
Retirado do Portal Afro: 
<http://www.portalafro.com.br/entrevistas/abdias/internet/a
bdias.htm> acessado em 25/09/2013. 
 
A partir do trecho acima citado, é possível 
afirmar que: 
a) apesar da escravidão a que estavam sujeitos, os 
africanos sempre tiveram autonomia para 
praticar seus cultos religiosos. 
b) ao chegarem ao Brasil e passarem a conviver 
com os europeus, os africanos escravizados 
foram paulatinamente perdendo seus traços 
culturais originais, adotando ao final integral-
mente a cultura europeia. 
c) mesmo com todo o tipo de repressão a que 
estavam sujeitos, os africanos escravizados 
ainda buscaram manter vivas suas tradições 
culturais religiosas. 
d) Nina Rodrigues e seus seguidores estavam 
certos ao afirmarem que os africanos eram 
degenerados por não aceitarem a cultura 
europeia como superior às suas. 
e) os africanos resistiram, mas não conseguiram 
manter suas tradições. 
 
42. O Recife foi um dos maiores portos escravo-
cratas do mundo. Sobre esse tema, marque a 
alternativa correta: 
a) A opção pela produção açucareira desde o início 
da colonização foi fundamental para o 
fortalecimento do tráfico de escravos no Recife. 
b) A grande maioria dos senhores de engenho 
também estiveram envolvidos na comercial-
ização de escravos na África. 
c) O Recife foi o maior porto escravista no Brasil no 
período colonial. 
d) A dinâmica comercial do porto esteve voltada 
apenas para a compra e venda de africanos. 
e) Os holandeses não estimularam o crescimento 
do Recife na época da invasão (1630-1654). 
 
43. O comércio de escravos foi uma das ativi-
dades mais lucrativas do período colonial. 
Muitos escravos morreram na travessia, 
devido às condições insalubres dos porões 
dos navios. Mesmo assim, o Brasil foi o país 
que mais recebeu escravos na América. 
Sobre esse tema, responda a afirmativa 
correta: 
a) Pernambuco não se destacou entre as rotas que 
circulavam escravos no Atlântico sul. 
b) Embora a quantidade de escravos desembar-
cado no Recife tenha crescido ao longo do 
período colonial, os indígenas também compu-
nham um grupo expressivo como mão de obra 
escrava do açúcar. 
c) Graças ao apoio dos jesuítas, o tráfico de 
escravos também exportava indígenas como 
escravos. 
 
 
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d) A pressão francesa pelo fim da escravidão foi 
fundamental para o processo de abolição. 
e) O Recife destacava-se, junto com Salvador e Rio 
de Janeiro, como os principais portos escravistas 
do Brasil no período colonial. 
 
44. A herança cultural da formação colonial de 
Pernambuco pode ser sentida através de 
diversas formas. Contudo, nem sempre são 
reconhecidas e valorizadas as misturas que 
originaram o Brasil. Analise as afirmativas 
abaixo, marcando a alternativa correta: 
a) Os índios e africanos pouco interferiram na 
cultura material de Pernambuco, uma vez que 
suas sociedades e valores foram destruídos 
pelos europeus. 
b) O choque entre culturas distintas a partir do ano 
de 1500 provocou processos de mestiçagem 
diversos, porém sempre controlados pelo agente 
colonizador. 
c) Os indígenas, embora em minoria, conseguiram 
proteger mais do que os africanos os seus 
costumes. 
d) A construção cultural do Brasil, produzida na 
encruzilhada de três continentes, criou paisagens 
mestiças, as quais refletem as manifestações 
atuais com misturas dos valores europeus, 
indígenas e africanos. 
e) Os africanos, por serem escravos, não legaram 
fenômenos culturais ao povo brasileiro. 
 
45. As comidas, festas, roupas, construções 
arquitetônicas, músicas e tantos outros ele-
mentos tidos como brasileiros foram resulta-
dos de intensas comunicações socioculturais 
de grupos distintos. Com base nesse pensa-
mento, qual das alternativas é incorreta: 
a) O carnaval, um dos maiores símbolos culturais 
do Brasil e de Pernambuco, é resultado de 
valores africanos resinificados em território 
americano. 
b) O nome de bairros assim como do próprio estado 
de Pernambuco reflete a permanência de 
elementos indígenas nos dias atuais. 
c) A imposição cultural dos europeus foi suficiente 
para silenciar e exterminar com quase todas as 
heranças africanas no Brasil. 
d) A pluralidade de povos e costumes no Brasil é 
resultado do encontro de culturas distantes ao 
longo dos séculos. 
e) O catolicismo também foi miscigenado com 
culturas não-europeias, adaptando crenças e 
costumes no Brasil. 
 
46. “Moleque, quiabo, fubá, caçula e angu. 
Cachaça, dengoso, quitute, berimbau e 
maracatu. Todas essas palavras do 
vocabulário brasileiro têm origem africana ou 
referem-se a alguma prática desenvolvida 
pelos africanos escravizados que vieram para 
o Brasil durante o período colonial e imperial. 
Elas expressam a grande influência africana 
que há na cultura brasileira.” 
(http://escolakids.uol.com.br/influencia-africana-na-cultura-
brasileira.htm) 
 
Com base no texto acima, o Brasil pode ser 
um país considerado: 
a) Pobre em suas manifestações culturais pela 
ausência de originalidade em seu povo. 
b) Forte, porque impôs culturas hegemônicas que 
desclassificaram e exterminaram os sujeitos 
africanos. 
c) Atrasado, pois teve na escravidão um de seus 
principais males. 
d) Uma região rica pela multiplicidade de costumes,valores e crenças, desenvolvendo práticas espe-
cíficas num mundo miscigenado e multicultural. 
e) Forte, porque encontrou no africano o principal 
elemento de conservação cultural. 
 
