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Livro Eletrônico Aula 08 Conhecimentos Bancários p/ BANESTES (Técnico Bancário) Com videoaulas - Pós-Edital Professor: Vicente Camillo 13182836714 - francielli dos santos pereira rodrigues Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 46 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS P/ BANESTES TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 08 – PROF. VICENTE CAMILLO Aula 08 Garantias do SFN Sumário Sumário ................................................................................................................................ 1! Introdução ........................................................................................................................... 2! Aval ...................................................................................................................................... 3! Fiança .................................................................................................................................. 6! Fiança Bancária ............................................................................................................... 10! Penhor Mercantil .............................................................................................................. 11! Hipoteca ............................................................................................................................ 14! Alienação Fiduciária ........................................................................................................ 17! Fundo Garantidor de Crédito (FGC) .............................................................................. 20! Questões Propostas .......................................................................................................... 26! Gabaritos ....................................................................................................................... 33! Questões Comentadas .................................................................................................... 34! Considerações Finais ........................................................................................................ 46! 13182836714 - francielli dos santos pereira rodrigues Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 46 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS P/ BANESTES TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 08 – PROF. VICENTE CAMILLO INTRODUÇÃO Já conhecemos a disposição das instituições financeiras em realizar a intermediação de recursos na economia. Indivíduos superavitários economizam e aplicam recursos nas instituições financeiras, que os direcionam aos agentes deficitários. Em um mundo ideal não há problema aparente, pois, os recursos emprestados servem para financiar atividades econômicas, investimentos, entre outras. Naturalmente, eles serão devolvidos conforme as condições previamente pactuadas, ou seja, no vencimento e com os acréscimos devidos. Mas, isto não é realidade. Há um risco de crédito implícito nestas operações financeiras: o devedor (tomador do empréstimo e/ou de outras modalidades de financiamento que envolvem dívidas) pode simplesmente não cumprir com suas obrigações com o credor. E como fica a instituição financeira? A ver navios? Obviamente que não. Ela geralmente está garantida por meios que permitem o cumprimento do objeto do contrato, mesmo que indiretamente. Assim, caso um individuo adquira um CDC para a aquisição de um veículo e não pague os valores nas datas combinadas, a instituição financeira pode executar a garantia que possui neste contrato de financiamento – o próprio veículo – e garantir o pagamento do valor de devido, mesmo que indiretamente. Nesta aula serão tratadas as seguintes espécies de garantia das instituições financeiras: aval, fiança, fiança bancária, penhor mercantil, alienação fiduciária e hipoteca. Em relação ao depositante, trataremos do Fundo Garantidor de Crédito (FGC). 13182836714 - francielli dos santos pereira rodrigues Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 46 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS P/ BANESTES TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 08 – PROF. VICENTE CAMILLO AVAL O aval é a forma mais simples e direta das modalidades de garantia. Ao realizar aval, determinada pessoa (chamada de avalista) se compromete a pagar um título de crédito qualquer nas mesmas condições que o devedor (avalizado). Em geral, o credor do título considera que o devedor não possui condições certas de garantir o pagamento do título de crédito, devido a sua situação econômica instável, ou a existência de patrimônio insuficiente. Vamos citar um exemplo. Determinado indivíduo se dirige ao banco para tomar um empréstimo em nome da empresa que possui. De certo, a empresa está tomando empréstimos pois não possui os recursos necessários para determinada finalidade. O banco, já sabendo desta condição, empresta o valor solicitado, mas coloca como avalista o proprietário da empresa. Assim, caso a empresa (devedora do empréstimo) eventualmente não pagar os valores emprestados nas condições estabelecidas, o banco pode cobrar do avalista os valores nas mesmas condições estabelecidas com o avalizado. Em geral, o avalista garante toda a operação, mas é possível realizar o aval parcial. Isto é, fica estabelecida que o avalista garante apenas parte da operação. Utilizando o exemplo acima, o avalista poderia garantir tão somente 50% do empréstimo, valor este que seria obrigado a cumprir, caso o avalizado no o fizesse. É possível até mesmo a realização do aval antecipado. Ou seja, a operação de crédito é realizada apenas mediante estabelecimento anterior do avalista. Continuando, temos que saber as duas principais características do aval: ü! Autonomia: Por autonomia entende-se que a obrigação do avalista é independente da obrigação do avalizado. A partir do momento que o avalista se 13182836714 - francielli dos santos pereira rodrigues Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 46 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS P/ BANESTES TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 08 – PROF. VICENTE CAMILLO constitui como tal, ele passar necessariamente a garantir a operação, independentemente das condições do avalizado. Assim, se credor encontra-se impossibilitado de exercer seu direito contra o avalizado, por qualquer motivo, isto não se pode inferir contra o avalista. Vamos citar um exemplo. O Banco A empresta dinheiro e João. Nesta operação, Pedro, pai de João é o avalista. No entanto, digamos que a assinatura de João foi falsificada, pelo que o Banco A não pode cobrá-lo do cumprimento do crédito. Mas, como o aval é autônomo, não se pode alegar o mesmo ao avalista. Desta forma, mesmo que o credor não possa executar João para o pagamento, pode fazê-lo com Pedro. A autonomia do aval também implica que o avalista, quando executado, não pode se valer de características do avalizado para descumprir sua obrigação. Ele apenas pode ser valer de suas características, como, por exemplo, o aval parcial. Portanto, que fique claro: a autonomia caracteriza a obrigação do avalista como independente da obrigação do avalizado; a existência, validade e eficácia do aval não estão condicionadas à da obrigação avalizada. ü! Equivalência: A equivalência do aval significa que o avalista é devedor do título da mesma maneira que a pessoa por ele afiançada. Isto quer dizer que o credor do título de crédito pode cobrar a obrigação do pagamento do avalista da mesma forma que faz do avalizado. O que indica que ambos são equivalentes para o pagamento. É importante ressaltar que a equivalência não indica que o avalista é também devedor do título de crédito. O devedor do título é sempre o sujeito avalizado. Como jácitamos, a equivalência indica tão somente que a cobrança do credor pode ser feita também sobre o avalista. E, caso a cobrança seja feita sobre o avalista e por ele adimplida, segue-se a possibilidade do direito de regresso do avalista em relação ao avalizado. 13182836714 - francielli dos santos pereira rodrigues Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 46 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS P/ BANESTES TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 08 – PROF. VICENTE CAMILLO Assim, o avalista pode se voltar contra o avalizado e dele cobrar os valores pagos. Nesta situação, o credor já teve seu direito cumprido (o pagamento do crédito já foi realizado pelo avalista), e o avalista se volta contra o avalizado para recuperar o valor. O aval pode ser praticado das seguintes formas: (i) assinatura do avalista no verso ou anverso do título sob a expressão “por aval”, ou outra do mesmo sentido; (ii) assinatura do avalista no verso ou anverso do título sob a expressão “por aval de João,” ou outra do mesmo sentido. A primeira situação é conhecida como aval em branco, pois ela não identifica o devedor (avalizado). Neste caso, cabe à lei definir, para cada título de crédito, quem é o avalizado na operação. A segunda situação é conhecida como aval em preto, pois o sujeito avalizado é conhecido. No nosso caso, o avalizado é João, pois ele é devedor do empréstimo concedido pelo Banco A. 13182836714 - francielli dos santos pereira rodrigues Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 46 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS P/ BANESTES TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 08 – PROF. VICENTE CAMILLO FIANÇA A