47. O coronelismo foi uma peça importante da 
perversa engrenagem que impedia a representa-
tividade política da maioria da população, 
principalmente a parcela da sociedade mais 
carente. Podemos definir o coronelismo como: 
a) Sistema de poder cujo grupo político que 
alternava-se no poder federal como forma de 
garantir a manutenção dos privilégios aos seus 
respectivos Estados. 
b) Sistema de poder que consistia na troca de 
favores entre o poder estadual e municipal a fim 
de garantir seus interesses políticos utilizan-
do práticas fraudulentas para vencer as eleições. 
c) Sistema de poder no qual o coronel era uma 
peça secundária e sua participação era ofuscada 
pela Comissão de Verificação, pois na prática 
era esta quem declarava os candidatos eleitos. 
d) Sistema de poder baseado no coronel o líder po-
lítico local, grande proprietário de terras que usa-
va jagunços para formar os currais eleitorais, 
através de práticas de intimidação ao eleitor. 
e) Sistema de poder político que arregimentava 
grande número de seguidores a partir de suas 
pregações religiosas que convenciam os mais 
pobres a se submeterem ao seu controle. 
 
48. A Primeira República ou República Velha foi 
um período da História política do Brasil que 
se caracterizou pelo afastamento do ideal da 
República. O que deveria ser um governo 
para todos na prática era um governo de 
poucos. Sobre os fatos com os quais pode-
mos caracterizar a Primeira República estão: 
I- Com o “voto de cabresto” os coronéis dominavam 
as clientelas rurais e manipulavam as eleições; 
II- A política dos governadores consagrava a troca de 
apoio entre o governo federal e as oligarquias esta-
duais mantendo o mesmo grupo político no poder. 
III- A política do café com leite foi o domínio da 
sucessão presidencial pelos grandes fazendeiros 
de Minas Gerais e São Paulo, principalmente os 
representantes dos cafeicultores paulistas, 
alternando-se na presidência da República. 
IV- O Movimento dos Tenentes - o Tenentismo - que 
possuía caráter militar contribuiu para consolidar 
os governos da Primeira República. 
V- As fraudes eleitorais eram exceção e não regra 
neste período, devido ao rigoroso trabalho de fis-
calização do processo eleitorado efetuado pela 
Comissão de Verificação. 
 
 
 
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 Assinale a alternativa verdadeira: 
a) Apenas a alternativa I, está correta. 
b) As alternativas I,II,III estão corretas. 
c) As alternativas I,II,IV e V estão corretas. 
d) As alternativas II,III e IV estão corretas. 
e) Apenas a alternativa V está incorreta. 
 
49. "Voto de cabresto", "curral eleitoral", "eleição 
a bico de pena", "juiz nosso", "delegado 
nosso", "capangas" e "apadrinhamento" são 
expressões que lembram em nosso país o: 
a) totalitarismo. 
b) comunismo. 
c) coronelismo. 
d) messianismo. 
e) liberalismo. 
 
50. A interventoria de Agamenon Magalhães em 
Pernambuco caracterizou-se por uma série de 
fatores, dentre as quais: 
a) Liberdade de expressão 
b) Descentralização política 
c) Enfraquecimento das relações com Getúlio 
Vargas 
d) Aliança com os comunistas 
e) Valorização da classe trabalhadora 
 
51. Getúlio Vargas, em seu contexto de ditadura 
(Estado Novo), nomeou como representante 
em Pernambuco, Agamenon Magalhães. 
Marque a alternativa que exibe planos de seu 
governo. 
a) Destituir as organizações sindicais 
b) Combater os mocambos 
c) Estimular o crescimento do estado atrelado ao 
capital estrangeiro 
d) Desvalorização das indústrias nacionais 
e) Apoiar os levantes revolucionários 
 
52. Os órgãos de censura funcionam como 
instrumentos de controle social em ditaduras. 
No contexto do Estado Novo em Pernam-
buco, à época de Agamenon Magalhães, o 
governador: 
a) Teve muita dificuldade em criar uma imagem 
populista pela pluralidade de veículos de 
informação. 
b) Sustentou-se pelo controle midiático, em 
especial do Jornal da Manhã e Rádio Club de 
Pernambuco, servindo como verdadeiros 
elementos propagandísticos. 
c) Não conseguiu criar um eficiente aparelho de 
repressão e censura, sendo bastante criticado 
pelos opositores. 
d) Teve uma administração pautada no populismo, 
porém com alta rejeição da classe trabalhadora. 
e) Permitiu a liberdade de imprensa. 
 
53. Ao fim do seu governo em Pernambuco 
(1945), Agamenon Magalhães foi nomeado 
para ser ministro no governo de Vargas. 
Marque a opção que corresponde a pasta 
oferecida pelo presidente: 
a) Trabalho 
b) Guerra 
c) Justiça 
d) Saúde 
e) Desenvolvimento 
 
54. À época da Ditadura Militar (1964-1985), o 
Recife vivia momentos de turbulência. Um 
dos eventos mais expressivos, foi o atentado 
ocorrido em 1966 no aeroporto internacional 
dos Guararapes. Sobre esse momento, 
marque a alternativa correta. 
a) O atentado ocorreu devido às manifestações 
dentro do aeroporto devido à perpetuação da 
ditadura no Brasil. 
b) O momento de tensão exigiu por parte dos 
militares uma atitude mais drástica, refletida na 
explosão de uma bomba para dispersar 
manifestantes. 
c) Ato programado por um grupo contra a ditadura, 
que tentou atingir o General e futuro ditador 
Arthur da Costa e Silva, na época ministro do 
exército. 
d) Esse fato foi abafado pelo governo por não se 
saber as motivações do atentado. 
e) Atitude drástica tomada pelos militantes com o 
intuito de atingir uma das principais obras 
construídas pelos ditadores. 
 