fiança é espécie diferente e mais completa de garantia. Antes de caracterizá-la, vamos citar as duas principais diferenças entre aval e fiança. Como vimos, o aval é autônomo à obrigação avalizada, enquanto a fiança é obrigação acessória. Isto é, caso a obrigação afiançável não possa ser executada pelo credor, o fiador também adquire este benefício. Dito de outro modo, por ser uma condição acessória, a fiança adquire as características do principal. Utilizando nosso exemplo citado no aval, caso a falsificação da assinatura de João impeça o banco de cobrar dele o cumprimento da obrigação, o mesmo ocorre com o fiador, o qual pode alegar o mesmo problema para não cumprir com sua obrigação. Outra diferença fundamental entre o aval e a fiança é o chamado benefício de ordem. No aval, o credor pode executar o cumprimento do seu direito de qualquer um dos dois – avalista e avalizado – sem precisar fazer isto primeiramente de um e depois de outro. Ou seja, o inadimplemento do contrato de crédito enseja o direito de cobrança ao mesmo tempo tanto do avalista, como do avalizado. O avalista não pode solicitar que a cobrança seja feita primeiramente ao avalizado e depois a ele. Na fiança é diferente. O fiador (aquele que garante o crédito) pode indicar bens e direitos do afiançado (devedor), desde que situados no mesmo Município, livres, desembaraçados e suficientes à solução da dívida, e, com isto, liberar-se da obrigação assumida. Na prática, os contratos de fiança contêm cláusula em que o fiador abre mão do benefício de ordem, de modo que fiança e aval não se diferem neste sentido. Isto é, ao aceitar a condição de fiador, abrem mão da possibilidade em indicar bens e direitos do afiançado. Já sabendo das duas principais diferenças, podemos definir a fiança. 13182836714 - francielli dos santos pereira rodrigues Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 46 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS P/ BANESTES TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 08 – PROF. VICENTE CAMILLO Características do Contrato de Fiança O contrato de fiança é aquele em que um indivíduo garante ao credor cumprir com a obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra. Assim como no aval, o conceito básico da fiança é possibilitar uma garantia contra eventuais inadimplementos contratuais. A grande distinção entre uma garantia e outra, como já vimos, é a natureza jurídica da obrigação garantida. Enquanto a obrigação do fiador é acessória em relação à do afiançado, a obrigação do avalista é autônoma, independente da do avalizado. A fiança deve ser dada por escrito e não admite interpretação extensiva. Isto quer dizer, que é válido apenas o que está determinado explicitamente no contrato de fiança. Não é válido criar regras, ainda que supostamente de acordo com o contrato, que não estejam presentes no documento que instituiu a garantia. Ademais, o contrato de fiança deve ser formal, ou seja, estabelecido por escrito para ter validade. A fiança pode ser instituída, ainda que sem o consentimento do devedor ou contra a sua vontade. Diante dessa regra, percebemos a clara natureza de garantia contratual da fiança. Afinal, se ela é realizada para trazer segurança ao credor em uma possível situação de inadimplemento, nada mais justo que não ser necessária, para a existência de tal garantia, a anuência do devedor. Outra regra é que as dívidas futuras podem ser objeto de fiança. É necessária a existência de obrigação concreta entre o credor e o devedor, para que o fiador, nesse caso de ter se comprometido num momento em que não havia qualquer definição do que era devido, possa ser demandado. Regra geral, o fiador é responsável pela obrigação principal (a dívida principal) e pelas obrigações acessórias (que decorram da principal, como multa, taxas judiciárias numa possível ação que busque o pagamento, entre outras). Caso esta não seja a vontade das partes, deve estar formalmente estabelecida no contrato de fiança. 13182836714 - francielli dos santos pereira rodrigues Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 46 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS P/ BANESTES TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 08 – PROF. VICENTE CAMILLO A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e contraída em condições menos onerosas. Aqui há característica semelhante ao aval. Se as partes estipularem que a garantia deverá compreender apenas uma parcela da obrigação principal (a dívida total), não há que se falar em incompatibilidade com o instituto da fiança. Afinal, o próprio Código Civil determina tal possibilidade. Por outro lado, não é permitido que a fiança exceda o valor da dívida ou seja mais onerosa que ela. A obrigação não valerá senão até o limite da obrigação afiançada. As obrigações nulas não são suscetíveis de fiança, exceto se a nulidade resultar apenas de incapacidade pessoal do devedor. Entretanto, essa exceção não inclui o caso de mútuo feito a menor de idade. Aqui, percebemos a clara distinção, mais uma vez, entre fiança e aval. Afinal, a fiança, exatamente por se tratar de uma obrigação acessória e não autônoma, caso a obrigação do devedor original se extinga, também morrerá. É o princípio do Direito que afirma que “o acessório segue o principal”. Porém, não se esqueça da exceção à regra – no caso da obrigação principal se extinguir em razão de incapacidade pessoal do devedor (menores de 16 anos; enfermo ou deficiente mental; pessoa que transitoriamente não possa exprimir sua vontade; maior de 16 e menor de 18; ébrios e viciados em tóxicos; os excepcionais e, por fim, os pródigos), o fiador permanece obrigado. O credor não é obrigado a aceitar qualquer fiador. Caso o fiador apresentado não (i) seja pessoa idônea, (ii) não tenha domicílio no município onde tenha de prestar a fiança, (iii) não possua bens suficientes para cumprir a obrigação e/ou (iv) se torne insolvente ou incapaz, poderá o credor exigir que seja substituído. Se o fiador for demandado para opagamento da dívida, o mesmo poderá exigir, até a contestação da ação, que sejam os bens do devedor os primeiros a serem executados. É o caso do benefício de ordem citado acima. Apenas lembrando que, em quase todos os contratos de fiança, o credor exige que o fiador abra mão do benefício de ordem, pelo que esta característica deixa de existir. A fiança pode ser dividida entre alguns fiadores. Nesse caso, a fiança, conjuntamente prestada, para o pagamento de uma só dívida por mais de uma 13182836714 - francielli dos santos pereira rodrigues Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 46 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS P/ BANESTES TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 08 – PROF. VICENTE CAMILLO pessoa, importa o compromisso de solidariedade entre elas, se não houver declaração de que se beneficiam da divisão do débito. Ou seja, se os fiadores indicados não ratearem a parte do débito por ele garantida, todos respondem solidariamente pelo débito todo. Do contrário, se tal benefício for estipulado, cada fiador responde unicamente pela parte que, em proporção, lhe couber no pagamento. Ainda em relação à hipótese de uma fiança conjunta, Todo o contrato de fiança deve ser estabelecido por tempo determinado (não existe fiança para sempre). Caso contrário, o fiador poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo sempre que lhe for conveniente. Mas, nesse caso, o mesmo ficará obrigado por todos os efeitos da fiança durante 60 dias após a notificação do credor de tal decisão. Que tal resumirmos as principais características da fiança? Segue abaixo: ü! É contrato acessório; ü! Permite benefício de ordem; ü! Deve estar formalizada por escrito; ü! Pode ser instituída sem o consentimento do devedor ou contra a sua vontade; ü! Pode garantir dívidas futuras; ü! Em regra, o fiador é responsável pela obrigação principal e outras acessórias; ü! Pode haver fiança parcial; ü! Não pode existir fiança de valor superior à obrigação principal; ü! O credor não necessita aceitar qualquer fiador; ü! A fiança pode ser divida entre fiadores; importando solidariedade entre eles, ou a especificação da obrigação correspondente a cada fiador ü! A fiança deve ser estabelecida por prazo determinado 13182836714 - francielli dos santos pereira rodrigues Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 46 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS P/ BANESTES TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 08 – PROF. VICENTE CAMILLO FIANÇA BANCÁRIA A fiança bancária nada mais é do que uma espécie de fiança pela qual o banco se coloca como fiador de seu cliente (o sujeito afiançado) em determinada operação de crédito. Todas as observações feitas para a fiança são aqui aplicáveis. Apenas se deve observar que, na fiança bancária, o próprio banco é o fiador. Por prestar este serviço é remunerado, geralmente, de acordo com o valor da fiança prestada. Digamos que uma empresa compre de outra uma vultuosa quantia de matéria prima para pagamento a prazo. A empresa fornecedora pode exigir uma fiança bancária para concluir a transação, e assim ficar mais segura do pagamento. Nesta operação, a empresa cliente solicita a emissão da carta de fiança ao banco, sendo este o fiador e garantidor da operação. Evidente que irá cobrar uma remuneração por executar este serviço financeiro da empresa cliente. Todos ganham com a operação. O banco, através da remuneração que recebe. A empresa fornecedora através da venda de seus produtos e da garantia concedida pelo banco. A empresa cliente através da possibilidade de adquirir materiais essenciais à sua produção, fato antes impossibilitado sem a fiança bancária. 