55. No Recife, um dos principais movimentos de 
resistência à Ditadura (1964-85) foi o 
movimento estudantil. Qual das opções não 
revelam atitudes tomadas por este grupo. 
a) O Movimento Estudantil empenhou-se na 
reorganização de suas entidades em prol do 
retorno à democracia. 
b) Estudantes radicalizaram a luta pelas liberdades 
democráticas através de comícios, passeatas e 
manifestações. 
c) Diversas manifestações foram realizadas pela 
UNE e o DCE da UFPE. 
d) O Movimento foi sufocado e anulado pelas forças 
governamentais. 
e) Movimento Estudantil foi um importante passo de 
transição às instituições democráticas. 
 
56. A Ditadura Militar em Pernambuco estava 
diretamente envolvida pelas ações 
governamentais federais. Nesse ponto, é 
correto afirmar: 
a) O DOPS era um importante instrumento de 
controle social e de informações. 
b) Pernambuco resistiu ao golpe e assegurou as 
prerrogativas democráticas, sendo pouco 
atingido pelos órgãos do governo. 
c) A luta dos trabalhadores foi desarticulada nesse 
contexto. 
d) As ligas camponesas, lideradas por Francisco 
Julião, ganhou força pós-64. 
e) A repressão e coerção foi moderada. 
 
57. Sobre o governo de Jarbas Vasconcelos, é 
correto afirmar: 
a) A aliança “União por Pernambuco” foi funda-
mental para a reeleição de Jarbas. 
b) Concluiu os dois mandatos de governador. 
 
 
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c) As disputas políticas não foram intensas no seu 
governo. 
d) A intensa aproximação com o PT foi uma de 
suas estratégias. 
e) Ausência de projetos educacionais. 
 
58. Os movimentos políticos em Pernambuco 
foram se acentuando nos últimos anos. Qual 
dos fatores abaixo estimulou esse momento? 
a) A situação política do estado de Pernambuco, 
com frequentes questionamentos sobre o desvio 
de dinheiro. 
b) Situação conjuntural da esfera federal, com 
aberturas de processos, investigações e lavagem 
de dinheiro, que provocou manifestações sociais 
na busca por governos melhores. 
c) A ausência de políticas governamentais que 
inflamou os ânimos da população local e gerou 
revoltas. 
d) Os intensos debates políticosna câmara dos 
vereadores, que fragilizaram o governo de 
Pernambuco. 
e) Os movimentos estudantis que se sublevaram 
contra as ações do estado. 
 
59. O governo de Eduardo Campo foi carac-
terizado por vários programas, dentro os 
quais o Pacto pela Vida. Marque a alternativa 
que melhor expõe seus efeitos. 
a) Embora tenha sido bem recebido, o programa 
não reduziu os índices de criminalidade no 
estado. 
b) O programa foi eficiente apenas na redução de 
roubos e furtos. 
c) O Pacto pela Vida foi um dos carros chefes de 
Campos, pois obteve um dos índices mais 
expressivos no combate ao crime no país, 
sendo, inclusive premiado. 
d) Não serviu de propaganda política devido ao 
fracasso do programa. 
e) Conseguiu zerar o índice de criminalidade no 
estado. 
 
60. Após os dois mandatos como governador do 
Estado de Pernambuco, Eduardo Campos 
candidatou-se à presidência sem, contudo, 
poder concorrer nas urnas devido ao 
acidente de avião e seu falecimento. Porém, 
esse acontecimento gerou modificação nas 
eleições posteriores em Pernambuco, desta-
cando-se: 
a) O enfraquecimento dos políticos aliados a 
Campos. 
b) O afastamento da família e seus descendentes 
do cenário político em função do luto. 
c) O crescimento das críticas aos programas 
realizados por Campos em Pernambuco. 
d) Surgimento da comoção popular que 
rapidamente se voltou para o partido de Campos, 
elegendo o governador que o apoiava. 
e) Seu falecimento criou uma grande comoção 
popular, mas não estimulou grandes mudanças 
na esfera política e eleitoral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gabarito 
1- C 14- A 27- 
FVFFV 
40- C 53- C 
2- B 15- D 28- B 41- C 54- C 
3- D 16- C 29- C 42- A 55-D 
4- D 17- B 30- A 43- E 56-A 
5- E 18- B 31- C 44- D 57-A 
6- C 19- B 32- C 45- C 58-B 
7- A 20- B 33- B 46- D 59-C 
8- E 21- E 34- B 47- D 60-D 
9- B 22- C 35- D 48- B 
10- C 23- A 36- B 49- C 
11- C 24- E 37- D 50- E 
12- E 25- D 38- B 51- B 
13- A 26- B 39- D 52- B 
 
 
 
 
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HHIISSTTÓÓRRIIAA 
 
1. Dentre as características gerais do período 
pré-colonizador destaca-se 
a) o grande interesse pela terra, pois as 
comunidades primitivas do nosso litoral 
produziam excedentes comercializados pela 
burguesia mercantil portuguesa. 
b) o extermínio de tribos e a escravização dos 
nativos, efeitos diretos da ocupação com base na 
grande lavoura. 
c) a montagem de estabelecimentos provisórios em 
diferentes pontos da costa, onde eram 
amontoadas as toras de pau-brasil, para serem 
enviadas à Europa. 
d) a distribuição de lotes de terras a fidalgos e 
funcionários do Estado português, copiando-se a 
experiência realizada em ilhas do Atlântico. 
e) a implantação da agromanufatura açucareira, 
iniciada com construção do Engenho do Senhor 
Governador, em 1533, em São Vicente. 
 
2. Responder à questão sobre o período pré-
colonial brasileiro, com base no texto a 
seguir: 
 
 "... Da primeira vez que viestes aqui, vós o 
fizestes somente para traficar. (...) Não 
recusáveis tomar nossas filhas e nós nos 
julgávamos felizes quando elas tinham filhos. 
Nessa época, não faláveis em aqui vos fixar. 
Apenas vos contentáveis com visitar-nos 
uma vez por ano, permanecendo, entre nós, 
somente durante quatro ou cinco luas 
[meses]. Regressáveis então ao vosso país, 
levando os nossos gêneros para trocá-los 
com aquilo que carecíamos." 
 (MAESTRI, Mário. "Terra do Brasil: a 
conquista lusitana e o genocídio tupinambá". 
São Paulo: Moderna, 1993, p.86) 
 
O texto anterior faz alusão ao comércio que 
marcou o período pré-colonial brasileiro 
conhecido por 
a) mita. b) escambo. 
c) encomienda. d) mercantilismo. 
e) corvéia. 
 
3. Os textos referem-se à integração do índio à 
chamada civilização brasileira. 
I. “Mais uma vez, nós, os povos indígenas, somos 
vítimas de um pensamento que separa e que 
tenta nos eliminar cultural, social e até 
fisicamente. A justificativa é a de que somos 
apenas 250 mil pessoas e o Brasil não pode 
suportar esse ônus.(6) É preciso congelar essas 
idéias colonizadoras, porque elas são irreais e 
hipócritas e também genocidas.(6) Nós, índios, 
queremos falar, mas queremos ser escutados na 
nossa língua, nos nossos costumes.” 
 
Marcos Terena, presidente do Comitê Intertribal 
Articulador dos Direitos Indígenas na ONU e 
fundador das Nações Indígenas, Folha de S. Paulo, 
31 de agosto de 1994. 
 
 
 
II. “O Brasil não terá índios no final do século XXI 
(6) E por que isso? Pela razão muito simples 
que consiste no fato de o índio brasileiro não ser 
distinto das demais comunidades primitivas que 
existiram no mundo. A história não é outra coisa 
senão um processo civilizatório, que conduz o 
homem, por conta própria ou por difusão da 
cultura, a passar do paleolítico ao neolítico e do 
neolítico a um estágio civilizatório.” 
Hélio Jaguaribe, cientista político, Folha de S. 
Paulo, 2 de setembro de 1994. 
 
Pode-se afirmar, segundo os textos, que 
a) Tanto Terena quanto Jaguaribe propõem idéias 
inadequadas, pois o primeiro deseja a 
aculturação feita pela “civilização branca”, e o 
segundo, o confinamento de tribos. 
b) Terena quer transformar o Brasil numa terra só 
de índios, pois pretende mudar até mesmo a 
língua do país, enquanto a idéia de Jaguaribe é 
anticonstitucional, pois fere o direito à identidade 
cultural dos índios. 
c) Terena compreende que a melhor solução é que 
os brancos aprendam a língua tupi para entender 
melhor o que dizem os índios. Jaguaribe é de 
opinião que, até o final do século XXI, seja feita 
uma limpeza étnica no Brasil. 
d) Terena defende que a sociedade brasileira deve 
respeitar a cultura dos índios e Jaguaribe 
acredita na inevitabilidade do processo de 
aculturação dos índios e de sua incorporação à 
sociedade brasileira. 
e) Terena propõe que a integração indígena deve 
ser lenta, gradativa e progressiva, e Jaguaribe 
propõe que essa integração resulte de decisão 
autônoma das comunidades indígenas. 
 
4. Pero Vaz de Caminha, em sua carta ao rei D. 
Manoel, ressaltava que a salvação dos índios 
era a mais imediata contribuição à terra. 
Algumas décadas depois, o ensino colonial 
desenvolvia-se fortemente influenciado pela 
cultura religiosa do colonizador. Sobre os 
primeiros educadores da fase colonial, é 
correto afirmar que eles: 
a) Conseguiram dissociar a evangelização do 
processo colonizador luso-brasileiro. 
b) Permaneceram alheios ou indiferentes aos 
abusos praticados pelos senhores de escravos. 
c) Presos às ideias etnocêntricas europeias, 
ignoraram as línguas indígenas. 
d) Pretenderam espalhar a fé, tomando novos 
súditos tementes a Deus e obedientes ao rei. 
e) Tinham por objetivo promover à Igreja Católica, 
mantendo intacta a cultura indígena. 
 
5. Sobre a organização econômica, social e po-
lítica das comunidades indígenas brasileiras, 
no período inicial da conquista do território 
pelos portugueses, é correto afirmar: 
I. Os nativos viviam em regime de comunidade 
primitiva, em que a terra era de propriedade 
privada dos casais e os instrumentos de trabalho 
eram de propriedade coletiva. 
 
 
 
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II. A divisão das tarefas era por sexo e por idade; 
as mulheres cozinhavam, cuidavam das crian-
ças, plantavam e colhiam; os homens participa-
vam de atividades guerreiras, da caça, da pesca 
e da derrubada da floresta para fazer a lavoura. 
III. A sociedade era organizada em classes sociais, 
sendo o excedente da produção controlado pelos 
chefes das aldeias, responsáveis pela 
distribuição dos bens entre os indígenas. 
IV. Os indígenas brasileiros não praticavamo 
comércio pois tudo que produziam destinava-se 
à subsistência, realizando apenas trocas rituais 
de presentes. 
 
Está(ão) correta(s) 
a) apenas I e II. b) apenas I e III. 
c) apenas III. d) apenas IV. 
e) apenas II e IV. 
 
6. A chamada guerra dos bárbaros pode ser 
caracterizada: 
a) Pelos conflitos entre comerciantes portugueses 
do Recife e senhores de engenho de Olinda. 
b) Movimento liderado por Frei Caneca, importante 
panfleteiro político. 
c) As guerras entre índios e colonos pela ocupação 
do interior. 
d) Teve nos jornais Tífis Pernambucano e Sentinela 
da Liberdade sua maior representação. 
e) Foi um conflito que durou por anos. 
 
7. Qual dos fatores abaixo pode ser descrito 
como elemento econômico fundamental para 
o surgimento da guerra dos bárbaros? 
a) A expansão do gado e a necessidade de 
extensas terras para o pastio. 
b) A produção do açúcar e os terrenos de solo 
massapê. 
c) A escravização e mão de obra indígena. 
d) A cafeicultura e sua produção em latifúndio. 
e) A extração de metais preciosos. 
 