13182836714 - francielli dos santos pereira rodrigues Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 46 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS P/ BANESTES TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 08 – PROF. VICENTE CAMILLO PENHOR MERCANTIL O penhor mercantil é modalidade de direito de garantia real. Nesta há vinculação de determinado bem à satisfação da obrigação do pagamento. Nas espécies de garantia vistas anteriormente (aval e fiança), todo o patrimônio do devedor e do avalista/fiador responde pelo cumprimento da obrigação. Desta forma, a falta de pagamento do crédito enseja o direito de execução de quaisquer bens do devedor e do fiador/avalista. Se tratando de garantia real há a necessidade de indicação de um bem específico para satisfazer a necessidade do credor. Citamos em aula anterior o monopólio que a Caixa Econômica Federal possui na realização de penhor civil (também chamado de penhor comum). Neste, para garantir uma operação de crédito, o devedor indica como garantia bens específicos de valor, tais como joias, relógios, entre outros. No caso de penhor mercantil há também esta indicação, no entanto de bem com natureza distinta, como será visto adiante. O credor com garantia real goza de preferência no recebimento do crédito, pois o bem está vinculado ao crédito por ele concedido, não podendo, via de regra, ter outra finalidade – como servir de garantia a outros créditos, ser alienado (vendido) etc. Se a venda do bem onerado pela garantia real não produzir recursos suficientes para o integral pagamento da obrigação garantida, o devedor continua obrigado ao pagamento do restante. Desta forma, a existência de garantia real confere mais vantagens ao credor, pois garante maior eficiência na execução da garantia (o bem está gravado, não podendo, em regra, ser utilizado em outras finalidades), além de não implicar na exoneração do devedor no caso do bem em garantia ser insuficiente para quitar a obrigação – ou seja, se o bem indicado como garantia não quitar o crédito, o valor residual continua sendo devido pelo devedor). 13182836714 - francielli dos santos pereira rodrigues Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 46 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS P/ BANESTES TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 08 – PROF. VICENTE CAMILLO Feita esta introdução, podemos passar à análise do penhor mercantil propriamente dito. O penhor mercantil (também chamado de penhor industrial) é constituído pela indicação de bem derivado da atividade industrial ou comercial – tais como máquinas, aparelhos, instrumentos ou animais utilizados na indústria, sal e bens destinados à exploração de salinas, animais destinados à industrialização de carne e derivados – para garantir determinado crédito. Na realização de penhor mercantil o bem onerado permanece na posse do devedor, ou seja, mesmo que onerado como garantia da operação de crédito, ele permanece com o devedor. O termo técnico utilizado em direito para a entrega do bem do devedor ao comprador é “tradição”. Desta forma, em regra, não ocorre tradição no penhor mercantil, pois a posse do bem permanece com o devedor. Justifica-se o devedor continuar possuidor da coisa empenhada para que ela possa gerar os frutos necessários ao pagamento da obrigação garantida. Imagine que determinada empresa, ao contrair um empréstimo bancário, o garanta com máquinas de sua linha de produção. Se estas máquinas tiverem que permanecer em posse do credor, a produção ficaria paralisada (ou comprometida) e a possibilidade de a empresa gerar rendimentos para pagamento da própria dívida ficaria comprometida. No entanto, o devedor fica limitado em seus poderes sobre o bem onerado. O uso não poderá ser alterado, assim como não é possível ao devedor dispor destes bens, a não ser mediante prévio e expresso consentimento do credor. O penhor é instituído através de registro no Registro de Imóveis da circunscrição em que os bens empenhados se encontram. Como os benspermanecem na posse do devedor, a formalização do penhor mercantil é feita através de registro público em cartório de imóveis localizado no município em que se encontra o bem onerado. 13182836714 - francielli dos santos pereira rodrigues Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 46 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS P/ BANESTES TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 08 – PROF. VICENTE CAMILLO É possível perceber que a definição do penhor mercantil está intimamente relacionada à natureza dos bens dados em garantia. Nota-se que são bens voltados à indústria e ao comércio industrial – daí ser industrial ou mercantil. O credor da obrigação garantida por penhor mercantil tem o direito de verificar o estado das coisas empenhadas, inspecionando-as onde se encontrarem. Tal iniciativa poderá ser realizada pelo próprio credor ou por pessoa credenciada para tanto. O penhor mercantil será extinto nas seguintes hipóteses: ü! extinguindo-se a obrigação (por exemplo, como o pagamento do crédito); ü! perecendo a coisa (por exemplo, se foi penhorado animal e o mesmo pereceu); ü! renunciando o credor; ü! confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e dono da coisa; ü! dando-se a adjudicação judicial (quando há a transferência de titularidade do bem empenhado em favor do credor – o credor, além de possuidor, torna-se proprietário do bem empenhado; neste caso houve a execução em juízo do bem penhorado); ü! a remissão (quando a dívida é perdoada pelo credor) ou a venda da coisa empenhada, feita pelo credor ou por ele autorizada. Além dessas hipóteses vistas que configuram a extinção do penhor mercantil, temos ainda que a renúncia por parte do credor também determina o fim da garantia. São formas de renúncia: (i) o consentimento do credor na venda particular do penhor sem reserva de preço; (ii) a devolução da posse do bem ao devedor; e (iii) a anuência pelo credor à substituição do bem empenhado por outra garantia. 13182836714 - francielli dos santos pereira rodrigues Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 46 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS P/ BANESTES TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 08 – PROF. VICENTE CAMILLO HIPOTECA A hipoteca segue a ideia do penhor, no entanto recai sobre bens de maior valor de mercado e, por isto, está cercada de maiores formalidades. Definindo, hipoteca é modalidade de direito de garantia real que recai sobre bens imóveis e outros de valor expressivo, como navios e aeronaves, cuja constituição se faz mediante registro formal e não importa a transferência da posse do bem onerado para o titular da garantia real. Vamos explicar ponto a ponto. A hipoteca é modalidade de garantia real. Já sabemos que significa uma modalidade real de garantia. Ocorre quando se onera um bem específico para garantir determinada operação de crédito. Ao contrário do penhor industrial (que onera bens ligados à produção e outras atividades econômicas), na hipoteca ocorre a oneração de bens imóveis e outros de valor (adiante serão citados todos os tipos de bens possíveis de hipoteca). A constituição da hipoteca se faz mediante registro em Registro de Imóveis do município onde se localiza o bem dado em garantia, ou em outro específico. Aqui cabe o mesmo comentário feito no penhor: como o bem permanece com o devedor há a necessidade de formalizar a operação em Registro. E, por fim, cabe comentar que não há tradição do bem hipotecado. Isto é, a posse do mesmo permanece com o devedor, da mesma forma que ocorre no penhor industrial. Vejamos os tipos de bens que podem ser hipotecados: ü! Imóveis: Todo tipo de bem imóvel pode ser gravado por hipoteca, tais como apartamentos, casas, escritórios, lojas, terrenos etc. Os acessórios do imóvel, como suas benfeitorias, acessões, melhoramentos e construções, são também abrangidos pelo ônus, salvo se o documento que dispõe sobre a hipoteca ressalvá-los. O contrato de hipoteca é feito, na expressiva maioria das vezes, por escritura pública. 13182836714 - francielli dos santos pereira rodrigues Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 46 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS P/ BANESTES TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 08 – PROF. VICENTE CAMILLO O instrumento público ou privado deve ser registrado no Registro de Imóveis do município do bem gravado. Se mais de um imóvel for hipotecado no mesmo instrumento, ele deve ser levado a registro em todos os cartórios competentes. Qualquer dos interessados, tanto o credor, como o devedor hipotecário, tem legitimidade para, exibindo o título, requerer o registro do direito real de garantia. ü! Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo a exploração da linha. Ou seja, mesmo que a estrada de férreo esteja onerada em hipoteca, não pode haver prejuízo do regular funcionamento da estrada de ferro. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário obter antes a anuência do credor hipotecário. ü! Recursos minerais: As jazidas, minas e demais recursos minerais podem ser onerados por hipoteca, independentemente do solo em que se encontram ü! Navios: O registro da hipoteca incidente sobre navios, inclusive os que se encontram em construção, deve ser feito no Tribunal Marítimo, órgão encarregado do assentamento da propriedade das embarcações nacionais ü! Aeronaves: A hipoteca de aeronave é constituída pelo registro do contrato no Registro Aeronáutico Brasileiro, em que está assentada a propriedade do bem onerado, além da averbação no correspondente Certificado de Matrícula. Extingue-se a hipoteca pelos seguintes motivos: 13182836714 - francielli dos santos pereira rodrigues Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 46 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS P/ BANESTES TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 08 – PROF. VICENTE CAMILLO ü! extinção da obrigação principal (motivada, por exemplo, pelo pagamento do crédito) ü! perecimento do bem hipotecado; ü! renúncia do credor hipotecário; ü! a remição (ato pelo qual o devedor paga ao credor o valor da obrigação garantida, liberando o bem do ônus); ü! arrematação (aquisição do bem hipotecado em leilão por quem oferece o maior lance); ü! adjudicação (entrega judicial do bem onerado ao credor, como forma de satisfação do seu crédito); e ü! averbação de cancelamento do registro, feita a pedido do devedor, com a anuência expressa do credor hipotecário ou a prova da quitação da obrigação garantida. 13182836714 - francielli dos santos pereira rodrigues Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 46 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS P/ BANESTES TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 08 – PROF. VICENTE CAMILLO ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA A alienação fiduciária representa forma de garantia distinta das demais analisadas até o momento. Vimos como o aval e a fiança garantem determinada operação de crédito através de todo o patrimônio o devedor e/ouavalista/fiador. Já o penhor mercantil e a hipoteca são espécies de direito de garantia real, ou seja, a garantia é dada através de um bem em específico, conferindo maior eficiência na execução da mesma por parte do credor. Já a alienação fiduciária é espécie de direito real em garantia. Apesar da diferença no nome se dar apenas entre “de” e “em”, o significado dos dois direitos reais é distinto e muito importante. Enquanto os direitos reais de garantia (penhor e hipoteca) garantem o crédito através da oneração de bem da propriedade do devedor, os direitos reais em garantia incidem sobre a propriedade resolúvel do credor. Mas, o que significa o termo resolúvel? Resolúvel é aquilo que nasce com data de encerramento, chamada de cláusula resolutiva. Desta forma, a propriedade do credor é resolúvel pois assim permanece apenas por prazo determinado e conhecido. Como estamos tratando de garantia, a propriedade do bem é de titularidade do credor tão somente enquanto serve de garantia. Ocorrendo a extinção da garantia, por exemplo através do pagamento do crédito, a titularidade passa do credor ao devedor. Continuando, podemos resumir os direitos reais em garantia da forma que segue: espécie de direito sobre o próprio bem, na medida em que conferem ao credor a titularidade da propriedade resolúvel dele, com o objetivo de tornar mais eficiente a recuperação do crédito. Imagine por você mesmo: se você tem a possibilidade de permanecer com a titularidade do bem que concede crédito para a aquisição, fica muito mais seguro quanto ao pagamento deste crédito, pois, caso contrário, a titularidade do bem já 13182836714 - francielli dos santos pereira rodrigues Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 46 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS P/ BANESTES TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 08 – PROF. VICENTE CAMILLO lhe pertence e a recuperação do crédito pode se dar com a venda do próprio bem para terceiro. Esta é a ideia implícita na alienação fiduciária em garantia. A alienação fiduciária em garantia é contrato pelo qual o devedor (chamado de fiduciante) transfere ao credor (chamado de fiduciário) a propriedade resolúvel de bem (pode ser móvel ou imóvel), conservando a posse direta. O cumprimento da obrigação garantida pela alienação fiduciária reserva ao devedor a possibilidade de recuperar o bem colocado em garantia; o descumprimento transfere a posse direta do bem ao credor, que o vende e satisfaz o cumprimento do crédito. Apesar de a definição ser um pouco extensa, a ideia é muito simples. Vamos ao exemplo mais tradicional de alienação fiduciária para compreender como funciona: os veículos. Você deseja adquirir um veículo, pagando-o parcelado. Desta forma, contrata um crédito junto a uma instituição financeira. A garantia da operação de crédito é o próprio veículo, que é alienado fiduciariamente à instituição (chamada aqui de fiduciária). Pois bem, nesta operação, a propriedade resolúvel do veículo é transmitida ao fiduciário, mesmo que a posse direta permaneça com você (fiduciante). Desta forma, você pode continuar utilizando o veículo, pois a posse direta é sua, mesmo que a propriedade resolúvel seja da instituição financeira. Ao final do contrato de crédito com todo o valor quitado, a propriedade resolúvel da instituição financeira chega ao fim e é transferida, em definitivo, para você, que além da posse passa a ser o proprietário do bem. A alienação fiduciária pode ainda recair sobre bens imóveis e bens que já pertencem ao devedor. Ou seja, ela não recai tão somente sobre bens móveis e bens recentemente adquiridos pelo devedor. Adicionalmente, em relação aos bens imóveis e aos bens móveis infungíveis (aqueles que não podem ser substituídos por outros semelhantes, como no caso de veículos), a alienação fiduciária pode ser feita por qualquer pessoa, física ou 13182836714 - francielli dos santos pereira rodrigues Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 46 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS P/ BANESTES TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 08 – PROF. VICENTE CAMILLO jurídica. Este tipo de contrato não é apenas exercível apenas por instituição financeira. No entanto, no caso de bens móveis fungíveis (aqueles que podem ser substituídos por semelhantes), apenas instituição financeira está autorizada a realizar. É o caso, por exemplo, de empresa que contrata crédito com determinado banco e aliena fiduciariamente determinada quantidade de ações de outra companhia que possui. A rigor, como há alienação de bens móveis fungíveis (ações), o contrato só pode ser realizado por instituição financeira. Por fim, necessitamos compreender as modalidades de extinção do contrato de alienação fiduciária (destacando que todas estas figuras abaixo já estão definidas em outros momentos da aula): ü! extinção da obrigação; ü! perecimento da coisa alienada fiduciariamente; ü! renúncia do credor; ü! adjudicação judicial, ü! remição ü! arrematação ou venda extrajudicial; 13182836714 - francielli dos santos pereira rodrigues e Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 46 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS P/ BANESTES TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 08 – PROF. VICENTE CAMILLO FUNDO GARANTIDOR DE CRÉDITO (FGC) O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma associação civil sem fins lucrativos, com personalidade jurídica de direito privado. O FGC é formado por instituições privadas, que contribuem de maneira compulsória para formar o capital do fundo, não possui finalidade lucrativa, além de possuir natureza privada e estar vedado de exercer qualquer função pública, inclusive por delegação. A principal finalidade do FGC é proteger os depositantes e investidores no âmbito do sistema financeiro nacional (dentro dos limites previstos). No entanto outras duas finalidades destacam-se: contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema Financeiro Nacional e contribuir para prevenção de crise bancária sistêmica. Afinal, ao proteger depositantes e investidores, o FGC mitiga os riscos de disseminação de passivos (sobretudo por conta do risco de crédito) pelo SFN, reduzindo as chances de ocorrência de crises sistêmicas e preservando a estabilidade do sistema financeiro. Os seguintes eventos geram a obrigação do FGC prestar garantia aos depositantes membros das instituições: ü!decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da associada; e ü! reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência da associada. Atenção! Com o objetivo de contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema Financeiro Nacional e para prevenção de crise bancária sistêmica, podem ser contratadas com o FGC operações de assistência ou de suporte financeiro, incluindo operações de liquidez com as instituições associadas, diretamente ou por intermédio de empresas por estas indicadas, inclusive com seus acionistas controladores. 13182836714 - francielli dos santos pereira rodrigues 8 Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 46 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS P/ BANESTES TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 08 – PROF. VICENTE CAMILLO Estas operações podem ser contratadas, inclusive, com o objetivo de promover a transferência de controle acionário, a transformação, a incorporação, a fusão, a cisão ou outras formas de reorganização societária legalmente admitidas de interesse das instituições associadas. Não obstante, elas devem seguir os seguintes limites: •! não poderão exceder ao valor projetado para os instrumentos financeiros garantidos de responsabilidade de cada associada ou associadas de um mesmo conglomerado, na hipótese(i) de decretação, pelo Bacen, de intervenção ou liquidação extrajudicial e (ii) de reconhecimento, pelo Bacen, do estado de insolvência da instituição; •! observarão os seguintes limites em relação ao patrimônio líquido do FGC, nele computado o valor das antecipações de contribuições devidas pelas associadas, constantes do balancete mensal ou do balanço do exercício do FGC: o! até 25% (vinte e cinco por cento) para o conjunto das operações realizadas com cada instituição associada ou com todas as instituições associadas de um mesmo conglomerado financeiro; e o! até 50% (cinquenta por cento) para o conjunto das referidas operações. Um bom e recente exemplo desta hipótese foi a contratação, pelo Banco BTG Pactual S.A., de linha de assistência financeira com valor de até R$6.000.000.000,00 (seis bilhões de reais) disponível, com garantia constituída por parte da carteira de crédito do BTG Pactual1. São instituições associadas ao FGC os bancos múltiplos, os bancos comerciais, os bancos de investimento, os bancos de desenvolvimento, a Caixa Econômica Federal, as sociedades de crédito, financiamento e investimento, as sociedades de 1 http://ri.btgpactual.com/btgpactual/web/download_arquivos.asp?id_arquivo=32C2DED1-FE91- 4F27-9978-5D89A2053908&conta=28&s=150031 13182836714 - francielli dos santos pereira rodrigues 2 Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 46 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS P/ BANESTES TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 08 – PROF. VICENTE CAMILLO crédito, as companhias hipotecárias e as associações de poupança e empréstimo, em funcionamento no País, que: ü! recebam depósitos à vista, em contas de poupança ou depósitos a prazo; ü! realizem aceite em letras de câmbio; ü!captem recursos mediante a emissão e a colocação de letras imobiliárias, de letras hipotecárias, de letras de crédito imobiliário ou de letras de crédito do agronegócio; e ü!captem recursos por meio de operações compromissadas tendo como objeto títulos de emissão de empresa ligada. No entanto, é preciso afirmar que a afiliação destas instituições acima enumeradas ao FGC deve ser comprovada previamente ao Bacen para que surta efeitos. Vale ressaltar também que a adesão das instituições é compulsória. Nos casos decretação de intervenção ou de liquidação extrajudicial da instituição associada, bem como a mudança de objeto social em virtude da qual a instituição associada deixe de atender aos critérios elencados acima, há exclusão da instituição do quadro de associados do FGC. Isto porque a garantia prestada pelo FGC aos depósitos só é valida no caso de a instituição estar vinculada ao Fundo. Especificamente, os seguintes créditos são objeto de garantia desses depositários: ü!depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio; ü!depósitos de poupança; ü!depósitos a prazo, com ou sem emissão de certificado; ü!depósitos mantidos em contas não movimentáveis por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos, aposentadorias, pensões e similares; ü! letras de câmbio; ü! letras imobiliárias; 13182836714 - francielli dos santos pereira rodrigues b Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 46 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS P/ BANESTES TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 08 – PROF. VICENTE CAMILLO ü! letras hipotecárias; ü! letras de crédito imobiliário; ü! letras de crédito do agronegócio; e ü!operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos após 8 de março de 2012 por empresa ligada. As normas relativas ao FGC também estabelecem os casos em que não há garantia por parte do Fundo. São os seguintes: ü! os depósitos, empréstimos ou quaisquer outros recursos captados ou levantados ü! os depósitos captados de residentes no exterior; ü! as operações relacionadas a programas de interesse governamental instituídos; ü! os depósitos judiciais; ü! qualquer instrumento financeiro que contenha cláusula de subordinação, autorizado ou não pelo Banco Central do Brasil a integrar o patrimônio de referência de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pela referida Autarquia; ü! os créditos: o! de titularidade de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, de entidades de previdência complementar, de sociedades seguradoras, de sociedades de capitalização, de clubes de investimento e de fundos de investimento; e o! representados por cotas de fundos de investimento ou que representem quaisquer participações nas entidades referidas na alínea “a” ou nos instrumentos financeiros de sua titularidade. Vamos citar um exemplo para elucidar o caso. 13182836714 - francielli dos santos pereira rodrigues 7 Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 46 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS P/ BANESTES TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 08 – PROF. VICENTE CAMILLO Suponha que você tenha valores depositados em uma conta corrente e também em CDB em um banco comercial. Esta instituição, passando por dificuldades financeiras, tem intervenção decretada pelo Banco Central. Assim, algum administrador externo à instituição (que pode ser do próprio FGC) passa a administrar a instituição. E seus recursos, como ficam? Mesmo que a instituição não se recupere e entre em falência, não restando qualquer valor para indenizar seus depositantes e rentistas, há a possibilidade do FGC garantir estes valores, pagando-os a você. Atualmente, o valor garantido por CPF/Conta é de R$ 250 mil. Devemos admitir, é um belo valor! Assim, o total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro, será garantido até o valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais). Se, por exemplo, os valores que você possui em conta corrente e CDB depositados em uma instituição financeira (ou em mais de uma do mesmo conglomerado financeiro) forem de R$ 300 mil, tão somente R$ 250 mil será garantido. Mas, no entanto, caso você tenha depósito de R$ 250 mil espalhados por 4 instituições financeiras distintas, todos os seus depósitos serão garantidos. Assim, se mostra interessante diversificar os depósitos entre instituições financeiras diferentes, controladas por grupos econômicos também distintos. E o que financia estas garantias prestadas pelo FGC? Toda instituição associada ao FGC tem que contribuir com contribuição ordinária de 0,0125% ao mês sobre os depósitos que captam e são garantidos pelo FGC. Além disso, devem fazer contribuições extras caso o nível de capitalização do fundo (volume de dinheiro que ele tem guardado) seja menor que 2% do valor das contas garantidas. De forma oposta, o FGC pode parar de requerer contribuições, se autorizado pelo BACEN, caso a capitalização do fundo supere os 2% das contas garantidas. 13182836714 - francielli dos santos pereira rodrigues Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 46 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS P/ BANESTES TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 08 – PROF. VICENTE CAMILLO Estas contribuições citadas são aplicadas aos casos ordinários. Mas, o FGC também prevê garantia especial de até R$ 20 milhões, em relação a depósitos a prazo sem emissão de certificados. Estes depósitos a prazo com garantia especial do FGC são chamados de DPGE. Esta garantia especial é aplicável apenas nos casos de decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da associada; e reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvênciada associada. Como condição para dispor da garantia especial, as instituições associadas devem recolher ao FGC contribuição especial equivalente ao somatório dos seguintes valores: ü! 0,0833% a.m. do montante dos saldos dos Depósitos a Prazo com Garantia Especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho Monetário Nacional; e ü! 0,8333% a.m. do montante dos saldos dos DPGE que exceder o limite fixado pelo Conselho Monetário Nacional. 13182836714 - francielli dos santos pereira rodrigues Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 46 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS P/ BANESTES TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 08 – PROF. VICENTE CAMILLO QUESTÕES PROPOSTAS !(CESGRANRIO – BB/2014) Um gerente participa de processo de treinamento sobretítulos de créditos e garantias do Sistema Financeiro Nacional. Durante a avaliação dos itens abordados no treinamento, o gerente, que se dedicou com afinco aos estudos, responde, apropriadamente, que o aval, nos termos do Código Civil, (A) gera direito de regresso contra o avalizado em caso de pagamento pelo avalista. (B) é garantia típica dos contratos bancários. (C) pode ser parcial quando firmado em título de crédito. (D) pode ser considerado até declaração judicial quando cancelado. (E) deve ser subscrito exclusivamente no anverso do título. !(CESGRANRIO – BNDES/2004) Com relação ao contrato de fiança, pode-se afirmar corretamente que: (A) é um contrato bilateral. (B) tem como característica fundamental o caráter intuitu personae. (C) se trata de contrato principal, sempre garantido por um contrato acessório. (D) pode ser tratado como sinônimo de aval, quando celebrado em caráter oneroso. (E) pode ser celebrado por qualquer meio lícito, não havendo mais a exigência da forma escrita, segundo o novo Código Civil. 