8. Teve entre os tapuias seus principais inimi-
gos. Os conflitos envolveram vários segmen-
tos sociais, inclusive os bandeirantes, na 
tentativa de acabar com a resistência proveni-
ente do interior. Suas batalhas estenderam-se 
pela segunda metade do século XVII e início 
do XVIII. A qual conflito o texto se refere? 
a) Revolução Pernambucana de 1817. 
b) Guerra dos Mascates. 
c) Insurreição pernambucana. 
d) Confederação do Equador. 
e) Guerra dos bárbaros. 
 
9. Por qual das opções abaixo não é possível 
identificar causas da resistência indígena aos 
colonizadores na guerra dos bárbaros? 
a) Conversão religiosa através das missões. 
b) Disputas por metais preciosos. 
c) Destruição de seus valores culturais. 
d) Expulsão dos seus territórios. 
e) Transformação em mão de obra escrava pelo 
colonizador. 
 
10. A produção de açúcar, no Brasil colonial: 
a) possibilitou o povoamento e a ocupação de todo 
o território nacional, enriquecendo grande parte 
da população. 
b) praticada por grandes, médios e pequenos 
lavradores, permitiu a formação de uma sólida 
classe média rural. 
c) consolidou no Nordeste uma economia baseada 
no latifundiário monocultor e escravocrata que 
atendia aos interesses do sistema português. 
d) desde o início garantiu o enriquecimento da 
região Sul do país e foi a base econômica de sua 
hegemonia na República. 
e) não exigindo muitos braços, desencorajou a 
importação de escravos, liberando capitais para 
atividades mais lucrativas. 
 
11. Constituíram importantes fatores para o 
sucesso da lavoura canavieira no início da 
colonização do Brasil: 
a) o domínio espanhol, que possibilitou o 
crescimento do mercado consumidor interno. 
b) o predomínio da mão-de-obra livre com técnicas 
avançadas. 
c) o financiamento, transporte e refinação nas mãos 
da Holanda e a produção a cargo de Portugal. 
d) a expulsão dos holandeses que trouxe a 
imediata recuperação dos mercados e ascensão 
econômica dos senhores de engenho. 
e) a estrutura fundiária, baseada na pequena 
propriedade voltada para o consumo interno. 
 
12. A organização da agromanufatura açucareira 
no Brasil Colônia está ligada ao sentido geral 
da colonização portuguesa, cuja dinâmica 
estava baseada na 
a) pesada carga de taxas e impostos sobre o 
trabalho livre, com o objetivo de isentar de 
tributos o trabalho escravo. 
b) unidade produtiva voltada para a mobilidade 
mercantil interna, ampliada pelo desenvolvimento 
de atividades artesanais, industriais e 
comerciais. 
c) estrutura de produção, que objetivava a 
urbanização e a criação de maior espaço para os 
homens livres da colônia. 
d) pequena empresa, que procurava viabilizar a 
produção açucareira apenas para o mercado 
interno. 
e) propriedade latifundiária escravista, para atender 
aos interesses da Metrópole Portuguesa de 
garantir a produção de açúcar em larga escala 
para o comércio externo. 
 
13. Para garantir a posse da terra Portugal 
decidiu colonizar o Brasil. Mas, para isso, 
seria preciso desenvolver uma atividade 
econômica lucrativa. A solução encontrada 
foi implantar em certos trechos do litoral: 
a) a produção açucareira 
b) a explorar o ouro 
c) a extração do pau-brasil 
d) a criação de gado 
e) o comercio de especiarias. 
 
 
 
 
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14. Baseada no escambo e nas feitorias, e 
essencialmente predatória, foi: 
a) a economia extrativa do pau-brasil no pré-colonial 
b) a perseguição do braço escravo indígena, nos 
fins do século XVI brasileiro. 
c) a estrutura escravista no Brasil. 
d) ciclo da cana de açúcar em São Vicente, no 
século XVII. 
e) início do plantio do café, no litoral fluminense. 
 
15. Alguns historiadores afirmam que as conse-
quências do modelo de colonização adotado 
pelos portugueses para a exploração do 
Brasil são ainda muito perceptíveis (devas-
tação do meio ambiente, exploração do traba-
lhador rural, conflitos rurais, etc). Este mode-
lo é conhecido como plantation ou plantagem 
e suas principais características são: 
a) minifúndio, monocultura, mão-de-obra escrava; 
b) latifúndio, mão-de-obra assalariada, policultura; 
c) latifúndio, policultura, mão-de-obra escrava; 
d) latifúndio, mão-de-obra escrava, monocultura; 
e) latifúndio, trabalho assalariado, monocultura. 
 
16. Os africanos não escravizavam africanos, 
nem se reconheciam então como africanos. 
Eles se viam como membros de uma aldeia, 
de um conjunto de aldeias, de um reino e de 
um grupo que falava a mesma língua, tinha os 
mesmos costumes e adorava os mesmos 
deuses. (...) Quando um chefe (...) entregava a 
um navio europeu um grupo de cativos, não 
estava vendendo africanos nem negros, mas 
(...) uma gente que, por ser considerada por 
ele inimiga e bárbara, podia ser escravizada. 
(...) O comércio transatlântico (...) fazia parte 
de um processo de integração econômica do 
Atlântico, que envolvia a produção e a comer-
cialização, em grande escala, de açúcar, algo-
dão, tabaco, café e outros bens tropicais, um 
processo no qual a Europa entrava com o ca-
pital, as Américas com a terra e a África com 
o trabalho, isto é, com a mão de obra cativa. 
 (Alberto da Costa e Silva. A África explicada aos meus 
filhos, 2008. Adaptado.) 
 
Ao caracterizar a escravidão na África e a 
venda de escravos por africanos para 
europeus nos séculos XVI a XIX, o texto 
a) reconhece que a escravidão era uma instituição 
presente em todo o planeta e que a diferencia-
ção entre homens livres e homens escravos era 
definida pelas características raciais dos 
indivíduos. 
b) critica a interferência europeia nas disputas 
internas do continente africano e demonstra a 
rejeição do comércio escravagista pelos líderes 
dos reinos e aldeias então existentes na África. 
c) diferencia a escravidão que havia na África da 
que existia na Europa ou nas colônias américa-
nas, a partir da constatação da heterogeneidade 
do continente africano e dos povos que lá viviam. 
d) afirma que a presença europeia na África e na 
América provocou profundas mudanças nas 
relações entre os povos nativos desses continen-
tes e permitiu maior integração e colaboração 
interna. 
e) considera que os únicos responsáveis pela 
escravização de africanos foram os próprios 
africanos, que aproveitaram as disputas tribais 
para obter ganhos financeiros. 
 
17. Sobre o emprego da mão de obra escrava no 
Brasil colonial, é possível afirmar que 
a) apenas africanos foram escravizados, porque a 
Igreja Católica impedia a escravização dos índios. 
b) as chamadas “guerras justas” dos portugueses 
contra tribos rebeldes legitimavam a escraviza-
ção de índios. 
c) interesses ligados ao tráfico negreiro controlado 
pelos holandeses forçavam a escravização do 
africano. 
d) os engenhos de açúcar doNordeste brasileiro em-
pregavam exclusivamente indígenas escravizados. 
e) apenas indígenas eram escravizados nas áreas em 
que a pecuária e o extrativismo predominavam. 
 
18. Por aproximadamente três séculos, as rela-
ções de produção escravistas predominaram 
no Brasil, em especial nas áreas de plantation 
e de mineração. Sobre este sistema 
escravista, é correto afirmar que: 
a) impediu as negociações entre escravos e 
senhores, daí o grande número de fugas. 
b) favoreceu ao longo dos anos a acumulação de 
capital em razão do tráfico negreiro 
c) possibilitou a cristianização dos escravos, 
fazendo desaparecer as culturas africanas. 
d) foi combatido por inúmeras revoltas escravas, 
como a dos Malês e a do Contestado. 
e) foi alimentado pelo fluxo contínuo de mão de 
obra africana até o momento de sua extinção em 
1822. 
 
19. "O primeiro grupo social utilizado pelos 
portugueses como escravo foi o das comu-
nidades indígenas encontradas no Brasil. A 
lógica era simples: os índios estavam 
localizados junto ao litoral, e o custo inicial 
era pequeno, se comparado ao trabalhador 
originário de Portugal. (...) No entanto, 
rapidamente ocorreu um declínio no emprego 
do trabalhador indígena." 
(Rubim Santos Leão de Aquino et alii, "Sociedade brasileira: 
uma história através dos movimentos sociais") 
 
O declínio a que o texto se refere e o avanço 
da exploração do trabalhador escravo 
africano podem ser explicados: 
a) pelo prejuízo que a escravização indígena 
gerava para os senhores de engenho que tinham 
a obrigação da catequese; pela impossibilidade 
de a Coroa portuguesa cobrar tributos nos 
negócios envolvendo os nativos da colônia; pela 
presença de uma pequena comunidade indígena 
nas regiões produtoras de açúcar. 
b) pela forte oposição dos jesuítas à escravização 
indiscriminada dos índios; pelo lucro da Coroa 
portuguesa e dos traficantes com o comércio de 
africanos; pela necessidade de fornecimento 
regular de mão de obra para a atividade 
açucareira, em franca expansão na passagem do 
século XVI ao XVII. 
 
 
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c) pela imposição de escravos do norte da África, 
por parte dos grandes traficantes holandeses; 
pela determinação da Igreja católica em proibir a 
escravização indígena em todo Império colonial 
português; pelo custo menor do escravo de algu-
mas regiões da África, como Angola e Guiné. 
d) pelos preceitos das Ordenações Filipinas, que 
indicavam o caminho da catequese e não o do 
trabalho para os nativos americanos; pelo 
desconhecimento, por parte dos índios 
brasileiros, de uma economia de mercado; pelos 
acordos entre o colonizador português e parte 
das lideranças indígenas. 
e) pela extrema fragilidade física dos povos indíge-
nas encontrados nas terras portuguesas na Amé-
rica; pelos preceitos religiosos da Contra-Refor-
ma, que não aceitavam a escravização de povos 
primitivos; pela impossibilidade de encontrar e 
capturar índios no interior do espaço colonial. 
 
20. A Igreja Católica teve papel relevante no 
processo de colonização, que pode ser 
constatado: 
a) na Catequese que, promovendo a integração do 
índio aos padrões europeus e cristãos, favoreceu 
a sua emancipação. 
b) na Educação, através das Ordens Religiosas, a 
Igreja monopolizou as instituições de ensino até 
o século XVIII. 
c) nas Missões, que, ao reunirem os contingentes 
indígenas, facilitavam o fornecimento de mão-de-
obra para a lavoura. 
d) na defesa das Fronteiras, sendo as missões a 
primeira defesa por onde penetraram 
estrangeiros no Brasil. 
e) na administração, ocupando o clero a maior 
parte dos cargos públicos que exigiam melhor 
nível de instrução. 
 
21. Durante o período colonial, havia atritos entre 
os padres jesuítas e os habitantes locais 
porque os 
a) colonos eram ateus belicosos, e os jesuítas, 
pacíficos católicos. 
b) religiosos pretendiam escravizar tanto o negro 
como o índio e os colonos lutavam para receber 
salários dos capitães donatários. 
c) colonos desejavam escravizar o negro e os 
jesuítas se opunham. 
d) religiosos preocupavam-se com a integração dos 
indígenas no mercado de trabalho assalariado e 
os colonos queriam escravizá-los. 
e) colonos pretendiam escravizar os indígenas e os 
padres eram contra, pois queriam aldeá-los em 
missões. 
 