13182836714 - francielli dos santos pereira rodrigues Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 46 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS P/ BANESTES TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 08 – PROF. VICENTE CAMILLO !CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2011 Ao conceder uma fiança bancária a determinado cliente, um banco garante o cumprimento de uma obrigação pelo cliente, mediante uma remuneração. A fiança bancária (A) não precisa ser aprovada pela área de crédito dos bancos. (B) é proibida pelo Banco Central do Brasil no caso de operações que não tenham perfeita caracterização do valor em moeda nacional. (C) tem remuneração limitada à taxa de juros de referência da economia. (D) não é utilizada nas negociações registradas na Bolsa de Mercadorias e Futuro. (E) é uma operação de crédito e, portanto, sujeita ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). !FCC - Escriturário (BB)/2011 Uma carta de fiança bancária, garantindo uma operação de crédito, implica a) a impossibilidade de substituição do fiador. b) a responsabilidade solidária e como principal pagador, no caso de renúncia do fiador ao benefício de ordem. c) a contragarantia ser formalizada por instrumento público. d) o impedimento de compartilhamento da obrigação. e) a obrigatória cobertura integral da dívida. !FCC - Escriturário (BB)/2013 O penhor mercantil é modalidade de garantia que pode ser exigida por operadores do Sistema Financeiro Nacional na formalização de operações de crédito em que a) haja dispensa de fiel depositário. b) o valor atualizado do bem não exceda 50% do valor financiado. 13182836714 - francielli dos santos pereira rodrigues Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 46 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS P/ BANESTES TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 08 – PROF. VICENTE CAMILLO c) esse direito recaia sobre bens móveis. d) o devedor possa substituir os bens empenhados sem autorização prévia do credor. e) os recursos liberados permaneçam depositados na mesma instituição financeira. !(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2014) Um bancário, almejando promoção na carreira, realiza diversos cursos propostos pelo seu empregador. Ao final de um desses cursos, foi apresentada uma questão exigindo do aluno o conhecimento de que a hipoteca (A) é inaplicável sobre as acessões do imóvel hipotecado. (B) é relacionada aos títulos de crédito documentados. (C) acarreta a proibição de alienação do imóvel hipotecado. (D) pode incidir sobre navios e aeronaves. (E) pode ser realizada por pessoa absolutamente incapaz. !CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2015 Um cliente interessado na compra de um imóvel próprio encontra, entre outras, as seguintes informações no website do Banco do Brasil: • Percentual máximo financiável: até 90% do valor do imóvel, baseado no menor dos seguintes valores: avaliação ou compra e venda; • Forma de pagamento: débito em conta-corrente; • Prazo máximo: financiamento em até 420 meses (35 anos); • Tipos de imóvel: novo ou usado; residencial ou comercial; edificado em alvenaria; localizado em área urbana; • Garantia: alienação fiduciária do imóvel. A garantia informada 13182836714 - francielli dos santos pereira rodrigues Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 46 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS P/ BANESTES TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 08 – PROF. VICENTE CAMILLO (A) concede ao devedor a propriedade do imóvel, assegurada por registro em cartório logo depois do pagamento da primeira prestação. (B) é um tipo de garantia, tal como a fiança, baseada na confiança. (C) possui o mesmo teor legal da hipoteca, já que proporciona ao credor o direito de reaver o imóvel em caso de inadimplência do devedor, depois de finalizado o processo judicial. (D) possibilita ao credor, diferentemente da hipoteca, executar o bem sob garantia sem que seja necessário recorrer ao poder judiciário, caso o devedor se torne irremediavelmente inadimplente. (E) permite que o credor coloque o imóvel em leilão público em caso de inadimplência do devedor, ficando aquele obrigado a repassar à União eventuais diferenças, quando houver, entre o valor arrecadado e o valor da dívida. !CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2012 Devido à grande exposição ao risco de crédito, os bancos precisam utilizar meios para garantir suas operações e salvaguardar seus ativos. Qual o tipo de operação que garante o cumprimento de uma obrigação na compra de um bem a crédito, em que há a transferência desse bem, móvel ou imóvel, do devedor ao credor? a) Hipoteca b) Fiança bancária c) Alienação fiduciária d) Penhor e) Aval bancário !FCC - Escriturário (BB)/2011 O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) administra o mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, proporcionando garantia limitada a 13182836714 - francielli dos santos pereira rodrigues Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 46 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS P/ BANESTES TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 08 – PROF. VICENTE CAMILLO a) Letras do Tesouro Nacional. b) fundos de investimento. c) depósitos à vista e a prazo. d) debêntures. e) depósitos judiciais. !FCC - Escriturário (BB)/2011/ADAPTADA O Fundo Garantidor de Créditos (FGC): I. proporciona garantia a depósitos judiciais. II. cobre créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado, até o valor limite de R$ 250.000,00. III. tem o custeio da garantia prestada feito com recursos provenientes do Banco Central do Brasil. Está correto o que consta em a) II e III, apenas. b) I e III, apenas. c) II, apenas. d) I, apenas. e) I, II e III. !FCC - Escriturário (BB)/2011/ADAPTADAO Fundo Garantidor de Créditos (FGC) garante créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro, a) do total de depósitos à vista. 13182836714 - francielli dos santos pereira rodrigues Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 46 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS P/ BANESTES TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 08 – PROF. VICENTE CAMILLO b) até o valor de R$ 250 mil. c) somente de depósitos a prazo. d) ilimitados, até o valor de suas cotas em fundos de investimento. e) do total de depósitos à vista e de poupança. !FCC - Escriturário (BB)/2010 O Fundo Garantidor de Crédito − FGC é uma entidade privada, sem fins lucrativos, que administra o mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, contra instituições financeiras em caso de intervenção, liquidação ou falência. São cobertos limitadamente pela garantia a) Notas Promissórias Comerciais. b) Letras Hipotecárias. c) Depósitos Judiciais. d) Letras Financeiras do Tesouro. e) Fundos de Investimentos Financeiros. !CESPE - Escriturário (BB)/2009 Julgue o próximo item, a respeito do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que, entre outros objetivos, visa prestar garantia aos titulares de créditos com as instituições associadas nas hipóteses de decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da instituição. A contribuição ordinária das instituições associadas ao FGC é anual e incide sobre o montante dos saldos das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia. 13182836714 - francielli dos santos pereira rodrigues Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 46 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS P/ BANESTES TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 08 – PROF. VICENTE CAMILLO !CESPE - Escriturário (BB)/2009 Julgue o próximo item, a respeito do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que, entre outros objetivos, visa prestar garantia aos titulares de créditos com as instituições associadas nas hipóteses de decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da instituição. Atualmente, o valor máximo de garantia proporcionada pelo FGC é de R$ 120.000,00 contra a mesma instituição associada ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro. !CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2012 O Fundo Garantidor de Crédito foi criado para, dentre outras finalidades, proteger depositantes e investidores no âmbito do sistema financeiro, até os limites estabelecidos pela regulamentação. Tal fundo é pessoa jurídica caracterizada como (A) sociedade por ações (B) sociedade de economia mista (C) autarquia especial (D) associação civil (E) empresa financeira !CESPE - Analista Legislativo (CAM DEP)/Área VII/Consultor Legislativo/2014/ Suponha que o cliente de um banco múltiplo com carteira de arrendamento mercantil tenha adquirido letra de arrendamento mercantil (LAM) de valor nominal de R$ 250.000,00, não possuindo qualquer outro direito de crédito contra o banco emissor ou contra outra instituição do mesmo conglomerado econômico. Com base nessas informações, julgue o item abaixo. 13182836714 - francielli dos santos pereira rodrigues Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 46 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS P/ BANESTES TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 08 – PROF. VICENTE CAMILLO Na hipótese da liquidação extrajudicial do banco emissor, o cliente titular da LAM contará com garantia ordinária do Fundo Garantidor de Créditos pelo saldo total remanescente do título. !CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/Área 3 - Política Econômica e Monetária/2013/ Com relação às operações de captação e operações ativas praticadas no mercado financeiro brasileiro, julgue o item a seguir. As instituições associadas devem recolher ao fundo garantidor de créditos (FGC) contribuição especial de 0,0833% ao mês sobre os saldos de depósitos a prazo com garantia especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho Monetário Nacional. Gabaritos 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 A B B B C D D C C C 11 12 13 14 15 16 17 C B ERRADO ERRADO D ERRADO CERTO 13182836714 - francielli dos santos pereira rodrigues Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 46 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS P/ BANESTES TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 08 – PROF. VICENTE CAMILLO QUESTÕES COMENTADAS !(CESGRANRIO – BB/2014) Um gerente participa de processo de treinamento sobretítulos de créditos e garantias do Sistema Financeiro Nacional. Durante a avaliação dos itens abordados no treinamento, o gerente, que se dedicou com afinco aos estudos, responde, apropriadamente, que o aval, nos termos do Código Civil, (A) gera direito de regresso contra o avalizado em caso de pagamento pelo avalista. (B) é garantia típica dos contratos bancários. (C) pode ser parcial quando firmado em título de crédito. (D) pode ser considerado até declaração judicial quando cancelado. (E) deve ser subscrito exclusivamente no anverso do título. O aval, assim como outras modalidades de garantia pessoal, enseja direito de regresso. Ou seja, o avalista que arca com o crédito que prestou garantia pode cobrar os valores do avalizado. As outras alternativas estão incorretas. GABARITO: LETRA A !(CESGRANRIO – BNDES/2004) Com relação ao contrato de fiança, pode-se afirmar corretamente que: (A) é um contrato bilateral. (B) tem como característica fundamental o caráter intuitu personae. (C) se trata de contrato principal, sempre garantido por um contrato acessório. (D) pode ser tratado como sinônimo de aval, quando celebrado em 13182836714 - francielli dos santos pereira rodrigues Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 46 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS P/ BANESTES TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 08 – PROF. VICENTE CAMILLO caráter oneroso. (E) pode ser celebrado por qualquer meio lícito, não havendo mais a exigência da forma escrita, segundo o novo Código Civil. Questão um pouco mais técnica, mas complementar ao tema. O contrato de fiança é “intuitu personae” relativamente ao fiador, visto que para ser celebrado será imprescindível que o credor aceite a pessoa do fiador como idônea, domiciliada no município onde tenha de prestar a fiança, e possua bens suficientes para cumprir a obrigação. A expressão intuitu personae significa “em relação à pessoa”. Por isso que o contrato de fiança possui esta natureza, visto que depende das características relacionadas ao fiador para ser válido. Vejamos os erros das demais alternativas: a) O contrato de fiança é feito entre credor, devedor e fiador. Por envolver 3 partes não pode ser chamado de bilateral c) O contrato de fiança é acessório e deve fazer referência a um principal. d) Incorreto, pois aval e fiança possuem distinções. e) O contrato de fiança deve estar formalizado na forma escrita. GABARITO: LETRA B !CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2011 Ao conceder uma fiança bancária a determinado cliente, um banco garante o cumprimento de uma obrigação pelo cliente, mediante uma remuneração. A fiança bancária (A) não precisa ser aprovada pela área de crédito dos bancos. (B) é proibida pelo Banco Central do Brasil no caso de operações que não tenham perfeita caracterização do valor em moeda nacional. (C) tem remuneração limitada à taxa de juros de referência da economia. 13182836714 - francielli dos santos pereira rodrigues Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 36 de46 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS P/ BANESTES TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 08 – PROF. VICENTE CAMILLO (D) não é utilizada nas negociações registradas na Bolsa de Mercadorias e Futuro. (E) é uma operação de crédito e, portanto, sujeita ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Questão interessante, pois coloca um novo conceito em relação à fiança bancária, qual seja, a perfeita caracterização do valor em moeda nacional. Ou seja, todo contrato de fiança bancária deve estabelecer o exato valor sob o qual a garantia do banco é dada. Este conceito está na Letra B. Vejamos o erro das demais alternativas: a) a área de crédito dos bancos precisa aprovar, pois se trata de uma operação que envolve riscos ao banco c) a remuneração é pactuada entre o devedor e o banco d) é utilizada em operações na BM&FBOVESPA, pois pode ser negociada para diversificar riscos e) não é operação de crédito, mas sim de garantia. GABARITO: LETRA B !FCC - Escriturário (BB)/2011 Uma carta de fiança bancária, garantindo uma operação de crédito, implica a) a impossibilidade de substituição do fiador. b) a responsabilidade solidária e como principal pagador, no caso de renúncia do fiador ao benefício de ordem. c) a contragarantia ser formalizada por instrumento público. d) o impedimento de compartilhamento da obrigação. e) a obrigatória cobertura integral da dívida. Vejamos as alternativas: a) O fiador pode ser substituído, desde que com anuência do credor 13182836714 - francielli dos santos pereira rodrigues Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 46 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS P/ BANESTES TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 08 – PROF. VICENTE CAMILLO b) Correto. Como dissemos, o credor pode exigir a extinção do benefício de ordem; desta forma, o fiador se torna o principal pagador, respondendo solidariamente com o devedor em caso de inadimplemento do crédito (na prática os dois são cobrados simultaneamente) c) A carta fiança é a garantia da operação, não havendo que se falar em contragarantia d) Como afirmado, na ausência de benefício de ordem, a obrigação é compartilhada por devedor e fiador e) A carta fiança não necessita cobrir integralmente a divida. Citamos que a fiança pode ser parcial, a critério do credor. GABARITO: LETRA B !FCC - Escriturário (BB)/2013 O penhor mercantil é modalidade de garantia que pode ser exigida por operadores do Sistema Financeiro Nacional na formalização de operações de crédito em que a) haja dispensa de fiel depositário. b) o valor atualizado do bem não exceda 50% do valor financiado. c) esse direito recaia sobre bens móveis. d) o devedor possa substituir os bens empenhados sem autorização prévia do credor. e) os recursos liberados permaneçam depositados na mesma instituição financeira. O penhor mercantil recai sobre bens móveis com natureza industrial ou comercial. Desta forma, o penhor mercantil é modalidade de garantia em que o direito recai sobre bens móveis. As demais alternativas estão incorretas, pois o penhor mercantil pode servir de garantia em operações de crédito que financiam mais de 50% da operação, a substituição de bens em penhor deve ser feita com prévia anuência do credor e os recursos liberados servem para financiar alguma aquisição ou despesa diversa. 13182836714 - francielli dos santos pereira rodrigues Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 38 de 46 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS P/ BANESTES TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 08 – PROF. VICENTE CAMILLO GABARITO: LETRA C !(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2014) Um bancário, almejando promoção na carreira, realiza diversos cursos propostos pelo seu empregador. Ao final de um desses cursos, foi apresentada uma questão exigindo do aluno o conhecimento de que a hipoteca (A) é inaplicável sobre as acessões do imóvel hipotecado. (B) é relacionada aos títulos de crédito documentados. (C) acarreta a proibição de alienação do imóvel hipotecado. (D) pode incidir sobre navios e aeronaves. (E) pode ser realizada por pessoa absolutamente incapaz. Em geral, a hipoteca recai sobre bens imóveis. No entanto, há a possibilidade de incidência sobre navios, aeronaves, estradas de ferro e recursos minerais, como vimos anteriormente. GABARITO: LETRA D !CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2015 Um cliente interessado na compra de um imóvel próprio encontra, entre outras, as seguintes informações no website do Banco do Brasil: • Percentual máximo financiável: até 90% do valor do imóvel, baseado no menor dos seguintes valores: avaliação ou compra e venda; • Forma de pagamento: débito em conta-corrente; • Prazo máximo: financiamento em até 420 meses (35 anos); • Tipos de imóvel: novo ou usado; residencial ou comercial; edificado em alvenaria; localizado em área urbana; • Garantia: alienação fiduciária do imóvel. 