22. No Brasil, a Companhia de Jesus participou 
desde o século XVI da colonização. Sobre a 
participação dos jesuítas, neste período, é 
correto afirmar que: 
a) Os jesuítas substituíram os capitães donatários 
depois da expulsão dos holandeses; 
b) A Igreja e a Realeza portuguesa eram inimigas 
no século XVI, portanto a Realeza obliterou a 
ação dos jesuítas; 
c) Os jesuítas atuaram em duas frentes: o trabalho 
missionário com os índios e a educação com a 
fundação dos colégios; 
d) Os jesuítas não encontraram espaço para 
atuação na América portuguesa. Por esta razão 
se radicaram na América espanhola; 
e) As atividades jesuítas foram incrementadas após 
as reformas pombalinas. 
 
23. Sobre a inquisição no Brasil, marque a 
alternativa correta: 
a) Seus representantes vieram em comitivas, de-
signadas Visitações do Santo Ofício, cuja função 
era mapear os casos de heresia na colônia. 
b) Teve presente em todos os momentos da 
colonização com a instalação de tribunais por 
toda a América portuguesa. 
c) Prendeu, exilou e queimou milhares de heréticos 
no Brasil. 
d) Não chegou a apresentar ameaça à população 
local. 
e) Portugal possuía apenas um tribunal para todo 
seu império, onde eram julgados os casos. 
 
24. Com a saída dos holandeses de Pernambuco 
em 1654, a Capitania se encontrou não 
apenas em declínio econômico, mas também 
político. A crise do açúcar e a gradual perda 
do domínio político de Olinda, fez com que no 
começo do século XVIII ocorresse uma 
revolta de cunha nativista. Qual foi ela? 
a) Guerra dos emboabas 
b) Revolução Pernambucana 
c) Confederação do Equador 
d) Revolução Praieira 
e) Guerra dos Mascates 
 
25. A guerra dos Mascates, conflito armado entre 
os senhores de engelho de Olinda e os 
comerciantes portugueses, teve como 
principal fator: 
a) A posse dos latifúndios e da produção açucareira 
b) Dominar o comércio, que esteva sob controle 
português 
c) Estabelecer uma república em Olinda 
d) A instalação de uma câmara municipal no Recife 
e) Disputas territoriais 
 
26. “Após derrotarem as tropas defensoras de 
Portugal, os revoltosos formaram um governo 
provisório composto por cinco membros. Além 
disso, estabeleceram a formação de um grupo 
de emissários que difundiriam o movimento em 
outras capitanias do Brasil e em algumas nações 
europeias.” (Disponível em: Revolução 
Pernambucana – Brasil Escola) 
 
Esse fenômeno histórico, conhecido como 
Revolução Pernambucana, chegou através do 
governo provisório inclusive a: 
a) Abolir a escravidão 
b) Proclamar uma República 
c) Instaurar uma nova monarquia 
d) Expulsar os portugueses do Brasil 
e) Conseguir o reconhecimento internacional como 
órgão de poder no Brasil. 
 
 
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27. Sobre a revolução pernambucana de 1817, 
podemos afirmar que: 
0-0) foi um movimento revolucionário apoiado por 
senhores rurais pernambucanos e todos os 
comerciantes portugueses defensores da 
república como forma de governo. 
1-1) este movimento está ligado à crise de produção 
do açúcar e do algodão e à alta dos preços dos 
gêneros, de primeira necessidade, importados. 
2-2) foram metas defendidas pelos revoltosos de 
1817: o governo parlamentarista com a conso-
lidação do direito monárquico. 
3-3) a cobrança de altos impostos para financiar a 
invasão da Guiana Francesa pode ser consi-
deradaum dos fatores econômicos que levaram 
ao estopim da revolta. 
4-4) os envolvidos com o pensamento da Ilustração, 
participantes do Areópago de Itambé e da 
Conspiração dos Suassunas, defendiam a 
república como forma de governo adotada pelos 
revolucionários de 1817. 
 
28. O processo de independência em Pernambu-
co foi acompanhado por uma série de 
revoltas, que se estenderam mesmo após 
1822. Qual dos acontecimentos abaixo não 
tem relação com esse contexto? 
a) Confederação do Equador. 
b) Guerra dos Mascates. 
c) Convenção de Beberibe. 
d) Revolução Pernambucana de 1817. 
e) Formação da Junta Governativa. 
 
29. Sobre o contexto de Pernambuco na época 
da independência brasileira, é correto 
afirmar: 
a) Não ocorreram resistência internas a favor da 
emancipação de Portugal. 
b) Pernambuco não era a favor da emancipação 
política. 
c) A região se destacou pelo clima de insatisfação, 
representado pelas revoltadas que antecederam 
e sucederam a independência. 
d) A Confederação do Equador foi um precursor da 
independência brasileira. 
e) A Revolução Pernambucana inovou por almejar 
a abolição da escravatura. 
 
30. Sobre a Convenção de Beberibe, marque a 
alternativa correta: 
a) Foi também uma revolta contra o 
conservadorismo do então governador de 
Pernambuco Luís do Rego Barreto. 
b) Teve apoio de outras províncias, tais como 
Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. 
c) Seus líderes foram mortos. 
d) Encontrou na constituição colombiana o aporte 
de leis para formar uma nova república. 
e) Estabeleceu um governo paralelo apoiado pelos 
portugueses. 
 
31. Confederação do Equador: Manifesto 
Revolucionário 
“Brasileiros do Norte! Pedro de Alcântara, filho 
de D. João VI, rei de Portugal, a quem vós, após 
uma estúpida condescendência com os 
brasileiros do Sul, aclamastes vosso imperador, 
quer descaradamente escravizar-vos. Que 
desaforo atrevimento de um europeu no Brasil. 
Acaso pensara esse estrangeiro ingrato e sem 
costumes que tem algum direito à Coroa, por 
descender da casa de Bragança na Europa, de 
quem já fomos independentes de fato e de 
direito? Não há delírio igual (...).” 
BRANDÃO, Ulysses de Carvalho. A Confederação do 
Equador, Pernambuco: Publicações Oficiais, 1924) 
 
A causa da Confederação do Equador foi a: 
a) extinção do Poder Legislativo pela Constituição 
de 1824 e sua substituição pelo Poder 
Moderador; 
b) mudança do sistema eleitoral na Constituição de 
1824, que vedava aos brasileiros o direito de se 
candidatar ao Parlamento, o que só era possível 
aos portugueses; 
c) atitude absolutista de D. Pedro I, ao dissolver a 
Constituinte de 1823 e outorgar uma Constitui-
ção que conferia amplos poderes ao imperador; 
d) liberação do sistema de mão de obra nas 
disposições constitucionais, por pressão do 
grupo português, que já não detinha o controle 
das grandes fazendas e da produção do açúcar; 
e) restrição às vantagens do comércio do açúcar 
pelo reforço do monopólio português e aumento 
dos tributos contidos na Carta Constitucional. 
 
32. Podemos afirmar que tanto na Revolução 
Pernambucana de 1817, quanto na 
Confederação do Equador de 1824, 
a) o descontentamento com as barreiras econô-
micas vigentes foi decisivo para a eclosão dos 
movimentos. 
b) os proprietários rurais e os comerciantes mono-
polistas estavam entre as principais lideranças 
dos movimentos. 
c) a proposta de uma república era acompanhada 
de um forte sentimento antilusitano. 
d) a abolição imediata da escravidão constituía-se 
numa de suas principais bandeiras. 
e) a luta armada ficou restrita ao espaço urbano de 
Recife, não se espalhando pelo interior. 
 
33. A Confederação do Equador, movimento que 
eclodiu em Pernambuco em julho de 1824, 
caracterizou-se por: 
a) ser um movimento contrário às medidas da Corte 
Portuguesa, que visava favorecer o monopólio 
do comércio. 
b) uma oposição a medidas centralizadoras e 
absolutistas do Primeiro Reinado, sendo um 
movimento republicano. 
c) garantir a integridade do território brasileiro e a 
centralização administrativa. 
d) ser um movimento contrário à maçonaria, clero e 
demais associações absolutistas. 
e) levar seu principal líder, Frei Joaquim do Amor 
Divino Caneca, à liderança da Constituinte de 
1824. 
 
 
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34. A Confederação do Equador, movimento que 
eclodiu em Pernambuco em julho de 1824, 
caracterizou-se por: 
a) ser um movimento contrário às medidas da Corte 
Portuguesa, que visava favorecer o monopólio 
do comércio. 
b) uma oposição a medidas centralizadoras e 
absolutistas do Primeiro Reinado, sendo um 
movimento republicano. 
c) garantir a integridade do território brasileiro e a 
centralização administrativa. 
d) ser um movimento contrário à maçonaria, clero e 
demais associações absolutistas. 
e) levar seu principal líder, Frei Joaquim do Amor 
Divino Caneca, à liderança da Constituinte de 
1824. 
 
35. Qual a afirmação CERTA em relação à 
Revolução Praieira, ocorrida na província de 
Pernambuco (1842-1849)? 
a) Foi um movimento antilusitano que procurava a 
derrubada da Regência através do Partido da 
Ordem. 
b) Defendia primordialmente o comércio a nível 
nacional para desenvolver a economia de trocas 
da província. 
c) Pretendia a expropriação dos senhores da terra 
para a proclamação de uma república 
independente. 
d) Foi um movimento popular que visava a reformas 
sociais, principalmente a nacionalização do 
comércio e a desapropriação dos engenhos. 
e) Tinha um cunho nitidamente republicano como 
os demais movimentos de oposição à ordem 
imperial. 
 
36. A Revolução Praieira de 1842-1849 foi 
também inspirada por acontecimentos que 
estavam ocorrendo em solo europeu contra 
as forças conservadoras do Antigo Regime. 
Qual era essa inspiração? 
a) Guerras Napoleônicas 
b) Primavera dos Povos 
c) Comuna de Paris 
d) Revolução Francesa 
e) Revolução Industrial Inglesa. 
 
37. “E eu piso onde quiser, você está girando 
melhor, garota 
Na areia onde o mar chegou, a ciranda acabou 
de começar, e ela é! 
E é praieira!!! Segura bem forte a mão 
E é praieira !!! Vou lembrando a revolução, vou 
lembrando a Revolução 
Mas há fronteiras nos jardins da razão” 
 
O trecho acima da música Praieira, de Chico 
Sciense, remete brevemente à Revolução 
Praieira de 1842-1849, ocorrida em Pernam-
buco. Essa revolução de caráter liberal tinha 
uma série de reivindicações, exceto: 
a) a liberdade de imprensa. 
b) a instituição do voto universal. 
c) o fim do monopólio comercial dos portugueses. 
d) o fim da propriedade privada dos meios de 
produção. 
e) a extinção do poder moderador. 
38. “A dinâmica da sociedade escravocrata refle-
tiu enormes contradições entre seus dois 
principais segmentos: senhores e escravos, 
ocasionando a formação de uma variada 
gama de possibilidades de resistência entre 
aqueles que se viam cotidianamente, 
explorados.” 
Sobre as possibilidades de resistência as 
quais o texto se refere não podemos afirmar: 
a) Os escravos muitas vezes resistiam a escravidão 
implicitamente, através da manutenção de seus 
hábitos e costumes. 
b) A coartação foi um mecanismo para a aquisição 
da liberdade totalmente conflituosa, através da 
qual se aumentavam a exploração e maus tratos 
aos escravos e estes acabavam explodindo em 
sangrentas rebeliões contra os seus senhores. 
c) A formação dos chamados agrupamentos fami-
liares entre negros foi considerada uma forma de 
resistência eficiente, através da qual negros 
conquistavam a liberdade beneficiados pelo 
sistema de cooperação, compadrio e barganha. 
d) Os movimentos de resistência escrava, nem 
sempre ocorriam de forma conflituosa, pois mui-
tos escravos manipulavam seus senhores dan-
do-lhes bons exemplos, através da obediência e 
principalmente muito trabalho, almejando o 
reconhecimento e a conquista

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