13182836714 - francielli dos santos pereira rodrigues Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 39 de 46 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS P/ BANESTES TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 08 – PROF. VICENTE CAMILLO A garantia informada (A) concede ao devedor a propriedade do imóvel, assegurada por registro em cartório logo depois do pagamento da primeira prestação. (B) é um tipo de garantia, tal como a fiança, baseada na confiança. (C) possui o mesmo teor legal da hipoteca, já que proporciona ao credor o direito de reaver o imóvel em caso de inadimplência do devedor, depois de finalizado o processo judicial. (D) possibilita ao credor, diferentemente da hipoteca, executar o bem sob garantia sem que seja necessário recorrer ao poder judiciário, caso o devedor se torne irremediavelmente inadimplente. (E) permite que o credor coloque o imóvel em leilão público em caso de inadimplência do devedor, ficando aquele obrigado a repassar à União eventuais diferenças, quando houver, entre o valor arrecadado e o valor da dívida. Acabamos de apresentar o objetivo da alienação fiduciária: facilitar a satisfação do crédito através da execução da garantia de uma forma menos burocrática. Ou seja, a execução do bem alienado fiduciariamente é mais simples do que de outras formas de garantia, até porque a propriedade do bem permanece com o credor. Adicionalmente, foi apresentada a possibilidade de venda extrajudicial (sem recorrer ao poder judiciário), como forma de extinção da alienação. Todos estes conceitos estão na Letra D. Vamos ver o erro das demais alternativas: a) a propriedade continua sendo do credor; b) a garantia é dada formalizada através do estabelecimento da propriedade do bem, que é do credor, como já salientado c) não é necessário processo judicial para a venda do bem e) a União não possui relação entre devedor e credor do bem neste exemplo GABARITO: LETRA D 13182836714 - francielli dos santos pereira rodrigues Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 40 de 46 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS P/ BANESTES TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 08 – PROF. VICENTE CAMILLO !CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2012 Devido à grande exposição ao risco de crédito, os bancos precisam utilizar meios para garantir suas operações e salvaguardar seus ativos. Qual o tipo de operação que garante o cumprimento de uma obrigação na compra de um bem a crédito, em que há a transferência desse bem, móvel ou imóvel, do devedor ao credor? a) Hipoteca b) Fiança bancária c) Alienação fiduciária d) Penhor e) Aval bancário A possibilidade de utilizar como garantia bens móveis e imóveis em que a propriedade é transferida do devedor ao credor é feita tão somente na alienação fiduciária. GABARITO: LETRA C !FCC - Escriturário (BB)/2011 O Fundo Garantidorde Créditos (FGC) administra o mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, proporcionando garantia limitada a a) Letras do Tesouro Nacional. b) fundos de investimento. c) depósitos à vista e a prazo. d) debêntures. e) depósitos judiciais. Questão direta. 13182836714 - francielli dos santos pereira rodrigues ==e82b7== Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 41 de 46 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS P/ BANESTES TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 08 – PROF. VICENTE CAMILLO O FGC proporciona garantia aos depósitos à vista e prazo, entre outros não citados pela questão. GABARITO: LETRA C !FCC - Escriturário (BB)/2011/ADAPTADA O Fundo Garantidor de Créditos (FGC): I. proporciona garantia a depósitos judiciais. II. cobre créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado, até o valor limite de R$ 250.000,00. III. tem o custeio da garantia prestada feito com recursos provenientes do Banco Central do Brasil. Está correto o que consta em a) II e III, apenas. b) I e III, apenas. c) II, apenas. d) I, apenas. e) I, II e III. Vejamos os itens: I – Como vimos no tópico, não. II – Exatamente. Este é o limite e a definição da garantia prestada pelo FGC. III – Os recursos que financiam as garantias prestadas pelo FGC, além de compulsórios, são realizados pelas instituições que dele fazem parte, como bancos comerciais, múltiplos etc. Ou seja, o Bacen não financia o FGC. GABARITO: LETRA C 13182836714 - francielli dos santos pereira rodrigues Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 42 de 46 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS P/ BANESTES TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 08 – PROF. VICENTE CAMILLO !FCC - Escriturário (BB)/2011/ADAPTADA O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) garante créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro, a) do total de depósitos à vista. b) até o valor de R$ 250 mil. c) somente de depósitos a prazo. d) ilimitados, até o valor de suas cotas em fundos de investimento. e) do total de depósitos à vista e de poupança. Questão direta e simples. A garantia máxima prestada pelo FGC é de R$ 250 mil. GABARITO: LETRA B !FCC - Escriturário (BB)/2010 O Fundo Garantidor de Crédito − FGC é uma entidade privada, sem fins lucrativos, que administra o mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, contra instituições financeiras em caso de intervenção, liquidação ou falência. São cobertos limitadamente pela garantia a) Notas Promissórias Comerciais. b) Letras Hipotecárias. c) Depósitos Judiciais. d) Letras Financeiras do Tesouro. e) Fundos de Investimentos Financeiros. Como vimos no tópico, as letras hipotecarias são cobertas pelo FGC. As demais listadas na questão, não. GABARITO: LETRA B 13182836714 - francielli dos santos pereira rodrigues Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 43 de 46 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS P/ BANESTES TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 08 – PROF. VICENTE CAMILLO !CESPE - Escriturário (BB)/2009 Julgue o próximo item, a respeito do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que, entre outros objetivos, visa prestar garantia aos titulares de créditos com as instituições associadas nas hipóteses de decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da instituição. A contribuição ordinária das instituições associadas ao FGC é anual e incide sobre o montante dos saldos das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia. Ótima questão para perceber como as bancas são “sacanas”. A contribuição ao FGC é mensal. Este é o erro da questão. GABARITO: ERRADO !CESPE - Escriturário (BB)/2009 Julgue o próximo item, a respeito do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que, entre outros objetivos, visa prestar garantia aos titulares de créditos com as instituições associadas nas hipóteses de decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da instituição. Atualmente, o valor máximo de garantia proporcionada pelo FGC é de R$ 120.000,00 contra a mesma instituição associada ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro. Como citado, a garantia máxima prestada pelo FGC é de R$ 250 mil. GABARITO: ERRADO !CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2012 O Fundo Garantidor de Crédito foi criado para, dentre outras finalidades, proteger depositantes e investidores no âmbito do sistema financeiro, até os limites estabelecidos pela regulamentação. 13182836714 - francielli dos santos pereira rodrigues Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 44 de 46 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS P/ BANESTES TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 08 – PROF. VICENTE CAMILLO Tal fundo é pessoa jurídica caracterizada como (A) sociedade por ações (B) sociedade de economia mista (C) autarquia especial (D) associação civil (E) empresa financeira O FGC é uma associação civil sem fins lucrativos. GABARITO: LETRA D !CESPE - Analista Legislativo (CAM DEP)/Área VII/Consultor Legislativo/2014/ Suponha que o cliente de um banco múltiplo com carteira de arrendamento mercantil tenha adquirido letra de arrendamento mercantil (LAM) de valor nominal de R$ 250.000,00, não possuindo qualquer outro direito de crédito contra o banco emissor ou contra outra instituição do mesmo conglomerado econômico. Com base nessas informações, julgue o item abaixo. Na hipótese da liquidação extrajudicial do banco emissor, o cliente titular da LAM contará com garantia ordinária do Fundo Garantidor de Créditos pelo saldo total remanescente do título. A liquidação extrajudicial da instituição emissora é um dos eventos que geram a obrigação do FGC prestar garantia aos depositantes. No entanto, a Letra de Arrendamento Mercantil não está entre os títulos garantidos pelo FGC. GABARITO: ERRADO 13182836714 - francielli dos santos pereira rodrigues Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 45 de 46 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS P/ BANESTES TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA 08 – PROF. VICENTE CAMILLO !CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/Área 3 - Política Econômica e Monetária/2013/ Com relação às operações de captação e operações ativas praticadas no mercado financeiro brasileiro, julgue o item a seguir. As instituições associadas devem recolher ao fundo garantidor de créditos (FGC) contribuição especial de 0,0833% ao mês sobre os saldos de depósitos a prazo com garantia especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho Monetário Nacional. O FGC promove a garantia de depósitos (e outras aplicações) nos Sistema Financeiro Nacional em até R$ 250 mil por CPF/Instituição Financeira. O financiamento destas garantias é feito de maneira compulsória pelas instituições que contribuem com o Fundo da seguinte maneira: ü!Contribuição Ordinária - 0,0125% (cento e vinte e cinco décimos de milésimos por cento) do montante dos saldos das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia ordinária ü!Contribuição Especial - somatório de 0,0833% a.m. (oitocentos e trinta e três décimos de milésimo por cento ao mês) do montante dos saldos dos Depósitos a Prazo com Garantia Especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho Monetário Nacional com 0,8333% a.m. (oito mil trezentos e trinta e três décimos de milésimo por cento ao mês) do montante dos saldos dos DPGE que exceder o limite fixado pelo Conselho Monetário Nacional. Portanto, a contribuição especial é composta por 0,0833%
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